Jogo aberto Edmundo Marlone, Jhon Cley ... - Vasco da Gama
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cuperação. Passei Natal e Réveillon no hotel,<br />
porque eu queria jogar, e o campeonato era<br />
importante para mim e para o <strong>Vasco</strong>. Joguei<br />
bem todos os jogos, e, por obra do destino, as<br />
coisas acontecem. Não lamento, não me arrependo,<br />
e faria tudo de novo. Nunca fui de<br />
me entregar, de me abater, e as coisas boas e<br />
ruins só acontecem para quem merece e pode<br />
suportar. Se eu não jogo e o <strong>Vasco</strong> perde, eu<br />
VASCO DA GAMA | 16<br />
ia ficar com mais moral que todo mundo, mas<br />
são coisas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, o torcedor entende, sabe<br />
do meu respeito, do meu carinho, do meu<br />
amor pelo <strong>Vasco</strong> e tem certeza de que eu fiz o<br />
melhor, mas infelizmente não ganhamos.<br />
Revista <strong>Vasco</strong>: Como você mesmo citou anteriormente,<br />
em 2008 o <strong>Vasco</strong> foi rebaixado<br />
para a Série B, e você fazia parte <strong>da</strong>quele time.<br />
Acha que a torci<strong>da</strong> pode ter ficado decepciona<strong>da</strong><br />
com você, por ser o principal jogador do<br />
time, ídolo e não ter conseguido manter o time<br />
na primeira divisão?<br />
<strong>Edmundo</strong>: Claro que é um ponto negativo,<br />
nesse sentido, sim. Mas sempre me doei muito,<br />
me dediquei muito, sempre fui muito apaixonado<br />
pelo <strong>Vasco</strong> e pelo que eu fazia, mas o<br />
pessoal entendeu, era um momento de transição<br />
de diretorias, e acabou acontecendo. Eu<br />
fui artilheiro <strong>da</strong> Copa do Brasil no mesmo ano,<br />
com 37 anos. O problema é que no Brasil, no<br />
fim do ano, ou você é campeão ou você não<br />
é na<strong>da</strong>. Para a gente, foi ain<strong>da</strong> pior com o rebaixamento.<br />
Mas eu tento ver pelo lado bom.<br />
Depois disso, o <strong>Vasco</strong> deu a volta por cima, o<br />
torcedor readquiriu o orgulho de ser vascaíno<br />
com a mobilização em 2009, e só fico triste por<br />
não ter participado. Mas é isso, a vi<strong>da</strong> e a carreira<br />
não são feitas só de coisas boas. E para<br />
mim e para o torcedor do <strong>Vasco</strong>, sempre ficou<br />
a parte boa, então isso é que importa.<br />
Revista <strong>Vasco</strong>: No fim de 2008, você se aposentou<br />
e, agora em 2012, teve um jogo de<br />
despedi<strong>da</strong> com a camisa do <strong>Vasco</strong>. Fale um<br />
pouco sobre a emoção dessa parti<strong>da</strong> e o que<br />
ela representou para você.<br />
<strong>Edmundo</strong>: Estava morrendo de medo de não<br />
ter muita gente, sei o quanto é difícil o cara<br />
estar lá às 7h <strong>da</strong> noite, fim de mês (o jogo foi<br />
realizado no dia 28 de março), galera com a<br />
grana mais curta, estava chovendo<br />
naquele dia. E ain<strong>da</strong> faltou<br />
espaço, teve muita gente<br />
que não conseguiu entrar. Ouvi<br />
algumas pessoas dizendo que<br />
tentaram ir, não conseguiram<br />
comprar e ficaram tristes com<br />
isso. Acho que isso responde<br />
tudo, acho que resume bem<br />
essa troca e esse sentimento<br />
entre mim e o <strong>Vasco</strong>.