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Uma Igreja no caminho da maturidade - Arquidiocese de Maringá

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paranaense, seja permitido apresentar parte <strong>da</strong>s históricas reuniões pioneiras.<br />

Da ata <strong>da</strong> 2ª reunião <strong>da</strong> província, realiza<strong>da</strong> em 5-6 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1980, <strong>no</strong> Centro Diocesa<strong>no</strong> <strong>de</strong> For-<br />

mação, em Umuarama:<br />

Dirigindo o plenário, Pe. Almei<strong>da</strong> procurou colher seu consenso quanto às conclusões<br />

dos círculos <strong>da</strong> manhã:<br />

1. Quanto aos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> pastoral:<br />

- Cresce a consciência <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> presença dos leigos na evangelização.<br />

- Há indícios, na <strong>Igreja</strong> do Paraná, <strong>de</strong> um início <strong>de</strong> incentivo aos que contribuem para<br />

a fisio<strong>no</strong>mia <strong>de</strong> uma <strong>Igreja</strong> comprometi<strong>da</strong> com o homem, v.g., <strong>no</strong> caso <strong>da</strong>s promissórias<br />

rurais <strong>da</strong> região <strong>de</strong> Medianeira; <strong>no</strong> episódio Itaipu; <strong>no</strong> trabalho <strong>da</strong> Pastoral Rural,<br />

sobretudo em relação ao sindicalismo. Em nível nacional foram lembrados os fatos <strong>da</strong><br />

greve dos metalúrgicos do ABC paulista e a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> presta<strong>da</strong> a dom Paulo Evaristo<br />

Arns, em S. Paulo.<br />

- Há positivos sinais <strong>de</strong> pertença à <strong>Igreja</strong> pelos leigos, manifesta na preocupação <strong>da</strong><br />

hierarquia com o leigo, na existência dos conselhos <strong>de</strong> Pastoral.<br />

- Deve-se reconhecer, porém, que ain<strong>da</strong> persistem sinais negativos:<br />

- Na quase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos leigos não conscientizados e, mesmo entre os que se<br />

julgam conscientizados, é ain<strong>da</strong> muito pronuncia<strong>da</strong> a dicotomia fé-vi<strong>da</strong>.<br />

- Os leigos são formados <strong>de</strong> maneira clerical, para trabalhos ligados ao ministério<br />

or<strong>de</strong>nado: <strong>no</strong>ssos leigos ain<strong>da</strong> se <strong>de</strong>dicam quase só a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s liga<strong>da</strong>s<br />

aos sacramentos e à oração, e estão ausentes <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> atuação específica;<br />

consi<strong>de</strong>ram-se colaboradores do clero, sentem-se um pouco me<strong>no</strong>res na <strong>Igreja</strong>,<br />

<strong>de</strong>spreparados e inseguros, necessitando <strong>da</strong> presença do sacerdote.<br />

- Falta formação permanente dos leigos, não existe organização laical: não po<strong>de</strong>mos<br />

ain<strong>da</strong> falar entre nós <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> um laicato (cristãos conscientes <strong>de</strong> sua<br />

missão própria e articulados entre si na Pastoral).<br />

- Não se <strong>no</strong>ta claramente a consciência <strong>de</strong> que, pelo batismo e pela crisma, o<br />

cristão é inserido na <strong>Igreja</strong> a título próprio. Isto se <strong>de</strong>ve, talvez, à antiga mentali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

com a Ação Católica, do man<strong>da</strong>to para garantir a ligação do laicato com<br />

a hierarquia. (Foi <strong>no</strong>ta<strong>da</strong>, neste ponto, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer-se distinção, mas<br />

não separação, entre hierarquia e laicato, como partes integrantes e necessárias<br />

do mesmo Corpo <strong>de</strong> Cristo que é a <strong>Igreja</strong>).<br />

2. Quanto à reflexão teológica:<br />

- Firmou-se a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> do leigo: alguém incorporado diretamente a Cristo, em quem<br />

foi cria<strong>da</strong> uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong>va pelo batismo.<br />

- Daí <strong>de</strong>corre sua ação pastoral: em <strong>no</strong>me próprio, como <strong>Igreja</strong>, <strong>da</strong> qual é partícipe<br />

atuante pelo batismo e crisma, ele tem o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> exercer a sua missão.<br />

- A maneira própria <strong>de</strong> o leigo atuar a sua missão é or<strong>de</strong>nar a criação segundo o pla<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

3. Quanto às diretrizes pastorais:<br />

- Promover, como já se faz parcialmente, a participação dos leigos em to<strong>da</strong>s as etapas<br />

do processo <strong>de</strong> planejamento pastoral, <strong>no</strong>s vários níveis <strong>de</strong> <strong>Igreja</strong>: comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, paróquia<br />

e diocese.<br />

- Promover a constante formação dos leigos, incentivar a sua criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>terminar<br />

as suas funções próprias, bem como as do padre.<br />

- Observar a lógica pastoral em que as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s sejam persegui<strong>da</strong>s com maior empenho.<br />

- Garantir a representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos leigos, mantendo fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> à orientação do V Pla<strong>no</strong><br />

Regional: “Realizar a <strong>Igreja</strong> na Base”.<br />

Após o intervalo, o plenário, coor<strong>de</strong>nado ain<strong>da</strong> pelo Pe. Almei<strong>da</strong>, procurou, com base<br />

nas conclusões anteriores, apresentar algumas<br />

Sugestões para a formação <strong>de</strong> um laicato organizado:<br />

• Criar o Conselho Diocesa<strong>no</strong> <strong>de</strong> Leigos, formado pelos presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> movimentos<br />

e responsáveis pelos serviços pastorais.<br />

• Assumir as CEBs como o lugar <strong>de</strong> participação do leigo na <strong>Igreja</strong>.<br />

265<br />

Os 50 a<strong>no</strong>s <strong>da</strong> Diocese <strong>de</strong> <strong>Maringá</strong>

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