17.04.2013 Views

Clique aqui para ler o primeiro capítulo do livro. - Livrarias Curitiba

Clique aqui para ler o primeiro capítulo do livro. - Livrarias Curitiba

Clique aqui para ler o primeiro capítulo do livro. - Livrarias Curitiba

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

o Laurentino Gomes o<br />

Belchior e <strong>do</strong> alferes Canto e Melo. Marcondes, como se viu,<br />

recebera ordens de D. Pedro <strong>para</strong> se adiantar com a guarda<br />

de honra e naquele momento descansava com seus solda<strong>do</strong>s<br />

numa venda próxima <strong>do</strong> riacho, local hoje conheci<strong>do</strong> como<br />

“Casa <strong>do</strong> Grito”. Por precaução, no entanto, havia destaca<strong>do</strong><br />

um vigia <strong>para</strong> avisá-lo da eventual aproximação <strong>do</strong> príncipe.<br />

Foi desse ponto de observação que Marcondes <strong>primeiro</strong> viu<br />

Bregaro e Ramos Cordeiro, os <strong>do</strong>is mensageiros da corte, cruzarem<br />

a galope rumo à colina. Passa<strong>do</strong>s alguns instantes, notou<br />

que a sentinela vinha no senti<strong>do</strong> contrário, em direção à guarda<br />

de honra. Avisava da chegada de D. Pedro, também a galope.<br />

O depoimento <strong>do</strong> coronel:<br />

Poucos minutos poderiam ter-se passa<strong>do</strong> depois da retirada <strong>do</strong>s<br />

referi<strong>do</strong>s viajantes (Bregaro e Cordeiro), eis que percebemos que o<br />

guarda, que estava de vigia, vinha apressadamente em direção ao<br />

ponto em que nos achávamos. Compreendi o que <strong>aqui</strong>lo queria dizer<br />

e, imediatamente, mandei formar a guarda <strong>para</strong> receber D. Pedro,<br />

que devia entrar na cidade entre duas alas. Mas tão apressa<strong>do</strong> vinha<br />

o príncipe, que chegou antes que alguns solda<strong>do</strong>s tivessem tempo<br />

de alcançar as selas. Havia de ser quatro horas da tarde, mais ou menos.<br />

Vinha o príncipe na frente. Ven<strong>do</strong>-o voltar-se <strong>para</strong> o nosso la<strong>do</strong>,<br />

saímos ao seu encontro. Diante da guarda, que descrevia um semicírculo,<br />

estacou o seu animal e, de espada desembainhada, bra<strong>do</strong>u:<br />

— Amigos! Estão, <strong>para</strong> sempre, quebra<strong>do</strong>s os laços que nos ligavam<br />

ao governo português! E quanto aos topes daquela nação,<br />

convi<strong>do</strong>-os a fazer assim!<br />

E arrancan<strong>do</strong> <strong>do</strong> chapéu que ali trazia a fita azul e branca, a<br />

arrojou no chão, sen<strong>do</strong> nisto acompanha<strong>do</strong> por toda a guarda que,<br />

tiran<strong>do</strong> <strong>do</strong>s braços o mesmo distintivo, lhe deu igual destino.<br />

— E viva o Brasil livre e independente!, gritou D. Pedro.<br />

Ao que, desembainhan<strong>do</strong> também nossas espadas, respondemos:<br />

— Viva o Brasil livre e independente! Viva D. Pedro, seu defensor<br />

perpétuo!<br />

10<br />

miolo_mini<strong>livro</strong>.indd 10 7/16/10 4:12:49 PM

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!