Uma geração de pessoas sem senso crítico Geração “T ... - CIRCAPE
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<strong>Uma</strong> <strong>geração</strong> <strong>de</strong> <strong>pessoas</strong> <strong>sem</strong> <strong>senso</strong> <strong>crítico</strong> <strong>Geração</strong> <strong>“T</strong>”, os<br />
<strong>sem</strong> <strong>senso</strong> <strong>crítico</strong><br />
27, agosto, 2011 Deixar um comentário Ir para os comentários<br />
Ivan Rafael <strong>de</strong> Oliveira<br />
A <strong>geração</strong> <strong>“T</strong>” não consegue praticar a curiosida<strong>de</strong> intelectual, só a curiosida<strong>de</strong> social, explica<br />
Luciano Pires (profissional <strong>de</strong> comunicação)<br />
Pessoas incapazes <strong>de</strong> ter um <strong>senso</strong> <strong>crítico</strong> agora têm nome. No site <strong>de</strong> notícias IG (23/8/11),<br />
foi publicada uma curiosa matéria rotulando <strong>de</strong> <strong>geração</strong> <strong>“T</strong>” as <strong>pessoas</strong> que sabem tudo o que<br />
acontece, <strong>sem</strong> saber o por quê.<br />
Faz parte <strong>de</strong>ssa classificação todos aqueles que se limitam apenas em assistir a vida, mas não são<br />
capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um <strong>senso</strong> <strong>crítico</strong>. A letra <strong>“T</strong>” vem <strong>de</strong> “testemunha”, explica o site.<br />
Embora se empregue a palavra <strong>geração</strong>, esse <strong>de</strong>feito não se <strong>de</strong>limita a uma faixa etária.<br />
Luciano Pires, palestrante e profissional <strong>de</strong> comunicação, diz que esse fenômeno não é <strong>de</strong> se<br />
estranhar, pois, para ele, “como querer que as gerações que saem do nosso sistema educacional<br />
falido conheçam questões conceituais, paradoxos, tradições, estilos <strong>de</strong> comunicação, relações<br />
<strong>de</strong> causa e efeito, enca<strong>de</strong>amento lógico dos argumentos e significados?”<br />
O relativismo do mundo mo<strong>de</strong>rno não po<strong>de</strong>ria produzir uma mentalida<strong>de</strong> diferente. “A <strong>geração</strong><br />
‘T’ não consegue praticar a curiosida<strong>de</strong> intelectual, só a curiosida<strong>de</strong> social. Tentei achar um<br />
nome para esse fenômeno e acabei concluindo que só po<strong>de</strong> ser um: fofoca. A <strong>geração</strong> ‘T’ é a<br />
<strong>geração</strong> dos fofoqueiros”, acrescenta Pires. Portanto, são <strong>pessoas</strong> que não sabem senão repetir o<br />
que ouvem.<br />
Em um artigo <strong>de</strong> sua autoria publicado no site Brasil Café, Luciano Pires escreve que a única<br />
coisa que essa <strong>geração</strong> consegue fazer é “contar para os outros o que viu ou, no máximo, repetir<br />
a opinião <strong>de</strong> terceiros”. Ao mesmo tempo em que ela “permanece incapaz <strong>de</strong> analisar, comparar,<br />
julgar e <strong>de</strong> emitir opiniões”.<br />
Conforme afirma Luciano, no referido artigo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o advento da internet até 2001 produziu-se<br />
“12 bilhões <strong>de</strong> gigabytes <strong>de</strong> informação, algo como 54 trilhões <strong>de</strong> livros com 200 páginas cada”.<br />
Só em 2002 foram gerados os mesmos 12 bilhões <strong>de</strong> gigas e em 2007 mais <strong>de</strong> 100 bilhões! E a<br />
perspectiva para o ano que vem é <strong>de</strong> alguns trilhões! “Produzimos informação numa velocida<strong>de</strong><br />
cada vez maior enquanto inventamos traquitanas que tornam cada vez mais fácil acessar essas<br />
informações. Mas <strong>de</strong> que adianta ter acesso às informações se não temos repertório para dar um<br />
sentido à realida<strong>de</strong>? O resultado é a <strong>geração</strong>’T', que sabe tudo que acontece, mas não tem i<strong>de</strong>ia<br />
do por que acontece”, afirma.<br />
Slogans vazios são típicos <strong>de</strong> uma <strong>geração</strong> assim, repetem a informação <strong>sem</strong> se comprometerem
com uma análise do conteúdo <strong>de</strong>la.<br />
As consequências catastróficas disso, nos mais váriados campos, preocupa qualquer um. Por<br />
exemplo, , nas eleições, qual é a valida<strong>de</strong> do voto <strong>de</strong> uma pessoa da <strong>geração</strong> <strong>“T</strong>”? Embora<br />
pareçam muito neutros em matéria política, não seriam eles, os mais fáceis <strong>de</strong> serem<br />
manipulados? Não são eles os culpados pela vitória <strong>de</strong> <strong>de</strong>magogos?<br />
Fonte: http://www.ipco.org.br/home/noticias/uma-geracao-<strong>de</strong>-<strong>pessoas</strong>-<strong>sem</strong>-<strong>senso</strong>-criticogeracao-%e2%80%9ct%e2%80%9d-os-<strong>sem</strong>-<strong>senso</strong>-critico