17.04.2013 Views

Visita técnica à central hidrelétrica de Yacyretá A convite da Entidad ...

Visita técnica à central hidrelétrica de Yacyretá A convite da Entidad ...

Visita técnica à central hidrelétrica de Yacyretá A convite da Entidad ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Visita</strong> <strong>técnica</strong> <strong>à</strong> <strong>central</strong> <strong>hidrelétrica</strong> <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong><br />

A <strong>convite</strong> <strong>da</strong> Enti<strong>da</strong>d Binacional <strong>Yacyretá</strong> e do Comité Paraguayo <strong>de</strong> Presas,<br />

este último representado por seu Presi<strong>de</strong>nte e também Superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Obras <strong>de</strong><br />

Itaipu-MD, Eng. Salim Mariano Abud, foi realiza<strong>da</strong> em 5 e 6 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2012 uma<br />

visita <strong>técnica</strong> <strong>à</strong> <strong>central</strong> <strong>hidrelétrica</strong> <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong>, em que participaram o Eng. Miguel<br />

Augusto Zy<strong>da</strong>n Sória, Ouvidor <strong>de</strong> Itaipu, Consultor <strong>da</strong> Diretoria Geral Brasileira e<br />

Diretor <strong>de</strong> Comunicações do Comitê Brasileiro <strong>de</strong> Barragens, o Vet. Domingo<br />

Rodriguez Fernan<strong>de</strong>z, representando a Divisão <strong>de</strong> Reservatório <strong>da</strong> Superintendência <strong>de</strong><br />

Gestão Ambiental- ME e o Eng. Ricardo González, representando a Superintendência<br />

<strong>de</strong> Obras-MD. A visita teve como principal finali<strong>da</strong><strong>de</strong> a preparação <strong>de</strong> uma futura<br />

viagem <strong>de</strong> estudos <strong>à</strong> UHE <strong>Yacyretá</strong>.<br />

Essa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> se inscreve também no espírito <strong>de</strong> cooperação estabelecido pela<br />

parceria firma<strong>da</strong> em 2010 entre <strong>Yacyretá</strong> e Itaipu para troca <strong>de</strong> informações e<br />

experiências, especialmente visando a área <strong>técnica</strong>, <strong>de</strong> geração e transmissão <strong>de</strong> energia,<br />

ações socioambientais e <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> impactos e também o manejo <strong>da</strong>s águas do Rio<br />

Paraná, consi<strong>de</strong>rando que a barragem <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong> se situa 400 km a jusante <strong>da</strong><br />

barragem <strong>de</strong> Itaipu e que cerca <strong>de</strong> 90% <strong>da</strong>s águas que passam pelas turbinas <strong>da</strong> Itaipu<br />

também passam pelas turbinas <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong>; os outros 10% vêm <strong>de</strong> outros tributários do<br />

Paraná, especialmente o rio Iguaçu.<br />

A bacia do rio Paraná<br />

UHE <strong>Yacyretá</strong> – planta geral do complexo e do reservatório.<br />

A bacia hidrográfica do rio <strong>da</strong> Prata possui uma superfície próxima a 3,1<br />

milhões <strong>de</strong> km 2 , equivalendo a um sexto <strong>da</strong> área <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a América do Sul, sendo por<br />

isso uma <strong>da</strong>s maiores existentes no mundo; esten<strong>de</strong>-se por cinco países, cujas<br />

porcentagens <strong>da</strong> bacia em ca<strong>da</strong> país são: Argentina (32%), Bolívia (6%), Brasil (44%),<br />

Paraguai (13%) e Uruguai (5%). Essa área <strong>de</strong> drenagem é subdividi<strong>da</strong> em três uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

hidrográficas particulares, forma<strong>da</strong>s pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai. O rio Paraná<br />

recebe antes as águas do rio Paraguai e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sagua no estuário do rio <strong>da</strong> Prata, junto<br />

com o rio Uruguai. A bacia do rio <strong>da</strong> Prata me<strong>de</strong> 2,5 mil km na direção norte-sul e 2,1<br />

mil km na direção leste-oeste.


Segundo alguns historiadores, a região situa<strong>da</strong> entre os rios Paraná e Uruguai é<br />

chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> “Mesopotâmia <strong>da</strong> América do Sul” (por <strong>de</strong>finição, mesopotâmia é a “terra entre<br />

rios”) por sua similitu<strong>de</strong> principalmente com as terras localiza<strong>da</strong>s entre os rios Tigre e<br />

Eufrates, na Ásia.<br />

A bacia hidrográfica do rio Paraná, especificamente, recobre 890 mil km2 <strong>de</strong><br />

território brasileiro, 565 mil km2 <strong>de</strong> território argentino e 55 mil km2 <strong>de</strong> território<br />

paraguaio. O rio Paraná superior situa-se todo no Brasil e, a partir <strong>de</strong> Sete Que<strong>da</strong>s, serve<br />

<strong>de</strong> fronteira entre o Brasil e o Paraguai, ao longo <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 190 km, até sua<br />

confluência com o rio Iguaçu, trecho ocupado hoje pela usina e reservatório <strong>de</strong> Itaipu.<br />

Da foz do rio Iguaçu até o ponto em que recebe as águas do rio Paraguai o rio<br />

Paraná serve <strong>de</strong> fronteira entre a Argentina e o Paraguai. Dessa confluência com o rio<br />

Paraguai até o estuário do rio <strong>da</strong> Prata o rio Paraná corre totalmente em território<br />

argentino.<br />

O rio Paraná possui 2.570 km <strong>de</strong> comprimento (3.750 km se consi<strong>de</strong>rado o rio<br />

Paranaíba, seu formador na confluência com o rio Gran<strong>de</strong>), tendo varia<strong>da</strong>s dimensões <strong>de</strong><br />

seu leito natural, passando <strong>de</strong> 4.000 m <strong>de</strong> largura na retenção <strong>da</strong>s águas que prece<strong>de</strong>m as<br />

Sete Que<strong>da</strong>s para 60 m <strong>de</strong> largura ao pé <strong>de</strong>ssas mesmas que<strong>da</strong>s.<br />

O potencial energético dos “rápidos <strong>de</strong> Apipé”<br />

No mencionado trecho argentino-paraguaio do rio Paraná se situam os “rápidos<br />

<strong>de</strong> Apipé” (os “itu”, que são arrecifes ou <strong>de</strong>sníveis abruptos) que se constituem em um<br />

aci<strong>de</strong>nte geográfico on<strong>de</strong> o rio se bifurca e forma ilhas, sendo a ilha <strong>Yacyretá</strong> a maior<br />

<strong>de</strong>las. Esses rápidos foram conhecidos nos primórdios <strong>da</strong> ocupação europeia <strong>da</strong> região<br />

principalmente porque serviram por algum tempo como obstáculo aos conquistadores e<br />

protegeram os povos indígenas que habitavam aquelas terras interiores.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, Argentina e Paraguai, reconhecendo as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s energéticas<br />

<strong>de</strong>sses <strong>de</strong>sníveis do rio Paraná compartilhados por ambos os países, conjuntamente<br />

alcançaram em 1926 um acordo para melhoria <strong>da</strong> navegação e aproveitamento <strong>da</strong>s<br />

que<strong>da</strong>s <strong>de</strong> água. Anos <strong>de</strong>pois, em 1958, ambos os governos ratificaram suas intenções<br />

ao <strong>de</strong>cidirem elaborar estudos para geração <strong>de</strong> energia elétrica do rio Paraná, na altura<br />

<strong>da</strong>s ilhas <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong> e <strong>de</strong> Apipé e também para a melhoria <strong>de</strong> navegabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do rio,<br />

criando para tanto a Comissão Mista Técnica Argentino-Paraguaia que ficou<br />

encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> realizar a tarefa.<br />

A enti<strong>da</strong><strong>de</strong> binacional Yaciretá<br />

Como resultado dos estudos técnicos e dos entendimentos havidos entre ambos<br />

os países, em 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1973, Argentina e Paraguai assinaram o Tratado <strong>de</strong><br />

<strong>Yacyretá</strong>, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar o aproveitamento hidrelétrico e a melhoria <strong>da</strong>s<br />

condições <strong>de</strong> navegação do rio Paraná na altura <strong>da</strong> Ilha <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong>, e, eventualmente, a<br />

atenuação dos efeitos <strong>de</strong>letérios <strong>da</strong>s inun<strong>da</strong>ções produzi<strong>da</strong>s por cheias extraordinárias.<br />

Esse acordo foi assinado, portanto, no mesmo ano do Tratado <strong>de</strong> Itaipu.<br />

Para cumprir essas finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o Tratado cria a Enti<strong>da</strong>d Binacional <strong>Yacyretá</strong><br />

(EBY), constituí<strong>da</strong> pela A y E (Águas y Energia Eléctrica), <strong>da</strong> Argentina, e pela ANDE<br />

(Administración Nacional <strong>de</strong> Electrici<strong>da</strong>d), do Paraguai que foi instala<strong>da</strong> em<br />

06.09.1974. Tal como no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “project finance” adotado por Itaipu, a obra foi<br />

realiza<strong>da</strong> mediante empréstimos bancários, a serem pagos com as receitas gera<strong>da</strong>s pela<br />

prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> fornecimento <strong>de</strong> energia elétrica produzi<strong>da</strong> pela própria usina.


As obras tiveram início em 1983, o <strong>de</strong>svio do rio Paraná começou em 1989, em<br />

1993 foi concluí<strong>da</strong> a eclusa <strong>de</strong> navegação, em 1994 tem início o enchimento do<br />

reservatório até a cota parcial 76 metros sobre o nível do mar [msnm] (a cota prevista<br />

<strong>de</strong> projeto é <strong>de</strong> 83 msnm) e começa a funcionar a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> geradora nº 1, e<br />

gra<strong>da</strong>tivamente vão entrando em operação as <strong>de</strong>mais uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s até que em 1998 to<strong>da</strong>s as<br />

vinte uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s estavam funcionando, porém, gerando menos <strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> potência total<br />

<strong>da</strong> usina durante esse período em razão <strong>da</strong> operação em nível <strong>de</strong> água inferior ao<br />

previsto em projeto. A partir <strong>de</strong> 2006 a cota é eleva<strong>da</strong> para 78 msnm até alcançar a cota<br />

<strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> 83 msnm em 2010, alcançando a produção máxima <strong>da</strong> usina que gira em<br />

torno <strong>de</strong> 20.000 MWh/ano, a partir <strong>de</strong> um salto líquido <strong>de</strong> 21,3 metros. De acordo com<br />

<strong>da</strong>dos divulgados pela EBY, o custo final do empreendimento ficou em torno <strong>de</strong> US$ 16<br />

bilhões.<br />

UHE <strong>Yacyretá</strong> – vista do vertedouro <strong>de</strong> Añacuá e do interior <strong>da</strong> casa <strong>de</strong> força.<br />

A grandiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> obra <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong><br />

A barragem <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong> consiste, portanto, em um projeto <strong>de</strong> usos múltiplos no<br />

rio Paraná, cuja vazão média alcança 12.000 m 3 /s naquele trecho. Tem como principais<br />

componentes uma barragem principal sobre o rio Paraná (altura máxima <strong>de</strong> 70 metros),<br />

incluindo uma eclusa <strong>de</strong> navegação, um vertedouro no braço principal do rio Paraná (18<br />

comportas; 55.000 m 3 /s), uma casa <strong>de</strong> força com 20 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s com turbinas tipo Kaplan<br />

<strong>de</strong> eixo vertical com 160 MW <strong>de</strong> potência ca<strong>da</strong> uma, totalizando uma potência <strong>de</strong> 3.200<br />

MW, com previsão <strong>de</strong> ampliações futuras, um vertedouro no braço Añacuá (16<br />

comportas; 40.000 m 3 /s), barragens <strong>de</strong> terra e <strong>de</strong>mais obras acessória previstas, que<br />

formam um reservatório <strong>de</strong> 1.600 km 2 , operando na elevação máxima 83 msnm.<br />

A energia elétrica gera<strong>da</strong> é transmiti<strong>da</strong> por meio <strong>de</strong> três linhas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong><br />

500 kV até a subestação <strong>de</strong> Rincón <strong>de</strong> Santa Maria (Argentina) e por meio <strong>de</strong> duas<br />

linhas <strong>de</strong> 220 kV até a subestação <strong>de</strong> Ayolas (Paraguai). Os dois vertedouros possuem<br />

uma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> conjunta <strong>de</strong> evacuar 95.00 m 3 /s <strong>de</strong> água. A eclusa possui uma bacia<br />

com 270 metros <strong>de</strong> comprimento por 27 metros <strong>de</strong> largura, que permite transferir <strong>de</strong><br />

nível um rebocador e seis barcaças (em pares) em somente 45 minutos (gratuitamente).<br />

Na barragem principal existem toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> água em ambas as margens para irrigação<br />

<strong>da</strong>s terras agricultáveis <strong>da</strong> região, com capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 108 m 3 /s ca<strong>da</strong> uma.


UHE <strong>Yacyretá</strong> – uni<strong>da</strong><strong>de</strong> em operação e interior <strong>da</strong> U3 em manutenção(<strong>de</strong>talhe <strong>da</strong> turbina Kaplan vista <strong>de</strong> baixo).<br />

Notável, no entanto, é a soma dos comprimentos <strong>da</strong>s barragens <strong>de</strong> terra, que<br />

alcança a impressionante cifra <strong>de</strong> 66 km <strong>de</strong> extensão total que, junto com as estruturas<br />

principais, encerram o perímetro do barramento até as zonas mais altas <strong>da</strong>s margens<br />

argentina (esquer<strong>da</strong>) e paraguaia (direita). Esse valor só é comparável aos 76 km <strong>de</strong><br />

comprimento <strong>de</strong> barragens existentes no Projeto Delta, <strong>da</strong> Holan<strong>da</strong>.<br />

UHE <strong>Yacyretá</strong> – percorrendo pela rodovia <strong>da</strong> crista <strong>da</strong>s barragens <strong>de</strong> terra, que totalizam 66 km <strong>de</strong> comprimento.<br />

Enquanto a UHE Itaipu se <strong>de</strong>staca pela eleva<strong>da</strong> potência (14.000 MW) e<br />

“verticali<strong>da</strong><strong>de</strong>”, <strong>de</strong>vido <strong>à</strong> altura <strong>de</strong> 196 metros, a UHE <strong>Yacyretá</strong> se <strong>de</strong>staca pela<br />

“horizontali<strong>da</strong><strong>de</strong>” <strong>de</strong> suas barragens, força<strong>da</strong> pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conter a reter a água<br />

do rio Paraná em uma região relativamente plana.<br />

Meio ambiente e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social<br />

De modo a aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s ambientais e sociais, o aproveitamento<br />

hidrelétrico <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong> incorporou instalações (sistema <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> peixes) e<br />

modificações <strong>de</strong> projeto (manutenção do cau<strong>da</strong>l ecológico mínimo e construção <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fletores nos vertedouros), além <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação nos procedimentos operacionais com<br />

fins ambientais.<br />

O sistema <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> peixes utiliza elevadores que permitem que<br />

quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s variáveis <strong>de</strong> peixes <strong>de</strong> diferentes espécies prossigam seu movimento<br />

migratório para montante, chegando ao reservatório, transferindo sem interrupções o


acervo genético. A operação <strong>de</strong> transferência é feita <strong>de</strong> hora em hora na primaveraverão,<br />

e a ca<strong>da</strong> duas horas no outono-inverno.<br />

UHE <strong>Yacyretá</strong> – <strong>de</strong>talhes <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> água e interior do elevador <strong>de</strong> peixes.<br />

Entre as obras complementares <strong>de</strong> alcance social se <strong>de</strong>stacam: a construção <strong>de</strong><br />

novos conjuntos habitacionais urbanos e rurais, dotando-os <strong>de</strong> serviços básicos, escolas,<br />

centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, centros comunitários e recreativos, igrejas e outros.<br />

A implementação do Plano <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> Reassentamento e Reabilitação entre as<br />

famílias assenta<strong>da</strong>s na zona <strong>de</strong> influência <strong>da</strong> barragem, a relocação <strong>da</strong> infraestrutura<br />

urbana afeta<strong>da</strong>, que juntamente com a implementação dos programas urbanos do Plano<br />

<strong>de</strong> Manejo <strong>de</strong> Meio Ambiente e o controle ambiental <strong>da</strong>s obras, além <strong>da</strong> criação <strong>de</strong><br />

novas frentes <strong>de</strong> trabalho e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s produtivas, propiciam uma melhor quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vi<strong>da</strong> para as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> região.<br />

Logo a jusante <strong>da</strong> barragem está localiza<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> paraguaia <strong>de</strong> Ayolas,<br />

próxima <strong>à</strong> Ilha <strong>de</strong> <strong>Yacyretá</strong>, na margem direita, e a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> argentina <strong>de</strong> Ituzaingó,<br />

próxima <strong>da</strong> Ilha Apipé Chico e <strong>da</strong> Ilha Apipé Gran<strong>de</strong>, na margem esquer<strong>da</strong>. As<br />

principais ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> região estão localiza<strong>da</strong>s a montante <strong>da</strong> usina, que são Encarnación,<br />

no Paraguai, e Posa<strong>da</strong>s na Argentina, uni<strong>da</strong>s por uma ponte internacional.<br />

Missões jesuíticas guaranis<br />

Aspecto que chama atenção na região <strong>de</strong> influência do projeto <strong>Yacyretá</strong> é a<br />

existência <strong>de</strong> sítios históricos e arqueológicos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor afetivo e cultural, que é o<br />

caso <strong>da</strong>s ruínas <strong>da</strong>s missões (reduções) jesuíticas guaranis <strong>de</strong> Santíssima Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

Paraná e Jesus <strong>de</strong> Tavarangue (<strong>de</strong>clara<strong>da</strong>s Patrimônio Universal <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong><strong>de</strong> pela<br />

UNESCO) e Santos Cosme e Damião, esta última está localiza<strong>da</strong> bem próximo <strong>à</strong> usina,<br />

e que po<strong>de</strong>m ser visitas pelo público em geral. Esses monumentos são uma parte<br />

importante <strong>da</strong> memória <strong>da</strong> presença dos missionários <strong>da</strong> Companhia <strong>de</strong> Jesús (1609-<br />

1768) que conduziram a gran<strong>de</strong> experiência utópica <strong>da</strong>s Reduções <strong>de</strong> Índios Guaranis.


Missões Jesuíticas <strong>da</strong> Santíssima Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> (esquer<strong>da</strong>) e Santos Cosme e Damiãos.<br />

Autor: Miguel Augusto Zy<strong>da</strong>n Sória (09/07/2012)<br />

Fontes:<br />

(1) LEVINTON, Norberto. <strong>Yacyretá</strong>: el fin <strong>de</strong> la historia. La influencia <strong>de</strong> los<br />

gobiernos argentino e paraguayo em el tratdo, em el proyecto y em la<br />

construcción. Buenos Aires, Contratiempo Ediiones, 2010. 400p..<br />

(2) ENTIDAD BINACIONAL YACYRETÁ. Página institucional na internet.<br />

Disponível em . Acesso em julho 2012.<br />

<strong>Visita</strong> <strong>à</strong> UHE <strong>Yacyretá</strong> – (<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>) pe4la EBY, Jorge Nuñez, e pela IB, Ricardo González,Domingo Fernan<strong>de</strong>z e<br />

Miguel Sória.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!