Pronunciamento de Joaquim Osterne Carneiro - ALANE - Academia ...
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PRONUNCIAMENTO DE JOAQUIM OSTERNE CARNEIRO,<br />
EM 14/09/2006, NA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS,<br />
QUANDO DA APOSIÇÃO DO RETRATO DE ALCIDES VIEIRA<br />
CARNEIRO.<br />
Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Aca<strong>de</strong>mia Paraibana <strong>de</strong> Letras e Presi<strong>de</strong>nte<br />
Emérito da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Letras e Artes do Nor<strong>de</strong>ste – Núcleo da<br />
Paraiba, Escritor Joacil <strong>de</strong> Britto Pereira, Escritor Antonio Juarez<br />
Farias que nesta data estará assumindo a presidência da Casa <strong>de</strong><br />
Coriolano <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, Senhores Acadêmicos, parentes <strong>de</strong> Alci<strong>de</strong>s<br />
Vieira <strong>Carneiro</strong>, meus senhores e minhas senhoras.<br />
Há poucos dias recebemos um telefonema <strong>de</strong> Sonia <strong>de</strong> Almeida<br />
<strong>Carneiro</strong> Gurgel Nogueira e <strong>de</strong> Solange <strong>de</strong> Almeida <strong>Carneiro</strong><br />
Rodrigues, diletas filhas <strong>de</strong> Alci<strong>de</strong>s Vieira <strong>Carneiro</strong>, que<br />
impossibilitadas <strong>de</strong> estarem presentes a esta solenida<strong>de</strong>, nos<br />
solicitaram a gentileza <strong>de</strong> representá-las e falar em nome da família,<br />
nesta homenagem que a Aca<strong>de</strong>mia Paraibana <strong>de</strong> Letras presta à<br />
memória do inesquecível tribuno princesense, inaugurando sua<br />
fotografia na ala dos imortais da Casa <strong>de</strong> Coriolano <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros. No<br />
dia 04 <strong>de</strong>ste mês, através <strong>de</strong> E mail, Sonia e Solange her<strong>de</strong>iras da<br />
sensibilida<strong>de</strong> alci<strong>de</strong>ana e da franqueza americista enviaram a<br />
mensagem, que o Acadêmico Joacil <strong>de</strong> Britto Pereira i<strong>de</strong>alizador<br />
<strong>de</strong>ste evento acaba <strong>de</strong> ler. A mensagem elaborada por pessoas<br />
sensíveis, como são as filhas <strong>de</strong> Alci<strong>de</strong>s, numa linguagem singela e<br />
amena, impressiona pelo conteúdo que encerra.<br />
Faz - se preciso recordar que, recentemente, ou seja, no período <strong>de</strong><br />
08 a 11 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>ste ano, a Paraiba representada pelo Governo do<br />
Estado, pela Assembléia Legislativa, pelo Tribunal <strong>de</strong> Justiça, pela<br />
Prefeitura Municipal <strong>de</strong> João Pessoa, por esta Aca<strong>de</strong>mia Paraibana<br />
<strong>de</strong> Letras, pela Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Letras e Artes do Nor<strong>de</strong>ste - Núcleo da<br />
Paraiba e pela Fundação Casa <strong>de</strong> José Américo, comemorou o<br />
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centenário <strong>de</strong> Alci<strong>de</strong>s Vieira <strong>Carneiro</strong>, ocorrido no dia 11 <strong>de</strong> junho<br />
do corrente ano.<br />
No <strong>de</strong>correr das comemorações que foram abrilhantadas com a<br />
presença <strong>de</strong> Sonia <strong>de</strong> Almeida <strong>Carneiro</strong> Nogueira Gurgel filha<br />
primogênita <strong>de</strong> Alci<strong>de</strong>s acompanhada do filho Ricardo <strong>Carneiro</strong><br />
Gurgel Nogueira, a vida e a obra do gran<strong>de</strong> paraibano, do<br />
inesquecível orador poeta, foi rememorada e analisada nos seus mais<br />
diversificados aspectos.<br />
Agora, mais uma vez, esta Casa recorda e rememora Alci<strong>de</strong>s e<br />
po<strong>de</strong>mos sem sombra <strong>de</strong> dúvidas, inserir este encontro, esta reunião<br />
<strong>de</strong> amigos, nas festivida<strong>de</strong>s alusivas ao seu centenário, como muito<br />
bem afirmaram suas filhas, na mensagem que enviaram e que<br />
acabamos <strong>de</strong> ouvir.<br />
Senhor Acadêmico Joacil <strong>de</strong> Britto Pereira, em nome dos familiares<br />
<strong>de</strong> Alci<strong>de</strong>s Vieira <strong>Carneiro</strong>, principalmente <strong>de</strong> suas filhas, queremos<br />
expressar os mais sinceros agra<strong>de</strong>cimentos por esta oportuna<br />
lembrança da Aca<strong>de</strong>mia Paraibana <strong>de</strong> Letras, luzeiro <strong>de</strong> intelectuais<br />
que enobrecem a Paraiba, e que segundo o próprio Alci<strong>de</strong>s <strong>Carneiro</strong><br />
ao aqui ingressar afirmou: “Na verda<strong>de</strong>, sempre sonhei sentar-me<br />
entre vós, em doce comunhão intelectual, na qual a inteligência<br />
serve, pródiga e fraternalmente, seus frutos <strong>de</strong> ouro, em sublime<br />
eucaristia do espírito. Jamais pensei se me assistia o direito <strong>de</strong><br />
sonhar tão alto. O sonhador que tem <strong>de</strong>sses cuidados <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />
sonhador. Ao adolescente que i<strong>de</strong>aliza <strong>de</strong>sposar uma princesa não<br />
lhe aco<strong>de</strong> se merece ou não da <strong>de</strong>usa formosa, versátil e fugidia,<br />
um distante olhar promissor. Sem constrangimento vos digo: eu fui<br />
o adolescente que esperou a princesa; eu sou o velho que <strong>de</strong>seja a<br />
glória. E é por cálculo e não por modéstia, que chamo a mim<br />
mesmo velho. Dito por mim dói menos e tira aos outros o gosto<br />
cruel <strong>de</strong> dizê-lo. Um poeta cujo nome não me lembro, expressou<br />
nestes versos singelos o i<strong>de</strong>al da sua vida e da minha vida: “ um<br />
pedaço <strong>de</strong> paz para a velhice. É um pedaço <strong>de</strong> glória nessa paz ”.<br />
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