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TEXTO PARA O ED - TOXINA BOTULÍNICA.pdf - Unirio

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INTRODUÇÃO<br />

Toxina botulínica é produzida pela bactéria Clostridium botulinum e foi inicialmente<br />

estudada como contaminante de alimentos, especialmente toxina tipo E. Nesta condição<br />

induz efeitos graves, especialmente a nível muscular, produzindo fraqueza e paralisia,<br />

podendo mesmo ser fatal.<br />

Foi primeiramente utilizada no tratamento de estrabismo. Nos anos 80, foi usada na<br />

terapêutica de distúrbios musculares, como blefarospasmo, e outras distonias focais.<br />

Na última década tem-se usado toxina botulínica tipo A e B como relaxante muscular,<br />

em terapêutica de distúrbios musculares e de produção de secreções, assim como se tem<br />

revelado muito popular em aplicações estéticas, (eliminação de rugas e imperfeições),<br />

sendo mais conhecida como BOTOX ®.<br />

DESCRIÇÃO DO C. BOTULINUM<br />

C. botulinum é uma bactéria anaeróbia restrita, Gram positivo, produtora de esporos.<br />

Esta bactéria é produtora de neurotoxinas, libertadas por lise da bactéria, sendo este o<br />

mecanismo mais provável.<br />

Habitat :<br />

Esta bactéria encontra-se naturalmente no solo e em sedimentos marinhos.<br />

CARACTERÍSTICAS DA <strong>TOXINA</strong><br />

Dividem-se em vários grupos, de acordo com diferenças genéticas e características<br />

fenotípicas. As diferentes toxinas têm actividade farmacológica semelhante, mas<br />

propriedades serológicas diferentes:<br />

- Grupo I: toxinas A, B e F.<br />

- Grupo II: toxinas B, E e F.<br />

- Grupo III: toxinas C e D.<br />

- Grupo IV: toxina G.<br />

Botulismo humano é, em primeira linha, provocado por C. botulinum produtor de<br />

toxinas A, B e E. Todos os tipos de neurotoxina são sintetizados como polipéptidos<br />

singulares inactivos, que são libertados após lise da bactéria.<br />

Proteases bacterianas clivam a toxina, ativando-a, havendo duas frações de relevo:<br />

uma cadeia pesada e uma cadeia leve, unidas por uma ligação dissulfídrica (entre resíduos<br />

de cisteína). A cadeia leve atua como uma endopeptidase, de zinco, com atividade<br />

proteolítica no N-terminal. A cadeia pesada tem especificidade colinérgica e promove a<br />

translocação da cadeia leve, através da membrana endossomal do neurotransmissor.<br />

O complexo da toxina é relativamente estável, especialmente a pH ácido (3,5 – 6,5),<br />

mas dissocia-se sob condições alcalinas e a sua actividade biológica fica comprometida. Por<br />

sua vez, os esporos de C. botulinum são altamente resistentes a temperaturas elevadas.<br />

Quais as toxinas não proteolíticas?<br />

B, E e F. Ter em especial atenção, porque as toxinas não proteolíticas presentes em<br />

alimentos não alteram cheiro nem sabor, sendo organolepticamente indetectáveis.<br />

NOME COMERCIAL<br />

Botox ® - toxina botulínica A (nos EUA).<br />

DYSPORT ® - toxina botulínica A (na Europa).<br />

BTX A – toxina botulínica A (na Índia).<br />

MYOBLOC – toxina botulínica B (nos EUA).<br />

NEUROBLOC – toxina botulínica B (na Europa).<br />

Com base em estudos em ratos e primatas, fez-se uma projeção para a dose a usar em<br />

humanos: 5 ng de toxina botulínica são usadas para produzir 100 doses unitárias.<br />

A toxina A é preferível porque é de maior duração de ação, mas de um modo geral o seu<br />

efeito começa em 24-48 horas, com pico de açãonas 2-3 semanas e a duração de ação é de<br />

3-4 meses.


A toxina botulínica é absorvida através do tracto GI, atingindo a corrente sanguínea e<br />

é transportada até aos terminais neuromusculares.<br />

Se a via de infecção foi através da pele lesada, a toxina é transportada ao sistema<br />

linfático e daí levada aos terminais neuromusculares.<br />

A afinidade pelo tecido nervoso varia com o tipo de neurotoxina, sendo o tipo A a que<br />

maior afinidade apresenta.<br />

É essencial que a toxina penetre o terminal nervoso, de forma a exercer o seu efeito. Esta<br />

internalização é feita, segundo alguns estudos, por um mecanismo envolvendo as vesículas<br />

endocíticas/lisossomais, mediado por receptores. Este processo é independente do cálcio e<br />

é dependente de energia e parcialmente, de estimulação nervosa.<br />

A ligação dissulfídrica, entre cadeia leve e pesada da toxina, desempenha um papel<br />

essencial na penetração da célula e a sua clivagem, por redução, elimina a toxicidade da<br />

molécula: se a ligação dissulfídrica é quebrada antes da toxina ser internalizada na célula, a<br />

cadeia leve não consegue penetrar a membrana terminal do axónio e há completa perda de<br />

toxicidade.<br />

MODO DE AÇÃO<br />

A toxina botulínica liga-se à membrana neuronal, na terminação nervosa a nível da<br />

junção neuromuscular. A ligação com a membrana neuronal ativa o deslocamento para o<br />

citoplasma do terminal axónico (endocitose mediada por clatrinas), onde bloqueia a<br />

transmissão sináptica excitatória, provocando paralisia flácida. A ação da toxina desenvolvese<br />

em três etapas (img1):<br />

img1<br />

1) internalização,<br />

2) redução da ligação dissulfito e translocação (o transporte é mediado por clatrinas)<br />

3) inibição da libertação de neurotransmissor.<br />

A toxina tem de penetrar no terminal nervoso para exercer o seu efeito. A ligação da<br />

toxina aos nervos, centrais e periféricos, é seletiva e saturável. A especificidade colinérgica<br />

da toxina é determinada pela metade C-terminal da cadeia pesada, enquanto que a<br />

toxicidade intracelular é conferida pela cadeia leve. A ligação dissulfídrica, entre cadeia leve<br />

e pesada, desempenha um papel essencial na penetração da célula e a sua clivagem, por<br />

redução, elimina a toxicidade da molécula: se a ligação dissulfídrica é quebrada antes da<br />

toxina ser internalizada na célula, a cadeia leve não consegue penetrar a membrana<br />

terminal do axónio e há perda quase total de toxicidade.<br />

Apenas a libertação de acetilcolina é inibida e não a sua síntese ou armazenamento,<br />

visto tratar-se de uma endopeptidase associada ao zinco específica para os componentes<br />

protéicos do aparelho neuroexocítico. A toxina botulínica lisa a sinaptobrevina (VAMP), uma<br />

proteína da membrana das vesículas sinápticas. As toxinas A, B, C e E atuam em proteínas


da membrana pré-sináptica (img2): A e E lisam a SNAP-25 enquanto que o serotipo C<br />

quebra a sintaxina e o tipo B quebra a sinaptobrevina.<br />

img2<br />

TOXIDADE<br />

Dose letal: 135 – 150 ng, o que corresponde à administração de 30 uni-doses de injecção<br />

intra-venosa.<br />

Bioterrorismo<br />

Dose oral letal: 10 a 20 µg.<br />

60 a 120 kg corresponderia ao LD50 para a população mundial.<br />

O efeito da toxina botulínica é reversível:<br />

Embora a ação da toxina seja irreversível, o neurónio invadido pela toxina, após<br />

determinado período de tempo é reativado, visto que há uma certa regeneração neuronal<br />

(geração de novos terminas que reinervam a estrura afetada)<br />

TIPOS DE BOTULISMO<br />

1) Botulismo de origem alimentar,<br />

2) Botulismo a partir de feridas,<br />

3) Botulismo infantil (lactentes),<br />

4) Botulismo infeccioso no adulto,<br />

5) Botulismo de classificação indeterminada.<br />

Botulismo de origem alimentar<br />

É causado pela ingestão de alimentos contaminados com neurotoxina pré-formada<br />

da bactéria C. botulinum. Produtos alimentares conservados de forma caseira que contêm<br />

peixe, vegetais ou batatas, são os mais susceptíveis de estarem envolvidos em surtos de<br />

botulismo.<br />

Alimentos com pH ácido raramente são afectados. Apesar dos esporos de C.<br />

botulinum serem termo-resistentes, a toxina é lábil a altas temperaturas, assim, durante a<br />

preparação de alimentos a toxina é eliminada, devido ao aquecimento intenso usado para<br />

garantir que todo o alimento fica cozinhado completamente.


É o tipo de botulismo mais frequente. Está associado com alimentos enlatados e<br />

conservas, especialmente as caseiras, visto que não são aplicadas medidas padronizadas<br />

de eliminação de patogénicos.<br />

Casos mais frequentes de contaminação:<br />

→ Comida preparada de uma forma caseira (fresca ou conservada) – normalmente<br />

associada a uma pasteurização inadequada.<br />

→ Vegetais – muitas vezes associados a envenenamento.<br />

→ Enlatados: leguminosas, vegetais.<br />

→ Peixe, ou ovas, provenientes do mar, ou peixe tradicionalmente curado ou fermentado.<br />

→ Presunto.<br />

→ Molhos caseiros.<br />

Botulismo a partir de feridas<br />

A causa deste tipo de botulismo envolve perfusão da pele, por várias formas: feridas<br />

provenientes de punções, fracturas expostas, lacerações, em abecessos devido a drogas de<br />

abuso e incisões cirúrgicas.<br />

Botulismo infantil<br />

É resultado da colonização do tracto intestinal após ingestão de esporos de C.<br />

botulinum, uma vez que o tracto intestinal de uma criança com menos de 1 ano não contém<br />

ainda uma flora microbiana normalizada, assim como ácidos biliares inibidores do<br />

crescimento de C. botulinum, que é evidente num indivíduo adulto.<br />

Neste tipo de botulismo as neurotoxinas mais frequentes são a A e a B.<br />

Ocorre, geralmente, em crianças com menos de 1 ano e está associado à ingestão de mel,<br />

devido à prevalência de esporos.<br />

Botulismo infeccioso no adulto<br />

Factores associados a este tipo de botulismo são a cirurgia ao intestino, doença de Crohn<br />

ou exposição a alimentos contaminados, mas sem causar doença, (geralmente não é<br />

possível identificar o alimento contaminante responsável, visto que o indivíduo só<br />

desenvolve a doença, em média, após 47 dias).<br />

Botulismo de classificação indeterminada<br />

Forma de botulismo mais recente e que se prende com as consequências do uso directo da<br />

toxina botulínica, no tratamento de várias paralisias ou desordens da contractura muscular<br />

por flacidez. Por exemplo, o uso de toxina botulínica tipo A para o tratamento de torcicolo,<br />

pode causar disfagia devido à penetração da toxina em músculos da faringe, localizados<br />

muito próximo do local de administração da injecção.<br />

A penetração da toxina em músculos mais distantes ou a fraqueza muscular devido à<br />

distribuição sistémica da toxina são raras.<br />

Efeitos clínicos decorrentes de botulismo alimentar<br />

A nível GI: Os primeiros sintomas aparecem 18 a 36 horas após ingestão da toxina e<br />

incluem náuseas, vómitos, diarreias, cãimbras abdominais. Quando aparecem os sintomas<br />

neuronais, verifica- se a nível intestinal obstipação.<br />

A nível neuronal: afecção a nível do SNC, nomeadamente, paralisia dos nervos cranianos,<br />

provoca: boca seca, visão turva e diplopia, inicialmente, seguindo-se ptose, disfagia,<br />

disartria, distonia e oftalmoplegia, instala-se, assim como dilatação gástrica e íleo paralisado.<br />

A disfunção neuronal leva a efeitos musculares graves, começando com fraqueza<br />

muscular que leva à paralisia. Após afectar os nervos cranianos, verifica-se, a nível do<br />

sistema nervoso periférico, uma afecção muscular simétrica e descendente começando nas<br />

extremidades superiores, músculos respiratórios e depois extremidades inferiores.<br />

A paralisia muscular respiratória leva muitas vezes à falência da ventilação, que pode<br />

ser fatal, pelo que se exige monitorização do doente e muitas vezes é necessário recorrer à<br />

ventilação artificial.


A instabilidade do SNA, devido ao bloqueio das junções colinérgicas autónomas,<br />

pode induzir efeitos cardiovasculares como taquicardia, hipertensão ou hipotensão<br />

ortostática e também boca seca, fraqueza da língua, visão turva (pupilas dilatadas, ou fixas),<br />

fraqueza dos músculos extra-oculares, obstipação, retenção urinária, nistagmo e supressão<br />

do reflexo do vómito.<br />

A nível muscula: verifica-se fraqueza progressiva até à paralisia flácida, simétrica e<br />

descendente. A paralisia muscular respiratória leva muitas vezes à falência da ventilação,<br />

que pode ser fatal, pelo que se exige monitorização do doente e muitas vezes é necessário<br />

recorrer à ventilação artificial.<br />

Efeitos clínicos do botulismo infantil<br />

O primeiro sintoma é a obstipação, a que se segue fraqueza progressiva, (simétrica como<br />

na doença de origem alimentar), e rejeição da comida.<br />

Outros sintomas: letargia, dificuldade em chuchar e engolir, choro fraco (“mio de gato”),<br />

hipotonia, acumulação de secreções orais (porque não consegue engoli-las) e perda do<br />

controlo da cabeça (não suporta o peso).<br />

A nível neuronal há ptose, oftalmoplegia, pupilas dilatadas e boca seca.<br />

Efeitos clínicos no botulismo infeccioso do adulto<br />

Iguais aos do de origem alimentar, excepto os sintomas GI.<br />

Efeitos secundários após utilização de terapêutica com toxina botulínica<br />

Uma vez que a administração é através de injecção, há alteração a nível histológico.<br />

Também se verificou casos em que ocorreu disfunção da bexiga, assim como fascite<br />

necrosante.<br />

Sintomas comuns a todos os tipos de botulismo<br />

- Renal<br />

Bexiga neurogénica (incontinência).<br />

- Metabólicos<br />

Distúrbio do equilíbrio ácido/base, nomeadamente pode ocorrer acidose respiratória,<br />

se a ventilação não for devidamente acompanhada.<br />

Muitas vezes a sintomatologia geral confunde-se com: miastenia gravis e síndrome de<br />

Guillain-Barré.<br />

TRATAMENTO<br />

Botulismo a partir de feridas<br />

É necessária a exploração e desbridamento da ferida.<br />

Terapêutica com anti-microbianos é essencial, geralmente penicilina, assim como a<br />

administração de antídoto.<br />

Desintoxicação<br />

Se for detectada a ingestão de toxina botulínica em menos de 1 hora, (situação rara, porque<br />

sintomatologia só aparece muito depois), é aconselhável lavagem ao estômago ou indução<br />

de vómito. A administração de carvão activado ou de sorbitol, (purgativo) também é eficaz.<br />

O agente purgante não deve ser composto à base de sais de magnésio, uma vez que há<br />

estudos que defendem que o aumento dos níveis de magnésio potenciam a acção da toxina<br />

botulínica. Também não se deve usar catárticos em caso de íleo paralítico.<br />

Antídoto: administração via injectável de anti-toxina trivalente (anti A, B e E) equina.<br />

Cuidados: casos de asma ou alergias que podem ser exacerbados por reacção alérgica ao<br />

soro equino.


PREVENÇÃO<br />

Toxina botulínica é eliminada quando se processa alimentos, especialmente enlatados, por<br />

forma a:<br />

- Aumentar a temperatura – porque a toxina botulínica é termolábil;<br />

- Diminuir o pH;<br />

- Desidratar;<br />

- Salificar;<br />

- Adição de conservantes;<br />

- Correcto armazenamento.<br />

Grande parte dos casos de contaminação relacionam-se com conservas caseiras,<br />

por isso educação pública é importante no que respeita às medidas acima citadas. No que<br />

se refere a botulismo infantil o aconselhamento será no sentido da não ingestão de mel,<br />

especialmente por lactentes com menos de 1 ano de idade.<br />

Os esporos são resistentes a temperaturas elevadas e em processos de<br />

preservação caseiros, as temperaturas usadas não ultrapassam os 120 ºC. Na preparação<br />

de conservas em altitudes elevadas a temperatura de ebulição usada na preparação não é<br />

suficiente para a destruição de esporos. Quando se trata de alimentos pouco ácidos,<br />

preparados para serem enlatados é necessário dupla pasteurização com intervalo de 24<br />

horas, para garantir a eliminação das bactérias provenientes de esporos sobreviventes.<br />

APLICAÇÕES DIRETAS<br />

Uma vez que a toxina botulínica, tipo A ou B, paralisa ou enfraquece reversivelmente<br />

o músculo esquelético, por inibição da libertação de acetilcolina da vesícula sináptica nos<br />

terminais nervosos motores colinérgicos. Esta ausência de acetilcolina também provoca<br />

uma inibição de secreções.<br />

Nos últimos anos, isto tem sido aplicado a nível terapêutico em diversos distúrbios,<br />

especialmente a nível muscular e de secreção glandular. A toxina A e B são aplicadas numa<br />

dose muito mais baixa que aquela que provoca doença.<br />

O neurónio invadido pela toxina, após algum tempo é reactivado, visto que há uma<br />

certa regeneração neuronal daí ser necessário várias administrações de toxina em tempos<br />

controlados.<br />

Outras Aplicações:<br />

Dores de cabeça<br />

Enxaqueca: caracterizada por dores fortes de cabeça, com duração de 4 a 72 horas,<br />

localizadas, pulsadas, associadas a náuseas, foto e fonofobia. O Botox, usado como terapia<br />

profiláctica, reduzindo a severidade e frequência, sem efeitos secundários a nível SNC.<br />

Esta aplicação foi descoberta acidentalmente quando se fazia uma intervenção<br />

estética com Botox, mas o mecanismo de acção ainda é desconhecido<br />

Estética: Para eliminar rugas e imperfeições da testa da testa e “pés de galinha”dos olhos.<br />

Efeitos secundários:<br />

A nível muscular há um obrigatório que é a diminuição da força muscular fisiológica.<br />

No local de injecção também se pode verificar algum grau de fraqueza ou até<br />

absorção sistémica (não mais de 5%) que resulta em boca seca especialmente se se tratar<br />

da toxina botulínica tipo B, visto que tem maior afinidade pelos terminais nervosos<br />

autónomos. Componentes não-toxina do complexo podem provocar sintomatologia gripal.<br />

A administração em músculos da metade inferior da face e nos músculos flexores e<br />

extensores dos dedos constitui uma janela terapêutica curta, visto que há maior risco de,<br />

após injecção, piorar a função muscular<br />

Contra- indicações


1) Miastenia gravis<br />

2) Reacções de hipersensibilidade à toxina A ou B:<br />

a resposta imunológica pode ser minimizada se se usar a dose mínima possível e se se<br />

evitar injecções frequentes. O intervalo mínimo recomendável entre injecções é de 2 meses.<br />

Interacções<br />

Aminoglicosídeos: potenciação do efeito, o que é indesejável, visto ser de difícil controlo.<br />

Relaxantes musculares como tubocurarina e aparentados.<br />

Resistência: podem ocorrer fenómenos de resistência para determinada toxina por<br />

produção de anticorpos pelo organismo. Nestas situações recomenda- se a mudança para<br />

outro tipo de toxina botulínica.<br />

NOVOS DESENVOLVIMENTOS<br />

Engenharia genética: encontra –se em estudo a criação de uma toxina botulínica que exija<br />

apenas uma administração, e que, portanto seja de efeito vitalício.<br />

Novas toxinas: este tipo de investigação tem por objetivo combater as imuno- resistências<br />

que têm surgido. Toxinas como a E, F ou G são atualmente alvo de estudo, mas com a<br />

certeza porém de só virem a ser utilizadas em caso de resistência, visto que são de curta<br />

duração de ação.<br />

LINKS<br />

www.cdc.org- Center disease control<br />

http://www.botox.com<br />

http://www.myobloc.com/index.html<br />

http://www.hosppract.com<br />

http://www.emea.org

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