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“Aplicação de Técnicas de Modelagem Direta e Inversa para a ...

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<strong>“Aplicação</strong> <strong>de</strong> <strong>Técnicas</strong> <strong>de</strong><br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Direta</strong> e <strong>Inversa</strong> <strong>para</strong> a<br />

Caracterização Gravimétrica da<br />

Bacia <strong>de</strong> Santos”<br />

Alessandra Mattos dos Santos Silva<br />

E<strong>de</strong>r Cassola Molina<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Instituto <strong>de</strong> Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas<br />

Departamento <strong>de</strong> Geofísica


Sumário<br />

• Objetivos<br />

• Motivação<br />

• Área <strong>de</strong> Estudo<br />

• Metodologia<br />

Processamento<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Direta</strong><br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Inversa</strong><br />

• Resultados<br />

• Consi<strong>de</strong>rações Finais


Objetivos<br />

• Testar técnicas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem já <strong>de</strong>senvolvidas, verificando sua<br />

aplicabilida<strong>de</strong> à situação geológica da Bacia <strong>de</strong> Santos.<br />

• Caracterizar a intensa anomalia gravimétrica negativa observada na<br />

Bacia <strong>de</strong> Santos, através da utilização <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem<br />

direta e inversa.


Motivação<br />

• A Bacia <strong>de</strong> Santos tornou-se <strong>de</strong>staque por sua extensão e<br />

comprovada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, formando em conjunto com a<br />

Bacia <strong>de</strong> Campos os maiores campos <strong>de</strong> óleo e gás do Atlântico Sul.<br />

• O estudo <strong>de</strong> feições observadas em pesquisas geofísicas po<strong>de</strong><br />

fornecer mais informações <strong>para</strong> o conhecimento <strong>de</strong>sse contexto<br />

geológico, diminuindo os riscos <strong>de</strong> exploração.<br />

• A hipótese inicial do trabalho é <strong>de</strong> que a anomalia negativa seja um<br />

corpo <strong>de</strong> sal, cujo conhecimento é <strong>de</strong> suma importância na prospecção<br />

pré e pós - sal.


Área <strong>de</strong> Estudo<br />

• A Bacia <strong>de</strong> Santos situa-se na região su<strong>de</strong>ste da margem continental<br />

brasileira, entre os <strong>para</strong>lelos 23ºS e 28ºS, ocupando uma área <strong>de</strong> 500<br />

mil km 2 , até a cota batimétrica <strong>de</strong> 3000 m (Moreira et al., 2007).<br />

• É a mais ampla bacia <strong>de</strong> sal do Atlântico Sul, com distância <strong>de</strong> 500<br />

km entre a charneira <strong>de</strong> Santos e o limite do sal (Davison, 2007).<br />

• A maioria dos campos é formada pela combinação <strong>de</strong> armadilhas<br />

estruturais e estratigráficas, criadas pela movimentação do sal em<br />

reservatórios turbidíticos dos períodos Cretáceo e Terciário (Contreras<br />

et al., 2010; Coward et al., 1999).


Área <strong>de</strong> Estudo<br />

Figura 1: Localização da área <strong>de</strong> estudo. A linha tracejada <strong>de</strong>limita a área <strong>de</strong><br />

ocorrência do pré-sal (PETROBRAS).


Área <strong>de</strong> Estudo<br />

Figura 2: Esquema <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>s alcançadas na prospecção do pré-sal.<br />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-<strong>de</strong>-energia/petroleo/presal/.


Conjunto <strong>de</strong> Dados<br />

• O conjunto <strong>de</strong> dados a ser utilizado nesse trabalho foi retirado <strong>de</strong><br />

Paolo e Molina (2010).<br />

• Os autores aplicaram colocação por mínimos quadrados a dados <strong>de</strong><br />

altimetria por satélite e gravimetria marinha <strong>para</strong> a <strong>de</strong>terminação dos<br />

elementos do campo <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>.<br />

• Os resultados obtidos foram mapas <strong>de</strong> alta resolução <strong>de</strong> anomalia<br />

ar-livre e <strong>de</strong> altura do geói<strong>de</strong>, inclusive na região <strong>de</strong> costa.<br />

• Consi<strong>de</strong>rando que a área <strong>de</strong> estudo da presente pesquisa localiza-se<br />

próxima à costa, a utilização <strong>de</strong> tais dados se mostra i<strong>de</strong>al.


Conjunto <strong>de</strong> Dados<br />

Figura 3: Mapa <strong>de</strong> anomalia ar-livre.


Metodologia<br />

Processamento<br />

• Realizado seguindo as técnicas clássicas <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> campo<br />

potencial, que não fornecem diretamente a distribuição das fontes<br />

mas promovem um entendimento inicial sobre suas naturezas<br />

(Blakely, 1996).<br />

• Nessa etapa, foi calculada a anomalia Bouguer, que será utilizada na<br />

fase <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem.


Metodologia<br />

Anomalia Bouguer<br />

Figura 4: Mapa <strong>de</strong> anomalia Bouguer.


Metodologia<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Direta</strong><br />

• O objetivo da mo<strong>de</strong>lagem direta é ter um conhecimento preliminar<br />

do <strong>de</strong>senho e profundida<strong>de</strong> da fonte. O resultado será usado como<br />

parâmetro <strong>de</strong> com<strong>para</strong>ção com as soluções obtidas na mo<strong>de</strong>lagem<br />

inversa.<br />

•Para tanto, o algoritmo exposto por Talwani et al. (1959), retirado <strong>de</strong><br />

Blakely (1985), foi adaptado <strong>para</strong> o MATLAB.<br />

• Consi<strong>de</strong>rando que se trata <strong>de</strong> um corpo <strong>de</strong> sal composto 80% por<br />

halita e 20% sais pesados (anidrita), o contraste <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

proposto entre sal e encaixante foi <strong>de</strong> -0.42 g/cm 3 .


Metodologia<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Inversa</strong><br />

• As técnicas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem a serem testadas seguem o exposto por<br />

Silva et al. (2001), que relaciona técnicas <strong>de</strong> inversão e situações<br />

geológicas.<br />

• Segundo os autores a situação tratada no presente trabalho po<strong>de</strong><br />

explorar dois tipos <strong>de</strong> vínculos nos algoritmos <strong>de</strong> inversão <strong>de</strong> dados<br />

gravimétricos:<br />

1) Suavida<strong>de</strong>, proximida<strong>de</strong> absoluta e convexida<strong>de</strong>.<br />

2) Compacida<strong>de</strong>, proximida<strong>de</strong> absoluta, <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e<br />

concentração no entorno <strong>de</strong> elementos geométricos;


Metodologia<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Inversa</strong><br />

• A respeito <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações tem-se dois projetos: COMPAC,<br />

baseado em Last e Kubik (1983); e MULTI, <strong>de</strong>senvolvido por Silva e<br />

Barbosa (2006).<br />

• Os algoritmos <strong>de</strong> inversão foram <strong>de</strong>senvolvidos em linguagem<br />

FORTRAN e os resultados plotados no MATLAB.


Projeto COMPAC<br />

• Problema Geológico: Localizar e <strong>de</strong>limitar um corpo anômalo, raso ou<br />

profundo, imerso no interior <strong>de</strong> uma área circunscrita, através <strong>de</strong><br />

medidas gravimétricas realizadas em perfil perpendicular à estrutura<br />

dos corpos.<br />

• Simplificação: Supõe-se que o corpo anômalo e a rocha encaixante<br />

possuam simetria <strong>de</strong> translação (dimensão infinita) ao longo do eixo<br />

perpendicular ao perfil.<br />

• Informação a priori usada como estabilizador: Supõe-se que o corpo<br />

anômalo seja compacto (não possua orifícios em seu interior e possua<br />

o menor volume possível, relativo às observações gravimétricas a<br />

serem ajustadas), e que o contraste <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> entre corpo e<br />

encaixante seja conhecido.


Projeto COMPAC<br />

• Hipótese: Supõe-se que a forma do corpo possa ser recuperada com<br />

boa precisão através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo interpretativo que consi<strong>de</strong>ra o<br />

contraste <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> constante <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> células justapostas<br />

(Figura 5).<br />

Figura 5: Ilustração da hipótese adotada.<br />

Fonte: Notas <strong>de</strong> Aula, Aplicações da Teoria da Inversão à Interpretação Geofísica


Projeto MULTI<br />

• Problema Geológico: Localizar e <strong>de</strong>limitar um ou mais corpos<br />

anômalos, rasos ou profundos, imersos no interior <strong>de</strong> uma área<br />

circunscrita, através <strong>de</strong> medidas gravimétricas realizadas em perfil<br />

perpendicular à estrutura dos corpos.<br />

• Simplificação: Supõe-se que o corpo anômalo e a rocha encaixante<br />

possuam simetria <strong>de</strong> translação (dimensão infinita) ao longo do eixo<br />

perpendicular ao perfil.<br />

• Hipótese: Supõe-se que a forma do corpo possa ser recuperada com<br />

boa precisão através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo interpretativo que consi<strong>de</strong>ra o<br />

contraste <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> constante <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> células retangulares<br />

justapostas (Figura 5).


Projeto MULTI<br />

• Informação a priori usada como estabilizador: Supõe-se que:<br />

(1) o corpo anômalo seja compacto (não possua orifícios em seu<br />

interior);<br />

(2) o corpo anômalo possua o menor volume possível no entorno <strong>de</strong><br />

elementos geométricos (pontos e retas) <strong>de</strong>finidos pelo usuário,<br />

relativos às observações gravimétricas a serem ajustadas);<br />

(3) o corpo anômalo seja homogêneo;<br />

(4) o contraste <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> entre corpo e encaixante seja conhecido.


Resultados<br />

Figura 6: Mapa <strong>de</strong> anomalia Bouguer apontando os perfis utilizados na caracterização da<br />

fonte.


Resultados<br />

Figura 7: Localização e amplitu<strong>de</strong> do perfil 1.


Resultados<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Direta</strong><br />

Figura 8: Resultado da mo<strong>de</strong>lagem direta do perfil 1.


Resultados<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Inversa</strong> - MULTI<br />

Figura 9: Resultado da inversão <strong>para</strong> o Projeto MULTI.


Resultados<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>Inversa</strong> - COMPAC<br />

Figura 10: Resultado da inversão <strong>para</strong> o Projeto COMPAC.


Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

Figura 11: Mapa <strong>de</strong> anomalia Ar-Livre com a localização dos campos em produção.


Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

Fonte: Mohriak et al. (2009)<br />

Figura 12: Sessão sísmica realizada na área <strong>de</strong> estudo.


Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

• O corpo <strong>de</strong>senhado no ajuste direto do perfil 1 possui extensão <strong>de</strong><br />

150 km, topo na profundida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 4 km e base em 7km.<br />

• Tais dimensões estão <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo resultante do projeto<br />

MULTI, e com a seção sísmica, mostrando que essas soluções são<br />

compatíveis com a situação geológica.<br />

• Por sua vez, o mo<strong>de</strong>lo apresentado no projeto COMPAC, mostra o<br />

resultado <strong>de</strong> uma solução que não convergiu <strong>para</strong> o contraste <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> proposto. Devendo os parâmetros <strong>de</strong> entrada serem<br />

revistos, em busca <strong>de</strong> uma situação satisfatória.


Bibliografia<br />

BLAKELY, R. J. Potential Theory in Gravit & Magnetic Applications. Cambridge: Cambridge<br />

University Press, 1996.<br />

CONTRERAS, J., ZÜHLKE, R., BOWMAN, S., BECHSTÄDT, T. Seismic stratigraphy and subsi<strong>de</strong>nce analysis<br />

of the southern Brazilian margin (Campos, Santos and Pelotas basins). Marine and Petroleum<br />

Geology, v. 27, p. 1952-1980, Junho, 2010.<br />

CORDANI,
 R.
 Mo<strong>de</strong>lamento
 gravimétrico
 tridimensional
 do
 baixo
 anômalo
 <strong>de</strong>
 ar-livre
 da
 Bacia
 <strong>de</strong>
<br />

Santos. 
Anais do IV
 Simpósio Brasileiro <strong>de</strong> Geofísica, Brasília, 2010.<br />

COWARD, M. P., PURDY, E. G., RIES, A., SMITH, D. G. The distribution of petroleum reserves in basins of<br />

the South Atlantic margin. In: Cameron, N. R., Bate, R. H., Clure, V. S. (Eds.), The Oil and Gas<br />

Habitats of the South Atlantic, Geological Society of London, Special Publications, v. 153, p. 101-131,<br />

1999.<br />

DAVISON, I. Geology and tectonics of the South Atlantic Brazilian salt basins. In: Ries, A. C., Butler, R.<br />

W. H., Graham, R. H. (Eds.), Deformation of the Continental Crust: The Legacy of Mike Coward,<br />

Geological Society of London, Special Publications, v. 272, p. 345-356, 2007.<br />

LAST, B. J., KUBIK, K. Compact gravity inversion. Geophysics, v. 48, n. 6, p. 713-721, Junho, 1983.<br />

MOREIRA, J. L. P., MADEIRA, C. V., GIL, J. A., MACHADO, A. P. M. Bacia <strong>de</strong> Santos. Boletim <strong>de</strong><br />

Geociências da Petrobras, Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 15, n. 2, p. 531-549, Maio/Novembro, 2007.<br />

PAOLO, F. S., MOLINA, E. C. Integrated marine gravity field in the Brazilian coast from altimeter-<strong>de</strong>rived<br />

sea surface gradient and shipborne gravity. Journal of Geodynamics, v. 50, n. 5, p. 347-354,<br />

Dezembro, 2010.<br />

SILVA, J. B. C., MEDEIROS, W. E., BARBOSA, V. C. F. Potential-field inversion: Choosing the appropriate<br />

technique to solve a geologic problem. Geophysics, v. 66, n. 2, p. 511-520, Março/Abril, 2001.<br />

SILVA, J. B. C., BARBOSA, V. C. F. Interactive gravity inversion. Geophysics, v. 71, n. 1, p. J1-J9,<br />

Janeiro/Fevereiro, 2006.


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