2 MODELAGEM DE DADOS EM GEOPROCESSAMENTO - DPI
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2.3.2 MAPAS CADASTRAIS<br />
Modelagem de Dados em Geoprocessamento<br />
Um mapa cadastral distingue-se de um mapa temático, pois cada um de<br />
seus elementos é um objeto geográfico, que possui atributos e pode estar<br />
associado a várias representações gráficas. Por exemplo, os lotes de uma cidade<br />
são elementos do espaço geográfico que possuem atributos (dono, localização,<br />
valor venal, IPTU devido, etc.) e que podem ter representações gráficas diferentes<br />
em mapas de escalas distintas. Os atributos estão armazenados num sistema<br />
gerenciador de banco de dados, conforme descrito em detalhe na seção 2.4.<br />
A Figura 2.3 mostra um exemplo de mapa cadastral da América do Sul,<br />
onde os países possuem atributos não-gráficos (PIB e população).<br />
País<br />
PIB<br />
(US$ bn)<br />
Brasil 350<br />
Argentina<br />
Pop<br />
(milhões)<br />
295 34<br />
Geoprocessamento em Projetos Ambientais 2-5<br />
159<br />
Chile 45 14<br />
Figura 2.3 - Exemplo de mapa cadastral (países da América do Sul).<br />
A distinção entre mapas cadastrais e mapas temáticos não é usual na<br />
literatura de SIG, mas é extremamente importante para caracterizar de forma<br />
adequada os tipos de dados e as aplicações em Geoprocessamento. Quando<br />
falamos em mapas temáticos, estamos lidando, na absoluta maioria dos casos, com<br />
informações imprecisas. Por exemplo, no caso de um mapa temático de solos, os<br />
limites indicados no mapa são aproximações da realidade. Já no caso de um mapa<br />
cadastral (como a divisão política mostrada na figura 2.3), temos medidas precisas<br />
e determinadas.<br />
No dizer de Burrough (1986), “os limites desenhados em mapas temáticos<br />
(como solo, vegetação, ou geologia) raramente são precisos e desenha-los como<br />
linhas finas muitas vezes não representa adequadamente seu caráter. Assim,<br />
talvez não nos devamos preocupar tanto com localizações exatas e representações<br />
gráficas elegantes. Se pudermos aceitar que limites precisos entre padrões de<br />
vegetação e solo raramente ocorrem, nós estaríamos livres para realizar análises<br />
geográficas nos formatos mais convenientes”.