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utttndcia e mióétia do medicamenta

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das ciências farmacológicas. Os fármacos de origem vegetal,<br />

que durante séculos constituíram a base <strong>do</strong> arsenal terapêutico,<br />

são estuda<strong>do</strong>s minuciosamente <strong>do</strong> ponto de vista botânico.<br />

O sonho de PARACELSO, consubstancia<strong>do</strong> na designação da «quinta<br />

essência», parece ter chega<strong>do</strong> à sua realização com os progressos<br />

da farmacotecnia e da química. Num esforço atura<strong>do</strong> e paciente,<br />

que ainda prossegue nos nossos dias, a constituição química <strong>do</strong>s<br />

fármacos é estudada e os princípios activos são isola<strong>do</strong>s e caracteriza<strong>do</strong>s,<br />

conceden<strong>do</strong> novas possibilidades à terapêutica. Nesta<br />

tarefa imensa os farmacêuticos tomam parte importantíssima.<br />

Logo nos começos <strong>do</strong> século o farmacêutico francês DEROSNE<br />

isola a narcotina e, pouco depois, é o farmacêutico alemão SER-<br />

TORNER que obtém <strong>do</strong> ópio uma substância que, pelas suas<br />

propriedades farmacológicas, foi denominada morfina. Escassos<br />

anos volvi<strong>do</strong>s, é o médico português BERNARDINO ANTÓNIO<br />

GOMES, pioneiro destes estu<strong>do</strong>s no nosso país, que isola da<br />

quina um produto que denominou cinchonina ten<strong>do</strong> esta<strong>do</strong><br />

perto da descoberta da quinina, glória que devia pertencer aos<br />

<strong>do</strong>is grandes farmacêuticos franceses PELLETIER e CAVENTOU,<br />

os quais por sua vez isolam de outras plantas princípios vários<br />

como a estricnina, veratrina, colquicina, cafeína, emetina, etc.<br />

A estas investigações seguem-se muitas outras e uma imensidade<br />

de princípios vegetais — alcalóides, glucosi<strong>do</strong>s, saponinas, etc. —<br />

surgem para a terapêutica. No capítulo <strong>do</strong>s medicamentos de<br />

origem animal, usa<strong>do</strong>s desde a mais remota antiguidade, uma<br />

plêiade de ilustres investiga<strong>do</strong>res obteve <strong>do</strong>s órgãos animais,<br />

primeiramente, extractos, e depois princípios defini<strong>do</strong>s, extraordinariamente<br />

activos <strong>do</strong> ponto de vista fisiológico, princípios<br />

que mais tarde seriam conheci<strong>do</strong>s por hormonas e viriam a ter<br />

uma importância terapêutica extraordinária. Esta tarefa imensa<br />

é completada pelo trabalho <strong>do</strong>s químicos que se não limitaram a<br />

isolar os constituintes vegetais mais importantes ou as secreções<br />

internas <strong>do</strong> organismo animal, mas procuraram determinar a sua<br />

estrutura química e, mais tarde, obtê-los por síntese. A partir<br />

desse momento pode dizer-se que o caminho para o desenvolvimento<br />

da farmacologia e da terapêutica se encontrava largamente<br />

aberto, sen<strong>do</strong> os progressos regista<strong>do</strong>s neste aspecto um <strong>do</strong>s mais<br />

surpreendentes na farmacologia contemporânea.<br />

sa

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