17.04.2013 Views

Título: identificação de nematoides fitopatogênicos em fruteiras no ...

Título: identificação de nematoides fitopatogênicos em fruteiras no ...

Título: identificação de nematoides fitopatogênicos em fruteiras no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO<br />

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA<br />

DO CEARÁ – IFCE<br />

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO - PRPI<br />

EDITAL Nº 018/2012-PRPI – PIBITI/CNPq/IFCE<br />

<strong>Título</strong> do Projeto:<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>fitopatogênicos</strong> <strong>em</strong> <strong>fruteiras</strong>, <strong>no</strong> Perímetro Irrigado<br />

Baixo Acaraú e controle alternativo com plantas antagônicas.<br />

Sobral – CE<br />

Junho <strong>de</strong> 2012


Resumo<br />

A correta <strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong> <strong>de</strong> gêneros e espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s que acomet<strong>em</strong> uma <strong>de</strong>terminada<br />

cultura é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para se formar um acervo <strong>de</strong> dados que serão úteis aos<br />

laboratórios <strong>de</strong> diag<strong>no</strong>se e controle <strong>de</strong>sses fitopatóge<strong>no</strong>s. Conjuntamente, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

controlar os fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s existentes <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada região é condição básica para se<br />

proce<strong>de</strong>r ao seu manejo racional das culturas, para tanto faz-se necessário proce<strong>de</strong>r a estudos<br />

com produtos naturais, pois será <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia como medida <strong>de</strong> controle alternativo, visto<br />

que os n<strong>em</strong>aticidas <strong>de</strong> síntese são onerosos e extr<strong>em</strong>amente tóxicos ao hom<strong>em</strong> e ao meio<br />

ambiente. Desta forma, neste trabalho busca-se i<strong>de</strong>ntificar as espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

<strong>fitopatogênicos</strong> presentes <strong>em</strong> <strong>fruteiras</strong> do Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú e, <strong>em</strong> seguida,<br />

verificar a ação <strong>de</strong> plantas antagonistas sobre estes fitopatóge<strong>no</strong>s. Para tanto, além da<br />

infraestrutura do Laboratório <strong>de</strong> Fitossanida<strong>de</strong> e seus equipamentos existentes <strong>no</strong> Campus <strong>de</strong><br />

Sobral, contar<strong>em</strong>os também com a valiosa contribuição da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará,<br />

com o Laboratório <strong>de</strong> N<strong>em</strong>atologia para <strong>no</strong>s auxiliar com outros equipamentos e pessoal<br />

qualificado para tal finalida<strong>de</strong>. Desta forma, <strong>no</strong> primeiro momento, preten<strong>de</strong>-se catalogar e<br />

disponibilizar aos produtores interessados a relação <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificados para que<br />

estes possam utilizar a melhor forma possível os métodos <strong>de</strong> controle existentes e fazer um<br />

manejo racional. Com o estudo das plantas antagônicas aos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, espera-se encontrar<br />

plantas que sejam eficientes na redução populacional <strong>de</strong>stes fitopatóge<strong>no</strong>s e que possam<br />

facilmente ser<strong>em</strong> utilizadas também pelos produtores. Com os resultados <strong>de</strong>sta segunda parte<br />

do projeto, preten<strong>de</strong>-se partir para uma tarefa mais ambiciosa, que é a conscientização dos<br />

produtores para a utilização <strong>de</strong>stas plantas, visto que assim, haveria uma redução da utilização<br />

<strong>de</strong> agrotóxicos e consequent<strong>em</strong>ente uma redução <strong>no</strong> custo <strong>de</strong> produção, pois os n<strong>em</strong>aticidas<br />

são, via <strong>de</strong> regra, muito caros.<br />

Palavras chave: Manejo cultural; Agricultura sustentável; Fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s; Hospedabilida<strong>de</strong>.<br />

2


1. Objetivos<br />

1.1 Objetivo Geral<br />

- O objetivo é i<strong>de</strong>ntificar as espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>fitopatogênicos</strong> que causam da<strong>no</strong>s às<br />

<strong>fruteiras</strong> <strong>no</strong> Perímetro Irrigado Baixo Acaraú e avaliar o controle alternativo com plantas<br />

antagônicas.<br />

1.2 Objetivos específicos<br />

- I<strong>de</strong>ntificar quais as espécies <strong>de</strong> fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s presentes <strong>no</strong> Perímetro Irrigado Baixo<br />

Acaraú;<br />

- Formar um acervo <strong>de</strong> dados sobre estas espécies;<br />

- Avaliar um controle alternativo <strong>de</strong>stes fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s com a utilização <strong>de</strong> cinco espécies <strong>de</strong><br />

plantas antagônicas para cada espécie <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificada;<br />

- Fazer uma catalogação das espécies vegetais que se comportar<strong>em</strong> <strong>de</strong> forma mais satisfatória<br />

<strong>no</strong> controle dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s.<br />

2. Introdução e Justificativa<br />

Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s são vermes microscópicos que se alimentam, <strong>em</strong> sua gran<strong>de</strong> maioria<br />

das raízes das plantas passando parte ou toda a vida <strong>no</strong> solo. Conforme a maneira com que<br />

estes organismos obtêm o alimento das plantas são classificados <strong>em</strong>: endoparasitas e<br />

ectoparasitas. Os ectoparasitas passam toda a sua vida fora das raízes e alimentam-se<br />

introduzindo o estilete na camada <strong>de</strong> células a diversas profundida<strong>de</strong>s da superfície das raízes.<br />

Os endoparasitas penetram e passam, <strong>no</strong> mínimo, parte <strong>de</strong> sua vida <strong>de</strong>ntro da raiz<br />

(LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; FREITAS et al., 2004).<br />

A maioria dos fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s são parasitas obrigatórios, vivendo <strong>em</strong> equilíbrio com a<br />

planta hospe<strong>de</strong>ira. Para que o fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong> passe à condição <strong>de</strong> patóge<strong>no</strong>, torna-se necessário<br />

que o processo <strong>de</strong> parasitismo diretamente ou associado a outros fatores impossibilite a<br />

hospe<strong>de</strong>ira a exercer uma ou mais <strong>de</strong> suas funções fisiológicas, para o melhor do seu potencial<br />

3


genético, originando uma doença (LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; FREITAS et al.,<br />

2004).<br />

Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>fitopatogênicos</strong> são responsáveis por expressivas perdas na agricultura<br />

seja <strong>no</strong> cultivo <strong>de</strong> grãos, na olericultura ou na Fruticultura, senda nesta mais preocupante <strong>em</strong><br />

função da expressão tardia dos sintomas e da ineficiência dos meios curativos <strong>de</strong> controle.<br />

Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s são organismos alongados e afilados nas extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s, representando um dos<br />

grupos <strong>de</strong> animais mais numerosos da terra. Acredita-se que haja cerca <strong>de</strong> 500 mil espécies <strong>de</strong><br />

n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s ocorrendo <strong>no</strong>s ambientes mais diversos, <strong>em</strong> que haja a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Ecologicamente, estes animais po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>em</strong> três grupos, <strong>de</strong> acordo com o tipo<br />

<strong>de</strong> hábito alimentar. Assim, t<strong>em</strong>os os parasitos <strong>de</strong> animais, os <strong>de</strong> vida livre (que se alimentam<br />

<strong>de</strong> bactérias, fungos, algas, protozoários, minhocas microscópicas e <strong>de</strong> outros n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s);<br />

saprófitos, tanto do solo como dos ocea<strong>no</strong>s e os parasitos <strong>de</strong> plantas, conhecidos como<br />

fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, (LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; FERRAZ & MONTEIRO, 1995;<br />

AGRIOS, 1997; FREITAS et al., 2004).<br />

N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s parasitos <strong>de</strong> plantas po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>no</strong> interior <strong>de</strong> estruturas<br />

vegetais, tantos dos órgãos subterrâneos (raízes, rizomas, tubérculos e bulbos) e também na<br />

parte aérea (caules, folhas e flores). Contudo, os maiores probl<strong>em</strong>as relacionados com estes<br />

fitoparasitos ocorr<strong>em</strong> <strong>no</strong> sist<strong>em</strong>a radicular, on<strong>de</strong> eles po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>no</strong> solo ou <strong>no</strong><br />

interior da raiz, caracterizando-os como migradores e se<strong>de</strong>ntários, respectivamente<br />

(LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; FREITAS et al., 2004).<br />

Os sintomas diretos <strong>de</strong>sses fitoparasitos são expressos como galhas ou tumores, as<br />

quais resultam da hiperplasia e hipertrofia dos tecidos radiculares que bloqueiam a absorção<br />

<strong>de</strong> água e <strong>de</strong> nutrientes do solo. Essas <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s das raízes provocadas por Meloidogyne<br />

spp. constitu<strong>em</strong>-se <strong>em</strong> fortes dre<strong>no</strong>s metabólicos, espoliando fotoassimilados e utilizando-os<br />

para o seu <strong>de</strong>senvolvimento e reprodução, o que contribui para reduzir, sobr<strong>em</strong>aneira, o<br />

aproveitamento dos produtos sintetizados para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>no</strong>rmal das plantas,<br />

causando a murcha <strong>de</strong> plantas <strong>no</strong>s horários mais quentes do dia (LORDELLO, 1992;<br />

TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997).<br />

As plantas afetadas por n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s tornam-se mais vulneráveis ao ataque <strong>de</strong> outros<br />

fitopatóge<strong>no</strong>s, ficam me<strong>no</strong>s resistentes aos estresses hídricos e não respon<strong>de</strong>m<br />

satisfatoriamente ao manejo <strong>de</strong> adubação (LORDELLO, 1992; FERRAZ & MONTEIRO,<br />

1995).<br />

Vários são os métodos <strong>de</strong> controle que po<strong>de</strong>m ser <strong>em</strong>pregados <strong>no</strong> manejo <strong>de</strong>stes<br />

fitopatóge<strong>no</strong>s. Cabe, portanto, ao produtor fazer a escolha daquele que melhor lhe convier,<br />

4


s<strong>em</strong>pre analisando fatores tais como: custo/benefício, agressão, persistência e prejuízos ao<br />

ambiente e às pessoas envolvidas na aplicação dos <strong>de</strong>fensivos agrícolas (LORDELLO, 1992;<br />

TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; SILVA, 2006). Contudo, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> da toxicida<strong>de</strong> dos<br />

n<strong>em</strong>aticidas <strong>de</strong> síntese ao hom<strong>em</strong>, dos da<strong>no</strong>s provocados ao meio ambiente, e <strong>de</strong>vido ao apelo<br />

da socieda<strong>de</strong> por alimentos mais saudáveis, muitos produtos <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> natural têm sido<br />

testados <strong>no</strong> controle <strong>de</strong>sses fitopatóge<strong>no</strong>s, <strong>no</strong> intuito <strong>de</strong> substituí-los (SILVA, 2006).<br />

Atualmente, <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência da pressão exercida por parte da socieda<strong>de</strong>, t<strong>em</strong>-se<br />

direcionado, sobr<strong>em</strong>aneira, as pesquisas envolvendo o controle <strong>de</strong> pragas e doenças <strong>no</strong><br />

sentido <strong>de</strong> conseguir <strong>de</strong>scobrir produtos naturais com ação antimicrobiana para fungos,<br />

bactérias, insetos e n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s (SILVA, 2006). Na busca por tais produtos, t<strong>em</strong>-se dado muita<br />

atenção aos metabólitos produzidos pelas plantas, principalmente aos <strong>de</strong>correntes do<br />

metabolismo secundário. Estes produtos, geralmente, resultam <strong>de</strong> compostos presentes <strong>em</strong><br />

extratos brutos e/ou óleos essenciais, constituindo numa potencial forma <strong>de</strong> utilização <strong>no</strong><br />

controle alternativo <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong> plantas, e que, com os avanços das pesquisas, po<strong>de</strong>rão se<br />

constituir <strong>em</strong> <strong>no</strong>vas moléculas bioativas e bio<strong>de</strong>gradáveis que sejam mais eficientes contra as<br />

pragas e doenças e com me<strong>no</strong>r ou nenhuma toxicida<strong>de</strong> ao hom<strong>em</strong> e ao meio ambiente.<br />

Em vista <strong>de</strong> todas estas limitações ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>no</strong>rmal das plantas e à<br />

produção potencial das <strong>fruteiras</strong>, impostas pelos fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s é essencial se fazer a<br />

<strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong> e caracterização das espécies que estão presentes <strong>no</strong> referido Perímetro Irrigado.<br />

Sendo, <strong>de</strong>pois estas informações catalogadas e repassadas aos interessados. Servido assim<br />

como um instrumento <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>em</strong> meios científicos.<br />

É interessante também a proposta da utilização <strong>de</strong> plantas antagonistas, <strong>em</strong> função da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alternativas me<strong>no</strong>s poluentes e da<strong>no</strong>sas ao hom<strong>em</strong> e ao meio ambiente. Além<br />

do mais, estas plantas antagonistas servirão também com fonte <strong>de</strong> matéria orgânica, que é tão<br />

escassa <strong>no</strong> Simiárido <strong>no</strong>r<strong>de</strong>sti<strong>no</strong> e como cobertura morta, contribuindo significativamente<br />

para evitar a erosão.<br />

3. Revisão bibliográfica<br />

Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s são organismos alongados e afilados nas extr<strong>em</strong>ida<strong>de</strong>s, representando<br />

um dos grupos <strong>de</strong> animais mais numerosos da terra. Acredita-se que haja cerca <strong>de</strong> 500 mil<br />

espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s ocorrendo <strong>no</strong>s ambientes mais diversos, <strong>em</strong> que haja a possibilida<strong>de</strong><br />

5


<strong>de</strong> vida. Ecologicamente, estes animais po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>em</strong> três grupos, <strong>de</strong> acordo<br />

com o tipo <strong>de</strong> hábito alimentar (FERRAZ & MONTEIRO, 1995; AGRIOS, 1997).<br />

Assim, t<strong>em</strong>os os parasitos <strong>de</strong> animais, os <strong>de</strong> vida livre (que se alimentam <strong>de</strong> bactérias,<br />

fungos, algas, protozoários, minhocas microscópicas e <strong>de</strong> outros n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s); saprófitos,<br />

tanto do solo como dos ocea<strong>no</strong>s e os parasitos <strong>de</strong> plantas, conhecidos como fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s,<br />

(LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; FREITAS et al., 2004).<br />

N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s parasitos <strong>de</strong> plantas po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>no</strong> interior <strong>de</strong> estruturas<br />

vegetais, tantos dos órgãos subterrâneos (raízes, rizomas, tubérculos e bulbos) e também na<br />

parte aérea (caules, folhas e flores). Contudo, os maiores probl<strong>em</strong>as relacionados com estes<br />

fitoparasitos ocorr<strong>em</strong> <strong>no</strong> sist<strong>em</strong>a radicular, on<strong>de</strong> eles po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>no</strong> solo ou <strong>no</strong><br />

interior da raiz, caracterizando-os como migradores e se<strong>de</strong>ntários, respectivamente<br />

(LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; FREITAS et al., 2004).<br />

Vários são os probl<strong>em</strong>as fitossanitários associados ao solo que acomet<strong>em</strong> as plantas<br />

frutíferas. Por permanecer<strong>em</strong>, na época da produção das mudas <strong>em</strong> viveiros com ambientes<br />

com alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas e por ser<strong>em</strong> produzidas <strong>em</strong> substratos não submetidos a um<br />

tratamento para eliminação <strong>de</strong> patóge<strong>no</strong>s <strong>de</strong> solo, tais como, os fungos Pythium spp.,<br />

Phytophthora spp., os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s como Meloidogyne spp., Pratylenchulus spp.,<br />

Helicotylunchulus sp., Radopholus similis e bactérias como Ralstonia spp., Xanthomonas sp.,<br />

Erwinia ssp. entre outras. A ocorrência <strong>de</strong>sses agentes po<strong>de</strong> resultar <strong>em</strong> sérios prejuízos, e<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo e intensida<strong>de</strong> das perdas, po<strong>de</strong>ndo constituir-se <strong>em</strong> fator limitante para as<br />

culturas (LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993).<br />

Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> uma maneira geral, representam o maior número <strong>de</strong> indivíduos <strong>no</strong><br />

solo, ocupando posição principal na ca<strong>de</strong>ia alimentar participando <strong>de</strong> processos ecológicos<br />

fundamentais, como a <strong>de</strong>composição e ciclag<strong>em</strong> <strong>de</strong> nutrientes <strong>no</strong> solo (LORDELLO, 1992).<br />

Embora muitos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penh<strong>em</strong> papel importante <strong>no</strong> ecossist<strong>em</strong>a solo, e <strong>em</strong> muitos<br />

casos são utilizados como bioindicadores <strong>de</strong> sua qualida<strong>de</strong>, alguns subgrupos formam<br />

relações parasíticas com raízes <strong>de</strong> plantas, causando distúrbios nutricionais, <strong>de</strong>ficiência na<br />

translocação <strong>de</strong> água e nutrientes e, conseqüent<strong>em</strong>ente, diminuição <strong>no</strong> potencial produtivo<br />

(LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; FREITAS et al., 2004).<br />

No Brasil, os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s formadores <strong>de</strong> galhas, são consi<strong>de</strong>rados os principais<br />

responsáveis por perdas expressivas nas culturas, principalmente <strong>em</strong> regiões com<br />

predominância <strong>de</strong> elevadas t<strong>em</strong>peraturas, fator que favorece a manifestação do parasitismo<br />

por esses n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, <strong>em</strong> razão do maior número <strong>de</strong> ciclos reprodutivos (LORDELLO, 1992;<br />

TIHOHOD, 1993; FREITAS et al., 2004).<br />

6


Outro fator que agrava as infestações por n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, trata-se <strong>de</strong> plantios sucessivos<br />

com espécies ou varieda<strong>de</strong>s susceptíveis, pois elevam os níveis populacionais dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

fitoparasitos, especialmente, os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s das galhas, n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s das lesões e n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

cavernícolas. O probl<strong>em</strong>a aumenta, quando, na tentativa <strong>de</strong> minimizar o prejuízo e controlar o<br />

n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>, o agricultor t<strong>em</strong> gastos adicionais com fertilizantes, <strong>de</strong>fensivos agrícolas e outras<br />

práticas <strong>de</strong> manejo (LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; FREITAS et al., 2004).<br />

O conhecimento das espécies e da variabilida<strong>de</strong> inter e intra-específica são fatores<br />

basilares para manejar a<strong>de</strong>quadamente as infestações causadas por esses fitopatóge<strong>no</strong>s. No<br />

gênero Meloidogyne, a <strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong> correta das espécies e raças, mediante diagnóstico,<br />

permite estabelecer a cultura a ser explorada ou as que po<strong>de</strong>rão compor pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> rotação e<br />

até períodos <strong>de</strong> pousio. A resistência <strong>de</strong>senvolvida <strong>em</strong> uma cultivar não é necessariamente<br />

efetiva contra todas as espécies e raças do n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>.<br />

O reconhecimento <strong>de</strong> espécies e gêneros <strong>de</strong> fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s que atacam uma<br />

<strong>de</strong>terminada cultura é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para se formar um acervo <strong>de</strong> dados que serão<br />

úteis <strong>no</strong>s laboratórios <strong>de</strong> diag<strong>no</strong>se e controle <strong>de</strong>sses fitopatóge<strong>no</strong>s (LORDELLO, 1992;<br />

TIHOHOD, 1993).<br />

A <strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong> e caracterização <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> resistência é aspecto importante quando<br />

se estuda a reação <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas espécies vegetais ou varieda<strong>de</strong>s quanto à infecção por<br />

n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s. Então, por meio do conhecimento <strong>de</strong>ssas possíveis fontes <strong>de</strong> resistência, a médio<br />

e longo prazo, estas po<strong>de</strong>rão ser utilizadas <strong>em</strong> cruzamentos interespecíficos e retro-<br />

cruzamentos sucessivos a fim <strong>de</strong> selecionar materiais para resistência a n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s e outros<br />

caracteres <strong>de</strong> interesse agronômicos. Vale salientar ainda, que estes resultados são <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a<br />

importância, principalmente, para estas espécies estudadas, pois muitas <strong>de</strong>ssas, <strong>no</strong>tadamente<br />

as medicinais, ainda não passaram por um rigoroso programa <strong>de</strong> melhoramento<br />

(LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993).<br />

Os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s que infestam raízes <strong>de</strong> plantas ornamentais e medicinais inclu<strong>em</strong><br />

Meloidogyne spp., Pratylenchulus spp., Radopholus similis, Rotylenchulus reniformis,<br />

Aphelenchoi<strong>de</strong>s spp., <strong>de</strong>ntre outros. Havendo, contudo, um predomínio <strong>de</strong> (34,38%) do<br />

gênero Meloidogyne, sendo que o grau <strong>de</strong> da<strong>no</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da susceptibilida<strong>de</strong> da espécie ou<br />

varieda<strong>de</strong>, das condições ambientais, da presença <strong>de</strong> outros patóge<strong>no</strong>s, que po<strong>de</strong>m interagir<br />

com os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, e da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional <strong>de</strong>sses patóge<strong>no</strong>s (TIHOHOD, 1993;<br />

FERRAZ & MONTEIRO, 1995).<br />

T<strong>em</strong>-se <strong>de</strong>monstrado que certas populações <strong>de</strong> uma mesma espécie <strong>de</strong> Meloidogyne<br />

spp. po<strong>de</strong>m variar quanto à hospedabilida<strong>de</strong> <strong>em</strong> diferentes plantas hospe<strong>de</strong>iras (Ponte,1977;<br />

7


Manso et al., 1994; Moreira, 2007). Em vista disso, essas populações têm sido referidas como<br />

raças fisiológicas ou biótipos, sendo estes aspectos <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância <strong>no</strong> manejo<br />

fitossanitário (LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993).<br />

Belcher & Hussey (1977) comparando os efeitos antagônicos <strong>de</strong> Tagetes patula e do<br />

amendoim (Arachis hypogaea) na redução da população <strong>de</strong> M. incognita, observaram que as<br />

larvas pré-parasitas penetraram nas raízes das plantas, porém não incitaram aparecimento <strong>de</strong><br />

células gigantes, proporcionando uma redução na população <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong> <strong>de</strong> 97% e 70%<br />

respectivamente. Plantas do gênero Tagetes têm mostrado efeito antagônico a fiton<strong>em</strong>atói<strong>de</strong><br />

inclusive <strong>no</strong> P. brachyurus. Dentre essas plantas <strong>de</strong>stacam-se as legumi<strong>no</strong>sas, compostas e<br />

gramíneas, sendo as espécies do gênero Crotolaria as mais <strong>em</strong>pregadas.<br />

Os métodos mais usados para controlar fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s t<strong>em</strong> sido o uso <strong>de</strong> n<strong>em</strong>aticidas,<br />

varieda<strong>de</strong>s resistentes e rotação <strong>de</strong> culturas. Os n<strong>em</strong>aticidas, além <strong>de</strong> caros, po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>trimentais ao ambiente, à saú<strong>de</strong> humana, à vida selvag<strong>em</strong> e aos organismos benéficos do<br />

solo. Usar varieda<strong>de</strong>s resistentes é uma maneira natural e altamente recomendável <strong>de</strong><br />

controlar pragas e doenças. Contudo, <strong>no</strong> caso específico <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s, são poucas as<br />

varieda<strong>de</strong>s resistentes disponíveis para o agricultor e, mesmo assim, a resistência geralmente é<br />

direcionada a umas poucas espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rados mais importantes para<br />

<strong>de</strong>terminadas culturas. Algumas práticas culturais, como a rotação <strong>de</strong> culturas, po<strong>de</strong>m ser<br />

usadas efetivamente, resultando <strong>em</strong> maiores produções e renda para o agricultor e s<strong>em</strong> agredir<br />

o meio ambiente.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a importância dos fiton<strong>em</strong>atói<strong>de</strong>s, vários métodos têm sido <strong>de</strong>senvolvidos<br />

visando o controle dos mesmos <strong>em</strong> diversas culturas, entre esses, o uso <strong>de</strong> plantas antagônicas<br />

<strong>em</strong> plantios intercalados, consorciados ou <strong>em</strong> rotações. Na literatura brasileira pouco ou quase<br />

nada existe sobre o controle <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s nas culturas perenes, <strong>fruteiras</strong>, essências florestais,<br />

etc. Sabe-se que o controle químico com n<strong>em</strong>aticidas po<strong>de</strong> ser bastante eficiente. Embora o<br />

químico tenha efeito controlador, t<strong>em</strong> <strong>de</strong>monstrado também inúmeras limitações, como por<br />

ex<strong>em</strong>plo, a natureza t<strong>em</strong>porária do controle obtido, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acumulação dos<br />

materiais tóxicos <strong>no</strong> solo e o alto custo adicional (Lacerda, 2012).<br />

O uso <strong>de</strong> plantas antagonistas <strong>em</strong> esqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> rotação ou plantio consorciado t<strong>em</strong> se<br />

mostrado uma alternativa bastante atrativa. Algumas <strong>de</strong>las são capazes <strong>de</strong> fixar nitrogênio da<br />

atmosfera e todas fornec<strong>em</strong> expressivos volumes <strong>de</strong> matéria orgânica, aumentando a ativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fungos antagonistas e melhorando as características gerais do solo. Substâncias químicas<br />

com efeito n<strong>em</strong>aticida t<strong>em</strong> sido isoladas <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>ssas plantas e produtos naturais já<br />

estão aparecendo <strong>no</strong> mercado.<br />

8


Segundo Quarles (1992), extratos botânicos apresentam algumas vantagens sobre<br />

pesticidas sintéticos, tais como: eles po<strong>de</strong>m oferecer <strong>no</strong>vos compostos que as pragas ainda<br />

não po<strong>de</strong>m inativar; eles são me<strong>no</strong>s concentrados e, portanto, potencialmente me<strong>no</strong>s tóxicos<br />

do que compostos puros; eles sofr<strong>em</strong> bio<strong>de</strong>gradação rápida e po<strong>de</strong>m possuir múltiplos modos<br />

<strong>de</strong> ação, tornando possível um amplo espectro <strong>de</strong> uso enquanto retêm uma ação seletiva<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada classe <strong>de</strong> praga, e eles são <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> recursos re<strong>no</strong>váveis, diferent<strong>em</strong>ente<br />

dos materiais sintéticos.<br />

4. Material e Métodos<br />

4.1 Local <strong>de</strong> realização dos ensaios<br />

O trabalho será <strong>de</strong>senvolvido <strong>no</strong> Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tec<strong>no</strong>logia<br />

do Ceará – IFCE, Campus <strong>de</strong> Sobral, <strong>no</strong> Laboratório <strong>de</strong> Fitossanida<strong>de</strong>, o qual conta com<br />

estrutura física e <strong>de</strong> equipamentos compatível com as necessida<strong>de</strong>s que estes ensaios<br />

<strong>de</strong>mandam. Com relação à parte <strong>de</strong> <strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong> das espécies, <strong>em</strong> nível específico,<br />

contar<strong>em</strong>os com a Cooperação do Laboratório <strong>de</strong> N<strong>em</strong>atologia, do Departamento <strong>de</strong><br />

Fitotecnia, do Centro <strong>de</strong> Ciências Agrárias, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará – UFC, <strong>em</strong><br />

Fortaleza-CE.<br />

4.2 Extração e <strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong> dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

As amostras <strong>de</strong> solo e raiz serão obtidas <strong>de</strong> áreas produtores <strong>de</strong> frutíferas do Perímetro<br />

Irrigado Baixo Acaraú, <strong>em</strong> Marco – CE.<br />

As proprieda<strong>de</strong>s estão situadas <strong>no</strong> Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú, <strong>no</strong> município <strong>de</strong><br />

Marco, CE, latitu<strong>de</strong> sul 03°01’ a 03°22’; longitu<strong>de</strong> oeste 40°01’ a 40°09’, conforme Figura 1.<br />

O clima segundo a classificação <strong>de</strong> Köppen é do tipo AW’, tropical chuvoso com chuvas<br />

máximas <strong>no</strong> outo<strong>no</strong> (março a abril), (DIBAU, 2012; FUNCEME, 2012). A t<strong>em</strong>peratura média<br />

anual é <strong>de</strong> 28 °C, umida<strong>de</strong> relativa do ar <strong>de</strong> 70%, precipitação pluviométrica média <strong>de</strong> 1.024<br />

mm e altitu<strong>de</strong> variando <strong>de</strong> 36 a 56 m. São solos profundos, b<strong>em</strong> drenados, <strong>de</strong> textura leve e<br />

muito permeável (DIBAU, 2012; FUNCEME, 2012).<br />

9


Os dados pluviométricos, durante o período experimental, serão obtidos das estações<br />

meteorológicas da Associação dos Condômi<strong>no</strong>s do Distrito <strong>de</strong> Irrigação do Baixo Acaraú<br />

(DIBAU), localizado <strong>de</strong>ntro das áreas experimentais.<br />

Figura 1. Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Acaraú (esquerda) e do Perímetro<br />

Irrigado Baixo Acaraú (direita).<br />

Serão realizadas 12 amostras <strong>em</strong> cada área nas culturas <strong>de</strong> banana, maracujá, melão,<br />

graviola, melancia, abacaxi, goiaba, mamão, acerola, caju, caqui e pomelo. Em cada área a<br />

amostrag<strong>em</strong> se repetirá por seis meses (<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2012 a janeiro <strong>de</strong> 2013).<br />

Esta metodologia <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> t<strong>em</strong> por finalida<strong>de</strong> verificarmos com certeza<br />

qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s na área, visto que este período, <strong>de</strong> seis meses, é t<strong>em</strong>po<br />

suficiente para que qualquer forma <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong>stes fitopatóge<strong>no</strong>s sejam estimuladas a<br />

eclodir<strong>em</strong>.<br />

As coletas das amostras <strong>de</strong> solo e raízes serão realizadas na projeção da copa da planta<br />

<strong>em</strong> quatro pontos equidistantes (quadrantes) cerca <strong>de</strong> 1,0 m dos ramos centrais, retirando-se<br />

cerca <strong>de</strong> 0,50 Kg <strong>de</strong> cada local da planta. A retirada do material será feita com enxadão ou<br />

trado, na profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0 a 20 cm. Em áreas <strong>de</strong> <strong>fruteiras</strong> herbáceas (abacaxi, maracujá,<br />

melão, melancia, etc.); se a fruteira ainda estiver plantada, far<strong>em</strong>os à coleta na linha <strong>de</strong><br />

plantio, sendo quatro subamostras, entre quatro plantas sequenciais; caso a fruteira não esteja<br />

mais plantada, as subamotras serão colhidas aleatoriamente na área, observando-se o<br />

andamento <strong>em</strong> zigue zaque, para se evitar ten<strong>de</strong>nciosida<strong>de</strong> dos dados. As quatro subamostras<br />

10


coletadas serão misturadas <strong>em</strong> um bal<strong>de</strong>, daí retira-se um alíquota <strong>de</strong> aproximadamente 1,0<br />

Kg, cont<strong>em</strong>plando uma amostra por planta, <strong>em</strong> <strong>no</strong> mínimo 12 plantas <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> um<br />

hectare.<br />

A extração dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s das raízes será conduzida utilizando-se a técnica do Funil<br />

<strong>de</strong> Baermann (Tihohod, 1992) e, para a extração dos mesmos <strong>em</strong> solo será utilizada a técnica<br />

do peneiramento mais modificação do funil <strong>de</strong> Baermann. Observados os espécimes, estes<br />

serão colocados <strong>em</strong> lâminas e fixadas <strong>em</strong> Formalina a 4%. Será feito 10 lâminas <strong>de</strong> cada<br />

espécie.<br />

Depois <strong>de</strong> fixados, estes materiais serão enviados ao Laboratório <strong>de</strong> N<strong>em</strong>atologia da<br />

UFC, <strong>em</strong> Fortaleza, para a correta <strong>i<strong>de</strong>ntificação</strong>.<br />

Para ensaios futuros e não se per<strong>de</strong>r o material coletado, meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada amostra será<br />

colocada <strong>em</strong> vaso <strong>de</strong> polietile<strong>no</strong>, <strong>no</strong> qual será plantada uma muda <strong>de</strong> tomate ‘Santa Clara’,<br />

visto que esta varieda<strong>de</strong> é susceptível a todos os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fitoparasitas.<br />

4.3 Avaliação <strong>de</strong> tratamentos com plantas antagônicas<br />

Estes ensaios serão realizados <strong>em</strong> casa <strong>de</strong> vegetação do IFCE, Campus <strong>de</strong> Sobral, <strong>em</strong><br />

Sobral – CE.<br />

Depois <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificadas as espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s presentes nas áreas amostradas,<br />

fazermos, <strong>em</strong> casa <strong>de</strong> vegetação, ensaios com cinco espécies antagônicas quais sejam: cravo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>funto (Tagetes minuta) crotalária (Crotalaria juncea), mucuna (Mucuna pruriens), nim<br />

(Azadirachta indica) e sorgo (Sorgum bicolor).<br />

Para cada espécie <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificada será feito a avaliação n<strong>em</strong>aticida ou<br />

n<strong>em</strong>atostática das plantas antagônicas supra citadas. Com o <strong>em</strong>prego <strong>de</strong>stas plantas preten<strong>de</strong>-<br />

se estudar a reprodução dos n<strong>em</strong>atói<strong>de</strong>s.<br />

A partir <strong>de</strong> uma população mo<strong>no</strong>específica, ou seja, obtida <strong>de</strong> uma única massa <strong>de</strong> ovos,<br />

i<strong>de</strong>ntificada <strong>de</strong> cada espécie <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>, esta será multiplicada <strong>em</strong> tomate (Solanum<br />

esculetum) cv. Santa Clara, que é susceptível a todas as espécies <strong>de</strong> fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s.<br />

As espécies <strong>de</strong> plantas antagonistas serão plantadas <strong>em</strong> vasos <strong>de</strong> polietile<strong>no</strong> com<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 5,0 kg <strong>de</strong> solo. Para a espécie nim, que é uma árvore, será retirada <strong>de</strong> plantas<br />

adultas, presentes <strong>no</strong> Campus quantida<strong>de</strong> proporcional às outras espécies, sendo estas<br />

trituradas e incorporadas ao solo infestado com os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s. Aos 40 dais após o plantio,<br />

estas plantas serão arrancadas e trituradas. Este lapso <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po é suficiente para que cada<br />

planta tenha uma fitomassa <strong>de</strong> cerce <strong>de</strong> 1,0 Kg. O material triturado será incorporado ao solo<br />

11


infestado com cada espécie do n<strong>em</strong>atói<strong>de</strong> anteriormente i<strong>de</strong>ntificado, com seis repetições<br />

cada. Passadas 24 horas, serão plantados tomate ‘Santa Clara’, que é uma varieda<strong>de</strong><br />

susceptível a todas as espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s. As mudas <strong>de</strong> tomate serão transplantas para<br />

estes vasos aos 12 dias após a s<strong>em</strong>eadura. As mudas <strong>de</strong> tomate serão feitas na própria casa <strong>de</strong><br />

vegetação <strong>em</strong> ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> isopor <strong>de</strong> 128 células. Passados 45 dias do transplantio, t<strong>em</strong>po<br />

suficiente para que as espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s tenham completado, <strong>em</strong> média, dois ciclos <strong>de</strong><br />

vidas, far-se-á a avaliação final do experimento LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993;<br />

FREITAS et al., 2004; MOREIRA, 2007; MOREIRA et al., 2009). As variáveis mensuradas<br />

nesta oportunida<strong>de</strong> serão: número <strong>de</strong> galhas (NG), número <strong>de</strong> ovos (NO), índice <strong>de</strong> massa <strong>de</strong><br />

ovos (IMO), fator <strong>de</strong> reprodução (FR) e redução do fator <strong>de</strong> reprodução (RFR). Para o cálculo<br />

do número <strong>de</strong> ovos (NO), será realizada a extração dos ovos <strong>em</strong> uma porção <strong>de</strong> 20 g <strong>de</strong> raízes<br />

<strong>de</strong> cada espécie, realizando-se seis repetições para cada espécie.<br />

A extração se dará pela técnica <strong>de</strong> Hussey e Barker (1973) apud Tihohod (1993). Para<br />

melhorar o procedimento e a visualização dos ovos e juvenis extraídos, a suspensão obtida<br />

será submetida ao método <strong>de</strong> Flotação e Centrifugação, proposto por Jenkins (1964) apud<br />

Tihohod (1993), acrescida <strong>de</strong> caolim (COOLEN; D’HERDE, 1972 apud TIHOHOD, 1993).<br />

A contag<strong>em</strong> do número <strong>de</strong> ovos e juvenis será realizada com o auxílio <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong> Peters,<br />

<strong>em</strong> microscópio estereoscópio.<br />

4.4 Análise estatística<br />

O ensaio será montado <strong>em</strong> <strong>de</strong>lineamento inteiramente casualizado (DIC). O número <strong>de</strong><br />

tratamentos vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s que for<strong>em</strong> i<strong>de</strong>ntificadas. O<br />

número <strong>de</strong> repetições serão 6 <strong>de</strong> cada espécie vegetal antagonista <strong>em</strong> cada espécie <strong>de</strong><br />

n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>. Seis repetições serão mantidas <strong>de</strong> cada espécie antagonista <strong>em</strong> solo estéril<br />

(test<strong>em</strong>unhas negativas) e seis serão mantidas <strong>em</strong> solo infestado e s<strong>em</strong> tratamento<br />

(test<strong>em</strong>unhas positivas). Os dados obtidos nesse ensaio serão submetidos à verificação da<br />

homogeneida<strong>de</strong> das variâncias pelo teste <strong>de</strong> Hartlet, conforme BANZATO & KRONKA<br />

(2005). Observada a <strong>no</strong>rmalida<strong>de</strong> dos dados, proce<strong>de</strong>r-se-á à análise <strong>de</strong> variância, a qual será<br />

realizada <strong>no</strong> programa estatístico Assistat versão 7,4 beta (Silva e Azevedo, 2009), sendo as<br />

variâncias comparadas pelo teste F ao nível <strong>de</strong> 1% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>. A comparação das<br />

médias entre os tratamentos com os óleos essenciais fez-se pelo teste <strong>de</strong> Tukey ao nível <strong>de</strong> 1%<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>. Os dados dos resultados serão expressos <strong>em</strong> Tabelas.<br />

12


4.5 Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bolsistas<br />

Para este projeto será necessário dois bolsistas, conforme se verifica <strong>no</strong>s Quadro 1 e 2,<br />

on<strong>de</strong> estão expostas as ativida<strong>de</strong>s que os mesmos <strong>de</strong>verão <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhar.<br />

A necessida<strong>de</strong> dos dois bolsistas se dá <strong>em</strong> função da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong><br />

material que serão coletadas e posteriormente analisadas <strong>em</strong> cada coleta, conforme está<br />

discriminado na metodologia. Depois <strong>de</strong>ssa primeira fase, na avaliação das espécies<br />

antagonistas também há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes bolsistas pois serão muitos tratamentos a ser<strong>em</strong><br />

analisados concomitant<strong>em</strong>ente.<br />

Todas as ativida<strong>de</strong>s realizadas neste projeto terão a participação efetiva do(a)s<br />

bolsistas com o acompanhamento do orientador. Desta forma, o mesmo será inteirado <strong>de</strong> toda<br />

a metodologia científica pertinente à área, como montag<strong>em</strong> <strong>de</strong> experimentos, avaliação <strong>de</strong><br />

tratamentos, coleta <strong>de</strong> dados, tabulação dos dados, o acompanhamento das análises estatísticas<br />

e a interpretação dos resultados.<br />

Além do mais, o mesmo será estimulado a redigir textos <strong>em</strong> linguag<strong>em</strong> científica,<br />

sejam estes resumos, relatórios parcial e final, além <strong>de</strong> artigos.<br />

Será feito o acompanhamento das apresentações dos resultados obtidos, sejam estes<br />

por meio <strong>de</strong> apresentações orais (apresentação tipo Power Point) ou apresentações <strong>em</strong> pôster.<br />

Neste ínterim, preten<strong>de</strong>-se mostrá-lo as melhores formas <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> dados e <strong>de</strong> como<br />

os resultados <strong>de</strong> pesquisas científicas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser repassadas aos produtores rurais.<br />

13


Quadro 1. Cro<strong>no</strong>grama <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s do(a) Bolsista 1<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

Amostragens <strong>de</strong> solo e raiz<br />

Extração e montag<strong>em</strong> das laminas com os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

I<strong>de</strong>ntificação das espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s com a participação do<br />

bolsista e do orientador ( 1 )<br />

Multiplicação dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

Escrever trabalhos para enviar ao 44º Congresso Brasileiro <strong>de</strong><br />

Fitopatologia<br />

Escrever trabalhos para ser<strong>em</strong> apresentados <strong>no</strong>s Encontros <strong>de</strong> IC do<br />

IFCE e da UFC e também na JIPE e <strong>no</strong> CONNEPI.<br />

Redação do relatório parcial pelo bolsista e correções e sugestões do<br />

Orientador.<br />

Entrega do relatório parcial<br />

Ensaios <strong>em</strong> casa <strong>de</strong> vegetação<br />

Escrever trabalhos para ser<strong>em</strong> apresentados <strong>no</strong>s Encontros <strong>de</strong> IC e<br />

para Revista Especializada<br />

Redação do relatório final pelo bolsista e correções e sugestões do<br />

Orientador.<br />

Entrega do relatório final<br />

2012 2013<br />

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul<br />

1 Será realizada <strong>no</strong> Laboratório <strong>de</strong> Fitossanida<strong>de</strong> do IFCE, Campus <strong>de</strong> Sobral; <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> estrutural ou <strong>de</strong> pessoal este será realizado <strong>em</strong> parceria com o Laboratório <strong>de</strong><br />

N<strong>em</strong>atologia da UFC, <strong>em</strong> Fortaleza-CE.


Quadro 2. Cro<strong>no</strong>grama <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s do(a) Bolsista 2<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

Amostragens <strong>de</strong> solo e raiz<br />

Extração e montag<strong>em</strong> das laminas com os n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

I<strong>de</strong>ntificação das espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s com a participação do<br />

bolsista e do orientador ( 1 )<br />

Multiplicação dos n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s<br />

Escrever trabalhos para enviar ao 44º Congresso Brasileiro <strong>de</strong><br />

Fitopatologia<br />

Escrever trabalhos para ser<strong>em</strong> apresentados <strong>no</strong>s Encontros <strong>de</strong> IC do<br />

IFCE e da UFC e também na JIPE e <strong>no</strong> CONNEPI.<br />

Redação do relatório parcial pelo bolsista e correções e sugestões do<br />

Orientador.<br />

Entrega do relatório parcial<br />

Ensaios <strong>em</strong> casa <strong>de</strong> vegetação<br />

Escrever trabalhos para ser<strong>em</strong> apresentados <strong>no</strong>s Encontros <strong>de</strong> IC e<br />

para Revista Especializada<br />

Redação do relatório final pelo bolsista e correções e sugestões do<br />

Orientador.<br />

Entrega do relatório final<br />

2012 2013<br />

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set<br />

1 Será realizada <strong>no</strong> Laboratório <strong>de</strong> Fitossanida<strong>de</strong> do IFCE, Campus <strong>de</strong> Sobral; <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> estrutural ou <strong>de</strong> pessoal este será realizado <strong>em</strong> parceria com o Laboratório <strong>de</strong><br />

N<strong>em</strong>atologia da UFC, <strong>em</strong> Fortaleza-CE.


5. Diferenciais e Benefícios da Solução Proposta<br />

O diferencial <strong>de</strong>sta técnica é a utilização <strong>de</strong> uma alternativa para o controle <strong>de</strong>stes<br />

patóge<strong>no</strong>s tão prejudiciais á fruticultura. Pois com a utilização <strong>de</strong> plantas antagônicas, evita-se<br />

a utilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos químicos <strong>de</strong> síntese que são muito tóxicos ao hom<strong>em</strong> e ao ambiente<br />

e são geralmente muito caros.<br />

Outro fator importante é o fato <strong>de</strong> muitas áreas <strong>de</strong> <strong>fruteiras</strong> <strong>no</strong> referido Perímetro<br />

Irrigado estar<strong>em</strong> <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> conversão para a Agricultura Orgânica, fator esse que majora<br />

a importância <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

6. Potencial <strong>de</strong> Transferência <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia<br />

Pelo fato <strong>de</strong> se utilizar plantas antagônicas, s<strong>em</strong> risco contaminação ao hom<strong>em</strong> e ao<br />

ambiente, o processo <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia é relativamente simples, sendo necessário<br />

apenas palestras, dias <strong>de</strong> campo e um panfleto explicativo da metodologia <strong>em</strong>pregada, com os<br />

interessados para a observação dos resultados alcançados e as formas <strong>de</strong> utilização da mesma.<br />

Salienta-se ainda que será necessário apenas uma pequena área para multiplicação das<br />

s<strong>em</strong>entes das espécies estudas e a posterior formação das mudas que serão utilizadas <strong>no</strong><br />

controle do referido fitopatóge<strong>no</strong>.<br />

Portanto, trata-se <strong>de</strong> uma técnica viável e <strong>de</strong> fácil acesso pelos produtores, mesmo<br />

aqueles <strong>de</strong> me<strong>no</strong>r nível <strong>de</strong> instrução.<br />

7. Resultados Esperados<br />

Com esta pesquisa preten<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar as espécies <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>fitopatogênicos</strong><br />

que acomet<strong>em</strong> as <strong>fruteiras</strong> produzidas <strong>no</strong> Perímetro Irrigado e catalogá-los, como forma <strong>de</strong><br />

manter um acervo <strong>de</strong> dados para diagnóstico <strong>de</strong> futuros probl<strong>em</strong>as que possam vir a ocorrer<br />

<strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> da presença <strong>de</strong>stes patóge<strong>no</strong>s.<br />

Com relação aos tratamentos com as plantas antagonistas, espera-se que se tenha<br />

sucesso com algumas das espécies testadas e que isto sirva também <strong>de</strong> incentivo para os<br />

produtores utilizar<strong>em</strong> <strong>no</strong> manejo preventivo e/ou curativo <strong>de</strong>stes fitopatóge<strong>no</strong>s.


8. Referências Bibliográficas<br />

AGRIOS, G. N. Plant pathology. 4. ed. San Diego, California: Aca<strong>de</strong>mic Press, 1997. 635p.<br />

BANZATTO, D. A.; KRONKA, S. N. Experimentação agrícola. 2ª edição. Jaboticabal:<br />

FUNEP. 2005. 247p.<br />

BELCHER, J. V.; HUSSEY, R. S. Influence of Tagetes putula and Arachis hypogaea on<br />

Melodogyne incognita. Plant Disease Reporter, v. 61, p. 522-528, 1977.<br />

DIBAU. Distrito <strong>de</strong> irrigação do Baixo Acaraú. Disponível <strong>em</strong>:<br />

http://www.baixoacarau.com.br/. Acesso: <strong>em</strong> 04 <strong>de</strong> jun. 2012.<br />

FERRAZ, S; FREITAS, L. G; LOPES, E. A; DIAS-ARIEIRA, C. R. Manejo sustentável <strong>de</strong><br />

fiton<strong>em</strong>aoi<strong>de</strong>s. Viçosa-MG. Ed. UFV. 2010. 306p.<br />

FERRAZ, L. C. C.; MONTEIRO, A. R. N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s. In: BERGAMIN FILHO, A.; KIMATI,<br />

H.; AMORIN, L. (Ed.). Manual <strong>de</strong> Fitopatologia, 3. ed. São Paulo: p. 168-201. 1995.<br />

FERRAZ, S; VALLE, L. A. C. do. Controle <strong>de</strong> fiton<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s por plantas antagonistas.<br />

Viçosa: UFV. 2001. 73 p. (Ca<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s didáticos, 7)<br />

FUNCEME. Fundação Cearense <strong>de</strong> Meteorologia e Recursos Hídricos. Disponível <strong>em</strong>:<br />

http://www.func<strong>em</strong>e.br/in<strong>de</strong>x.php/areas/re<strong>de</strong>-<strong>de</strong>-monitoramento/postos-pluviometricos.<br />

Acesso <strong>em</strong>: 04 <strong>de</strong> jun. 2012.<br />

LACERDA, J. T. <strong>de</strong>. Espécies vegetais antagônicas e resíduos orgânicos como<br />

estratégia. Disponível <strong>em</strong>: http://www.<strong>em</strong>epa.org.br/anais/volume1/av109.pdf.<br />

Acesso <strong>em</strong>: 04 <strong>de</strong> jun. 2012.<br />

LORDELLO, L. G. E. N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantas cultivadas. 9ª ed. São Paulo. Nobel. 1992.<br />

356p.<br />

MANSO, E. C.; TENENTE, R. C. V.; FERRAZ, L. C. B.; OLIVEIRA, R. S.; MESQUITA,<br />

R. Catálogo <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fitoparasitos encontrados associados a diferentes tipos <strong>de</strong><br />

17


plantas <strong>no</strong> Brasil. EMBRAPA. Centro Nacional <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong> Recursos Genéticos e<br />

Biotec<strong>no</strong>logia. Brasília. 488p. 1994.<br />

MOREIRA, F. J. C. Hospedabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> plantas ornamentais e medicinais a Meloidogyne<br />

incognita (Kofoid & White, 1919) Chitwood (1949) e controle alternativo com óleos<br />

essenciais. 145f. (Dissertação <strong>de</strong> Mestrado <strong>em</strong> Fitotecnia). Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Ceará.<br />

Fortaleza. 2007.<br />

MOREIRA, F. J. C.; SANTOS, C. D. G.; INNECCO, R. Eclosão e mortalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> juvenis J2<br />

<strong>de</strong> Meloidogyne incognita raça 2 <strong>em</strong> óleos essenciais. Revista Ciência Agronômica,<br />

Fortaleza, v. 40, n. 3, p. 441-448, jul-set, 2009.<br />

PONTE, J. J. N<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong> das galhas: espécies ocorrentes <strong>no</strong> Brasil e seus hospe<strong>de</strong>iros.<br />

Boletim Cearense <strong>de</strong> Agro<strong>no</strong>mia. v. 18. p. 1-99. 1977.<br />

QUARLES, W. Botanical pestici<strong>de</strong>s from Che<strong>no</strong>podium. IPM Practitioner, v. 14, n. 2, p. 1-<br />

11. 1992.<br />

SILVA, G. S. Substâncias naturais: uma alternativa para o controle <strong>de</strong> doenças. In: Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> Fitopatologia, 39 (Palestra). Fitopatologia Brasileira. v. 31. p. 14. 2006.<br />

Supl<strong>em</strong>ento.<br />

SILVA, F. <strong>de</strong> A. S. e.; AZEVEDO, C. A. V. <strong>de</strong>. Principal Components<br />

Analysis in the Software Assistat-Statistical Attendance. In: WORLD<br />

CONGRESS ON COMPUTERS IN AGRICULTURE, 7, Re<strong>no</strong>-NV-USA:<br />

American Society of Agricultural and Biological Engineers, 2009.<br />

TIHOHOD, D. N<strong>em</strong>atologia agrícola aplicada. Jaboticabal: FUNEP, 1993. 372p.<br />

ZAMBIASI, T. C. et al. I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> n<strong>em</strong>atoi<strong>de</strong>s fitopasitas predominantes <strong>no</strong> estado do<br />

Mato Grosso, na cultura do algodoeiro. In: Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Algodão, VI. Uberlândia<br />

– MG. Anais... 2007.<br />

18

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!