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Controle da expressão gênica em eucariotos

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Vamos tomar como ex<strong>em</strong>plo a proteína apolipoproteína (proteína que<br />

participa <strong>da</strong> r<strong>em</strong>oção do excesso de colesterol dos tecidos). O RNAm para<br />

apolipoproteína-B do fígado codifica uma proteína que contém 4.563<br />

aminoácidos. Em contraparti<strong>da</strong>, no intestino, a mesma proteína contém<br />

somente 2.153 aminoácidos. Portanto o processo de edição do RNAm<br />

resultou na tradução de uma proteína mais curta. Este é um excelente<br />

ex<strong>em</strong>plo de regulação pós-transcricional realiza<strong>da</strong> via edição de RNAm, pois<br />

permite que um mesmo gene codifique para proteínas diferentes <strong>em</strong> função<br />

do tecido onde se expressa. A regulação do processo, portanto, dependerá<br />

<strong>da</strong> presença ou ausência <strong>da</strong>s enzimas responsáveis pela edição <strong>da</strong>quele<br />

transcrito <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> tecido.<br />

Embora o ex<strong>em</strong>plo do RNAm para apolipoproteína-B seja bastante<br />

ilustrativo, é importante observar que a edição do RNA t<strong>em</strong> sido verifica<strong>da</strong><br />

para muitos outros RNAms, além de RNAts e RNArs de diversas espécies.<br />

Dê uma para<strong>da</strong> aqui e acesse a animação Regulação pós-transcricional na<br />

plataforma! Você vai ver como a apolipoproteína é sintetiza<strong>da</strong> no fígado e<br />

no intestino. Aproveite!<br />

6.3. REGULAÇÃO DA ESTABILIDADE DO RNAm<br />

O processo de transcrição de um <strong>da</strong>do gene resulta no acúmulo do<br />

RNAm correspondente no citoplasma <strong>da</strong> célula. Assim, essas moléculas<br />

estarão disponíveis para a tradução. Entretanto, RNAms possu<strong>em</strong> “vi<strong>da</strong> útil”,<br />

ou seja, após certo t<strong>em</strong>po tais moléculas precisam ser elimina<strong>da</strong>s. Isto é<br />

bastante aceitável, pois se os RNAms ficass<strong>em</strong> disponíveis no citoplasma por<br />

t<strong>em</strong>po indefinido, sua tradução continuaria ocorrendo também<br />

indefini<strong>da</strong>mente, mesmo que a transcrição do gene já não mais ocorresse.<br />

Isso seria um probl<strong>em</strong>a para a célula que necessita de determina<strong>da</strong>s<br />

proteínas apenas <strong>em</strong> momentos específicos. Adicionalmente, se os RNAms<br />

não foss<strong>em</strong> degra<strong>da</strong>dos, tais moléculas se acumulariam no citoplasma e, com<br />

a continuação do processo de transcrição dos milhares de genes durante a<br />

vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> célula, a quanti<strong>da</strong>de de RNAm no citoplasma atingiria níveis<br />

altíssimos, inviabilizando o funcionamento celular.

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