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Editorial Os festivais e os eventos das academias são a base estrutural de nossas matérias, não optamos pelo caminho sem princípios – é fácil acessar a internet, vasculhar sites e copiar textos e fotos e, em poucas horas, “editarmos” uma revista. Somos autênticos, temos consciência do que significa a autoria das artes e preservamos, acima de tudo, a ética. Preferimos estar presentes nos eventos, não só para assisti-los, mas para cumprir a nossa missão, o nosso trabalho, que é o de mostrar, nas nossas páginas, os trabalhos dos dançarinos, bailarinos, coreógrafos, diretores e outros tantos, envolvidos na arte da dança – que, em sua grande maioria, trabalha principalmente por amor e em prol da arte. Sabemos, também, que temos que fazer nossas escolhas, porém sem preferências, pois, para nós, todos os envolvidos e comprometidos com a arte são importantes e perpetuam as diversas e variadas culturas, que enriquem a nossa existência. Estamos cientes, também, que os ganhos financeiros com a dança, nas suas variadas modalidades, advêm, em grande parate, dos incentivos fiscais, o que não significa, para tal, um “carimbo de qualidade”. Mas, infelizmente, ainda, em nosso país, vale o “carimbo dos lucros”; lucros de alguns poucos... Não nos cabe, entrementes, quando o assunto é dança ou arte, entrar no mérito do que é certo ou errado; mas, de outra forma, não fazemos diferença entre um “mega-espetáculo”, financiado pelo povo (através dos incentivos fiscais), e um trabalho realizado com dificuldades várias (em especial, financeiras) – porém feito com amor e dedicação por todos os seus envolvidos (professores, alunos, familiares, academias/escolas, bailarinos/ Editor / Jornalista Responsável: Eli Peixoto nº 29.339 Equipe: Fotos, textos e diagramação: Eli Peixoto, Comercial: Lucia Louzada Contato: Lucilene Borges Colaborador: Design anúncios: Thiago Sardenberg Rua Alcântara Machado, 36 sl. 305 Centro - Rio de Janeiro - RJ, Cep: 20.081-010 Tel: 2223-3390 / 9894-5681 - www.alldanceinfok.com - alldance@globo.com alldanceinfok@gmail.com - Tiragem: 5.000 04 AllDance Infok dançarinos, artistas, pessoal de apoio). Enfatizamos, no entanto, que reconhecemos o valor de todos os (bons) trabalhos! Nós, da AllDance Infok, que, também, não recebemos quaisquer incentivo fiscal ou patrocínio, nos solidarizamos com a grande maioria, que faz da arte um meio saudável de levar a vida (ou “deixar a vida nos levar”, como enfatiza Zeca Pagodinho, em sua singular interpretação) e um produto de prazer para todos! Trazermos companhias de dança estrangeiras para os nossos palcos é maravilhoso, apoiaremos sempre! Mas nos deixa um gostinho de “quero mais”; mais incentivos e mais patrocínios para as danças brasileiras. Nós, povo brasileiro, pagamos impostos altíssimos se comparados aos de outros países – fica aqui a nossa manifestação. Mas, como o nosso forte é arte, dança e alegria/folia, não podíamos deixar de citar o mês dos foliões: o carnaval chegou, no Rio e em todo o território brasileiro! Blocos, escolas de Samba e os recentes resgatados bailes nos salões preenchem as nossas vidas com animação, movimento e prazer – mesmo nesse triste e trágico momento com as chuvas e enchentes que assolaram a nossa Região Serrana – e, portanto, ressaltamos que botar o bloco na rua exige criatividade. E esse ingrediente é um dos principais que compõem o nosso trabalho (!) e, também, a surpresa sobre o carnaval de rua deste ano que, além das tradicionais marchinhas e o quente samba no pé, tem, também, no seu roteiro, misturas nada convencionais, como Bjork e maracatu, Beatles com funk, sertanejo e axé, etc..., nos empolgando ainda mais, pois todos esses ritmos são marcados por compassos e acompanhados pela dança!!! Até a próxima edição! Capa: Espetáculo “Das Telas ao Palco” Escola de Dança Meia Ponta Foto: AllDance Infok
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque fizeram uma grande greve, ocupando a fábrica, para reivindicar melhores condições de trabalho, tratamento digno, redução da carga horária (de 16h para 10h/dia), equiparação aos salários dos funcionários homens (que realizavam o mesmo trabalho e ganhavam mais do que o dobro) e a manifestação foi violentamente reprimida: as tecelãs foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada, quando morreram mais de 100 trabalhadoras carbonizadas. Somente aproximadamente 50 anos mais tarde, em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o “8 de março” seria, a partir de então, o “Dia Internacional da Mulher”. Porém, somente no ano de 1975, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com a criação da data, diversos países passaram a realizar reuniões, conferências, debates para discutir o papel da mulher na sociedade (preconceito, desvalorização, violência, jornada de trabalho, salário, carreira profissional, direito de voto) – muito foi conquistado, mas ainda há mais mudanças que precisam ser alcançadas! No Brasil, em 1932, foi instituído o voto feminino: as brasileiras conquistaram o direito de votar e de serem eleitas para cargos do executivo e legislativo; e já no ano seguinte, em 1933, nas eleições para a Assembléia Constituinte, foram eleitos 214 deputados e uma única mulher, a paulista Carlota Pereira Queiroz. AllDance Infok Dia Internacional da Mulher 8 de março lutas, comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, participação política, o papel da mulher na sociedade Marcos históricos das conquistas das mulheres (Pesquisa: www.historiadigital.org) 1788 - França: o político e filósofo francês, Condorcet, reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres 1840 - Estados Unidos: a ativista Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros 1859 - Rússia (São Petersburgo): surge um movimento de luta pelos direitos das mulheres 1862 - Suécia: as mulheres podem votar pela primeira vez (eleições municipais) 1865 - Alemanha: a feminista, poeta e jornalista, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs 1866 - Reino Unido: o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas 1869 - Estados Unidos: criada a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres 1870 - França: as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina 1874 - Japão: criada a primeira escola normal para moças 1878 - Rússia: criada uma Universidade Feminina 1887 - Brasil: formou-se a primeira médica no Brasil, Rita Lobato Velho 1893 - Nova Zelândia: pela primeira vez no mundo as mulheres têm direito ao voto 1901 - França: o deputado francês, René Viviani, defende o direito de voto das mulheres 1945 - Carta das Nações Unidas: a igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida 1948 - Holanda: Fanny Blankers-Koen (30 anos e mãe de duas crianças) superou os homens, conquistando 4 medalhas de ouro no atletismo da Olimpíada 1951 - Organização Internacional do Trabalho: aprova a igualdade de remuneração salarial para a mesma função 1960 - Brasil: a tenista paulista, Maria Esther Andion Bueno, torna-se a primeira mulher a vencer os quatros torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e US Open), conquistando 589 títulos em sua carreira 1974 - Argentina: Isabel Perón torna-se a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente 1985 - Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM): criado para assegurar, em âmbito nacional, condições de liberdade, igualdade de direitos e participação nas atividades políticas, econômica e culturais e, no mesmo ano, no Brasil (SP), surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM) AllDance Infok 05
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