Exitu's SPDRJ Casal 20 Afroreggae Meia Ponta ... - AllDance Infok
Exitu's SPDRJ Casal 20 Afroreggae Meia Ponta ... - AllDance Infok
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Exitu’s<br />
<strong>SPDRJ</strong><br />
<strong>Casal</strong> <strong>20</strong><br />
<strong>Afroreggae</strong><br />
<strong>Meia</strong> <strong>Ponta</strong><br />
Ilara Lopes<br />
Cris Cabral<br />
Bob Cunha<br />
Regina Brito<br />
Mabel Martin<br />
Eliane Fetzer<br />
Regina Sauer<br />
Ana Botafogo<br />
Zeca Rodrigues<br />
Leandro Gomes<br />
Ana de Medeiros<br />
Flores do Oriente<br />
Diego López V’era<br />
Cia. Dança, Artes e Atos<br />
Mario Jorge - Homenagem<br />
Tempo - Cia. Nós da Dança
02 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 03
A <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> está onde a dança está,<br />
fazendo a cobertura completa dos eventos,<br />
nos locais e horários de suas realizações! Noticiamos<br />
nas nossas páginas os acontecimentos,<br />
apoiamos e damos suporte de mídia para<br />
o sucesso desses eventos, primando pela fidelidade<br />
de cada um deles, enfatizando que<br />
não buscamos textos nem matérias na internet.<br />
Contar conosco é ter fotos, artigos, matérias<br />
e entrevistas com a qualidade que nos<br />
é própria! E, além de tudo isso, enviamos as<br />
nossas páginas por e-mail para 38.000 endereços<br />
eletrônicos relacionados às atividades<br />
de dança em todo o Brasil. A <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
também pode ser lida na sua íntegra, no portal<br />
www.alldanceinfok.com por milhares de<br />
leitores em todo o mundo.<br />
Somos um veículo de mídia respeitado no<br />
meio da dança e no mercado publicitário brasileiro<br />
por motivos consideravelmente sólidos,<br />
sendo um deles o fato de que temos matérias<br />
próprias, que são realizadas a partir do trabalho<br />
e das percepções da nossa Equipe, sempre<br />
presente nos eventos dançantes.<br />
Entre<br />
04 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Garanta um espaço para seu<br />
espetáculo de fim de ano<br />
no<br />
nosso<br />
Editor / Jornalista Responsável:<br />
Eli Peixoto nº 29.339<br />
Equipe<br />
Fotos, textos e diagramação:<br />
Eli Peixoto<br />
ritmo!<br />
Sumário<br />
06 - <strong>SPDRJ</strong><br />
08 - Ana Botafogo<br />
11 - Cia. Dança, Artes e Atos<br />
12 - Diego López V’eras<br />
16 - <strong>Afroreggae</strong><br />
19 - Eliane Fetzer<br />
<strong>20</strong> - <strong>Meia</strong> <strong>Ponta</strong><br />
22 - Tempo - Cia. Nós da Dança<br />
24 - Regina Sauer<br />
26 - Zeca Rodrigues<br />
30 - Ilara Lopes<br />
32 - Cris Cabral<br />
33 - Leandro Gomes<br />
34 - <strong>Casal</strong> <strong>20</strong><br />
38 - Bob Cunha<br />
39 - Mario Jorge, Homenagem<br />
40 - Flores do Oriente<br />
42 - Mabel Martin<br />
44 - Regina Brito<br />
46 - Ana de Medeiros<br />
Capa<br />
Ana Botafogo e<br />
Thiago Soares<br />
Ballet Onegin<br />
Theatro Municipal do Rio de Janeiro<br />
Foto: <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Comercial: Lucia Louzada<br />
Contato: Lucilene Borges<br />
Revisão de Textos: Claudia Leone<br />
Tratamento das Fotos:<br />
Eli Peixoto e Claudio Lozinsky<br />
Colaborador: Lecy Ferreira<br />
Rua Alcântara Machado, 36 sl. 305<br />
Centro - Rio de Janeiro - RJ<br />
Cep: <strong>20</strong>.081-010<br />
Tel: 2223-3390 / 9604-1887<br />
www.alldanceinfok.com<br />
alldance@globo.com<br />
alldanceinfok@gmail.com<br />
Tiragem: 5.000
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 05
06 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Amigos da Dança,<br />
É com grande satisfação que concluímos o período de eleições do nosso<br />
Sindicato, o <strong>SPDRJ</strong>, com a vitória da Chapa Mudança!!<br />
Esta conquista torna-se bastante significativa por ser a primeira vez, em 28<br />
anos de existência, que o Sindicato passa, de fato, por uma eleição democraticamente<br />
constituída.<br />
Os fatos que nos levaram a essa realidade são complexos; a falta de uma<br />
real representatividade, por parte do sindicato, frente a nossa categoria e a<br />
ausência do exercício democrático e consciente, do profissional da dança,<br />
ao seu direito de votar e decidir sobre o órgão que o representa, são algumas<br />
das questões que nos levaram a uma situação de afastamento e descrédito<br />
– situação essa, evidenciada pelo baixo percentual de associados<br />
em dia, quer dizer, em situação de votar.<br />
Esta foi, sem duvida, a maior dificuldade enfrentada, por ambas as chapas,<br />
encontrar profissionais em situação de voto. A maioria, uma vez de posse do<br />
seu registro profissional, não mais retornava ao sindicato, para dar continuidade<br />
a sua associação, tendo em vista o fraco desempenho do sindicato em<br />
agregar valores e benefícios que estimulassem o interesse do associado.<br />
Com isso, nos enfraquecemos politicamente, a categoria não se incorpora<br />
na vida sindical, não freqüenta assembléias, não pratica a luta pelas melhorias<br />
que o sindicato pode e deve proporcionar a sua classe.<br />
Mais do que uma chapa, o Movimento Mudança, quer trazer a tona toda a<br />
vibração e dinamismo que existe em nossa profissão, para que possamos<br />
iniciar uma nova fase, onde os profissionais possam ter orgulho do seu sindicato<br />
e dele queiram fazer parte, trabalhando para que o seu crescimento<br />
seja uma constante.<br />
Passado o calor da disputa, é tempo de trabalho sério e dedicado. Sabemos<br />
que temos um caminho árduo pela frente e muitas conquistas a serem<br />
realizadas; algumas imediatas, outras necessitarão de mais tempo, porém,<br />
a todas elas estaremos nos empenhando diariamente. A equipe de trabalho<br />
está reunindo um grupo de profissionais dispostos a dedicar seu tempo à<br />
causa sindical, ao coletivo e a todos que tiverem o interesse de participar.<br />
Estamos com as portas abertas, pois esta é a grande meta do Movimento<br />
Mudança, a PARTICIPAÇÃO!!!<br />
Assembléias serão marcadas e a classe será chamada a participar e a decidir<br />
– mesmo que sejam poucos inicialmente, serão realizadas; acreditamos<br />
que o fazer leva à aceitação e criará o hábito saudável da participação.<br />
Estaremos entrando em uma fase de reestruturação: a Comissão Artística<br />
sendo preenchida em suas diversas modalidades para que todas tenham<br />
espaço representativo e atuante, as Delegacias Regionais, que são importantíssimos<br />
instrumentos do sindicato, por ser este Estadual, terão, com<br />
o devido tempo, a estrutura necessária para funcionarem e atenderem os<br />
profissionais do interior do Estado. A parte administrativa e funcional do<br />
sindicato precisa de melhorias e planejamento, os departamentos necessitam<br />
ser montados e as parcerias executadas... Enfim, trabalho não faltará,<br />
nem vontade de fazê-lo! Temos a certeza e a mais profunda convicção que<br />
juntos somos fortes e capazes, que conseguimos despertar a vontade de<br />
MUDAR..., sendo o mais difícil sair da zona de conforto, mesmo com descontentamento,<br />
e partir para a mudança!!!<br />
Somos Dança, somos Arte, somos o que fazemos.<br />
Vamos juntos em um novo caminho de um novo jeito!<br />
Um abraço a todos,<br />
Denise Acquarone
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 07
Após 36 aos de carreira, Ana botafogo concluiu que era hora<br />
de parar e colocar um final nos grandes clássicos, como balés<br />
com dois, três, quatros atos, que requerem muita dedicação e<br />
total empenho. Onegin é um clássico que Ana Botafogo sempre<br />
gostou e acreditou que terminar com ele seria fazer um<br />
laço de fita bonito nos grandes clássicos. Ninguém contesta<br />
isto, vai deixar saudades de suas majestosas apresentações,<br />
porém só temos que agradecer. Muito obrigado por tudo, Ana!<br />
Toda sua formação foi no Brasil; começou a estudar ballet<br />
perto de casa, aos 11 anos, na academia Leda Yuki e, nessa<br />
época, o sonho de todos os bailarinos era o Theatro Municipal<br />
do Rio de Janeiro.<br />
“Eu achava impossível entrar no Theatro Municipal, minhas<br />
amigas mais adiantadas tentavam e não conseguiam; aos 18<br />
anos, tranquei a faculdade, porque tive a oportunidade de viajar<br />
para a França, morar com meus tios, aprender o francês<br />
e estudar ballet e, por insistência da minha professora Ivone<br />
Meier, fiz um teste para a Cia. Roland Petit e fui a única candidata<br />
que passou”, conta Ana.<br />
Apos ser escolhida para o corpo de baile da Cia. Roland Petit,<br />
o ballet passou a ser um grande objetivo na sua vida, tendo,<br />
inclusive, que se afastar da família para trabalhar no sul da<br />
França. Morou por conta própria durante dois anos, o que,<br />
naquela época era complicado, não havia internet e para falar<br />
ao telefone, tínhamos que esperar horas até conseguir contato,<br />
além de ser caríssimo – tudo longe da família, não foi uma<br />
tarefa fácil.<br />
Ainda na França, Ana foi contratada pelo coreógrafo Ben Stevenson<br />
para dançar na Inglaterra, onde ficou trabalhando e<br />
estudando por seis meses antes de retornar ao Brasil.<br />
Já com experiência internacional e um grande talento natural,<br />
em 1977, surgiu a oportunidade no Balé Teatro Guaíra, em<br />
Curitiba, para fazer uma temporada em Giselle como papel<br />
principal, foi quando, então, começou sua vida profissional<br />
aqui no Brasil.<br />
Após quatro meses em Curitiba, Ana viajou com Giselle para<br />
algumas cidades do Brasil e no Rio estreou no Teatro João<br />
Caetano com o Balé do Teatro Guaíra em grande performance.<br />
E foi nessa época que conheceu Dalal Achcar, com quem<br />
compartilhou uma grande amizade. Dalal, então, a convidou<br />
para fazer um teste para dançar com Fernando Bujones quando,<br />
após o teste e aprovação, fizeram apresentações pela Associação<br />
do Ballet do Rio de Janeiro no Hotel Nacional.<br />
Ana volta ao Ballet Guaíra, tendo sido contratada por dois<br />
anos, mas sempre vindo ao Rio para suas apresentações<br />
junto aos trabalhos de Dalal. Nessas idas e vindas, em 78,<br />
a bailarina sofre grave acidente automobilístico, com a perda<br />
total do carro, ficando mais de seis meses em recuperação,<br />
"tive problemas no joelho e na coluna, foram momentos difíceis,<br />
mas superados, acabou tudo bem, me recuperei e toquei<br />
a vida, são 36 anos de contrato de trabalho", lembra Ana e<br />
conta como foi sua entrada no Theatro Municipal do Rio de<br />
Janeiro: "depois fui convidada por Dalal para uma temporada<br />
popular na Praia de Botafogo, RJ, para interpretar Romeu e<br />
Julieta, que foi lindo, e eu dancei com Luiz Carlos Nogueira;<br />
08 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Ana<br />
Botafogo
Onegin é um clássico que Ana<br />
Botafogo sempre gostou e acreditou<br />
que terminar com ele seria<br />
fazer um laço de fita bonito nos<br />
grandes clássicos.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
mesmo contratada pelo Guaira, continuei dançando sempre<br />
como convidada de Dalal, indo para vários estados do Brasil.<br />
Em julho de 79, Dalal criou o ballet Cinderela, na época do<br />
auge da discoteca e a música da Donna Summer, que estava<br />
em alta, era toda em cima da Cinderela, fizemos um trabalho<br />
super inovador, onde Dalal usava sapateado, jazz, clássico<br />
e eu tinha que dançar tudo, eu tinha que dançar com ponta,<br />
sem ponta e entrava com fuetes clássicos e tudo mais, todo<br />
o trabalho foi um sucesso. Logo depois houve uma mudança<br />
de direção no Balé Guaíra, saindo Eric Valdo e entrando<br />
Carlos Trincheiras e foi quando aproveitei e vim para o Rio<br />
em definitivo, fiquei um ano e meio com Dalal na Associação<br />
do Ballet do Rio de Janeiro, fiz teste e, em 81, entrei para o<br />
Theatro Municipal, o que foi o grande sonho da garota sendo<br />
se realizado".<br />
Em 83, aconteceu o seu primeiro convite internacional, foi<br />
com Fernando Bujone dançar na Venezuela, depois também<br />
dançou em Cuba com as grandes mestras da Companhia de<br />
Gisele Russef e Alice Alonso. Voltou a Inglaterra para dançar<br />
no Royal Ballet do Londres uma temporada de três meses,<br />
tendo se apresentado ainda por outras cidades da Inglaterra.<br />
A partir de então, não parou mais; dançou pelo Brasil e pelo<br />
mundo, dançando sempre grandes obras.<br />
“Vivia-se em um tempo que tinha grandes preparações, eram<br />
três, quatro meses de ensaios exaustivos com todo corpo de<br />
balé e nada podia dar errado, era tudo dentro de uma rigidez<br />
bem maior que a dos tempos atuais; na época, quando uma<br />
professora ou coreógrafo falava, baixava-se a cabeça, era um<br />
mundo em que o coitado do aluno, quando vacilava, tinha sua<br />
mãe notificada pela professora, bons tempos em que a educação<br />
era o primordial”, diz Ana.<br />
Popularizar a dança sempre foi também um objetivo de Ana<br />
Botafogo: "eu senti que a Dalal, assim como eu, tinha uma<br />
grande vontade de popularizar a dança; foi a união certa, ela<br />
sempre coreografando para mim, fazíamos espetáculos de<br />
portas abertas, em praças, na Cinelândia, na praia com o Projeto<br />
Aquarius, etc; tudo em busca de popularizar o balé, hoje<br />
a dança já faz parte da nossa cultura".<br />
Explicar todo o sucesso popular de Ana Botafogo é complicado,<br />
requer analisar infinitas situações que podem suceder na<br />
vida de um profissional, porém é visível que um dos fatores<br />
importantes para este grande sucesso profissional foi muita<br />
dança, durante seus 36 anos dedicados ao balé; isto é, Ana<br />
não ficou parada esperando pelos acontecimentos, fez de sua<br />
profissão sua vida, apesar de ter casado duas vezes, em momento<br />
algum deixou os ensaios e o palco. Enquanto os teatros<br />
entravam em recesso para seus descansos, reprogramações,<br />
Ana, sem se considerar a maior ou a melhor, continuava<br />
se apresentando, não só nos suntuosos teatros pelo mundo,<br />
como também, sempre com toda sua simplicidade, nos mais<br />
distantes e remotos municípios deste Brasil, levando sua arte<br />
com amor e dedicação por cada lugar que passava.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 09
“Sendo uma bailarina com intenso trabalho dedicado à<br />
dança, sem gozar de férias ou descanso, meu corpo foi só<br />
dança. O fato de estar sempre disponível para o trabalho<br />
proporcionou-me ter um corpo privilegiado, nunca tendo<br />
tido uma distensão ou qualquer machucado grave, tirando<br />
meu acidente no início da carreira”, declara, lembrando,<br />
ainda, as inúmeras apresentações que fazia, inclusive em<br />
parceria com a dança popular brasileira: “já teve época em<br />
minha vida de ter que fazer 16 a 18 espetáculos por mês,<br />
entre clássicos e populares, como samba, com Carlinhos<br />
de Jesus, a quem conheci em um encontro na Lapa, realizado<br />
pela Globo; no intuito de juntar o clássico com o<br />
popular, fizemos uma coreografia, vinheta de propaganda,<br />
que deu o maior ibope; e, anos depois, o meu empresário<br />
nos sugeriu fazer um trabalho juntos, foi quando, de novo,<br />
harmonizamos o clássico com o popular, realizando um espetáculo<br />
que foi sucesso por um bom tempo”.<br />
Ana nunca deixou de tratar seu público com muito respeito<br />
e com o seu carinho característico, fazendo o mesmo com<br />
a imprensa, embora, no início de sua carreira, não havia<br />
a facilidade dos meios de comunicação de hoje, era tudo<br />
no boca a boca; se era bom, um indicava para o outro e,<br />
aos poucos, ela foi conquistando toda a imprensa, dando a<br />
mesma o devido respeito.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
10 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Veja mais no site<br />
www.alldanceinfok.com<br />
“Tive a honra de trabalhar no Theatro Municipal do Rio de<br />
Janeiro com grandes ícones da dança mundial como Nora<br />
Esteves, Alice Colino, Cristina Martinelli, Aurea Hammerli,<br />
e, também, que depois se juntou a nós, Cecilia Kerche, que<br />
hoje é uma grande referência nacional; e aí, outras foram<br />
chegando e se juntando ao grupo. Agradeço a todos que<br />
trabalharam, e ainda trabalham, comigo; Dalal Achcar foi a<br />
minha irmã mais velha, sempre me orientando nas minhas<br />
viagens e coreografando para mim, o que é muito importante<br />
para uma bailarina, ter um grande coreógrafo por trás.<br />
Pelas contas do meu pai, eu tive mais de 100 partners, aos<br />
quais agradeço igualmente. Com o carnaval, também já encerrei,<br />
o último foi com o Francisco Timbó, em um enredo<br />
que falava do Theatro Municipal. Hoje meu pai está fazendo<br />
uma exposição que mostra tudo da minha vida e também<br />
está escrevendo um livro”, conta Ana, que fez outros tantos<br />
agradecimentos – não deu para colocar todos; vamos<br />
aguardar o livro do seu papai para sabermos tudo desta<br />
grande bailarina e maravilhosa pessoa.<br />
Ana também se dedica a projetos sociais de dança, pois<br />
acredita que incentivar as crianças é muito importante para<br />
a formação delas – é um dos seus maiores objetivos atualmente;<br />
um exemplo é o “Projeto Dançando para não Dançar”,<br />
pelo qual ela e Paulo Rodrigues dançaram no Morro<br />
do Cantagalo, só para a comunidade. Começaram com 50<br />
alunos e hoje são mais de 800: “o aprendizado que a dança<br />
leva para as crianças e suas famílias é fundamental para<br />
a auto-estima, disciplina e socialização e, hoje, muitos já<br />
estão se formando, isto é maravilhoso”, declara Ana.<br />
Parabéns, Ana Botafogo!
Cia. de Dança e<br />
Artes Atos<br />
A Cia. de Dança e Artes Atos em pouco tempo já se destaca<br />
com um trabalho que busca um diferencial; suas coreografias<br />
se destacam por apresentarem temas com início, meio e fim,<br />
sempre passando uma mensagem e fazendo referência a<br />
outras artes. Desde a vestimenta, até a maquiagem, a Companhia<br />
tem todo um trabalho próprio, bastante criativo, com<br />
destaque para a seleção musical, sempre dentro do contexto<br />
do movimento cênico.<br />
“A idéia de copiar, fazer parecido ou mudar alguma coisa, não<br />
passa pelas nossas mentes nem na de todos que estão envolvidos<br />
nos trabalhos da Companhia. Tentamos fugir da coreografia<br />
que se foca só na dança e esquecendo o lado cênico<br />
como um todo. É normal se ver o dançarino dançando sem<br />
se preocupar com a expressão de rosto; em muitos casos, o<br />
coreógrafo manda descer a luz, aí nem o rosto dos dançarinos<br />
se vê. Este não é nosso caso, queremos ser vistos em um<br />
todo, pois tudo está em jogo, dança, música, figurino, maquiagem...<br />
Eu não tenho padrão, tanto posso trabalhar com um<br />
clássico, street, hip ou jazz; até já estamos compondo música<br />
própria para cada trabalho”, conta Erika Rozane que, após um<br />
sério problema no joelho, ainda criança, com muito trabalho e<br />
dedicação, superou o problema e na adolescência passou a<br />
se dedicar de corpo e alma à dança, diz “Eu prefiro trabalhar<br />
com qualidade e não com quantidade, no momento estamos<br />
eu, Jonatas, Maiara, Flávio e Gabriel voltados para um trabalho<br />
especial; somos cinco, mas, já fomos doze, e hoje todos<br />
têm contrato com suas obrigações para que fique tudo bem<br />
organizado e profissional, com visão de frequência, disciplina,<br />
horário, etc. e invisto muito em maquiagem também”.<br />
A Cia. de Dança e Artes Atos, sempre em busca da sua identidade,<br />
está no caminho certo. E que nunca lhes falte força e<br />
determinação para prosseguir com o seu trabalho.<br />
“Desde já quero agradecer ao Eli e toda a Equipe da <strong>AllDance</strong><br />
pela oportunidade da realização de um grande sonho, quantas<br />
vezes peguei a revista e sonhei acordada em estar nela. É por<br />
essas e outras que me sinto motivada ainda mais para prosseguir;<br />
é a prova de que ainda vale à pena sonhar...Desejo<br />
tudo de melhor para vocês e muito sucesso”, arremata Erika<br />
Rozane.<br />
“Quando danço, não danço para buscar glamour, aplausos;<br />
quando piso no palco, entro em uma redoma de vidro onde só<br />
tem espaço para mim e para a dança; danço, não para preencher<br />
espaços vazios no ar com coreografia, mas coloco meu<br />
coração, danço com minha alma e danço para mim. O que vier<br />
depois e uma ótima conseqüência; não fui eu quem escolheu<br />
a dança; a dança me escolheu”, diz Erika Rozane.<br />
Fotos Arquivo Pessoal<br />
COREOGRAFIAS<br />
comentários da Cia. de Dança e Artes Atos<br />
PESCADOR: “nossa primeira coreografia foi na beira do<br />
mar e nasceu de uma enorme vontade de mostrar algo novo<br />
ao mundo da dança; assim nasceu a Atos, misturando o cênico<br />
com a dança sempre (música Pescador – cantor Salomão<br />
do Reggae). Esta coreografia conta a vida sofrida de pescadores<br />
de uma forma mais contemporânea e cênica. Buscamos<br />
também sempre músicas novas, com autores ou intérpretes<br />
desconhecidos”.<br />
O TAPECEIRO: “foi nossa segunda grande coreografia,<br />
onde a história se passa em torno de um tapeceiro que já tem<br />
dois bonecos que ele conseguiu dar vida e está tentando com<br />
mais um, com o qual encontra dificuldades até que consegue<br />
e, então, se desenrola a história... O nome da música é Tapeceiro<br />
mesmo e o autor é o Estênio Marcius. É uma música<br />
também bem auto-explicativa e a coreografia é muito cênica,<br />
porém nunca deixando a dança e a técnica de lado, pois para<br />
nós elas andam juntas; afinal, nossa vida a gente cria e recria<br />
e cada dia é uma obra de arte”.<br />
REENCONTRO: “a história se inicia com um casal separado<br />
que em um determinado momento se reencontra e ali<br />
começa a linda história de amor e romance deles dois, é um<br />
pas-de-deux livre”.<br />
MEU REFÚGIO: “uma bailarina chega atrasada em sua<br />
aula e os bailarinos vão embora e ali ela fica com seus medos<br />
e traumas e coloca todo seu sentimento para fora em uma barra,<br />
pois só ali ela se sente segura e se refugia, onde ninguém<br />
a vê de verdade, é um lindo solo, livre, porém, na sapatilha de<br />
ponta”. (Cantora americana)<br />
ME AMA: “é uma coreografia onde tentamos mostrar que<br />
independentemente de religião, Deus nos ama do jeitinho que<br />
somos, não fazendo apologia a nada; só ao amor divino por<br />
cada ser humano. É uma coreografia bem dinâmica onde misturamos,<br />
pás-de-deux, com fitas de ginástica rítmica, saltos,<br />
rolamentos e solos e tem sua parte clássica, onde quase todos<br />
os ritmos fazem parte desta coreografia de uma forma bem<br />
objetiva e bem expressiva”. (Música americana, regravada;<br />
versão livres para adorar)<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 1
12 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Foto arquivo pessoal<br />
Diego<br />
López<br />
V’era<br />
Cyclo XXI Ballet Contemporâneo do<br />
Lyceu Escola de Dança<br />
Diego López V’era, argentino, começa sua carreira aos<br />
quatro anos de idade no ano de 1968. Sempre incentivado<br />
pelos pais, que já viam nele um grande talento para<br />
arte, em 1980 entrou para o Maestro Nacional de Folklore<br />
Argentino. Formou-se em teatro no ano de 1984; professor<br />
de dança e coreógrafo em 1986, terminando o ano<br />
formado em professor nacional de danças. Na Argentina,<br />
Diego passou pelas melhores companhias de sua época,<br />
como: solista principal do Ballet – Teatro Mar del Plata<br />
(Argentina, 1984-87), Ballet Estable MDP (1989, companhia<br />
argentina), Ballet Del Atlântico, Bailarines Argentinos,<br />
entre outras.<br />
Como o momento político de seu país não era nada agradável,<br />
Diego aceitou trabalhar na Alemanha e foi em busca<br />
de seu sonho, de viver de sua própria arte, e viaja a<br />
para Europa.<br />
Após muito trabalho e dedicação, Diego López se torna<br />
o primeiro bailarino solista do STAATHEATER AM GÄR-<br />
TNERPLATZ de Munique, Alemanha (1987-91), tendo<br />
sido considerado “MELHOR BAILARINO ESTRANGEI-<br />
RO” (jurado Rudolf Nureyev e Críticos Especialistas). Em<br />
seu currículo, tem obras importantes, como “Psicotango”<br />
(Tango – Ballet/1985), “Los Cuatro Jinetes del Apocalipsis”<br />
(Ballet Contemporâneo/1986) e muitos outras.<br />
Como bailarino, Diego não buscou só a dança, trabalhou<br />
também a dramaturgia, focalizando a parte teatral, buscou<br />
o bailarino ator que já trazia “na alma”.<br />
Ao redor do mundo, teve a honra de conhecer e conversar<br />
longas horas com Maurice Béjart; conta que ao perguntar<br />
ao mestre porque não criar um método de trabalho<br />
ou ensino, teve como resposta: “se eu criar um método,<br />
eu serei lembrado pelo método, mas eu quero ser lembrado<br />
como artista, lembrado pelas obras que interpretei,<br />
pois ficarão marcadas para sempre” – estava certíssimo<br />
Maurice Béjart.<br />
“Analisando melhor Béjart, ele não estava errado, veja o<br />
exemplo de Isadora Duncan que parou com suas aulas<br />
de ballet e partiu em busca de mais além de aulas; acabou<br />
dando origem a um método, à dança moderna, criando<br />
sua própria companhia e seu próprio estilo, dando<br />
origem a novos pensadores modernos que começaram<br />
a inovar suas idéias. Também Martha Graham é muito<br />
lembrada pelo método, pelos seus cursos”, reflete Diego.
Em 1992, Diego volta a Argentina e tempos depois veio<br />
para o Brasil, onde conheceu sua esposa e onde vive<br />
até hoje. Diego desenvolveu seu próprio método e atualmente<br />
é professor da Lyceu Escola de Danças, no Rio<br />
de Janeiro.<br />
Outras atuações: Dance World 301 – Ballarat Dance<br />
Works Australian Ballet Victoria (Austrália) // Ópera de<br />
Tókio (Japão) // Rambert Ballet (Londres) // Ópera de<br />
Berlin (Alemanha) // No Brasil: Studio Mery Rosa, Studio<br />
Adriana Alcântara, Top Physical, Centro de Dança e Pesquisa<br />
Flávia Vargas, Escola Municipal de Dança de Ituporanga,<br />
Studio Alice Arja, Cia. Lúmini, Studio Liudmila<br />
Polonskaya, Escola de Artes de Chapecó e, atualmente,<br />
professor exclusivo da Lyceu Escola de Danças (RJ).<br />
Cyclo XXI Ballet Contemporâneo do Lyceu Escola de<br />
Dança<br />
O grupo nasce do projeto pedagógico de Diego López<br />
Vera, quando Diego, ainda bailarino principal na Alemanha,<br />
teve um encontro de seis horas com Maurice Béjart<br />
que “organizou” as idéias que se transformaram em dois<br />
métodos de ensino de dança: Ballet Contemporâneo e<br />
Multimetodologias de Improvisação.<br />
Diego conta um pouco sobre este encontro com Béjart<br />
e explica suas idéias: “o balé contemporâneo pode ser<br />
descrito como uma ponte, de um lado a técnica do ballet;<br />
do outro, os caminhos das danças contemporânea e moderna.<br />
Os futuros bailarinos desenvolvem em si mesmos<br />
as qualidades que os bailarinos globalmente desenvolvem<br />
na atualidade, saindo de uma inércia em que a dança<br />
contemporânea mergulhou ‘dogmatizando’ sistemas<br />
que vão contra sua própria filosofia base”.<br />
Fala, ainda, acerca das multimetodologias de improvisação:<br />
“é um método profissionalizante que reúne múltiplos<br />
métodos, tomando como referência principal William Forsythe,<br />
recolhidos e entrosados com um único objetivo, o<br />
de improvisar frente ao público no palco com a mesma<br />
eficiência que atinge uma coreografia ensaiada. A primeira<br />
bailarina na história do Brasil a improvisar num festival<br />
competitivo, e ganhar, foi Inês Carijó, no 27º Festival<br />
de Danças de Joinville; de lá pra cá, ganhou todos os<br />
festivais em que se apresentou, chegando até a ganhar<br />
o premio de melhor bailarina no Festival Compassos e,<br />
também, bolsa de estudos em Brasília em <strong>20</strong> 1, junto<br />
com Amanda Gouveia formada também pela Cyclo XII,<br />
para o ‘Lines Training Program’ na Alonzo King Lines de<br />
San Francisco, nos Estados Unidos, dirigida por Karah<br />
Abiog, ex-bailarina do Complexions. O Lyceu Escola de<br />
Dança, dirigido por Márcia Simone, abraçou a proposta<br />
em 1995; hoje é a única escola no Brasil que possui<br />
métodos que a igualam em qualidade às escolas internacionais<br />
que desenvolvem novos e sofisticados caminhos<br />
pedagógicos na formação de bailarinos”.<br />
Assim nasce, em <strong>20</strong>12, a Cyclo XXI Ballet Contemporâneo,<br />
formada por Amanda de Oliveira, Aimée Borges,<br />
Ana Luisa Chataigner, Carolina Botello, Fernanda Ermelindo,<br />
Julia Schreiber, Luisa Heilbron, Mickael Veloso,<br />
Paula Salgado e Roberta Buckmann. Cabe destacar que<br />
no Dance in Rio, a bailarina Luisa Heilbron improvisou<br />
seu solo – “Improvisação Nº1” – recebendo o 1º lugar na<br />
competição.<br />
A filosofia base do grupo á baseada no pensamento de<br />
Maurice Béjart: “Romper a harmonia das formas e pôr<br />
em crise o mundo dos costumes tranqüilizadores”.<br />
Sobre as improvisações, Diego esclarece que “a base de<br />
pensamento inicialmente aplicada à deformação e desconstrução<br />
da técnica clássica, tornou-se aplicável atualmente<br />
ao meio da dança pelas dificuldades que suscita<br />
a avaliação, por exemplo, em festivais, dos laboratórios<br />
e coreografias apresentadas, principalmente perante a<br />
dificuldade em avaliar solos titulados de ‘Improvisação<br />
Nº...’, onde a maioria não acredita que a bailarina está<br />
improvisando no palco, entendendo que o solo é resultado<br />
de improvisações; realmente as bailarinas improvisam<br />
com uma qualidade única e nunca antes visto”.<br />
Hoje os métodos criados por Diego López V’era são desenvolvidos<br />
na Austrália, Inglaterra e Brasil, no Rio de<br />
Janeiro.<br />
ERRATA<br />
A foto abaixo, publicada na pág. 31<br />
da edição 05/<strong>20</strong>12,<br />
não faz parte da matéria da Cia. Bob Cunha.<br />
A foto é do Centro de Dança Lóbinoos,<br />
coreografia Magia,<br />
do coreógrafo Thiago Williams.<br />
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14 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Exitu’s<br />
O grupo iniciou-se em <strong>20</strong>01 com 10 bailarinas. Hoje está<br />
dividido em três categorias, com 50 integrantes, direção<br />
e coreografias de Renata Rachel e os coreógrafos e professores<br />
Bruno Coutinho e Sara Bernardes. Em <strong>20</strong>07, o<br />
grupo participou da abertura dos Jogos Pan-Americanos<br />
e em <strong>20</strong>11 participou do DANZAMERICA, em Córdoba,<br />
Argentina, conquistando o 1º lugar com o trio DESEJOS<br />
e o 3º lugar com LEMBRANÇAS E FOME. A Escola, que<br />
já acumula 138 premiações, completará 25 anos em<br />
<strong>20</strong>13 e todos os professores são registrados no <strong>SPDRJ</strong>.
Renata Rachel, casada, mãe de dois filhos, jovem ainda,<br />
mas com um trabalho de excelência, vai conquistando<br />
seu espaço com muito amor pela arte da dança e pela<br />
vida. Ela fala um pouco das conquistas de sua turma no<br />
mundo da dança brasileira e internacional: “comecei a estudar<br />
dança aos 8 anos de idade em Três Rios e, aos 16,<br />
descobri que a dança era a minha vida e me entreguei a<br />
essa arte; quando completei <strong>20</strong> anos, comecei a trabalhar<br />
em Paraíba do Sul e foi muito difícil, pois é uma cidade<br />
com poucas opções de espaços culturais, como cinema,<br />
teatro. Após dez anos dedicados ao aprimoramento e<br />
aprendizagem, em <strong>20</strong>01, montei meu primeiro grupo de<br />
dança, conquistando meu primeiro troféu e junto com ele a<br />
premiação de melhor coreografia da noite em um festival”,<br />
conta Renata, feliz pelas premiações e o reconhecimento<br />
de seus esforços, e continua: “nos anos seguintes, comecei<br />
a trabalhar com crianças carentes do bairro Liberdade,<br />
cujo projeto durou quatro anos e, para nossa alegria, em<br />
<strong>20</strong>07, participamos da coreografia de abertura dos Jogos<br />
Pan-Americanos e dois anos mais tarde, em <strong>20</strong>09, iniciei<br />
o trabalho com as crianças especiais; em <strong>20</strong>11, conquistamos<br />
nosso primeiro troféu internacional no DANZAMERICA”.<br />
Mas o trabalho da Exitu’s não fica centrado só na Companhia,<br />
vai além, promovendo todos os anos, no principal<br />
clube da cidade, três eventos, atraindo, com isso, um maior<br />
interesse da população da cidade e também das vizinhas<br />
para a arte de dançar, “todos os eventos são gratuitos para<br />
que todos possam participar”, diz Renata.<br />
O grupo recebeu recentemente 6 premiações no Campeonato<br />
Internacional de Dança de Cabo Frio e participa do<br />
DANZAMERICA <strong>20</strong>12 em outubro.<br />
Parabéns Renata, pessoas como você são exemplos de<br />
garra e determinação!<br />
“Hoje, continuamos tentando mostrar que em Paraíba do<br />
Sul existe a arte de dançar, o EXITU’s veio com grande<br />
esforço e muita vontade de tornar real o meu sonho, puro<br />
êxito! Afinal, chegamos a 137 premiações. Em <strong>20</strong>13, completo<br />
25 anos de trabalho dedicados à cultura, aos meus<br />
sonhos, e continuo sonhando, em especial com o acesso<br />
à arte em nossa cidade, com um teatro de verdade e seus<br />
patrocinadores; mas acredito que não serão necessários<br />
mais 25 anos para conquistar este sonho!”, declara a desbravadora<br />
Renata Rachel.<br />
RIO DANCE FESTIVAL (Junho <strong>20</strong>12)<br />
1º Lugar Moderno Infantil (Menininha) / Coreógrafa Sara<br />
Bernardes / 1º Lugar Livre Infanto Juvenil (Segredos) / 1º<br />
Lugar Moderno Infanto Juvenil (Almas) / 1º Lugar Trio Infanto<br />
Juvenil (Nevoas) / 1º Lugar Livre Juvenil (Fome) / 1º<br />
Lugar Moderno Juvenil (Lembranças) / 1º Lugar Street Juvenil<br />
(Identidade) / 2ª Lugar contemporâneo Infanto Juvenil<br />
(La Comparsita) / 2º Lugar Livre Juvenil (Anol Shalon)<br />
/ 2º Lugar Moderno Adulto (Discrepâncias) / 2º Lugar Solo<br />
Adulto (Fases) / Bruno Coutinho / 2º Lugar Duo Adulto (Altistas<br />
ou Artistas) Coreógrafo Bruno Coutinho / 2º Lugar<br />
Duo Adulto (Entre Emoções) / Coreógrafo Bruno Coutinho<br />
*** Troféu Coreógrafo Revelação RENATA RACHEL<br />
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Grupo Cultural <strong>Afroreggae</strong><br />
Complexo do Alemão<br />
<strong>Afroreggae</strong> vai fazer <strong>20</strong> anos, com um trabalho que vem crescendo<br />
muito pelo Brasil, hoje, na cidade do Rio de Janeiro, está em vários<br />
bairros, como Vigário Geral, Nova Holanda, Vila Cruzeiro, Canta<br />
Galo Copacabana e Grota-Complexo do Alemão, além também de<br />
parcerias em Niterói, Minas Gerais e outros Estados.<br />
No Complexo do Alemão, no Rio, o professor Carlos Magno vem,<br />
com muita determinação e total dedicação, desenvolvendo um profundo<br />
trabalho que envolve a educação na arte de dançar, fato que<br />
resultou em grande melhora do grupo que conta ainda com o reforço<br />
de aulas de jazz, ballet, alongamentos e o forte da Companhia,<br />
que é a dança afro.<br />
Este ano, o Grupo Cultural <strong>Afroreggae</strong> Complexo do Alemão participou<br />
do Rio Dance Festival com muita garra e determinação, faturando<br />
premiações que não eram esperadas pelo grupo, uma vez<br />
que seus integrantes entraram visando incrementar mais experiência<br />
e maturidade de palco.<br />
“Sem a experiência de palco não há uma formação completa para<br />
o artista estudante, pois tem que sentir o medo, o palco é onde<br />
tudo acontece; tem que se preocupar com a roupa, a luz no rosto,<br />
com o conjunto e o posicionamento de palco; é errar para acertar,<br />
sentir e viver toda emoção do artista junto à platéia. Eu disse a<br />
eles que poderiam até conquistar algum prêmio se respeitassem<br />
os ensaios e dançassem com garra e determinação”, conta Carlos<br />
Magno, professor e coreógrafo do <strong>Afroreggae</strong>. “Sou grato a toda<br />
minha equipe, pela competência, garra e vontade de acertar. O<br />
palco, colocado ao fundo do teatro, do mesmo tamanho do palco<br />
principal, ajudou muito porque ensaiamos ao máximo; foi sublime<br />
quando veio o resultado, só abraços e lágrimas de felicidades”,<br />
finaliza.<br />
CARLOS MAGNO<br />
Bailarino, instrutor e coreógrafo, Carlos participou como bailarino<br />
da Cia. Nos da Dança, onde se desenvolveu como professor e<br />
coreógrafo. A frente da MAGNO Cia. de Dança, produziu e coreografou<br />
diversos espetáculos, com destaque para as coreografias<br />
“Fora da Ordem” e “Aranhas”, além de “Heróis do Novo Mundo”,<br />
“Elis em Movimentos”, entre outros. Também coreografou os musicais<br />
“Carmem”, “Evita Perón” e “Alice”.<br />
No cinema atuou como bailarino nos filmes: “Bossa Nova” e “Tempestade<br />
Cerebral”, coreografando, ainda, filmes publicitários sobre<br />
a cura do HIV, como o “The Know”.<br />
Na TV, dançou nos principais musicais da Rede Globo: “Criança<br />
Esperança”, “Brasil 500 Anos”, “Amigos”, “Show Fama”, entre outros.<br />
Carlos Magno já levou o seu estilo para diversas cidades do Brasil,<br />
além de ministrar curso no PDC (Profissional Dance Center) de<br />
Tóquio. Atualmente, dá aula de dança no Conservatório de Dança<br />
Eloisa Menezes e no <strong>Afroreggae</strong>.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
COREOGRAFIAS APRESENTADAS NO<br />
RIO DANCE FESTIVAL<br />
Homenagem a Bob Fosse: 1º lugar (Juvenil – Jazz - Conjunto)<br />
Coreografia inspirada no coreógrafo internacionalmente conhecido, Bob Fosse.<br />
Madalenha Rojã: 2º lugar (Juvenil – Jazz - Conjunto)<br />
Coreografia que mistura o jazz com ritmos nordestinos.<br />
Só Rezo: 5º lugar (Juvenil – Jazz – Conjunto)<br />
Música da banda brasileira NX Zero; coreografia inspirada na música de mesmo<br />
nome, mostra o conflito dos moradores do Complexo do Alemão, já cansados<br />
de tanta violência. E mesmo não tendo para onde ir, nunca desistem e seguem<br />
buscando a luz no fim do túnel...<br />
BAILARINOS: Joana D’Arc, Pedro Henrique, Isis Oliveira, Matheus Luiz, Ygor<br />
Rafhael, Vanessa Rocha, Estefani Silva, Diego Diniz e Creuzimar Sant’anna<br />
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18 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Eliane<br />
Fetzer<br />
30º Festival de Joinville<br />
Mostra Competitiva Festival de Dança de<br />
Joinville <strong>20</strong>12:<br />
No Vocabulário da Alma<br />
Jazz Conjunto / Categoria Avançada /<br />
coreógrafa: Eliane Fetzer<br />
2º lugar no Festival de Dança de Joinville, 1º lugar<br />
no Festival de Rio do Sul SC e prêmio de melhor coreógrafa.<br />
“Todos à espera dos cultos e de um grito que corre o<br />
infinito no louvar aos Deuses de uma tribo. A história<br />
africana é interpretada na transparência de corpos cor<br />
da pele, simbolizando um só momento, uma única palavra,<br />
o sofrimento”. (Eliane Fetzer)<br />
ELENCO: Adriana Omotto, Alexandre Calerá, Amanda<br />
Correia, Andressa Machado, Janaina Catossi, Julia<br />
Meirelles, Juliana Hauth, Juliano Peçanha, Leonardo<br />
Vieira, Diogo Catossi, Nicole Vanoni, Thiago Fialkoski,<br />
Thiago Weber e Vivian Teixeira.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Professora e coreógrafa, Eliane Fetzer baseou sua coreografia<br />
– No Vocabulário da Alma – na cultura africana<br />
e seus trabalhos de culto e oferendas. Conquistou o 2°<br />
lugar no Festival de Joinville de <strong>20</strong>12 com sua bela associação<br />
de um jazz moderno, que normalmente trás um<br />
estilo de dança com muita força, suing e sexualidade espontânea,<br />
unido e todo comprometido a uma linguagem<br />
contemporânea, sem perder a estrutura de base.<br />
O conjunto estava composto com um admirável figurino<br />
no corpo das bailarinas – todos eles com desenhos<br />
e diferentes entre si –, feito por Renata Bronze, artista<br />
plástica, que trabalhou cada desenho no próprio corpo<br />
das bailarinas.<br />
São 14 bailarinos de Jazz que se envolvem em um trabalho<br />
corporal, dentro da concepção coreográfica da<br />
Eliane Fetzer para expressar uma história já contada<br />
em vários arranjos pelo mundo. Todo o conjunto está de<br />
parabéns!
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<strong>20</strong> <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
ESCOLA DE DANÇA<br />
MEIA PONTA<br />
agita o Shopping Iguatemi com muita dança<br />
Raphaela Machado, diretora artística da Escola de Dança <strong>Meia</strong> <strong>Ponta</strong><br />
realizou, em agosto deste ano, um louvável evento dentro do Shopping<br />
Iguatemi (Tijuca/RJ) com o objetivo de divulgar a dança para o público<br />
comum, proporcionando um lúdico momento de encontro com a dança.<br />
A Escola oferece várias modalidades, como: Circuito da Bailarina, Aulas<br />
ao Vivo (sala de dança), Aulas Abertas ao Público (Espaço Arena),<br />
Ateliê de Artes Princesas Bailarinas, Espetáculos na Arena (de quinta<br />
a domingo), Sorteio de Brindes, Stand de Vendas de Produtos de Dança.<br />
Preocupada com a memória do evento, Raphaela fez questão da presença<br />
da Revista <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> e de toda imprensa local para registrar<br />
o evento, para que o mesmo não caia no esquecimento ao fechar<br />
as cortinas.<br />
“Como afirmava o filósofo francês Garaudy, a dança é a expressão<br />
condensada da vida e da cultura, no coração da vida e na raiz da<br />
cultura e exprime o homem moderno com suas angústias, seus combates<br />
e suas esperanças. A zona norte do Rio de Janeiro e, no caso do<br />
Shopping, sua proximidade com a Escola de Samba de Vila Isabel, faz<br />
muitas vezes que nos esqueçamos do espaço que nos cerca, ou seja,<br />
dos bairros de onde vêem as pessoas que circulam pelo Iguatemi; há<br />
outras formas de expressão da cultura e dentre elas está a dança em<br />
suas várias modalidades. E mais, que não há incompatibilidade entre<br />
o samba e as outras modalidades; ao inverso, há complementaridade.<br />
Assim, dar visibilidade a uma Escola cujo slogan é ‘Educando através<br />
da Dança’ proporciona para os jovens, crianças e famílias uma<br />
possibilidade de aprendizagem que vai além da dança. Dançar, como<br />
já afirmaram vários educadores, traz vantagens como concentração,<br />
coordenação e alegria. Portanto, acreditamos que esta proposta tem<br />
como meta proporcionar mais do que apenas lazer, mas ensinar que<br />
podemos mudar nossa visão de mundo através da arte, da dança,<br />
sempre cuidando da saúde e realizando festas com mais criatividade,<br />
oportunizando lazer aos nossos bairros”, afirma Raphaela.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
Inaugurada em maio de <strong>20</strong>07, unidade Rio de Janeiro, a <strong>Meia</strong><br />
<strong>Ponta</strong> é uma Escola de dança que se dedica à formação e ao<br />
aperfeiçoamento dos profissionais de dança, procurando complementar<br />
e integrar o trabalho das mais importantes escolas<br />
de dança do Rio de Janeiro. Vem mostrando aos alunos e admiradores<br />
a importância da dança para sua formação cultural<br />
e profissional: “na Escola de Dança <strong>Meia</strong> <strong>Ponta</strong>, a E.D.M.P., os<br />
alunos não aprendem somente a dançar, nosso objetivo principal,<br />
o trabalho por nós proposto, porém, é altamente benéfico e<br />
global, pois nós estimulamos a autoconfiança e a auto-estima,<br />
sendo, por conseguinte, de muita valia para o desenvolvimento<br />
integral de nossos alunos. A socialização é encarada, também,<br />
com seriedade auxiliando, eficazmente, o trabalho desenvolvido<br />
pela Escola e pela família”, diz Raphaela e acrescenta<br />
sobre a filosofia do seu projeto: “ninguém transforma uma realidade<br />
isoladamente; assim, cada aluno, família, a comunidade<br />
em geral e os amigos da E.D.M.P. são ao mesmo tempo aprendizes<br />
e agentes de transformação. São elos de uma reação<br />
em cadeia que divide responsabilidades e multiplica resultados.<br />
Tão importante quanto nossa missão de formar artistas<br />
é o nosso compromisso de desenvolver cidadãos com uma<br />
postura social, intelectual e emocional; pessoas mais criativas<br />
e felizes. A educação e a alegria são companheiras da arte.<br />
Não podemos deixar de divulgar a dança em todos os seus<br />
aspectos, sejam eles didático, terapêutico ou profissional, pois<br />
a dança está sempre buscando o equilíbrio”.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 21
22 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Tempo<br />
No final de agosto, a Cia. Nós da Dança apresentou o espetáculo<br />
“Tempo” no Teatro Municipal de Niterói (RJ) com grande<br />
sucesso de público.<br />
Com direção artística e coreográfica de Regina Sauer, o<br />
espetáculo, que teve sua estréia em dezembro de <strong>20</strong>10<br />
no Rio de Janeiro, trata de uma questão complexa na vida<br />
contemporânea que é a relação com o tempo e suas imposições.<br />
Muitas vezes, mergulhados em exigências externas<br />
que “devoram” nossos momentos, como “Cronos” devorava<br />
seus filhos, nossas necessidades internas são esquecidas.<br />
Encontros e desencontros, memória, tempos longos e curtos,<br />
rápidos e lentos, cheios e vazios, a solidão, a multidão,<br />
seja como for, o tempo está sempre ditando suas regras e<br />
impondo seus limites. É preciso aprender a se mover através<br />
dele, entrar em acordo, mesmo que para isso seja preciso<br />
algumas acrobacias.<br />
Veja mais no site<br />
www.alldanceinfok.com
Cia. Nós da Dança<br />
O espetáculo conta elenco de 10 bailarinos – Ana Formighieri,<br />
Erika Lopes, Gabriela Leite, Marcos Rogério, Patricia Ruel,<br />
Rodrigo Fernandes, Stela Máris, Tatiana Pará, Thiago Mahães<br />
e Thiago Williams – e iluminação de Nando Pereira, figurino<br />
de Marcos Rogerio e produção de Flávia Hargreaves.<br />
“Tempo” também faz uma reflexão sobre os 30 anos da Companhia<br />
com a coreografia “Tempo de Recordar”, que traz uma<br />
colagem de fragmentos coreográficos de repertório, trazendo<br />
pequenas frases dos espetáculos “Fração de Segundos”<br />
(1983), “América do Sol” (1990), “Estações” (1994), “Overdose<br />
Monk” (1995), “Místico” (1998), “Cirandas, Cirandinhas”<br />
(<strong>20</strong>00), “Telas” (<strong>20</strong>06) e “Bossa Nossa” (<strong>20</strong>09). A iluminação<br />
de Nando Pereira pontua estes breves “flashes” de memória,<br />
criando focos de luz, dando a idéia de que ao “iluminar”, trazemos<br />
estas lembranças para o presente e podemos atualizá-<br />
-las.<br />
O figurino de Marcos Rogério apresenta roupas contemporâneas<br />
em tons de rosa envelhecido, mesclando de forma suave<br />
o presente e o passado. O penteado conta com uma trama,<br />
também em tons de rosa, que remetem às antigas tranças da<br />
Grécia Antiga.<br />
Contrastando com o espetáculo anterior, Bossa Nossa, que<br />
traz belíssimas canções da Bossa Nova, o espetáculo Tempo<br />
trouxe o desafio de trabalhar com uma trilha predominantemente<br />
instrumental, com destaque para as músicas de Phillip<br />
Glass, Egberto Gismonti e Peter Gabriel.<br />
Informações assessoria de imprensa da Cia.<br />
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24 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Horton Technique<br />
Regina Sauer diplomada pela Horton Technique<br />
Regina Sauer estuda esta técnica desde<br />
jovem, na escola Alvin Ailey, EUA, que é<br />
difusora principal do trabalho deixado pelo<br />
coreógrafo americano Lester Horton. Já diplomada<br />
como professora oficial para dar aula da<br />
técnica Horton e vem sendo convidada para<br />
dar aulas por todo o Brasil.<br />
Horton desenvolveu uma reunião de métodos<br />
para o estudante dançar realmente, trabalhando<br />
o foco, linhas, força muscular, contato<br />
com o chão, ar, saltos, quedas, rolamentos,<br />
giros, posicionamento de palco, domínio do<br />
corpo, desde movimentos primitivos e tribais<br />
aos mais atuais supra contemporâneo – todas<br />
essas necessidades da dança, no Brasil, só<br />
Regina (com mais profundidade) ou aluno que<br />
tenha passado por ela domina. Normalmente o bailarino/dançarino, para<br />
aperfeiçoar sua dança, cai de cabeça no<br />
clássico, o que é de muito valor, porém nem<br />
todo mundo tem o biótipo para o clássico; é<br />
aí que entra a Horton Technique, pois atua<br />
para todos os biótipos. Por ser completo em<br />
termos de objetivos, não é um trabalho de<br />
uma só direção ou exclusivo para um determinado<br />
estilo de dança; ao contrário, trabalha<br />
o todo, ótimo para a dança moderna,<br />
folclórica e perfeito para o contemporâneo,<br />
lógico: o bom contemporâneo, aquele que<br />
realmente dança, feito por quem sabe dança<br />
e quer fazer bonito.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
No Congresso de Dança Moderna que<br />
Regina promove todo ano no Rio, ela traz três<br />
professores do exterior de técnicas diferentes<br />
sendo Horton, Graham e Limón. Esta mistura de<br />
técnica é exatamente para que os alunos tenham<br />
um parâmetro do que pode representar para si<br />
métodos diferentes de trabalho em sua dança.<br />
Em janeiro próximo, a Escola Nós da Dança trará<br />
do exterior o professor Bradley Shelver, para<br />
ensinar a técnica Horton e, em junho, Ana Marie<br />
Forsythe, uma professora de maior conceito da<br />
técnica nos EUA.<br />
No primeiro espetáculo da Companhia Nós<br />
da Dança, que aconteceu no Teatro Tereza<br />
Rachel, Regina já frequentava os cursos na<br />
Califórnia; nessa mesma semana Alvin Ailey,<br />
que estava dançando no Theatro Municipal<br />
do Rio de Janeiro, não se sabe porque,<br />
fez questão de ir até o Teatro Tereza Raquel<br />
ver o espetáculo subindo ao palco para<br />
cumprimentar Regina Sauer pelo trabalho.<br />
Isto uniu, ainda mais, os laços afetivos de<br />
Regina com a escola Alvin Ailey e a técnica<br />
de Horton.<br />
Regina Sauer está de parabéns, pelo seu<br />
trabalho junto à dança brasileira, principalmente<br />
porque poucos profissionais conseguiram<br />
o sucesso de Regina, que, como<br />
professora e orientadora de dança, tem um<br />
currículo invejável – seja onde for, hoje, pelo<br />
mundo da dança, encontraremos grandes<br />
profissionais, realizando bons trabalhos,<br />
que passaram pelas mãos de Regina Sauer.<br />
Regina não fez por menos, viajou pelo mundo,<br />
procurando o melhor e foi nos Estados<br />
Unidos da América do Norte onde encontrou<br />
o que há de melhor para a dança moderna,<br />
a técnica de Lester Horton. As melhores<br />
companhias do mundo trabalham com<br />
a mesma técnica, unidas ao clássico, como<br />
base para suas danças.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
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26 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Zeca<br />
Ver o Zeca Rodrigues participar da 30ª edição do<br />
Festival de Dança de Joinville foi um momento muito<br />
especial. Este grande profissional já chegou em Joinville<br />
premiado; conseguiu colocar três trabalhos na<br />
categoria JAZZ AVANÇADO, com grupos diferentes<br />
e de características bem distintas.<br />
Zeca é um coreógrafo que tem em sua trajetória<br />
grandes coreografias enaltecendo o puro Jazz. E não<br />
são trabalhos de jazz com influências exageradas de<br />
outras modalidades, como o Hip-Hop e o Contemporâneo,<br />
por exemplo. Como enfatiza o Zeca: "parece<br />
que as pessoas têm vergonha de assumir a identidade<br />
e a irreverência do jazz; o bom e velho jazz, da pegada<br />
forte, do contratempo bem marcado e variado,<br />
da movimentação dinâmica que tira o fôlego".<br />
Esta visão de que o jazz é brega e fora de moda emite<br />
uma idéia errada para as pessoas desavisadas,<br />
que têm pouco conhecimento de dança em geral.<br />
Mas Zeca Rodrigues está sempre voltado para uma<br />
concepção coreográfica do puro jazz, o clássico, com<br />
trabalhos lindos que encantam público e jurados.<br />
Zeca está atravessando um momento maravilhoso,<br />
se realizando sem dívida nenhuma como profissional;<br />
tem um trabalho sério em todas as academias<br />
em que trabalha como coreógrafo e, há três anos,<br />
na Cia. de Dança da Prefeitura de Cubatão, em São<br />
Paulo.<br />
"Agradeço a prefeitura de Cubatão, na pessoa da<br />
prefeita Marcia Rosa Mendonça, pelo apoio aos grupos<br />
artísticos da cidade, e a Camila Juste, do STU-<br />
DIO A, e a Vanessa Toledo, da CIA. DE DANÇA DA<br />
SINFÔNICA DE CUBATÃO, por acreditarem no meu<br />
trabalho e me permitirem transformar meus sonhos<br />
em movimento", agradeceu Zeca Rodrigues.<br />
Ele, ainda, fala um pouco sobre suas coreografias<br />
apresentadas no festival.<br />
Veja mais no site<br />
www.alldanceinfok.com<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
Rodrigues<br />
ESNOB_REZA: “é a coreografia que nos trouxe<br />
o tão esperado primeiro lugar da categoria. Criei<br />
esse trabalho para a STUDIO A CIA. DE DANÇA no<br />
ano passado e minha principal inspiração foi o casamento<br />
do príncipe William com Kate Middleton; achei<br />
curioso e divertido toda aquela pompa, onde se via<br />
aquelas pessoas todas com aqueles chapéus imensos<br />
e enfeites de todas as formas e tamanhos, os<br />
homens com aqueles casacões em suas carruagens<br />
riquíssimas, todos muito bem arrumados, com muito<br />
luxo e pompa, mas, quando olhamos para os lados,<br />
a realidade é diferente. Busquei mostrar a ironia do<br />
imaginário, tudo dentro de uma brincadeira de ser nobre,<br />
um mundo surreal, ao som de uma música bem<br />
linear, bem esnobe; o esnobe pobre, pois estão todos<br />
rasgados em suas roupas lindíssimas, desfigurando<br />
a nobreza. Também fomos indicados para o premio<br />
lugar de melhor grupo”.<br />
Música: Chambermaid – Parov Stelar<br />
Studio A Cia. de Dança: Adriana Rachel Gonzalez<br />
de Siqueira Walker, Ágata Cérgole, Carolina<br />
Cérgole, Cristina Amstalden Amato, Camila Juste,<br />
Danilo Pinheiro, Eliane Rosseti, Flávio Scaramal, Felipe<br />
Damasco, Laura Solfiati, Maria Gabriela de Souza<br />
Barros, Murilo Machado Duarte, Pedro Moraes e<br />
Ronaldo Morasi Coco<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Este grande profissional já chegou em Joinville<br />
premiado; conseguiu colocar três trabalhos na<br />
categoria JAZZ AVANÇADO, com grupos diferentes<br />
e de características bem distintas.<br />
30º Festival de Joinville<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 27
28 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
A PROCURA DE..: “nesta coreografia eu trabalhei<br />
focado na dança moderna, buscando a penetração<br />
do ser pelo seu interior, se aprofundando em<br />
uma viagem introspectiva na visão interna do seu ser.<br />
Estamos sempre indo no encontro de algo, alguma<br />
coisa, que nem sabemos o que buscamos e de repente<br />
cai nesse vazio que é a morte, uma coisa bem<br />
introspectiva. Com este trabalho, ganhamos em outros<br />
festivais; em Joinville, ele não foi premiado, apesar<br />
de todo mundo o ter adorado. Com isto, podemos<br />
observar que a visão dos jurados nem sempre reflete<br />
o gosto do público, mas o mais importante é estar<br />
ligado no trabalho, na arte; a vitória é consequência”.<br />
Esta coreografia sagrou-se campeã no Passo de Arte<br />
Capital e no Passo de Arte Internacional, em Indaiatuba-SP.<br />
Música: Sinnerman – Nina Simone<br />
Cia. de Dança da Sinfônica de Cubatão: André<br />
Menezes, André Santos, Andrieli Menezes, Claudionor<br />
Alves, Daniela Ribeiro, Giuliana Deiró, Jéssica<br />
Davi, Jeymerson Santos, Joyce Guilherme, Juliana<br />
Cardoso, Karyne Dantas, Lailton Reis, Lais Borges,<br />
Leandro Sirqueira, Leandro Soares, Manoela Cavalcante,<br />
Natani Mendes, Raphael dos Santos, Raquel<br />
Matos, Rismarina Amorim, Tamiris Rocha, Tatiana<br />
Carvalho, Tuanny Moria, Vanessa Toledo, Wellington<br />
Souza e Yasmin Matos<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
AS MUSAS DO MEU CINE: “com o Grupo<br />
Jovem Studio A, levamos esta coreografia e foi com<br />
grande surpresa e alegria que recebemos a notícia<br />
da nossa aprovação para a mostra competitiva de<br />
Joinville na categoria avançada, por se tratar de um<br />
grupo bem jovem, com a maioria das meninas entre<br />
15 e 16 anos. Isso já foi, para nós, uma vitória. Fiz<br />
uma proposta para o juvenil, e não para o avançado,<br />
mas que passou como avançado; a menina mais<br />
velha tem 17 anos, não podemos entrar no mérito<br />
porque cada festival tem seu regulamento. Conto a<br />
história de um diretor de cinema e suas musas, todas<br />
muito envolventes e ligadas nele. Tivemos dificuldade<br />
para conseguir o diretor, não gosto de trabalhar com<br />
mulher fazendo papel de homem; foi então que as<br />
meninas me apareceram com um garoto do colégio<br />
em que elas estudam, sem experiência de dança. Eu<br />
pensei, vou com ele, vamos ver até onde ele vai chegar,<br />
e chegou. O grupo conta no palco a história de<br />
um grande cineasta, as voltas com suas musas inspiradoras,<br />
todas em busca de alcançar o papel principal<br />
dentro de seu filme. É uma coreografia divertida, leve,<br />
com uma jovialidade que encanta”.<br />
Música: Cinema Italiano – Kate Hudson<br />
Grupo Jovem STUDIO A: Ana Clara Milanese<br />
Farah, Beatriz Souza Martins, Bruna Bettini Caberlim,<br />
César Augusto da Cruz Raposo, Daniela Guido Pereira,<br />
Isabela Guido Pereira, Joyce Cristina Francisco,<br />
Juliette Bernardes Santana, Maria Clara de Souza<br />
Barros, Nathália Valtner, Ornella Navarro Osório e<br />
Pamella Mendes Yssis<br />
Alldance <strong>Infok</strong><br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 29
ILara<br />
30 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Lopes Lecy Ferreira<br />
Fale um pouco sobre a sua infância e de como você ingressou<br />
na dança.<br />
O gosto pela dança surgiu no meio familiar, minha mãe era cantora lírica<br />
e apaixonada por música e dança. Por isso, não estranhou quando um<br />
dia, aos três anos de idade, lhe respondi, ao ser indagada sobre o que<br />
gostaria de ganhar do Papai Noel, “um sapatinho de balé”. Então, no<br />
Natal, ganhei uma sapatilha minúscula, já de ponta. Foi minha primeira<br />
sapatilha. Naquela época, morávamos em Belo Horizonte, onde nasci.<br />
Um ano depois, fomos viver em São Paulo e meus pais me matricularam<br />
na escola do casal Maria e Paulo Zemerov. Eles, que eram do Ballet Kirov,<br />
tinham vindo para o Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, em<br />
busca de uma nova vida. Formei-me pelo célebre casal e, mais tarde,<br />
reuni, ao repertório russo já estudado, a metodologia da Royal Academy<br />
of Dance, de Londres. A maior parte da minha formação foi feita com o<br />
casal Zemerov. Comecei aos quatro anos e permaneci com eles até os<br />
18. Minha mãe, minha maior incentivadora, me levava de bonde para as<br />
aulas, o que na época era demorado e sacrificante. Durante as aulas,<br />
a disciplina era rígida, principalmente ao lado do Sr. Paulo. Maria era<br />
mais afetuosa, mas não menos exigente. Fui solista do grupo da Escola<br />
e, aos quinze anos, comecei a ser assistente de algumas aulas. Mas o<br />
que mais aprendi com eles, na realidade, foi o amor à dança.<br />
Fale sobre sua carreira e quais as principais influências.<br />
Aos 15 anos, recebi um convite para dançar na Rússia, no Stanislavsky<br />
Ballet, mas o amor ao meu país e o apego a minha família me fez<br />
declinar o convite. Me desenvolvi artisticamente e tive meus melhores<br />
momentos no Ballet Evolução, dirigido por Verônica Coutinho, onde tive<br />
como professor Yelle Bittencourt e, posteriormente, no Ballet de Câmara<br />
da Cidade de São Paulo, dirigido por mim e pelo saudoso Maestro<br />
Ricardo Ordonez, meu partner e professor. Após o término das Companhias,<br />
tive oportunidade de continuar dançando até meus 50 anos.
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
O que você acha dos festivais de dança atualmente?<br />
Os festivais são de grande importância ao aprendizado dos bailarinos,<br />
pois não apenas proporciona a experiência de pisar no palco,<br />
como também a possibilidade de ser avaliado por grandes mestres.<br />
Os grandes festivais de hoje têm sido propulsores de grandes<br />
carreiras, oferecendo vagas e bolsas de estudos em escolas<br />
tradicionais de todo o mundo. Muitos de nossos estudantes têm se<br />
profissionalizado e conseguido colocação fora de nosso país com o<br />
auxílio desta alavanca, os grandes festivais de hoje.<br />
Quais são os seus ídolos na dança?<br />
Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev povoaram meus sonhos de bailarina.<br />
Natalia Makarova sempre foi especial em seu desempenho<br />
em “O Lago dos Cisnes” e Vladimir Vassilliev impecável com sua<br />
emocionante interpretação e todo seu virtuosismo técnico em “Spartacus”.<br />
Sem contar Mikhail Baryshnikov, a quem pude conhecer e<br />
admirar de perto quando esteve em minha Escola ensaiando em<br />
sua primeira turnê ao Brasil, em 1980.<br />
Quais são os seus próximos projetos?<br />
Hoje dirijo e ministro aulas em minha Escola, o “Núcleo de Dança<br />
Nice Leite–Ilara Lopes”. Estamos próximos de completar 50 anos de<br />
escola e meu projeto dentro do Núcleo de Dança é manter o ensino<br />
da dança clássica com nível, possibilitando novas gerações de se<br />
formarem e amarem a dança. Pretendo continuar examinando pela<br />
Royal Academy of Dance, atividade que me possibilita vivenciar a<br />
dança em outras partes do mundo. Mantenho-me aberta a participar<br />
dos grandes festivais como jurada e, em especial, como professora<br />
ministrante onde me é possível a descoberta de novos talentos.<br />
Qual é a sua visão em relação à dança atualmente em<br />
São Paulo e Rio de Janeiro?<br />
A dança cresceu muito em nosso país e em especial no eixo Rio/SP,<br />
onde as discussões e iniciativas de fomento à dança acontecem em<br />
maior quantidade; cidades onde se encontram as maiores escolas<br />
formadoras de talentos, cidades sedes das maiores companhias de<br />
dança de nosso país – as temos como sendo os maiores pólos de<br />
empregos na área de dança no Brasil. Ainda assim, a quantidade de<br />
bailarinos profissionais e com talento é maior do que as companhias<br />
podem absorver. Portanto, precisamos, não apenas de mais companhias<br />
em ambas as cidades, mas sim, em todo território nacional.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 31
32 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Linha Infantil,<br />
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para grupos<br />
Fotos inauguração da loja
Cris Cabral<br />
uma guerreira<br />
Ney Lebron realizou, junto com amigos da zona oeste do<br />
Rio, uma bela festa em homenagem à professora, promoter<br />
e dançarina Cristina Cabral, por entender que na dança<br />
todos precisam estar unidos para qualquer situação e deu<br />
sua mensagem: “a todos que dançam, precisamos de<br />
uma política de amparo ao profissional de dança; talvez<br />
no futuro, criar um fundo de previdência para que professores<br />
de dança, caso precisem, estejam sob sua proteção,<br />
alguma coisa tem que ser feita com urgência! Fiz questão<br />
de homenagear esta amiga que colaborou tanto para a<br />
dança na nossa região, inclusive já nos apresentamos juntos,<br />
estendendo a mão; para quem um dia me estendeu<br />
também, dando seu apoio num período em que fiquei sem<br />
ter onde dar aula então, esta querida amiga me colocou<br />
em seu carro e me conduziu ao presidente de um clube e<br />
me apresentou a ele que logo me concedeu seu espaço<br />
para que eu entrasse com mais de 80 alunos, já que a<br />
casa onde dava aulas foi fechada. Ela proporcionou-me a<br />
continuação do meu sonho, sou lhe muito grato”, se emociona<br />
Ney.<br />
Foi uma festa bonita, feita com muito carinho e contou<br />
com a colaboração de outros profissionais, como as professoras<br />
Jackeline Barreto, Betânia Lima, Fernanda, entre<br />
outros da zona oeste que atuam em várias categorias<br />
de dança, como típicas, ventre, ballet clássico, jazz, etc...<br />
Toda a renda da festa foi destinada para ajudar Cristina,<br />
já que ela precisa se locomover para tratamento, entre<br />
outras despesas que tem relativas ao tratamento de sua<br />
saúde.<br />
“Agradeço a todos os meus alunos que logo que comentei<br />
sobre a festa abraçaram a causa; espero ter dado minha<br />
colaboração e ter feito minha parte e ainda batendo na<br />
tecla de que é preciso repensar sobre a profissão de professor<br />
de dança, com política de proteção a esses profissionais.<br />
Somos bons e dançamos bem, mas a dança vai<br />
muito além de só exibição, precisamos pensar no futuro.<br />
Agradeço também a <strong>AllDance</strong> pela belíssima cobertura,<br />
como sempre”, Ney Leblon agradece.<br />
Cristina Cabral, como a maioria da população brasileira, é<br />
de origem humilde. Estudante de escola pública, era boa<br />
aluna, tirava boas notas e aproveitava qualquer chance<br />
que a vida lhe oferecesse, pois tinha grande vontade de viver<br />
e desde cedo buscava seus ideais. Sempre com olhos<br />
e ouvidos voltados para as oportunidades, principalmente<br />
quando o assunto era atividade física e música. Teve uma<br />
vida ativa para sua idade, começou no mundo das artes<br />
aprendendo flauta, depois cantando em coral, curtiu a turma<br />
de patinação, sendo o destaque do grupo, passou pela<br />
euforia da lambada e caiu na dança de salão, que virou<br />
sua grande paixão.<br />
Já formada e pós-graduada em Letras e trabalhando como<br />
professora do Município do Rio de Janeiro, pode se dedicar<br />
às aulas de danças de salão com o exigente professor Maurício<br />
Jackson, que tinha o sonho de formar professores de<br />
dança de salão com conhecimento sobre ritmos, fisiologia<br />
humana e principalmente etiqueta (o lado social) no salão<br />
de baile.<br />
A partir daquele momento, foi um mergulho no sonho de<br />
dançar e, junto com outras pessoas, seguiu fazendo suas<br />
aulas, inclusive com Marcelo Chocolate, que era aluno da<br />
sua turma. Sempre se aperfeiçoando e se envolvendo cada<br />
vez mais com a arte da dança, não parou mais e não vive<br />
sem a dança, como costuma afirmar.<br />
“Comecei a dar aulas em vários lugares, inclusive no Centro<br />
Esportivo Miécimo da Silva com o professor Maurício.<br />
Depois fui Diretora Social da Associação de Profissionais<br />
da Dança de Salão da Zona Oeste. A cada nova função eu<br />
encontrava mais uma parte de mim. Descobri que adoro<br />
ser promoter e comecei a fazer bailes em vários lugares do<br />
Rio de Janeiro e agora me concentro em Campo Grande.<br />
Conto nesses eventos com a ajuda dos meus filhos Ellis e<br />
Renan, tendo ao nosso lado o incansável Edinho Rodolfo<br />
como meu braço direito nesses tempos em que estou um<br />
pouco quietinha. Todas as coisas que vivo, todas as pessoas<br />
que me apoiam, todo o carinho que recebo do meu povo<br />
da dança, são hoje o sustento para a alma leve que carrego,<br />
para o sorriso fácil que tenho e principalmente para<br />
esta enorme vontade de viver e ser feliz. E, abusando deste<br />
espaço, quero agradecer aos alunos dos meus amigos,<br />
aos professores e dançarinos, às Bandas, principalmente<br />
a PARATODOS, por ter plenos momentos de felicidade na<br />
companhia de vocês. Valeu. E vale muito!”, agradece Cris<br />
Cabral<br />
Parabéns Cris, você é maravilhosa!<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 33
34 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Aparecida Bellote e Elza
Annibal e o maestro Zezinho<br />
CASAL<br />
<strong>20</strong><br />
mas poderiamos dizer casal<br />
de ouro da dança de<br />
salão brasileiraW,<br />
qualquer elogio é pouco...<br />
Annibal e Elza realizaram mais uma grandiosa festividade – que é, sem dúvida, uma das maiores festas de dança de salão<br />
do Rio de Janeiro – na noite do dia 25 de agosto último, no Salão Nobre da Associação dos Empregados do Comércio<br />
do Rio de Janeiro (Centro): a 34ª edição de seu baile anual com a entrega do prêmio “Troféu <strong>Casal</strong> <strong>20</strong>” a personalidades<br />
da comunidade da dança, que é considerado como o “Oscar Brasileiro da Dança de Salão” pela comunidade dançante.<br />
Os anfitriões, mais uma vez, promoveram um elegante coquetel dançante. O “Troféu <strong>Casal</strong> <strong>20</strong>” – que leva o nome desse<br />
harmonioso casal – tem um significado histórico de grande valor para a coletividade da dança de salão; seja tanto para<br />
os antigos (a “velha guarda”), quanto para muitos da nova safra de jovens dançarinos.<br />
Após 34 anos com este trabalho dedicado a Dança de Salão, mais uma vez conferiram o Troféu <strong>Casal</strong> <strong>20</strong> – uma referência<br />
no mundo da dança – para aqueles que, apesar das atribulações do dia a dia, não deixaram a Dança de Salão<br />
se apagar. Em uma noite agradável, em que Annibal e Elza não mediram esforços para produzir mais uma grande festa,<br />
foram homenageados presidentes de clubes, mestres hors concurs, professores, promoters, casais destaques e homenagens<br />
especiais.<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 35
36 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
<strong>Casal</strong> <strong>20</strong><br />
Tem, portanto, este Troféu como finalidade premiar a todos aqueles que, direta<br />
ou indiretamente, dão de si o melhor para que a Dança de Salão seja reconhecida<br />
nos meios artístico, cultural, social e familiar de nossa cidade.<br />
Aníbal e Elza foram cercados de muito carinho pelos presentes e mais uma vez<br />
o Gran Mestre Oswaldo se superou, dançando um bolero show de primeiríssima<br />
qualidade, como sua dama; o grande artista, com o passar do tempo, só<br />
melhora sua arte!<br />
Premiados <strong>Casal</strong> <strong>20</strong> Festa de <strong>20</strong>12<br />
Troféu personalidades do ano: Jorge Loureiro Souza (Presidente da<br />
AEC), Luiz Antonio Guaraná (Vereador), Prefeito Eduardo Paes, Glória Perez<br />
(Rede Globo), Sandra Regina (Coreógrafa da Rede Globo),<br />
Dr. Luiz Emanuel Novaes (Assessor da Presidência do Fluminense Futebol Clube),<br />
José Barbosa (Zezinho), titular do Conjunto Musical Aeroporto,<br />
Eli Peixoto, Jorge Cabral, Wanyr Almeida e Antonio Aragão (Imprensa)<br />
Troféu categoria “Promoter”: Angela Abreu, José dos Santos<br />
(Zézinho de Petrópolis), Aparecida Belotti (a Dama do Tango)<br />
Troféu de Mestres Hors Concours: Gil Rangel, Solange Dantas,<br />
Stelinha Cardoso, Verinha Reis, Jimmy de Oliveira, Marquinhos Copacabana,<br />
Osvaldo Florêncio e Valdeci de Souza<br />
Troféu de Mestres: Ana Mour, Bianca Gonzalez, Sandra Lopes, Carlos<br />
Bolacha, Rogerio Mendonza e Marcelo Rangel<br />
Troféu categoria Professor: Kessy Goudard, Bebeto, Márcia Marinho,<br />
Herdet Pereira, Paulo Soares, Pedrinho Alves de Petrópolis, Leandro Azevedo,<br />
Lucio Mauro e Vinny Cardoso<br />
Troféu categoria “<strong>Casal</strong> Show”: Marcelo Chocolate e Sheila Aquino<br />
Troféu categoria “<strong>Casal</strong> Destaque”: Carlinhos e Avany, Eromir e<br />
Betinha.
Vereador Guaraná e Elza<br />
Elza e família<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Gran Mestre Oswaldo e Fabíola<br />
Bianca e Rogério<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 37
Bob Cunha<br />
Bob Cunha comemorou mais um<br />
aniversário em agosto último, dia 18,<br />
com muita dança na Casa do Minho, no<br />
Cosme Velho, RJ.<br />
O aniversariante fez um discurso emocionado, agradecendo<br />
a todos que estiveram e que estão presentes em<br />
sua trajetória na dança: “estudando Dança há 28 anos,<br />
e minha partner há 16, como direção e coordenação,<br />
buscamos sempre qualidade e aperfeiçoamento, independentemente<br />
do mercado estar comprometido com<br />
outros componentes que, a nosso ver, com o tempo,<br />
vem fazendo com que a dança perca de fato o seu verdadeiro<br />
valor técnico – lúdico e social existem de fato,<br />
mas e o glamour? O nome Dança de Salão já fala por si,<br />
é dança para o salão, cabendo ao profissional um estudo<br />
de divisão de linguagem por faixa etária, pedagogia,<br />
psicomotricidade, estudo por gênero, para que cada um<br />
siga a linguagem de acordo com o ‘sylabus e para que<br />
o Dança de Salão ganhe qualidade e continue ‘o salão’.<br />
As pessoas que querem apenas se divertir, não se importam<br />
e todo um universo de técnica, estudos e adaptações<br />
para o presente e o futuro passam desapercebidos,<br />
quando tudo isso teria que seguir uma tendência,<br />
sem quebrar ou alterar, a ponto de não reconhecermos<br />
mais a proposta inicial do gênero, ou seja, evolui, mas<br />
não a descaracteriza, como temos visto no mercado<br />
uma vasta ‘mistureba’, que confunde o público, acaba<br />
com qualquer tipo de linguagem e tudo acaba virando<br />
um teorema de ‘chutágoras’, ou seja, vale tudo! No<br />
nosso caso, como temos a Companhia, estudamos há<br />
vários anos Jazz e Contemporâneo, Ballet como base,<br />
e também um pouco de Hip Hop, dividimos a linguagem<br />
para salão e palco, para então fazer essa composição<br />
mais complicada, com a base e a preparação física<br />
como pontos de partida. Não escolhemos pessoas para<br />
companhia, muitas delas vieram sem nunca terem feito<br />
uma atividade física ou alguma modalidade de dança,<br />
38 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
vieram zeradas. Temos um cronograma anual, uma<br />
estrutura de organização, mas ainda faltam algumas<br />
peças para nos auxiliar em busca de melhores resultados,<br />
como patrocínio e apoio; todos os nosso alunos,<br />
na maioria universitários, se dedicam muito nas aulas,<br />
seguem nossa agenda e participam dos eventos. Nosso<br />
segundo compromisso em <strong>20</strong>12 foi o Rio Dance Festival,<br />
organizado pela <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>. No grupo, temos<br />
pessoas com experiência e outras sem, o que foi dando<br />
equilíbrio nos ensaios para melhorar e tornar o grupo nivelado<br />
e para que continuemos seguindo nossas metas<br />
que, acima de tudo, é fazer direito. Gostamos do resultado,<br />
sempre aprendemos algo novo e somamos tudo a<br />
nossa experiência, abrimos o peito para novos desafios,<br />
que faz com que o grupo tenha mais responsabilidade,<br />
valorizando tempo, ensaios, aulas, qualquer tipo de<br />
informação adicional, aprendendo assim com todos os<br />
erros e acertos. Continuamos estudando, isto não acaba<br />
nunca. Agradecemos a toda organização do Festival<br />
e sempre que tivermos agenda disponível, estaremos<br />
presentes. Muito obrigado!”<br />
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Tels.: 21 – 2556-7765 / 9256-3735 / 3235-7321 / 9629-3072<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong>
Homenagem a Mario Jorge<br />
A merecida homenagem aconteceu na tradicional<br />
Academia de Dança Luís Florião, em 19 de<br />
agosto passado, com um evento que também<br />
comemorou os 73 anos de vida de um dos ícones<br />
da dança de salão brasileira – Luís Florião,<br />
que frequentemente homenageia profissionais<br />
pelos esforços em prol da nossa categoria, dessa<br />
vez agraciou Mário Jorge Messias Matos.<br />
Mario Jorge, que começou a dançar em meados<br />
do século passado, levou nossa arte a diversos<br />
países, como França, Estados Unidos e Argentina;<br />
participou de diversos filmes e programas de<br />
televisão e foi inclusive imortalizado na música<br />
“Baile no Elite”, de João Nogueira e Nei Lopes.<br />
.<br />
Abaixo, o texto “Homenagem a Mario<br />
Jorge”, de Lucia D’Acri, feito para o Br Danças,<br />
que diz um pouco mais sobre essa pessoa<br />
muito especial.<br />
“São caras que não fogem...”.<br />
Assim, João Nogueira e Nei Lopes definem Trajano e Mário<br />
Jorge na música “Baile no Elite”. Estão cobertos de razão:<br />
Mário Jorge não foge – corre atrás, briga, vai em frente,<br />
enfrenta e se não der mais, ele se reinventa. Mas quem é<br />
Mário Jorge?<br />
MÁRIO JORGE MESSIAS MATOS é o “cara”.<br />
O cara que foi dono dos bailes; exímio dançarino que revolucionou<br />
a maneira de dançar a dois, inventando passos, misturando<br />
rock e samba e tendo improváveis parceiras que,<br />
transgredindo as regras vigentes, soltava no salão.<br />
Nos anos 60, Mário mostrava ao mundo, em festas, shows<br />
e filmes, como dançar.<br />
Conhecido como o “rei dos salões”, em sua trajetória artística,<br />
deu aulas em São Paulo e na Argentina, apresentou-se<br />
no país inteiro, no Uruguai e na Inglaterra, foi aplaudido por<br />
Frank Sinatra – é..., os olhos azuis se encantaram com o<br />
que viram.<br />
Quase foi contratado por Sammy Davis Junior que ficou maravilhado<br />
com os seus passos, mas ele declinou do convite.<br />
E Mário, acredite quem quiser, quando fazia um show em<br />
Nova Iorque, recebeu um pedido pra lá de especial, ninguém<br />
menos que Fredy Astaire quis dar uma canja e entrou<br />
sapateando!<br />
Precisa dizer mais?<br />
Mas tem mais sim! Seu talento foi registrado em vários filmes<br />
daquela que foi a época de ouro do rock nacional, do<br />
iêiêiê – Mário dançando junto com a turma da Jovem Guarda.<br />
E quanta coisa ainda a acontecer...<br />
Mas de repente a música parou. Um grave acidente tirou<br />
Por Luís Florião <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Mário das pistas de dança. Além da dor física, das sequelas,<br />
de se ver longe de sua arte, a tristeza de saber que diziam,<br />
os mal informados, que o que ocorrera fora resultado de<br />
uma briga de bar e, mais, de ser taxado de bêbado quando,<br />
na verdade, estava sob o efeito de forte medicação.<br />
Difícil... Mário se retirou e calçou os sapatos da solidão, vestiu<br />
o terno do esquecimento. Nunca mais a graça e o jeito<br />
irreverente; ele, que começou a dançar moleque, ensinado<br />
pela mãe. Ele, que teve grandes parceiras, como Jacira que<br />
o acompanhou durante muitos anos e que, para espanto de<br />
muitos, era surda-muda; Lucia, com quem teve um filho, e<br />
Léa. Ele, que se apresentou em tangos com Maria Antonietta!<br />
Aos quarenta anos, a música parou.<br />
Ele, que ganhara concursos, que esteve na Rádio Nacional,<br />
no programa do Chacrinha e que sem falsa modéstia afirmava:<br />
“danço uma hora sem repetir passos”, e assina como<br />
autor da casca de banana, da bicicleta, do jacaré, do sabiá...<br />
Pois é, Mário era o cara, mas como diz o ditado, quem é rei<br />
nunca perde a majestade. E a dança falou mais alto. Dançarino<br />
na alma, rodopiou no salão da vida e tirou a Íris pra<br />
dançar.<br />
Íris, hoje sua esposa, é indiretamente nossa homenageada<br />
também, pois, enamorada, trouxe Mário de volta à cena,<br />
resgatou sua história e nos deu como presente poder prestar<br />
o justo reconhecimento ao Rei dos Salões. Obrigada,<br />
Mário Jorge! (Lucia D’Acri)<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 39
40 <strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
ZAHRA SHARQ<br />
Flores do Oriente<br />
Hanna Aisha<br />
O objetivo principal do evento “Zahra Sharq – Flores<br />
do Oriente” é oferecer à cidade do Rio de Janeiro uma<br />
proposta diferente em termos de evento árabe. Durante<br />
cerca de 90 minutos, um show ininterrupto com performances<br />
variadas e dinâmicas de Dança do Ventre,<br />
Folclore Árabe e eventualmente Indiana ou Flamenca.<br />
Agregado a esse objetivo, está incluída a divulgação do<br />
trabalho de profissionais da área. A idéia é sempre levar<br />
um convidado especial, de fora da cidade, valorizando<br />
o mercado do RJ, ao divulgar estilos e métodos de trabalho<br />
diferentes, permitindo, com isso, o crescimento<br />
profissional de todos os envolvidos, além do enriquecimento<br />
cultural dos profissionais, estudantes e público.<br />
Já foram realizadas quatro edições consecutivas do<br />
“Zahra Sharq” e em todas elas houve a participação<br />
de bailarinos profissionais de fora da cidade do Rio de<br />
Janeiro, além de bailarinas convidadas da cidade. Em<br />
<strong>20</strong>09, veio Maira Magno (Aracaju – SE), bailarina conhecida<br />
no Brasil por ter profundo conhecimento sobre<br />
folclore egípcio. Em <strong>20</strong>10, Fabiana Tolomelli (Juiz de<br />
Fora – MG), bailarina internacional, trouxe seu estilo<br />
libanês. Em <strong>20</strong>11, Jannah El Havanery (Santos – SP)<br />
veio com seu estilo egípcio, porém mais moderno.<br />
Esse ano, o Zahra Sharq trouxe como convidada especial<br />
a bailarina Nur (São Paulo – SP), que é bailarina do<br />
Noites do Harém e da maior casa de chá árabe brasileira,<br />
Khan el Khalili, em SP. Nur é uma das maiores bailarinas<br />
do Brasil, conhecida por possuir um dos mais belos<br />
trabalhos com o quadril – ela também ministrou um<br />
workshop de quadril. Além disso, Rafaela Alves, coordenadora<br />
do grupo Nabak, em Juiz de Fora – MG, veio<br />
como participação especial e ministrou um workshop de<br />
2 horas de véu duplo.<br />
Veja mais no site<br />
www.alldanceinfok.com<br />
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Hanna Aisha, organizadora do evento e estudante de língua árabe,<br />
acredita que “não basta saber as técnicas e ter uma boa produção para<br />
apresentar um belo trabalho; conhecer o folclore e a cultura árabes<br />
ajuda muito a enriquecer a dança e que também é muito importante<br />
participar de eventos para aprimorar e ampliar o relacionamento”.<br />
Bailarinas convidadas: Aischa Hortale, Aline Muhana, Cia Zahra<br />
Sharq, Dahab Chaim, Darah Hamad, Elaine Al Nahid, Elaine Rollemberg,<br />
Grupo Hátor, Keyla Milanez, Melinda James e Nilza Leão.<br />
Organização e Produção Artística: Hanna Aisha<br />
Produção Executiva: Diêgo Conti / Assistentes de Produção:<br />
Gisele Gandara, Nadja El Balady e Rodrigo Nunes / Local: Teatro Marista<br />
São José /<br />
Realização: 18 e 19 de agosto de <strong>20</strong>12.<br />
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Escuela Española de Danza<br />
Mabel Martín<br />
A coreografia apresentada no Rio Dance Festiva foi “Tanguillo de Cádiz”, muito dançado<br />
em festas populares.<br />
Esta re-leitura foi coreografada e arranjada por Alberto Turina e apresentada no festival<br />
pelas Bailarinas Bianca Lopes, Renata Carrocino e Any Guedes.<br />
Na década de 80, foi fundada a Escuela Española de Danza da Casa de España do<br />
Rio de Janeiro, pela bailarina Mabel Martín e o coreógrafo, bailarino e guitarrista Alberto<br />
Turina e em <strong>20</strong>10, foi nomeada como Escuela Española de Danza Mabel Martín em uma<br />
homenagem dos diretores da Casa de España, após o falecimento da bailarina. Escola<br />
esta que fez e continua fazendo um trabalho único no país. Muitas academias de dança<br />
se restringem ao ensino do Flamenco como dança espanhola, já que é a modalidade mais<br />
popularmente conhecida. “Mas aqui na Escuela, os alunos têm a oportunidade real de estudar<br />
a dança, suas variantes e significados, conhecendo suas origens e enriquecendo-se<br />
culturalmente. Se a dança é uma forma de expressão corporal, o dançarino precisa, em<br />
primeiro lugar, entender o que deve expressar com seus movimentos”, costumava dizer<br />
Mabel.<br />
O treinamento oferecido é de nível profissional e pode sim transformar o aluno em um<br />
profissional de dança espanhola, se este assim o desejar. Os melhores praticantes poderão<br />
ser selecionados para integrar o Ballet de Arte Espanhol da Casa de España, apresentando-se<br />
em vários eventos do clube, ao longo do ano, e também em alguns eventos<br />
particulares em casas de festas ou teatros.<br />
Hoje, a Escuela é dirigida pelos filhos de seus fundadores originais, Mabel Martín e Alberto<br />
Turina que, durante anos, fizeram um trabalho belíssimo e de grande renome, deixando<br />
como herança ensinamentos para hoje e futuro.<br />
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Sob nova direção, mantendo todos os conceitos passados pelos<br />
fundadores, estão à frente da direção da Escuela: Adriana<br />
Araújo (nora de Alberto Turina e Mabel Martín), Direção Administrativa-Financeira<br />
e Produção; o guitarrista Marcelo Bianco<br />
(filho de Alberto Turina e Mabel Martín), Direção musical; a bailarina<br />
Letícia Pinha, Direção Artística; a bailarina Andrea Ortega<br />
(filha de Alberto Turina e Mabel Martín), Assessoria Artística e<br />
Técnicas de Dança Espanhola. As professoras são as bailarinas<br />
Letícia Pinha, Renata Carrocino, Aline Mourão e Any Guedes,<br />
todas formadas por Mabel Martín e Alberto Turina.<br />
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<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong> 43
A professora Regina Brito, a diretora geral Zoraya<br />
Andrade e as alunas do Espaço das Artes<br />
de A a Z vêm realizando um trabalho de muita<br />
fibra, buscando um desenvolvimento dentro do<br />
seu mercado de atração.<br />
No Rio Dance Festival de <strong>20</strong>10, a professora<br />
participou com duas coreografias e recebeu os<br />
troféus de 1º e 3º lugares.<br />
Com muito esforço e dedicação da equipe, o<br />
Espaço das Artes de A a Z vem se destacando<br />
na arte da dança através dos estudos e apresentações<br />
de diversas modalidades.<br />
No dia 29 de setembro de <strong>20</strong>12, o Carnaval<br />
das Culturas do Mundo, cujo tema é “A Diversidade<br />
sem Adversidade” (PRAFAC - Pra Fazer<br />
Cultura), nos propiciou um admirável evento no<br />
palco dos Arcos da Lapa.<br />
O público presente, a diretora do Carnaval das<br />
Culturas e demais integrantes foram agraciados<br />
com a belíssima presença do Grupo Ensayo<br />
y Encena.<br />
E a professora Regina Brito agradece a oportunidade<br />
dupla; a primeira, por fazer parte do<br />
cortejo carnavalesco realizado em fevereiro<br />
desde ano, no Parque Garota de Ipanema, e<br />
agora, no 7º Carnaval das Culturas do Mundo,<br />
que teve origem em Berlim, há muitos anos<br />
atrás, visando à integração cultural de diversos<br />
países – o mesmo ocorrendo no Brasil, no seu<br />
7º ano de espetáculo cultural. Sendo assim, a<br />
professora Regina Brito, a diretora do A a Z e<br />
as alunas agradecem a oportunidade deste belíssimo<br />
evento tão bem realizado e representado<br />
pela diretora da PRAFAC.<br />
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Regina Brito,<br />
Grupo Ensayo y Escena e<br />
Espaço das Artes de A a Z<br />
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
no 7º Carnaval das<br />
Culturas do Mundo
<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Coreografias Regina Brito<br />
Duo: Bolero Cigano / Regina Brito e Walter<br />
Clavel<br />
Grupo de Dança do Ventre: fusão de samba-ventre,<br />
em homenagem a Lapa / alunas Juliana<br />
Menezes, Carmem Matar, Marina Martins, Débora<br />
Martins, Andreia Pivoni e Priscilla Souza<br />
Trio de Dança Cigana: La Cumbia Colombiana<br />
/ Regina Brito e alunas Janete Machado e Nilza<br />
Deveza<br />
Dança Cubana: alunas e professora<br />
Espaço das Artes de A a Z<br />
Rua Araujo Pena, 88 – Tijuca/RJ<br />
Tel: (21) 3872-3735<br />
www.espacodasartesaz.com.br<br />
Regina Brito<br />
Tel: (21) 9622-0860 / 95<strong>20</strong>-0059<br />
regina.brito.16@facebook.com<br />
reginafb@yahoo.com.br<br />
A PRAFAC – Pra Fazer Cultura é uma OSCIP, cuja<br />
responsabilidade é promover a integração, o aprimoramento<br />
e o desenvolvimento de atividades artísticas<br />
e culturais, sob todas as suas formas, sendo literárias,<br />
plásticas, musicais, expressão corporal e audiovisual,<br />
congraçamento, encontro de artistas, realização de<br />
eventos, reuniões, exposições, feiras, recitais, festivais<br />
e concursos, com respectiva divulgação. Nosso<br />
objetivo é realizado através do fomento de ações que<br />
contribuam para manter viva a memória cultural, popular,<br />
relacionada com os usos, costumes e tradições.<br />
Fonte: http://prafazercultura.org/<br />
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Ana<br />
de<br />
Medeiros<br />
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<strong>AllDance</strong> <strong>Infok</strong><br />
Ana de Medeiros sempre se identificou com o mundo da<br />
dança, aos 15 anos já tinha certeza que a dança fazia<br />
parte de sua vida, que era sua vocação e foi o rumo que<br />
decidiu seguir. Começou a fazer cursos e, com muita determinação<br />
e a ajuda de uma amiga, Ana ingressou em<br />
uma instituição para dar aulas – foi a sua primeira experiência<br />
como professora. Desde então, não parou mais<br />
até que decidiu que já era hora de progredir: “com muito<br />
sacrifício e muita dedicação, consegui o meu próprio espaço<br />
e formei meu grupo, mas mesmo assim continuei<br />
dando aulas em outros ambientes, como o Gruparj, Grupo<br />
de Pacientes Artríticos do Rio de Janeiro, e no Posto de<br />
Saúde de Henrique Valadares para a 3ª idade, tudo com<br />
total apoio das minhas filhas”, declara a professora.<br />
Ana Medeiros comemorou seu aniversário no dia 25 de<br />
agosto, quando foi homenageada por seus alunos, amigos<br />
e filhas – Daiane Bero e Kazumi Tabita – com uma<br />
bela festa em sua academia, na Rua Mem de Sá, Cruz<br />
Vermelha, RJ.<br />
“Hoje sou uma pessoa realizada, não tenho como expressar<br />
em palavras o que sinto a cada apresentação e, ainda,<br />
por ter conquistado esse espaço, onde desfrutamos<br />
de várias modalidades de dança, como cigana, árabe e<br />
folclórica; é um prazer imenso fazer parte da arte e da<br />
cultura da dança, isso alimenta minha mente e fortalece<br />
minha alma, agradeço a Deus por me consagrar e me dar<br />
esse privilégio. Tenho uma filosofia de vida que é nunca<br />
desistir dos sonhos, viver intensamente, pensando no futuro<br />
e seguindo em frente, sempre com esperança, pois é<br />
ela que nos move”, agradece a Ana de Medeiros.
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