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Um pouco <strong>de</strong> história<br />
Enten<strong>da</strong> um pouco <strong>da</strong> história<br />
em comum entre Brasil e Japão.<br />
No ínicio do século XX, uma série <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong>terminaram<br />
o acordo para que o Brasil recebesse a<br />
primeira leva <strong>de</strong> imigrantes japoneses: o governo<br />
italiano proibiu a emigração <strong>de</strong> seus ci<strong>da</strong>dãos para o<br />
Brasil, que era subsidia<strong>da</strong> pelo governo paulista, para<br />
aten<strong>de</strong>r nas lavouras (1902); a população japonesa<br />
teve um crescimento recor<strong>de</strong>, originando fome e <strong>de</strong>semprego;<br />
e o Japão entrou em guerra contra o império<br />
russo (1904-1905), agravando o problema social.<br />
A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra na lavoura paulista,<br />
do lado brasileiro, e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Japão <strong>de</strong><br />
solucionar os problemas advindos do pós guerra e<br />
do crescimento populacional, motivou o acordo. Em<br />
1908, atraca em Santos o navio Kasato Maru com a<br />
primeira leva <strong>de</strong> imigrantes.<br />
Com a II Guerra Mundial, a emigração para o<br />
Brasil é interrompi<strong>da</strong> (1941).<br />
Em 1953, a emigração <strong>de</strong> japoneses recomeça,<br />
agora atraí<strong>da</strong> pelo crescimento econômico do Brasil<br />
(no Governo JK, 1956/1961, dobra o número <strong>de</strong><br />
indústrias <strong>de</strong> base brasileiras e, em 1968, tem início o<br />
período do milagre econômico, quando o Brasil cresce<br />
numa média <strong>de</strong> 11% ao ano).<br />
Na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70, a situação começa a se inverter.<br />
A dívi<strong>da</strong> externa brasileira chega a 52 bilhões <strong>de</strong><br />
dólares e, em 1984, a inflação chega a 223%. Enquanto<br />
isso o Japão torna-se a segun<strong>da</strong> economia<br />
do mundo e precisa <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra estrangeira para<br />
a indústria.<br />
Em 1985 é publicado o primeiro anúncio em jornal<br />
procurando japoneses ou <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes para trabalhar<br />
no Japão, tendo início a imigração <strong>de</strong> nisseis<br />
(filhos <strong>de</strong> japoneses) e sanseis (netos).<br />
Séc. XXI. A economia brasileira passa por boa<br />
fase mas a segurança e estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> financeira que o<br />
Japão oferece fazem os <strong>de</strong>kasseguis (trabalhadores<br />
temporários) relutar em voltar ao Brasil.<br />
A <strong>da</strong>nça na mídia II<br />
Álvaro Reys e<br />
Christiane Torloni<br />
vencem a <strong>Dança</strong><br />
dos Famosos 5<br />
Atriz, que tem uma sóli<strong>da</strong><br />
formação em <strong>da</strong>nça, confirmou o<br />
favoritismo. A apresentação do<br />
tango garantiu a vitória, apesar<br />
do <strong>de</strong>slize no samba <strong>de</strong> gafieira.<br />
A <strong>da</strong>nça a dois, como o nome já indica, é uma soma do<br />
<strong>de</strong>sempenho do par, que tem que ter química, estar em<br />
harmonia, ter postura, enfim, uma série <strong>de</strong> fatores que,<br />
<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado, garante um resultado <strong>de</strong> encher os olhos<br />
ou, no outro extremo, <strong>de</strong> resultar em um visual sofrível e<br />
até ridículo.<br />
Quem é assíduo freqüentador <strong>de</strong> bailes sabe disso muito<br />
bem. E certamente já presenciou aquele bambambã que,<br />
indiferente às limitações <strong>da</strong> parceira, insiste em fazer movimentos<br />
que são acompanhados aos “trancos e barrancos”<br />
pela partner. Ou a <strong>da</strong>nçarina que insiste em fazer<br />
floreios quando o nível técnico do parceiro pe<strong>de</strong> uma<br />
postura mais simples. O bom profissional sabe i<strong>de</strong>ntificar<br />
o potencial do seu partner e explorar esse filão.<br />
Esse, sem dúvi<strong>da</strong>, foi o maior mérito do professor Álvaro<br />
Reys, e que lhe garantiu o favoritismo até a final <strong>da</strong><br />
quinta edição do “<strong>Dança</strong> dos Famosos” <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Globo,<br />
encerra<strong>da</strong> neste domingo, dia 11/05. “Eu a estu<strong>de</strong>i para<br />
saber o que iria funcionar, vi que é mais clássica e apostei<br />
nos peões e na <strong>da</strong>nça com interpretação”, <strong>de</strong>clarou Álvaro<br />
ao site <strong>da</strong> Globo. De fato, como po<strong>de</strong> ser verificado<br />
pelo ví<strong>de</strong>o <strong>de</strong> tango que postamos no site do jornal, a<br />
formação <strong>de</strong> bailarina <strong>de</strong> Christiane permitiu seu alto <strong>de</strong>-<br />
foto: divulgação site <strong>da</strong> Globo<br />
Ano 1 - Nº 8<br />
JUNHO/2<strong>008</strong><br />
7<br />
sempenho na apresentação <strong>de</strong> tango show, que explora<br />
movimentos <strong>de</strong> ballet (ao contrário, sua apresentação <strong>de</strong><br />
gafieira expôs sua falta <strong>de</strong> molejo, com uma <strong>de</strong>rrapa<strong>da</strong><br />
feia do casal na ca<strong>de</strong>irinha).<br />
A classificação do jovem ator <strong>de</strong> Malhação, Rafael Almei<strong>da</strong>,<br />
em segundo lugar, teve peso <strong>de</strong> primeiríssimo. Sem<br />
a experiência <strong>da</strong> concorrente famosa, Rafael revelou-se<br />
nas apresentações, num <strong>de</strong>sempenho crescente, e não teve<br />
a aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma boa parceira. A <strong>da</strong>nçarina Jacqueline Fernan<strong>de</strong>s,<br />
mesmo <strong>de</strong>scontando o nervosismo <strong>da</strong> final, <strong>de</strong>monstrou<br />
total falta <strong>de</strong> molejo e técnicas <strong>de</strong> passos básicos<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong>nça <strong>de</strong> salão, como na posição <strong>da</strong> ponta do pé na<br />
figura final do tango (ai , ai, ai, qualquer <strong>da</strong>nçarina <strong>de</strong><br />
salão <strong>de</strong> nível intermediário faria melhor). Já Rafael, com<br />
pouco tempo <strong>de</strong> treino, conseguiu reproduzir movimentos<br />
<strong>de</strong> nível intermediário e avançado.<br />
No final, Christiane e Álvaro venceram a disputa com<br />
uma diferença apertadíssima (194 pontos, contra os 192,7<br />
pontos do casal Rafael e Jaqueline).<br />
Os participantes foram avaliados pelo júri técnico, composto<br />
por J.C. Violla, Maria Pia Finocchio e Ana Botafogo,<br />
e pelo júri artístico, que contou com Grazi Massafera,<br />
Alexandre Borges, Wolf Maya e Eliza Joenck. Além <strong>da</strong>s<br />
notas dos jurados, os participantes foram avaliados pela<br />
platéia do programa e pelo público, que podia votar pelo<br />
telefone ou pela Internet. Interessante notar que o público<br />
avaliou <strong>de</strong> forma diferente as apresentações dos dois finalistas.<br />
Se não fosse o júri técnico, o resultado seria justamente<br />
o contrário do que foi.