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A FÉ CRISTÃ<br />
portanto, a liturgia é tida como o exercício do múnus sacerdotal<br />
<strong>de</strong> Jesus <strong>Cristo</strong>, no qual, mediante sinais sensíveis, é significada<br />
e, <strong>de</strong> modo peculiar a cada sinal, realizada a santificação do<br />
homem, e é exercido o culto público integral pelo Corpo Místico<br />
<strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, Cabeça e membros. Disto se segue que toda<br />
celebração litúrgica, como obra <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong> sacerdote, e do seu<br />
Corpo que é a <strong>Igreja</strong>, é ação sagrada por excelência, cuja<br />
eficácia, no mesmo título e grau, não é igualada por nenhuma<br />
outra ação da <strong>Igreja</strong> (CIC 1070).<br />
Didaqué<br />
"Reunidos no Dia do Senhor (=domingo), parti o pão e dai<br />
graças, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> confessar<strong>de</strong>s vossos pecados, a fim <strong>de</strong><br />
que vosso sacrifício seja puro. Quem tiver divergência com<br />
seu companheiro não <strong>de</strong>ve juntar-se a nós antes <strong>de</strong> se<br />
reconciliar, para que não seja profanado vosso sacrifício,<br />
conforme disse o Senhor; 'Que em todo lugar e tempo me<br />
seja oferecido um sacrifício puro, pois sou um rei po<strong>de</strong>roso -<br />
diz o Senhor - e meu nome é admirável entre as nações"<br />
(14,1).<br />
Ireneu <strong>de</strong> Lião:<br />
"Aconselhando também aos seus discípulos a oferecerem a<br />
Deus as primícias das suas criaturas, não porque<br />
precisasse, mas para que eles não se mostrassem<br />
inoperantes e ingratos, tomou o pão que <strong>de</strong>riva da Criação,<br />
<strong>de</strong>u graças, dizendo: 'Isto é o meu corpo'; do mesmo modo,<br />
tomou o cálice, que provém como nós da Criação, o<br />
<strong>de</strong>clarou Seu Sangue e estabeleceu a nova oblação do Novo<br />
Testamento. É esta mesma oblação que a <strong>Igreja</strong> recebeu<br />
dos Apóstolos e que, no mundo inteiro, ela oferece a Deus<br />
que nos dá o alimento, como primícias dos dons <strong>de</strong> Deus na<br />
Nova Aliança" (Contra as Heresias 4,17,5).<br />
"O gênero das oblações não foi revogado; lá [no Antigo<br />
Testamento], havia oblações, e aqui também as há; havia<br />
sacrifícios no povo e os há igualmente na <strong>Igreja</strong>. Deles,<br />
apenas a espécie foi mudada; não é mais por escravos que<br />
é feita a oferta, mas por homens livres. Se, na verda<strong>de</strong>, há<br />
um único e mesmo Senhor, assim também há um caráter<br />
próprio à oblação dos escravos e um caráter próprio à dos<br />
homens livres, para que, mesmo nas oblações, se manifeste<br />
a marca distintiva da liberda<strong>de</strong>, pois nada é supérfluo nem<br />
<strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> significado diante d'Ele (...) Esta oblação só a<br />
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