a rádio comunitária como fator de desenvolvimento local - UCDB
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possível apreensão <strong>de</strong> equipamento e seu fechamento <strong>de</strong>finitivo. Este fato implicou o<br />
atraso do <strong>de</strong>senvolvimento dos trabalhos, uma vez que a pesquisadora precisou reorganizar<br />
seu cronograma em diversos momentos.<br />
Ainda que a Constituição <strong>de</strong> 1988 garanta a liberda<strong>de</strong> e o direito <strong>de</strong> expressão,<br />
as <strong>rádio</strong>s <strong>comunitária</strong>s sofrem, constantemente, pressões da ANATEL e da Polícia Fe<strong>de</strong>ral,<br />
que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> levar em conta a <strong>de</strong>mocratização da informação garantida por lei. Buscam,<br />
a todo custo, silencia-las e impedir suas transmissões. Mesmo pressionadas, as duas<br />
emissoras <strong>comunitária</strong>s continuaram no ar até o final <strong>de</strong> 2001. Em setembro daquele ano, a<br />
Rádio Comunitária Nova Maracanã, do Bairro Guanandi, foi lacrada, seus equipamentos<br />
foram apreendidos e o seu presi<strong>de</strong>nte indiciado <strong>como</strong> infrator primário. Em <strong>de</strong>zembro do<br />
mesmo ano, os dirigentes da Rádio Comunitária Metropoly, no Bairro José Abrão,<br />
resolveram, espontaneamente, paralisar sua programação antes que fosse lacrada. Para que<br />
seus locutores voluntários não ficassem parados, foi firmada uma parceria com a Rádio<br />
Comunitária Atalaia - FM 97,3, que está instalada no Bairro Santo Amaro e possui uma<br />
liminar em juízo, na esfera fe<strong>de</strong>ral, para funcionar sem a concessão <strong>de</strong>finitiva. Esta<br />
parceria aconteceu <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001 a junho <strong>de</strong> 2002, quando a ANATEL,<br />
<strong>de</strong>scumprindo a lei, lacrou a Rádio Comunitária Atalaia.<br />
Quanto ao processo metodológico utilizado para contextualizar os objetivos e<br />
averiguar a importância e influência da programação das <strong>rádio</strong>s <strong>comunitária</strong>s no cotidiano<br />
das comunida<strong>de</strong>s pesquisadas, foi elaborado um questionário semi-estruturado (anexo 1.a),<br />
aplicado a um universo <strong>de</strong> 100 (cem) pessoas, moradores dos Bairros Guanandi e José<br />
Abrão, ouvintes das emissoras, sendo 50 (cinqüenta) entrevistados pertencentes à<br />
comunida<strong>de</strong> José Abrão e 50 (cinqüenta) da comunida<strong>de</strong> Guanandi.<br />
As questões foram formuladas <strong>de</strong> modo a captar o perfil dos ouvintes das<br />
<strong>rádio</strong>s comunitários e verificar a influência da programação no cotidiano. O processo <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntificação da recepção e influência das <strong>rádio</strong>s <strong>comunitária</strong>s nas comunida<strong>de</strong>s buscou<br />
enten<strong>de</strong>r e analisar a importância das programações, sua montagem e a forma <strong>como</strong><br />
modifica o dia-a-dia dos moradores. Se realmente representam a voz e a vez do povo, para<br />
o pleno exercício <strong>de</strong> sua cidadania.<br />
Dando continuida<strong>de</strong> a este processo, utilizou-se questionário semi-estruturado<br />
(anexo 1.b), aplicado aos presi<strong>de</strong>ntes das Associações Comunitárias das emissoras<br />
pesquisadas, buscando, <strong>de</strong>sta vez, traçar os perfis das Associações que presi<strong>de</strong>m, conhecer<br />
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