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a rádio comunitária como fator de desenvolvimento local - UCDB

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Retomando as origens das <strong>rádio</strong>s <strong>comunitária</strong>s, as primeiras negociações a<br />

respeito da legalização das <strong>rádio</strong>s <strong>de</strong> baixa potência começaram em 10 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1995,<br />

segundo informações da Associação Brasileira das Emissoras Comunitárias - ABRAÇO,<br />

entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caráter cultural, científico e educacional, criada em 1996, com o objetivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> radiodifusão.<br />

O então Ministro das Comunicações, Sérgio Motta, recebeu, em seu gabinete,<br />

um grupo <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> <strong>rádio</strong>s <strong>comunitária</strong>s, reconhecendo publicamente a<br />

existência <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> emissoras <strong>de</strong> baixa potência em todo o país e assumindo o<br />

compromisso <strong>de</strong> regulamentar seu funcionamento.<br />

Em 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1995, o Deputado Fe<strong>de</strong>ral Fernando Gabeira encaminhou<br />

àquele Ministério documento do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação -<br />

FNDC, constituído por comitês <strong>de</strong> sete estados brasileiros (SC, RJ, SP, GO, MG, MT e<br />

DF), nos quais eram relacionadas <strong>de</strong>zesseis emissoras <strong>comunitária</strong>s em funcionamento;<br />

segundo acordo verbal firmado, essas emissoras integrariam um projeto piloto que serviria<br />

<strong>de</strong> base para elaborar a proposta <strong>de</strong> regulamentação.<br />

Dando continuida<strong>de</strong> ao processo <strong>de</strong> legalização, em 13 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1995, o<br />

então Ministro Sérgio Motta recebeu representantes do FNDC acompanhados da senadora<br />

Benedita da Silva e dos <strong>de</strong>putados fe<strong>de</strong>rais Fernando Gabeira, Zaire Resen<strong>de</strong> e Til<strong>de</strong>n<br />

Santiago, que entregaram outro documento <strong>de</strong> apoio à regulamentação das <strong>rádio</strong>s <strong>de</strong> baixa<br />

potência, assinado por cento e cinqüenta parlamentares fe<strong>de</strong>rais dos mais diversos partidos,<br />

<strong>de</strong>ntre eles, Delfim Neto, Roberto Campos, Roberto Freire e Eduardo Suplicy.<br />

Em março <strong>de</strong> 1996, o Ministro das Comunicações fez uma <strong>de</strong>claração à<br />

imprensa, na qual garantiu que estava encaminhando ao Congresso um projeto <strong>de</strong> lei<br />

regulamentando as <strong>rádio</strong>s <strong>de</strong> baixa potência. Ao mesmo tempo, e contraditoriamente,<br />

<strong>de</strong>terminou aos Delegados do Ministério, em todo o país, o fechamento das <strong>rádio</strong>s<br />

<strong>comunitária</strong>s, por serem emissoras ilegais. Porém, as <strong>rádio</strong>s <strong>comunitária</strong>s ou <strong>rádio</strong>s<br />

populares, conforme as <strong>de</strong>signações regionais que assumem, mesmo que consi<strong>de</strong>radas<br />

ilegais - portanto piratas - seguem, por meio <strong>de</strong> suas equipes, estruturando programações,<br />

inspirando-se em experiências latino-americanas, re-apropriando formatos e conteúdos do<br />

<strong>rádio</strong> convencional ou ainda criando e recriando suas próprias e específicas formas <strong>de</strong><br />

intervir no próprio cotidiano.<br />

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