17.04.2013 Views

Revista Elo.indd - Diocese de Dourados

Revista Elo.indd - Diocese de Dourados

Revista Elo.indd - Diocese de Dourados

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Distribuição Gratuita. Venda proibida.<br />

Ano XXXVII - nº 362 - Setembro/2012<br />

A serviço da Igreja <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>, a <strong>Diocese</strong> do Coração


ditorial<br />

Ouvir e Viver a Palavra<br />

Viver a autenticida<strong>de</strong> da Palavra exige <strong>de</strong> nós sacrifício, renúncia,<br />

entrega e comprometimento com Deus.<br />

Após concluir o mês vocacional, a Igreja nos convida, neste mês <strong>de</strong><br />

setembro, a re etirmos sobre a Palavra <strong>de</strong> Deus e praticá-la no dia a dia.<br />

A vida do cristão <strong>de</strong>ve ser uma constante busca do mistério do<br />

Pai, encarnado no seio e na história humana.<br />

São João nos apresenta, no prólogo <strong>de</strong> seu evangelho, que, antes<br />

<strong>de</strong> tudo, o que existia era a Palavra. E um dia esta Palavra se encarnou,<br />

tomou forma humana e veio morar no centro da humanida<strong>de</strong>.<br />

Ao longo da história da salvação, o povo eleito, encontrando e<br />

experimentando Deus pelo caminho e pelo <strong>de</strong>serto, passou a ouvir e<br />

a seguir a voz Daquele que os conduziria rumo à libertação e à terra<br />

prometida.<br />

Um Deus não distante, mas que caminhava junto ao povo,<br />

animando, iluminando, exortando e direcionando seus passos para o<br />

bem viver.<br />

A experiência da libertação, trouxe a marca do amor e da<br />

compaixão <strong>de</strong> Deus para com o povo sofrido, que ansiava por uma vida<br />

sem dor; sem choro; sem lamento; sem sofrimento e, consequentemente,<br />

sem escravidão. Para que tudo isso fosse possível, era necessário<br />

<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>.<br />

Falamos tanto em <strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, em ouvir atentamente o que Deus<br />

nos fala ao coração, em praticar e testemunhar a Palavra, em torná-la<br />

fecunda e e caz na vida do irmão, mas pouco fazemos para que isto seja<br />

verda<strong>de</strong>iramente uma realida<strong>de</strong>.<br />

Somos convidados, todos os anos, a tomarmos consciência da<br />

importância que a Palavra <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>ve ter em nossa vida, <strong>de</strong> modo<br />

que não percamos a essência da nossa fé e da nossa caminhada rumo<br />

à salvação. A nal, somos todos peregrinos nesta estrada, e, portanto,<br />

<strong>de</strong>vemos ouvir atentamente a voz <strong>de</strong> Deus que nos encoraja e nos<br />

dá força para vencermos a batalha contra o <strong>de</strong>sânimo, o <strong>de</strong>sespero, a<br />

indiferença e a falta <strong>de</strong> amor.<br />

Para que o mês da Bíblia não passe em branco, aproveitemos tudo<br />

aquilo que a Igreja nos oferece, através das re exões, dos estudos em<br />

comunida<strong>de</strong>s, dos círculos e escolas bíblicas, da leitura orante, en m, <strong>de</strong><br />

tudo aquilo que possa ser subsídio para que a Palavra <strong>de</strong> Deus não passe<br />

<strong>de</strong>spercebida em nosso cotidiano.<br />

Quem não conhece a Palavra <strong>de</strong> Deus, não é capaz <strong>de</strong> conhecer<br />

o próprio Deus, pois Ele se revela a nós por meio <strong>de</strong> sua Palavra, que é<br />

vida e salvação.<br />

O verda<strong>de</strong>iro discípulo é aquele que escolhe em primeiro lugar<br />

a “melhor parte”. Assim, como Maria <strong>de</strong> Betânia, é preciso que nos<br />

coloquemos aos pés do mestre, que quer nos orientar, nos instruir e nos<br />

conduzir a um caminho seguro por meio <strong>de</strong> sua Palavra.<br />

A correria do dia a dia nos dispersa e<br />

não nos possibilita pararmos para ouvir a<br />

voz <strong>de</strong> Deus, então, sejamos rmes e fortes,<br />

resistindo às distrações e às tentações, que nos<br />

afastam do essencial.<br />

2<br />

Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

padrealexdias@terra.com.br<br />

03<br />

04<br />

05<br />

06<br />

08<br />

09<br />

13<br />

14<br />

16<br />

17<br />

18<br />

19<br />

20<br />

A Palavra do Pastor<br />

Igreja do Silêncio<br />

Patrocinadores<br />

Índice<br />

Palavra <strong>de</strong> vida<br />

“Todo o que bebe <strong>de</strong>ssa água, terá se<strong>de</strong> <strong>de</strong> novo; mas quem<br />

beber da água que eu darei, nunca mais terá se<strong>de</strong>... (Jo 4, 13-14)<br />

Testemunho <strong>de</strong> vida<br />

São Vicente <strong>de</strong> Paulo<br />

A Igreja é notícia<br />

Só seguindo a Cristo se chega à fraternida<strong>de</strong><br />

Opiniões que fazem opinião<br />

Um intruso na família<br />

Círculos bíblicos<br />

Pergunte e respon<strong>de</strong>remos<br />

Por que a Igreja católica batiza crianças?<br />

A <strong>Diocese</strong> em revista<br />

Fique por <strong>de</strong>ntro!<br />

Fatos em foco<br />

Vida em família<br />

Ser um jovem cristão na universida<strong>de</strong><br />

Paróquias em <strong>de</strong>staque<br />

Paróquia São José - Itaporã<br />

Expediente<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elo</strong> - Setembro/2012 - Ano XXXVII - nº 362<br />

Diretor: Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Proprieda<strong>de</strong>: Mitra Diocesana <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong><br />

Diagramação e Projeto Gráfi co: Michelle Picolo Caparróz<br />

Telefone: (67) 3422-6910 / 3422-6911<br />

Site: www.diocesedourados.com.br<br />

Contatos e sugestões: elo@diocesedourados.com.br<br />

Impressão: Gráfi ca Infante<br />

Tiragem: 15.508 exemplares


É provável que, para as gerações mais novas, o<br />

título nada signifi que. Contudo, quem nasceu antes do<br />

dia 9 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1989, data da queda do Muro <strong>de</strong><br />

Berlim, lembra a “Igreja do Silêncio” como uma realida<strong>de</strong><br />

dolorosa que atingiu, durante mais <strong>de</strong> meio século, os<br />

cristãos da extinta União das Repúblicas Socialistas<br />

Soviéticas. Marginalizados e perseguidos, era-lhes vedada<br />

toda manifestação religiosa. Os templos foram fechados e a<br />

maioria dos bispos e sacerdotes enviados para os gulags da<br />

Sibéria. Os poucos que fi caram, eram vigiados e impedidos<br />

<strong>de</strong> exercer qualquer serviço pastoral.<br />

Por coincidência, mais ou menos na mesma época em<br />

que se extinguiu na URSS, a “Igreja do Silêncio” passou a<br />

se manifestar no Brasil. Como se sabe, ao longo dos vinte<br />

anos da ditadura implantada pela Revolução <strong>de</strong> 1964, a<br />

Igreja Católica se envolveu numa luta acirrada em favor<br />

dos direitos humanos, da justiça e da <strong>de</strong>mocracia. A <strong>de</strong>fesa<br />

e a promoção das causas sociais suscitaram uma plêia<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> bispos, sacerdotes, religiosos e leigos que preferiram<br />

enfrentar todo tipo <strong>de</strong> perseguição antes que pecar por<br />

omissão. Em 1980, muitos <strong>de</strong>les emprestaram seu apoio à<br />

criação do Partido dos Trabalhadores, que parecia aglutinar<br />

e concretizar os i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> quantos acreditavam num Brasil<br />

limpo e para todos.<br />

Infelizmente, verifi cou-se no Brasil o que aconteceu<br />

na Itália. Em 1942, um grupo <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res católicos fundou<br />

a “Democracia Cristã”, agremiação política que gran<strong>de</strong><br />

parte da cúpula da Igreja italiana apresentou aos fi éis como<br />

o único caminho para vencer o comunismo e tirar o país do<br />

caos em que fora <strong>de</strong>ixado pela guerra. Contudo, 52 anos<br />

<strong>de</strong>pois, em 1994, a “Operação Mãos Limpas” revelou<br />

que os i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> seus fundadores haviam sido substituídos<br />

por uma corrupção generalizada. O próprio <strong>de</strong>nominativo<br />

religioso que enriquecia o partido se tornou pretexto para<br />

que muitos italianos se sentissem ludibriados pela Igreja.<br />

Apesar das diferenças – o partido italiano se dizia “<strong>de</strong><br />

centro” e combatia o comunismo, ao passo que o brasileiro<br />

se consi<strong>de</strong>rava “<strong>de</strong> esquerda” e não suportava o capitalismo<br />

– ambas as agremiações acabaram assumindo posições<br />

inconciliáveis com a doutrina da Igreja que as ajudara a<br />

nascer.<br />

Igreja do Silêncio<br />

A Palavra do Pastor<br />

De 1985 para cá, com o fi m do regime militar e,<br />

mais ainda, a partir do ano 2002, com a chegada do PT à<br />

presidência da República, a “voz profética” da Igreja do<br />

Brasil parece ter baixado <strong>de</strong> tom. Talvez porque pensou que<br />

as aspirações alimentadas durante longos e sofridos anos<br />

tivessem agora alcançado o seu cumprimento. De fato, raros<br />

foram os bispos que se distanciaram das <strong>de</strong>cisões tomadas<br />

pelos atuais governos no campo econômico e social.<br />

On<strong>de</strong>, porém, a “Igreja do Silêncio” do Brasil está sendo<br />

visível e criticada ultimamente é em relação à sua postura<br />

diante da reforma do Código Penal. Prova disso é a mensagem<br />

que recebi <strong>de</strong> um padre há poucos dias, via internet: «Esta<br />

matéria é grave. Seria bom alguém cobrar da CNBB uma<br />

posição rápida. No dia 8 <strong>de</strong> agosto, a Comissão <strong>de</strong> Justiça do<br />

Senado começou a discutir a reforma do Código Penal, que<br />

traz coisas nefastas. De minha parte, estou falando em todas<br />

as missas, mas a CNBB <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> exercer o seu profetismo».<br />

Procurei me inteirar e percebi que realmente se trata<br />

<strong>de</strong> “coisas nefastas” em assuntos <strong>de</strong> capital importância<br />

para a população, já que, quando se per<strong>de</strong>m os princípios<br />

morais, os <strong>de</strong>sastres se fazem sentir em todos os segmentos<br />

da socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a família e a escola, até a política e a<br />

economia. Estão sendo sugeridas mudanças relativas ao<br />

aborto (para realizá-lo, bastará que a mulher apresente um<br />

laudo psicológico afi rmando não estar preparada para ser<br />

mãe), às drogas (que o usuário po<strong>de</strong>rá cultivar e conservar),<br />

à eutanásia (sugere-se sua regulamentação), à legalização<br />

das casas <strong>de</strong> prostituição (a medida facilitará o tráfi co <strong>de</strong><br />

mulheres), à homofobia (po<strong>de</strong>rá ser consi<strong>de</strong>rada crime<br />

contra a humanida<strong>de</strong>), à pedofi lia (será abaixada a ida<strong>de</strong> do<br />

consentimento para as relações sexuais) e à violência contra<br />

crianças indígenas (os índios não serão responsabilizados por<br />

assassinatos <strong>de</strong> recém-nascidos <strong>de</strong>fi cientes).<br />

«Ai da Igreja quando os bispos se calam!», era o<br />

lamento do povo no tempo em que seus prelados <strong>de</strong>legavam<br />

a terceiros a missão que lhes cabia, assim sintetizada por São<br />

Paulo: «Prega a Palavra, insiste a tempo e a contratempo,<br />

adverte, repreen<strong>de</strong>, exorta, com paciência e cuidado! Pois<br />

chegou o tempo em que muitos não<br />

suportam a sã doutrina, mas buscam<br />

mestres a seu bel-prazer» (2Tm 4,2-3).<br />

Dom Redovino Rizzardo, cs<br />

Bispo Diocesano<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 3


Palavra <strong>de</strong> Vida<br />

Nesta pérola do Evangelho, que são as palavras<br />

dirigidas à samaritana junto ao poço <strong>de</strong> Jacó, Jesus fala da<br />

água como do elemento mais simples, o qual, no entanto,<br />

se revela o mais almejado, o mais vital para quem tem<br />

familiarida<strong>de</strong> com o <strong>de</strong>serto. Ele não precisava explicar<br />

muita coisa para dar a enten<strong>de</strong>r o que signifi ca a água.<br />

A água da fonte serve para a nossa vida natural,<br />

enquanto que a água viva, da qual Jesus fala, se <strong>de</strong>stina à<br />

vida eterna.<br />

Assim como o <strong>de</strong>serto fl oresce somente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

uma chuva abundante, também as sementes plantadas em<br />

nós pelo batismo só po<strong>de</strong>m germinar se forem regadas pela<br />

Palavra <strong>de</strong> Deus. A planta cresce, lança novos rebentos e<br />

assume a forma <strong>de</strong> uma árvore ou <strong>de</strong> uma linda fl or. E tudo<br />

isso porque recebe a água viva da Palavra, que <strong>de</strong>sperta a<br />

vida, mantendo-a por toda a eternida<strong>de</strong>.<br />

As palavras <strong>de</strong> Jesus dirigem-se a todos nós, os<br />

se<strong>de</strong>ntos <strong>de</strong>ste mundo: aos que estão conscientes da própria<br />

ari<strong>de</strong>z espiritual e ainda sentem os tormentos da se<strong>de</strong>, bem<br />

como aos que nem sequer sentem mais a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

matar a se<strong>de</strong> na fonte da verda<strong>de</strong>ira vida e dos gran<strong>de</strong>s<br />

valores da humanida<strong>de</strong>.<br />

Mas, no fundo, é a todos os homens e às mulheres <strong>de</strong><br />

hoje que Jesus dirige um convite, revelando on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos<br />

encontrar a resposta aos nossos porquês e satisfazer<br />

plenamente as nossas aspirações.<br />

Depen<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos nós, portanto, alimentar-nos <strong>de</strong> suas<br />

palavras, <strong>de</strong>ixar-nos embeber da sua mensagem.<br />

De que forma?<br />

Reenvagelizando a nossa vida, confrontando-a com as<br />

suas palavras, procurando pensar com a mente <strong>de</strong> Jesus e<br />

amar com o seu coração.<br />

Cada momento em que procuramos viver o Evangelho<br />

4<br />

é uma gota daquela água viva que bebemos. Cada gesto <strong>de</strong><br />

amor ao nosso próximo é um gole daquela água.<br />

Sim, porque aquela água tão viva e preciosa tem isto<br />

<strong>de</strong> especial: jorra no nosso coração cada vez que o abrimos<br />

ao amor para com todos. É uma fonte – a fonte <strong>de</strong> Deus –<br />

que libera água na mesma medida em que seu veio profundo<br />

serve para saciar a se<strong>de</strong> dos outros, com pequenos ou<br />

gran<strong>de</strong>s atos <strong>de</strong> amor.<br />

Já enten<strong>de</strong>mos, portanto, que, para não sofrermos<br />

se<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vemos doar a água viva que recebemos Dele <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> nós mesmos.<br />

Muitas vezes bastará uma palavra, um sorriso, um<br />

simples sinal <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, para nos dar novamente uma<br />

sensação <strong>de</strong> plenitu<strong>de</strong>, <strong>de</strong> satisfação profunda, um jorro <strong>de</strong><br />

alegria. E se continuarmos a doar, esta fonte <strong>de</strong> paz e <strong>de</strong> vida<br />

dará água cada vez mais abundante, sem jamais se esgotar.<br />

Existe também outro segredo que Jesus nos revelou, uma<br />

espécie <strong>de</strong> poço sem fundo do qual po<strong>de</strong>mos beber. Quando<br />

dois ou três se unem em seu nome, amando-se com o próprio<br />

amor <strong>de</strong> Jesus, Ele está no meio <strong>de</strong>les (cf. Mt 18,20). E então<br />

nos sentiremos livres, uma só coisa, plenos <strong>de</strong> luz; e torrentes<br />

<strong>de</strong> água viva jorrarão do nosso seio (cf. Jo 7,38). É a promessa<br />

<strong>de</strong> Jesus que se realiza, porque é<br />

Dele mesmo, presente em nosso<br />

meio, que jorra aquela água que<br />

sacia por toda a eternida<strong>de</strong>.<br />

Publicada originalmente<br />

em março <strong>de</strong> 2002.<br />

Chiara Lubich<br />

Fundadora do Movimento dos<br />

Focolares, falecida em março <strong>de</strong> 2008


São Vicente <strong>de</strong> Paulo<br />

Vicente tinha tudo para dar errado na vida. Pobre e<br />

analfabeto, até os 15 anos o seu dia-a-dia e o seu ganha-pão<br />

consistiam em cuidar <strong>de</strong> uns poucos animais numa pequena<br />

proprieda<strong>de</strong> que sua família possuía.<br />

Nascido em Pouy, no sul da França, a 24 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong><br />

1581, um belo dia, ante as poucas perspectivas que o futuro<br />

lhe trazia, aceitou com alegria o convite <strong>de</strong> um advogado,<br />

que se dispôs a lhe pagar os estudos eclesiásticos, já que,<br />

na época, ser padre era visto como um trampolim para uma<br />

condição social e fi nanceira invejável.<br />

Muito inteligente e sagaz, o adolescente começou os<br />

estudos e, aos 19 anos – algo inacreditável, mas que revela o<br />

estado <strong>de</strong>plorável <strong>de</strong> algumas dioceses <strong>de</strong> então –, encontrou<br />

um bispo “complacente” que o or<strong>de</strong>nou sacerdote. Era o dia<br />

23 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1600.<br />

Esperava ser nomeado logo pároco e receber um bom<br />

salário para sustentar a família. Mas, na época, os padres<br />

eram muitos, e as paróquias ricas, escassas. Pensou, então,<br />

em se <strong>de</strong>dicar ao ensino. Dois anos <strong>de</strong>pois, porém, não se<br />

sabe se por falta <strong>de</strong> experiência ou <strong>de</strong> tino administrativo,<br />

a escola que administrava foi obrigada a fechar as portas.<br />

Para piorar a situação, em 1605, numa viagem <strong>de</strong> navio que<br />

fez a Marselha, acabou nas mãos <strong>de</strong> piratas muçulmanos,<br />

que o levaram para Túnis, na África, on<strong>de</strong> foi vendido como<br />

escravo.<br />

Quem o comprou foi um ex-fra<strong>de</strong> que, por amor ao<br />

dinheiro e para não ser morto, se convertera ao Islã. Dois<br />

anos após, em 1607, ambos conseguiram fugir e voltar para<br />

a França, fi xando residência em Avinhão.<br />

Tantas peripécias o prepararam para acolher a<br />

graça <strong>de</strong> Deus, que chegou em 1610, quando Vicente foi<br />

convidado a fazer um ano <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> na “Socieda<strong>de</strong><br />

do Oratório”. Dois anos <strong>de</strong>pois, o car<strong>de</strong>al Pierre <strong>de</strong> Bérulle,<br />

fundador da Socieda<strong>de</strong>, foi eleito arcebispo <strong>de</strong> Paris.<br />

Percebendo a transformação radical que se operara em seu<br />

jovem discípulo, em 1612 o nomeou pároco <strong>de</strong> Clichy, na<br />

periferia da capital.<br />

Vicente estava com 31 anos. O contato direto com<br />

o sofrimento do povo – pobre, doente e marginalizado –<br />

completou a sua conversão. Suas longas horas <strong>de</strong> oração o<br />

levavam a doar-se sem reservas aos últimos da socieda<strong>de</strong>,<br />

e, em contrapartida, seu serviço <strong>de</strong> carida<strong>de</strong> o aproximava<br />

cada dia mais <strong>de</strong> Deus.<br />

Decidido a nada negar a Deus, em poucos anos<br />

recuperou o tempo perdido. Com uma vitalida<strong>de</strong> só<br />

compreensível à luz da fé, tornou-se um dos homens mais<br />

infl uentes na Igreja e na socieda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> seu tempo.<br />

Para ter condições <strong>de</strong> levar adiante melhor a sua obra, <strong>de</strong>u<br />

vida a vários Institutos religiosos: em 1617, às “Damas da<br />

Carida<strong>de</strong>”; em 1625, à “Congregação da Missão” e, em<br />

1633, com a ajuda <strong>de</strong> Santa Luisa <strong>de</strong> Marillac, às “Filhas<br />

da Carida<strong>de</strong>”.<br />

Testemunho <strong>de</strong> Vida<br />

Para enten<strong>de</strong>r algo da espiritualida<strong>de</strong> que o animava,<br />

transcrevemos uma homilia que pronunciou para seus fi lhos<br />

e fi lhas espirituais: «Deve-se preferir o serviço dos pobres a<br />

tudo o mais, e prestá-lo sem <strong>de</strong>mora. Se, na hora da oração,<br />

você tiver que dar uma medicina ou uma ajuda a um pobre,<br />

vá tranquilo. Ofereça a Deus essa ação como se estivesse<br />

rezando. Não se perturbe pensando estar pecando por<br />

haver trocado a oração pelo serviço aos pobres. Deus não é<br />

<strong>de</strong>sprezado se, por Deus, interrompemos uma <strong>de</strong>terminada<br />

obra <strong>de</strong> Deus para realizá-la <strong>de</strong> outro modo.<br />

Portanto, ao <strong>de</strong>ixar a oração para socorrer um<br />

pobre, saiba que o serviço é prestado ao mesmo Deus. O<br />

amor supera todas as leis. Aliás, para terem valor, todas<br />

elas <strong>de</strong>vem ten<strong>de</strong>r à carida<strong>de</strong>. Por isso, prestemos com um<br />

renovado ardor nosso serviço aos pobres, sobretudo aos<br />

mais abandonados. Saiamos à sua procura, pois nos foram<br />

dados como senhores e protetores».<br />

Visto por São Francisco <strong>de</strong> Sales como «o homem<br />

mais santo do século», seu espírito e seu exemplo não se<br />

extinguiram com sua morte, ocorrida no dia 27 <strong>de</strong> setembro<br />

<strong>de</strong> 1660, data em que também se celebra a sua festa<br />

litúrgica. Em 1833, o bem-aventurado Fre<strong>de</strong>rico Ozanan<br />

(1813/1853) fundou as “Conferencias <strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong><br />

Paulo”. Presentes em inúmeros países, são uma multidão<br />

os pobres p ppob<br />

ob obre re res s que qu que e encontram en enco co cont nt ntra ra ram m em s sseu<br />

seus eu eus s me memb membros mb mbro ro ros s o ap apoi apoio oi oio o e a<br />

orientação or orie ie ient nt ntaç aç ação ão d d<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> e qu que<br />

e pr prec precisam ec ecis is isam am p ppar<br />

para ar ara a um uma<br />

a vi vida<br />

da d ddig<br />

digna ig igna na e s sser<br />

serena. er eren en ena. a.<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 5


A Palavra do Papa<br />

Só seguindo a Cristo se chega à fraternida<strong>de</strong><br />

«À frente da Basílica <strong>de</strong> São Pedro estão colocadas<br />

duas estátuas imponentes dos apóstolos Pedro e Paulo,<br />

facilmente i<strong>de</strong>ntifi cáveis pelas respectivas prerrogativas: as<br />

chaves na mão <strong>de</strong> Pedro e a espada na mão <strong>de</strong> Paulo. Também<br />

na entrada da Basílica <strong>de</strong> São Paulo estão representadas<br />

cenas da vida e do martírio <strong>de</strong>stas duas colunas da Igreja.<br />

Des<strong>de</strong> sempre a tradição cristã consi<strong>de</strong>rou São Pedro e São<br />

Paulo inseparáveis: juntos, representam todo o Evangelho<br />

<strong>de</strong> Cristo.<br />

A sua unida<strong>de</strong> como irmãos na fé adquiriu um<br />

signifi cado particular em Roma. De fato, a comunida<strong>de</strong><br />

cristã <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> viu neles uma espécie <strong>de</strong> antítese dos<br />

mitológicos Rômulo e Remo, os irmãos a quem se atribui<br />

a fundação <strong>de</strong> Roma. Po<strong>de</strong>r-se-ia aprofundar o tema da<br />

fraternida<strong>de</strong> com outro paralelismo formado pelo primeiro<br />

par bíblico <strong>de</strong> irmãos: enquanto neles vemos o efeito do<br />

pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar <strong>de</strong><br />

humanamente bastante diferentes e não obstante os confl itos<br />

que não faltaram no seu relacionamento mútuo, realizaram<br />

um modo novo e autenticamente evangélico <strong>de</strong> ser irmãos,<br />

feito possível precisamente pela graça do Evangelho <strong>de</strong><br />

Cristo que neles operava.<br />

Só o seguimento <strong>de</strong> Cristo conduz a uma nova<br />

fraternida<strong>de</strong>: esta é, para cada um <strong>de</strong> nós, a primeira<br />

e fundamental mensagem da solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje, cuja<br />

importância se refl ete também na busca da plena comunhão,<br />

à qual anelam todos os cristãos.<br />

Na passagem do Evangelho <strong>de</strong> São Mateus que<br />

acabamos <strong>de</strong> ouvir, Pedro faz a sua confi ssão <strong>de</strong> fé em<br />

Jesus, reconhecendo-o como Messias e Filho <strong>de</strong> Deus; o faz<br />

também em nome dos <strong>de</strong>mais apóstolos. Em resposta, Jesus<br />

lhe revela a missão que lhe preten<strong>de</strong> confi ar, ou seja, a <strong>de</strong><br />

ser a “pedra”, a “rocha”, o fundamento visível sobre o qual<br />

está construído todo o edifício espiritual da Igreja.<br />

6<br />

Mas, <strong>de</strong> que modo Pedro é a rocha? Como <strong>de</strong>ve<br />

realizar esta prerrogativa, que naturalmente não recebeu<br />

para si mesmo? A narração do evangelista Mateus começa<br />

por nos dizer que o reconhecimento da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus<br />

proferido por Simão, em nome dos Doze, não provém<br />

“da carne e do sangue”, isto é, das suas capacida<strong>de</strong>s<br />

humanas, mas <strong>de</strong> uma revelação especial <strong>de</strong> Deus Pai. É<br />

o que se <strong>de</strong>monstra logo a seguir, quando Jesus prediz a<br />

sua paixão, morte e ressurreição. Nesse momento, Simão<br />

Pedro reage guiado pelo ímpeto “da carne e do sangue”:<br />

«Começou a repreen<strong>de</strong>r o Senhor dizendo: “Isso nunca irá<br />

te acontecer!”». Jesus, porém, lhe replicou: «Vai para longe,<br />

Satanás! Tu és para mim uma ocasião <strong>de</strong> escândalo!».<br />

O discípulo que, por dom <strong>de</strong> Deus, po<strong>de</strong> se tornar<br />

uma rocha fi rme, aparece aqui como ele é na sua fraqueza<br />

humana: uma pedra on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> tropeçar. Deste fato, vêse<br />

claramente a tensão que existe entre o dom que provém<br />

do Senhor e as capacida<strong>de</strong>s humanas; e aparece nesta cena<br />

<strong>de</strong> Jesus com Simão Pedro, <strong>de</strong> alguma forma antecipado,<br />

o drama da história do próprio Papado, caracterizada<br />

precisamente pela presença conjunta <strong>de</strong>stes dois elementos:<br />

graças à luz e à força que provêm do Alto, o Papado constitui<br />

o fundamento da Igreja peregrina no tempo, mas, ao longo<br />

dos séculos, assume também a fraqueza dos homens, que só<br />

a abertura à ação <strong>de</strong> Deus po<strong>de</strong> transformar.<br />

A Igreja não é uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas perfeitas,<br />

mas <strong>de</strong> pecadores que se <strong>de</strong>vem reconhecer necessitados do<br />

amor <strong>de</strong> Deus, necessitados <strong>de</strong> purifi cação através da Cruz<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo. As palavras <strong>de</strong> Jesus sobre a autorida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Pedro e dos <strong>de</strong>mais apóstolos <strong>de</strong>ixam transparecer<br />

precisamente que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus é o amor: o amor que<br />

irradia a sua luz a partir do Calvário.<br />

(Homilia do dia 29 <strong>de</strong> junho, solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro e São Paulo)


Ante a ameaça do aborto<br />

Ante as atuais ameaças contra<br />

a vida como o é o aborto, o Papa Bento<br />

XVI exortou a rezar intensamente pelos<br />

nascituros, em uma mensagem aos<br />

responsáveis da “Obra pela Adoção Espiritual<br />

do Concebido” que celebra seu 25º aniversário<br />

<strong>de</strong> fundação em 2012. Os participantes <strong>de</strong>sta<br />

iniciativa peregrinam a pé este ano na Polônia,<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Varsóvia até o Santuário <strong>de</strong> Czestochowa. A<br />

adoção espiritual consiste em rezar durante nove meses um<br />

mistério do Terço e alguma outra oração com a intenção <strong>de</strong><br />

proteger a vida nascente ameaçada no seio materno. A “Obra<br />

pela Adoção Espiritual do Concebido” nasceu em 1987<br />

em Varsóvia, por iniciativa <strong>de</strong> um grupo pastoral ligado às<br />

peregrinações ao Santuário <strong>de</strong> Czestochowa que este ano<br />

realizou seu 301º percorrido. A iniciativa se difundiu por toda<br />

a Polônia e por outros lugares no mundo.<br />

Não tiremos Deus da família<br />

O Arcebispo do México (México), Car<strong>de</strong>al Norberto<br />

Rivera, criticou a i<strong>de</strong>ologia <strong>de</strong> gênero e pediu aos mexicanos<br />

para evitar que Deus seja tirado das famílias, como aconteceu<br />

em muitos outros campos da vida cotidiana. “Tiramos Deus<br />

<strong>de</strong> muitos campos da vida: da escola, do esporte, dos meios<br />

<strong>de</strong> comunicação, da política, da economia e também da<br />

investigação a favor da vida que é o maior perigo. Cuidado, não<br />

tiremos Deus da família! Per<strong>de</strong>ndo o sentido <strong>de</strong> Deus, per<strong>de</strong>mos<br />

nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> como sendo Sua imagem e semelhança”,<br />

advertiu durante a Missa dominical. Em sua homilia, o Car<strong>de</strong>al<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a diferença e complementarieda<strong>de</strong> que existe entre o<br />

homem e a mulher, e ambas querem ser anuladas pela i<strong>de</strong>ologia<br />

<strong>de</strong> gênero. “A diferença corporal, chamada sexo, minimizase<br />

e se consi<strong>de</strong>ra um simples efeito dos condicionamentos<br />

socioculturais. Evi<strong>de</strong>ncia-se, assim, como máximo, a dimensão<br />

estritamente cultural, chamada gênero”, assinalou. “O ser<br />

humano é uma pessoa, <strong>de</strong> igual maneira o homem e a mulher.<br />

Estão em relação recíproca. O corpo humano, marcado pelo selo<br />

da masculinida<strong>de</strong> ou da feminilida<strong>de</strong>, está chamado a existir na<br />

comunhão e no dom recíproco.<br />

Evangelização para crianças<br />

A CNBB lançou em agosto uma iniciativa inédita <strong>de</strong><br />

evangelização para crianças <strong>de</strong> dois a oito anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

O projeto chamado “Anjinhos do Brasil” é uma plataforma<br />

multimídia baseada em sete personagens infantis em forma<br />

<strong>de</strong> anjos. Cada um <strong>de</strong>sses personagens recebe o nome <strong>de</strong><br />

uma virtu<strong>de</strong> humana e, por meio <strong>de</strong> músicas, orações criadas<br />

especialmente para eles, e histórias ilustradas,<br />

transmitem os valores da Igreja à nova geração<br />

<strong>de</strong> católicos. A iniciativa visa à evangelização<br />

<strong>de</strong> crianças <strong>de</strong>ssa faixa etária e também busca<br />

auxiliar os pais a transmitirem aos seus fi lhos os<br />

valores cristãos.<br />

A Igreja é Notícia<br />

Virgem Maria<br />

“cruzou a linha <strong>de</strong> chegada”<br />

A atleta etíope Meseret<br />

Defar protagonizou um dos<br />

momentos mais emotivos das<br />

Olimpíadas <strong>de</strong> Londres 2012<br />

quando ao cruzar a linha <strong>de</strong><br />

chegada na fi nal feminina dos<br />

5000 metros planos e ganhar a<br />

medalha <strong>de</strong> ouro, tirou <strong>de</strong> seu<br />

peito uma imagem da Virgem<br />

Maria, mostrou-a às câmaras e<br />

a pôs no rosto em um momento <strong>de</strong> intensa oração. Defar,<br />

cristã ortodoxa, encomendou sua carreira a Deus com<br />

um sinal da cruz e completou a distância em 15:04:25,<br />

vencendo sua compatriota e tradicional rival Tirunesh<br />

Dibaba, quem chegou como favorita da prova. Com<br />

lágrimas <strong>de</strong> emoção, Defar mostrou ao mundo a imagem da<br />

Virgem com o Menino Jesus nos braços que a acompanhou<br />

em todo o percurso.<br />

Convertidos ao catolicismo se<br />

or<strong>de</strong>nam sacerdotes em Cuba<br />

A <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> Santa Clara (Cuba), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 11 <strong>de</strong><br />

agosto conta com dois novos sacerdotes, os convertidos<br />

Neldo José Hernán<strong>de</strong>z Alonso e Maykel Águila Moya, que<br />

acolheram a fé católica na adolescência apesar do processo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scristianização iniciado pelo regime comunista em<br />

1959. Os novos sacerdotes, ambos <strong>de</strong> 33 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />

cresceram em famílias que pouco a pouco foram <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> lado a prática religiosa <strong>de</strong>vido à pressão social e ao<br />

perigo que implicava ser católico em Cuba.<br />

Avó <strong>de</strong> 70 anos agora é religiosa<br />

contempltiva na Espanha<br />

Uma viúva <strong>de</strong> 70 anos, mãe <strong>de</strong> 3 fi lhos e<br />

avó <strong>de</strong> 5 netos, professou seus votos solenes como<br />

religiosa contemplativa na or<strong>de</strong>m das Franciscanas<br />

Clarissas na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Canals, na Espanha.<br />

Célia <strong>de</strong> Jesus, foi o nome eleito pela nova religiosa<br />

nascida em Valência, que professou seus votos perpétuos no<br />

mosteiro <strong>de</strong> Santa Clara, on<strong>de</strong> colaborava com seu esposo<br />

antes <strong>de</strong> fi car viúva em 2004.<br />

Antes <strong>de</strong> ingressar no mosteiro,<br />

Irmã Célia <strong>de</strong> Jesus colaborava<br />

com Ação Católica Geral <strong>de</strong><br />

Valência e na atenção dos<br />

doentes, uma vez que faleceu<br />

seu marido <strong>de</strong>cidiu entregar-se<br />

completamente ao Senhor como<br />

religiosa.<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 7


Opiniões que fazem opinião<br />

Um intruso na família<br />

Diante da <strong>de</strong>rrocada dos valores familiares humanos<br />

e cristãos, pareceu-me interessante a seguinte crônica.<br />

Alguns anos <strong>de</strong>pois que nasci, meu pai conheceu uma<br />

estranha, recém-chegada à nossa pequena cida<strong>de</strong>. Des<strong>de</strong> o<br />

princípio, meu pai fi cou fascinado com esta encantadora<br />

personagem e, em seguida, a convidou a viver com nossa<br />

família. A estranha aceitou e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então tem estado<br />

conosco. Um intruso simpático e maldoso, sem cerimônia.<br />

Intrigante o lugar que ela ocupou em nossa<br />

família. Meus pais tentavam nos dar boa educação.<br />

Minha mãe nos ensinou o que era bom e o que era mau,<br />

e meu pai a obe<strong>de</strong>cer. Eles nos transmitiam valores éticos.<br />

Ensinavam-nos a rezar. Mas eles eram apenas instrutores<br />

complementares, porque a estranha intrometida era nossa<br />

verda<strong>de</strong>ira educadora. Mantinha-nos enfeitiçados por<br />

horas. Ela falava sobre todos os assuntos: política, esportes,<br />

história, ciência, família e comportamentos. Fascinante,<br />

fazia-nos rir e chorar. Ela misturava coisas boas às ruins,<br />

como fazem todos os promotores do mal. Ela tirou a oração<br />

da nossa casa. Destruiu também a conversa, o diálogo<br />

sadio da família. Ela ensinou charmosamente que o namoro<br />

in<strong>de</strong>cente, o adultério, o ódio, a vingança, a violência eram<br />

coisas normais. A estranha nunca parava <strong>de</strong> falar, mas o<br />

meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe dormia e<br />

se levantava cedo, enquanto o resto <strong>de</strong> nós fi cava escutando<br />

a intrusa até tar<strong>de</strong>. Ela divertia, mas nos estressava.<br />

Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções<br />

morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrálas.<br />

Aliás, o que era a normativa <strong>de</strong>la era o dinheiro e não<br />

a ética. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não<br />

eram permitidos em nossa casa. Entretanto, nossa visitante<br />

8<br />

<strong>de</strong> longo prazo, usava sem problemas sua linguagem<br />

inapropriada que, às vezes, queimava meus ouvidos, fazia<br />

meu pai se retorcer e minha mãe se envergonhar. Pelo<br />

menos, no começo. Meu pai nunca nos <strong>de</strong>u permissão para<br />

tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a<br />

fazê-lo regularmente. Falava livremente sobre sexo. Seus<br />

comentários eram, às vezes, evi<strong>de</strong>ntes, outras sugestivos, e<br />

geralmente vergonhosos.<br />

Agora sei que meus conceitos sobre relações foram<br />

infl uenciados fortemente durante minha adolescência pela<br />

estranha intrusa. Repetidas vezes a criticaram, mas ela<br />

nunca fez caso dos valores <strong>de</strong> meus pais; mesmo assim,<br />

permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais <strong>de</strong> cinquenta<br />

anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ela veio para nossa casa. Ela mudou <strong>de</strong><br />

roupa e penteado. Mas continua a formar conceitos, a<br />

<strong>de</strong>struir a união das famílias, a ensinar moral não cristã e<br />

permissiva. Ela (<strong>de</strong>)forma os jovens, entretém os adultos e<br />

é babá corruptora das crianças.<br />

Seu nome? Nós a chamamos <strong>de</strong> Televisão... Agora<br />

ela tem um marido, que se chama Computador; seus fi lhos<br />

são o Tablet, o iPad, e um fi lho adotivo, o Celular...<br />

Aparelhos, digo eu, úteis se<br />

bem utilizados; são perniciosos quando<br />

sem controle, criando <strong>de</strong>pendência,<br />

<strong>de</strong>struidores do diálogo sadio e<br />

verda<strong>de</strong>iros veículos <strong>de</strong> lixo.<br />

Dom Fernando Arêas Rifan<br />

Bispo da Administração Apostólica<br />

Pessoal São João Maria Vianney


Acolhida: Preparar alguns símbolos<br />

signifi cativos que estimulem o grupo a<br />

celebrar o mês da Bíblia.<br />

Animador/a: Irmãs e irmãos, que bom<br />

estarmos aqui para mais este encontro<br />

fraterno! Estamos iniciando o mês <strong>de</strong><br />

setembro, no qual somos convidados a<br />

celebrar o mês da Bíblia. Desconhecer<br />

as Escrituras é <strong>de</strong>sconhecer o próprio<br />

Cristo, diz São Gerônimo, o tradutor<br />

da Bíblia para o latim.<br />

Canto: Toda Bíblia é comunicação, <strong>de</strong><br />

um Deus amor, <strong>de</strong> um Deus irmão.<br />

É feliz quem crê na revelação, quem<br />

tem Deus no coração.<br />

Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem<br />

<strong>de</strong> Deus Pai.<br />

Ele é vida e verda<strong>de</strong>, a suprema<br />

carida<strong>de</strong>.<br />

ABRINDO OS OLHOS PARA VER<br />

Animador/a: A Palavra <strong>de</strong> Deus,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, fez parte da caminhada<br />

do povo <strong>de</strong> Deus. A partir do Concílio<br />

Vaticano II, a Bíblia foi conquistando<br />

espaço e recuperando sua condição <strong>de</strong><br />

valor fundamental na vida e na missão<br />

da Igreja.<br />

Como surgiu o mês da Bíblia? Foi<br />

no ano <strong>de</strong> 1971, por ocasião do<br />

cinqüentenário da Arquidiocese <strong>de</strong><br />

Belo Horizonte, Minas Gerais e<br />

posteriormente, levado em frente pela<br />

Conferência dos Bispos do Brasil.<br />

A proposta nacional para o mês da<br />

Bíblia <strong>de</strong>ste ano tem como tema:<br />

“Discípulos missionários a partir do<br />

Evangelho <strong>de</strong> Marcos. E o Lema:<br />

Coragem! Levanta-te! Ele te chama!<br />

ORAÇÃO INICIAL<br />

Todos: Senhor, que os teus caminhos<br />

sejam os nossos caminhos. Que os<br />

teus projetos sejam os nossos projetos,<br />

que em tua vida esteja a nossa vida.<br />

Lado a: Que nossos caminhos estejam<br />

abertos para o bem comum, a paz e<br />

a fraternida<strong>de</strong>. Que nossas escolhas<br />

sejam sábias e voltadas para o amor.<br />

1º Encontro<br />

Círculos Bíblicos<br />

“Bíblia - O Livro do Caminho”<br />

Lado b: Que nossos passos sejam<br />

fi rmes, mas que sejamos fl exiveis na<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar <strong>de</strong> direção.<br />

Todos: Que nossas metas e conquistas<br />

sejam guiadas pelo teu amor, tua<br />

paz, sabedoria e esperança, pelo teu<br />

Evangelho. Assim seja.<br />

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS<br />

Animador/a: A Bíblia é o livro<br />

do caminho, pois nos orienta no<br />

seguimento a Jesus Cristo, Caminho,<br />

Verda<strong>de</strong> e Vida.<br />

Seguir Jesus é assimilar o seu projeto.<br />

É enfrentar os caminhos da cruz,<br />

<strong>de</strong>smascarar todo o tipo <strong>de</strong> mentira e<br />

corrupção e anunciar o seu Reino.<br />

Canto: Toda Bíblia é comunicação...<br />

Vin<strong>de</strong> a nós, ó Santo Espírito; vin<strong>de</strong><br />

nos ilumirar. A Palavra que nos salva,<br />

nós queremos proclamar.<br />

Leitor/a 2: Proclamação do Evangelho<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo segundo Marcos 8, 27-30<br />

PARTILHANDO A PALAVRA<br />

a) A pergunta <strong>de</strong> Jesus força os<br />

discípulos a fazer uma revisão <strong>de</strong> tudo<br />

o que ele realizou no meio do povo.<br />

Este mesmo povo não havía entendido<br />

quem era Jesus. E nós, enten<strong>de</strong>mos<br />

quem é Jesus?<br />

b) Experimentamos a sua presença e<br />

atuação em nossas vidas? Como?<br />

CANTO: Toda Bíblia é comunicação...<br />

Os profetas sempre mostram a vonta<strong>de</strong><br />

do Senhor.<br />

Precisamos ser profetas, para o mundo<br />

ser melhor.<br />

REZANDO A PALAVRA<br />

(Oração do caminhante)<br />

Lado a: Senhor, aqui estamos em tua<br />

presença. Somos eternos caminhantes.<br />

Lado b: Andamos por muitos<br />

caminhos tortuosos e planos. Subimos<br />

la<strong>de</strong>iras, e <strong>de</strong>scemos rampas, sempre<br />

caminhando em busca <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />

aos teus projetos.<br />

Lado a: Encontramos muita gente ao<br />

longo da estrada. Pedimos-te perdão<br />

por não termos amado a muitos que<br />

estavam à beira do caminho.<br />

Lado b: Sabemos, Senhor, que<br />

Tu queres que caminhemos! Não<br />

queremos parar, não queremos nos<br />

instalar e nem <strong>de</strong>sanimar.<br />

Lado a: Olhamos o teu povo que<br />

caminhou no <strong>de</strong>serto, olhamos Abraão,<br />

Moisés e tantos outros caminhantes; o<br />

teu Filho que caminhou em direção a<br />

Jerusalém. Olhamos esta multidão que<br />

caminha iluminada pela tua Palavra.<br />

Todos: Senhor, pedimos-te, forças para<br />

continuar a caminhar. Ensina-nos a<br />

caminhar juntos, sem <strong>de</strong>ixar ninguém<br />

para trás, dando atenção a cada<br />

caminhante. Queremos continuar a<br />

caminhar à luz da tua palavra. Amém<br />

ASSUMINDO A PALAVRA<br />

c) A partir do que rezamos, que compromisso<br />

concreto vamos assumir hoje?<br />

Canto: à escolha do grupo<br />

Animador/a: Colocando nossas<br />

intenções particulares, cada uma<br />

po<strong>de</strong>mos rezar uma Ave Maria.<br />

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL<br />

Que o Deus da Vida nos proteja e nos<br />

guie em nossa caminhada! Amém.<br />

Nos abençoe hoje e sempre. Ele que<br />

é Pai, Filho e Espírito Santo! Amém!<br />

Canto Final<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 9


Círculos Bíblicos<br />

Acolhida: Colocar a Bíblia <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma peneira, ou cesto, enfeitada com<br />

fi tas coloridas, sobre o altar ou no<br />

centro da sala, junto uma vela gran<strong>de</strong><br />

sê possível, também enfeitada.<br />

Animador/a: Irmãos e irmãs!Boas<br />

vindas!Este é o nosso segundo encontro<br />

do mês <strong>de</strong>dicado à Bíblia, Palavra <strong>de</strong><br />

Deus. Tempo este que nos leva a uma<br />

consciência maior sobre as Escrituras<br />

Sagradas, o qual contém a história <strong>de</strong><br />

todas as histórias, a mais envolvente,<br />

e transformadora experiência <strong>de</strong> todos<br />

os tempos. Misteriosa relação <strong>de</strong> amor<br />

entre Deus e a humanida<strong>de</strong>.<br />

Cantemos o sinal da Cruz, nos<br />

preparando para este momento tão<br />

importante: Em nome do Pai, em nome<br />

do Filho, em nome do Espírito Santo,<br />

amém. Amém, aleluia. (3X) Aleluia,<br />

amém.<br />

Canto: A Bíblia é a Palavra <strong>de</strong> Deus<br />

semeada no meio do povo, que cresceu,<br />

cresceu e nos transformou, ensinandonos<br />

viver um mundo novo.<br />

ABRINDO OS OLHOS PARA VER<br />

Animador/a: A segunda carta <strong>de</strong> São<br />

Paulo a Timóteo Cap. 3, 16 diz: “Toda<br />

Escritura é inspirada por Deus e é útil<br />

para ensinar, para refutar, para corrigir,<br />

para educar na justiça, a fi m <strong>de</strong> que<br />

os fi lhos <strong>de</strong> Deus sejam perfeitos,<br />

preparados para toda boa obra”.<br />

10<br />

2º Encontro<br />

Bíblia - Lâmpada para nossos pés<br />

Leitor/a 1: Deus “usou” <strong>de</strong> pessoas,<br />

chamados “autores sagrados” para<br />

se comunicar. Seus ensinamentos<br />

passaram por mãos humanas e pelo<br />

conhecimento <strong>de</strong> tantos homens e<br />

mulheres que se colocaram à sua<br />

escuta e a caminho com Ele.<br />

Leitor/a 2: A Bíblia é o livro mais<br />

lido no mundo inteiro, ela contém tudo<br />

aquilo que Deus quis nos comunicar<br />

em relação a nossa salvação. E Jesus<br />

por sua vez, é o centro e o coração<br />

da Bíblia. Pois nele se cumpre<br />

todas as promessas feitas no Antigo<br />

Testamento.<br />

Leitor/a 3: Quantos cristãos e<br />

povos inteiros, até mesmo não<br />

cristãos admiram, refl etem e<br />

vivem a Palavra <strong>de</strong> Deus em<br />

suas vidas no dia-dia, fruto do<br />

amor <strong>de</strong> Deus para com todos.<br />

ORAÇÃO INICIAL<br />

Vamos pedir a luz do<br />

Divino Espírito Santo para<br />

compreen<strong>de</strong>r melhor a Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus: Vin<strong>de</strong>, Espírito<br />

Santo, enchei os corações dos<br />

vossos fi éis e acen<strong>de</strong>i neles o<br />

fogo do vosso amor. Enviai<br />

o Vosso Espírito e tudo será<br />

criado, e renovareis a face da terra.<br />

Oremos: Ó Deus, que instruíste os<br />

corações dos vossos fi éis com a luz do<br />

Espírito Santo, fazei que apreciemos<br />

retamente todas as coisas segundo o<br />

mesmo Espírito e gozemos sempre<br />

da sua consolação. Por Cristo, Senhor<br />

nosso. Amém.<br />

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS<br />

Animador/a: O texto <strong>de</strong> hoje nos faz<br />

ver que a Palavra <strong>de</strong> Deus não po<strong>de</strong><br />

fi car escondida, abafada, mas sim <strong>de</strong>ve<br />

se tornar conhecida para que possa<br />

atingir a todos.<br />

Canto: Palavra <strong>de</strong> Salvação...<br />

Proclamação do Evangelho <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo, segundo Marcos 4, 21-23.<br />

PARTILHANDO A PALAVRA<br />

a) Qual é o sentido da verda<strong>de</strong>ira luz?<br />

b) Por que Jesus afi rma que a Palavra<br />

não <strong>de</strong>ve fi car escondida?<br />

c) Quando é que a Palavra fi ca escondida<br />

em nossa vida?<br />

Canto: Tua Palavra é lâmpada para<br />

os meus pés, Senhor. Lâmpada para<br />

os meus pés, Senhor. Luz para o meu<br />

caminho. (2X)<br />

ASSUMINDO A PALAVRA<br />

Animador/a: A caminhada do povo <strong>de</strong><br />

Deus não se realiza satisfatoriamente<br />

sem a Palavra <strong>de</strong> Deus. Portanto, a<br />

leitura da Bíblia é sempre priorida<strong>de</strong>.<br />

A partir do Concílio Vaticano II, a<br />

Palavra <strong>de</strong> Deus foi colocada mais em<br />

evidência em nossas comunida<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>ssa forma as pessoas vão se<br />

familiarizando e percebendo a cada<br />

dia que ela é um valor <strong>de</strong> fundamental<br />

importância em nossa vida e na missão<br />

da própria Igreja.<br />

d) Hoje, qual seria o papel <strong>de</strong> cada um<br />

para que a Palavra não fi que oculta,<br />

ou ocupe apenas lugar <strong>de</strong> enfeite em<br />

nossas vidas?<br />

REZANDO A PALAVRA<br />

Animador/a: Façamos nossa oração<br />

fi nal citando versículos da Bíblia e a<br />

cada versículo, respondamos:<br />

Senhor, brilhe para nós a vossa luz.<br />

Ao fi nal vamos rezar a oração que<br />

Jesus nos ensinou: Pai Nosso...<br />

Canto: Toda Bíblia é comunicação...<br />

BÊNÇÃO FINAL<br />

Que o Senhor nos abençoe e nos livre<br />

<strong>de</strong> todo o mal. Pai, Filho e Espírito<br />

Santo. Amém!


Acolhida: Colocar sobre a mesa a<br />

Bíblia em <strong>de</strong>staque, lembrando que<br />

estamos no mês <strong>de</strong> setembro, o mês da<br />

Bíblia. Escrever o Tema, e coloca-lo<br />

também em <strong>de</strong>staque: A PALAVRA DE<br />

DEUS É VIVA E EFICAZ.<br />

Animador/a: Boas vindas irmãos e<br />

irmãs! É muito bom a gente po<strong>de</strong>r se<br />

encontrar <strong>de</strong> novo para rezar e falar da<br />

Vida.<br />

Canto: “Nas horas <strong>de</strong> Deus, amém!<br />

Pai, Filho, Espirito Santo (bis)<br />

Luz <strong>de</strong> Deus em todo canto, nas horas<br />

<strong>de</strong> Deus amém”!<br />

ABRINDO OS OLHOS PARA VER<br />

Animador/a: A Igreja do Brasil vem<br />

proporcionando vários meios <strong>de</strong> evangelização<br />

para aqueles/as que <strong>de</strong>sejam<br />

conhecer Quem é Jesus. Um dos meios<br />

que Ela nos proporciona é o estudo com<br />

mais ênfase da Bíblia. Por isso, o mês<br />

<strong>de</strong> setembro, como já foi visto antes, é<br />

todo <strong>de</strong>dicado ao estudo da Palavra <strong>de</strong><br />

Deus. O tema <strong>de</strong> nosso encontro quer<br />

nos ajudar a enten<strong>de</strong>r a importância da<br />

PALAVRA em nossas vidas, como o<br />

redator da carta aos hebreus escreveu:<br />

A PALAVRA É VIVA e EFICAZ. É<br />

Viva pois se fez PESSOA HUMANA<br />

EM JESUS e é EFICAZ, pois produz<br />

em nós, os frutos <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> com a<br />

condição <strong>de</strong> colocá-la em prática.<br />

ORAÇÃO INICIAL<br />

Lado a: Luz na frente, paz na estrada,<br />

Deus na caminhada, vem!<br />

Levantar quem está caído, curar os<br />

feridos, vem!<br />

Lado b: Vem refazer a justiça, às<br />

multidões esmagadas, vem!<br />

Transforma-nos para o bem, somos o<br />

teu povo, divinos também!<br />

Lado a: Luz na frente, paz na história,<br />

Ó Deus da memória, vem!<br />

Refaz em nossa lembrança a tua<br />

aliança, vem!<br />

Todos: O Evangelho do teu Filho<br />

3º Encontro<br />

Círculos Bíblicos<br />

A Palavra <strong>de</strong> Deus é viva e efi caz<br />

ganhe novo brilho na gente também!<br />

Tua graça nos perdoe, nos abençoe,<br />

amém!<br />

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS<br />

Animador/a: Nós já sabemos que todo<br />

o evangelho <strong>de</strong> Marcos é uma proposta<br />

que nos compromete com as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Jesus, ontem e hoje. A escuta da<br />

Palavra <strong>de</strong> Deus é o eixo central da<br />

Vida Cristã. O discípulo missionário<br />

é aquele que escuta, que semeia, que<br />

prepara o terreno. Sabemos que Deus<br />

nos fala pela Bíblia, mas também pela<br />

Vida.<br />

Canto: Palavras <strong>de</strong> salvação somente<br />

os céus tem pra dar, por isso meu<br />

coração se abre para escutar!<br />

Proclamação do Evangelho <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo segundo Marcos 4, 14-20<br />

PARTILHANDO A PALAVRA<br />

1) O que o texto nos diz? Vamos<br />

recordar juntos, em forma <strong>de</strong> mutirão.<br />

2) Qual a importância <strong>de</strong> ler a Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus em comunida<strong>de</strong>?<br />

(Partilhar algumas experiências que<br />

a Palavra <strong>de</strong> Deus foi provocando em<br />

nível pessoal e comunitário).<br />

REZANDO A PALAVRA<br />

Salmo 119<br />

Leitor 1: Felizes os íntegros em seus<br />

caminhos, os que andam conforme a<br />

vonta<strong>de</strong> do Senhor.<br />

Que os meus caminhos sejam fi rmes,<br />

para que eu observe as tuas leis,<br />

Senhor.<br />

Leitor 2: Eu te celebrarei <strong>de</strong> coração<br />

reto, apren<strong>de</strong>ndo tuas justas normas.<br />

Todos: Vou observar os seus ensinamentos,<br />

não me abandones nunca,<br />

Senhor.<br />

Leitor 1: Como um jovem po<strong>de</strong>rá<br />

conservar puro o seu caminho...<br />

Observando a tua palavra.<br />

Leitor 2: Eu te busco <strong>de</strong> todo o<br />

coração, não me <strong>de</strong>ixes afastar dos teus<br />

mandamentos.<br />

Todos: Vou observar os seus ensinamentos,<br />

não me abandones, Senhor.<br />

Leitor 1: Eu me alegro com o caminho<br />

dos teus testemunhos,<br />

Mais do que com todas as riquezas.<br />

Leitor 2: Faze o bem ao teu servo, e eu<br />

viverei observando a tua palavra.<br />

Cumprirei tuas palavras sem cessar,<br />

para sempre e eternamente.<br />

Todos: Vou observar os seus ensinamentos,<br />

não me abandones, Senhor.<br />

ASSUMINDO A PALAVRA<br />

Animador/a: Como a Palavra <strong>de</strong> Deus<br />

po<strong>de</strong>rá ganhar novo brilho em nós? Em<br />

nossa comunida<strong>de</strong>?<br />

Canto: à escolha do grupo<br />

Animador/a: Finalizando o nosso<br />

encontro, <strong>de</strong>mo-nos as mãos e rezemos<br />

com fé a oração da unida<strong>de</strong>: Pai<br />

Nosso...<br />

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL<br />

Que o Senhor abra nossos ouvidos e<br />

toque a nossa boca para que possamos<br />

proclamar as maravilhas que Ele vem<br />

realizando na Igreja, através <strong>de</strong> sua<br />

Palavra! Desça sobre nós sua bênção<br />

e sua Paz. Ele que é Pai, Filho Espírito<br />

Santo. Amém!<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 11


Círculos Bíblicos<br />

4º Encontro<br />

Palavra encarnada, Palavra anunciada<br />

Acolhida: Colocar em <strong>de</strong>staque, a<br />

Bíblia, fl ores, vela, imagem <strong>de</strong> Jesus e<br />

o tema do dia em cartaz.<br />

Animador/a: Amados irmãos e<br />

irmãs! Boas vindas para mais este<br />

encontro no qual nos reanimaremos<br />

e nos fortaleceremos em vista da<br />

vida e missão. Com o coração alegre,<br />

disposto, aberto, invoquemos a<br />

Trinda<strong>de</strong> Santa, cantando: Em nome<br />

do Pai...<br />

Canto: Tua Palavra é luz do meu<br />

caminho, luz do meu caminho meu<br />

Deus, tua Palavra é.<br />

Tu Palavra está nas ondas do mar, tua<br />

Palavra está no sol a brilhar.<br />

Tua Palavra está no pensamento, no<br />

sentimento, tua Palavra está. (Bis)<br />

Tua Palavra está na beleza da fl or, tua<br />

Palavra está na gran<strong>de</strong>za do amor.<br />

Tu Palavra está na liberda<strong>de</strong>, na<br />

amiza<strong>de</strong>, tua Palavra está. (Bis)<br />

ABRINDO OS OLHOS PARA VER<br />

Animador/a: O encontro <strong>de</strong> hoje nos<br />

recorda que em Jesus, a “Palavra se fez<br />

carne e habitou entre nós (Jo1,14)”. É<br />

em sua vida e missão que a Palavra<br />

é por Jesus mesmo encarnada; em<br />

casa na família, na Sinagoga em<br />

comunida<strong>de</strong>, no templo no meio do<br />

povo. (Lc 4 ) Só po<strong>de</strong> trabalhar com<br />

a Palavra quem se <strong>de</strong>ixa trabalhar pela<br />

Palavra, a exemplo <strong>de</strong> Jesus.<br />

Leitor/a 1: Jesus Mestre, que dissestes:<br />

“On<strong>de</strong> dois ou mais estiverem reunidos<br />

em meu nome, eu aí estarei no meio<br />

<strong>de</strong>les”;<br />

Todos: Ficai conosco, aqui<br />

reunidos para melhor meditar<br />

e comungar com vossa sa<br />

Palavra.<br />

Leitor/a 1: Sois o Mestre e a<br />

Verda<strong>de</strong>;<br />

Todos: Iluminai-nos, para que e<br />

melhor compreendamos as s<br />

12<br />

ORAÇÃO INICIAL<br />

Sagradas Escrituras.<br />

Leitor/a 1: Sois o Guia e o Caminho:<br />

Todos: Fazei-nos dóceis aos vossos<br />

ensinamentos.<br />

Leitor/a 1: Sois a Vida verda<strong>de</strong>ira que<br />

conduz ao Pai;<br />

Todos:Transformai nosso coração<br />

em terra boa, on<strong>de</strong> a Palavra <strong>de</strong><br />

Deus produza frutos abundantes <strong>de</strong><br />

santida<strong>de</strong> e missão. Amém.<br />

ESCUTANDO A PALAVRA DE DEUS<br />

Animador/a: O Evangelho <strong>de</strong> hoje<br />

nos ajuda a enten<strong>de</strong>r o programa <strong>de</strong><br />

vida <strong>de</strong> Jesus. Consagrado e enviado,<br />

o Messias realiza a missão libertadora<br />

entre os pobres e oprimidos. “Palavra<br />

encarnada é a Palavra anunciada”.<br />

Canto: A comunida<strong>de</strong> dança alegre<br />

e canta, acolhendo agora a palavra<br />

santa ( bis)<br />

A Palavra vem, vem nos libertar, como<br />

um vento forte, a nos arrastar.<br />

A Palavra vem, fala ao coração,chega<br />

como a chuva fecundando o chão.<br />

Leitor/a 2: Proclamação do Evangelho<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo segundo Lucas 4,14-21<br />

PARTILHANDO A PALAVRA<br />

a) O que o texto nos diz?<br />

b) O que o texto diz para a nossa vida<br />

pessoal, comunitária e social?<br />

Canto: A comunida<strong>de</strong>, dança alegre<br />

e canta, acolhendo agora a palavra<br />

santa (bis) (b )<br />

Vamos caminhar irmãos e irmãs, já<br />

chegou a hora da nossa missão.<br />

REZANDO A PALAVRA<br />

Todos/as: A Bíblia é a Palavra <strong>de</strong><br />

Deus, semeada no meio do povo.<br />

Que cresceu, cresceu e nos<br />

transformou,ensinando-nos viver<br />

num mundo novo.<br />

Leitor/a 3: Deus é bom, nos ensina a<br />

viver. Nos revela o caminho a seguir.<br />

Só no amor partilhando seus dons, sua<br />

presença iremos sentir.<br />

Leitor/a 3: Somos povo, o povo <strong>de</strong><br />

Deus e formamos o reino <strong>de</strong> irmãos.<br />

E a Palavra que é viva nos guia e<br />

alimenta a nossa união.<br />

Todos/as: A Bíblia é a Palavra <strong>de</strong><br />

Deus, semeada no meio do povo.<br />

Que cresceu, cresceu e nos<br />

transformou,ensinando-nos viver<br />

num mundo novo.<br />

ASSUMINDO A PALAVRA<br />

c) “E todos tinham os olhos fi xos em<br />

Jesus.” ( Lc 4,20) O que signifi ca para<br />

nós e nossa missão hoje, ter o nosso<br />

olhar fi xo em Jesus e seu projeto?<br />

d) A que compromisso concreto este<br />

“olhar” me leva?<br />

Animador/a: Rezemos cada um, uma<br />

Ave Maria, colocando nossas intenções<br />

livres.<br />

BÊNÇÃO FINAL<br />

Que o Deus da vida, do amor e da<br />

misericórdia, nos acompanhe. Amém.<br />

Qu Que Nele e com Ele a sua<br />

Pa Palavra seja por nós encarnada<br />

e<br />

anunciada. Amém<br />

De Derrame sobre nós suas<br />

bê bênçãos, Ele que é Pai, Filho,<br />

Es Espírito Santo, Amém<br />

Ca Canto fi nal: É como a chuva que<br />

la lava, é como o fogo que arrasa.<br />

Tua Tu Palavra é assim, não passa<br />

po por mim sem <strong>de</strong>ixar um sinal.<br />

(Bis) (B


Pergunte e Respon<strong>de</strong>remos<br />

Por que a Igreja católica batiza crianças?<br />

Este questionamento é freqüente entre os católicos,<br />

e muitos <strong>de</strong> nós, quando interpelados sobre o porquê <strong>de</strong><br />

se batizar crianças, não sabemos respon<strong>de</strong>r, haja vista que<br />

também <strong>de</strong>sconhecemos a razão pela qual a Igreja, nos instrui<br />

a batizar as crianças.<br />

A resposta consiste em acreditarmos que só por meio<br />

do batismo nos tornamos fi lhos e fi lhas <strong>de</strong> Deus. Não há outra<br />

maneira <strong>de</strong> fazermos parte <strong>de</strong>sta família. Embora seja verda<strong>de</strong><br />

que uma criança não tem consciência para praticar algum tipo<br />

<strong>de</strong> pecado, e, muito menos, para arrepen<strong>de</strong>r-se por alguma<br />

ação praticada. No entanto, é correto afi rmar que todos nós, por<br />

meio <strong>de</strong> Adão e Eva, tivemos nossa comunhão com o Criador<br />

rompida <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>sobediência (cf. Gênesis 3,1-7). Presumo<br />

que você já tenha ouvido falar sobre o Pecado Original. Ele<br />

consiste, justamente, nesta realida<strong>de</strong> apresentada, nós, seres<br />

humanos temos uma natureza marcada pelo pecado, o que nos<br />

distancia do Salvador. Então por meio <strong>de</strong> Jesus Cristo o “novo<br />

Adão” (cf. 1 Coríntios 15,20-21) obtivemos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

retomarmos àquela comunhão com Deus, outrora rompida.<br />

O sacramento do Batismo não foi inventado pelo<br />

homem, mas instituído pelo próprio Cristo, que nos <strong>de</strong>u o<br />

mandato: “I<strong>de</strong>, pois, fazei que todos os povos se tornem meus<br />

discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do<br />

Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos<br />

or<strong>de</strong>nei” (Mt 28,19-20). A Igreja Católica enten<strong>de</strong>u isso muito<br />

bem e procurou, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu início, no trabalho pastoral, pô-lo<br />

em prática. Po<strong>de</strong>mos observar isto no episódio em que São<br />

Paulo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> anunciar o Evangelho ao carcereiro e toda<br />

sua família, os batiza imediatamente (cf. Atos dos Apóstolos<br />

16, 25-34).<br />

Francamente, não entendo como alguém po<strong>de</strong><br />

não aceitar a prática do batismo <strong>de</strong> crianças, levando em<br />

consi<strong>de</strong>ração o fato <strong>de</strong> que, se somos cristãos convictos <strong>de</strong> nossa<br />

fé e a<strong>de</strong>são a Cristo, e se somos realizados no seu seguimento,<br />

como discípulos Por que não <strong>de</strong>veríamos, oferecer esta gran<strong>de</strong><br />

graça aos nossos fi lhos? “Quem <strong>de</strong> vós, sendo pai, se o fi lho<br />

lhe pedir um peixe, em vez <strong>de</strong> peixe lhe dará um serpente? Ou<br />

ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós<br />

que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos fi lhos, quanto<br />

mais o Pai do céu...” (cf. Lucas 11,9-13). Isto me faz lembrar<br />

<strong>de</strong> um episódio: certa vez, ainda seminarista, em meu estágio<br />

pastoral, estava numa casa <strong>de</strong> paroquianos, quando perguntei<br />

aos pais da criança se já a haviam batizado. Fiquei surpreso<br />

com a resposta, pois me disseram que não. Justifi caram-se<br />

dizendo que “seu fi lho mesmo escolheria o caminho que iria<br />

seguir”. Fiquei pensando: será que eles dariam esta mesma<br />

“autonomia” ao fi lho quando este precisasse ingressar na<br />

escola, ou quando começasse a fazer amigos, ou nos ambientes<br />

que quisesse freqüentar? Tenho certeza que não. Os pais, mais<br />

que as crianças sabem da necessida<strong>de</strong> do estudo, sabem da<br />

importância <strong>de</strong> boas amiza<strong>de</strong>s e igualmente serão favoráveis<br />

que elas frequentem lugares que lhe proporcionarão boas<br />

infl uências e, não o contrário. Assim, imagino que o leitor saiba<br />

on<strong>de</strong> quero chegar. Quando somos cristãos <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, damos<br />

aos fi lhos daquilo que temos certeza que será <strong>de</strong>cisivo para<br />

suas vidas. Oferecemos a eles aquilo que, com certeza, lhes<br />

marcarão in<strong>de</strong>levelmente e lhes farão muito felizes. Se temos<br />

dúvida disto, é porque talvez ainda não nos <strong>de</strong>scobrimos como<br />

parte <strong>de</strong>sta família do povo <strong>de</strong> Deus. Antes <strong>de</strong> nos “tornar”<br />

católicos ou protestantes, o batismo nos faz cristãos, ou seja,<br />

outros Cristos, participantes da família <strong>de</strong> Deus. Apaga nossos<br />

pecados, passamos a ser templos do Espírito Santo, fi lhos <strong>de</strong><br />

Deus. Em suma, o batismo nos incorpora à Igreja, on<strong>de</strong> nos<br />

reconhecemos como irmãos pela graça divina,<br />

recebida neste valioso sacramento.<br />

Pe. Alexsandro S. Lima<br />

padrealexsandro@hotmail.com<br />

Paróquia Rainha dos Apóstolos<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 13


A <strong>Diocese</strong> em <strong>Revista</strong><br />

Segunda Etapa da<br />

Escola Santo André<br />

Realizou-se nos dias 4 e 5 <strong>de</strong> agosto, a Segunda Etapa<br />

da Escola Santo André, no Salão Paroquial <strong>de</strong> Laguna<br />

Carapã. Com mais <strong>de</strong> 130 pessoas, <strong>de</strong>u-se continuida<strong>de</strong> ao<br />

processo formativo-missionário, iniciado em maio <strong>de</strong>ste<br />

ano. A Coor<strong>de</strong>nação<br />

fi cou por conta da Equipe<br />

<strong>de</strong> Laguna Carapã e a<br />

orientação do conteúdo,<br />

dos membros da Escola<br />

<strong>de</strong> <strong>Dourados</strong> e Campo<br />

Gran<strong>de</strong>. A terceira etapa<br />

acontecerá dias 10 e 11 <strong>de</strong><br />

novembro.<br />

Candidatos <strong>de</strong> Laguna<br />

respon<strong>de</strong>m aos eleitores<br />

A Paróquia Cristo Rei <strong>de</strong> Laguna Carapã, através do<br />

Informativo Paroquial, está proporcionando aos eleitores<br />

locais o conhecimento das i<strong>de</strong>ias e projetos dos dois<br />

candidatos a Prefeito do Município. Os meses <strong>de</strong> agosto e<br />

setembro servirão para que os cidadãos possam conhecer<br />

melhor o futuro Prefeito. Desta forma, Itamar Bilibio e<br />

Inácio Espíndola recebem perguntas do povo das diversas<br />

comunida<strong>de</strong>s e respon<strong>de</strong>m, repassando-as ao Informativo.<br />

No mês <strong>de</strong> agosto, os mil exemplares não foram sufi cientes<br />

para aten<strong>de</strong>r à curiosida<strong>de</strong> da população.<br />

Missa Campal<br />

Em um clima alegre e festivo, fi éis da Paróquia<br />

Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus formada pelas comunida<strong>de</strong>s São<br />

Paulo Apóstolo, São Pedro e Santo Antônio celebraram a<br />

1ª Missa Campal, no dia 05 <strong>de</strong> agosto às 09h, no terreno<br />

on<strong>de</strong> será construído o futuro Santuário <strong>de</strong>dicado ao<br />

Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus. Um sonho <strong>de</strong> todos os fi éis e,<br />

principalmente dos <strong>de</strong>votos do Sagrado Coração. A Santa<br />

Missa presidida pelo pároco Pe. Alexandre e concelebrada<br />

pelo Pe. Toninho (ambos do Instituto dos Missionários da<br />

Imaculada Padre Kolbe), reuniu aproximadamente 150<br />

fi éis. O sol quente não <strong>de</strong>sanimou os presentes, abrigados<br />

em tendas instaladas no terreno.<br />

O futuro Santuário se localiza à Rua Aurora Augusta<br />

<strong>de</strong> Matos (fundo do Resi<strong>de</strong>ncial Ecoville e próximo à Usina<br />

Velha), e terá área construída<br />

e área preservada,<br />

on<strong>de</strong> também será feito<br />

um gran<strong>de</strong> espaço para<br />

um centro <strong>de</strong> evangelização<br />

para a formação<br />

Mariana e Missionária<br />

com a Rádio Imaculada<br />

Conceição e TV Imaculada<br />

Conceição.<br />

14<br />

Ficha Limpa<br />

A Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong> se reuniu com<br />

segmentos da população doura<strong>de</strong>nse na manhã do dia 16,<br />

para discutir a Lei da Ficha Limpa.<br />

Participaram do <strong>de</strong>bate alguns vereadores, representantes<br />

do Executivo Municipal, Procuradoria do Município,<br />

Promotoria <strong>de</strong> Justiça, OAB, Vara Penal, Aced, Igrejas,<br />

Maçonaria, Imprensa, Observatório Social <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>,<br />

entre outras entida<strong>de</strong>s da socieda<strong>de</strong> organizada.<br />

Representando a Igreja Católica, estiveram presentes<br />

Padre Otair Nicoletti - diretor espiritural da Fundação Terceiro<br />

Milênio e reitor do Santuário Diocesando <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

Aparecida na Vila São Pedro e Padre Alex Gonçalves Dias<br />

- pároco da Rainha dos Apóstolos e coor<strong>de</strong>nador Diocesano<br />

<strong>de</strong> Pastoral; e, representando a imprensa católica, Ozair Dias<br />

Sanabria - diretora artística da Rádio Coração e o fotógrafo<br />

Estanislau Sanabria.<br />

Segundo o procurador-jurídico da Câmara, Sérgio<br />

Henrique Pereira Martins <strong>de</strong> Araújo, “a i<strong>de</strong>ia foi promover um<br />

amplo <strong>de</strong>bate, discutir<br />

pormenores do projeto<br />

<strong>de</strong> lei que está na Casa<br />

para ser votado e que vai<br />

disciplinar a nomeação<br />

para cargos em comissão<br />

da administração direta<br />

ou indireta do po<strong>de</strong>r<br />

executivo e legislativo<br />

municipal”.<br />

Mosteiro<br />

No dia 11 <strong>de</strong> agosto, dia <strong>de</strong> Santa Clara, Dom<br />

Redovino presidiu a missa <strong>de</strong> encerramento da novena no<br />

Mosteiro Santa Maria dos Anjos <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>. A missa foi<br />

concelebrada pelos padres Leão Pedro, da catedral, Amauri,<br />

<strong>de</strong> Brasília e Frei Eterson, pároco da São José Operário, <strong>de</strong><br />

<strong>Dourados</strong>. A celebração contou com uma gran<strong>de</strong> participação<br />

<strong>de</strong> pessoas colaboradoras do Mosteiro. As Irmãs Clarissas<br />

animaram com muito amor, cantando músicas próprias<br />

para o momento. Após<br />

a celebração, aconteceu<br />

uma quermesse para<br />

levantar fundos em<br />

prol do Mosteiro. Foi<br />

também lançada uma<br />

rifa das imagens do<br />

Sagrado Coração <strong>de</strong><br />

Jesus e <strong>de</strong> Santa Clara.<br />

Casa da Esperança<br />

Casa da Esperança completou<br />

15 anos <strong>de</strong> existência , no dia 19<br />

<strong>de</strong> agosto. Na ocasião aconteceu<br />

a missa e almoço festivo com os<br />

internos e seus familiares.


Encerramento do retiro <strong>de</strong> primeira<br />

experiência para os casais que já zeram<br />

acampamento Sênior <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>,<br />

Santuário Padre Pio (4 e 5/08)<br />

Almoço em comemoração<br />

ao dia do Padre e dos<br />

Pais, Catedral (18/08)<br />

Missa em Ação <strong>de</strong> Graças ao primeiro ano<br />

<strong>de</strong> sacerdócio do padre Ciro Ricardo da Silva<br />

Freitas, vigário da paróquia São Carlos <strong>de</strong><br />

<strong>Dourados</strong> (30/07)<br />

Econtro <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadores diocesanos<br />

e estaduais da pastoral da Pessoa Idosa<br />

em Curitiba- PR, <strong>de</strong> 7 a 10 <strong>de</strong> agosto. De<br />

<strong>Dourados</strong>, participou a Ir. Teresinha <strong>de</strong> Jesus<br />

Felipe, responsável diocesana da Pastoral da<br />

Pessoa Idosa.<br />

Nos dias 10 e 11 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2012, em<br />

<strong>Dourados</strong>, a Pastoral da Saú<strong>de</strong> realizou<br />

um encontro <strong>de</strong> aprofundamento<br />

sobre terapias complementares.<br />

Participaram representes das paróquias<br />

<strong>de</strong> Itamaraty, Juti, Indápolis, Fátima<br />

do Sul, Caarapó e Glória <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>.<br />

Encerramento do<br />

Acampamento Juvenil,<br />

no Santuário<br />

Padre Pio, em <strong>Dourados</strong><br />

(26 a 27/08)<br />

2ª Missa Serteneja, realizada na<br />

Comunida<strong>de</strong> Santo André em <strong>Dourados</strong><br />

(29/07)<br />

A <strong>Diocese</strong> em <strong>Revista</strong><br />

Encontro <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> canto litúrgico<br />

realizado nos dias 04 e 05 <strong>de</strong> agosto, no<br />

IPAD, dirigido pelo Pe. Osmar Bezutti.<br />

Missa em Ação <strong>de</strong> Graças ao dia dos<br />

Religiosos(as), Catedral (18/08)<br />

Congresso Diocesano<br />

da Renovação Carismática<br />

Católica realizado<br />

na Casa <strong>de</strong> Retiros<br />

Nossa Senhora das<br />

Graças, em <strong>Dourados</strong><br />

(3 a 5/08)<br />

Escola Catequética Diocesana, IPAD<br />

(18 e 19/08)<br />

Festa da padroeira da comunida<strong>de</strong><br />

Nossa Senhora da Glória na Vila<br />

Macaúba (19/08)<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 15


Fique por <strong>de</strong>ntro!<br />

01 e 02 – Assembleia Estadual da Pastoral da Criança, em<br />

Campo Gran<strong>de</strong> – “Convívio”, no IPAD<br />

01 – Crismas em <strong>Dourados</strong> (Paróquia Bom Jesus)<br />

02 – Crismas em <strong>Dourados</strong> (São José Operário)<br />

05 a 09 – “Acampamento Senior” (Campistas)<br />

06 a 09 – “Convívio”, no IPAD<br />

07 – Missa presidida pelo bispo diocesano na Catedral, pela<br />

passagem do “Dia da Pátria”<br />

08 e 09 – Crismas em Maracaju<br />

09 – Formação para Ministros Novos nas Foranias <strong>de</strong><br />

Amambai e Ponta Porã<br />

10 – Encontro <strong>de</strong> padres e diáconos na Chácara São João<br />

Maria Vianney<br />

11 – Reunião da Coor<strong>de</strong>nação Diocesana <strong>de</strong> Pastoral<br />

13 a 15 – Assembleia da CRB Regional, em Campo Gran<strong>de</strong><br />

14 a 16 – “Cursilho” <strong>de</strong> Homens, no IPAD<br />

15 a 23 – Semana Vocacional, em <strong>Dourados</strong><br />

15 – Crismas em Rio Brilhante<br />

16 – Crismas em Nova Alvorada e Rio Brilhante<br />

17 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia Bom Jesus (<strong>Dourados</strong>)<br />

18 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia Nossa Senhora Aparecida (<strong>Dourados</strong>)<br />

19 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia Nossa Senhora do Carmo (<strong>Dourados</strong>)<br />

20 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

02 – 22º Domingo do Tempo Comum<br />

07 – 1ª sexta-feira do mês: Dia <strong>de</strong> oração pela Igreja Diocesana<br />

– Dia da Pátria – Grito dos Excluídos – 24º Aniversário<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação episcopal <strong>de</strong> Dom Alberto<br />

08 – Na! vida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

09 – 23º Domingo do Tempo Comum<br />

12 – San" ssimo Nome <strong>de</strong> Maria<br />

14 – Exaltação da Santa Cruz<br />

15 – Nossa Senhora das Dores<br />

16<br />

Agenda Diocesana<br />

Datas Signifi cativas<br />

Paróquia Imaculada Conceição (<strong>Dourados</strong>)<br />

21 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus (<strong>Dourados</strong>)<br />

21 a 23 – Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança –<br />

“Cursilho” <strong>de</strong> Mulheres, no IPAD<br />

22 – Crismas em <strong>Dourados</strong> (Paróquia São Carlos)<br />

23 – Missa presidida pelo Bispo diocesano na Comunida<strong>de</strong><br />

Padre Pio (Criação do Santuário) – Crismas em <strong>Dourados</strong><br />

(Comunida<strong>de</strong> São Francisco)<br />

24 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia São Carlos (<strong>Dourados</strong>)<br />

25 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia Santa Teresinha (<strong>Dourados</strong>)<br />

26 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia Rainha dos Apóstolos (<strong>Dourados</strong>)<br />

27 – Reunião do Conselho Diocesano <strong>de</strong> Assuntos Econômicos<br />

– Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia São José Operário (<strong>Dourados</strong>)<br />

28 – Encontro do Bispo diocesano com as li<strong>de</strong>ranças da<br />

Paróquia São Pedro (Vila São Pedro)<br />

28 a 30 – “Despertar”, no Centro <strong>de</strong> Espiritualida<strong>de</strong> da Vila<br />

São Pedro – “Acampamento Mirim” (Campistas)<br />

29 e 30 – Assembleia do SAV, no IPAD<br />

30 – Missa presidida pelo Bispo diocesano em Vicen! na: Festa<br />

<strong>de</strong> Santa Teresinha<br />

16 – 24º Domingo do Tempo Comum<br />

21 – São Mateus – Dia da Árvore<br />

22 – Início da Primavera<br />

23 – 25º Domingo do Tempo Comum<br />

27 – São Vicente <strong>de</strong> Paulo – Dia do<br />

Vicen! no<br />

29 – São Miguel, São Gabriel e São Rafael<br />

30 – 26º Domingo do Tempo Comum – Dia<br />

da Bíblia<br />

Aniversariantes<br />

Religiosos/as Padres e Diáconos<br />

Nascimento<br />

01. Ir. Natalina Nardin, isvpg<br />

03. Ir. Maria Chiara da Santa Mãe <strong>de</strong> Deus, ocs<br />

05. Ir. Maria Inês <strong>de</strong> Jesus Misericordioso, ocs<br />

06. Ir. Neusabete Sant’Ana Feitas, isj<br />

14. Ir. Geovânia Cândido Farias (Obra <strong>de</strong> Maria)<br />

20. Ir. Ivone Wothner (Ir. Servas <strong>de</strong> N. S. da Anunciação)<br />

26. Ir. Maria Aidèe Corrêa Kathamkya, ufcc<br />

29. Ir. Julieta Bairro Sara# e, iascj<br />

30. Ir. Maria E. das Graças (Ir. Franciscana <strong>de</strong> Dilliingen)<br />

Nascimento<br />

10. Pe. Paulino C. <strong>de</strong> Oliveira<br />

15. Pe. Aroldo Men<strong>de</strong>s dos Santos, svd<br />

21. Pe. Alvino Francisco <strong>de</strong> Souza<br />

24. Pe. Wilbert M. da Silva<br />

24. Pe. Pedro Vicen! ni, ocs<br />

30. Pe. Wilson Cardoso <strong>de</strong> Sá<br />

Or<strong>de</strong>nação<br />

02. Pe. Miguel Nascimento, cssr<br />

04. Frei Aguinaldo Santana Pereira, ofm<br />

17. Pe. Leão Pedro Kolbe <strong>de</strong> Lima, sjs<br />

28. Pe. Pietro Peruzzo<br />

29. Pe. Gregórius Wuwur, svd


Semana da Família - Catedral<br />

Fatos em foco<br />

Encontro <strong>de</strong> candidatos políticos em <strong>Dourados</strong><br />

A Igreja Católica promoveu no dia 18 <strong>de</strong> agosto um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate político com os candidatos a vereador e a prefeito<br />

<strong>de</strong> <strong>Dourados</strong> e região. O encontro, organizado pelo bispo diocesano Dom Redovino Rizzardo, foi realizado no auditório da<br />

Associação Comercial e Empresarial <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong> (Aced). Com o tema “A missão do político na socieda<strong>de</strong>”, o encontro<br />

foi <strong>de</strong>stinado apenas aos candidatos, não sendo aberto ao público em geral.<br />

Aconteceu <strong>de</strong> 16 a 18 <strong>de</strong> agosto.<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 17


Vida em família<br />

Ser um jovem cristão na universida<strong>de</strong><br />

Passar em um vestibular, ingressar em uma Universida<strong>de</strong><br />

é um i<strong>de</strong>al perseguido por milhares <strong>de</strong> jovens que querem<br />

aprofundar os seus estudos a um nível superior e, por isso,<br />

a Universida<strong>de</strong> é um local on<strong>de</strong> a juventu<strong>de</strong> se faz presente.<br />

On<strong>de</strong> há jovens, faz-se necessária a presença da Igreja para<br />

evangelizar os batizados que muitas vezes estão afastados<br />

dos compromissos da vida cristã. Neste sentido, aos jovens<br />

cristãos que estão nas Universida<strong>de</strong>s cabe a evangelização<br />

dos jovens universitários que estão afastados da Igreja.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste estado laico em que vivemos, cada vez<br />

mais as Universida<strong>de</strong>s se limitam à mera transmissão dos<br />

conhecimentos, relegando ou criticando tudo aquilo que<br />

se refere à religião e à fé. Consequentemente, para muitos<br />

jovens, os anos <strong>de</strong> estudo na Universida<strong>de</strong> são fortes períodos<br />

<strong>de</strong> tentações em relegar a fé a um terceiro plano ou até ao<br />

total abandono. Em nome <strong>de</strong> Deus, os jovens cristãos<br />

universitários têm o nobre compromisso missionário <strong>de</strong> dar<br />

testemunho do encontro pessoal com Cristo, Verda<strong>de</strong> que<br />

ilumina a vida e o caminho <strong>de</strong> todos os jovens.<br />

Ao ingressar em uma Universida<strong>de</strong> e nos anos que se<br />

seguem, os jovens não po<strong>de</strong>m e não <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>scuidar da vida<br />

espiritual, alegando que as inúmeras disciplinas preenchem<br />

todas as horas do seu dia, pois se na Universida<strong>de</strong> os jovens<br />

são mais questionados sobre as razões da fé, maior <strong>de</strong>ve ser o<br />

tempo <strong>de</strong>dicado ao estudo da doutrina e das verda<strong>de</strong>s cristãs.<br />

Um jovem cristão que se afastou da Igreja po<strong>de</strong> até alegar<br />

que foram os professores materialistas que o conduziram<br />

a essa <strong>de</strong>cisão, mas na verda<strong>de</strong> foi o <strong>de</strong>scompromisso para<br />

com o Evangelho que o conduziu à negação, ao abandono da<br />

religião. Um jovem cristão que é questionado sobre a sua fé<br />

<strong>de</strong>ve sempre buscar ajuda e conselho na orientação espiritual,<br />

para que ele possa ser um fi el propagador dos valores cristãos,<br />

ajudando os outros jovens a fazer com que a comunhão<br />

com Jesus os leve a conhecer o mistério mais profundo dos<br />

jovens, do homem e da história. A universida<strong>de</strong> é um lugar<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>bates, <strong>de</strong> pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias que convergem para o<br />

ser humano. Mas, muitas vezes, as Universida<strong>de</strong>s relegam a<br />

18<br />

religiosida<strong>de</strong> e a vida espiritual a uma mera superfi cialida<strong>de</strong>,<br />

não reconhecendo o que está invisível e conduzindo<br />

estratégias acadêmicas que conduzem ao <strong>de</strong>sprezo da fé e<br />

<strong>de</strong> tudo aquilo que se refere à religião. Os jovens cristãos<br />

universitários <strong>de</strong>vem crer que é imprescindível apren<strong>de</strong>r<br />

a olhar além da superfi cialida<strong>de</strong>, reconhecendo que o real<br />

sentido <strong>de</strong> investigação que há no homem, explorando a<br />

realida<strong>de</strong> concreta dos mandamentos, dos sacramentos e<br />

das virtu<strong>de</strong>s cristãs, buscando transmitir com diferentes<br />

formas <strong>de</strong> expressão as verda<strong>de</strong>s que revigoram a unida<strong>de</strong><br />

do ser humano, preparando os cidadãos do futuro para uma<br />

vida mais plena e uma atuação mais justa na socieda<strong>de</strong>.<br />

Explorar, aprofundar, <strong>de</strong>svendar e conhecer novas realida<strong>de</strong>s<br />

do conhecimento humano sem per<strong>de</strong>r a noção da fé, sem<br />

<strong>de</strong>scuidar da vivência do Cristianismo e sem abandonar o<br />

entusiasmo pela construção <strong>de</strong> um mundo novo, faz pulsar<br />

nas veias dos jovens universitários a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

batizado, a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fi lho adotivo <strong>de</strong> Deus.<br />

Da mais alta e digna cátedra <strong>de</strong> nossas Universida<strong>de</strong>s,<br />

Cristo questiona a todos os jovens: Você tem se comprometido<br />

com a ação pastoral no campus <strong>de</strong>sta Universida<strong>de</strong>? Por<br />

meio do seu testemunho, outros jovens estão se abrindo às<br />

verda<strong>de</strong>s cristãs? Na biblioteca, nos laboratórios e nas salas<br />

<strong>de</strong> aula, você tem manifestado o valor teológico e espiritual<br />

da religião? Pelo seu testemunho missionário, o fermento e a<br />

levedura <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> vivifi cada pelo amor evangélico<br />

estão sendo implantados?<br />

Os jovens cristãos que não se preocupam com a<br />

correspondência ao amor <strong>de</strong> Deus durante os anos da<br />

Universida<strong>de</strong> difi cilmente serão pessoas comprometidas<br />

com a verda<strong>de</strong>, a justiça e a honestida<strong>de</strong>. Difi cilmente serão<br />

profi ssionais que contemplam no <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho<br />

um meio <strong>de</strong> servir ao próximo. Todo jovem cristão universitário<br />

<strong>de</strong>ve reconhecer que a Universida<strong>de</strong> é também um fecundo<br />

campo on<strong>de</strong> a semente do Cristianismo <strong>de</strong>ve ser lançada.<br />

Aloísio Parreiras<br />

(Membro do Movimento <strong>de</strong> Emaús - Brasília)


Paróquia São José - Itaporã<br />

A Paróquia São José, em Itaporã,<br />

foi criada pelo bispo <strong>de</strong> Corumbá,<br />

Dom Orlando Chaves, no dia 25 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 1956. É a ultima das oito<br />

que surgiram antes do nascimento da<br />

<strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>, a 15 <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> 1957: Ponta Porã (1924), Maracaju<br />

(1931), Rio Brilhante (1935), <strong>Dourados</strong><br />

(1935), Amambai (1954), Vila São Pedro<br />

(1955) e Glória <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong> (1955).<br />

Foi assumida pelos Franciscanos, que<br />

já prestavam seu serviço pastoral em<br />

Rio Brilhante e <strong>Dourados</strong>. Seu primeiro<br />

Fr. Rogério V. <strong>de</strong> Souza pároco, Frei Antonino Schwenger,<br />

recebeu a nomeação canônica no dia 24 <strong>de</strong> março e tomou<br />

posse a 15 <strong>de</strong> abril.<br />

A história <strong>de</strong> Itaporã tem início no dia 20 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 1923, quando o governador do Estado do Mato Grosso,<br />

Pedro Celestino, reservou <strong>de</strong>ntro do território<br />

do distrito <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>, uma área <strong>de</strong> 50.000<br />

hectares para uma futura colonização, a<br />

“Colônia Municipal <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>”, que só<br />

começou a ser efetivamente implantada a 10<br />

<strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1946. Nesta ocasião, o prefeito<br />

municipal, João Augusto Capilé, ali instalou o<br />

“Patrimônio São José da Boa Esperança”. No<br />

dia 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1953, o povoado foi<br />

elevado à condição <strong>de</strong> município autônomo,<br />

com a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> Itaporã.<br />

Quando <strong>de</strong> sua criação, a paróquia contava<br />

com uma população que girava em torno dos<br />

10.000 habitantes.<br />

Gran<strong>de</strong>s foram os méritos dos Franciscanos<br />

na c ccon<br />

condução on ondu du duçã çã ção o da p ppar<br />

paróquia ar aróq óquia a <strong>de</strong> I IIta<br />

Itaporã. ta tapo po Além<br />

da das<br />

s at ativ ativida<strong>de</strong>s iv ivid id idad ad a<strong>de</strong>s es nnor<br />

normais orma ma mais is e c ccom<br />

comuns om a toda pastoral,<br />

no d ddia<br />

dia ia 2 227<br />

27 7 <strong>de</strong> f ffev<br />

fevereiro ev ever er erei ei eiro ro d d<strong>de</strong><br />

1958 conseguiram<br />

tr traz trazer az azer er a C CCon<br />

Congregação on ongr gr greg eg egaç aç ação ão d ddas<br />

das as Irmãs Franciscanas da<br />

Pe Peni Penitencia ni nite te tenc nc ncia ia e C CCarida<strong>de</strong><br />

Cristã, que lá<br />

at atua atuam ua uam m at até<br />

é ho hoje. Outra experiência<br />

mu muit muito it ito o si sign signifi gn cativa no campo<br />

so soci social ci cial al f ffoi<br />

foi oi levada adiante pelo<br />

Fr Frei<br />

ei É ÉÉri<br />

Érico ri Renz, logo após<br />

to toma tomar ma mar r posse da paróquia, a<br />

16 d d<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> e maio <strong>de</strong> 1982. Com a<br />

colaboração co cola la labo bo <strong>de</strong> benfeitores<br />

al alem alemães, em emãe ãe implantou a<br />

“Co “Comunida<strong>de</strong> Co Comu mu Porciúncula”,<br />

um uma<br />

a cooperativa popular<br />

<strong>de</strong>stinada <strong>de</strong> <strong>de</strong>st st stin in a oferecer<br />

re resi residências si sidê dê a pessoas <strong>de</strong><br />

baixa ba baix ix renda. Cada família<br />

recebe re rece ce a própria casa e<br />

co colabora mensalmente<br />

co com uma pequena<br />

Fr. Matheus Rothmann<br />

Paróquias em Destaque<br />

quantia até quitar o seu débito e ajudar na<br />

continuação do projeto.<br />

Mas nem tudo foram rosas na história<br />

da comunida<strong>de</strong> católica. Durante a sua<br />

visita pastoral à paróquia, realizada <strong>de</strong> 4 a<br />

12 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1959, Dom José <strong>de</strong> Aquino<br />

Pereira, primeiro bispo diocesano, fi cou<br />

chateado ao perceber que a igreja matriz<br />

estava sendo construída num terreno <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong> da Missão Franciscana, e não<br />

da Mitra Diocesana, como seria normal.<br />

Não conseguindo convencer o pároco a<br />

Fr. José S. S. Oliveira<br />

mudar <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia, mandou parar as obras. O<br />

<strong>de</strong>sgaste foi tanto que, poucos meses <strong>de</strong>pois, Frei Antonino<br />

Schwenger precisou ce<strong>de</strong>r o lugar para Frei Paulino<br />

Gelissen, que tomou posse no dia 5 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1959.<br />

Com gran<strong>de</strong> dor da população, a construção fi cou<br />

paralisada por um ano. A 26 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1960, o Papa João<br />

XXIII transferiu Dom José<br />

para Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte,<br />

no Estado <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Pouco <strong>de</strong>pois, no dia 25 <strong>de</strong><br />

julho, Frei Paulino reiniciou<br />

os trabalhos, explicando ao<br />

povo que obtivera permissão<br />

<strong>de</strong> seus superiores para<br />

continuá-los, já que se<br />

tratava simplesmente da<br />

construção da igreja dos<br />

Franciscanos em Itaporã.<br />

Enquanto não aparecesse<br />

outra solução, o novo<br />

Diác. Leonildo Bigatão<br />

templo seria usado como<br />

igreja matriz para a população. A situação<br />

foi <strong>de</strong>fi nitivamente resolvida em 1996, quando todos os<br />

terrenos em que estavam instalados igrejas, centros <strong>de</strong><br />

formação e salões comunitários passaram a ser proprieda<strong>de</strong><br />

da paróquia.<br />

Outra obra signifi cativa dos Franciscanos em Itaporã<br />

foi a “Chácara São Francisco”, um lote <strong>de</strong> 40 hectares<br />

recebido, em 1950, da “Colônia Municipal” implantada pela<br />

prefeitura <strong>de</strong> <strong>Dourados</strong>. Destinada ao sustento da Missão<br />

Franciscana e, mais tar<strong>de</strong>, do Seminário Santo Antônio, <strong>de</strong><br />

Rio Brilhante, ela teve início com o plantio <strong>de</strong> 32.000 pés <strong>de</strong><br />

café, que foram totalmente perdidos com<br />

a terrível geada que castigou a região, em<br />

1953. Hoje, seus ambientes são usados<br />

para a formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças paroquiais.<br />

Atualmente, a paróquia é dirigida<br />

pelos Freis Rogério Viterbo <strong>de</strong> Souza<br />

(pároco), Mateus Rothmann (vigário),<br />

José Sérgio dos Santos <strong>de</strong> Oliveira<br />

(assistente), coadjuvados pelo Diácono<br />

Leonildo Bigatão.<br />

Ir. Salete, Ir. Elisabeth<br />

e Ir. Tânia<br />

Setembro <strong>de</strong> 2012 19

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!