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Maria, mulher geradora de vida e instrumento de salvação

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Maio/2011 - Ano XXXVI - nº 347<br />

<strong>Maria</strong>, <strong>Maria</strong>, <strong>mulher</strong> <strong>mulher</strong> <strong>geradora</strong> <strong>geradora</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong><br />

<strong>vida</strong><br />

e e <strong>instrumento</strong> <strong>instrumento</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>salvação</strong><br />

<strong>salvação</strong><br />

Seja feita a vossa<br />

vonta<strong>de</strong>!<br />

Palavra e<br />

Silêncio<br />

Página 02<br />

Página 03<br />

Beatificação <strong>de</strong><br />

João Paulo II<br />

Página 07<br />

Encontro com<br />

Dom Alberto<br />

Página 10<br />

Taxas e Espórtulas<br />

na Diocese <strong>de</strong><br />

Dourados<br />

Pastoral<br />

Urbana<br />

Página 14<br />

Página 15


02<br />

Editorial<br />

Que todos sejam um, por <strong>Maria</strong><br />

Há pouco mais <strong>de</strong> quinze dias revivemos e<br />

celebramos a páscoa cristã. Durante toda a Semana<br />

Santa seguimos os passos <strong>de</strong> Jesus fazendo<br />

memória dos últimos acontecimentos <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong><br />

até o calvário, por amor à humanida<strong>de</strong>. A Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus, proclamada durante as celebrações, nos<br />

ajudou a voltarmos no tempo e compreen<strong>de</strong>rmos<br />

tudo aquilo que Jesus realizou no cumprimento da<br />

vonta<strong>de</strong> do Pai. Muitos foram aqueles que o seguiram<br />

até sua entrega na cruz. Entre estes, estavam João,<br />

o discípulo amado, inúmeras <strong>mulher</strong>es, e<br />

principalmente, <strong>Maria</strong>, sua mãe.<br />

Em João 19, 25-27, lemos o relato em que<br />

Jesus, no alto da cruz, oferece à humanida<strong>de</strong> sua<br />

Mãe. “...Mulher: Eis aí o seu filho... Filho: Eis aí a<br />

sua mãe”. A mãe <strong>de</strong> Jesus, representando o povo<br />

da antiga aliança, conservando-se fiel às promessas<br />

acolhe e é acolhida pelo discípulo, que representa<br />

o novo povo <strong>de</strong> Deus. Na relação mãe-filho, o<br />

evangelista mostra a unida<strong>de</strong> e continuação do povo<br />

eleito, fiel à promessa e her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> sua realização.<br />

Todos nós conhecemos a importância da<br />

presença da mãe na <strong>vida</strong>, no <strong>de</strong>senvolvimento e na<br />

formação da criança. <strong>Maria</strong> é, portanto, a Mãe que<br />

Jesus nos <strong>de</strong>ixou para nos amparar e guiar em nosso<br />

crescimento como cristãos, filhos <strong>de</strong> Deus, rumo à<br />

maturida<strong>de</strong> na fé. Entretanto, uma gran<strong>de</strong> parte dos<br />

filhos <strong>de</strong> Deus, por motivos diversos, <strong>de</strong>sconhece<br />

ou tem recusado esse apoio materno, negando até<br />

mesmo, a importância que <strong>Maria</strong> teve no projeto <strong>de</strong><br />

<strong>salvação</strong>. Negar a presença <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> na “Economia<br />

da Salvação” po<strong>de</strong> representar a negação da própria<br />

humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus, pois, sendo divino, necessitou<br />

do “sim” humano para tornar-se um <strong>de</strong> nós.<br />

Oxalá, todas as Igrejas cristãs, acreditassem<br />

na importância <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> e <strong>de</strong>ssem o <strong>de</strong>vido respeito<br />

e dignida<strong>de</strong> que ela merece. Creio que este dia<br />

chegará, pois no imaginário religioso, a figura<br />

materna abrange o mais profundo do ser, até mesmo<br />

o íntimo daqueles que se dizem não acreditar em<br />

nada. O amor materno supera todas as barreiras.<br />

Em gran<strong>de</strong> parte, quando alguém se converte ao<br />

catolicismo, isso acontece pela ação <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>.<br />

Conhecemos inúmeros exemplos, como <strong>de</strong> repente,<br />

essa presença materna se impõe e conquista, <strong>de</strong><br />

forma irresistível os corações.<br />

A importância <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> tem sido reconhecida<br />

essecialmente pelos grupos protestantes <strong>de</strong> tradição<br />

mais antiga, que ainda trazem a memória <strong>de</strong> um<br />

tempo em que este antagonismo não existia, e <strong>Maria</strong><br />

era amada e honrada também entre eles. Buscando<br />

corrigir essa falha, um grupo <strong>de</strong> teólogos luteranos<br />

da Alemanha Oriental publicou, na revista “Spiritus<br />

Domini” (maio <strong>de</strong> 1982) o chamado “Manifesto <strong>de</strong><br />

Dres<strong>de</strong>n”. On<strong>de</strong> constam várias indagações a<br />

respeito da indiferença e até mesmo críticas<br />

imparciais dos cristãos-evangélicos a respeito dos<br />

milagres e aparições <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, principalmente em<br />

Lour<strong>de</strong>s e Fátima. Reproduzo aqui um pequeno<br />

trecho para compreen<strong>de</strong>rmos melhor o assunto:<br />

“Qual é, pois, o sentido profundo <strong>de</strong>sses<br />

milagres, no plano <strong>de</strong> Deus? Bem, parece que Deus<br />

quer dar uma resposta irrefutável à incredulida<strong>de</strong> dos<br />

nossos dias. Como po<strong>de</strong>rá um incrédulo continuar a<br />

viver tranquilamente em sua incredulida<strong>de</strong>, diante <strong>de</strong><br />

tais fatos? Po<strong>de</strong> um cristão evangélico ter o direito<br />

<strong>de</strong> ignorar tais realida<strong>de</strong>s, pelo fato <strong>de</strong> se<br />

apresentarem na Igreja Católica, e não na sua<br />

comunida<strong>de</strong> religiosa? Tais fatos não <strong>de</strong>veriam, ao<br />

contrário, levar-nos a restaurar a figura da Mãe <strong>de</strong><br />

Deus na Igreja Evangélica? Somente Deus po<strong>de</strong><br />

permitir que <strong>Maria</strong> se dirija ao mundo por meio <strong>de</strong><br />

aparições. Não nos arriscamos, talvez, a cometer um<br />

erro fatal, fechando os olhos a tais realida<strong>de</strong>s e não<br />

lhes dando atenção alguma? Não <strong>de</strong>veremos, talvez,<br />

abrir o nosso coração a essa luz que Deus faz brilhar<br />

para a nossa <strong>salvação</strong>? Po<strong>de</strong> acontecer que,<br />

rejeitando ou ignorando a mensagem que Deus faz<br />

chegar a nós por intermédio <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, estejamos<br />

recusando a última Graça que Ele nos oferece para<br />

a nossa <strong>salvação</strong>. Lutero honrou <strong>Maria</strong> até o fim <strong>de</strong><br />

sua <strong>vida</strong>. Em tempos posteriores à Reforma, porém,<br />

foram perdidas todas as festas em honra <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, e<br />

tudo o que trazia sua lembrança. Estamos sofrendo<br />

as consequências <strong>de</strong>ssa herança <strong>de</strong> receio e temor.<br />

O temor <strong>de</strong> diminuir a glória <strong>de</strong> Jesus foi o motivo<br />

pelo qual, em nossas igrejas evangélicas, negamos<br />

a <strong>Maria</strong> a veneração e os louvores <strong>de</strong>vidos. E,<br />

entretanto, temos <strong>de</strong> afirmar que, por meio da justa<br />

veneração a ela tributada, multiplica-se a glória e o<br />

louvor do Senhor, uma vez que foi Ele quem a elegeu<br />

e a fez, pela Sua Graça, um <strong>instrumento</strong> Seu. Jesus<br />

espera que veneremos <strong>Maria</strong> e a amemos. Assim<br />

nos diz a Palavra <strong>de</strong> Deus, e essa é, portanto, a Sua<br />

Vonta<strong>de</strong>. E só aqueles que guardam a Sua Palavra<br />

amam verda<strong>de</strong>iramente a Jesus (Jo 14,23)”.<br />

Através <strong>de</strong>ste “manifesto” publicado em 1982,<br />

po<strong>de</strong>mos perceber a preocupação <strong>de</strong> algumas Igrejas<br />

cristãs em <strong>de</strong>sejar reparar o erro, ou equívoco que,<br />

ao longo dos séculos, fez-se negar a importância <strong>de</strong><br />

<strong>Maria</strong> como mãe da humanida<strong>de</strong> e <strong>instrumento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>salvação</strong>.<br />

Nós, católicos, que já temos a alegria e o<br />

privilégio <strong>de</strong> possuir <strong>Maria</strong> como Mãe, rezemos com<br />

especial fervor neste mês <strong>de</strong> Maio, pedindo que sua<br />

ação se intensifique cada vez mais, quebrando as<br />

resistências <strong>de</strong> todos os corações, para que<br />

finalmente possa realizar-se o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Jesus, <strong>de</strong><br />

que todos os seus filhos<br />

sejam uma só família. Só<br />

assim, com esse testemunho<br />

<strong>de</strong> amor entre os cristãos, o<br />

mundo po<strong>de</strong>rá recuperar a<br />

fé. “Para que todos sejam<br />

um, como tu, Pai, estás em<br />

mim e eu em ti. E para que<br />

também eles estejam em<br />

nós” (Jo 17, 21).<br />

Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Coor<strong>de</strong>nador Diocesano <strong>de</strong> Pastoral<br />

Expediente ELO<br />

Órgão Informativo da Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />

Maio/2011 - Ano XXXVI - nº 347<br />

Diretor: Pe. Alex Gonçalves Dias<br />

Proprieda<strong>de</strong>: Mitra Diocesana <strong>de</strong> Dourados<br />

Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz<br />

Telefone: (67) 3422-6910 / Fax: (67) 3422-6911<br />

Site: www.diocesedourados.com.br E-mail: elo@diocesedourados.com.br<br />

Tiragem: 21.500 exemplares Impressão: Diário MS<br />

A Palavra do Pastor<br />

Maio/2011<br />

Seja feita a vossa vonta<strong>de</strong>!<br />

Dom Redovino<br />

Bispo Diocesano<br />

Há vários anos, logo após a<br />

or<strong>de</strong>nação sacerdotal, presidi os<br />

funerais <strong>de</strong> uma tia, que havia falecido<br />

repentinamente. Lembro que, em dado<br />

momento, se aproximou <strong>de</strong> mim uma<br />

prima e me disse acabrunhada: «Bem<br />

se vê que Deus não quer ver ninguém<br />

feliz!»<br />

Jamais consegui esquecer essas<br />

palavras! Po<strong>de</strong> ser que, durante a missa<br />

<strong>de</strong> corpo presente, eu tenha dito, como<br />

muita gente ainda hoje costuma fazer:<br />

«Paciência! É vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus!»<br />

Naturalmente, tais afirmações só po<strong>de</strong>m<br />

machucar a quem está sofrendo. Ao<br />

longo dos meus anos <strong>de</strong> ati<strong>vida</strong><strong>de</strong><br />

pastoral, foram centenas as vezes que<br />

ouvi respostas semelhantes diante <strong>de</strong><br />

pessoas que choravam a perda <strong>de</strong> entes<br />

queridos – ou <strong>de</strong> bens indispensáveis<br />

para a <strong>vida</strong> –, <strong>de</strong>vido a assassinatos,<br />

enchentes, estiagens, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

trânsito, etc.<br />

Como se isso não bastasse para<br />

<strong>de</strong>sfigurar a imagem <strong>de</strong> Deus, há<br />

pessoas que se perguntam diante do<br />

sofrimento: «Que pecado eu cometi para<br />

merecer esse castigo?». A pergunta não<br />

é <strong>de</strong> hoje, se já os apóstolos a dirigiram<br />

a Jesus: «Mestre, quem pecou para<br />

esse coitado nascer cego?» (Jo 9,2). Foi<br />

o que aconteceu com um padre amigo<br />

que, há seis ou sete anos, <strong>de</strong>ixou o<br />

ministério sacerdotal. Infelizmente,<br />

pouco tempo <strong>de</strong>pois do casamento,<br />

celebrado com as <strong>de</strong><strong>vida</strong>s dispensas do<br />

Vaticano, ele adoeceu gravemente,<br />

vindo a falecer. Não foram poucas as<br />

pessoas que repetiam ao pé do ouvido<br />

umas das outras: «Castigo <strong>de</strong> Deus!»<br />

Deus não castiga ninguém! Se o<br />

fizesse, estaria negando a si próprio. Se<br />

existe castigo, ele é fruto das escolhas<br />

<strong>de</strong> cada pessoa: «Cada um colhe aquilo<br />

que semeia. Quem semeia no pecado,<br />

do pecado colhe a corrupção; quem<br />

semeia no Espírito, do Espírito colhe a<br />

<strong>vida</strong> eterna» (Gl 6,7-8).<br />

Infelizmente, uma leitura superficial<br />

e fundamentalista da Bíblia po<strong>de</strong> dar<br />

margem a interpretações equivocadas.<br />

Eis um exemplo concreto: ouvindo Jesus<br />

afirmar: «Nem um só pardal cai por terra<br />

sem o consentimento <strong>de</strong> vosso Pai» (Mt<br />

10,29), os italianos cunharam o<br />

provérbio: «Não se move folha que Deus<br />

não queira». Talvez seja por isso que<br />

alguns <strong>de</strong>les passam como<br />

blasfemadores inveterados: atribuindo<br />

tudo a Deus, ele se torna o culpado <strong>de</strong><br />

todos os males!<br />

Qual é, então, a vonta<strong>de</strong> Deus? Por<br />

ser amor, ele só po<strong>de</strong> querer o bem e a<br />

felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus filhos. Jamais pactua<br />

com a malda<strong>de</strong>. Tudo o que é fruto do<br />

pecado – guerras, homicídios, estupros,<br />

roubos, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito por excesso<br />

<strong>de</strong> bebida ou <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, etc. – não é<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, mas expressão <strong>de</strong> uma<br />

liberda<strong>de</strong> humana mal direcionada. A<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é que, em cada<br />

momento e circunstância, escolhamos<br />

somente o amor, tendo sempre em vista<br />

a construção <strong>de</strong> um mundo justo e<br />

solidário.<br />

Quanto aos males assim ditos<br />

“naturais” (enchentes, estiagens,<br />

terremotos, vulcões, aquecimento global,<br />

etc.), alguns são causados pela ambição<br />

ou pelo <strong>de</strong>scuido do homem, e outros<br />

pelas leis que regem a acomodação e o<br />

ajuste da natureza e do planeta. Mas,<br />

também nesses casos, para quem se<br />

<strong>de</strong>ixa guiar pela fé e pelo amor, Deus é<br />

capaz <strong>de</strong> obter o bem do próprio mal. Foi<br />

o que explicou Jesus a quem atribuía a<br />

cegueira ao pecado: «Nem ele nem seus<br />

pais pecaram, mas ela é uma ocasião<br />

para se manifestarem as obras <strong>de</strong> Deus»<br />

(Jo 9,3).<br />

“Manifestar as obras <strong>de</strong> Deus”: este<br />

o fio <strong>de</strong> ouro capaz <strong>de</strong> dar sentido a todos<br />

os erros e sofrimentos que maculam a<br />

história da humanida<strong>de</strong>. Quem acolhe<br />

Deus em sua <strong>vida</strong>, encontrará a sua<br />

vonta<strong>de</strong> até mesmo em circunstâncias<br />

que nada têm em comum com ela. Isso<br />

acontece quando ele consegue “digerir”<br />

situações dolorosas e, às vezes, até<br />

mesmo injustas, oferecendo-as a Deus<br />

pelo bem da socieda<strong>de</strong>. Para quem<br />

acredita que «tudo coopera para o bem<br />

dos que amam a Deus» (Rm 8,28), o<br />

acaso não existe e nada na <strong>vida</strong> acontece<br />

em vão, pois sabe que, sobre cada<br />

evento natural ou produzido pelo homem,<br />

paira o olhar misericordioso do Pai.<br />

Deus sempre aten<strong>de</strong> à oração <strong>de</strong><br />

seus filhos, não, porém, <strong>de</strong> acordo com<br />

suas vonta<strong>de</strong>s, mas <strong>de</strong> suas<br />

necessida<strong>de</strong>s. É o que a Carta aos<br />

Hebreus garante que aconteceu com o<br />

próprio Jesus: «Durante a sua <strong>vida</strong> na<br />

terra, Jesus dirigiu preces e súplicas, com<br />

forte clamor e lágrimas, ao Deus que o<br />

podia salvar da morte. E Deus o escutou,<br />

por sua obediência, tornando-o fonte <strong>de</strong><br />

<strong>salvação</strong> eterna para todos os que fazem<br />

a sua vonta<strong>de</strong>» (Hb 5,7.9).


Maio/2011 03<br />

Opiniões que fazem opinião Meu canto com <strong>Maria</strong>!<br />

O que dizer <strong>de</strong>ste trágico e inesquecível dia 7 <strong>de</strong> abril carioca?<br />

O que dizer frente ao massacre <strong>de</strong> 12 crianças e adolescentes em<br />

plena sala <strong>de</strong> aula? O que dizer, na noite seguinte, diante dos muros<br />

revestidos <strong>de</strong> flores e velas da Escola Municipal <strong>de</strong> Realengo, zona<br />

oeste do Rio <strong>de</strong> Janeiro? O que dizer <strong>de</strong> uma violência tão nua e<br />

crua, tão fria e meticulosamente calculada?<br />

As palavras emu<strong>de</strong>cem. Emu<strong>de</strong>ce a escola Tasso <strong>de</strong> Oliveira,<br />

com suas pare<strong>de</strong>s banhados <strong>de</strong> sangue inocente. Igualmente mudos<br />

ficam a Cida<strong>de</strong> Maravilhosa, o Brasil e o Mundo. Mudos e atordoados,<br />

estupefatos, quedamos todos nós! Palavras como perplexida<strong>de</strong>, terror,<br />

barbárie ficam aquém dos fatos brutais... Infinitamente aquém! Parece<br />

que só o silêncio respeitoso e reverente é capaz <strong>de</strong> dizer algo. No<br />

sangrento espetáculo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>s tão precocemente ceifadas, as palavras<br />

parecem sobrar ou faltar. Serão sempre <strong>de</strong> mais ou <strong>de</strong> menos.<br />

Entretanto, não basta o silêncio! Ainda que as palavras sejam <strong>de</strong><br />

menos, é preciso arriscar algumas, sob pena <strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong> ou<br />

omissão. Mas, <strong>de</strong> forma insistente, volta a pergunta: o que dizer?<br />

O que dizer no enterro doloroso <strong>de</strong>ssas meninas e meninos,<br />

separados tão cedo e tão cruelmente <strong>de</strong> seus sonhos e projetos, <strong>de</strong><br />

suas famílias e amigos? O que dizer sobre seus pequenos caixões<br />

que velam e revelam botões murchos antes <strong>de</strong> se abrirem? Orações?<br />

Flores? Lágrimas? Aplausos? Condolências? Que dizem tais gestos,<br />

olhares ou comportamentos? As perguntas são todas maiores que<br />

as respostas! Uma vez mais, impõe-se o silêncio como única forma<br />

<strong>de</strong> transmitir algo!<br />

O que dizer às famílias enlutadas, obrigadas a sepultar seus<br />

entes queridos no vigor <strong>de</strong> sua primavera? Expressões <strong>de</strong> conforto?<br />

Abraços <strong>de</strong> carinho? Mensagens <strong>de</strong> confiança? Presença <strong>de</strong><br />

holofotes, câmeras e microfones? Notícias sensacionalistas? Espaço<br />

para <strong>de</strong>sabafos na mídia? Mas a dor é mais forte e mais funda, muito<br />

mais forte e mais funda que tudo isso. E ainda neste caso o silêncio<br />

se sobrepõe às palavras indiscretas e ao pranto sufocado, engolido.<br />

O que dizer às crianças que sobreviveram? O que po<strong>de</strong> apagar<br />

nelas a imagem do horror vivido <strong>de</strong>ntro e fora da escola? Como<br />

substituir o enorme vazio <strong>de</strong> suas colegas ausentes, ausentes para<br />

sempre? Como lhes garantir a volta às aulas com a serenida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

que necessita o processo <strong>de</strong> aprendizagem? Mesmo que lhes<br />

fechemos os olhos e os ouvidos, as balas, gritos e espirros <strong>de</strong> sangue<br />

ressoam em suas almas para sempre feridas! Há chagas que precisam<br />

<strong>de</strong> anos para cicatrizar. Invoquemos o silêncio e calemos as palavras!<br />

O que dizer sobre o ex-aluno da escola, Wellington Menezes <strong>de</strong><br />

<strong>Maria</strong>, mãe<br />

<strong>Maria</strong>, mãe <strong>de</strong> todas as mães, mãe <strong>de</strong> Deus e mãe e<br />

todos nós, ensina-nos o teu jeito <strong>de</strong> amar.<br />

Tu, que no silêncio <strong>de</strong> teu ser, geraste a Vida das<br />

<strong>vida</strong>s, Jesus, o filho <strong>de</strong> Deus.<br />

E que, no santuário <strong>de</strong> teu útero <strong>de</strong> mãe, preparaste<br />

o berço para o teu menino. Foi assim que durante os<br />

novos meses, enquanto tecias as vestes <strong>de</strong> teu filho, vivias<br />

na contemplação do mistério <strong>de</strong> Deus no teu interior;<br />

mistério pleno <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong>, maravilha e dom da<br />

maternida<strong>de</strong>.<br />

<strong>Maria</strong>, mãe, quantos segredos guardastes, quantas<br />

<strong>de</strong>scobertas fizeste, quantas comunicações recebeste; na<br />

intimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mãe e filho. Naqueles dias que marcaram<br />

tua gravi<strong>de</strong>z abençoada, percebeste ainda que teu corpo<br />

<strong>de</strong> <strong>mulher</strong> por um processo biológico se transformava, que<br />

todas as tuas reações e funções vitais se voltavam para a<br />

criança que geravas no teu ser virginal e <strong>de</strong> mãe. Então te<br />

abismavas nela que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ti pulava feliz, celebrando<br />

a <strong>vida</strong>. E <strong>de</strong>ste à luz teu menino que acolheste em teus<br />

braços como a realização <strong>de</strong> um sonho <strong>de</strong> mãe. E <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

então, <strong>Maria</strong>, te tornaste para o mundo o ícone da <strong>mulher</strong><br />

e da mãe, mensagem <strong>de</strong> amor e <strong>de</strong> ternura para todas as<br />

mães no hoje <strong>de</strong> tantas especulações sobre a <strong>vida</strong>.<br />

Ir. <strong>Maria</strong> Nogueira, fsp<br />

Palavra e Silêncio<br />

Oliveira? Nome inglês mesclado com sobrenome bem brasileiro. O<br />

que dizer <strong>de</strong>sse jovem <strong>de</strong> apenas 23 anos, órfão e só, perdido e<br />

abandonado? O que dizer <strong>de</strong> sua existência solitária e subterrânea,<br />

fora do alcance <strong>de</strong> toda a análise? Po<strong>de</strong>ria ser o irmão mais velho<br />

das crianças que alvejou <strong>de</strong> maneira tão friamente pensada. O que<br />

dizer <strong>de</strong> alguém que mata, fere e em seguida se mata? Aqui<br />

po<strong>de</strong>ríamos enfileirar uma série <strong>de</strong> por quês: <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social,<br />

econômica, política, cultural, psicológica, psicopatológica... Também<br />

po<strong>de</strong>ríamos recorrer à sua carta-testamento ou ao testemunho dos<br />

policiais. Mas tanto seus tiros letais quanto suas palavras escritas<br />

continuam um enigma para quem segue vivendo sobre a face da terra.<br />

O que sobra <strong>de</strong>sses poucos minutos <strong>de</strong> horror? Um silêncio tão cerrado<br />

quanto a boca dos mortos!<br />

O que dizer, enfim, <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> que engendra ações <strong>de</strong>sse<br />

gênero? Cenas que estávamos acostumados a presenciar pela telinha,<br />

vindas do outro lado do mundo ou mar: dos Estados Unidos, da<br />

Alemanha, ou da Inglaterra... Tampouco nos é estranha a morte e as<br />

chacinas <strong>de</strong> jovens e adolescentes. Ocorrem com infeliz frequência,<br />

não raro perpetradas por grupos paramilitares. São milhares <strong>de</strong><br />

assassinatos por ano, uma verda<strong>de</strong>ira guerra civil. Desgraçadamente,<br />

nem o Rio nem numerosas outras cida<strong>de</strong>s brasileiras está livre do<br />

extermínio premeditado <strong>de</strong> jovens.<br />

Desta vez, porém, a violência parece ter atingido um grau mais<br />

elevado. Ou <strong>de</strong>scer aos porões sombrios infectos, inusitados e<br />

selvagens em que se escon<strong>de</strong>m inúmeras crianças, adolescentes e<br />

jovens. Quantas vezes já estivemos reféns <strong>de</strong>sses seres, agindo em<br />

grupo ou solitariamente! E quantos <strong>de</strong>les nunca conheceram um olhar<br />

<strong>de</strong> mãe, um beijo molhado, um carinho <strong>de</strong> afeto, uma palavra <strong>de</strong><br />

ternura, um leito suave, uma roupa nova ou uma comida quente!<br />

A brutalida<strong>de</strong> é gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais para caber, inteira, na alma <strong>de</strong><br />

um jovem. Wellington carrega muito mais anos <strong>de</strong> sofrimento do que<br />

sua tenra ida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> suportar. Sofrimento que se transfigura em<br />

agressão e, como um dique que se rompe, <strong>de</strong>vasta tudo o que vê<br />

pela frente. Violência exacerbada à máxima potência, que atinge<br />

simultaneamente as vítimas, seus familiares, a socieda<strong>de</strong> e o próprio<br />

assassino. É aqui que a palavra emu<strong>de</strong>ce! Como emu<strong>de</strong>ceu diante<br />

do holocausto da Segunda Guerra Mundial, por exemplo. As letras e<br />

palavras se tornam estreitas, acanhadas, impotentes. Incapazes <strong>de</strong><br />

conter os sentimentos que varrem o coração <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós.<br />

Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS<br />

Madrasta com amor <strong>de</strong> mãe<br />

É uma pena que a palavra madrasta tenha agregado a<br />

seus significados uma conotação negativa. Não se <strong>de</strong>fine o<br />

caráter <strong>de</strong> uma <strong>mulher</strong> por ser madrasta ou mãe. Há<br />

madrastas excelentes, assim como há mães que não honram<br />

a maternida<strong>de</strong>. Ser madrasta, ao contrário do que pensam<br />

alguns, exige muito amor. E explico o motivo. É relativamente<br />

fácil um casal começar uma família do zero. Ela é mo<strong>de</strong>lada<br />

segundo as características do homem e da <strong>mulher</strong>. Agora,<br />

uma <strong>mulher</strong> que entra num lar pronto precisará se adaptar a<br />

ele, não o contrário. E isso é difícil. A missão exige doação,<br />

porque a família que lhe caiu no colo já tem costumes<br />

solidificados. A <strong>mulher</strong> que ocupa a vaga <strong>de</strong> uma mãe e esposa<br />

falecida <strong>de</strong>ve prever tais situações, se quiser ser aceita.<br />

Dedicação é um termo-chave. Espera-se da madrasta<br />

que ela assuma não só o papel <strong>de</strong> esposa como o <strong>de</strong> coeducadora<br />

dos filhos do marido. Como todo processo <strong>de</strong><br />

educação exige, ocasionalmente, uma correção, às vezes<br />

na forma <strong>de</strong> reprimenda, po<strong>de</strong> caber a ela tal tarefa. Se<br />

alguém lembrar, nesses momentos, que isso é “coisa <strong>de</strong><br />

madrasta”, basta recordar que quem ama corrige e que as<br />

verda<strong>de</strong>iras mães gostam que os filhos façam a coisa certa.<br />

A pior atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma madrasta é querer competir com<br />

<strong>Maria</strong>, Mãe<br />

intercessora<br />

Todos nós, cristãos, estamos unidos a<br />

Cristo porque somos membros do seu<br />

corpo místico. Pertencemos à sua Igreja –<br />

da qual Ele é a cabeça. <strong>Maria</strong> é a mãe <strong>de</strong><br />

Cristo, da Igreja e, consequentemente,<br />

nossa mãe.<br />

De modo particular nós, católicos,<br />

temos um laço <strong>de</strong> amor muito forte que nos<br />

une à <strong>Maria</strong>. Como discípulos <strong>de</strong> Jesus a<br />

acolhemos em nossa casa, em nosso<br />

coração, como mãe e intercessora.<br />

Assim como gestou o Cristo, o<br />

Re<strong>de</strong>ntor, <strong>Maria</strong> também quer nos gestar<br />

para um <strong>vida</strong> nova plena, na Graça <strong>de</strong> Deus<br />

e o faz interce<strong>de</strong>ndo a Jesus, por nós.<br />

Na segunda parte da Ave-<strong>Maria</strong><br />

<strong>de</strong>claramos nossa confiança na intercessão<br />

<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> suplicando: “Santa <strong>Maria</strong>, Mãe <strong>de</strong><br />

Deus, rogai por nós pecadores (...)”. Esta<br />

prece simples revela nossa fé e confiança<br />

na intercessão <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>. Como em Cana<br />

da Galiléia, <strong>Maria</strong> percebe nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s e, com amor maternal,<br />

continua pedindo a Jesus que venha em<br />

nosso socorro.<br />

A um pedido da mãe o Filho não fica<br />

indiferente. Por isso, neste mês das mães<br />

à ela pedimos: Mãe, nos aju<strong>de</strong> a cuidar bem<br />

dos filhos que Deus nos <strong>de</strong>u, a educá-los<br />

na fé segundo os princípios cristãos.<br />

Interce<strong>de</strong>i por nós e por todas as mães do<br />

Brasil e do mundo.<br />

Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por<br />

nós!<br />

Suzana Sotolani<br />

Professora e Ministra da Eucaristia<br />

a falecida mãe no coração dos filhos <strong>de</strong>sta. Este lugar já<br />

está ocupado! Mãe é uma só, como se diz. A madrasta<br />

precisa respeitar o sentimento dos filhos <strong>de</strong> seu marido e<br />

conquistar seu espaço por outro caminho: sendo uma <strong>mulher</strong><br />

presente, pregadora da harmonia e que toca o lar com<br />

segurança. Agindo assim, antes do que ela imagina, há <strong>de</strong><br />

ser recompensada.<br />

A competição <strong>de</strong>ve ser mais evitada ainda se ela for<br />

uma “madrasta” <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong> mãe viva, se uniu a um homem<br />

recasado que ficou com a guarda dos filhos. Fatalmente ela<br />

será comparada com a mãe biológica. A estratégia, nesses<br />

casos, é não criticar a mãe dos filhos do marido. Atritos <strong>de</strong><br />

relacionamento não levam a lugar algum e prejudicarão o<br />

relacionamento conjugal. O que fazer? Sustentar o<br />

compromisso solene assumido com o marido e ser forte<br />

para não se <strong>de</strong>ixar vencer por ciúmes e intrigas que passarão<br />

com o tempo. A <strong>mulher</strong> que sabe o que quer dirige o lar<br />

como um hábil marinheiro conduz um barco, por mais<br />

turbulentas que sejam as águas.<br />

Também às madrastas, um feliz Dia das Mães!<br />

<strong>Maria</strong> Helena Brito Izzo é terapeuta clínica e familiar.


04<br />

Palavra <strong>de</strong> Vida<br />

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu<br />

coração, com toda a tua alma e com todo o teu<br />

entendimento!” (Mt 22,37)<br />

A discussão sobre qual seria o primeiro <strong>de</strong>ntre os muitos<br />

mandamentos das Escrituras era um tema clássico nas escolas<br />

rabínicas no tempo <strong>de</strong> Jesus. Consi<strong>de</strong>rado um mestre, Jesus não<br />

se esquiva da pergunta que lhe dirigem a respeito: “Qual é o maior<br />

mandamento da lei?“ Ele respon<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira original, unindo<br />

amor a Deus e amor ao próximo. Seus discípulos jamais po<strong>de</strong>rão<br />

dissociar esses dois amores, assim como numa árvore não se<br />

po<strong>de</strong> separar a raiz da copa: quanto mais eles amarem a Deus,<br />

tanto mais intensificarão o amor aos<br />

irmãos e às irmãs; quanto mais<br />

amarem os irmãos e as irmãs, tanto<br />

mais aprofundarão o amor a Deus.<br />

Mais do que ninguém, Jesus sabe<br />

quem é realmente o Deus que<br />

<strong>de</strong>vemos amar e sabe como <strong>de</strong>ve ser<br />

amado: Ele é seu Pai e nosso Pai, seu<br />

Deus e nosso Deus (Jo 20, 17). É um<br />

Deus que ama a cada um<br />

pessoalmente, ama a mim, ama a você:<br />

é meu Deus, seu Deus (“Amarás o<br />

Senhor, teu Deus”).<br />

E nós po<strong>de</strong>mos amá-lo porque Ele<br />

nos amou primeiro: o amor que nos é<br />

preceituado é, portanto, uma resposta<br />

ao Amor. Po<strong>de</strong>mos dirigir-nos a Deus<br />

com a mesma confidência e confiança<br />

que Jesus tinha quando o chamava <strong>de</strong><br />

Abbá, Pai. Assim como Jesus, também nós po<strong>de</strong>mos falar<br />

frequentemente com Ele, expondo-lhe todas as nossas<br />

necessida<strong>de</strong>s, os propósitos, os projetos, reafirmando-lhe nosso<br />

amor exclusivo. Também nós esperamos com impaciência o<br />

momento <strong>de</strong> nos colocarmos em contato profundo com Ele<br />

mediante a oração, que é diálogo, comunhão, relação intensa <strong>de</strong><br />

amiza<strong>de</strong>. Nesses momentos po<strong>de</strong>mos dar vazão ao nosso amor:<br />

adorar a Deus por trás da criação; glorificá-lo presente em todo<br />

lugar, no universo inteiro; louvá-lo no fundo do nosso coração ou<br />

nos sacrários, on<strong>de</strong> Ele se encontra vivo; pensar Nele no lugar<br />

on<strong>de</strong> estamos, no quarto, no trabalho, no escritório, quando<br />

encontramos outras pessoas…<br />

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,<br />

com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”<br />

Jesus nos ensina também outro modo <strong>de</strong> amar o Senhor<br />

Deus. Para Jesus, amar significou cumprir a vonta<strong>de</strong> do Pai,<br />

colocando à disposição o entendimento, o coração, as energias,<br />

a própria <strong>vida</strong>: Ele entregou-se completamente ao projeto que o<br />

Pai lhe tinha reservado. O Evangelho nos apresenta Jesus sempre<br />

e totalmente voltado para o Pai (Jo 1, 18), sempre no Pai, sempre<br />

preocupado em dizer somente aquilo que tinha ouvido do Pai, a<br />

cumprir unicamente o que o Pai lhe mandara fazer. Também a<br />

nós Ele pe<strong>de</strong> a mesma coisa; amar significa fazer a vonta<strong>de</strong> do<br />

Amado, sem meios-termos, com todo o nosso ser: “… com todo o<br />

teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento”.<br />

Porque o amor não é apenas um sentimento. “Por que me<br />

Auto Elétrica Guaíra<br />

Fone/Fax: (67) 3416-5151<br />

Av. Weimar G. Torres, 3.260<br />

e-mail: elguaira@zaz.com.br<br />

chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo?” (Lc<br />

6, 46), pergunta Jesus a quem o ama somente com as palavras.<br />

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,<br />

com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”<br />

Como, então, po<strong>de</strong>mos viver esse mandamento <strong>de</strong> Jesus?<br />

Sem dú<strong>vida</strong>, mantendo com Deus uma relação filial e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>,<br />

mas, acima <strong>de</strong> tudo, fazendo o que Ele<br />

quer. Nossa atitu<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> Deus,<br />

como a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus, será:<br />

estarmos sempre voltados para o Pai,<br />

à sua escuta, na obediência, para<br />

realizar a obra Dele, somente ela e<br />

nada mais.<br />

Nisso nos é solicitado o maior<br />

radicalismo, porque não se po<strong>de</strong> dar a<br />

Deus menos do que tudo: todo o<br />

coração, toda a alma, todo o<br />

entendimento. E isso significa fazer<br />

bem, integralmente, aquela<br />

<strong>de</strong>terminada ação que Ele nos pe<strong>de</strong>.<br />

Para vivermos sua vonta<strong>de</strong> e nos<br />

amoldarmos a ela, muitas vezes será<br />

necessário queimar nossa vonta<strong>de</strong>,<br />

sacrificando tudo o que temos no<br />

coração ou na mente, mas que não diz<br />

respeito ao momento presente. Po<strong>de</strong> ser uma i<strong>de</strong>ia, um<br />

sentimento, um pensamento, um <strong>de</strong>sejo, uma lembrança, um<br />

objeto, uma pessoa…<br />

Assim nos projetamos unicamente naquilo que <strong>de</strong>vemos fazer<br />

no momento presente. Falar, telefonar, escutar, ajudar, estudar,<br />

rezar, comer, dormir, viver a vonta<strong>de</strong> Dele sem ficar divagando;<br />

realizar ações completas, límpidas, perfeitas, com todo o coração,<br />

a <strong>vida</strong>, o entendimento; ter como único estímulo <strong>de</strong> cada ação o<br />

amor, a ponto <strong>de</strong> dizer, em cada momento do dia: “Sim, meu Deus,<br />

neste nesse instante, nessa ação, eu te amei com todo o coração,<br />

com todo o meu ser”. Só assim po<strong>de</strong>remos dizer que amamos a<br />

Deus, que retribuímos o seu “ser Amor para conosco”.<br />

“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,<br />

com toda a tua <strong>vida</strong> e com todo o teu entendimento!”<br />

Para viver esta Palavra <strong>de</strong> Vida, será útil nos analisarmos,<br />

<strong>de</strong> tempos em tempos, para ver se Deus realmente ocupa o<br />

primeiro lugar em nossa alma.<br />

Para concluir, o que <strong>de</strong>vemos fazer neste mês? Escolher<br />

novamente Deus como único i<strong>de</strong>al, como o tudo <strong>de</strong> nossa <strong>vida</strong>,<br />

recolocando-o no primeiro lugar, vivendo com perfeição sua<br />

vonta<strong>de</strong>, (será aqui?) no momento presente. Devemos po<strong>de</strong>r dizerlhe<br />

sinceramente: “Meu Deus e meu tudo”; “Eu te amo”; “Sou<br />

inteiramente teu, inteiramente tua”; “És Deus, és meu Deus, o<br />

nosso Deus <strong>de</strong> amor infinito!”<br />

Centro <strong>de</strong> Integração do<br />

Adolescente “Dom Alberto”<br />

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Fone: (67) 3422-2642 / 3421-9274<br />

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Chiara Lubich<br />

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Maio/2011<br />

“Nossa filha sequer<br />

nos reconhecia!”<br />

“No dia 3 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007,<br />

recebi um telefonema às 23h,<br />

avisando que minha filha<br />

Roseane estava no hospital,<br />

pois ao sair do trabalha ela<br />

havia sido atropelada<br />

por uma moto.<br />

Meu marido e eu<br />

fomos rapidamente ao<br />

hospital e encontramos<br />

nossa filha totalmente<br />

transtornada e agitada,<br />

sequer nos reconhecia. O médico <strong>de</strong> plantão disse<br />

que isso era normal porque ela havia batido a<br />

cabeça. Era horrível ver nossa filha naquele<br />

estado.<br />

Ficamos muito preocupados e pedimos ao<br />

médico a transferência <strong>de</strong> Roseane para outro<br />

hospital, com mais recursos.<br />

O estado <strong>de</strong> Roseane era muito grave; ela foi<br />

submetida a uma tomografia que constatou que<br />

ela estava com traumatismo craniano e vários<br />

coágulos no cérebro. Ela precisava com urgência<br />

<strong>de</strong> uma cirurgia. Começamos a rezar e a pedir a<br />

Deus e Nossa Senhora Aparecida que<br />

iluminassem as mãos do cirurgião que operaria<br />

minha filha. Depois <strong>de</strong> 5 horas <strong>de</strong> cirurgia o médico<br />

nos chamou e disse que tinha feito tudo o que era<br />

possível, mas ela continuava em estado grave e<br />

com hemorragia.<br />

Fomos para casa e continuamos rezando<br />

muito pela <strong>vida</strong> <strong>de</strong> Roseane. Segundo os médicos<br />

não era possível precisar como e quando<br />

acordaria. Po<strong>de</strong>ria ser em dois dias ou dois meses.<br />

Todos os dias íamos ao hospital, mas ela<br />

continuava <strong>de</strong>sacordada. No terceiro dia <strong>de</strong> visita<br />

ela teve uma pequena melhora e mexeu os <strong>de</strong>dos<br />

da mão. No domingo <strong>de</strong> Páscoa minha filha abriu<br />

os olhos e começou a conversar comigo; num<br />

primeiro momento ela não me reconheceu e<br />

perguntava quem eu era. Fui explicando, falando<br />

<strong>de</strong> seus irmãos, parentes e pouco a pouco ela foi<br />

lembrando das coisas.<br />

Minha filha ficou mais 9 dias internada e<br />

<strong>de</strong>pois teve alta. Alcançamos uma gran<strong>de</strong> graça:<br />

voltamos para casa com ela bem e sem nenhuma<br />

sequela do aci<strong>de</strong>nte.”<br />

Iracema Domingues <strong>de</strong> Faria Giomo,<br />

Socorro - SP<br />

Bocchi Armazéns Gerais Ltda.<br />

Fone: (67) 3452-7112<br />

bocchiarmazem@bocchi.com.br


Maio/2011 05<br />

Círculos Bíblicos para o mês <strong>de</strong> Maio<br />

1º Encontro - “Os discípulos alegram-se ao ver o Senhor”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Flores,<br />

Bíblia, imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, vela e<br />

símbolos da Paz.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém<br />

da casa) Irmãos e Irmãs! Que alegria<br />

acolher cada um <strong>de</strong> vocês hoje em nossa<br />

casa. Sintam-se bem! Unânimes com <strong>Maria</strong>,<br />

mãe <strong>de</strong> Jesus e nossa mãe, acolhamo-nos<br />

mutuamente com um abraço fraterno.<br />

ANIMADOR/A: Celebrando hoje a<br />

primeira semana do mês <strong>de</strong> maio, somos<br />

con<strong>vida</strong>dos a caminhar com <strong>Maria</strong>, nossa<br />

mãe, discípula do Ressuscitado. Ela que<br />

com amor humano embalou o filho <strong>de</strong><br />

Deus, oferecendo-o para toda a<br />

humanida<strong>de</strong>. Invoquemos a sua presença,<br />

junto á Santíssima Trinda<strong>de</strong>, cantando: Em<br />

nome do Pai, em nome do Filho, em nome<br />

do Espírito Santo.....<br />

LEITOR/A 1: O gran<strong>de</strong> presente oferecido<br />

por Jesus aos discípulos, após sua<br />

ressurreição é a alegria,através da<br />

expressão “A Paz esteja convosco!”. Como<br />

o Pai me enviou, eu também vos envio. E<br />

na disposição e alegria <strong>de</strong> sermos<br />

discípulos, cantemos: Eis-me aqui<br />

Senhor....<br />

LEITOR/A 2: Jesus estava <strong>de</strong> pé no meio<br />

dos discípulos. Estar <strong>de</strong> pé é a posição da<br />

ressurreição. É como se dissesse: “Se eu<br />

vim ao mundo para trazer a paz, vós<br />

também sereis meus discípulos se<br />

levar<strong>de</strong>s a paz a todos.”<br />

Cantemos: Eis-me aqui Senhor....<br />

LEITOR/A 3: A paz que Jesus nos pe<strong>de</strong>,<br />

não é a paz dos acomodados, mas a paz<br />

que provoca solidarieda<strong>de</strong>, justiça,<br />

liberda<strong>de</strong>, alegria, partilha, fraternida<strong>de</strong>.<br />

TODOS: Como discípulos e discípulas<br />

sejamos semeadores da verda<strong>de</strong>ira paz<br />

em todo o nosso planeta Terra.<br />

LEITOR/A 4: A paz verda<strong>de</strong>ira só acontece<br />

quando, a exemplo <strong>de</strong> Jesus e com sua<br />

graça, transformamos cada momento <strong>de</strong><br />

nossa <strong>vida</strong> numa nova ressurreição, a<br />

exemplo dos seus discípulos.<br />

LEITOR/A 5: A alegria da ressurreição<br />

exige <strong>de</strong> todos nós um engajamento na<br />

história real, exige que sejamos solidários<br />

com a humanida<strong>de</strong>.<br />

LEITOR/A 6: Toda ação <strong>de</strong> morte é<br />

contrária a paz. Vencê-la com a alegria da<br />

Ressurreição e a expressão mais fácil e<br />

necessária à <strong>vida</strong> <strong>de</strong> cada cristão, discípulo<br />

missionário.<br />

ANIMADOR/A : Os discípulos estavam<br />

fechados e com medo; o medo impe<strong>de</strong> o<br />

anuncio e o testemunho. Jesus é o<br />

libertador <strong>de</strong> todos os nossos medos<br />

mostrando-nos que o amor doado é sinal<br />

<strong>de</strong> vitória e alegria.<br />

TODOS (cantando): E pelo mundo eu<br />

vou/ cantando o teu amor, pois<br />

disponível estou/ para servir-te, Senhor.<br />

ANIMADOR/A: A oração do Salmo 99 nos<br />

con<strong>vida</strong> a aclamar e a servir ao Senhor com<br />

alegria. Em dois coros rezemos:<br />

LADO A: Terra inteira, aclame a Javé!<br />

Sirva a Javé com alegria, e vá até ele com<br />

gritos jubilosos!<br />

LADO B: Saiba que somente Javé é Deus.<br />

Ele nos fez e a ele pertencemos.<br />

Somos seu povo e ovelhas do seu rebanho.<br />

LADO A: Entrem por suas portas dando<br />

graças,<br />

Com cantos <strong>de</strong> louvor em seus átrios,<br />

Celebrem a ele e bendigam o seu nome.<br />

LADO B: Sim, Javé é bom!<br />

O seu amor é para sempre<br />

E sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração em geração.<br />

ANIMADOR/A: Preparemo-nos para<br />

acolher a mensagem <strong>de</strong> Deus que vem a<br />

nós hoje através do Evangelho.<br />

Para isso cantemos: É como chuva que<br />

lava, é como o fogo que arrasa, Tua<br />

Palavra é assim não passa por mim sem<br />

<strong>de</strong>ixar um sinal.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 20,19-31<br />

Proclamar o Evangelho pausadamente.<br />

Deixar um momento <strong>de</strong> silêncio<br />

para reflexão pessoal. A seguir partilhar<br />

palavras ou versículos do Evangelho que<br />

mais tocou o coração <strong>de</strong> cada um/a.<br />

“Os discípulos alegraram-se ao ver<br />

o Senhor”<br />

O texto apresenta três cenas:<br />

Primeira – O encontro <strong>de</strong> Jesus com os<br />

discípulos no primeiro dia da semana, dia<br />

da assembleia dominical, o Espírito <strong>de</strong> Deus<br />

é dado pelo ressuscitado, para renovar os<br />

homens, purificando-os do pecado.<br />

Segunda – O encontro com Tomé. Este<br />

é aqui um símbolo dos cristãos <strong>de</strong> todas as<br />

épocas. Representa aquelas que não<br />

confiam na comunida<strong>de</strong> e nem nos sinais<br />

da <strong>vida</strong> nova que nele se manifestam. É<br />

colocada na boca <strong>de</strong>sse apóstolo a típica<br />

profissão <strong>de</strong> fé da comunida<strong>de</strong> cristã <strong>de</strong><br />

qualquer época. Meu Senhor e meu Deus.<br />

Terceira – O encerramento dos<br />

episódios da <strong>vida</strong>, paixão, morte e<br />

ressurreição <strong>de</strong> Jesus.<br />

A finalida<strong>de</strong> é levar os leitores á fé em<br />

Jesus, reconhecendo-o como Messias,<br />

Filho <strong>de</strong> Deus, e para que, continuando a<br />

crer, vivam a <strong>vida</strong> autêntica, inseridos na<br />

missão <strong>de</strong> Jesus que é testemunhar o amor.<br />

Por fim, a primeira comunida<strong>de</strong> teve o<br />

privilégio <strong>de</strong> ver e perceber o ressuscitado,<br />

as gerações posteriores <strong>de</strong>verão crer pelo<br />

testemunho da fé.<br />

PARA REFLETIR E PARTILHAR<br />

A Paz que recebemos <strong>de</strong> Deus, nós<br />

<strong>de</strong>sejamos aos outros, como?<br />

Sentimo-nos enviados por Deus? Para quê?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A; Os discípulos alegraramse<br />

ao ver o Senhor expressemos também<br />

a nossa alegria pela presença do<br />

ressuscitado que vive entre nós.<br />

LEITOR/A 7: Obrigado Senhor pela Paz <strong>de</strong><br />

vós recebida em nossas famílias em<br />

nossas comunida<strong>de</strong>s.<br />

TODOS: Obrigado, Senhor!<br />

LEITOR/A 8: Obrigado Senhor por nos ter<br />

confiado a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sermos<br />

teus discípulos missionários nesta<br />

realida<strong>de</strong> em que vivemos.<br />

TODOS: Obrigado, Senhor!<br />

LEITOR/A 9: Obrigado Senhor, pelos<br />

promotores da verda<strong>de</strong>ira paz no mundo,<br />

em nossa socieda<strong>de</strong> e em nossa<br />

comunida<strong>de</strong>.<br />

TODOS: Obrigado, Senhor!<br />

LEITOR/A 10: Obrigado Senhor, pelas<br />

li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong> nossas comunida<strong>de</strong>s que<br />

gastam o seu tempo para semear o bem,<br />

a fraternida<strong>de</strong> e o amor no coração <strong>de</strong><br />

vossos filhos e filhas.<br />

TODOS: Obrigado, Senhor!<br />

Segue outras orações espontâneas.<br />

ANIMADOR/A: Rezemos uma <strong>de</strong>zena do<br />

terço, invocando a proteção <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> para<br />

toda a humanida<strong>de</strong>, se<strong>de</strong>nta <strong>de</strong> Paz.<br />

(Pai Nosso, <strong>de</strong>z Ave <strong>Maria</strong>, Glória).<br />

ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL<br />

ANIMADOR/A: Peçamos ao Senhor que<br />

nos abençoe e por intercessão <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>,<br />

nos dê a Paz.<br />

Canto: dai-nos a bênção, Ó Mãe querida<br />

Nossa Senhora Aparecida (bis).<br />

1. Sob este manto do azul do céu,<br />

Guardai-nos sempre no amor <strong>de</strong> Deus!<br />

2. Eu me consagro ao vosso amor,<br />

Ó mãe querida do Salvador!<br />

3. Sois nossa <strong>vida</strong>, sois nossa Luz,<br />

Ó Mãe querida do meu Jesus!<br />

Combinar local, horário para o próximo<br />

encontro.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Fazer contato com pessoas que<br />

ainda não fazem parte <strong>de</strong> nossa pequena<br />

comunida<strong>de</strong>, con<strong>vida</strong>ndo-as para<br />

caminhar conosco.


06<br />

2º Encontro - “O Ressuscitado nos ensina o caminho da <strong>vida</strong>”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />

flores, terço, imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora,<br />

fotografias <strong>de</strong> algumas mães.<br />

PALAVRAS DE BOAS<br />

VINDAS: Alguém da família<br />

acolhe a todos criando um<br />

clima <strong>de</strong> bem estar,<br />

possibilitando as condições<br />

para um encontro consigo<br />

mesmo, com Deus e com os<br />

irmãos. Con<strong>vida</strong> os<br />

presentes a saudarem com o<br />

abraço fraterno.<br />

ANIMADOR/A: Irmãos!<br />

Irmãs! Que bom estarmos<br />

aqui reunidos em<br />

comunida<strong>de</strong> para juntos celebrarmos a<br />

presença do Ressuscitado que nos ensina<br />

o caminho da <strong>vida</strong>. Iniciemos o nosso<br />

encontro cantando o sinal que nos i<strong>de</strong>ntifica<br />

como cristãos.<br />

Em nome do Pai...<br />

ANIMADOR/A: Hoje somos con<strong>vida</strong>dos a<br />

rezar por todas as mães, as que vivem<br />

conosco e as que já partiram para a<br />

eternida<strong>de</strong>. Com <strong>Maria</strong>, nossa mãe e mãe<br />

da humanida<strong>de</strong>, Jesus ressuscitado nos<br />

ensina o caminho da <strong>vida</strong>.<br />

TODOS: Como os discípulos no caminho<br />

<strong>de</strong> Emaús dizemos: “Fique conosco,<br />

Senhor, hoje e sempre.”<br />

LEITOR/A 1: Ouvir a narração dos discípulos<br />

<strong>de</strong> Emaús é ocasião <strong>de</strong> encontrar <strong>de</strong> novo o<br />

ressuscitado que caminha conosco e nos dá<br />

força para continuar a nossa caminhada com<br />

Ele e em comunida<strong>de</strong>.<br />

LEITOR/A 2: A sua presença na Palavra,<br />

na Eucaristia e nos irmãos e irmãs faz ar<strong>de</strong>r<br />

o nosso coração e nos alimenta para<br />

anunciá-lo com nossa <strong>vida</strong>, nosso<br />

testemunho e nossas ações concretas.<br />

TODOS (cantando): Fique conosco<br />

Senhor; é tar<strong>de</strong> e a noite já vem. Fique<br />

conosco Senhor, somos teus seguidores<br />

também.<br />

LEITOR/A 3: No relato dos discípulos <strong>de</strong><br />

Emaús, Lucas nos mostra como o Senhor<br />

ressuscitado está presente ainda hoje em<br />

nossa <strong>vida</strong> e em nosso caminhar, e como<br />

po<strong>de</strong>mos encontrá-lo.<br />

TODOS: On<strong>de</strong> está então? Ele está pelas<br />

estradas do mundo,indo <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> em<br />

cida<strong>de</strong> até que o seu reinado não chegue<br />

para todos. Está a procura da ovelha<br />

perdida, porque o Pai não quer que<br />

ninguém se perca.<br />

LEITOR/A 4: Os dois<br />

peregrinos são símbolo <strong>de</strong><br />

todos nós. De fato,<br />

mudamos o coração, o<br />

semblante e o caminho<br />

quando encontramos o<br />

vivente na mesa da<br />

Palavra e do Pão.<br />

TODOS: Ele se<br />

movimenta para<br />

transformar o <strong>de</strong>sânimo<br />

em esperança, as<br />

guerras e violências em<br />

gestos <strong>de</strong> paz,<br />

solidarieda<strong>de</strong> e <strong>vida</strong> em abundância.<br />

LEITOR/A 6: O Ressuscitado se aproxima<br />

<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós como se aproximou<br />

dos dois viandantes <strong>de</strong> Emaús para<br />

transformá-los em peregrinos e<br />

missionários. Pisa os passos da nossa<br />

<strong>de</strong>cepção e da nossa esperança, da nossa<br />

mente e da nossa <strong>vida</strong>. Encontra-nos no<br />

nosso caminho, associa-nos ao seu<br />

caminho, fica conosco nas nossas<br />

paradas e em nosso peregrinar.<br />

ANIMADOR/A: Em nosso itinerário <strong>de</strong> fé<br />

não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> alimentar e<br />

fortalecer nossa <strong>vida</strong> com a Palavra <strong>de</strong><br />

Deus. Ela nos aponta o caminho, nos<br />

questiona, nos converte e nos traz<br />

esperanças.<br />

Preparemo-nos para acolher a Palavra,<br />

cantando: Aleluia, alegria minha gente,<br />

aleluia, aleluia. O Senhor ressuscitou,<br />

minha gente. Ele está vivo em nosso<br />

meio, aleluia.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: LC 24,13-35<br />

Proclamar o Evangelho e <strong>de</strong>ixar<br />

alguns momentos <strong>de</strong> silêncio para<br />

interiorização. A seguir, con<strong>vida</strong>r os que<br />

<strong>de</strong>sejarem a <strong>de</strong>stacar brevemente alguma<br />

frase ou mensagem.<br />

“Jesus caminha conosco”<br />

A ressurreição <strong>de</strong> Jesus é que torna<br />

possível a existência da comunida<strong>de</strong> e a<br />

missão cristã não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do esforço<br />

humano, mas da presença viva do Senhor<br />

ressuscitado nessa comunida<strong>de</strong>.<br />

Como ressuscitado, o Senhor continua<br />

servindo: isso mostra que ele está<br />

presente. É servindo que manifestamos e<br />

reconhecemos a presença <strong>de</strong> Cristo entre<br />

nós e garantimos o milagre da unida<strong>de</strong>, da<br />

abundância e da igualda<strong>de</strong> no amor.<br />

Jesus sempre caminha conosco, e<br />

sempre estará ao nosso lado par anos fazer<br />

enten<strong>de</strong>r cada situação <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, até<br />

aquelas mais difíceis.<br />

PARA REFLETIR E PARTILHAR:<br />

- Percebemos que Jesus caminha ao nosso<br />

lado constantemente? Dê exemplos<br />

concretos.<br />

- Comprometemo-nos em anunciar esta<br />

verda<strong>de</strong> ás pessoas que se encontram<br />

afastados da <strong>vida</strong> em comunida<strong>de</strong>? Como?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A: Na presença do<br />

Ressuscitado, o sepulcro dos nossos<br />

medos e angustias se abre á Paz e a alegria<br />

do anúncio. A palavra que se tornou carne<br />

em Jesus, agora nos anima e nos<br />

impulsiona a continuar a missão do mestre.<br />

Confiantes façamos nossas preces:<br />

PRECES<br />

LEITOR/A 7: Para que como discípulos<br />

missionários prossigamos confiantes em<br />

Jesus que faz caminho conosco, mesmo<br />

quando somos lentos para reconhecer a<br />

sua presença. Rezemos ao Senhor:<br />

TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />

LEITOR/A 8: Por todas as pessoas que se<br />

encontram afastadas da caminhada e da<br />

<strong>vida</strong> em comunida<strong>de</strong>, para que sejam<br />

Maio/2011<br />

<strong>de</strong>spertadas para a retomada <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong><br />

cristã entre nós. Rezamos ao Senhor:<br />

TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />

LEITOR/A 9: Por todas as mães aqui<br />

presentes, as <strong>de</strong> nossas comunida<strong>de</strong>s e<br />

principalmente aquelas que mais sofrem ou<br />

passam por alguma dificulda<strong>de</strong>, para que<br />

confiem na presença do Deus que caminha<br />

ao nosso lado sempre. Rezemos ao<br />

Senhor:<br />

TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />

LEITOR/A 10: Para que as pequenas<br />

comunida<strong>de</strong>s se tornem cada vez mais<br />

terreno fértil on<strong>de</strong> Deus faça germinar a<br />

Boa Semente da palavra e da partilha.<br />

Rezemos ao Senhor:<br />

TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />

ANIMADOR/A: Irmão e Irmãs! Temos<br />

certeza <strong>de</strong> pertencer a Cristo, pois a nossa<br />

<strong>vida</strong> é por ele orientada e conduzida.<br />

Entretanto, somos frágeis, inconstantes e<br />

as forças contrárias po<strong>de</strong>m nos <strong>de</strong>sviar do<br />

caminho. <strong>Maria</strong> é a garantia <strong>de</strong> que,<br />

seguindo a Palavra <strong>de</strong> Deus, chegaremos<br />

a Ele. Consagramos a ela nossa <strong>vida</strong> e a<br />

<strong>vida</strong> <strong>de</strong> todas as mães, principalmente as<br />

que mais sofrem.<br />

TODOS: Ó minha Senhora, ó minha Mãe,<br />

eu me ofereço todo a vós e em prova <strong>de</strong><br />

minha <strong>de</strong>voção para convosco, vos<br />

consagro nesta noite, os meus olhos, os<br />

meus ouvidos, minha boca, meu coração<br />

e todo o meu ser. E já que sou vosso, ó<br />

incomparável Mãe, guardai-me e<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>i-me como filho e proprieda<strong>de</strong><br />

vossa. Amém.<br />

BÊNÇÃO FINAL<br />

ANIMADOR/A: Nosso Senhor Jesus Cristo<br />

esteja perto <strong>de</strong> nós para nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r;<br />

esteja em nosso coração para nos<br />

conservar, que Ele seja o nosso guia para<br />

nos conduzir, que nos acompanhe para nos<br />

guardar, olhe par anos e <strong>de</strong>rrame a sua<br />

bênção Ele que vive e reina na unida<strong>de</strong> do<br />

Espírito Santo. Amém.<br />

Combinar data, local e horário para o<br />

próximo encontro. Distribuir tarefas.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Combinar com os participantes <strong>de</strong><br />

sua pequena comunida<strong>de</strong>, a realização<br />

<strong>de</strong> alguma visita durante a semana. Ex:<br />

visitar uma pessoa doente da<br />

comunida<strong>de</strong> ou alguém que está necessitando<br />

do nosso apoio e encorajamento.


Maio/2011 07<br />

A Igreja é Notícia<br />

Beatificação <strong>de</strong> João Paulo II<br />

A bênção João <strong>de</strong> Deus, nosso povo te<br />

abraça! Assim cantamos quando o Papa João<br />

Paulo II esteve no Brasil pela primeira vez. E<br />

agora ele é plenamente João <strong>de</strong> Deus, pois está<br />

em sua glória. No dia 2 <strong>de</strong> abril completou seis<br />

anos <strong>de</strong> falecimento do Papa João Paulo II, que<br />

governou a Santa Igreja <strong>de</strong> 1978 a 2005, e, no<br />

dia 1º <strong>de</strong> maio, dia da Divina Misericórdia, ele<br />

será beatificado. Certamente, todos aqueles que<br />

viveram sob seu pontificado <strong>de</strong> alguma forma<br />

foram tocados pelas suas palavras e seus<br />

gestos.<br />

No seu primeiro discurso (1978), João<br />

Paulo II disse: “assim me apresento a vós todos<br />

para confessar a nossa fé comum, nossa<br />

esperança, a nossa confiança na Mãe <strong>de</strong> Cristo<br />

e da Igreja, e também para começar <strong>de</strong> novo<br />

nesta estrada da história e da Igreja, com a ajuda<br />

<strong>de</strong> Deus e com a ajuda dos homens”. Suas<br />

primeiras palavras como Papa resumem sua<br />

gran<strong>de</strong> confiança em Deus, na Mãe <strong>de</strong> Cristo<br />

e, <strong>de</strong> modo muito particular, nos homens”. Sua<br />

preocupação era com cada pessoa, e seu<br />

<strong>de</strong>sejo mais profundo era “levar Cristo ao<br />

homem e escancarar no homem as portas para<br />

Cristo”, pois Ele “é a esperança da<br />

humanida<strong>de</strong>... é a notícia nova e que traz a<br />

alegria, que a Igreja cada dia anuncia e<br />

testemunha a todos os homens”.<br />

Para João Paulo II, a Igreja existe para o<br />

homem, e não o homem para a Igreja. Ela é o<br />

<strong>instrumento</strong> <strong>de</strong> <strong>salvação</strong> expresso por Deus<br />

para a <strong>salvação</strong> da humanida<strong>de</strong>. Sua função é<br />

“dirigir o olhar do homem, en<strong>de</strong>reçar a<br />

consciência e a experiência <strong>de</strong> toda a<br />

humanida<strong>de</strong> para o mistério <strong>de</strong> Cristo, ajudar<br />

todos os homens a ter familiarida<strong>de</strong> com a<br />

profundida<strong>de</strong> da Re<strong>de</strong>nção que se verifica em<br />

Cristo Jesus” (Re<strong>de</strong>mptor hominis, 10).<br />

Essas i<strong>de</strong>ias partem <strong>de</strong> uma visão integral<br />

do homem, que realça todas as suas<br />

Limite da Proprieda<strong>de</strong> da Terra<br />

De acordo com o Fórum Nacional pela<br />

Reforma Agrária e Justiça no Campo –<br />

composto por 54 entida<strong>de</strong>s e que conta<br />

também com o apoio oficial das Pastorais<br />

Sociais da Conferência Nacional dos Bispos<br />

do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional das<br />

Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) -, meio milhão<br />

<strong>de</strong> pessoas votaram SIM no Plebiscito Popular<br />

sobre o Limite da Proprieda<strong>de</strong> da Terra. O<br />

Plebiscito foi realizado em setembro <strong>de</strong> 2010<br />

em 23 Estados brasileiros e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral<br />

e reuniu 519,6 mil participantes. O assunto foi<br />

ignorado por todos os gran<strong>de</strong>s veículos <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>de</strong> massa.<br />

Para as entida<strong>de</strong>s organizadoras do<br />

Plebiscito Popular, mais importante do que a<br />

votação é o fato <strong>de</strong> que o tema suscitou, e<br />

dimensões, evi<strong>de</strong>nciando sua dignida<strong>de</strong>,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sexo, raça ou<br />

religião. É uma pessoa encarnada no mundo,<br />

na história, na socieda<strong>de</strong>; que nasce e se forma<br />

sobretudo na família.<br />

João Paulo II cultivava uma intensa e<br />

profunda espiritualida<strong>de</strong>. Dois eram os traços<br />

distintivos da sua espiritualida<strong>de</strong>: a <strong>de</strong>voção a<br />

Jesus Cristo e a <strong>Maria</strong>. Existia um duplo totus<br />

tuus (todo teu) no papa: antes <strong>de</strong> tudo, o totus<br />

tuus a Jesus Cristo, do qual proce<strong>de</strong> a nossa<br />

<strong>salvação</strong>; e <strong>de</strong>pois um totus tuus a <strong>Maria</strong>, pela<br />

qual nutria um sentimento verda<strong>de</strong>iramente filial.<br />

Gran<strong>de</strong> advogado da causa da <strong>vida</strong><br />

humana, João Paulo II sentiu por impulso natural<br />

uma autêntica predileção pelas expressões da<br />

<strong>vida</strong>: pela <strong>mulher</strong>, que leva no ventre a <strong>vida</strong>; pelas<br />

crianças, primeiro florescer da <strong>vida</strong>; pelos jovens,<br />

expressão exaltadora da <strong>vida</strong>, esperança e futuro<br />

da humanida<strong>de</strong>.<br />

Lembramos ainda hoje o clamor do povo,<br />

<strong>de</strong> modo particular os jovens, na Praça São<br />

Pedro: Santo subito! (Santo já!, em italiano). O<br />

grito da multidão testava a fama <strong>de</strong> santida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sse homem <strong>de</strong> Deus. Em recente comentário,<br />

o Padre Fe<strong>de</strong>rico Lombardi, diretor da Sala <strong>de</strong><br />

Imprensa da Santa Sé, referiu-se a João Paulo<br />

II como uma “gran<strong>de</strong> testemunha da doença<br />

vi<strong>vida</strong> na fé. A maneira como ele viveu – para si<br />

e para nós – é uma das principais razões pelas<br />

quais estamos convencidos <strong>de</strong> sua santida<strong>de</strong>.<br />

Como Jesus, que carrega a cruz, ele<br />

também é um gran<strong>de</strong> amigo e <strong>de</strong>fensor <strong>de</strong> todos<br />

os doentes”. A beatificação <strong>de</strong> João Paulo II, pelas<br />

normas atuais da Igreja, é sem dú<strong>vida</strong><br />

extraordinária. Normalmente, um processo <strong>de</strong><br />

canonização é aberto cinco anos após a morte<br />

do candidato, mas, no caso <strong>de</strong> João Paulo II, o<br />

Papa Bento XVI dispensou o cumprimento <strong>de</strong>sse<br />

prazo e autorizou a sua abertura imediata.<br />

Val<strong>de</strong>ci Toledo - Revista Ave <strong>Maria</strong><br />

continua a suscitar, <strong>de</strong>bates em universida<strong>de</strong>s,<br />

escolas, igrejas e outros espaços públicos,<br />

abrindo caminho para levar a toda a socieda<strong>de</strong><br />

o conhecimento da realida<strong>de</strong> agrária brasileira,<br />

marcada por uma enorme concentração da<br />

proprieda<strong>de</strong>, que resulta em miséria e violência<br />

no campo. A gran<strong>de</strong> participação no Plebiscito<br />

Popular po<strong>de</strong>ria servir <strong>de</strong> indicativo à<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se realizar um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate<br />

nacional e um Plebiscito Oficial para consultar<br />

a população sobre o estabelecimento <strong>de</strong> um<br />

limite à proprieda<strong>de</strong> da terra.<br />

De acordo com o IBGE, em todo o Brasil,<br />

46.911 proprieda<strong>de</strong>s rurais com mais <strong>de</strong> mil<br />

hectares (0,91% do total) concentram 44,42%<br />

<strong>de</strong> toda a área dos estabelecimentos<br />

agropecuários.<br />

Aconteceu em Itaici – SP, nos dias 07 à<br />

10 <strong>de</strong> abril passado, a IX Assembleia<br />

Nacional dos Diáconos.<br />

Estiveram presentes 280 diáconos, <strong>de</strong><br />

quase todos os Estados do Brasil, algumas<br />

esposas e alguns candidatos ao diaconato,<br />

também compareceram alguns sacerdotes,<br />

algumas religiosas e 02 Bispos. Hoje existem<br />

no Brasil cerca <strong>de</strong> 2500 diáconos.<br />

O tema central da Assembleia foi, A<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do ser diaconal, e o lema: Um só<br />

corpo, um só espirito, uma só esperança. O<br />

estudo <strong>de</strong>senvolveu-se com assessoria <strong>de</strong><br />

Dom Sérgio, Arcebispo <strong>de</strong> Terezina – PI, Pe.<br />

Reginaldo Lima, Secretário Executivo da<br />

CMOVC/CNBB e o Diácono Duran y Duran,<br />

ex-presi<strong>de</strong>nte da Comissão Nacional dos<br />

Diáconos, no método, ver, julgar e agir,<br />

partindo do Documento <strong>de</strong> Aparecida,<br />

aprofundando a Teologia do Diaconato.<br />

Foi divulgado e incentivado a<br />

Casa <strong>de</strong> Carne Rosa<br />

Fone: (67) 3461-1273<br />

Rua Aparecido Rosa, 110<br />

Naviraí - MS<br />

Oração pelas Vocações<br />

O 48.º Dia Mundial <strong>de</strong> Oração pelas<br />

Vocações, que será celebrado em 15 <strong>de</strong> Maio<br />

<strong>de</strong> 2011, no quarto Domingo <strong>de</strong> Páscoa,<br />

con<strong>vida</strong>-nos a refletir sobre o tema: «Propor<br />

as vocações na Igreja local». Há sessenta<br />

anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a<br />

Pontifícia Obra para as Vocações<br />

Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses,<br />

foram fundadas obras semelhantes,<br />

animadas por sacerdotes e leigos,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo ao convite do Bom Pastor,<br />

quando, «ao ver as multidões, encheu-Se <strong>de</strong><br />

compaixão por elas, por andarem fatigadas<br />

e abatidas como ovelhas sem pastor» e<br />

disse: «A messe é gran<strong>de</strong>, mas os<br />

trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao<br />

dono da messe que man<strong>de</strong> trabalhadores<br />

Diáconos em Itaici<br />

participação <strong>de</strong> <strong>de</strong>legados dos diáconos no II<br />

Congresso Latinoamericano e Caribenho <strong>de</strong><br />

Diáconos em Itaici, que ocorrerá no último final<br />

<strong>de</strong> semana <strong>de</strong> maio.<br />

No último dia da Assembleia foi realizada<br />

a eleição da nova coor<strong>de</strong>nação da Comissão<br />

Nacional dos Diáconos, <strong>de</strong>ixou a coor<strong>de</strong>nação<br />

o Diácono Odélcio e assumiu o Diácono Zeno.<br />

Da Diocese <strong>de</strong> Dourados esteve presente<br />

o Diácono Alceu representando os diáconos.<br />

Dia Mundial das Comunicações<br />

A mensagem para o 45º Dia Mundial das<br />

Comunicações Sociais, do Papa Bento XVI,<br />

para o ano <strong>de</strong> 2011, traz o tema “Verda<strong>de</strong>,<br />

anúncio e autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, na era digital”.<br />

O Papa pe<strong>de</strong> que as novas formas <strong>de</strong><br />

comunicação sejam utilizadas pensando no<br />

bem comum, <strong>de</strong>stacando a verda<strong>de</strong> na atuação<br />

dos participantes das re<strong>de</strong>s sociais e<br />

principalmente o papel dos jovens na era digital.<br />

O Papa Bentos XVI diz que “as novas<br />

tecnologias permitem que as pessoas se<br />

encontrem para além dos confins do espaço e<br />

das próprias culturas, inaugurando <strong>de</strong>ste modo<br />

todo um novo mundo <strong>de</strong> potenciais amiza<strong>de</strong>s”.<br />

Por fim, o Papa <strong>de</strong>staca que não po<strong>de</strong>mos<br />

esquecer que o contato virtual não po<strong>de</strong> nem<br />

<strong>de</strong>ve substituir o encontro humano direto com<br />

as pessoas. Que nosso compromisso como<br />

discípulos missionários nos leve à verda<strong>de</strong>, ao<br />

anúncio e à autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> na era digital.<br />

Em sua mensagem, o Papa convidou<br />

sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua<br />

presença no areópago digital e renovou o convite<br />

para o encontro com ele na próxima Jornada<br />

Mundial da Juventu<strong>de</strong> em Madrid, cuja<br />

preparação muito <strong>de</strong>ve às vantagens das novas<br />

tecnologias. Para os agentes da comunicação,<br />

invocou <strong>de</strong> Deus, por intercessão do Patrono São<br />

Francisco <strong>de</strong> Sales, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre<br />

<strong>de</strong>sempenharem o seu trabalho com gran<strong>de</strong><br />

consciência e escrupulosa profissionalida<strong>de</strong>,<br />

enquanto a todos enviou a sua Bênção<br />

Apostólica. Veja a carta completa no site<br />

www.diocesedourados.com.br.<br />

para a sua messe» (Mt 9, 36-38).<br />

A arte <strong>de</strong> promover e cuidar das vocações<br />

encontra um luminoso ponto <strong>de</strong> referência nas<br />

páginas do Evangelho, on<strong>de</strong> Jesus chama os<br />

seus discípulos para O seguir e educa-os com<br />

amor e solicitu<strong>de</strong>.<br />

Queridos irmãos e irmãs, o vosso<br />

empenho na promoção e cuidado das<br />

vocações adquire plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentido e <strong>de</strong><br />

eficácia pastoral, quando se realiza na unida<strong>de</strong><br />

da Igreja e visa servir a comunhão.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cultivar as vocações é<br />

sinal característico da vitalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma Igreja<br />

local [...]. De coração concedo a todos a minha<br />

Bênção Apostólica.<br />

Veja a carta completa no site<br />

www.diocesedourados.com.br.<br />

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08<br />

A Diocese em Revista<br />

Posse do Pe. João Batista<br />

Todos os anos os legionários se<br />

consagrarão, individual e coletivamente à<br />

Nossa Senhora, no dia 25 <strong>de</strong> março (dia da<br />

Anunciação do Anjo à <strong>Maria</strong>) ou em outro dia<br />

conveniente, nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta data, no<br />

qual ocorreu no dia 23 <strong>de</strong> março numa<br />

cerimônia que tem o nome <strong>de</strong> Acies. Esta<br />

palavra latina, que significa um exército em<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> batalha, <strong>de</strong>signa, com razão, a<br />

cerimônia em que os legionários, como um<br />

só corpo, se reúnem para renovar a sua<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à <strong>Maria</strong>, Rainha da Legião, e <strong>de</strong>la<br />

receber a força e a bênção para um novo ano<br />

<strong>de</strong> combate contra o exército do mal.<br />

Contrasta, além disso, com Praisidium, que<br />

apresenta a Legião, não em formação <strong>de</strong><br />

combate, mas espalhada em várias seções,<br />

ocupadas cada qual no seu próprio trabalho.<br />

Legião <strong>de</strong> <strong>Maria</strong><br />

Assembleia Paroquial <strong>de</strong> Juti<br />

A Paróquia Santa Luzia, <strong>de</strong> Juti, realizou<br />

no último dia 27 <strong>de</strong> março sua assembleia<br />

paroquial, visando a <strong>de</strong>finição dos trabalhos<br />

Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong><br />

A Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong> é uma ação<br />

concreta da Igreja que evangeliza pela busca<br />

da Sobrieda<strong>de</strong> como um modo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>.<br />

Através da Terapia do Amor trata todo e<br />

qualquer tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. Resgata e<br />

valoriza a pessoa humana na sua dignida<strong>de</strong>.<br />

É o Programa <strong>de</strong> Vida Nova, realizado<br />

através dos Grupos <strong>de</strong> Auto Ajuda e Ajuda<br />

Mutua, com encontros semanais para<br />

vivenciar os 12 passos, aten<strong>de</strong>ndo as<br />

pessoas e toda a família afetada por<br />

No dia 20 <strong>de</strong> março, Dom Redovino <strong>de</strong>u<br />

posse ao novo Pároco da Paróquia Jesus<br />

Misericordioso e Santa Faustina, no<br />

assentamento Itamaraty, o Pe João Batista, da<br />

Comunida<strong>de</strong> Missionária Providência<br />

Santíssima, que contou com a presença da<br />

Superiora e Fundadora, Ir. Neia, <strong>de</strong> Mococa-<br />

SP. Estiveram presentes aproximadamente 250<br />

pessoas que vieram prestigiar o novo pároco.<br />

A Acies é a gran<strong>de</strong> solenida<strong>de</strong> do ano, a<br />

festa central da Legião. Tivemos o prazer <strong>de</strong><br />

contar com a presença <strong>de</strong> aproximadamente<br />

100 Legionárias(os). A Celebração foi<br />

presidida às 15h pelo Pe. Duvilio Diretor<br />

Espiritual da Legião, concelebrada pelo Pe.<br />

Benedito. Nós do Comitium Imaculada<br />

Conceição agra<strong>de</strong>cemos pela presença <strong>de</strong><br />

todos.<br />

e projetos a serem <strong>de</strong>senvolvidos. A mesma<br />

aconteceu na Capela Nossa Senhora<br />

Auxiliadora e contou com a presença <strong>de</strong><br />

várias pessoas das diversas capelas que<br />

compõem a Paróquia.<br />

Além do pároco, Pe. Israel, estiveram<br />

presentes também os diáconos Nilson e Ciro<br />

que ministraram palestras sobre temas<br />

referentes a paróquia.<br />

Paralelamente houve a preparação <strong>de</strong><br />

casais que irão receber o sacramento do<br />

matrimônio, e contou com 11 casais<br />

participantes.<br />

problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência química e/ou<br />

necessitada <strong>de</strong> libertação <strong>de</strong> outros vícios,<br />

compulsões, pecados e <strong>de</strong>pressão.<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> capacitar e reciclar<br />

agentes para atuar nos Grupos <strong>de</strong> Auto Ajuda<br />

e nas 5 frentes da Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong>,<br />

que são: Prevenção, Intervenção,<br />

Recuperação, Reinserção Social/familiar e<br />

Atuação Política, nos dias 15 a 17 <strong>de</strong> abril,<br />

em Campo Gran<strong>de</strong>, realizou o 3º Encontro<br />

<strong>de</strong> Espiritualida<strong>de</strong> e Formação <strong>de</strong> Agentes.<br />

Fone: (67) 3423-2291<br />

Pastoral da Criança<br />

Para fortalecer as ações da Pastoral da<br />

Criança no sentido <strong>de</strong> melhorar as condições<br />

<strong>de</strong> <strong>vida</strong> das crianças e gestantes da Diocese<br />

<strong>de</strong> Dourados, a coor<strong>de</strong>nação diocesana da<br />

Pastoral vem trabalhando com a formação<br />

contínua integrada <strong>de</strong> seus voluntários e<br />

apoiadores. Des<strong>de</strong> o mês <strong>de</strong> fevereiro foram<br />

realizadas, além das visitas aos ramos em<br />

dificulda<strong>de</strong>s, as seguintes formações:<br />

25 a 27 <strong>de</strong> fevereiro – Alimentação e Hortas<br />

Caseiras para capacitadores com a participação <strong>de</strong><br />

12 representantes dos ramos; 12 <strong>de</strong> março –<br />

Formação integrada na área 10, Jesus Menino; 15<br />

a 18 <strong>de</strong> março – Visita da Coor<strong>de</strong>nadora Diocesana<br />

e seu apoio às paróquias com dificulda<strong>de</strong> na<br />

caminhada; 19 e 20 <strong>de</strong> março – momentos <strong>de</strong> estudo<br />

com os multiplicadores e coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> área<br />

(formação contínua integrada); 22 <strong>de</strong> março – visita<br />

da coor<strong>de</strong>nação diocesana ao ramo 7359 São Pedro<br />

Apóstolo para troca da coor<strong>de</strong>nação do ramo.<br />

DESTAQUE: Nos dias 25 a 27 <strong>de</strong> março<br />

aconteceu no Santuário Nossa Senhora<br />

Aparecida, Vila São Pedro a primeira<br />

Formação Contínua Integrada no setor 359<br />

e contou com a presença da coor<strong>de</strong>nação e<br />

capacitadores dos seguintes ramos:<br />

Dourados, Caarapó, Fátima do Sul,<br />

Deodápolis, Itaporã e Maracaju.<br />

Essa nova metodologia da formação<br />

integrada, possibilitou melhores esclare-<br />

“Apren<strong>de</strong>i <strong>de</strong> mim a ser<br />

homens e <strong>mulher</strong>es <strong>de</strong><br />

Esperança”, foi o lema do V<br />

Congresso Betel realizado<br />

em Nova Andradina nos dias<br />

29 <strong>de</strong> abril a 1 <strong>de</strong> maio. A<br />

programação contou com:<br />

adoração ao Santíssimo, palestras,<br />

orações, salas temáticas para jovens,<br />

casais, viúvos/as, evangelização para<br />

V Congresso Betel<br />

Conscientização ambiental<br />

Está sendo realizado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 04<br />

<strong>de</strong> abril, no Projeto Sagrado Coração, o<br />

evento “Promovendo Atitu<strong>de</strong>s para a<br />

Conservação da Vida no Planeta”, em<br />

consonância com os objetivos da Campanha<br />

da Fraternida<strong>de</strong> 2011. O Evento aten<strong>de</strong> 120<br />

crianças e adolescentes por período e<br />

estima-se que até o dia 15 (data do<br />

encerramento) terá recebido cerca <strong>de</strong> 2.400<br />

estudantes das escolas públicas e particular<br />

<strong>de</strong> Ivinhema. Os alunos são recepcionados<br />

com palestras e seguem para oficinas <strong>de</strong><br />

reciclagem, on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>m a confeccionar<br />

vários brinquedos com material que<br />

* ALFABETIZAÇÃO<br />

* AULAS DE REFORÇO<br />

* ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS<br />

* LABORATÓRIO DE REDAÇÃO<br />

Maio/2011<br />

cimentos sobre cada ação <strong>de</strong>senvol<strong>vida</strong> pela<br />

Pastoral da Criança. O ponto forte foi sobre o<br />

Guia do Lí<strong>de</strong>r on<strong>de</strong> as pessoas que<br />

participaram <strong>de</strong>ssas formações assumiram o<br />

compromisso <strong>de</strong> repassar o trabalho em suas<br />

paróquias para todas as li<strong>de</strong>res e apoiadores<br />

da Pastoral da Criança.<br />

Na formação contínua, o ponto forte foi<br />

a espiritualida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> meditamos o texto do<br />

atos dos apóstolos sobre a virtu<strong>de</strong> dos<br />

primeiros cristãos (ATOS 2, 42-47) que nos<br />

levou a refletir sobre a missão do lí<strong>de</strong>r da<br />

pastoral além das oficinas sobre laços <strong>de</strong><br />

amor, cartão da gestante e da criança e<br />

indicadores, que trabalhados em conjunto<br />

com outras ações complementares reforçou<br />

o conhecimento dos participantes, dando-lhes<br />

novo ânimo para continuar a caminhada em<br />

prol da criança.<br />

crianças e o show da Esperança.<br />

O Congresso proporcionou<br />

espaço <strong>de</strong> provocação aos<br />

participantes a entrar na<br />

Escola do Mestre e<br />

apren<strong>de</strong>r Dele a firme<br />

<strong>de</strong>cisão para contribuir na<br />

construção <strong>de</strong> um mundo mais<br />

fraterno e solidário, chamados a ser<br />

pessoas <strong>de</strong> esperança.<br />

normalmente é <strong>de</strong>scartado em casa,<br />

assistem a um ví<strong>de</strong>o sobre o lugar certo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scartar o lixo e um teatro sobre a <strong>de</strong>ngue.<br />

Outro <strong>de</strong>staque é a Sala do Futuro, on<strong>de</strong> os<br />

visitantes contemplam um ambiente<br />

preservado e são con<strong>vida</strong>dos a refletir sobre<br />

a beleza da criação divina, antes <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>slocarem para um espaço que reproduz<br />

uma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação causada por<br />

atitu<strong>de</strong>s humanas que <strong>de</strong>vem ser evitadas.<br />

Estão envolvidos neste projeto cerca <strong>de</strong><br />

30 pessoas, entre membros da Igreja,<br />

funcionários do Projeto Sagrado Coração e<br />

acadêmicos da UEMS.<br />

Fone: (67) 3421-2726<br />

Cel.: (67) 9971-7494<br />

Rua Manoel Santiago, 1480 (esq. c/ Rua João C. Câmara)<br />

BNH 3º Plano - Dourados - MS


Maio/2011 09<br />

A Diocese em Revista<br />

SAV News<br />

Sabendo que as vocações<br />

nascem <strong>de</strong> uma igreja orante, a<br />

equipe do SAV <strong>de</strong>ve insistir na<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rezar sempre pelas<br />

vocações. Devemos estar numa<br />

atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanente suplica tanto<br />

pelo surgimento <strong>de</strong> novas vocações<br />

como também pela qualida<strong>de</strong> das<br />

vocações e ao mesmo tempo pela<br />

perseverança <strong>de</strong> todos aqueles que<br />

respon<strong>de</strong>ram o chamado divino.<br />

Sugestões <strong>de</strong> ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s nas<br />

paróquias:<br />

• Missa Vocacional (De<br />

preferência mensal);<br />

• Hora santa Vocacional<br />

(Con<strong>vida</strong>ndo Grupos ou Movimentos)<br />

• Incentivar a oração pelas<br />

vocações nas famílias;<br />

• Dar atenção especial ao dia<br />

mundial <strong>de</strong> oração pelas vocações –<br />

4º Domingo da Páscoa, Domingo do<br />

bom Pastor, estudando e rezando a<br />

carta do Papa com o SAV;<br />

• Por ocasião <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />

padres, Diaconos e Bispos, como<br />

também profissões religiosas,<br />

movimentar toda a comunida<strong>de</strong> para<br />

uma intensa preparação e participação;<br />

• Dedicar atenção especial: aos<br />

aniversários <strong>de</strong> nascimento, <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nação, <strong>de</strong> profissão religiosa,<br />

etc; aos jubileus <strong>de</strong> prata ou ouro, <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>nação e profissão religiosa, dos<br />

bispos, dos padres, consagrados<br />

(as), as boas <strong>de</strong> prata ou ouro, dos<br />

casais da comunida<strong>de</strong>;<br />

• Animar com especial empenho<br />

o mês Vocacional<br />

• Realizar a reunião mensal, para<br />

rezar, rever a caminhada do mês e<br />

distribuir tarefas para o mês seguinte<br />

• Promover retiros vocacionais<br />

aos coroinhas, adolescentes e jovens<br />

• Promover encontros aos<br />

vocacionados e vocacionadas da<br />

paróquia, com espiritualida<strong>de</strong>,<br />

reflexão <strong>de</strong> algum tema, Filme sobre<br />

a <strong>vida</strong> <strong>de</strong> santos, Fazer visitas a<br />

famílias <strong>de</strong> vocacionados;<br />

• Procurar estar em sintonia com<br />

o seminário diocesano e as diversas<br />

casas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> religiosos (as);<br />

• Na ocasião da festa do(a)<br />

Padroeiro(a), elaborar, por exemplo o<br />

plantão vocacional, com cartazes, sli<strong>de</strong>s,<br />

símbolos com apelos vocacionais;<br />

(Extraído da apostila das ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s<br />

do S.A.V. <strong>de</strong> 2010).<br />

Fone: 3421-7877<br />

Rua Mato Grosso, 1.962 Dourados - MS<br />

graficaalfadouradosms@hotmail.com<br />

Dízimo em <strong>de</strong>staque<br />

De 3 a 8 <strong>de</strong> maio a Paróquia Cristo Rei, <strong>de</strong> Laguna<br />

Carapã, promoverá uma semana <strong>de</strong> conscientização do<br />

Dízimo. As ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s serão ministradas e acompanhadas<br />

pelo Missionário Alvino <strong>de</strong> São Paulo, que faz parte <strong>de</strong> um<br />

grupo que trabalha exclusivamente com Dízimo, chamado<br />

MEAC.<br />

Nestes dias, nas missas teremos a exposição da<br />

importância da <strong>de</strong>volução das graças materiais recebidas<br />

<strong>de</strong> Deus (dízimo), antes, porém, o povo vai receber o<br />

material que ajudará a todos na tomada <strong>de</strong> consciência.<br />

Fica já o apelo àquelas pessoas que <strong>de</strong>sejam trabalhar na<br />

Igreja, que se sentem atraídas por esta pastoral, se<br />

apresentarem ao responsável para tornar-se um<br />

colaborador.<br />

Dízimo é uma graça, não uma obrigação! Por isso,<br />

aquelas pessoas que o <strong>de</strong>volvem sentem as benesses <strong>de</strong><br />

Deus, a tal ponto <strong>de</strong> ser aquela quantia a primeira parte a<br />

ser separada, para significar que para Deus damos a nossa<br />

parte principal. Seja dizimista!<br />

Romaria do Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus<br />

No dia 03 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2011, a<br />

Diocese <strong>de</strong> Dourados estará em<br />

romaria no Santuário na vila São<br />

Pedro.<br />

Em sintonia com a Campanha<br />

da Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste ano, a<br />

Romaria Diocesana refletirá sobre o<br />

tema: “Com o Sagrado Coração <strong>de</strong><br />

Jesus, preservemos a <strong>vida</strong> do<br />

planeta”.<br />

Para este dia temos a seguinte<br />

programação: 7h – Concentração em frente à Capela Nossa<br />

Senhora Aparecida ao lado do posto policial na BR 163;<br />

7h30 – início da caminhada; 9h – acolhida da Romaria no<br />

Santuário; 9h30 – Celebração Eucarística; 11h –<br />

Evangelizar é preciso, com Padre Reginaldo Manzotti; 13h<br />

– Encerramento.<br />

Participe com sua família!<br />

Paróquia Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Jesus<br />

Uma celebração eucarística <strong>de</strong>u início à Paróquia do<br />

Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus, dia 24 <strong>de</strong> abril – Domingo da<br />

Ressurreição do Senhor –, na comunida<strong>de</strong> São Paulo<br />

Apóstolo, Parque Alvorada, às 10h, presidida pelo nosso<br />

Bispo diocesano, Dom Redovino Rizzardo, cs.<br />

Esta nova paróquia tem como priorida<strong>de</strong> culto e<br />

adoração a Deus, serviço e acolhida aos fiéis para promover<br />

a evangelização e humanização da comunida<strong>de</strong> local. Com<br />

o projeto da paróquia Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus, existe o<br />

projeto <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> e comunicação <strong>de</strong><br />

massa (rádio e televisão) inteiramente a serviço do<br />

Evangelho e da Igreja <strong>de</strong> Dourados e região. Parte <strong>de</strong>ste<br />

serviço já é realizado pela presença do Movimento Milícia<br />

da Imaculada e pela Rádio Imaculada Conceição 1060 AM.<br />

C PERPLAN<br />

Consultoria e Planejamento Agropecuário Ltda.<br />

Fone/Fax: (67) 3426-6447<br />

Consagração Religiosa <strong>de</strong>finitiva<br />

“Eu sou o Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a <strong>vida</strong>”.<br />

Chamada, consagrada e enviada a<br />

ser pão partido e partilhado.<br />

A Congregação das Irmãs <strong>de</strong> São José<br />

tem a alegria <strong>de</strong> celebrar a Consagração<br />

Definitiva <strong>de</strong> Irmã Cristiani Sarro.<br />

Ir. Cristiani nasceu em Angélica/MS<br />

e seus pais Antônio e Francisca Silva Sarro<br />

resi<strong>de</strong>m atualmente, em Glória <strong>de</strong><br />

Dourados. Realizou sua formação Inicial<br />

em Fátima do Sul, Porto Alegre e Caxias<br />

do Sul - RS, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> atualmente.<br />

Durante a preparação à Consagração<br />

Definitiva esteve por dois meses, fazendo<br />

uma experiência missionária internacional,<br />

na Bolívia. Expressa sua <strong>vida</strong> <strong>de</strong><br />

consagrada na comunida<strong>de</strong> religiosa, num<br />

bairro <strong>de</strong> periferia urbana, nos engaja-<br />

Infância Missionária<br />

Nos dias 8,9 e 10 <strong>de</strong> abril realizouse,<br />

no IPAD, o Encontro da Infância,<br />

Adolescência e Juventu<strong>de</strong> Missionária,<br />

teve como objetivo atuar na formação dos<br />

assessores paroquiais e envolveu cerca<br />

<strong>de</strong> cinquenta pessoas, com a presença e<br />

apoio da Coor<strong>de</strong>nadora do Regional Judith<br />

Ribeiro <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong>/MS. A equipe<br />

da Infância Missionária <strong>de</strong> Dourados<br />

agra<strong>de</strong>ce todos os envolvidos no encontro<br />

também as emissoras <strong>de</strong> Rádio e o Jornal<br />

Elo, que apoiaram quanto a divulgação,<br />

as crianças da Capela Cristo re<strong>de</strong>ntor que<br />

participaram da abertura. Enfim,<br />

acreditamos que este encontro atingiu os<br />

objetivos previstos na Infância,<br />

mentos pastorais, no trabalho profissional<br />

no hospital; <strong>de</strong>dica-se também ao estudo<br />

acadêmico (Curso <strong>de</strong> Enfermagem).<br />

A Consagração Religiosa Definitiva<br />

acontecerá no dia 07/05/2011, às 19 horas,<br />

na Paróquia Nossa Senhora da Glória em<br />

Glória <strong>de</strong> Dourados/MS.<br />

Ir. Cristiani fundamenta sua <strong>vida</strong> e<br />

missão, na passagem do Evangelho <strong>de</strong><br />

São João 14, 6a, on<strong>de</strong> Jesus diz: Eu sou o<br />

Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a <strong>vida</strong>.<br />

Em preparação a<br />

Consagração, acontecerá<br />

do dia 30 <strong>de</strong> abril<br />

a 06 <strong>de</strong> maio, uma<br />

semana vocacional com<br />

visita às escolas, encontros<br />

vocacionais e tríduo.<br />

Adolescência e Juventu<strong>de</strong> Missionária.<br />

Lembramos que a Equipe Diocesana está<br />

<strong>de</strong> prontidão a espera do convite dos<br />

senhores Párocos para a Implantação ou<br />

reforço da IAM.<br />

Procure-nos no telefone: 3422-6910<br />

e/ou e-mail: rosinha-curia2011@hotmail.com<br />

3º Encontro dos padres novos<br />

Entre os dias 26 a 29 <strong>de</strong> abril, os<br />

padres com até cinco anos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação,<br />

participaram do 3º ENCONTRO DOS<br />

PADRES NOVOS, promovido pelo regional<br />

Oeste I. O Encontro aconteceu em Coxim-<br />

MS, assessorado por Dom Orlando<br />

Bran<strong>de</strong>s, arcebispo <strong>de</strong> Londrina. O tema<br />

do encontro foi “A Dimensão Pastoral”,<br />

dando continuida<strong>de</strong> à proposta <strong>de</strong> se<br />

trabalhar as cinco dimensões da pessoa<br />

humana, chamada ao presbiterato. Nos<br />

encontros anteriores foram trabalhadas as<br />

dimensões, Espiritual, por Frei Patrício<br />

Schiadini, oc e Psicoafetiva, por Dom<br />

Na edição do Elo<br />

do mês <strong>de</strong> abril foram<br />

trocados os nomes<br />

dos seminaristas<br />

A<strong>de</strong>mir e Mário.<br />

Erramos<br />

Mário Fernan<strong>de</strong>s<br />

Rocha<br />

Maracajú<br />

4º ano<br />

Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito<br />

<strong>de</strong> Blumenau. O objetivo do encontro foi<br />

manter viva a formação e a unida<strong>de</strong> fraterna<br />

dos novos presbíteros. De nossa Diocese<br />

participaram os padres Alex Dias, Alex<br />

Messias, Declair, Ênio, Eurico, Israel, Luiz<br />

Fernando, Marcos Roberto, Roberto Pinto,<br />

Pedro, como representantes do regional e<br />

os diáconos Alexsandro, Ciro e Val<strong>de</strong>ci. O<br />

encerramento aconteceu na catedral <strong>de</strong><br />

Coxim, com missa presidida por Dom<br />

Antonino Migliore, bispo <strong>de</strong> Coxim e<br />

referencial dos ministros or<strong>de</strong>nados e<br />

concelebrada pelos sacerdotes presentes.<br />

A<strong>de</strong>mir Carvalho<br />

<strong>de</strong> França<br />

Nova Andradina<br />

1º ano<br />

DAMASCO<br />

A Serviço da Cultura Religiosa<br />

Artigos Religiosos, Livros, Cartões, CDs<br />

livrariadamasco@terra.com.br<br />

Fone: (67) 3421-1510<br />

Rua João Cândido Câmara, 400B - Dourados - MS


10<br />

Conversa com o Leitor<br />

Pergunte e Respon<strong>de</strong>remos!<br />

Diácono Alexsandro da Silva Lima<br />

Paróquia Rainha dos Apóstolos<br />

Diácono Alexsandro, me chamo<br />

Régis, sou do município <strong>de</strong> Angélica e<br />

atualmente trabalho na coor<strong>de</strong>nação da<br />

Casa da Esperança, em Dourados. Minha<br />

pergunta se refere ao porquê da<br />

necessida<strong>de</strong> daqueles que querem se<br />

casar na Igreja Católica precisarem fazer<br />

o curso <strong>de</strong> noivos?<br />

Caro Régis, sua pergunta é bastante<br />

oportuna, uma vez que, tradicionalmente,<br />

muitos noivos agendam seu matrimônio nas<br />

paróquias, com até anos <strong>de</strong> antecedência,<br />

para contraírem as núpcias em meados <strong>de</strong>ste<br />

mês.<br />

Primeiramente, quero lhe dizer que os<br />

cursos <strong>de</strong> noivos não são oferecidos só por<br />

nós católicos, visto que outras <strong>de</strong>nominações,<br />

ao menos as mais tradicionais,<br />

também contam com esse <strong>instrumento</strong><br />

valioso para conscientizar, informar e formar,<br />

àqueles que visam contrair o matrimônio.<br />

Para nós cristãos católicos, o matrimônio<br />

é um sacramento, e por isso, constitui-se<br />

como um sinal visível sensível e eficaz da<br />

graça divina em nossas <strong>vida</strong>s. Nele, os<br />

noivos se unem mutuamente com amor<br />

conjugal exigindo <strong>de</strong> ambos a indissolubilida<strong>de</strong><br />

e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> nessa a<strong>de</strong>são. Se<br />

você me perguntar por que a Igreja tem essa<br />

compreensão, lhe convido a ler o evangelho<br />

<strong>de</strong> São Mateus on<strong>de</strong> o próprio Cristo diz: “[...]<br />

Portanto, o que Deus uniu, o homem não<br />

separe” (19,6). Isso quer dizer que o<br />

matrimônio não foi instituído pela Igreja, mas<br />

pelo próprio senhor Jesus que viu nessa<br />

união, entre homem e <strong>mulher</strong>, um bem para<br />

toda a humanida<strong>de</strong> (cf. Gn1,28). Daí<br />

po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r melhor o que o saudoso<br />

papa João Paulo II afirma na Familiaris<br />

Consortio n.13 “O amor conjugal dirige-se a<br />

TRANSPORTADORA COMANDOLLI LTDA<br />

Av. Marcelino Pires, 8.500<br />

Dourados - MS<br />

Fone: (67) 3902-1120<br />

uma unida<strong>de</strong> profundamente pessoal, aquela<br />

que, para além da união numa só carne, não<br />

conduz senão a um só coração e a uma só<br />

alma; ele exige a indissolubilida<strong>de</strong> e a<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> da doação recíproca <strong>de</strong>finitiva e<br />

abre-se à fecundida<strong>de</strong>”. Dessa maneira<br />

po<strong>de</strong>mos presumir que <strong>de</strong>sse amor<br />

indissolúvel e fiel nascem os filhos, isto é, a<br />

família tem seu fundamento no amor dos<br />

cônjuges.<br />

Voltando à sua pergunta, penso que você<br />

já po<strong>de</strong> imaginar por que a Igreja sugere aos<br />

noivos que antes <strong>de</strong> contraírem as núpcias<br />

participem <strong>de</strong> um curso específico. Nós<br />

enten<strong>de</strong>mos que aquilo que estão dispostos<br />

a assumirem, exigirá não só uma simples<br />

disposição para viverem juntos, pois bem<br />

sabemos que muitas pessoas apaixonadas,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> casadas, nas primeiras <strong>de</strong>cepções<br />

ou dificulda<strong>de</strong>s se veem voltadas a<br />

quebrarem aquela Aliança assumida diante<br />

<strong>de</strong> Deus, familiares, amigos e comunida<strong>de</strong>.<br />

A Igreja tem a missão <strong>de</strong> não só abençoar<br />

esse enlace matrimonial que concretiza a<br />

nova família que começa a ser constituída,<br />

mas também tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> oferecer meios<br />

para que esses jovens enamorados, tenham<br />

consciência da importância do sacramento<br />

que querem receber, bem como tenham<br />

noção do que realmente seja a <strong>vida</strong> conjugal<br />

no seu dia-a-dia. Para isso, em nossas<br />

paróquias, existem diversos grupos que<br />

contam com a ajuda <strong>de</strong> vários profissionais<br />

ligados direta ou indiretamente a <strong>vida</strong><br />

matrimonial: psicólogos, médicos, religiosos,<br />

e lógico os casados há anos, que certamente<br />

po<strong>de</strong>rão dar seu testemunho <strong>de</strong> <strong>vida</strong> conjugal<br />

àqueles noivos.<br />

Portanto Régis, faço votos <strong>de</strong> que<br />

muitos jovens namorados ou noivos possam<br />

ter tirado suas dú<strong>vida</strong>s com essa sua<br />

pergunta, pois não poucos <strong>de</strong>les não<br />

enten<strong>de</strong>m ou até mesmo não gostariam <strong>de</strong><br />

passar por esse curso achando-o<br />

<strong>de</strong>snecessário. Oxalá mu<strong>de</strong>m <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia, pois<br />

a nossa experiência tem mostrado que tais<br />

cursos têm servido para tirar muitas dú<strong>vida</strong>s,<br />

medos e fatos mal compreendidos. É<br />

inadmissível que nossos jovens venham<br />

contrair matrimônio sem ter clareza do que<br />

estão fazendo. Afinal, nosso compromisso<br />

como Igreja é justamente <strong>de</strong> tornar claro e,<br />

com isso levar estes namorados a uma<br />

a<strong>de</strong>são livre e consciente <strong>de</strong> tudo aquilo que<br />

implica a <strong>vida</strong> matrimonial.<br />

CORPAL<br />

Fone: (67) 3416-9900<br />

Av. Marcelino Pires, 3.400<br />

Maio/2011<br />

Meu encontro com Dom Alberto<br />

Era <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 22 <strong>de</strong> fevereiro que a Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />

acompanhava com trepidação a grave doença que acometera o<br />

bispo emérito, Dom Alberto Först. Naquele dia, ele <strong>de</strong>ixara a Casa<br />

<strong>de</strong> Repouso on<strong>de</strong> se encontrava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mês <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2009,<br />

quando <strong>de</strong>ixara o Brasil, e fora levado às pressas para a UTI <strong>de</strong><br />

um gran<strong>de</strong> hospital das redon<strong>de</strong>zas, dirigido pela Or<strong>de</strong>m<br />

Franciscana.<br />

O câncer e a pneumonia que o atingiram eram tão agudos e<br />

malignos, que a notícia que correu célere em toda a parte, dizia:<br />

Dom Alberto está no fim <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong>!<br />

Em vista disso, após consultar os padres e amigos mais próximos, tomei a <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> esperar pelo <strong>de</strong>senlace, que parecia imediato, e participar dos funerais, juntamente<br />

com outros padres da Diocese.<br />

Mas, graças a Deus, não foi o que aconteceu. Depois <strong>de</strong> um mês e meio em estado<br />

quase constante <strong>de</strong> coma induzido, Dom Alberto <strong>de</strong>u claros sinais <strong>de</strong> recuperação e<br />

melhora. Foi assim que no dia 12 <strong>de</strong> abril, quando eu completava 72 anos, parti para a<br />

Alemanha, em companhia do Vigário Geral, Pe. Alberto Wiese. Foi a primeira vez que<br />

passei o meu aniversário voando...<br />

A viagem foi extremamente curta: partimos <strong>de</strong> Dourados na terça-feira, dia 12, e<br />

regressamos no sábado, dia 15. Mas, ao mesmo tempo, muito importante e proveitosa.<br />

Por duas vezes nos foi possível encontrar Dom Alberto. Em ambas, estava consciente e<br />

atento a tudo o que lhe dizíamos. Não conseguia falar, mas se comunicava com os olhos,<br />

com as mãos e... com as lágrimas!<br />

De minha parte, procurei transmitir-lhe tudo o que pu<strong>de</strong>sse fazê-lo feliz nesses<br />

momentos tão importantes <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong>, sobretudo o reconhecimento e a amiza<strong>de</strong> dos<br />

padres e da multidão <strong>de</strong> amigos que havia <strong>de</strong>ixado na Diocese <strong>de</strong> Dourados. Disse-lhe<br />

que, em todas as paróquias, o povo estava rezando por ele. Pedi-lhe que nos perdoasse<br />

se, alguma vez, o havíamos feito sofrer. Por fim, aten<strong>de</strong>ndo ao meu pedido, levantou a<br />

mão e abençoou a mim, ao Pe. Alberto e a todos os amigos que <strong>de</strong>ixou em Dourados.<br />

Certamente, uma bênção muito valiosa, porque fruto do amor e da imolação <strong>de</strong> um pastor<br />

que entrega a <strong>vida</strong> por suas ovelhas...<br />

Constatando o estado em que jazia Dom Alberto, foram inúmeras as perguntas que<br />

me surgiram do coração nas ocasiões em que me encontrava ao seu lado: o que resta,<br />

para ele, <strong>de</strong> tudo o que viveu ao longo dos 84 anos <strong>de</strong> <strong>vida</strong>? Somente o amor e o bem<br />

que motivaram suas atitu<strong>de</strong>s. Tudo o resto passou e, nesse momento, parece insignificante!<br />

Ele está no hospital há dois meses, e vai ficar outros tantos, sozinho e distante dos<br />

amigos que granjeou e das obras que levou adiante.<br />

Nessa altura dos acontecimentos, todos os sonhos e i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>de</strong>saparecem.<br />

Sobram somente a pessoa e Deus: ninguém mais! A única coisa que ainda se tem é a<br />

existência nua e crua. Mas ela também, quando não se tem a fé em Deus e o amor dos<br />

irmãos, se transforma em inferno, pela dor que aumenta e pela esperança que <strong>de</strong>smorona.<br />

Quando se é jovem, ainda há tempo e condições para sonhar e planejar. Mas, com o<br />

passar dos anos, os sofrimentos causados pelos <strong>de</strong>sencantos acabam gerando <strong>de</strong>silusões<br />

sem conta. É então que se compreen<strong>de</strong> o que São Paulo escreveu: «A nossa tribulação<br />

momentânea é leve se comparada ao volume extraordinário e eterno da glória que ela<br />

nos prepara. Isso acontece quando procuramos não as coisas visíveis, mas as invisíveis.<br />

Pois o que é visível é passageiro, e o que é invisível é eterno» (2Cor 4,17-18).<br />

Em seu livro “Em busca do sentido”, Viktor Frankl escreve: «Na pior situação exterior<br />

que se possa imaginar, numa situação em que a pessoa não po<strong>de</strong> realizar-se através <strong>de</strong><br />

alguma conquista, numa situação em que sua conquista po<strong>de</strong> consistir unicamente num<br />

sofrimento reto, num sofrimento <strong>de</strong> cabeça erguida, nesta situação a pessoa po<strong>de</strong> realizarse<br />

na contemplação amorosa da imagem espiritual que ela porta <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si da pessoa<br />

amada. Pela primeira vez na <strong>vida</strong> entendo o que quer dizer: os anjos são bem-aventurados<br />

na perpétua contemplação, em amor, <strong>de</strong> uma glória infinita».<br />

Para Dom Alberto, as “coisas invisíveis” (<strong>de</strong> São Paulo) e a “imagem espiritual da<br />

pessoa amada” (<strong>de</strong> Viktor Frankl) têm seu fundamento na “palavra <strong>de</strong> <strong>vida</strong>” que ele escolheu<br />

por ocasião <strong>de</strong> sua or<strong>de</strong>nação episcopal: “Confiando em tua palavra, lançarei as re<strong>de</strong>s!”<br />

(Lc 5,5).<br />

Dom Redovino Rizzardo, cs


Maio/2011 11<br />

3º Encontro - “Jesus é o Pastor e as ovelhas são os discípulos”<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />

imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, vela, flores<br />

e figura <strong>de</strong> Jesus Bom Pastor.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (Po<strong>de</strong><br />

ser feita por alguém da família). Irmãos<br />

e Irmãs, aqui nos encontramos mais uma<br />

vez para celebrar na alegria, na<br />

fraternida<strong>de</strong> e comunhão <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, a<br />

presença <strong>de</strong> Jesus, o Bom Pastor, entre<br />

nós. Na alegria <strong>de</strong> termos a mãe <strong>de</strong><br />

Jesus, que nos ama e nos acompanha<br />

no caminho para Deus, sau<strong>de</strong>mo-nos em<br />

Cristo com o abraço fraterno.<br />

ANIMADOR/A: Em Jesus, o Bom Pastor,<br />

somos todos irmãos e irmãs. Nele<br />

formamos a comunida<strong>de</strong>, povo do<br />

Senhor. “On<strong>de</strong> dois ou mais estiverem<br />

reunidos em meu nome, estarei no meio<br />

<strong>de</strong>les. Acreditando nesta presença<br />

amorosa da Trinda<strong>de</strong>, iniciemos nosso<br />

encontro, cantando: Em nome do Pai, do<br />

Filho......<br />

ANIMADOR/A: Neste domingo, tivemos<br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> celebrar o Cristo<br />

Ressuscitado nosso Bom Pastor e nele o<br />

dia mundial <strong>de</strong> orações pelas vocações<br />

Sacerdotais e Religiosas. Jesus veio para<br />

que todos tenham <strong>vida</strong>. Ele é o Bom<br />

Pastor! Com <strong>Maria</strong>, mãe da humanida<strong>de</strong>,<br />

Rezemos pelas vocações.<br />

LEITOR/A 1: Jesus, Mestre Divino que<br />

chamaste os apóstolos a vos seguir,<br />

continuai a passar pelas nossas famílias,<br />

pelas nossas escolas e continuai a repetir<br />

o convite a muitos <strong>de</strong> vossos jovens.<br />

TODOS: Dai coragem às pessoas<br />

con<strong>vida</strong>das, Dai força para que vos<br />

sejam fiéis como apóstolos, leigos,<br />

como Diáconos, padres e Bispos,<br />

como religiosos e religiosas, como<br />

missionários e missionárias, para o<br />

bem do povo <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> toda a<br />

humanida<strong>de</strong>. Amém.<br />

CANTO: Me chamaste para caminhar<br />

na <strong>vida</strong> contigo.......<br />

LEITOR/A 2: Vivemos este tempo Pascal<br />

marcados pela alegria da ressurreição<br />

<strong>de</strong> Cristo. É a <strong>vida</strong> que vence a morte.<br />

Na carta <strong>de</strong> Paulo aos Romanos lemos:<br />

“Se, pois morremos com Cristo, cremos<br />

que também viveremos com Ele.”<br />

LEITOR/A 3: Sabemos que Cristo<br />

ressuscitado dos mortos não morre mais;<br />

a morte já não tem po<strong>de</strong>r sobre ele.<br />

LEITOR/A 4: Pois aquele que morreu,<br />

morreu para o pecado, uma vez por todas;<br />

mas aquele que vive é para Deus que vive<br />

TODOS: Assim vós também consi<strong>de</strong>raivos<br />

mortos para o pecado e vivos para<br />

Deus, em Jesus Cristo.<br />

ANIMADOR/A: Na alegria do ressuscitado<br />

rezemos o salmo:117<br />

LADO A: Daí graças ao Senhor, porque ele<br />

é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa<br />

<strong>de</strong> Israel agora diga: Eterna é a sua<br />

misericórdia.<br />

LADO B: A mão direita do Senhor fez<br />

maravilhas, a mão direita do Senhor me<br />

levantou, a mão direita do Senhor fez<br />

maravilhas, não morrerei, mas ao contrário,<br />

viverei, para cantar as gran<strong>de</strong>s obras do<br />

Senhor.<br />

LADO A: No Antigo Testamento, os chefes<br />

do povo eram chamados <strong>de</strong> Pastores. Os<br />

profetas falando em nome <strong>de</strong> Deus<br />

criticavam severamente os maus pastores.<br />

Jesus apresenta-se como o Bom Pastor que<br />

não só se preocupa e cuida das ovelhas,<br />

mas dá sua <strong>vida</strong> por elas.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 10,1-10<br />

ANIMADOR/A: Abramos o nosso coração<br />

para acolher com fé e alegria a palavra <strong>de</strong><br />

Deus, cantando: Tu és Senhor, o Meu Pastor<br />

por isso nada em minha <strong>vida</strong> faltará (bis)<br />

“Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu<br />

as ovelhas e elas nos seguem”<br />

A relação <strong>de</strong> Jesus com as ovelhas é uma<br />

relação <strong>de</strong> reciprocida<strong>de</strong> as ovelhas<br />

escutam a voz do pastor. O pastor, por sua<br />

vez, conhece suas ovelhas,uma por uma, e<br />

as chama pelo nome. A comunhão<br />

se concretiza no seguimento.<br />

Nós somos o povo e o rebanho do<br />

Senhor Jesus é a porta para a <strong>vida</strong>.<br />

Esse discurso tem como pano <strong>de</strong><br />

fundo o texto do profeta Ezequiel<br />

(Ex.34).<br />

O texto do evangelho <strong>de</strong> hoje po<strong>de</strong><br />

ser estruturado em duas partes: na<br />

primeira; há um discurso enigmático;<br />

na segunda, a explicação <strong>de</strong>talhada<br />

do discurso enigmático.<br />

O discurso contrasta o ladrão,<br />

bandido e o pastor. O ladrão pula o<br />

muro para evitar o guarda, as ovelhas<br />

não seguem o estranho porque não<br />

conhecem a sua voz.<br />

O pastor entra sempre pela porta. Ele<br />

dá nome ás ovelhas, ele as chama<br />

pelo nome, elas o seguem porque<br />

conhecem a sua voz.<br />

Jesus é o pastor e as ovelhas são os<br />

discípulos e o povo que os ouvem e<br />

o seguem. Os homens reconhecem<br />

Jesus como o enviado <strong>de</strong> Deus<br />

porque ele salva e conduz á <strong>vida</strong>. Jesus<br />

veio para dar a <strong>vida</strong> aos homens. Ele dá a<br />

<strong>vida</strong> eterna que já se concretiza na fé,<br />

Jesus é o único salvador e mediador da<br />

<strong>vida</strong>.<br />

O projeto <strong>de</strong> libertação contínua hoje no<br />

mundo por intermédio <strong>de</strong> pessoas<br />

engajadas, que levam a todas as partes do<br />

mundo, a mensagem <strong>de</strong> fé e buscam novos<br />

membros para o rebanho do único Pastor.<br />

PARA REFLETIR E PARTILHAR<br />

Jesus, como o Pastor, nos guia e orienta<br />

todos os dias, doando seu amor por nós.<br />

Como está sendo a nossa doação a Ele e<br />

aos irmãos mais necessida<strong>de</strong>s? Somos<br />

Pastores? Cuidamos da <strong>vida</strong>? Como?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A: Jesus é o caminho que nos<br />

conduz para as veredas da <strong>vida</strong> plena.<br />

Com Ele, po<strong>de</strong>remos dar passos na<br />

construção <strong>de</strong> uma nova socieda<strong>de</strong>. Nessa<br />

certeza, manifestemos nossas preces com<br />

toda confiança.<br />

LEITOR/A 5: Para que nossas atitu<strong>de</strong>s<br />

como cristãos no mundo e em nossa<br />

comunida<strong>de</strong> fortaleça a <strong>de</strong>fesa da <strong>vida</strong>,<br />

rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />

resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />

LEITOR/A 6: Por todos os que são<br />

perseguidos por suas lutas em favor da<br />

justiça a fim <strong>de</strong> que não <strong>de</strong>sanimem ante<br />

os sofrimentos, Rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />

resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />

LEITOR/A 7: Para que os governantes<br />

possam exercer sua missão em favor do<br />

povo, superando a tentação <strong>de</strong> governar em<br />

benefício <strong>de</strong> seus interesses. Rezemos ao<br />

Senhor.<br />

TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />

resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />

LEITOR/A 8: Para que tenhamos muitas<br />

vocações para a <strong>vida</strong> sacerdotal, religiosa<br />

e leiga e que os chamados sejam generosos<br />

e perseverantes.Rezemos ao Senhor.<br />

TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />

resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />

Outras intenções espontâneas.<br />

Rezemos por todas as Vocações:<br />

Senhor da Messe e Pastor do<br />

Rebanho,faze ressoar em nossos ouvidos<br />

teu forte e suave convite: “Vem e segueme”<br />

Derrama sobre nós o teu Espírito. Que<br />

ele nos dê sabedoria para ver o caminho e<br />

generosida<strong>de</strong> para seguir tua voz.<br />

Senhor, que a Messe não se perca por<br />

falta <strong>de</strong> operários. Desperta nossas<br />

comunida<strong>de</strong>s para a missão, ensina nossa<br />

<strong>vida</strong> a ser serviço. Fortalece os que querem<br />

<strong>de</strong>dicar-se ao Reino na <strong>vida</strong> consagrada e<br />

religiosa.<br />

Senhor, que o Rebaho não pereça por<br />

falta <strong>de</strong> Pastores. Sustenta a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nossos bispos, padres e ministros. Dá a<br />

perseverança a nossos seminaristas.<br />

Desperta o coração <strong>de</strong> nossos jovens para<br />

o ministério pastoral em tua Igreja.<br />

Senhor da Messe e Pastor do<br />

Rebanho, chama-nos para o serviço <strong>de</strong> teu<br />

povo. <strong>Maria</strong>, Mãe da Igreja, mo<strong>de</strong>lo dos<br />

servidores do Evangelho, ajuda-nos a<br />

respon<strong>de</strong>r SIM. Amém.<br />

ANIMADOR/A: Dando continuida<strong>de</strong> à<br />

nossa celebração do mês <strong>de</strong> maio, rezemos<br />

uma <strong>de</strong>zena do terço, pedindo a bênção <strong>de</strong><br />

<strong>Maria</strong> à todas as vocações.<br />

ANIMADOR/A: O Bom Pastor que nos<br />

chamou ao vosso serviço, nos conceda<br />

todas as graças necessárias para bem<br />

realizar a nossa missão na família, na<br />

comunida<strong>de</strong> e em nossa socieda<strong>de</strong>.<br />

Levemos a todos a alegria do Senhor<br />

ressuscitado; Amém.<br />

Canto final.....<br />

Combinar local, horário para o próximo<br />

encontro.<br />

Compromisso para a semana:<br />

Fazer contato com a juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nossa comunida<strong>de</strong>, con<strong>vida</strong>ndo-os para<br />

participares dos nossos encontros<br />

semanais.


12<br />

PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />

vela, imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora e a frase:<br />

“Como po<strong>de</strong>mos conhecer o Caminho?”.<br />

PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém<br />

da casa) Irmãos e Irmãs! Que alegria<br />

receber a cada um <strong>de</strong> vocês hoje em<br />

nossa casa! Sejam todos bem vindos para<br />

este encontro <strong>de</strong> irmãos. Na alegria do<br />

ressuscitado, sau<strong>de</strong>mo-nos com um<br />

abraço fraterno.<br />

ANIMADOR/A: Como Deus é<br />

maravilhoso! Com <strong>Maria</strong> nossa mãe, ele<br />

permanece no meio <strong>de</strong> nós, nos conce<strong>de</strong><br />

a graça <strong>de</strong> estarmos reunidos em torno <strong>de</strong><br />

sua palavra, e, nos quer orientar para que<br />

sejamos sempre mais unidos. Assim,<br />

iniciemos nosso encontro invocando a<br />

Santíssima Trinda<strong>de</strong>. Em nome do Pai...<br />

ANIMADOR/A: Estamos no mês <strong>de</strong> maio,<br />

no qual somos con<strong>vida</strong>dos a olhar para<br />

<strong>Maria</strong> mãe e mãe dos pequeninos. Ela que<br />

gerou seu filho oferecendo-o a toda<br />

humanida<strong>de</strong> como caminho, verda<strong>de</strong> e<br />

<strong>vida</strong>, caminha hoje com seu povo<br />

<strong>de</strong>volvendo-nos a esperança <strong>de</strong> um<br />

mundo novo possível.<br />

TODOS: Vem <strong>Maria</strong> vem, vem nos ajudar<br />

neste caminhar tão difícil rumo ao Pai.<br />

LEITOR/A 1: As reflexões <strong>de</strong>ste encontro<br />

nos con<strong>vida</strong>m a tomar consciência <strong>de</strong> que<br />

seguir Jesus Cristo e o seu projeto não é<br />

fácil mas é o único caminho para a nossa<br />

<strong>vida</strong> pessoal e comunitária.<br />

LEITOR/A 2: Tomé disse a Jesus: “Senhor<br />

nós não sabemos para on<strong>de</strong> vais. Como<br />

po<strong>de</strong>mos conhecer o Caminho?<br />

LEITOR/A 3: O Fortalecimento das<br />

Pequenas Comunida<strong>de</strong>s em nossas<br />

Paróquias continua sendo a priorida<strong>de</strong><br />

máxima <strong>de</strong> nossa Diocese como resposta<br />

concreta no discipulado <strong>de</strong> Jesus<br />

Caminho, Verda<strong>de</strong> e Vida.<br />

LEITOR/A 4: Mas, o que enten<strong>de</strong>mos por<br />

Pequenas Comunida<strong>de</strong>s?<br />

TODOS: São grupos <strong>de</strong> pessoas on<strong>de</strong><br />

famílias vizinhas, assumem o<br />

compromisso comunitário <strong>de</strong> serem<br />

agentes <strong>de</strong> transformação da socieda<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> estão inseridos.<br />

4º Encontro - “Eu sou o Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a Vida”<br />

ADVOCACIA & CONSULTORIA<br />

PREVIDENCIÁRIA<br />

Franco José Vieira<br />

Adgovado OAB/MS 4.715<br />

Fone: (67) 3441-5406 / (67) 9638-1310<br />

LEITOR/A 5: Mas o que é necessário para<br />

viver este compromisso comunitário?<br />

TODOS: É necessário empenhar-se na<br />

vivência da Palavra <strong>de</strong> Deus, na partilha<br />

dos dons e dos bens espirituais e<br />

materiais, assumindo ações concretas<br />

na comunida<strong>de</strong> e na socieda<strong>de</strong>.<br />

ANIMADOR/A: O Documento <strong>de</strong> Aparecida<br />

nos diz que as Pequenas Comunida<strong>de</strong>s são<br />

ambientes próprios para a escuta da<br />

Palavra <strong>de</strong> Deus, para viver a fraternida<strong>de</strong>,<br />

para aprofundar a fé e fortalecer o exigente<br />

compromisso <strong>de</strong> ser apóstolos<br />

missionários, na socieda<strong>de</strong> hoje (nº 308).<br />

LEITOR/A 6: O Documento <strong>de</strong> Aparecida<br />

nos diz também: “se <strong>de</strong>sejamos Pequenas<br />

Comunida<strong>de</strong>s vivas e dinâmicas, é<br />

necessário <strong>de</strong>spertar nelas uma<br />

espiritualida<strong>de</strong> sólida, baseada na Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus, que as mantenham em plena<br />

comunhão <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e i<strong>de</strong>ias com a Igreja<br />

local e, em particular, com a Comunida<strong>de</strong><br />

paroquial” (nº 309).<br />

LEITOR/A 7: O Documento continua dizendo:<br />

“Destacamos que é preciso reanimar os<br />

processos <strong>de</strong> formação das Pequenas<br />

Comunida<strong>de</strong>s... pois nelas temos uma fonte<br />

segura <strong>de</strong> vocações ao sacerdócio, à <strong>vida</strong><br />

religiosa e à <strong>vida</strong> leiga com especial <strong>de</strong>dicação<br />

ao apostolado” (nº 310).<br />

LEITOR/A 8: “Através das Pequenas<br />

Comunida<strong>de</strong>s, também se po<strong>de</strong>ria<br />

conseguir chegar aos afastados, aos<br />

indiferentes e aos que alimentam<br />

<strong>de</strong>scontentamento ou ressentimento em<br />

relação à Igreja” (nº 310).<br />

Canto <strong>de</strong> Aclamação ao Evangelho.<br />

ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 14,1-12<br />

Proclamar o evangelho pausadamente.<br />

Deixar um momento <strong>de</strong> silêncio e<br />

a seguir motivar para que todos partilhem<br />

algum pensamento ou frase que mais lhe<br />

chamou a atenção.<br />

“Na casa <strong>de</strong> meu Pai, há muitas<br />

moradas”<br />

Muitas moradas há na casa do Pai,<br />

ou seja, em nossas comunida<strong>de</strong>s. Não<br />

<strong>de</strong>vemos, porém, julgar os outros! Vemos<br />

as aparências, só Deus vê o coração. O<br />

fato <strong>de</strong> uma pessoa não fazer parte <strong>de</strong><br />

nenhuma associação ou pastoral não<br />

significa estar <strong>de</strong>sagradando a Deus.<br />

Há muitos serviços a fazer no caso do<br />

Pai, a começar pelos afazeres domésticos.<br />

Quem também assiste a um doente, em<br />

casa ou em um hospital, aten<strong>de</strong> uma<br />

criança ou um idoso, está construindo um<br />

edifício espiritual <strong>de</strong> excepcional valor<br />

diante <strong>de</strong> Deus. Exerce um sacerdócio<br />

santo, pois em Cristo, oferece sacrifícios<br />

<strong>de</strong> louvor aceitáveis a Deus.<br />

O caminho que conduz a Deus será<br />

sempre o do dom <strong>de</strong> si que se concretiza<br />

no serviço prestado aos irmãos. Jesus<br />

falou muitas vezes sobre o “dom da <strong>vida</strong>”,<br />

o doar-se aos irmãos, mas os discípulos<br />

sempre manifestavam dificulda<strong>de</strong>s para<br />

enten<strong>de</strong>r. Ele ensinou que o melhor lugar<br />

é aquele em que se po<strong>de</strong> servir os irmãos,<br />

mais e melhor.<br />

Fone:<br />

(67) 3423-4400<br />

e-mail: eletrowattsdourados@terra.com.br<br />

Av. Marcelino Pires, 2758 - Centro - Dourados - MS<br />

Maio/2011<br />

MOMENTO PARA REFLEXÃO E PARTILHA<br />

O que significa para mim, ser um discípulo<br />

missionário, hoje?<br />

O que tenho feito <strong>de</strong> concreto para ajudar<br />

alguém a ter Jesus como seu caminho,<br />

verda<strong>de</strong> e <strong>vida</strong>?<br />

MOMENTO DE ORAÇÃO<br />

ANIMADOR/A: Peçamos a <strong>Maria</strong> que<br />

interceda por todas as nossas Pequenas<br />

Comunida<strong>de</strong>s, nossa li<strong>de</strong>ranças e por todo<br />

o povo <strong>de</strong> Deus.<br />

Rezemos uma <strong>de</strong>zena do terço.....<br />

Canto: Santa Mãe <strong>Maria</strong>...<br />

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA<br />

TODOS: Virgem <strong>Maria</strong>, Mãe <strong>de</strong> Jesus,<br />

nossa mãe e mãe dos pequeninos, nós<br />

vos consagramos nossas <strong>vida</strong>s, nossos<br />

trabalhos, sofrimentos e alegrias.<br />

Colocamos no vosso coração <strong>de</strong> mãe,<br />

nossas famílias, os agentes <strong>de</strong> pastorais<br />

<strong>de</strong> nossas Paróquias e comunida<strong>de</strong>s. Ó<br />

mãe da humanida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> todas as suas<br />

lutas e esperanças, nós vos<br />

consagramos a <strong>vida</strong>, a missão, as luzes<br />

e trevas que atravessam a nossa<br />

socieda<strong>de</strong>. Envolvei no vosso amor<br />

materno todos os filhos e filhas<br />

dispersos e conduzi-nos a teu filho, que<br />

é o nosso caminho, verda<strong>de</strong> e <strong>vida</strong>.<br />

Amém.<br />

BÊNÇÃO FINAL:<br />

ANIMADOR/A: Pela intercessão <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora, peçamos a bênção <strong>de</strong> Deus sobre<br />

nossas casas, nossas famílias, nossas<br />

comunida<strong>de</strong>s, nossos irmãos doentes e por<br />

todos os que estão afastados do nosso<br />

convívio comunitário.<br />

Canto: Daí-nos a bênção, ó mãe<br />

querida.....<br />

Marcar o próximo encontro e distribuir<br />

algumas ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s necessárias. (po<strong>de</strong>se<br />

prever uma coroação a Nossa<br />

Senhora, como encerramento do mês <strong>de</strong><br />

maio).<br />

Compromisso para a semana:<br />

Fazer um dia <strong>de</strong> visita às famílias <strong>de</strong><br />

nosso bairro, con<strong>vida</strong>ndo novas pessoas<br />

para a nossa pequena comunida<strong>de</strong>.<br />

BOA SORTE CEREAIS LTDA<br />

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Maio/2011 13<br />

Psicologia e Família<br />

Thalita Portela<br />

A mãe é uma das<br />

primeiras pessoas que<br />

proporciona à criança a<br />

experiência <strong>de</strong> amar,<br />

vivenciando em seu dia-adia<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> olhar<br />

para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si mesma,<br />

olhar para o próximo,<br />

conviver com os outros e construir relacionamentos.<br />

Atualmente, a maioria das mães trabalham fora<br />

Só para crianças<br />

Diz a lenda que dois amigos viajavam no<br />

<strong>de</strong>serto e, num <strong>de</strong>terminado ponto da viagem,<br />

Discutiram.<br />

Ofendido, sem nada dizer, um <strong>de</strong>les escreveu<br />

na areia: hoje, meu melhor amigo<br />

me ofen<strong>de</strong>u.<br />

Seguiram e chegaram a um<br />

oásis, on<strong>de</strong> resolveram banharse.<br />

O que havia sido ofendido<br />

começou a afogar-se, mas foi<br />

salvo pelo amigo.<br />

Ao recuperar-se, pegou um<br />

estilete e escreveu numa pedra:<br />

Recanto da Juventu<strong>de</strong><br />

Ser mãe<br />

O valor da amiza<strong>de</strong><br />

“Enraizados e edificados em Cristo,<br />

firmes na fé” (Cl 2,7)<br />

A Juventu<strong>de</strong> da Forania <strong>de</strong> Dourados em<br />

comunhão com toda a Diocese do Coração quer<br />

fazer “Experiência <strong>de</strong> Deus!”. A Jornada Mundial<br />

da Juventu<strong>de</strong> nos indica um caminho a percorrer e<br />

nos assemelhar ao gran<strong>de</strong> semeador. O trabalho<br />

do Semeador é colocar a semente no<br />

solo.<br />

Sabemos que uma vez que a<br />

semente for <strong>de</strong>ixada no celeiro, nunca<br />

produzirá uma safra, por isso seu<br />

trabalho é importante. Fruto do<br />

trabalho <strong>de</strong> jovens representantes das<br />

várias expressões eclesiais da<br />

juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo o Brasil, o subsídio<br />

Jornada Diocesana da Juventu<strong>de</strong> 2011<br />

“Enraizados e edificados em Cristo, firmes<br />

na fé.” (Cl 2,7) tem como objetivo criar uma<br />

caminhada <strong>de</strong> formação e preparação para um novo<br />

tempo <strong>de</strong> evangelização da juventu<strong>de</strong>.<br />

Nós, jovens, começamos aqui, experenciar<br />

Deus. Sim, a Jornada Mundial da Juventu<strong>de</strong> que<br />

<strong>de</strong> casa, contudo é importante que elas permitamse<br />

vivenciar as emoções e os sentimentos da<br />

maternida<strong>de</strong>, envolvendo-se, aceitando e<br />

reconhecendo-os.<br />

Ser mãe também é errar, e com isso apren<strong>de</strong>r<br />

com os erros a pedir perdão, a rir <strong>de</strong> si mesma, a<br />

respeitar, falar, sentir e assim <strong>de</strong>finir as priorida<strong>de</strong>s<br />

da <strong>vida</strong>.<br />

Seja mãe <strong>de</strong> seus filhos, e não apenas um<br />

adulto cuidando <strong>de</strong> crianças.<br />

hoje, meu melhor amigo salvou-me a <strong>vida</strong>.<br />

Intrigado, o amigo perguntou:<br />

- Por que <strong>de</strong>pois que lhe ofendi, você escreveu<br />

na areia e agora escreveu na pedra?<br />

Sorrindo, o outro amigo respon<strong>de</strong>u:<br />

- Quando um gran<strong>de</strong> amigo nos<br />

ofen<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vemos escrever na areia,<br />

on<strong>de</strong> o vento do esquecimento e do<br />

perdão se encarrega <strong>de</strong> apagar.<br />

Porém, quando nos faz algo <strong>de</strong><br />

bom, <strong>de</strong>vemos escrever na pedra,<br />

on<strong>de</strong> vento nenhum do mundo<br />

consegue <strong>de</strong>sfazer.<br />

se realizará em Madri, nos impulsiona a rezarmos<br />

em comunhão com o mundo. Somos gran<strong>de</strong>s<br />

semeadores a exemplo <strong>de</strong> Cristo. Temos uma tarefa!<br />

Aplicando-se espiritualmente, os seguidores <strong>de</strong><br />

Cristo <strong>de</strong>vem estar ensinando a Palavra. Quanto<br />

mais ela é plantada nos corações dos<br />

homens, maior será a colheita.<br />

Assim, nós jovens, queremos e<br />

vamos fazer “Experiência <strong>de</strong> Deus!”,<br />

enraizados na proposta do material<br />

da Jornada Diocesana da Juventu<strong>de</strong>.<br />

Queremos juntos experimentar as<br />

forças <strong>de</strong> nossa juventu<strong>de</strong>s reunidos<br />

ao redor <strong>de</strong> nosso Pastor, o Papa Bento<br />

XVI.<br />

Jovens, rezemos em comunhão com<br />

nosso Bispo Dom Redovino, com nossos<br />

padres, religiosos(as), nossos irmãos(as) leigos(as),<br />

com todo a Igreja. Senhor, Jesus Cristo, faça-nos<br />

semeadores humil<strong>de</strong>s e caridosos assim como<br />

é diariamente para todos nós, Amém.<br />

ENDO MOTORS<br />

Fone: (67) 3424-6262<br />

endomotors@terra.com.br<br />

Av. Marcelino Pires, 3318 - Dourados - MS<br />

Lar, doce lar<br />

Conversa <strong>de</strong> Casal 3<br />

No último artigo (Conversa <strong>de</strong> Casal 2), vimos como i<strong>de</strong>ntificar<br />

os diversos elementos presentes numa conversa: emoções e<br />

sentimentos <strong>de</strong> cada interlocutor, pensamentos sobre a situação,<br />

<strong>de</strong>sejos diante da situação etc.<br />

Ficou, no entanto, uma pergunta: como colocar esse<br />

conhecimento em prática em prol <strong>de</strong> um bom relacionamento?<br />

A primeira coisa a salientar é que cada situação vi<strong>vida</strong> por nós e<br />

pelos outros é compreendida pelas suas consequências e pelos<br />

significados que lhe são atribuídos, os quais, po<strong>de</strong>m ser verda<strong>de</strong>iros<br />

ou não.<br />

Assim sendo, para que tenhamos uma compreensão clara do<br />

que está acontecendo, é preciso conversar. Não dá para confiar apenas<br />

na sua intuição ou imaginação, por mais que isso pareça tentador.<br />

Infelizmente, alguns casais imaginam que, por causa da<br />

convivência <strong>de</strong> muitos anos, possuem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adivinhar o<br />

que o outro está pensando, simplesmente porque o(a) “conhecem<br />

muito bem”. Nada mais falso! Só se po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r bem uma<br />

situação perguntando o que o outro quis dizer ou <strong>de</strong>sejou fazer naquele<br />

<strong>de</strong>terminado momento.<br />

Cabe recordar que a pessoa assertiva consegue expressar ao<br />

outro seus <strong>de</strong>sejos, sentimentos e direitos <strong>de</strong> maneira eficaz e não<br />

invasiva, agressiva.<br />

Na prática, ser assertivo requer uma série <strong>de</strong> ações que envolvem<br />

a reflexão sobre os seguintes pontos:<br />

- I<strong>de</strong>ntificar o que sinto: o que estou sentindo neste momento?<br />

Sinto raiva, medo, injustiça, rejeição, prazer, alegria? Em que situação<br />

tais sentimentos se manifestam? Que pensamentos os acompanham?<br />

- Analisar o que quero falar: qual é o conteúdo do que vai ser dito,<br />

que palavras po<strong>de</strong>m melhor expressar meus sentimentos? Qual a<br />

melhor maneira <strong>de</strong> dizer o que quero que aconteça?<br />

- Descobrir por que falar: qual meu objetivo? On<strong>de</strong> quero chegar?<br />

Quero mostrar que sou po<strong>de</strong>roso? Quero mostrar que não fico “por<br />

baixo” em <strong>de</strong>terminada situação?<br />

- I<strong>de</strong>ntificar como quero falar: lembre-se <strong>de</strong> que a entonação da<br />

voz e o jeito <strong>de</strong> falar expressam emoções agradáveis ou<br />

<strong>de</strong>sagradáveis. De que maneira vou comunicar minha vonta<strong>de</strong>? Serei<br />

enérgico, afetuoso, claro, <strong>de</strong>licado?<br />

- Escolher quando falar: qual será o melhor momento para<br />

comunicar o que quero? Será melhor conversar quando estivermos a<br />

sós? Devo esperar uma hora apropriada? Devo esperar uma discussão<br />

ou esperar que o assunto apareça naturalmente em algum momento?<br />

Tomar essas <strong>de</strong>cisões em momentos <strong>de</strong> conflitos não é nada<br />

simples. É preciso prática constante e reflexão sobre erros e acertos.<br />

O mais importante é estar disposto a conversar, sabendo ouvir e<br />

sabendo falar, sempre <strong>de</strong> maneira clara o que se quer e o que se<br />

sente.<br />

Para saber mais... Falo? Ou não falo?<br />

Expressando sentimentos e comunicando<br />

i<strong>de</strong>ias (Ed. Mecenas), em especial o<br />

capitulo “Saber falar e saber ouvir: a<br />

comunicação entre casais” (p. 71-83).<br />

Pe. Vitor Calixto dos Santos, cmf,<br />

é sacerdote e especialista em Terapia<br />

por Contingências <strong>de</strong> Reforçamento<br />

Dirigida por:<br />

Irmãs Franciscanas<br />

da Penitência e<br />

Carida<strong>de</strong> Cristã - PCC<br />

contato@escolaimaculada.com.br<br />

Fone/Fax: (67) 3421-4741 / 3421-5594


14<br />

Fique por <strong>de</strong>ntro<br />

Taxas e Espórtulas<br />

na Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />

Com o presente <strong>de</strong>creto, atualizo e sanciono a tabela <strong>de</strong> taxas e<br />

espórtulas que passam a vigorar na Diocese <strong>de</strong> Dourados a partir do<br />

dia 24 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2011, solenida<strong>de</strong> da Páscoa do Senhor.<br />

1. CASAMENTOS:<br />

Processo R$ 100,00<br />

Celebração R$ 50,00<br />

Total R$ 150,00<br />

Em caso <strong>de</strong> transferência<br />

Processo R$ 100,00<br />

Celebração R$ 50,00<br />

Transferência R$ 50,00<br />

Total R$ 200,00<br />

2. CRISMAS: R$ 20,00<br />

3. BATIZADOS: R$ 20,00<br />

4. DESPACHOS DA CÚRIA: R$ 10,00<br />

5. ESPÓRTULA DA MISSA: Espontânea<br />

NOTAS:<br />

1. As pessoas que passam por dificulda<strong>de</strong>s econômicas ficam<br />

isentas das taxas, ou contribuem <strong>de</strong> acordo com as próprias<br />

possibilida<strong>de</strong>s.<br />

2. Na celebração do casamento, as <strong>de</strong>spesas extras (arranjos<br />

e energia para fotografias, filmagens, ar condicionado, etc.) ficam a<br />

critério <strong>de</strong> cada paróquia, <strong>de</strong> acordo com o que oferece.<br />

3. As taxas acima <strong>de</strong>scriminadas integram o Fundo<br />

Administrativo Paroquial, <strong>de</strong>stinado à manutenção e às <strong>de</strong>spesas da<br />

paróquia.<br />

4. Apesar <strong>de</strong> o Direito Canônico reconhecer que “ao sacerdote<br />

que celebra ou concelebra a missa é permitido receber a espórtula”<br />

(Cânon 945, § 1), na Diocese <strong>de</strong> Dourados, já que têm garantida a<br />

côngrua mensal, os presbíteros são con<strong>vida</strong>dos a <strong>de</strong>ixar as espórtulas<br />

para o Fundo Administrativo Paroquial,<br />

5. «O sacerdote que concelebrar no mesmo dia uma segunda<br />

missa, por nenhum título po<strong>de</strong> receber espórtula por ela” (Cânon 951,<br />

§ 2).<br />

6. “Depois <strong>de</strong> ter tomado posse da paróquia, o pároco é<br />

obrigado a aplicar a missa pelo povo que lhe é confiado, todos os<br />

domingos e festas <strong>de</strong> preceito” (Cân.534, § 1).<br />

7. Quando as espórtulas da missa ultrapassarem os R$ 25,00,<br />

serão aplicadas tantas missas quantas for o valor recolhido. O<br />

sacerdote que as recebeu, po<strong>de</strong> celebrá-las em outros dias, ou então<br />

confiá-las a colegas <strong>de</strong> paróquias mais necessitadas.<br />

8. Se se valoriza o serviço prestado pelos sacerdotes e<br />

religiosas com um salário conveniente, também os diáconos fazem<br />

jus aos mesmos direitos. Por isso, sempre que uma paróquia solicitar<br />

os seus préstimos, sejam gratificados com a espórtula <strong>de</strong> R$ 25,00<br />

(mais o combustível). A mesma norma vale para os sacerdotes<br />

chamados a celebrar em outras paróquias.<br />

Dom Redovino Rizzardo, cs<br />

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Agenda Diocesana<br />

Datas significativas do mês<br />

Padres Aniversariantes<br />

Alzira Santana<br />

(67) 8454-3860<br />

Maio/2011<br />

» 01 – Crismas em Dourados (Paróquia Santa Teresinha) – Curso <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança Cristã, no IPAD<br />

» 03 – Viagem <strong>de</strong> Dom Redovino a Aparecida<br />

» 05 a 08 – Cursilho <strong>de</strong> Jovens, no IPAD<br />

» 14 e 15 – Crismas em Itaporã<br />

» 15 – Formação para Ministros Novos na Forania <strong>de</strong> Nova Andradina –<br />

Formação para li<strong>de</strong>ranças paroquiais (catequistas, ministros veteranos,<br />

coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> pastorais, pequenas comunida<strong>de</strong>s e movimentos) <strong>de</strong><br />

Deodápolis, Glória <strong>de</strong> Dourados e Jateí<br />

» 16 – Encontro do clero diocesano na Chácara São João <strong>Maria</strong> Vianney<br />

» 17 – Reunião da Coor<strong>de</strong>nação Diocesana <strong>de</strong> Pastoral<br />

» 20 a 22 – Encontro da Pastoral Carcerária, no IPAD<br />

» 21 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Naviraí (<strong>de</strong><br />

manhã) – Missa e Noite Cultural da PJ, em Dourados<br />

» 21 e 22 – Crismas em Naviraí<br />

» 22 – Posse do Pe. Ryszard Szydlowski, SVD, em Mundo Novo – Formação para li<strong>de</strong>ranças<br />

paroquiais (catequistas, ministros veteranos, coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> pastorais, pequenas comunida<strong>de</strong>s e<br />

movimentos) <strong>de</strong> Vicentina e Fátima do Sul<br />

» 25 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Fátima do<br />

Sul<br />

» 26 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Ponta Porã<br />

» 27 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Nova<br />

Andradina<br />

» 27 a 29 – Encontro da CRB diocesana, no IPAD<br />

» 31 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Amambai<br />

01 – 2º Domingo da Páscoa – Domingo da<br />

Divina Misericórdia – Dia do Trabalhador<br />

03 – Santos Filipe e Tiago, Apóstolos<br />

03/13 – 49ª Assembleia da CNBB, em<br />

Aparecida<br />

06 – 1ª sexta-feira do mês: dia <strong>de</strong> oração<br />

pela Igreja diocesana<br />

08 – 3º Domingo <strong>de</strong> Páscoa – Dia das Mães<br />

Nascimento<br />

02. Diác. Lécio Gavinha Lopes<br />

07. Pe. Renaldo Lopes, podp<br />

12. Pe. Adriano Stevanelli<br />

12. Frei Ernesto Wie<strong>de</strong>rholt, ofm<br />

12. Pe. José Vicente do Carmo, sac<br />

17. Diác. Nilson Domingos<br />

22. Pe. Bonfilho Manfio, sac<br />

22. Pe. Telmo Buriol, sac<br />

14 – São Matias, Apóstolo<br />

15 – Domingo do Bom Pastor: Jornada<br />

Mundial <strong>de</strong> Oração pelas vocações sacerdotais e<br />

religiosas<br />

22 – 5º Domingo da Páscoa<br />

24 – Nossa Senhora Auxiliadora<br />

29 – 6º Domingo da Páscoa<br />

31 – Visitação <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />

24. Pe. Valmor Domingos Righi,sac<br />

Or<strong>de</strong>nação<br />

01. Pe. A<strong>de</strong>mar Lino <strong>de</strong> Souza, svd<br />

01. Pe. Antônio Geová Barros Lopes<br />

14. Pe. Reinaldo Cardozo, svd<br />

18. Pe. Raju Devarakonda, svd<br />

20. Pe. Hermes Pergher, cs<br />

27. Diác. llton T. Albuquerque<br />

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Maio/2011 15<br />

Entrevista<br />

Pastoral Urbana<br />

Este mês entrevistamos Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs, que respon<strong>de</strong> algumas questões<br />

sobre Pastoral Urbana, segundo ele, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio é olhar para o meio urbano como um<br />

lugar eminentemente teológico e enten<strong>de</strong>r que “Deus mora nesta cida<strong>de</strong>”. Apesar das luzes<br />

e sombras existentes nas cida<strong>de</strong>s, Jesus po<strong>de</strong>, com seu olhar misericordioso, transformar<br />

as sombras em luzes.<br />

1- A Partir do Documento <strong>de</strong> Aparecida, como<br />

po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir Pastoral Urbana?<br />

O Documento <strong>de</strong> Aparecida (DA) diz textualmente<br />

que “as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s são laboratórios <strong>de</strong>ssa cultura<br />

contemporânea complexa e plural” (509). Em base a<br />

isso, po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>finir a Pastoral Urbana como um<br />

esforço <strong>de</strong> inculturar a Boa Nova do Evangelho a partir<br />

dos valores e contravalores <strong>de</strong> universo, em sua<br />

complexida<strong>de</strong> e pluralida<strong>de</strong>. Isso exige, ainda segundo<br />

o DA uma atenção especial às “novas culturas que se<br />

vão gestando e impondo, com nova linguagem e nova<br />

simbologia” (510)<br />

2- Po<strong>de</strong>ríamos dizer que a partir do advento dos<br />

meios <strong>de</strong> comunicação social e da mudança sóciocultural<br />

por eles provocados, as cida<strong>de</strong>s gran<strong>de</strong>s,<br />

médias e pequenas têm uma mentalida<strong>de</strong><br />

semelhante no que se refere ao estilo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>?<br />

É evi<strong>de</strong>nte que os meios <strong>de</strong> comunicação social<br />

contribuem <strong>de</strong>cisivamente para encurtar distâncias,<br />

tanto geográficas, quanto políticas ou culturais. Não é<br />

exagero afirmar que, hoje em dia, o conceito <strong>de</strong><br />

“universo urbano” se encontra também nas pequenas e<br />

médias cida<strong>de</strong>s, e até mesmo na zona rural. Se, por<br />

um lado, o migrante migra do campo para a cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

outro, a linguagem e simbologia da cida<strong>de</strong> migra para o<br />

campo. Assim, o universo urbano não coinci<strong>de</strong> com a<br />

geografia da cida<strong>de</strong>. Ele incorpora, mas ultrapassa a<br />

cida<strong>de</strong>. Trata-se muito mais <strong>de</strong> um conceito cultural do<br />

que territorial.<br />

3- Diante <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> heterogênea e<br />

globalizada, como evangelizar as cida<strong>de</strong>s?<br />

A primeira coisa é dar-se conta que a linguagem é<br />

polifônica. Há significados superpostos e até<br />

contrastantes. As cida<strong>de</strong>s, com <strong>de</strong>staque para as<br />

metrópoles, constituem verda<strong>de</strong>iros “areópagos<br />

mo<strong>de</strong>rnos” conforme dizia o Papa João Paulo II. Como<br />

o apóstolo Paulo em Atenas, é preciso i<strong>de</strong>ntificar e<br />

enten<strong>de</strong>r as diversas linguagens. Só assim será possível<br />

fazer com que a mensagem<br />

evangélica entre em diálogo<br />

com elas. Em segundo lugar,<br />

não se trata <strong>de</strong> opor o campo<br />

como lugar calmo e tranquilo<br />

frente à cida<strong>de</strong> violenta<br />

(saudosismo), mas <strong>de</strong><br />

perceber os valores positivos<br />

que a cida<strong>de</strong> vai<br />

<strong>de</strong>senvolvendo (intercâmbio).<br />

4- O Episcopado e o<br />

Clero, neste momento,<br />

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estão preparados para apresentar Jesus Cristo na<br />

realida<strong>de</strong> urbana com seus diversos <strong>de</strong>safios?<br />

Em alguns lugares mais que em outros. Mas ainda<br />

temos muito a caminhar. O mais difícil é <strong>de</strong>ixar as<br />

estruturas rígidas <strong>de</strong> nossas circunscrições geográficas<br />

e canônicas, por uma pastoral mais ágil e flexível. O<br />

povo da cida<strong>de</strong> está em constante movimento, participa<br />

não tanto <strong>de</strong> acordo com a pertença a esta ou aquela<br />

paróquia, mas conforme seus interesses imediatos. Já<br />

existem dioceses que criaram vicariatos ou paróquias<br />

pessoais para imigrantes, estudantes, povo <strong>de</strong> rua, etc.<br />

São <strong>instrumento</strong>s <strong>de</strong>ssa natureza que ajudam a acolher<br />

melhor essa multidão solitária e em movimento.<br />

5- Quais passos po<strong>de</strong>ríamos elencar como fator<br />

inicial <strong>de</strong> uma Pastoral Urbana eficaz?<br />

O primeiro é a acolhida. Não somente esperar na<br />

porta da Igreja, mas acolhida no sentido <strong>de</strong> ir ao encontro<br />

dos bairros e lugares mais afastados. Depois vem a<br />

abertura <strong>de</strong> espaços físicos e culturais para que os<br />

diferentes grupos possam manifestar suas expressões<br />

religiosas. Não po<strong>de</strong> faltar também uma pastoral<br />

“orgânica e <strong>de</strong> conjunto”, para que as pessoas percebam<br />

que a Igreja caminha uníssona. Por fim, é preciso abrir<br />

as portas às diversas culturas, povos e linguagens. Isso<br />

vale para a liturgia, a catequese e a pastoral.<br />

6- Já existe, na Igreja do Brasil, experiências<br />

significativas nesta área?<br />

Na arquidiocese <strong>de</strong> São Paulo, por exemplo,<br />

existem diversas paróquias pessoais para os<br />

estrangeiros, uma vez que a cida<strong>de</strong> é cosmopolita.<br />

Também existe um vicariato para o povo da rua. Isso<br />

faz com que se possa aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>terminada porção do<br />

Povo <strong>de</strong> Deus sem levar em conta os limites territoriais,<br />

e sim as necessida<strong>de</strong>s espirituais <strong>de</strong> cada um. Um<br />

colega meu é pároco da paróquia pessoal dos imigrantes<br />

hispano-americanos, o que lhe dá acesso a todas as<br />

paróquias da arquidiocese. Po<strong>de</strong>ríamos ainda<br />

acrescentar as “missões populares” como forma <strong>de</strong><br />

romper fronteiras e chegar<br />

aon<strong>de</strong> está o povo. No caso<br />

da Pastoral dos Migrantes, é<br />

notória a presença na origem,<br />

trânsito e <strong>de</strong>stino dos<br />

mesmos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong> paróquia ou <strong>de</strong><br />

diocese. O Apostolado do<br />

Mar, responsável por<br />

acompanhar os marinheiros<br />

nos barcos ou no porto, é<br />

mais um exemplo. Muitos<br />

outros po<strong>de</strong>riam ser citados.<br />

Planeta Terra: consensos<br />

A Campanha da Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste ano está<br />

nos motivando para conferir a <strong>vida</strong> no planeta<br />

terra, e auscultar os sinais <strong>de</strong> alerta que está<br />

emitindo.<br />

Como já po<strong>de</strong>mos constatar, o enfoque<br />

central da campanha <strong>de</strong>ste ano está na constatação<br />

da imprescindível função do planeta<br />

terra para a existência da <strong>vida</strong>. A <strong>vida</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do planeta. As condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong> do planeta ditam as possibilida<strong>de</strong>s<br />

e as condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong> dos seres vivos que habitam o planeta.<br />

A Campanha aborda o tema pelo caminho dos sintomas,<br />

apontando com clareza dois: o aquecimento global e as mudanças<br />

climáticas. É compreensível que assim proceda, pois a <strong>vida</strong> é tão<br />

complexa que fica difícil sua abordagem direta. Os sintomas têm a<br />

vantagem <strong>de</strong> captar o que merece mais atenção. Como o médico que<br />

se <strong>de</strong>bruça com carinho para auscultar os sinais vitais do paciente,<br />

assim somos chamados a fazer diante dos sinais <strong>de</strong> alerta emitidos<br />

pelo planeta.<br />

Ambos suscitam apreensões, e levantam legítimas interrogações,<br />

cujas respostas <strong>de</strong>vemos procurar, na medida <strong>de</strong> nosso alcance.<br />

Mesmo que interrogações continuem, existe um leque <strong>de</strong><br />

constatações e <strong>de</strong> indicações, em torno das quais dá para tecer um<br />

amplo consenso, muito importante para uma ação articulada e eficaz.<br />

O <strong>de</strong>spertar da consciência ecológica está nos levando a perceber<br />

a valida<strong>de</strong> e a sabedoria da primeira recomendação feita à humanida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> acordo com a linguagem figurativa da Bíblia. Segundo ela, Deus<br />

confiou a criação à humanida<strong>de</strong>, para que a cuidasse e cultivasse.<br />

E´ muito importante captar bem o significado real <strong>de</strong>sta linguagem<br />

figurada. Pois da correta compreensão <strong>de</strong>sta passagem bíblica vai<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r a atitu<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada que <strong>de</strong>vemos ter com a natureza.<br />

Po<strong>de</strong> ser que tenhamos assimilado esta linguagem <strong>de</strong> maneira<br />

equivocada, como se Deus tivesse entregue a criação ao homem para<br />

“dominar e explorar a terra”, sem critério, e sem respeito por suas<br />

condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong>.<br />

Em vista <strong>de</strong>sta interpretação equivocada, alguns chegam até a<br />

acusar a fé cristã <strong>de</strong> ter sido a patrocinadora da mentalida<strong>de</strong> predatória<br />

que caracterizou a revolução industrial. Urge explicitar a interpretação<br />

verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>sta importante passagem bíblica.<br />

Diante da atitu<strong>de</strong> predatória do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>corrente da revolução industrial, vai se firmando a convicção <strong>de</strong> que<br />

os recursos do planeta são limitados, e precisam ser usados com<br />

cuidado e parcimônia, para não <strong>de</strong>sperdiçá-los.<br />

Assim, será preciso cada vez mais superar a cultura do<br />

consumismo e do <strong>de</strong>sperdício, pela sobrieda<strong>de</strong> e consciência da<br />

preciosida<strong>de</strong> dos recursos vitais que o planeta nos oferece.<br />

Desta atitu<strong>de</strong>, impregnada <strong>de</strong> fé e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> humana,<br />

<strong>de</strong>correm muitas posturas concretas, que esta campanha po<strong>de</strong><br />

incentivar, se estamos dispostos a acolher seus apelos e a nos organizar<br />

pessoal e comunitariamente.<br />

São diversas as frentes <strong>de</strong> ação ecológica que po<strong>de</strong>m nos levar a<br />

uma cultura <strong>de</strong> preservação das condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong> do planeta. Os<br />

cuidados com a água, por sua escassez e preciosida<strong>de</strong>, a pureza do<br />

ar, o cultivo a<strong>de</strong>quado do solo, as medidas <strong>de</strong> preservação do meio<br />

ambiente, tudo isto po<strong>de</strong> se constituir em motivações consistentes a<br />

sustentar uma nova mentalida<strong>de</strong>.<br />

Sejam como forem as condições do planeta, cuidaremos <strong>de</strong>le, e<br />

saberemos sintonizar nossas atitu<strong>de</strong>s com a dinâmica <strong>de</strong> <strong>vida</strong> que rege<br />

sua natureza.<br />

D. Demétrio Valentini<br />

Bispo <strong>de</strong> Jales-SP e presi<strong>de</strong>nte da Cáritas Brasileira<br />

Comércio <strong>de</strong> Confecções<br />

Ltda.<br />

Fone: (67) 3421-7857<br />

Av. Marcelino Pires, 2.044 - Centro<br />

Dourados - MS


16<br />

Formação para Li<strong>de</strong>ranças paroquiais Pressupostos para uma<br />

Nos meses <strong>de</strong> março e<br />

abril, membros da Equipe<br />

Diocesana <strong>de</strong> Pastoral visitaram<br />

09 paróquias <strong>de</strong> nossa Diocese<br />

para a realização do Programa<br />

<strong>de</strong> formação para Li<strong>de</strong>ranças<br />

Paroquiais.<br />

Eis as paróquias já<br />

contempladas:<br />

Anaurilândia, Bataguassu,<br />

Batayporã, Taquarussú, Nova<br />

Andradina, Casa Ver<strong>de</strong>,<br />

Ivinhema, Angélica, e Novo<br />

Horizonte.<br />

Temas abordados:<br />

Novas Diretrizes da Ação<br />

Evangelizadora da Igreja no Brasil;<br />

Retomada das Diretrizes<br />

Pastorais Diocesana;<br />

Espiritualida<strong>de</strong> da Ação<br />

Missionária a luz do Doc. De<br />

Aparecida.<br />

Em cada um <strong>de</strong>stes<br />

encontros formativos, a equipe<br />

faz questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar e<br />

lembrar a toda li<strong>de</strong>rança, que<br />

este, está sendo um ano <strong>de</strong><br />

retomada e avaliação <strong>de</strong><br />

nossas Diretrizes Pastorais e do<br />

objetivo geral que orienta a<br />

nossa ação evangelizadora<br />

diocesana: “ Evangelizar a partir<br />

do encontro com Jesus Cristo,<br />

como discípulos missionários, à<br />

luz da evangélica opção<br />

preferencial pelos pobres,<br />

promovendo a dignida<strong>de</strong> da<br />

pessoa, renovando a<br />

comunida<strong>de</strong>, participando da<br />

construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />

justa e solidária, para que todos<br />

tenham Vida e a tenham em<br />

abundância”( Jo 10,10)<br />

Nos encontros paroquiais,<br />

motivamos ainda para que toda a li<strong>de</strong>rança<br />

retome e avalie a nossa priorida<strong>de</strong><br />

diocesana que são as PEQUENAS<br />

COMUNIDADES, tendo em vista a<br />

nossa próxima assembléia que já se<br />

realizará no mês <strong>de</strong> novembro do<br />

ano corrente.<br />

Os respectivos párocos, vigários<br />

paroquiais, CPPs e a li<strong>de</strong>rança,<br />

estão <strong>de</strong> parabéns pela efetiva<br />

participação e o notável zelo para<br />

com a formação contínua dos<br />

discípulos missionários <strong>de</strong> nossa<br />

Igreja Diocesana.<br />

Prossigamos,animados pelo<br />

Espírito <strong>de</strong> Deus que nos conduz.<br />

Maio/2011<br />

Espiritualida<strong>de</strong> da Ação Missionária<br />

2. Viver em estado <strong>de</strong> missão é um mandato do Senhor, que envolve a<br />

todos nós<br />

Uma parte essencial da espiritualida<strong>de</strong> missionária<br />

é a profunda convicção <strong>de</strong> ser enviado<br />

A natureza missionária da Igreja se concretiza no compromisso missionário<br />

<strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong> eclesial e <strong>de</strong> cada cristão, nos diferentes contextos da<br />

realida<strong>de</strong> humana. Com efeito, a vocação da Igreja e <strong>de</strong> cada cristão tem uma<br />

dimensão universal: que abrange tudo e a todos, em todo tempo e lugar, pois a<br />

<strong>salvação</strong> que Deus nos ofereceu em Cristo, está <strong>de</strong>stinada a toda a humanida<strong>de</strong><br />

e à criação inteira. Todos fomos chamados “a esta união com Cristo, luz do<br />

mundo, <strong>de</strong> quem proce<strong>de</strong>mos por quem vivemos e para quem caminhamos”.<br />

A dimensão missionária é uma exigência que brota da fé e da <strong>vida</strong> cristã.<br />

Portanto, não é só um trabalho <strong>de</strong> algumas comunida<strong>de</strong>s eclesiais, nem po<strong>de</strong><br />

ser reduzida a <strong>de</strong>terminados tempos, mas é uma tarefa permanente. Nesse<br />

sentido, a Missão Continental proposta em Aparecida não po<strong>de</strong> ser vista como<br />

algo opcional, mas como uma exigência que <strong>de</strong>ve ser assumida <strong>de</strong> maneira<br />

urgente por todas as comunida<strong>de</strong>s eclesiais e por cada um dos Discípulos e<br />

Discípulas do Senhor.<br />

O lançamento <strong>de</strong>ssa Missão não é uma i<strong>de</strong>ia súbita dos pastores da América<br />

Latina e do Caribe; nem tampouco uma proposta <strong>de</strong>sesperada da Igreja diante<br />

do êxodo dos católicos para outros grupos religiosos; nem uma estratégia<br />

proselitista para ganhar a<strong>de</strong>ptos; nem costumes <strong>de</strong> uma Igreja <strong>de</strong> cristanda<strong>de</strong><br />

ou uma moda do momento que passará logo. A Missão Continental é uma<br />

atualização do mandato original do Senhor aos seus Discípulos, nele tem suas<br />

raízes. Respon<strong>de</strong>, pois, a natureza essencialmente missionária da Igreja, a qual<br />

<strong>de</strong>ve atualizar a oferta <strong>de</strong> <strong>salvação</strong> <strong>de</strong> Jesus a uma humanida<strong>de</strong> profundamente<br />

necessitada <strong>de</strong> tal <strong>salvação</strong>.<br />

Deus quer que todos nós trabalhemos em sua vinha. E “a vinha é o mundo<br />

inteiro (cf. MT 13,38), que <strong>de</strong>ve ser transformado e acordo com o <strong>de</strong>signo divino<br />

em vista da vinda <strong>de</strong>finitiva do Reino <strong>de</strong> Deus”.<br />

No entanto, essa missão não é apenas <strong>de</strong> sacerdotes, religiosos, religiosas<br />

ou membros <strong>de</strong> Institutos <strong>de</strong> Vida Consagrada. É uma missão que compete a<br />

todos: “também os fiéis leigos são chamados pessoalmente pelo Senhor, <strong>de</strong><br />

quem recebem uma missão a favor da Igreja e do mundo” (ChL, n.2). Cada<br />

pessoa batizada <strong>de</strong>ve cumprir essa missão a partir da sua vocação específica,<br />

seu carisma pessoal e sua situação concreta, sempre com um espírito <strong>de</strong><br />

universalida<strong>de</strong>:<br />

“O Espírito Santo dá à Igreja diversos dons[...] infundindo no coração<br />

dos fiéis o mesmo espírito <strong>de</strong> missão que impulsionou Cristo” (AG, n.4).<br />

O Papa Paulo VI expressou muito bem esta exigência na Evangelii Nuntiandi:<br />

“Os homens po<strong>de</strong>rão salvar-se por outros caminhos, graças à misericórdia<br />

<strong>de</strong> Deus, se nós não lhes anunciarmos o Evangelho; mas nós, po<strong>de</strong>rnos-emos<br />

salvar se, por negligência, por medo ou por vergonha, (...) ou<br />

por se seguirem i<strong>de</strong>ias falsas, nos omitirmos <strong>de</strong> o anunciar?” (EN, n.80).<br />

Assim pois, todos os batizados,<br />

“pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à<br />

Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e <strong>de</strong>ste<br />

modo ficam obrigados a difundir e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a fé por palavras e obras<br />

como verda<strong>de</strong>iras testemunhas <strong>de</strong> Cristo” (LG, n.11).<br />

O anúncio <strong>de</strong> Cristo e <strong>de</strong> seu reino<br />

“mais do que um direito, é um <strong>de</strong>ver do evangelizador. E é também um<br />

direito dos homens seus irmãos o receber <strong>de</strong>le o anúncio da Boa Nova<br />

da <strong>salvação</strong>...” (EN, n. 80).<br />

Em outras palavras, a missão não é uma graciosa concessão <strong>de</strong> um ser<br />

humano, mas um convite <strong>de</strong> Deus para cooperar com o seu plano <strong>de</strong> <strong>salvação</strong><br />

universal.<br />

A Espiritualida<strong>de</strong> e a vivência missionária pertencem à entranha da <strong>vida</strong><br />

cristã.<br />

Reflexão pessoal e comunitária:<br />

* O que está sendo feito, <strong>de</strong> fato, em prol da Missão Continental?<br />

* O que significa para mim e o que estou fazendo para a Missão Continental?<br />

Texto retirado do Documento nº 16 À Luz <strong>de</strong> Aparecida... A<br />

espiritualida<strong>de</strong> da Ação Missionária. Autor: Salvador Vala<strong>de</strong>z Fuentes

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