Maria, mulher geradora de vida e instrumento de salvação
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Maio/2011 - Ano XXXVI - nº 347<br />
<strong>Maria</strong>, <strong>Maria</strong>, <strong>mulher</strong> <strong>mulher</strong> <strong>geradora</strong> <strong>geradora</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong><br />
<strong>vida</strong><br />
e e <strong>instrumento</strong> <strong>instrumento</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>salvação</strong><br />
<strong>salvação</strong><br />
Seja feita a vossa<br />
vonta<strong>de</strong>!<br />
Palavra e<br />
Silêncio<br />
Página 02<br />
Página 03<br />
Beatificação <strong>de</strong><br />
João Paulo II<br />
Página 07<br />
Encontro com<br />
Dom Alberto<br />
Página 10<br />
Taxas e Espórtulas<br />
na Diocese <strong>de</strong><br />
Dourados<br />
Pastoral<br />
Urbana<br />
Página 14<br />
Página 15
02<br />
Editorial<br />
Que todos sejam um, por <strong>Maria</strong><br />
Há pouco mais <strong>de</strong> quinze dias revivemos e<br />
celebramos a páscoa cristã. Durante toda a Semana<br />
Santa seguimos os passos <strong>de</strong> Jesus fazendo<br />
memória dos últimos acontecimentos <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong><br />
até o calvário, por amor à humanida<strong>de</strong>. A Palavra<br />
<strong>de</strong> Deus, proclamada durante as celebrações, nos<br />
ajudou a voltarmos no tempo e compreen<strong>de</strong>rmos<br />
tudo aquilo que Jesus realizou no cumprimento da<br />
vonta<strong>de</strong> do Pai. Muitos foram aqueles que o seguiram<br />
até sua entrega na cruz. Entre estes, estavam João,<br />
o discípulo amado, inúmeras <strong>mulher</strong>es, e<br />
principalmente, <strong>Maria</strong>, sua mãe.<br />
Em João 19, 25-27, lemos o relato em que<br />
Jesus, no alto da cruz, oferece à humanida<strong>de</strong> sua<br />
Mãe. “...Mulher: Eis aí o seu filho... Filho: Eis aí a<br />
sua mãe”. A mãe <strong>de</strong> Jesus, representando o povo<br />
da antiga aliança, conservando-se fiel às promessas<br />
acolhe e é acolhida pelo discípulo, que representa<br />
o novo povo <strong>de</strong> Deus. Na relação mãe-filho, o<br />
evangelista mostra a unida<strong>de</strong> e continuação do povo<br />
eleito, fiel à promessa e her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> sua realização.<br />
Todos nós conhecemos a importância da<br />
presença da mãe na <strong>vida</strong>, no <strong>de</strong>senvolvimento e na<br />
formação da criança. <strong>Maria</strong> é, portanto, a Mãe que<br />
Jesus nos <strong>de</strong>ixou para nos amparar e guiar em nosso<br />
crescimento como cristãos, filhos <strong>de</strong> Deus, rumo à<br />
maturida<strong>de</strong> na fé. Entretanto, uma gran<strong>de</strong> parte dos<br />
filhos <strong>de</strong> Deus, por motivos diversos, <strong>de</strong>sconhece<br />
ou tem recusado esse apoio materno, negando até<br />
mesmo, a importância que <strong>Maria</strong> teve no projeto <strong>de</strong><br />
<strong>salvação</strong>. Negar a presença <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> na “Economia<br />
da Salvação” po<strong>de</strong> representar a negação da própria<br />
humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus, pois, sendo divino, necessitou<br />
do “sim” humano para tornar-se um <strong>de</strong> nós.<br />
Oxalá, todas as Igrejas cristãs, acreditassem<br />
na importância <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> e <strong>de</strong>ssem o <strong>de</strong>vido respeito<br />
e dignida<strong>de</strong> que ela merece. Creio que este dia<br />
chegará, pois no imaginário religioso, a figura<br />
materna abrange o mais profundo do ser, até mesmo<br />
o íntimo daqueles que se dizem não acreditar em<br />
nada. O amor materno supera todas as barreiras.<br />
Em gran<strong>de</strong> parte, quando alguém se converte ao<br />
catolicismo, isso acontece pela ação <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>.<br />
Conhecemos inúmeros exemplos, como <strong>de</strong> repente,<br />
essa presença materna se impõe e conquista, <strong>de</strong><br />
forma irresistível os corações.<br />
A importância <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> tem sido reconhecida<br />
essecialmente pelos grupos protestantes <strong>de</strong> tradição<br />
mais antiga, que ainda trazem a memória <strong>de</strong> um<br />
tempo em que este antagonismo não existia, e <strong>Maria</strong><br />
era amada e honrada também entre eles. Buscando<br />
corrigir essa falha, um grupo <strong>de</strong> teólogos luteranos<br />
da Alemanha Oriental publicou, na revista “Spiritus<br />
Domini” (maio <strong>de</strong> 1982) o chamado “Manifesto <strong>de</strong><br />
Dres<strong>de</strong>n”. On<strong>de</strong> constam várias indagações a<br />
respeito da indiferença e até mesmo críticas<br />
imparciais dos cristãos-evangélicos a respeito dos<br />
milagres e aparições <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, principalmente em<br />
Lour<strong>de</strong>s e Fátima. Reproduzo aqui um pequeno<br />
trecho para compreen<strong>de</strong>rmos melhor o assunto:<br />
“Qual é, pois, o sentido profundo <strong>de</strong>sses<br />
milagres, no plano <strong>de</strong> Deus? Bem, parece que Deus<br />
quer dar uma resposta irrefutável à incredulida<strong>de</strong> dos<br />
nossos dias. Como po<strong>de</strong>rá um incrédulo continuar a<br />
viver tranquilamente em sua incredulida<strong>de</strong>, diante <strong>de</strong><br />
tais fatos? Po<strong>de</strong> um cristão evangélico ter o direito<br />
<strong>de</strong> ignorar tais realida<strong>de</strong>s, pelo fato <strong>de</strong> se<br />
apresentarem na Igreja Católica, e não na sua<br />
comunida<strong>de</strong> religiosa? Tais fatos não <strong>de</strong>veriam, ao<br />
contrário, levar-nos a restaurar a figura da Mãe <strong>de</strong><br />
Deus na Igreja Evangélica? Somente Deus po<strong>de</strong><br />
permitir que <strong>Maria</strong> se dirija ao mundo por meio <strong>de</strong><br />
aparições. Não nos arriscamos, talvez, a cometer um<br />
erro fatal, fechando os olhos a tais realida<strong>de</strong>s e não<br />
lhes dando atenção alguma? Não <strong>de</strong>veremos, talvez,<br />
abrir o nosso coração a essa luz que Deus faz brilhar<br />
para a nossa <strong>salvação</strong>? Po<strong>de</strong> acontecer que,<br />
rejeitando ou ignorando a mensagem que Deus faz<br />
chegar a nós por intermédio <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, estejamos<br />
recusando a última Graça que Ele nos oferece para<br />
a nossa <strong>salvação</strong>. Lutero honrou <strong>Maria</strong> até o fim <strong>de</strong><br />
sua <strong>vida</strong>. Em tempos posteriores à Reforma, porém,<br />
foram perdidas todas as festas em honra <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>, e<br />
tudo o que trazia sua lembrança. Estamos sofrendo<br />
as consequências <strong>de</strong>ssa herança <strong>de</strong> receio e temor.<br />
O temor <strong>de</strong> diminuir a glória <strong>de</strong> Jesus foi o motivo<br />
pelo qual, em nossas igrejas evangélicas, negamos<br />
a <strong>Maria</strong> a veneração e os louvores <strong>de</strong>vidos. E,<br />
entretanto, temos <strong>de</strong> afirmar que, por meio da justa<br />
veneração a ela tributada, multiplica-se a glória e o<br />
louvor do Senhor, uma vez que foi Ele quem a elegeu<br />
e a fez, pela Sua Graça, um <strong>instrumento</strong> Seu. Jesus<br />
espera que veneremos <strong>Maria</strong> e a amemos. Assim<br />
nos diz a Palavra <strong>de</strong> Deus, e essa é, portanto, a Sua<br />
Vonta<strong>de</strong>. E só aqueles que guardam a Sua Palavra<br />
amam verda<strong>de</strong>iramente a Jesus (Jo 14,23)”.<br />
Através <strong>de</strong>ste “manifesto” publicado em 1982,<br />
po<strong>de</strong>mos perceber a preocupação <strong>de</strong> algumas Igrejas<br />
cristãs em <strong>de</strong>sejar reparar o erro, ou equívoco que,<br />
ao longo dos séculos, fez-se negar a importância <strong>de</strong><br />
<strong>Maria</strong> como mãe da humanida<strong>de</strong> e <strong>instrumento</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>salvação</strong>.<br />
Nós, católicos, que já temos a alegria e o<br />
privilégio <strong>de</strong> possuir <strong>Maria</strong> como Mãe, rezemos com<br />
especial fervor neste mês <strong>de</strong> Maio, pedindo que sua<br />
ação se intensifique cada vez mais, quebrando as<br />
resistências <strong>de</strong> todos os corações, para que<br />
finalmente possa realizar-se o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Jesus, <strong>de</strong><br />
que todos os seus filhos<br />
sejam uma só família. Só<br />
assim, com esse testemunho<br />
<strong>de</strong> amor entre os cristãos, o<br />
mundo po<strong>de</strong>rá recuperar a<br />
fé. “Para que todos sejam<br />
um, como tu, Pai, estás em<br />
mim e eu em ti. E para que<br />
também eles estejam em<br />
nós” (Jo 17, 21).<br />
Pe. Alex Gonçalves Dias<br />
Coor<strong>de</strong>nador Diocesano <strong>de</strong> Pastoral<br />
Expediente ELO<br />
Órgão Informativo da Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />
Maio/2011 - Ano XXXVI - nº 347<br />
Diretor: Pe. Alex Gonçalves Dias<br />
Proprieda<strong>de</strong>: Mitra Diocesana <strong>de</strong> Dourados<br />
Diagramação e Projeto Gráfico: Michelle Picolo Caparróz<br />
Telefone: (67) 3422-6910 / Fax: (67) 3422-6911<br />
Site: www.diocesedourados.com.br E-mail: elo@diocesedourados.com.br<br />
Tiragem: 21.500 exemplares Impressão: Diário MS<br />
A Palavra do Pastor<br />
Maio/2011<br />
Seja feita a vossa vonta<strong>de</strong>!<br />
Dom Redovino<br />
Bispo Diocesano<br />
Há vários anos, logo após a<br />
or<strong>de</strong>nação sacerdotal, presidi os<br />
funerais <strong>de</strong> uma tia, que havia falecido<br />
repentinamente. Lembro que, em dado<br />
momento, se aproximou <strong>de</strong> mim uma<br />
prima e me disse acabrunhada: «Bem<br />
se vê que Deus não quer ver ninguém<br />
feliz!»<br />
Jamais consegui esquecer essas<br />
palavras! Po<strong>de</strong> ser que, durante a missa<br />
<strong>de</strong> corpo presente, eu tenha dito, como<br />
muita gente ainda hoje costuma fazer:<br />
«Paciência! É vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus!»<br />
Naturalmente, tais afirmações só po<strong>de</strong>m<br />
machucar a quem está sofrendo. Ao<br />
longo dos meus anos <strong>de</strong> ati<strong>vida</strong><strong>de</strong><br />
pastoral, foram centenas as vezes que<br />
ouvi respostas semelhantes diante <strong>de</strong><br />
pessoas que choravam a perda <strong>de</strong> entes<br />
queridos – ou <strong>de</strong> bens indispensáveis<br />
para a <strong>vida</strong> –, <strong>de</strong>vido a assassinatos,<br />
enchentes, estiagens, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
trânsito, etc.<br />
Como se isso não bastasse para<br />
<strong>de</strong>sfigurar a imagem <strong>de</strong> Deus, há<br />
pessoas que se perguntam diante do<br />
sofrimento: «Que pecado eu cometi para<br />
merecer esse castigo?». A pergunta não<br />
é <strong>de</strong> hoje, se já os apóstolos a dirigiram<br />
a Jesus: «Mestre, quem pecou para<br />
esse coitado nascer cego?» (Jo 9,2). Foi<br />
o que aconteceu com um padre amigo<br />
que, há seis ou sete anos, <strong>de</strong>ixou o<br />
ministério sacerdotal. Infelizmente,<br />
pouco tempo <strong>de</strong>pois do casamento,<br />
celebrado com as <strong>de</strong><strong>vida</strong>s dispensas do<br />
Vaticano, ele adoeceu gravemente,<br />
vindo a falecer. Não foram poucas as<br />
pessoas que repetiam ao pé do ouvido<br />
umas das outras: «Castigo <strong>de</strong> Deus!»<br />
Deus não castiga ninguém! Se o<br />
fizesse, estaria negando a si próprio. Se<br />
existe castigo, ele é fruto das escolhas<br />
<strong>de</strong> cada pessoa: «Cada um colhe aquilo<br />
que semeia. Quem semeia no pecado,<br />
do pecado colhe a corrupção; quem<br />
semeia no Espírito, do Espírito colhe a<br />
<strong>vida</strong> eterna» (Gl 6,7-8).<br />
Infelizmente, uma leitura superficial<br />
e fundamentalista da Bíblia po<strong>de</strong> dar<br />
margem a interpretações equivocadas.<br />
Eis um exemplo concreto: ouvindo Jesus<br />
afirmar: «Nem um só pardal cai por terra<br />
sem o consentimento <strong>de</strong> vosso Pai» (Mt<br />
10,29), os italianos cunharam o<br />
provérbio: «Não se move folha que Deus<br />
não queira». Talvez seja por isso que<br />
alguns <strong>de</strong>les passam como<br />
blasfemadores inveterados: atribuindo<br />
tudo a Deus, ele se torna o culpado <strong>de</strong><br />
todos os males!<br />
Qual é, então, a vonta<strong>de</strong> Deus? Por<br />
ser amor, ele só po<strong>de</strong> querer o bem e a<br />
felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus filhos. Jamais pactua<br />
com a malda<strong>de</strong>. Tudo o que é fruto do<br />
pecado – guerras, homicídios, estupros,<br />
roubos, aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito por excesso<br />
<strong>de</strong> bebida ou <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, etc. – não é<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, mas expressão <strong>de</strong> uma<br />
liberda<strong>de</strong> humana mal direcionada. A<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus é que, em cada<br />
momento e circunstância, escolhamos<br />
somente o amor, tendo sempre em vista<br />
a construção <strong>de</strong> um mundo justo e<br />
solidário.<br />
Quanto aos males assim ditos<br />
“naturais” (enchentes, estiagens,<br />
terremotos, vulcões, aquecimento global,<br />
etc.), alguns são causados pela ambição<br />
ou pelo <strong>de</strong>scuido do homem, e outros<br />
pelas leis que regem a acomodação e o<br />
ajuste da natureza e do planeta. Mas,<br />
também nesses casos, para quem se<br />
<strong>de</strong>ixa guiar pela fé e pelo amor, Deus é<br />
capaz <strong>de</strong> obter o bem do próprio mal. Foi<br />
o que explicou Jesus a quem atribuía a<br />
cegueira ao pecado: «Nem ele nem seus<br />
pais pecaram, mas ela é uma ocasião<br />
para se manifestarem as obras <strong>de</strong> Deus»<br />
(Jo 9,3).<br />
“Manifestar as obras <strong>de</strong> Deus”: este<br />
o fio <strong>de</strong> ouro capaz <strong>de</strong> dar sentido a todos<br />
os erros e sofrimentos que maculam a<br />
história da humanida<strong>de</strong>. Quem acolhe<br />
Deus em sua <strong>vida</strong>, encontrará a sua<br />
vonta<strong>de</strong> até mesmo em circunstâncias<br />
que nada têm em comum com ela. Isso<br />
acontece quando ele consegue “digerir”<br />
situações dolorosas e, às vezes, até<br />
mesmo injustas, oferecendo-as a Deus<br />
pelo bem da socieda<strong>de</strong>. Para quem<br />
acredita que «tudo coopera para o bem<br />
dos que amam a Deus» (Rm 8,28), o<br />
acaso não existe e nada na <strong>vida</strong> acontece<br />
em vão, pois sabe que, sobre cada<br />
evento natural ou produzido pelo homem,<br />
paira o olhar misericordioso do Pai.<br />
Deus sempre aten<strong>de</strong> à oração <strong>de</strong><br />
seus filhos, não, porém, <strong>de</strong> acordo com<br />
suas vonta<strong>de</strong>s, mas <strong>de</strong> suas<br />
necessida<strong>de</strong>s. É o que a Carta aos<br />
Hebreus garante que aconteceu com o<br />
próprio Jesus: «Durante a sua <strong>vida</strong> na<br />
terra, Jesus dirigiu preces e súplicas, com<br />
forte clamor e lágrimas, ao Deus que o<br />
podia salvar da morte. E Deus o escutou,<br />
por sua obediência, tornando-o fonte <strong>de</strong><br />
<strong>salvação</strong> eterna para todos os que fazem<br />
a sua vonta<strong>de</strong>» (Hb 5,7.9).
Maio/2011 03<br />
Opiniões que fazem opinião Meu canto com <strong>Maria</strong>!<br />
O que dizer <strong>de</strong>ste trágico e inesquecível dia 7 <strong>de</strong> abril carioca?<br />
O que dizer frente ao massacre <strong>de</strong> 12 crianças e adolescentes em<br />
plena sala <strong>de</strong> aula? O que dizer, na noite seguinte, diante dos muros<br />
revestidos <strong>de</strong> flores e velas da Escola Municipal <strong>de</strong> Realengo, zona<br />
oeste do Rio <strong>de</strong> Janeiro? O que dizer <strong>de</strong> uma violência tão nua e<br />
crua, tão fria e meticulosamente calculada?<br />
As palavras emu<strong>de</strong>cem. Emu<strong>de</strong>ce a escola Tasso <strong>de</strong> Oliveira,<br />
com suas pare<strong>de</strong>s banhados <strong>de</strong> sangue inocente. Igualmente mudos<br />
ficam a Cida<strong>de</strong> Maravilhosa, o Brasil e o Mundo. Mudos e atordoados,<br />
estupefatos, quedamos todos nós! Palavras como perplexida<strong>de</strong>, terror,<br />
barbárie ficam aquém dos fatos brutais... Infinitamente aquém! Parece<br />
que só o silêncio respeitoso e reverente é capaz <strong>de</strong> dizer algo. No<br />
sangrento espetáculo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>s tão precocemente ceifadas, as palavras<br />
parecem sobrar ou faltar. Serão sempre <strong>de</strong> mais ou <strong>de</strong> menos.<br />
Entretanto, não basta o silêncio! Ainda que as palavras sejam <strong>de</strong><br />
menos, é preciso arriscar algumas, sob pena <strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong> ou<br />
omissão. Mas, <strong>de</strong> forma insistente, volta a pergunta: o que dizer?<br />
O que dizer no enterro doloroso <strong>de</strong>ssas meninas e meninos,<br />
separados tão cedo e tão cruelmente <strong>de</strong> seus sonhos e projetos, <strong>de</strong><br />
suas famílias e amigos? O que dizer sobre seus pequenos caixões<br />
que velam e revelam botões murchos antes <strong>de</strong> se abrirem? Orações?<br />
Flores? Lágrimas? Aplausos? Condolências? Que dizem tais gestos,<br />
olhares ou comportamentos? As perguntas são todas maiores que<br />
as respostas! Uma vez mais, impõe-se o silêncio como única forma<br />
<strong>de</strong> transmitir algo!<br />
O que dizer às famílias enlutadas, obrigadas a sepultar seus<br />
entes queridos no vigor <strong>de</strong> sua primavera? Expressões <strong>de</strong> conforto?<br />
Abraços <strong>de</strong> carinho? Mensagens <strong>de</strong> confiança? Presença <strong>de</strong><br />
holofotes, câmeras e microfones? Notícias sensacionalistas? Espaço<br />
para <strong>de</strong>sabafos na mídia? Mas a dor é mais forte e mais funda, muito<br />
mais forte e mais funda que tudo isso. E ainda neste caso o silêncio<br />
se sobrepõe às palavras indiscretas e ao pranto sufocado, engolido.<br />
O que dizer às crianças que sobreviveram? O que po<strong>de</strong> apagar<br />
nelas a imagem do horror vivido <strong>de</strong>ntro e fora da escola? Como<br />
substituir o enorme vazio <strong>de</strong> suas colegas ausentes, ausentes para<br />
sempre? Como lhes garantir a volta às aulas com a serenida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
que necessita o processo <strong>de</strong> aprendizagem? Mesmo que lhes<br />
fechemos os olhos e os ouvidos, as balas, gritos e espirros <strong>de</strong> sangue<br />
ressoam em suas almas para sempre feridas! Há chagas que precisam<br />
<strong>de</strong> anos para cicatrizar. Invoquemos o silêncio e calemos as palavras!<br />
O que dizer sobre o ex-aluno da escola, Wellington Menezes <strong>de</strong><br />
<strong>Maria</strong>, mãe<br />
<strong>Maria</strong>, mãe <strong>de</strong> todas as mães, mãe <strong>de</strong> Deus e mãe e<br />
todos nós, ensina-nos o teu jeito <strong>de</strong> amar.<br />
Tu, que no silêncio <strong>de</strong> teu ser, geraste a Vida das<br />
<strong>vida</strong>s, Jesus, o filho <strong>de</strong> Deus.<br />
E que, no santuário <strong>de</strong> teu útero <strong>de</strong> mãe, preparaste<br />
o berço para o teu menino. Foi assim que durante os<br />
novos meses, enquanto tecias as vestes <strong>de</strong> teu filho, vivias<br />
na contemplação do mistério <strong>de</strong> Deus no teu interior;<br />
mistério pleno <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong>, maravilha e dom da<br />
maternida<strong>de</strong>.<br />
<strong>Maria</strong>, mãe, quantos segredos guardastes, quantas<br />
<strong>de</strong>scobertas fizeste, quantas comunicações recebeste; na<br />
intimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mãe e filho. Naqueles dias que marcaram<br />
tua gravi<strong>de</strong>z abençoada, percebeste ainda que teu corpo<br />
<strong>de</strong> <strong>mulher</strong> por um processo biológico se transformava, que<br />
todas as tuas reações e funções vitais se voltavam para a<br />
criança que geravas no teu ser virginal e <strong>de</strong> mãe. Então te<br />
abismavas nela que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ti pulava feliz, celebrando<br />
a <strong>vida</strong>. E <strong>de</strong>ste à luz teu menino que acolheste em teus<br />
braços como a realização <strong>de</strong> um sonho <strong>de</strong> mãe. E <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
então, <strong>Maria</strong>, te tornaste para o mundo o ícone da <strong>mulher</strong><br />
e da mãe, mensagem <strong>de</strong> amor e <strong>de</strong> ternura para todas as<br />
mães no hoje <strong>de</strong> tantas especulações sobre a <strong>vida</strong>.<br />
Ir. <strong>Maria</strong> Nogueira, fsp<br />
Palavra e Silêncio<br />
Oliveira? Nome inglês mesclado com sobrenome bem brasileiro. O<br />
que dizer <strong>de</strong>sse jovem <strong>de</strong> apenas 23 anos, órfão e só, perdido e<br />
abandonado? O que dizer <strong>de</strong> sua existência solitária e subterrânea,<br />
fora do alcance <strong>de</strong> toda a análise? Po<strong>de</strong>ria ser o irmão mais velho<br />
das crianças que alvejou <strong>de</strong> maneira tão friamente pensada. O que<br />
dizer <strong>de</strong> alguém que mata, fere e em seguida se mata? Aqui<br />
po<strong>de</strong>ríamos enfileirar uma série <strong>de</strong> por quês: <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social,<br />
econômica, política, cultural, psicológica, psicopatológica... Também<br />
po<strong>de</strong>ríamos recorrer à sua carta-testamento ou ao testemunho dos<br />
policiais. Mas tanto seus tiros letais quanto suas palavras escritas<br />
continuam um enigma para quem segue vivendo sobre a face da terra.<br />
O que sobra <strong>de</strong>sses poucos minutos <strong>de</strong> horror? Um silêncio tão cerrado<br />
quanto a boca dos mortos!<br />
O que dizer, enfim, <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> que engendra ações <strong>de</strong>sse<br />
gênero? Cenas que estávamos acostumados a presenciar pela telinha,<br />
vindas do outro lado do mundo ou mar: dos Estados Unidos, da<br />
Alemanha, ou da Inglaterra... Tampouco nos é estranha a morte e as<br />
chacinas <strong>de</strong> jovens e adolescentes. Ocorrem com infeliz frequência,<br />
não raro perpetradas por grupos paramilitares. São milhares <strong>de</strong><br />
assassinatos por ano, uma verda<strong>de</strong>ira guerra civil. Desgraçadamente,<br />
nem o Rio nem numerosas outras cida<strong>de</strong>s brasileiras está livre do<br />
extermínio premeditado <strong>de</strong> jovens.<br />
Desta vez, porém, a violência parece ter atingido um grau mais<br />
elevado. Ou <strong>de</strong>scer aos porões sombrios infectos, inusitados e<br />
selvagens em que se escon<strong>de</strong>m inúmeras crianças, adolescentes e<br />
jovens. Quantas vezes já estivemos reféns <strong>de</strong>sses seres, agindo em<br />
grupo ou solitariamente! E quantos <strong>de</strong>les nunca conheceram um olhar<br />
<strong>de</strong> mãe, um beijo molhado, um carinho <strong>de</strong> afeto, uma palavra <strong>de</strong><br />
ternura, um leito suave, uma roupa nova ou uma comida quente!<br />
A brutalida<strong>de</strong> é gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais para caber, inteira, na alma <strong>de</strong><br />
um jovem. Wellington carrega muito mais anos <strong>de</strong> sofrimento do que<br />
sua tenra ida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> suportar. Sofrimento que se transfigura em<br />
agressão e, como um dique que se rompe, <strong>de</strong>vasta tudo o que vê<br />
pela frente. Violência exacerbada à máxima potência, que atinge<br />
simultaneamente as vítimas, seus familiares, a socieda<strong>de</strong> e o próprio<br />
assassino. É aqui que a palavra emu<strong>de</strong>ce! Como emu<strong>de</strong>ceu diante<br />
do holocausto da Segunda Guerra Mundial, por exemplo. As letras e<br />
palavras se tornam estreitas, acanhadas, impotentes. Incapazes <strong>de</strong><br />
conter os sentimentos que varrem o coração <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós.<br />
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS<br />
Madrasta com amor <strong>de</strong> mãe<br />
É uma pena que a palavra madrasta tenha agregado a<br />
seus significados uma conotação negativa. Não se <strong>de</strong>fine o<br />
caráter <strong>de</strong> uma <strong>mulher</strong> por ser madrasta ou mãe. Há<br />
madrastas excelentes, assim como há mães que não honram<br />
a maternida<strong>de</strong>. Ser madrasta, ao contrário do que pensam<br />
alguns, exige muito amor. E explico o motivo. É relativamente<br />
fácil um casal começar uma família do zero. Ela é mo<strong>de</strong>lada<br />
segundo as características do homem e da <strong>mulher</strong>. Agora,<br />
uma <strong>mulher</strong> que entra num lar pronto precisará se adaptar a<br />
ele, não o contrário. E isso é difícil. A missão exige doação,<br />
porque a família que lhe caiu no colo já tem costumes<br />
solidificados. A <strong>mulher</strong> que ocupa a vaga <strong>de</strong> uma mãe e esposa<br />
falecida <strong>de</strong>ve prever tais situações, se quiser ser aceita.<br />
Dedicação é um termo-chave. Espera-se da madrasta<br />
que ela assuma não só o papel <strong>de</strong> esposa como o <strong>de</strong> coeducadora<br />
dos filhos do marido. Como todo processo <strong>de</strong><br />
educação exige, ocasionalmente, uma correção, às vezes<br />
na forma <strong>de</strong> reprimenda, po<strong>de</strong> caber a ela tal tarefa. Se<br />
alguém lembrar, nesses momentos, que isso é “coisa <strong>de</strong><br />
madrasta”, basta recordar que quem ama corrige e que as<br />
verda<strong>de</strong>iras mães gostam que os filhos façam a coisa certa.<br />
A pior atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma madrasta é querer competir com<br />
<strong>Maria</strong>, Mãe<br />
intercessora<br />
Todos nós, cristãos, estamos unidos a<br />
Cristo porque somos membros do seu<br />
corpo místico. Pertencemos à sua Igreja –<br />
da qual Ele é a cabeça. <strong>Maria</strong> é a mãe <strong>de</strong><br />
Cristo, da Igreja e, consequentemente,<br />
nossa mãe.<br />
De modo particular nós, católicos,<br />
temos um laço <strong>de</strong> amor muito forte que nos<br />
une à <strong>Maria</strong>. Como discípulos <strong>de</strong> Jesus a<br />
acolhemos em nossa casa, em nosso<br />
coração, como mãe e intercessora.<br />
Assim como gestou o Cristo, o<br />
Re<strong>de</strong>ntor, <strong>Maria</strong> também quer nos gestar<br />
para um <strong>vida</strong> nova plena, na Graça <strong>de</strong> Deus<br />
e o faz interce<strong>de</strong>ndo a Jesus, por nós.<br />
Na segunda parte da Ave-<strong>Maria</strong><br />
<strong>de</strong>claramos nossa confiança na intercessão<br />
<strong>de</strong> <strong>Maria</strong> suplicando: “Santa <strong>Maria</strong>, Mãe <strong>de</strong><br />
Deus, rogai por nós pecadores (...)”. Esta<br />
prece simples revela nossa fé e confiança<br />
na intercessão <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>. Como em Cana<br />
da Galiléia, <strong>Maria</strong> percebe nossas<br />
necessida<strong>de</strong>s e, com amor maternal,<br />
continua pedindo a Jesus que venha em<br />
nosso socorro.<br />
A um pedido da mãe o Filho não fica<br />
indiferente. Por isso, neste mês das mães<br />
à ela pedimos: Mãe, nos aju<strong>de</strong> a cuidar bem<br />
dos filhos que Deus nos <strong>de</strong>u, a educá-los<br />
na fé segundo os princípios cristãos.<br />
Interce<strong>de</strong>i por nós e por todas as mães do<br />
Brasil e do mundo.<br />
Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por<br />
nós!<br />
Suzana Sotolani<br />
Professora e Ministra da Eucaristia<br />
a falecida mãe no coração dos filhos <strong>de</strong>sta. Este lugar já<br />
está ocupado! Mãe é uma só, como se diz. A madrasta<br />
precisa respeitar o sentimento dos filhos <strong>de</strong> seu marido e<br />
conquistar seu espaço por outro caminho: sendo uma <strong>mulher</strong><br />
presente, pregadora da harmonia e que toca o lar com<br />
segurança. Agindo assim, antes do que ela imagina, há <strong>de</strong><br />
ser recompensada.<br />
A competição <strong>de</strong>ve ser mais evitada ainda se ela for<br />
uma “madrasta” <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong> mãe viva, se uniu a um homem<br />
recasado que ficou com a guarda dos filhos. Fatalmente ela<br />
será comparada com a mãe biológica. A estratégia, nesses<br />
casos, é não criticar a mãe dos filhos do marido. Atritos <strong>de</strong><br />
relacionamento não levam a lugar algum e prejudicarão o<br />
relacionamento conjugal. O que fazer? Sustentar o<br />
compromisso solene assumido com o marido e ser forte<br />
para não se <strong>de</strong>ixar vencer por ciúmes e intrigas que passarão<br />
com o tempo. A <strong>mulher</strong> que sabe o que quer dirige o lar<br />
como um hábil marinheiro conduz um barco, por mais<br />
turbulentas que sejam as águas.<br />
Também às madrastas, um feliz Dia das Mães!<br />
<strong>Maria</strong> Helena Brito Izzo é terapeuta clínica e familiar.
04<br />
Palavra <strong>de</strong> Vida<br />
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu<br />
coração, com toda a tua alma e com todo o teu<br />
entendimento!” (Mt 22,37)<br />
A discussão sobre qual seria o primeiro <strong>de</strong>ntre os muitos<br />
mandamentos das Escrituras era um tema clássico nas escolas<br />
rabínicas no tempo <strong>de</strong> Jesus. Consi<strong>de</strong>rado um mestre, Jesus não<br />
se esquiva da pergunta que lhe dirigem a respeito: “Qual é o maior<br />
mandamento da lei?“ Ele respon<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira original, unindo<br />
amor a Deus e amor ao próximo. Seus discípulos jamais po<strong>de</strong>rão<br />
dissociar esses dois amores, assim como numa árvore não se<br />
po<strong>de</strong> separar a raiz da copa: quanto mais eles amarem a Deus,<br />
tanto mais intensificarão o amor aos<br />
irmãos e às irmãs; quanto mais<br />
amarem os irmãos e as irmãs, tanto<br />
mais aprofundarão o amor a Deus.<br />
Mais do que ninguém, Jesus sabe<br />
quem é realmente o Deus que<br />
<strong>de</strong>vemos amar e sabe como <strong>de</strong>ve ser<br />
amado: Ele é seu Pai e nosso Pai, seu<br />
Deus e nosso Deus (Jo 20, 17). É um<br />
Deus que ama a cada um<br />
pessoalmente, ama a mim, ama a você:<br />
é meu Deus, seu Deus (“Amarás o<br />
Senhor, teu Deus”).<br />
E nós po<strong>de</strong>mos amá-lo porque Ele<br />
nos amou primeiro: o amor que nos é<br />
preceituado é, portanto, uma resposta<br />
ao Amor. Po<strong>de</strong>mos dirigir-nos a Deus<br />
com a mesma confidência e confiança<br />
que Jesus tinha quando o chamava <strong>de</strong><br />
Abbá, Pai. Assim como Jesus, também nós po<strong>de</strong>mos falar<br />
frequentemente com Ele, expondo-lhe todas as nossas<br />
necessida<strong>de</strong>s, os propósitos, os projetos, reafirmando-lhe nosso<br />
amor exclusivo. Também nós esperamos com impaciência o<br />
momento <strong>de</strong> nos colocarmos em contato profundo com Ele<br />
mediante a oração, que é diálogo, comunhão, relação intensa <strong>de</strong><br />
amiza<strong>de</strong>. Nesses momentos po<strong>de</strong>mos dar vazão ao nosso amor:<br />
adorar a Deus por trás da criação; glorificá-lo presente em todo<br />
lugar, no universo inteiro; louvá-lo no fundo do nosso coração ou<br />
nos sacrários, on<strong>de</strong> Ele se encontra vivo; pensar Nele no lugar<br />
on<strong>de</strong> estamos, no quarto, no trabalho, no escritório, quando<br />
encontramos outras pessoas…<br />
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,<br />
com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”<br />
Jesus nos ensina também outro modo <strong>de</strong> amar o Senhor<br />
Deus. Para Jesus, amar significou cumprir a vonta<strong>de</strong> do Pai,<br />
colocando à disposição o entendimento, o coração, as energias,<br />
a própria <strong>vida</strong>: Ele entregou-se completamente ao projeto que o<br />
Pai lhe tinha reservado. O Evangelho nos apresenta Jesus sempre<br />
e totalmente voltado para o Pai (Jo 1, 18), sempre no Pai, sempre<br />
preocupado em dizer somente aquilo que tinha ouvido do Pai, a<br />
cumprir unicamente o que o Pai lhe mandara fazer. Também a<br />
nós Ele pe<strong>de</strong> a mesma coisa; amar significa fazer a vonta<strong>de</strong> do<br />
Amado, sem meios-termos, com todo o nosso ser: “… com todo o<br />
teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento”.<br />
Porque o amor não é apenas um sentimento. “Por que me<br />
Auto Elétrica Guaíra<br />
Fone/Fax: (67) 3416-5151<br />
Av. Weimar G. Torres, 3.260<br />
e-mail: elguaira@zaz.com.br<br />
chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo?” (Lc<br />
6, 46), pergunta Jesus a quem o ama somente com as palavras.<br />
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,<br />
com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!”<br />
Como, então, po<strong>de</strong>mos viver esse mandamento <strong>de</strong> Jesus?<br />
Sem dú<strong>vida</strong>, mantendo com Deus uma relação filial e <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>,<br />
mas, acima <strong>de</strong> tudo, fazendo o que Ele<br />
quer. Nossa atitu<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> Deus,<br />
como a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus, será:<br />
estarmos sempre voltados para o Pai,<br />
à sua escuta, na obediência, para<br />
realizar a obra Dele, somente ela e<br />
nada mais.<br />
Nisso nos é solicitado o maior<br />
radicalismo, porque não se po<strong>de</strong> dar a<br />
Deus menos do que tudo: todo o<br />
coração, toda a alma, todo o<br />
entendimento. E isso significa fazer<br />
bem, integralmente, aquela<br />
<strong>de</strong>terminada ação que Ele nos pe<strong>de</strong>.<br />
Para vivermos sua vonta<strong>de</strong> e nos<br />
amoldarmos a ela, muitas vezes será<br />
necessário queimar nossa vonta<strong>de</strong>,<br />
sacrificando tudo o que temos no<br />
coração ou na mente, mas que não diz<br />
respeito ao momento presente. Po<strong>de</strong> ser uma i<strong>de</strong>ia, um<br />
sentimento, um pensamento, um <strong>de</strong>sejo, uma lembrança, um<br />
objeto, uma pessoa…<br />
Assim nos projetamos unicamente naquilo que <strong>de</strong>vemos fazer<br />
no momento presente. Falar, telefonar, escutar, ajudar, estudar,<br />
rezar, comer, dormir, viver a vonta<strong>de</strong> Dele sem ficar divagando;<br />
realizar ações completas, límpidas, perfeitas, com todo o coração,<br />
a <strong>vida</strong>, o entendimento; ter como único estímulo <strong>de</strong> cada ação o<br />
amor, a ponto <strong>de</strong> dizer, em cada momento do dia: “Sim, meu Deus,<br />
neste nesse instante, nessa ação, eu te amei com todo o coração,<br />
com todo o meu ser”. Só assim po<strong>de</strong>remos dizer que amamos a<br />
Deus, que retribuímos o seu “ser Amor para conosco”.<br />
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,<br />
com toda a tua <strong>vida</strong> e com todo o teu entendimento!”<br />
Para viver esta Palavra <strong>de</strong> Vida, será útil nos analisarmos,<br />
<strong>de</strong> tempos em tempos, para ver se Deus realmente ocupa o<br />
primeiro lugar em nossa alma.<br />
Para concluir, o que <strong>de</strong>vemos fazer neste mês? Escolher<br />
novamente Deus como único i<strong>de</strong>al, como o tudo <strong>de</strong> nossa <strong>vida</strong>,<br />
recolocando-o no primeiro lugar, vivendo com perfeição sua<br />
vonta<strong>de</strong>, (será aqui?) no momento presente. Devemos po<strong>de</strong>r dizerlhe<br />
sinceramente: “Meu Deus e meu tudo”; “Eu te amo”; “Sou<br />
inteiramente teu, inteiramente tua”; “És Deus, és meu Deus, o<br />
nosso Deus <strong>de</strong> amor infinito!”<br />
Centro <strong>de</strong> Integração do<br />
Adolescente “Dom Alberto”<br />
Confecções em Geral, Malharia e Serigrafia<br />
Fone: (67) 3422-2642 / 3421-9274<br />
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Chiara Lubich<br />
Testemunho <strong>de</strong> Vida<br />
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Maio/2011<br />
“Nossa filha sequer<br />
nos reconhecia!”<br />
“No dia 3 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2007,<br />
recebi um telefonema às 23h,<br />
avisando que minha filha<br />
Roseane estava no hospital,<br />
pois ao sair do trabalha ela<br />
havia sido atropelada<br />
por uma moto.<br />
Meu marido e eu<br />
fomos rapidamente ao<br />
hospital e encontramos<br />
nossa filha totalmente<br />
transtornada e agitada,<br />
sequer nos reconhecia. O médico <strong>de</strong> plantão disse<br />
que isso era normal porque ela havia batido a<br />
cabeça. Era horrível ver nossa filha naquele<br />
estado.<br />
Ficamos muito preocupados e pedimos ao<br />
médico a transferência <strong>de</strong> Roseane para outro<br />
hospital, com mais recursos.<br />
O estado <strong>de</strong> Roseane era muito grave; ela foi<br />
submetida a uma tomografia que constatou que<br />
ela estava com traumatismo craniano e vários<br />
coágulos no cérebro. Ela precisava com urgência<br />
<strong>de</strong> uma cirurgia. Começamos a rezar e a pedir a<br />
Deus e Nossa Senhora Aparecida que<br />
iluminassem as mãos do cirurgião que operaria<br />
minha filha. Depois <strong>de</strong> 5 horas <strong>de</strong> cirurgia o médico<br />
nos chamou e disse que tinha feito tudo o que era<br />
possível, mas ela continuava em estado grave e<br />
com hemorragia.<br />
Fomos para casa e continuamos rezando<br />
muito pela <strong>vida</strong> <strong>de</strong> Roseane. Segundo os médicos<br />
não era possível precisar como e quando<br />
acordaria. Po<strong>de</strong>ria ser em dois dias ou dois meses.<br />
Todos os dias íamos ao hospital, mas ela<br />
continuava <strong>de</strong>sacordada. No terceiro dia <strong>de</strong> visita<br />
ela teve uma pequena melhora e mexeu os <strong>de</strong>dos<br />
da mão. No domingo <strong>de</strong> Páscoa minha filha abriu<br />
os olhos e começou a conversar comigo; num<br />
primeiro momento ela não me reconheceu e<br />
perguntava quem eu era. Fui explicando, falando<br />
<strong>de</strong> seus irmãos, parentes e pouco a pouco ela foi<br />
lembrando das coisas.<br />
Minha filha ficou mais 9 dias internada e<br />
<strong>de</strong>pois teve alta. Alcançamos uma gran<strong>de</strong> graça:<br />
voltamos para casa com ela bem e sem nenhuma<br />
sequela do aci<strong>de</strong>nte.”<br />
Iracema Domingues <strong>de</strong> Faria Giomo,<br />
Socorro - SP<br />
Bocchi Armazéns Gerais Ltda.<br />
Fone: (67) 3452-7112<br />
bocchiarmazem@bocchi.com.br
Maio/2011 05<br />
Círculos Bíblicos para o mês <strong>de</strong> Maio<br />
1º Encontro - “Os discípulos alegram-se ao ver o Senhor”<br />
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Flores,<br />
Bíblia, imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, vela e<br />
símbolos da Paz.<br />
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém<br />
da casa) Irmãos e Irmãs! Que alegria<br />
acolher cada um <strong>de</strong> vocês hoje em nossa<br />
casa. Sintam-se bem! Unânimes com <strong>Maria</strong>,<br />
mãe <strong>de</strong> Jesus e nossa mãe, acolhamo-nos<br />
mutuamente com um abraço fraterno.<br />
ANIMADOR/A: Celebrando hoje a<br />
primeira semana do mês <strong>de</strong> maio, somos<br />
con<strong>vida</strong>dos a caminhar com <strong>Maria</strong>, nossa<br />
mãe, discípula do Ressuscitado. Ela que<br />
com amor humano embalou o filho <strong>de</strong><br />
Deus, oferecendo-o para toda a<br />
humanida<strong>de</strong>. Invoquemos a sua presença,<br />
junto á Santíssima Trinda<strong>de</strong>, cantando: Em<br />
nome do Pai, em nome do Filho, em nome<br />
do Espírito Santo.....<br />
LEITOR/A 1: O gran<strong>de</strong> presente oferecido<br />
por Jesus aos discípulos, após sua<br />
ressurreição é a alegria,através da<br />
expressão “A Paz esteja convosco!”. Como<br />
o Pai me enviou, eu também vos envio. E<br />
na disposição e alegria <strong>de</strong> sermos<br />
discípulos, cantemos: Eis-me aqui<br />
Senhor....<br />
LEITOR/A 2: Jesus estava <strong>de</strong> pé no meio<br />
dos discípulos. Estar <strong>de</strong> pé é a posição da<br />
ressurreição. É como se dissesse: “Se eu<br />
vim ao mundo para trazer a paz, vós<br />
também sereis meus discípulos se<br />
levar<strong>de</strong>s a paz a todos.”<br />
Cantemos: Eis-me aqui Senhor....<br />
LEITOR/A 3: A paz que Jesus nos pe<strong>de</strong>,<br />
não é a paz dos acomodados, mas a paz<br />
que provoca solidarieda<strong>de</strong>, justiça,<br />
liberda<strong>de</strong>, alegria, partilha, fraternida<strong>de</strong>.<br />
TODOS: Como discípulos e discípulas<br />
sejamos semeadores da verda<strong>de</strong>ira paz<br />
em todo o nosso planeta Terra.<br />
LEITOR/A 4: A paz verda<strong>de</strong>ira só acontece<br />
quando, a exemplo <strong>de</strong> Jesus e com sua<br />
graça, transformamos cada momento <strong>de</strong><br />
nossa <strong>vida</strong> numa nova ressurreição, a<br />
exemplo dos seus discípulos.<br />
LEITOR/A 5: A alegria da ressurreição<br />
exige <strong>de</strong> todos nós um engajamento na<br />
história real, exige que sejamos solidários<br />
com a humanida<strong>de</strong>.<br />
LEITOR/A 6: Toda ação <strong>de</strong> morte é<br />
contrária a paz. Vencê-la com a alegria da<br />
Ressurreição e a expressão mais fácil e<br />
necessária à <strong>vida</strong> <strong>de</strong> cada cristão, discípulo<br />
missionário.<br />
ANIMADOR/A : Os discípulos estavam<br />
fechados e com medo; o medo impe<strong>de</strong> o<br />
anuncio e o testemunho. Jesus é o<br />
libertador <strong>de</strong> todos os nossos medos<br />
mostrando-nos que o amor doado é sinal<br />
<strong>de</strong> vitória e alegria.<br />
TODOS (cantando): E pelo mundo eu<br />
vou/ cantando o teu amor, pois<br />
disponível estou/ para servir-te, Senhor.<br />
ANIMADOR/A: A oração do Salmo 99 nos<br />
con<strong>vida</strong> a aclamar e a servir ao Senhor com<br />
alegria. Em dois coros rezemos:<br />
LADO A: Terra inteira, aclame a Javé!<br />
Sirva a Javé com alegria, e vá até ele com<br />
gritos jubilosos!<br />
LADO B: Saiba que somente Javé é Deus.<br />
Ele nos fez e a ele pertencemos.<br />
Somos seu povo e ovelhas do seu rebanho.<br />
LADO A: Entrem por suas portas dando<br />
graças,<br />
Com cantos <strong>de</strong> louvor em seus átrios,<br />
Celebrem a ele e bendigam o seu nome.<br />
LADO B: Sim, Javé é bom!<br />
O seu amor é para sempre<br />
E sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração em geração.<br />
ANIMADOR/A: Preparemo-nos para<br />
acolher a mensagem <strong>de</strong> Deus que vem a<br />
nós hoje através do Evangelho.<br />
Para isso cantemos: É como chuva que<br />
lava, é como o fogo que arrasa, Tua<br />
Palavra é assim não passa por mim sem<br />
<strong>de</strong>ixar um sinal.<br />
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 20,19-31<br />
Proclamar o Evangelho pausadamente.<br />
Deixar um momento <strong>de</strong> silêncio<br />
para reflexão pessoal. A seguir partilhar<br />
palavras ou versículos do Evangelho que<br />
mais tocou o coração <strong>de</strong> cada um/a.<br />
“Os discípulos alegraram-se ao ver<br />
o Senhor”<br />
O texto apresenta três cenas:<br />
Primeira – O encontro <strong>de</strong> Jesus com os<br />
discípulos no primeiro dia da semana, dia<br />
da assembleia dominical, o Espírito <strong>de</strong> Deus<br />
é dado pelo ressuscitado, para renovar os<br />
homens, purificando-os do pecado.<br />
Segunda – O encontro com Tomé. Este<br />
é aqui um símbolo dos cristãos <strong>de</strong> todas as<br />
épocas. Representa aquelas que não<br />
confiam na comunida<strong>de</strong> e nem nos sinais<br />
da <strong>vida</strong> nova que nele se manifestam. É<br />
colocada na boca <strong>de</strong>sse apóstolo a típica<br />
profissão <strong>de</strong> fé da comunida<strong>de</strong> cristã <strong>de</strong><br />
qualquer época. Meu Senhor e meu Deus.<br />
Terceira – O encerramento dos<br />
episódios da <strong>vida</strong>, paixão, morte e<br />
ressurreição <strong>de</strong> Jesus.<br />
A finalida<strong>de</strong> é levar os leitores á fé em<br />
Jesus, reconhecendo-o como Messias,<br />
Filho <strong>de</strong> Deus, e para que, continuando a<br />
crer, vivam a <strong>vida</strong> autêntica, inseridos na<br />
missão <strong>de</strong> Jesus que é testemunhar o amor.<br />
Por fim, a primeira comunida<strong>de</strong> teve o<br />
privilégio <strong>de</strong> ver e perceber o ressuscitado,<br />
as gerações posteriores <strong>de</strong>verão crer pelo<br />
testemunho da fé.<br />
PARA REFLETIR E PARTILHAR<br />
A Paz que recebemos <strong>de</strong> Deus, nós<br />
<strong>de</strong>sejamos aos outros, como?<br />
Sentimo-nos enviados por Deus? Para quê?<br />
MOMENTO DE ORAÇÃO<br />
ANIMADOR/A; Os discípulos alegraramse<br />
ao ver o Senhor expressemos também<br />
a nossa alegria pela presença do<br />
ressuscitado que vive entre nós.<br />
LEITOR/A 7: Obrigado Senhor pela Paz <strong>de</strong><br />
vós recebida em nossas famílias em<br />
nossas comunida<strong>de</strong>s.<br />
TODOS: Obrigado, Senhor!<br />
LEITOR/A 8: Obrigado Senhor por nos ter<br />
confiado a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sermos<br />
teus discípulos missionários nesta<br />
realida<strong>de</strong> em que vivemos.<br />
TODOS: Obrigado, Senhor!<br />
LEITOR/A 9: Obrigado Senhor, pelos<br />
promotores da verda<strong>de</strong>ira paz no mundo,<br />
em nossa socieda<strong>de</strong> e em nossa<br />
comunida<strong>de</strong>.<br />
TODOS: Obrigado, Senhor!<br />
LEITOR/A 10: Obrigado Senhor, pelas<br />
li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong> nossas comunida<strong>de</strong>s que<br />
gastam o seu tempo para semear o bem,<br />
a fraternida<strong>de</strong> e o amor no coração <strong>de</strong><br />
vossos filhos e filhas.<br />
TODOS: Obrigado, Senhor!<br />
Segue outras orações espontâneas.<br />
ANIMADOR/A: Rezemos uma <strong>de</strong>zena do<br />
terço, invocando a proteção <strong>de</strong> <strong>Maria</strong> para<br />
toda a humanida<strong>de</strong>, se<strong>de</strong>nta <strong>de</strong> Paz.<br />
(Pai Nosso, <strong>de</strong>z Ave <strong>Maria</strong>, Glória).<br />
ORAÇÃO E BÊNÇÃO FINAL<br />
ANIMADOR/A: Peçamos ao Senhor que<br />
nos abençoe e por intercessão <strong>de</strong> <strong>Maria</strong>,<br />
nos dê a Paz.<br />
Canto: dai-nos a bênção, Ó Mãe querida<br />
Nossa Senhora Aparecida (bis).<br />
1. Sob este manto do azul do céu,<br />
Guardai-nos sempre no amor <strong>de</strong> Deus!<br />
2. Eu me consagro ao vosso amor,<br />
Ó mãe querida do Salvador!<br />
3. Sois nossa <strong>vida</strong>, sois nossa Luz,<br />
Ó Mãe querida do meu Jesus!<br />
Combinar local, horário para o próximo<br />
encontro.<br />
Compromisso para a semana:<br />
Fazer contato com pessoas que<br />
ainda não fazem parte <strong>de</strong> nossa pequena<br />
comunida<strong>de</strong>, con<strong>vida</strong>ndo-as para<br />
caminhar conosco.
06<br />
2º Encontro - “O Ressuscitado nos ensina o caminho da <strong>vida</strong>”<br />
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />
flores, terço, imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora,<br />
fotografias <strong>de</strong> algumas mães.<br />
PALAVRAS DE BOAS<br />
VINDAS: Alguém da família<br />
acolhe a todos criando um<br />
clima <strong>de</strong> bem estar,<br />
possibilitando as condições<br />
para um encontro consigo<br />
mesmo, com Deus e com os<br />
irmãos. Con<strong>vida</strong> os<br />
presentes a saudarem com o<br />
abraço fraterno.<br />
ANIMADOR/A: Irmãos!<br />
Irmãs! Que bom estarmos<br />
aqui reunidos em<br />
comunida<strong>de</strong> para juntos celebrarmos a<br />
presença do Ressuscitado que nos ensina<br />
o caminho da <strong>vida</strong>. Iniciemos o nosso<br />
encontro cantando o sinal que nos i<strong>de</strong>ntifica<br />
como cristãos.<br />
Em nome do Pai...<br />
ANIMADOR/A: Hoje somos con<strong>vida</strong>dos a<br />
rezar por todas as mães, as que vivem<br />
conosco e as que já partiram para a<br />
eternida<strong>de</strong>. Com <strong>Maria</strong>, nossa mãe e mãe<br />
da humanida<strong>de</strong>, Jesus ressuscitado nos<br />
ensina o caminho da <strong>vida</strong>.<br />
TODOS: Como os discípulos no caminho<br />
<strong>de</strong> Emaús dizemos: “Fique conosco,<br />
Senhor, hoje e sempre.”<br />
LEITOR/A 1: Ouvir a narração dos discípulos<br />
<strong>de</strong> Emaús é ocasião <strong>de</strong> encontrar <strong>de</strong> novo o<br />
ressuscitado que caminha conosco e nos dá<br />
força para continuar a nossa caminhada com<br />
Ele e em comunida<strong>de</strong>.<br />
LEITOR/A 2: A sua presença na Palavra,<br />
na Eucaristia e nos irmãos e irmãs faz ar<strong>de</strong>r<br />
o nosso coração e nos alimenta para<br />
anunciá-lo com nossa <strong>vida</strong>, nosso<br />
testemunho e nossas ações concretas.<br />
TODOS (cantando): Fique conosco<br />
Senhor; é tar<strong>de</strong> e a noite já vem. Fique<br />
conosco Senhor, somos teus seguidores<br />
também.<br />
LEITOR/A 3: No relato dos discípulos <strong>de</strong><br />
Emaús, Lucas nos mostra como o Senhor<br />
ressuscitado está presente ainda hoje em<br />
nossa <strong>vida</strong> e em nosso caminhar, e como<br />
po<strong>de</strong>mos encontrá-lo.<br />
TODOS: On<strong>de</strong> está então? Ele está pelas<br />
estradas do mundo,indo <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> em<br />
cida<strong>de</strong> até que o seu reinado não chegue<br />
para todos. Está a procura da ovelha<br />
perdida, porque o Pai não quer que<br />
ninguém se perca.<br />
LEITOR/A 4: Os dois<br />
peregrinos são símbolo <strong>de</strong><br />
todos nós. De fato,<br />
mudamos o coração, o<br />
semblante e o caminho<br />
quando encontramos o<br />
vivente na mesa da<br />
Palavra e do Pão.<br />
TODOS: Ele se<br />
movimenta para<br />
transformar o <strong>de</strong>sânimo<br />
em esperança, as<br />
guerras e violências em<br />
gestos <strong>de</strong> paz,<br />
solidarieda<strong>de</strong> e <strong>vida</strong> em abundância.<br />
LEITOR/A 6: O Ressuscitado se aproxima<br />
<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong> nós como se aproximou<br />
dos dois viandantes <strong>de</strong> Emaús para<br />
transformá-los em peregrinos e<br />
missionários. Pisa os passos da nossa<br />
<strong>de</strong>cepção e da nossa esperança, da nossa<br />
mente e da nossa <strong>vida</strong>. Encontra-nos no<br />
nosso caminho, associa-nos ao seu<br />
caminho, fica conosco nas nossas<br />
paradas e em nosso peregrinar.<br />
ANIMADOR/A: Em nosso itinerário <strong>de</strong> fé<br />
não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> alimentar e<br />
fortalecer nossa <strong>vida</strong> com a Palavra <strong>de</strong><br />
Deus. Ela nos aponta o caminho, nos<br />
questiona, nos converte e nos traz<br />
esperanças.<br />
Preparemo-nos para acolher a Palavra,<br />
cantando: Aleluia, alegria minha gente,<br />
aleluia, aleluia. O Senhor ressuscitou,<br />
minha gente. Ele está vivo em nosso<br />
meio, aleluia.<br />
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: LC 24,13-35<br />
Proclamar o Evangelho e <strong>de</strong>ixar<br />
alguns momentos <strong>de</strong> silêncio para<br />
interiorização. A seguir, con<strong>vida</strong>r os que<br />
<strong>de</strong>sejarem a <strong>de</strong>stacar brevemente alguma<br />
frase ou mensagem.<br />
“Jesus caminha conosco”<br />
A ressurreição <strong>de</strong> Jesus é que torna<br />
possível a existência da comunida<strong>de</strong> e a<br />
missão cristã não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do esforço<br />
humano, mas da presença viva do Senhor<br />
ressuscitado nessa comunida<strong>de</strong>.<br />
Como ressuscitado, o Senhor continua<br />
servindo: isso mostra que ele está<br />
presente. É servindo que manifestamos e<br />
reconhecemos a presença <strong>de</strong> Cristo entre<br />
nós e garantimos o milagre da unida<strong>de</strong>, da<br />
abundância e da igualda<strong>de</strong> no amor.<br />
Jesus sempre caminha conosco, e<br />
sempre estará ao nosso lado par anos fazer<br />
enten<strong>de</strong>r cada situação <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, até<br />
aquelas mais difíceis.<br />
PARA REFLETIR E PARTILHAR:<br />
- Percebemos que Jesus caminha ao nosso<br />
lado constantemente? Dê exemplos<br />
concretos.<br />
- Comprometemo-nos em anunciar esta<br />
verda<strong>de</strong> ás pessoas que se encontram<br />
afastados da <strong>vida</strong> em comunida<strong>de</strong>? Como?<br />
MOMENTO DE ORAÇÃO<br />
ANIMADOR/A: Na presença do<br />
Ressuscitado, o sepulcro dos nossos<br />
medos e angustias se abre á Paz e a alegria<br />
do anúncio. A palavra que se tornou carne<br />
em Jesus, agora nos anima e nos<br />
impulsiona a continuar a missão do mestre.<br />
Confiantes façamos nossas preces:<br />
PRECES<br />
LEITOR/A 7: Para que como discípulos<br />
missionários prossigamos confiantes em<br />
Jesus que faz caminho conosco, mesmo<br />
quando somos lentos para reconhecer a<br />
sua presença. Rezemos ao Senhor:<br />
TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />
LEITOR/A 8: Por todas as pessoas que se<br />
encontram afastadas da caminhada e da<br />
<strong>vida</strong> em comunida<strong>de</strong>, para que sejam<br />
Maio/2011<br />
<strong>de</strong>spertadas para a retomada <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong><br />
cristã entre nós. Rezamos ao Senhor:<br />
TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />
LEITOR/A 9: Por todas as mães aqui<br />
presentes, as <strong>de</strong> nossas comunida<strong>de</strong>s e<br />
principalmente aquelas que mais sofrem ou<br />
passam por alguma dificulda<strong>de</strong>, para que<br />
confiem na presença do Deus que caminha<br />
ao nosso lado sempre. Rezemos ao<br />
Senhor:<br />
TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />
LEITOR/A 10: Para que as pequenas<br />
comunida<strong>de</strong>s se tornem cada vez mais<br />
terreno fértil on<strong>de</strong> Deus faça germinar a<br />
Boa Semente da palavra e da partilha.<br />
Rezemos ao Senhor:<br />
TODOS: Senhor, aten<strong>de</strong>i a nossa prece.<br />
ANIMADOR/A: Irmão e Irmãs! Temos<br />
certeza <strong>de</strong> pertencer a Cristo, pois a nossa<br />
<strong>vida</strong> é por ele orientada e conduzida.<br />
Entretanto, somos frágeis, inconstantes e<br />
as forças contrárias po<strong>de</strong>m nos <strong>de</strong>sviar do<br />
caminho. <strong>Maria</strong> é a garantia <strong>de</strong> que,<br />
seguindo a Palavra <strong>de</strong> Deus, chegaremos<br />
a Ele. Consagramos a ela nossa <strong>vida</strong> e a<br />
<strong>vida</strong> <strong>de</strong> todas as mães, principalmente as<br />
que mais sofrem.<br />
TODOS: Ó minha Senhora, ó minha Mãe,<br />
eu me ofereço todo a vós e em prova <strong>de</strong><br />
minha <strong>de</strong>voção para convosco, vos<br />
consagro nesta noite, os meus olhos, os<br />
meus ouvidos, minha boca, meu coração<br />
e todo o meu ser. E já que sou vosso, ó<br />
incomparável Mãe, guardai-me e<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>i-me como filho e proprieda<strong>de</strong><br />
vossa. Amém.<br />
BÊNÇÃO FINAL<br />
ANIMADOR/A: Nosso Senhor Jesus Cristo<br />
esteja perto <strong>de</strong> nós para nos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r;<br />
esteja em nosso coração para nos<br />
conservar, que Ele seja o nosso guia para<br />
nos conduzir, que nos acompanhe para nos<br />
guardar, olhe par anos e <strong>de</strong>rrame a sua<br />
bênção Ele que vive e reina na unida<strong>de</strong> do<br />
Espírito Santo. Amém.<br />
Combinar data, local e horário para o<br />
próximo encontro. Distribuir tarefas.<br />
Compromisso para a semana:<br />
Combinar com os participantes <strong>de</strong><br />
sua pequena comunida<strong>de</strong>, a realização<br />
<strong>de</strong> alguma visita durante a semana. Ex:<br />
visitar uma pessoa doente da<br />
comunida<strong>de</strong> ou alguém que está necessitando<br />
do nosso apoio e encorajamento.
Maio/2011 07<br />
A Igreja é Notícia<br />
Beatificação <strong>de</strong> João Paulo II<br />
A bênção João <strong>de</strong> Deus, nosso povo te<br />
abraça! Assim cantamos quando o Papa João<br />
Paulo II esteve no Brasil pela primeira vez. E<br />
agora ele é plenamente João <strong>de</strong> Deus, pois está<br />
em sua glória. No dia 2 <strong>de</strong> abril completou seis<br />
anos <strong>de</strong> falecimento do Papa João Paulo II, que<br />
governou a Santa Igreja <strong>de</strong> 1978 a 2005, e, no<br />
dia 1º <strong>de</strong> maio, dia da Divina Misericórdia, ele<br />
será beatificado. Certamente, todos aqueles que<br />
viveram sob seu pontificado <strong>de</strong> alguma forma<br />
foram tocados pelas suas palavras e seus<br />
gestos.<br />
No seu primeiro discurso (1978), João<br />
Paulo II disse: “assim me apresento a vós todos<br />
para confessar a nossa fé comum, nossa<br />
esperança, a nossa confiança na Mãe <strong>de</strong> Cristo<br />
e da Igreja, e também para começar <strong>de</strong> novo<br />
nesta estrada da história e da Igreja, com a ajuda<br />
<strong>de</strong> Deus e com a ajuda dos homens”. Suas<br />
primeiras palavras como Papa resumem sua<br />
gran<strong>de</strong> confiança em Deus, na Mãe <strong>de</strong> Cristo<br />
e, <strong>de</strong> modo muito particular, nos homens”. Sua<br />
preocupação era com cada pessoa, e seu<br />
<strong>de</strong>sejo mais profundo era “levar Cristo ao<br />
homem e escancarar no homem as portas para<br />
Cristo”, pois Ele “é a esperança da<br />
humanida<strong>de</strong>... é a notícia nova e que traz a<br />
alegria, que a Igreja cada dia anuncia e<br />
testemunha a todos os homens”.<br />
Para João Paulo II, a Igreja existe para o<br />
homem, e não o homem para a Igreja. Ela é o<br />
<strong>instrumento</strong> <strong>de</strong> <strong>salvação</strong> expresso por Deus<br />
para a <strong>salvação</strong> da humanida<strong>de</strong>. Sua função é<br />
“dirigir o olhar do homem, en<strong>de</strong>reçar a<br />
consciência e a experiência <strong>de</strong> toda a<br />
humanida<strong>de</strong> para o mistério <strong>de</strong> Cristo, ajudar<br />
todos os homens a ter familiarida<strong>de</strong> com a<br />
profundida<strong>de</strong> da Re<strong>de</strong>nção que se verifica em<br />
Cristo Jesus” (Re<strong>de</strong>mptor hominis, 10).<br />
Essas i<strong>de</strong>ias partem <strong>de</strong> uma visão integral<br />
do homem, que realça todas as suas<br />
Limite da Proprieda<strong>de</strong> da Terra<br />
De acordo com o Fórum Nacional pela<br />
Reforma Agrária e Justiça no Campo –<br />
composto por 54 entida<strong>de</strong>s e que conta<br />
também com o apoio oficial das Pastorais<br />
Sociais da Conferência Nacional dos Bispos<br />
do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional das<br />
Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) -, meio milhão<br />
<strong>de</strong> pessoas votaram SIM no Plebiscito Popular<br />
sobre o Limite da Proprieda<strong>de</strong> da Terra. O<br />
Plebiscito foi realizado em setembro <strong>de</strong> 2010<br />
em 23 Estados brasileiros e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral<br />
e reuniu 519,6 mil participantes. O assunto foi<br />
ignorado por todos os gran<strong>de</strong>s veículos <strong>de</strong><br />
comunicação <strong>de</strong> massa.<br />
Para as entida<strong>de</strong>s organizadoras do<br />
Plebiscito Popular, mais importante do que a<br />
votação é o fato <strong>de</strong> que o tema suscitou, e<br />
dimensões, evi<strong>de</strong>nciando sua dignida<strong>de</strong>,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sexo, raça ou<br />
religião. É uma pessoa encarnada no mundo,<br />
na história, na socieda<strong>de</strong>; que nasce e se forma<br />
sobretudo na família.<br />
João Paulo II cultivava uma intensa e<br />
profunda espiritualida<strong>de</strong>. Dois eram os traços<br />
distintivos da sua espiritualida<strong>de</strong>: a <strong>de</strong>voção a<br />
Jesus Cristo e a <strong>Maria</strong>. Existia um duplo totus<br />
tuus (todo teu) no papa: antes <strong>de</strong> tudo, o totus<br />
tuus a Jesus Cristo, do qual proce<strong>de</strong> a nossa<br />
<strong>salvação</strong>; e <strong>de</strong>pois um totus tuus a <strong>Maria</strong>, pela<br />
qual nutria um sentimento verda<strong>de</strong>iramente filial.<br />
Gran<strong>de</strong> advogado da causa da <strong>vida</strong><br />
humana, João Paulo II sentiu por impulso natural<br />
uma autêntica predileção pelas expressões da<br />
<strong>vida</strong>: pela <strong>mulher</strong>, que leva no ventre a <strong>vida</strong>; pelas<br />
crianças, primeiro florescer da <strong>vida</strong>; pelos jovens,<br />
expressão exaltadora da <strong>vida</strong>, esperança e futuro<br />
da humanida<strong>de</strong>.<br />
Lembramos ainda hoje o clamor do povo,<br />
<strong>de</strong> modo particular os jovens, na Praça São<br />
Pedro: Santo subito! (Santo já!, em italiano). O<br />
grito da multidão testava a fama <strong>de</strong> santida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sse homem <strong>de</strong> Deus. Em recente comentário,<br />
o Padre Fe<strong>de</strong>rico Lombardi, diretor da Sala <strong>de</strong><br />
Imprensa da Santa Sé, referiu-se a João Paulo<br />
II como uma “gran<strong>de</strong> testemunha da doença<br />
vi<strong>vida</strong> na fé. A maneira como ele viveu – para si<br />
e para nós – é uma das principais razões pelas<br />
quais estamos convencidos <strong>de</strong> sua santida<strong>de</strong>.<br />
Como Jesus, que carrega a cruz, ele<br />
também é um gran<strong>de</strong> amigo e <strong>de</strong>fensor <strong>de</strong> todos<br />
os doentes”. A beatificação <strong>de</strong> João Paulo II, pelas<br />
normas atuais da Igreja, é sem dú<strong>vida</strong><br />
extraordinária. Normalmente, um processo <strong>de</strong><br />
canonização é aberto cinco anos após a morte<br />
do candidato, mas, no caso <strong>de</strong> João Paulo II, o<br />
Papa Bento XVI dispensou o cumprimento <strong>de</strong>sse<br />
prazo e autorizou a sua abertura imediata.<br />
Val<strong>de</strong>ci Toledo - Revista Ave <strong>Maria</strong><br />
continua a suscitar, <strong>de</strong>bates em universida<strong>de</strong>s,<br />
escolas, igrejas e outros espaços públicos,<br />
abrindo caminho para levar a toda a socieda<strong>de</strong><br />
o conhecimento da realida<strong>de</strong> agrária brasileira,<br />
marcada por uma enorme concentração da<br />
proprieda<strong>de</strong>, que resulta em miséria e violência<br />
no campo. A gran<strong>de</strong> participação no Plebiscito<br />
Popular po<strong>de</strong>ria servir <strong>de</strong> indicativo à<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se realizar um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate<br />
nacional e um Plebiscito Oficial para consultar<br />
a população sobre o estabelecimento <strong>de</strong> um<br />
limite à proprieda<strong>de</strong> da terra.<br />
De acordo com o IBGE, em todo o Brasil,<br />
46.911 proprieda<strong>de</strong>s rurais com mais <strong>de</strong> mil<br />
hectares (0,91% do total) concentram 44,42%<br />
<strong>de</strong> toda a área dos estabelecimentos<br />
agropecuários.<br />
Aconteceu em Itaici – SP, nos dias 07 à<br />
10 <strong>de</strong> abril passado, a IX Assembleia<br />
Nacional dos Diáconos.<br />
Estiveram presentes 280 diáconos, <strong>de</strong><br />
quase todos os Estados do Brasil, algumas<br />
esposas e alguns candidatos ao diaconato,<br />
também compareceram alguns sacerdotes,<br />
algumas religiosas e 02 Bispos. Hoje existem<br />
no Brasil cerca <strong>de</strong> 2500 diáconos.<br />
O tema central da Assembleia foi, A<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do ser diaconal, e o lema: Um só<br />
corpo, um só espirito, uma só esperança. O<br />
estudo <strong>de</strong>senvolveu-se com assessoria <strong>de</strong><br />
Dom Sérgio, Arcebispo <strong>de</strong> Terezina – PI, Pe.<br />
Reginaldo Lima, Secretário Executivo da<br />
CMOVC/CNBB e o Diácono Duran y Duran,<br />
ex-presi<strong>de</strong>nte da Comissão Nacional dos<br />
Diáconos, no método, ver, julgar e agir,<br />
partindo do Documento <strong>de</strong> Aparecida,<br />
aprofundando a Teologia do Diaconato.<br />
Foi divulgado e incentivado a<br />
Casa <strong>de</strong> Carne Rosa<br />
Fone: (67) 3461-1273<br />
Rua Aparecido Rosa, 110<br />
Naviraí - MS<br />
Oração pelas Vocações<br />
O 48.º Dia Mundial <strong>de</strong> Oração pelas<br />
Vocações, que será celebrado em 15 <strong>de</strong> Maio<br />
<strong>de</strong> 2011, no quarto Domingo <strong>de</strong> Páscoa,<br />
con<strong>vida</strong>-nos a refletir sobre o tema: «Propor<br />
as vocações na Igreja local». Há sessenta<br />
anos, o Venerável Papa Pio XII instituiu a<br />
Pontifícia Obra para as Vocações<br />
Sacerdotais. Depois, em muitas dioceses,<br />
foram fundadas obras semelhantes,<br />
animadas por sacerdotes e leigos,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo ao convite do Bom Pastor,<br />
quando, «ao ver as multidões, encheu-Se <strong>de</strong><br />
compaixão por elas, por andarem fatigadas<br />
e abatidas como ovelhas sem pastor» e<br />
disse: «A messe é gran<strong>de</strong>, mas os<br />
trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao<br />
dono da messe que man<strong>de</strong> trabalhadores<br />
Diáconos em Itaici<br />
participação <strong>de</strong> <strong>de</strong>legados dos diáconos no II<br />
Congresso Latinoamericano e Caribenho <strong>de</strong><br />
Diáconos em Itaici, que ocorrerá no último final<br />
<strong>de</strong> semana <strong>de</strong> maio.<br />
No último dia da Assembleia foi realizada<br />
a eleição da nova coor<strong>de</strong>nação da Comissão<br />
Nacional dos Diáconos, <strong>de</strong>ixou a coor<strong>de</strong>nação<br />
o Diácono Odélcio e assumiu o Diácono Zeno.<br />
Da Diocese <strong>de</strong> Dourados esteve presente<br />
o Diácono Alceu representando os diáconos.<br />
Dia Mundial das Comunicações<br />
A mensagem para o 45º Dia Mundial das<br />
Comunicações Sociais, do Papa Bento XVI,<br />
para o ano <strong>de</strong> 2011, traz o tema “Verda<strong>de</strong>,<br />
anúncio e autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, na era digital”.<br />
O Papa pe<strong>de</strong> que as novas formas <strong>de</strong><br />
comunicação sejam utilizadas pensando no<br />
bem comum, <strong>de</strong>stacando a verda<strong>de</strong> na atuação<br />
dos participantes das re<strong>de</strong>s sociais e<br />
principalmente o papel dos jovens na era digital.<br />
O Papa Bentos XVI diz que “as novas<br />
tecnologias permitem que as pessoas se<br />
encontrem para além dos confins do espaço e<br />
das próprias culturas, inaugurando <strong>de</strong>ste modo<br />
todo um novo mundo <strong>de</strong> potenciais amiza<strong>de</strong>s”.<br />
Por fim, o Papa <strong>de</strong>staca que não po<strong>de</strong>mos<br />
esquecer que o contato virtual não po<strong>de</strong> nem<br />
<strong>de</strong>ve substituir o encontro humano direto com<br />
as pessoas. Que nosso compromisso como<br />
discípulos missionários nos leve à verda<strong>de</strong>, ao<br />
anúncio e à autenticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>vida</strong> na era digital.<br />
Em sua mensagem, o Papa convidou<br />
sobretudo os jovens a fazerem bom uso da sua<br />
presença no areópago digital e renovou o convite<br />
para o encontro com ele na próxima Jornada<br />
Mundial da Juventu<strong>de</strong> em Madrid, cuja<br />
preparação muito <strong>de</strong>ve às vantagens das novas<br />
tecnologias. Para os agentes da comunicação,<br />
invocou <strong>de</strong> Deus, por intercessão do Patrono São<br />
Francisco <strong>de</strong> Sales, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre<br />
<strong>de</strong>sempenharem o seu trabalho com gran<strong>de</strong><br />
consciência e escrupulosa profissionalida<strong>de</strong>,<br />
enquanto a todos enviou a sua Bênção<br />
Apostólica. Veja a carta completa no site<br />
www.diocesedourados.com.br.<br />
para a sua messe» (Mt 9, 36-38).<br />
A arte <strong>de</strong> promover e cuidar das vocações<br />
encontra um luminoso ponto <strong>de</strong> referência nas<br />
páginas do Evangelho, on<strong>de</strong> Jesus chama os<br />
seus discípulos para O seguir e educa-os com<br />
amor e solicitu<strong>de</strong>.<br />
Queridos irmãos e irmãs, o vosso<br />
empenho na promoção e cuidado das<br />
vocações adquire plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sentido e <strong>de</strong><br />
eficácia pastoral, quando se realiza na unida<strong>de</strong><br />
da Igreja e visa servir a comunhão.<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cultivar as vocações é<br />
sinal característico da vitalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma Igreja<br />
local [...]. De coração concedo a todos a minha<br />
Bênção Apostólica.<br />
Veja a carta completa no site<br />
www.diocesedourados.com.br.<br />
Distribuidora <strong>de</strong> Petróleo<br />
www.tauruspetroleo.com.br
08<br />
A Diocese em Revista<br />
Posse do Pe. João Batista<br />
Todos os anos os legionários se<br />
consagrarão, individual e coletivamente à<br />
Nossa Senhora, no dia 25 <strong>de</strong> março (dia da<br />
Anunciação do Anjo à <strong>Maria</strong>) ou em outro dia<br />
conveniente, nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta data, no<br />
qual ocorreu no dia 23 <strong>de</strong> março numa<br />
cerimônia que tem o nome <strong>de</strong> Acies. Esta<br />
palavra latina, que significa um exército em<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> batalha, <strong>de</strong>signa, com razão, a<br />
cerimônia em que os legionários, como um<br />
só corpo, se reúnem para renovar a sua<br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à <strong>Maria</strong>, Rainha da Legião, e <strong>de</strong>la<br />
receber a força e a bênção para um novo ano<br />
<strong>de</strong> combate contra o exército do mal.<br />
Contrasta, além disso, com Praisidium, que<br />
apresenta a Legião, não em formação <strong>de</strong><br />
combate, mas espalhada em várias seções,<br />
ocupadas cada qual no seu próprio trabalho.<br />
Legião <strong>de</strong> <strong>Maria</strong><br />
Assembleia Paroquial <strong>de</strong> Juti<br />
A Paróquia Santa Luzia, <strong>de</strong> Juti, realizou<br />
no último dia 27 <strong>de</strong> março sua assembleia<br />
paroquial, visando a <strong>de</strong>finição dos trabalhos<br />
Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong><br />
A Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong> é uma ação<br />
concreta da Igreja que evangeliza pela busca<br />
da Sobrieda<strong>de</strong> como um modo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>.<br />
Através da Terapia do Amor trata todo e<br />
qualquer tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. Resgata e<br />
valoriza a pessoa humana na sua dignida<strong>de</strong>.<br />
É o Programa <strong>de</strong> Vida Nova, realizado<br />
através dos Grupos <strong>de</strong> Auto Ajuda e Ajuda<br />
Mutua, com encontros semanais para<br />
vivenciar os 12 passos, aten<strong>de</strong>ndo as<br />
pessoas e toda a família afetada por<br />
No dia 20 <strong>de</strong> março, Dom Redovino <strong>de</strong>u<br />
posse ao novo Pároco da Paróquia Jesus<br />
Misericordioso e Santa Faustina, no<br />
assentamento Itamaraty, o Pe João Batista, da<br />
Comunida<strong>de</strong> Missionária Providência<br />
Santíssima, que contou com a presença da<br />
Superiora e Fundadora, Ir. Neia, <strong>de</strong> Mococa-<br />
SP. Estiveram presentes aproximadamente 250<br />
pessoas que vieram prestigiar o novo pároco.<br />
A Acies é a gran<strong>de</strong> solenida<strong>de</strong> do ano, a<br />
festa central da Legião. Tivemos o prazer <strong>de</strong><br />
contar com a presença <strong>de</strong> aproximadamente<br />
100 Legionárias(os). A Celebração foi<br />
presidida às 15h pelo Pe. Duvilio Diretor<br />
Espiritual da Legião, concelebrada pelo Pe.<br />
Benedito. Nós do Comitium Imaculada<br />
Conceição agra<strong>de</strong>cemos pela presença <strong>de</strong><br />
todos.<br />
e projetos a serem <strong>de</strong>senvolvidos. A mesma<br />
aconteceu na Capela Nossa Senhora<br />
Auxiliadora e contou com a presença <strong>de</strong><br />
várias pessoas das diversas capelas que<br />
compõem a Paróquia.<br />
Além do pároco, Pe. Israel, estiveram<br />
presentes também os diáconos Nilson e Ciro<br />
que ministraram palestras sobre temas<br />
referentes a paróquia.<br />
Paralelamente houve a preparação <strong>de</strong><br />
casais que irão receber o sacramento do<br />
matrimônio, e contou com 11 casais<br />
participantes.<br />
problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência química e/ou<br />
necessitada <strong>de</strong> libertação <strong>de</strong> outros vícios,<br />
compulsões, pecados e <strong>de</strong>pressão.<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> capacitar e reciclar<br />
agentes para atuar nos Grupos <strong>de</strong> Auto Ajuda<br />
e nas 5 frentes da Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong>,<br />
que são: Prevenção, Intervenção,<br />
Recuperação, Reinserção Social/familiar e<br />
Atuação Política, nos dias 15 a 17 <strong>de</strong> abril,<br />
em Campo Gran<strong>de</strong>, realizou o 3º Encontro<br />
<strong>de</strong> Espiritualida<strong>de</strong> e Formação <strong>de</strong> Agentes.<br />
Fone: (67) 3423-2291<br />
Pastoral da Criança<br />
Para fortalecer as ações da Pastoral da<br />
Criança no sentido <strong>de</strong> melhorar as condições<br />
<strong>de</strong> <strong>vida</strong> das crianças e gestantes da Diocese<br />
<strong>de</strong> Dourados, a coor<strong>de</strong>nação diocesana da<br />
Pastoral vem trabalhando com a formação<br />
contínua integrada <strong>de</strong> seus voluntários e<br />
apoiadores. Des<strong>de</strong> o mês <strong>de</strong> fevereiro foram<br />
realizadas, além das visitas aos ramos em<br />
dificulda<strong>de</strong>s, as seguintes formações:<br />
25 a 27 <strong>de</strong> fevereiro – Alimentação e Hortas<br />
Caseiras para capacitadores com a participação <strong>de</strong><br />
12 representantes dos ramos; 12 <strong>de</strong> março –<br />
Formação integrada na área 10, Jesus Menino; 15<br />
a 18 <strong>de</strong> março – Visita da Coor<strong>de</strong>nadora Diocesana<br />
e seu apoio às paróquias com dificulda<strong>de</strong> na<br />
caminhada; 19 e 20 <strong>de</strong> março – momentos <strong>de</strong> estudo<br />
com os multiplicadores e coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> área<br />
(formação contínua integrada); 22 <strong>de</strong> março – visita<br />
da coor<strong>de</strong>nação diocesana ao ramo 7359 São Pedro<br />
Apóstolo para troca da coor<strong>de</strong>nação do ramo.<br />
DESTAQUE: Nos dias 25 a 27 <strong>de</strong> março<br />
aconteceu no Santuário Nossa Senhora<br />
Aparecida, Vila São Pedro a primeira<br />
Formação Contínua Integrada no setor 359<br />
e contou com a presença da coor<strong>de</strong>nação e<br />
capacitadores dos seguintes ramos:<br />
Dourados, Caarapó, Fátima do Sul,<br />
Deodápolis, Itaporã e Maracaju.<br />
Essa nova metodologia da formação<br />
integrada, possibilitou melhores esclare-<br />
“Apren<strong>de</strong>i <strong>de</strong> mim a ser<br />
homens e <strong>mulher</strong>es <strong>de</strong><br />
Esperança”, foi o lema do V<br />
Congresso Betel realizado<br />
em Nova Andradina nos dias<br />
29 <strong>de</strong> abril a 1 <strong>de</strong> maio. A<br />
programação contou com:<br />
adoração ao Santíssimo, palestras,<br />
orações, salas temáticas para jovens,<br />
casais, viúvos/as, evangelização para<br />
V Congresso Betel<br />
Conscientização ambiental<br />
Está sendo realizado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 04<br />
<strong>de</strong> abril, no Projeto Sagrado Coração, o<br />
evento “Promovendo Atitu<strong>de</strong>s para a<br />
Conservação da Vida no Planeta”, em<br />
consonância com os objetivos da Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong> 2011. O Evento aten<strong>de</strong> 120<br />
crianças e adolescentes por período e<br />
estima-se que até o dia 15 (data do<br />
encerramento) terá recebido cerca <strong>de</strong> 2.400<br />
estudantes das escolas públicas e particular<br />
<strong>de</strong> Ivinhema. Os alunos são recepcionados<br />
com palestras e seguem para oficinas <strong>de</strong><br />
reciclagem, on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>m a confeccionar<br />
vários brinquedos com material que<br />
* ALFABETIZAÇÃO<br />
* AULAS DE REFORÇO<br />
* ACOMPANHAMENTO DE TAREFAS<br />
* LABORATÓRIO DE REDAÇÃO<br />
Maio/2011<br />
cimentos sobre cada ação <strong>de</strong>senvol<strong>vida</strong> pela<br />
Pastoral da Criança. O ponto forte foi sobre o<br />
Guia do Lí<strong>de</strong>r on<strong>de</strong> as pessoas que<br />
participaram <strong>de</strong>ssas formações assumiram o<br />
compromisso <strong>de</strong> repassar o trabalho em suas<br />
paróquias para todas as li<strong>de</strong>res e apoiadores<br />
da Pastoral da Criança.<br />
Na formação contínua, o ponto forte foi<br />
a espiritualida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> meditamos o texto do<br />
atos dos apóstolos sobre a virtu<strong>de</strong> dos<br />
primeiros cristãos (ATOS 2, 42-47) que nos<br />
levou a refletir sobre a missão do lí<strong>de</strong>r da<br />
pastoral além das oficinas sobre laços <strong>de</strong><br />
amor, cartão da gestante e da criança e<br />
indicadores, que trabalhados em conjunto<br />
com outras ações complementares reforçou<br />
o conhecimento dos participantes, dando-lhes<br />
novo ânimo para continuar a caminhada em<br />
prol da criança.<br />
crianças e o show da Esperança.<br />
O Congresso proporcionou<br />
espaço <strong>de</strong> provocação aos<br />
participantes a entrar na<br />
Escola do Mestre e<br />
apren<strong>de</strong>r Dele a firme<br />
<strong>de</strong>cisão para contribuir na<br />
construção <strong>de</strong> um mundo mais<br />
fraterno e solidário, chamados a ser<br />
pessoas <strong>de</strong> esperança.<br />
normalmente é <strong>de</strong>scartado em casa,<br />
assistem a um ví<strong>de</strong>o sobre o lugar certo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scartar o lixo e um teatro sobre a <strong>de</strong>ngue.<br />
Outro <strong>de</strong>staque é a Sala do Futuro, on<strong>de</strong> os<br />
visitantes contemplam um ambiente<br />
preservado e são con<strong>vida</strong>dos a refletir sobre<br />
a beleza da criação divina, antes <strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>slocarem para um espaço que reproduz<br />
uma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação causada por<br />
atitu<strong>de</strong>s humanas que <strong>de</strong>vem ser evitadas.<br />
Estão envolvidos neste projeto cerca <strong>de</strong><br />
30 pessoas, entre membros da Igreja,<br />
funcionários do Projeto Sagrado Coração e<br />
acadêmicos da UEMS.<br />
Fone: (67) 3421-2726<br />
Cel.: (67) 9971-7494<br />
Rua Manoel Santiago, 1480 (esq. c/ Rua João C. Câmara)<br />
BNH 3º Plano - Dourados - MS
Maio/2011 09<br />
A Diocese em Revista<br />
SAV News<br />
Sabendo que as vocações<br />
nascem <strong>de</strong> uma igreja orante, a<br />
equipe do SAV <strong>de</strong>ve insistir na<br />
necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rezar sempre pelas<br />
vocações. Devemos estar numa<br />
atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> permanente suplica tanto<br />
pelo surgimento <strong>de</strong> novas vocações<br />
como também pela qualida<strong>de</strong> das<br />
vocações e ao mesmo tempo pela<br />
perseverança <strong>de</strong> todos aqueles que<br />
respon<strong>de</strong>ram o chamado divino.<br />
Sugestões <strong>de</strong> ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s nas<br />
paróquias:<br />
• Missa Vocacional (De<br />
preferência mensal);<br />
• Hora santa Vocacional<br />
(Con<strong>vida</strong>ndo Grupos ou Movimentos)<br />
• Incentivar a oração pelas<br />
vocações nas famílias;<br />
• Dar atenção especial ao dia<br />
mundial <strong>de</strong> oração pelas vocações –<br />
4º Domingo da Páscoa, Domingo do<br />
bom Pastor, estudando e rezando a<br />
carta do Papa com o SAV;<br />
• Por ocasião <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />
padres, Diaconos e Bispos, como<br />
também profissões religiosas,<br />
movimentar toda a comunida<strong>de</strong> para<br />
uma intensa preparação e participação;<br />
• Dedicar atenção especial: aos<br />
aniversários <strong>de</strong> nascimento, <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>nação, <strong>de</strong> profissão religiosa,<br />
etc; aos jubileus <strong>de</strong> prata ou ouro, <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>nação e profissão religiosa, dos<br />
bispos, dos padres, consagrados<br />
(as), as boas <strong>de</strong> prata ou ouro, dos<br />
casais da comunida<strong>de</strong>;<br />
• Animar com especial empenho<br />
o mês Vocacional<br />
• Realizar a reunião mensal, para<br />
rezar, rever a caminhada do mês e<br />
distribuir tarefas para o mês seguinte<br />
• Promover retiros vocacionais<br />
aos coroinhas, adolescentes e jovens<br />
• Promover encontros aos<br />
vocacionados e vocacionadas da<br />
paróquia, com espiritualida<strong>de</strong>,<br />
reflexão <strong>de</strong> algum tema, Filme sobre<br />
a <strong>vida</strong> <strong>de</strong> santos, Fazer visitas a<br />
famílias <strong>de</strong> vocacionados;<br />
• Procurar estar em sintonia com<br />
o seminário diocesano e as diversas<br />
casas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> religiosos (as);<br />
• Na ocasião da festa do(a)<br />
Padroeiro(a), elaborar, por exemplo o<br />
plantão vocacional, com cartazes, sli<strong>de</strong>s,<br />
símbolos com apelos vocacionais;<br />
(Extraído da apostila das ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s<br />
do S.A.V. <strong>de</strong> 2010).<br />
Fone: 3421-7877<br />
Rua Mato Grosso, 1.962 Dourados - MS<br />
graficaalfadouradosms@hotmail.com<br />
Dízimo em <strong>de</strong>staque<br />
De 3 a 8 <strong>de</strong> maio a Paróquia Cristo Rei, <strong>de</strong> Laguna<br />
Carapã, promoverá uma semana <strong>de</strong> conscientização do<br />
Dízimo. As ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s serão ministradas e acompanhadas<br />
pelo Missionário Alvino <strong>de</strong> São Paulo, que faz parte <strong>de</strong> um<br />
grupo que trabalha exclusivamente com Dízimo, chamado<br />
MEAC.<br />
Nestes dias, nas missas teremos a exposição da<br />
importância da <strong>de</strong>volução das graças materiais recebidas<br />
<strong>de</strong> Deus (dízimo), antes, porém, o povo vai receber o<br />
material que ajudará a todos na tomada <strong>de</strong> consciência.<br />
Fica já o apelo àquelas pessoas que <strong>de</strong>sejam trabalhar na<br />
Igreja, que se sentem atraídas por esta pastoral, se<br />
apresentarem ao responsável para tornar-se um<br />
colaborador.<br />
Dízimo é uma graça, não uma obrigação! Por isso,<br />
aquelas pessoas que o <strong>de</strong>volvem sentem as benesses <strong>de</strong><br />
Deus, a tal ponto <strong>de</strong> ser aquela quantia a primeira parte a<br />
ser separada, para significar que para Deus damos a nossa<br />
parte principal. Seja dizimista!<br />
Romaria do Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus<br />
No dia 03 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2011, a<br />
Diocese <strong>de</strong> Dourados estará em<br />
romaria no Santuário na vila São<br />
Pedro.<br />
Em sintonia com a Campanha<br />
da Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste ano, a<br />
Romaria Diocesana refletirá sobre o<br />
tema: “Com o Sagrado Coração <strong>de</strong><br />
Jesus, preservemos a <strong>vida</strong> do<br />
planeta”.<br />
Para este dia temos a seguinte<br />
programação: 7h – Concentração em frente à Capela Nossa<br />
Senhora Aparecida ao lado do posto policial na BR 163;<br />
7h30 – início da caminhada; 9h – acolhida da Romaria no<br />
Santuário; 9h30 – Celebração Eucarística; 11h –<br />
Evangelizar é preciso, com Padre Reginaldo Manzotti; 13h<br />
– Encerramento.<br />
Participe com sua família!<br />
Paróquia Sagrado<br />
Coração <strong>de</strong> Jesus<br />
Uma celebração eucarística <strong>de</strong>u início à Paróquia do<br />
Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus, dia 24 <strong>de</strong> abril – Domingo da<br />
Ressurreição do Senhor –, na comunida<strong>de</strong> São Paulo<br />
Apóstolo, Parque Alvorada, às 10h, presidida pelo nosso<br />
Bispo diocesano, Dom Redovino Rizzardo, cs.<br />
Esta nova paróquia tem como priorida<strong>de</strong> culto e<br />
adoração a Deus, serviço e acolhida aos fiéis para promover<br />
a evangelização e humanização da comunida<strong>de</strong> local. Com<br />
o projeto da paróquia Sagrado Coração <strong>de</strong> Jesus, existe o<br />
projeto <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> e comunicação <strong>de</strong><br />
massa (rádio e televisão) inteiramente a serviço do<br />
Evangelho e da Igreja <strong>de</strong> Dourados e região. Parte <strong>de</strong>ste<br />
serviço já é realizado pela presença do Movimento Milícia<br />
da Imaculada e pela Rádio Imaculada Conceição 1060 AM.<br />
C PERPLAN<br />
Consultoria e Planejamento Agropecuário Ltda.<br />
Fone/Fax: (67) 3426-6447<br />
Consagração Religiosa <strong>de</strong>finitiva<br />
“Eu sou o Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a <strong>vida</strong>”.<br />
Chamada, consagrada e enviada a<br />
ser pão partido e partilhado.<br />
A Congregação das Irmãs <strong>de</strong> São José<br />
tem a alegria <strong>de</strong> celebrar a Consagração<br />
Definitiva <strong>de</strong> Irmã Cristiani Sarro.<br />
Ir. Cristiani nasceu em Angélica/MS<br />
e seus pais Antônio e Francisca Silva Sarro<br />
resi<strong>de</strong>m atualmente, em Glória <strong>de</strong><br />
Dourados. Realizou sua formação Inicial<br />
em Fátima do Sul, Porto Alegre e Caxias<br />
do Sul - RS, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> atualmente.<br />
Durante a preparação à Consagração<br />
Definitiva esteve por dois meses, fazendo<br />
uma experiência missionária internacional,<br />
na Bolívia. Expressa sua <strong>vida</strong> <strong>de</strong><br />
consagrada na comunida<strong>de</strong> religiosa, num<br />
bairro <strong>de</strong> periferia urbana, nos engaja-<br />
Infância Missionária<br />
Nos dias 8,9 e 10 <strong>de</strong> abril realizouse,<br />
no IPAD, o Encontro da Infância,<br />
Adolescência e Juventu<strong>de</strong> Missionária,<br />
teve como objetivo atuar na formação dos<br />
assessores paroquiais e envolveu cerca<br />
<strong>de</strong> cinquenta pessoas, com a presença e<br />
apoio da Coor<strong>de</strong>nadora do Regional Judith<br />
Ribeiro <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong>/MS. A equipe<br />
da Infância Missionária <strong>de</strong> Dourados<br />
agra<strong>de</strong>ce todos os envolvidos no encontro<br />
também as emissoras <strong>de</strong> Rádio e o Jornal<br />
Elo, que apoiaram quanto a divulgação,<br />
as crianças da Capela Cristo re<strong>de</strong>ntor que<br />
participaram da abertura. Enfim,<br />
acreditamos que este encontro atingiu os<br />
objetivos previstos na Infância,<br />
mentos pastorais, no trabalho profissional<br />
no hospital; <strong>de</strong>dica-se também ao estudo<br />
acadêmico (Curso <strong>de</strong> Enfermagem).<br />
A Consagração Religiosa Definitiva<br />
acontecerá no dia 07/05/2011, às 19 horas,<br />
na Paróquia Nossa Senhora da Glória em<br />
Glória <strong>de</strong> Dourados/MS.<br />
Ir. Cristiani fundamenta sua <strong>vida</strong> e<br />
missão, na passagem do Evangelho <strong>de</strong><br />
São João 14, 6a, on<strong>de</strong> Jesus diz: Eu sou o<br />
Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a <strong>vida</strong>.<br />
Em preparação a<br />
Consagração, acontecerá<br />
do dia 30 <strong>de</strong> abril<br />
a 06 <strong>de</strong> maio, uma<br />
semana vocacional com<br />
visita às escolas, encontros<br />
vocacionais e tríduo.<br />
Adolescência e Juventu<strong>de</strong> Missionária.<br />
Lembramos que a Equipe Diocesana está<br />
<strong>de</strong> prontidão a espera do convite dos<br />
senhores Párocos para a Implantação ou<br />
reforço da IAM.<br />
Procure-nos no telefone: 3422-6910<br />
e/ou e-mail: rosinha-curia2011@hotmail.com<br />
3º Encontro dos padres novos<br />
Entre os dias 26 a 29 <strong>de</strong> abril, os<br />
padres com até cinco anos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação,<br />
participaram do 3º ENCONTRO DOS<br />
PADRES NOVOS, promovido pelo regional<br />
Oeste I. O Encontro aconteceu em Coxim-<br />
MS, assessorado por Dom Orlando<br />
Bran<strong>de</strong>s, arcebispo <strong>de</strong> Londrina. O tema<br />
do encontro foi “A Dimensão Pastoral”,<br />
dando continuida<strong>de</strong> à proposta <strong>de</strong> se<br />
trabalhar as cinco dimensões da pessoa<br />
humana, chamada ao presbiterato. Nos<br />
encontros anteriores foram trabalhadas as<br />
dimensões, Espiritual, por Frei Patrício<br />
Schiadini, oc e Psicoafetiva, por Dom<br />
Na edição do Elo<br />
do mês <strong>de</strong> abril foram<br />
trocados os nomes<br />
dos seminaristas<br />
A<strong>de</strong>mir e Mário.<br />
Erramos<br />
Mário Fernan<strong>de</strong>s<br />
Rocha<br />
Maracajú<br />
4º ano<br />
Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito<br />
<strong>de</strong> Blumenau. O objetivo do encontro foi<br />
manter viva a formação e a unida<strong>de</strong> fraterna<br />
dos novos presbíteros. De nossa Diocese<br />
participaram os padres Alex Dias, Alex<br />
Messias, Declair, Ênio, Eurico, Israel, Luiz<br />
Fernando, Marcos Roberto, Roberto Pinto,<br />
Pedro, como representantes do regional e<br />
os diáconos Alexsandro, Ciro e Val<strong>de</strong>ci. O<br />
encerramento aconteceu na catedral <strong>de</strong><br />
Coxim, com missa presidida por Dom<br />
Antonino Migliore, bispo <strong>de</strong> Coxim e<br />
referencial dos ministros or<strong>de</strong>nados e<br />
concelebrada pelos sacerdotes presentes.<br />
A<strong>de</strong>mir Carvalho<br />
<strong>de</strong> França<br />
Nova Andradina<br />
1º ano<br />
DAMASCO<br />
A Serviço da Cultura Religiosa<br />
Artigos Religiosos, Livros, Cartões, CDs<br />
livrariadamasco@terra.com.br<br />
Fone: (67) 3421-1510<br />
Rua João Cândido Câmara, 400B - Dourados - MS
10<br />
Conversa com o Leitor<br />
Pergunte e Respon<strong>de</strong>remos!<br />
Diácono Alexsandro da Silva Lima<br />
Paróquia Rainha dos Apóstolos<br />
Diácono Alexsandro, me chamo<br />
Régis, sou do município <strong>de</strong> Angélica e<br />
atualmente trabalho na coor<strong>de</strong>nação da<br />
Casa da Esperança, em Dourados. Minha<br />
pergunta se refere ao porquê da<br />
necessida<strong>de</strong> daqueles que querem se<br />
casar na Igreja Católica precisarem fazer<br />
o curso <strong>de</strong> noivos?<br />
Caro Régis, sua pergunta é bastante<br />
oportuna, uma vez que, tradicionalmente,<br />
muitos noivos agendam seu matrimônio nas<br />
paróquias, com até anos <strong>de</strong> antecedência,<br />
para contraírem as núpcias em meados <strong>de</strong>ste<br />
mês.<br />
Primeiramente, quero lhe dizer que os<br />
cursos <strong>de</strong> noivos não são oferecidos só por<br />
nós católicos, visto que outras <strong>de</strong>nominações,<br />
ao menos as mais tradicionais,<br />
também contam com esse <strong>instrumento</strong><br />
valioso para conscientizar, informar e formar,<br />
àqueles que visam contrair o matrimônio.<br />
Para nós cristãos católicos, o matrimônio<br />
é um sacramento, e por isso, constitui-se<br />
como um sinal visível sensível e eficaz da<br />
graça divina em nossas <strong>vida</strong>s. Nele, os<br />
noivos se unem mutuamente com amor<br />
conjugal exigindo <strong>de</strong> ambos a indissolubilida<strong>de</strong><br />
e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> nessa a<strong>de</strong>são. Se<br />
você me perguntar por que a Igreja tem essa<br />
compreensão, lhe convido a ler o evangelho<br />
<strong>de</strong> São Mateus on<strong>de</strong> o próprio Cristo diz: “[...]<br />
Portanto, o que Deus uniu, o homem não<br />
separe” (19,6). Isso quer dizer que o<br />
matrimônio não foi instituído pela Igreja, mas<br />
pelo próprio senhor Jesus que viu nessa<br />
união, entre homem e <strong>mulher</strong>, um bem para<br />
toda a humanida<strong>de</strong> (cf. Gn1,28). Daí<br />
po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r melhor o que o saudoso<br />
papa João Paulo II afirma na Familiaris<br />
Consortio n.13 “O amor conjugal dirige-se a<br />
TRANSPORTADORA COMANDOLLI LTDA<br />
Av. Marcelino Pires, 8.500<br />
Dourados - MS<br />
Fone: (67) 3902-1120<br />
uma unida<strong>de</strong> profundamente pessoal, aquela<br />
que, para além da união numa só carne, não<br />
conduz senão a um só coração e a uma só<br />
alma; ele exige a indissolubilida<strong>de</strong> e a<br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> da doação recíproca <strong>de</strong>finitiva e<br />
abre-se à fecundida<strong>de</strong>”. Dessa maneira<br />
po<strong>de</strong>mos presumir que <strong>de</strong>sse amor<br />
indissolúvel e fiel nascem os filhos, isto é, a<br />
família tem seu fundamento no amor dos<br />
cônjuges.<br />
Voltando à sua pergunta, penso que você<br />
já po<strong>de</strong> imaginar por que a Igreja sugere aos<br />
noivos que antes <strong>de</strong> contraírem as núpcias<br />
participem <strong>de</strong> um curso específico. Nós<br />
enten<strong>de</strong>mos que aquilo que estão dispostos<br />
a assumirem, exigirá não só uma simples<br />
disposição para viverem juntos, pois bem<br />
sabemos que muitas pessoas apaixonadas,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> casadas, nas primeiras <strong>de</strong>cepções<br />
ou dificulda<strong>de</strong>s se veem voltadas a<br />
quebrarem aquela Aliança assumida diante<br />
<strong>de</strong> Deus, familiares, amigos e comunida<strong>de</strong>.<br />
A Igreja tem a missão <strong>de</strong> não só abençoar<br />
esse enlace matrimonial que concretiza a<br />
nova família que começa a ser constituída,<br />
mas também tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> oferecer meios<br />
para que esses jovens enamorados, tenham<br />
consciência da importância do sacramento<br />
que querem receber, bem como tenham<br />
noção do que realmente seja a <strong>vida</strong> conjugal<br />
no seu dia-a-dia. Para isso, em nossas<br />
paróquias, existem diversos grupos que<br />
contam com a ajuda <strong>de</strong> vários profissionais<br />
ligados direta ou indiretamente a <strong>vida</strong><br />
matrimonial: psicólogos, médicos, religiosos,<br />
e lógico os casados há anos, que certamente<br />
po<strong>de</strong>rão dar seu testemunho <strong>de</strong> <strong>vida</strong> conjugal<br />
àqueles noivos.<br />
Portanto Régis, faço votos <strong>de</strong> que<br />
muitos jovens namorados ou noivos possam<br />
ter tirado suas dú<strong>vida</strong>s com essa sua<br />
pergunta, pois não poucos <strong>de</strong>les não<br />
enten<strong>de</strong>m ou até mesmo não gostariam <strong>de</strong><br />
passar por esse curso achando-o<br />
<strong>de</strong>snecessário. Oxalá mu<strong>de</strong>m <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia, pois<br />
a nossa experiência tem mostrado que tais<br />
cursos têm servido para tirar muitas dú<strong>vida</strong>s,<br />
medos e fatos mal compreendidos. É<br />
inadmissível que nossos jovens venham<br />
contrair matrimônio sem ter clareza do que<br />
estão fazendo. Afinal, nosso compromisso<br />
como Igreja é justamente <strong>de</strong> tornar claro e,<br />
com isso levar estes namorados a uma<br />
a<strong>de</strong>são livre e consciente <strong>de</strong> tudo aquilo que<br />
implica a <strong>vida</strong> matrimonial.<br />
CORPAL<br />
Fone: (67) 3416-9900<br />
Av. Marcelino Pires, 3.400<br />
Maio/2011<br />
Meu encontro com Dom Alberto<br />
Era <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 22 <strong>de</strong> fevereiro que a Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />
acompanhava com trepidação a grave doença que acometera o<br />
bispo emérito, Dom Alberto Först. Naquele dia, ele <strong>de</strong>ixara a Casa<br />
<strong>de</strong> Repouso on<strong>de</strong> se encontrava <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o mês <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2009,<br />
quando <strong>de</strong>ixara o Brasil, e fora levado às pressas para a UTI <strong>de</strong><br />
um gran<strong>de</strong> hospital das redon<strong>de</strong>zas, dirigido pela Or<strong>de</strong>m<br />
Franciscana.<br />
O câncer e a pneumonia que o atingiram eram tão agudos e<br />
malignos, que a notícia que correu célere em toda a parte, dizia:<br />
Dom Alberto está no fim <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong>!<br />
Em vista disso, após consultar os padres e amigos mais próximos, tomei a <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> esperar pelo <strong>de</strong>senlace, que parecia imediato, e participar dos funerais, juntamente<br />
com outros padres da Diocese.<br />
Mas, graças a Deus, não foi o que aconteceu. Depois <strong>de</strong> um mês e meio em estado<br />
quase constante <strong>de</strong> coma induzido, Dom Alberto <strong>de</strong>u claros sinais <strong>de</strong> recuperação e<br />
melhora. Foi assim que no dia 12 <strong>de</strong> abril, quando eu completava 72 anos, parti para a<br />
Alemanha, em companhia do Vigário Geral, Pe. Alberto Wiese. Foi a primeira vez que<br />
passei o meu aniversário voando...<br />
A viagem foi extremamente curta: partimos <strong>de</strong> Dourados na terça-feira, dia 12, e<br />
regressamos no sábado, dia 15. Mas, ao mesmo tempo, muito importante e proveitosa.<br />
Por duas vezes nos foi possível encontrar Dom Alberto. Em ambas, estava consciente e<br />
atento a tudo o que lhe dizíamos. Não conseguia falar, mas se comunicava com os olhos,<br />
com as mãos e... com as lágrimas!<br />
De minha parte, procurei transmitir-lhe tudo o que pu<strong>de</strong>sse fazê-lo feliz nesses<br />
momentos tão importantes <strong>de</strong> sua <strong>vida</strong>, sobretudo o reconhecimento e a amiza<strong>de</strong> dos<br />
padres e da multidão <strong>de</strong> amigos que havia <strong>de</strong>ixado na Diocese <strong>de</strong> Dourados. Disse-lhe<br />
que, em todas as paróquias, o povo estava rezando por ele. Pedi-lhe que nos perdoasse<br />
se, alguma vez, o havíamos feito sofrer. Por fim, aten<strong>de</strong>ndo ao meu pedido, levantou a<br />
mão e abençoou a mim, ao Pe. Alberto e a todos os amigos que <strong>de</strong>ixou em Dourados.<br />
Certamente, uma bênção muito valiosa, porque fruto do amor e da imolação <strong>de</strong> um pastor<br />
que entrega a <strong>vida</strong> por suas ovelhas...<br />
Constatando o estado em que jazia Dom Alberto, foram inúmeras as perguntas que<br />
me surgiram do coração nas ocasiões em que me encontrava ao seu lado: o que resta,<br />
para ele, <strong>de</strong> tudo o que viveu ao longo dos 84 anos <strong>de</strong> <strong>vida</strong>? Somente o amor e o bem<br />
que motivaram suas atitu<strong>de</strong>s. Tudo o resto passou e, nesse momento, parece insignificante!<br />
Ele está no hospital há dois meses, e vai ficar outros tantos, sozinho e distante dos<br />
amigos que granjeou e das obras que levou adiante.<br />
Nessa altura dos acontecimentos, todos os sonhos e i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> <strong>vida</strong> <strong>de</strong>saparecem.<br />
Sobram somente a pessoa e Deus: ninguém mais! A única coisa que ainda se tem é a<br />
existência nua e crua. Mas ela também, quando não se tem a fé em Deus e o amor dos<br />
irmãos, se transforma em inferno, pela dor que aumenta e pela esperança que <strong>de</strong>smorona.<br />
Quando se é jovem, ainda há tempo e condições para sonhar e planejar. Mas, com o<br />
passar dos anos, os sofrimentos causados pelos <strong>de</strong>sencantos acabam gerando <strong>de</strong>silusões<br />
sem conta. É então que se compreen<strong>de</strong> o que São Paulo escreveu: «A nossa tribulação<br />
momentânea é leve se comparada ao volume extraordinário e eterno da glória que ela<br />
nos prepara. Isso acontece quando procuramos não as coisas visíveis, mas as invisíveis.<br />
Pois o que é visível é passageiro, e o que é invisível é eterno» (2Cor 4,17-18).<br />
Em seu livro “Em busca do sentido”, Viktor Frankl escreve: «Na pior situação exterior<br />
que se possa imaginar, numa situação em que a pessoa não po<strong>de</strong> realizar-se através <strong>de</strong><br />
alguma conquista, numa situação em que sua conquista po<strong>de</strong> consistir unicamente num<br />
sofrimento reto, num sofrimento <strong>de</strong> cabeça erguida, nesta situação a pessoa po<strong>de</strong> realizarse<br />
na contemplação amorosa da imagem espiritual que ela porta <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si da pessoa<br />
amada. Pela primeira vez na <strong>vida</strong> entendo o que quer dizer: os anjos são bem-aventurados<br />
na perpétua contemplação, em amor, <strong>de</strong> uma glória infinita».<br />
Para Dom Alberto, as “coisas invisíveis” (<strong>de</strong> São Paulo) e a “imagem espiritual da<br />
pessoa amada” (<strong>de</strong> Viktor Frankl) têm seu fundamento na “palavra <strong>de</strong> <strong>vida</strong>” que ele escolheu<br />
por ocasião <strong>de</strong> sua or<strong>de</strong>nação episcopal: “Confiando em tua palavra, lançarei as re<strong>de</strong>s!”<br />
(Lc 5,5).<br />
Dom Redovino Rizzardo, cs
Maio/2011 11<br />
3º Encontro - “Jesus é o Pastor e as ovelhas são os discípulos”<br />
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />
imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, vela, flores<br />
e figura <strong>de</strong> Jesus Bom Pastor.<br />
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (Po<strong>de</strong><br />
ser feita por alguém da família). Irmãos<br />
e Irmãs, aqui nos encontramos mais uma<br />
vez para celebrar na alegria, na<br />
fraternida<strong>de</strong> e comunhão <strong>de</strong> <strong>vida</strong>, a<br />
presença <strong>de</strong> Jesus, o Bom Pastor, entre<br />
nós. Na alegria <strong>de</strong> termos a mãe <strong>de</strong><br />
Jesus, que nos ama e nos acompanha<br />
no caminho para Deus, sau<strong>de</strong>mo-nos em<br />
Cristo com o abraço fraterno.<br />
ANIMADOR/A: Em Jesus, o Bom Pastor,<br />
somos todos irmãos e irmãs. Nele<br />
formamos a comunida<strong>de</strong>, povo do<br />
Senhor. “On<strong>de</strong> dois ou mais estiverem<br />
reunidos em meu nome, estarei no meio<br />
<strong>de</strong>les. Acreditando nesta presença<br />
amorosa da Trinda<strong>de</strong>, iniciemos nosso<br />
encontro, cantando: Em nome do Pai, do<br />
Filho......<br />
ANIMADOR/A: Neste domingo, tivemos<br />
a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> celebrar o Cristo<br />
Ressuscitado nosso Bom Pastor e nele o<br />
dia mundial <strong>de</strong> orações pelas vocações<br />
Sacerdotais e Religiosas. Jesus veio para<br />
que todos tenham <strong>vida</strong>. Ele é o Bom<br />
Pastor! Com <strong>Maria</strong>, mãe da humanida<strong>de</strong>,<br />
Rezemos pelas vocações.<br />
LEITOR/A 1: Jesus, Mestre Divino que<br />
chamaste os apóstolos a vos seguir,<br />
continuai a passar pelas nossas famílias,<br />
pelas nossas escolas e continuai a repetir<br />
o convite a muitos <strong>de</strong> vossos jovens.<br />
TODOS: Dai coragem às pessoas<br />
con<strong>vida</strong>das, Dai força para que vos<br />
sejam fiéis como apóstolos, leigos,<br />
como Diáconos, padres e Bispos,<br />
como religiosos e religiosas, como<br />
missionários e missionárias, para o<br />
bem do povo <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong> toda a<br />
humanida<strong>de</strong>. Amém.<br />
CANTO: Me chamaste para caminhar<br />
na <strong>vida</strong> contigo.......<br />
LEITOR/A 2: Vivemos este tempo Pascal<br />
marcados pela alegria da ressurreição<br />
<strong>de</strong> Cristo. É a <strong>vida</strong> que vence a morte.<br />
Na carta <strong>de</strong> Paulo aos Romanos lemos:<br />
“Se, pois morremos com Cristo, cremos<br />
que também viveremos com Ele.”<br />
LEITOR/A 3: Sabemos que Cristo<br />
ressuscitado dos mortos não morre mais;<br />
a morte já não tem po<strong>de</strong>r sobre ele.<br />
LEITOR/A 4: Pois aquele que morreu,<br />
morreu para o pecado, uma vez por todas;<br />
mas aquele que vive é para Deus que vive<br />
TODOS: Assim vós também consi<strong>de</strong>raivos<br />
mortos para o pecado e vivos para<br />
Deus, em Jesus Cristo.<br />
ANIMADOR/A: Na alegria do ressuscitado<br />
rezemos o salmo:117<br />
LADO A: Daí graças ao Senhor, porque ele<br />
é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa<br />
<strong>de</strong> Israel agora diga: Eterna é a sua<br />
misericórdia.<br />
LADO B: A mão direita do Senhor fez<br />
maravilhas, a mão direita do Senhor me<br />
levantou, a mão direita do Senhor fez<br />
maravilhas, não morrerei, mas ao contrário,<br />
viverei, para cantar as gran<strong>de</strong>s obras do<br />
Senhor.<br />
LADO A: No Antigo Testamento, os chefes<br />
do povo eram chamados <strong>de</strong> Pastores. Os<br />
profetas falando em nome <strong>de</strong> Deus<br />
criticavam severamente os maus pastores.<br />
Jesus apresenta-se como o Bom Pastor que<br />
não só se preocupa e cuida das ovelhas,<br />
mas dá sua <strong>vida</strong> por elas.<br />
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 10,1-10<br />
ANIMADOR/A: Abramos o nosso coração<br />
para acolher com fé e alegria a palavra <strong>de</strong><br />
Deus, cantando: Tu és Senhor, o Meu Pastor<br />
por isso nada em minha <strong>vida</strong> faltará (bis)<br />
“Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu<br />
as ovelhas e elas nos seguem”<br />
A relação <strong>de</strong> Jesus com as ovelhas é uma<br />
relação <strong>de</strong> reciprocida<strong>de</strong> as ovelhas<br />
escutam a voz do pastor. O pastor, por sua<br />
vez, conhece suas ovelhas,uma por uma, e<br />
as chama pelo nome. A comunhão<br />
se concretiza no seguimento.<br />
Nós somos o povo e o rebanho do<br />
Senhor Jesus é a porta para a <strong>vida</strong>.<br />
Esse discurso tem como pano <strong>de</strong><br />
fundo o texto do profeta Ezequiel<br />
(Ex.34).<br />
O texto do evangelho <strong>de</strong> hoje po<strong>de</strong><br />
ser estruturado em duas partes: na<br />
primeira; há um discurso enigmático;<br />
na segunda, a explicação <strong>de</strong>talhada<br />
do discurso enigmático.<br />
O discurso contrasta o ladrão,<br />
bandido e o pastor. O ladrão pula o<br />
muro para evitar o guarda, as ovelhas<br />
não seguem o estranho porque não<br />
conhecem a sua voz.<br />
O pastor entra sempre pela porta. Ele<br />
dá nome ás ovelhas, ele as chama<br />
pelo nome, elas o seguem porque<br />
conhecem a sua voz.<br />
Jesus é o pastor e as ovelhas são os<br />
discípulos e o povo que os ouvem e<br />
o seguem. Os homens reconhecem<br />
Jesus como o enviado <strong>de</strong> Deus<br />
porque ele salva e conduz á <strong>vida</strong>. Jesus<br />
veio para dar a <strong>vida</strong> aos homens. Ele dá a<br />
<strong>vida</strong> eterna que já se concretiza na fé,<br />
Jesus é o único salvador e mediador da<br />
<strong>vida</strong>.<br />
O projeto <strong>de</strong> libertação contínua hoje no<br />
mundo por intermédio <strong>de</strong> pessoas<br />
engajadas, que levam a todas as partes do<br />
mundo, a mensagem <strong>de</strong> fé e buscam novos<br />
membros para o rebanho do único Pastor.<br />
PARA REFLETIR E PARTILHAR<br />
Jesus, como o Pastor, nos guia e orienta<br />
todos os dias, doando seu amor por nós.<br />
Como está sendo a nossa doação a Ele e<br />
aos irmãos mais necessida<strong>de</strong>s? Somos<br />
Pastores? Cuidamos da <strong>vida</strong>? Como?<br />
MOMENTO DE ORAÇÃO<br />
ANIMADOR/A: Jesus é o caminho que nos<br />
conduz para as veredas da <strong>vida</strong> plena.<br />
Com Ele, po<strong>de</strong>remos dar passos na<br />
construção <strong>de</strong> uma nova socieda<strong>de</strong>. Nessa<br />
certeza, manifestemos nossas preces com<br />
toda confiança.<br />
LEITOR/A 5: Para que nossas atitu<strong>de</strong>s<br />
como cristãos no mundo e em nossa<br />
comunida<strong>de</strong> fortaleça a <strong>de</strong>fesa da <strong>vida</strong>,<br />
rezemos ao Senhor.<br />
TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />
resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />
LEITOR/A 6: Por todos os que são<br />
perseguidos por suas lutas em favor da<br />
justiça a fim <strong>de</strong> que não <strong>de</strong>sanimem ante<br />
os sofrimentos, Rezemos ao Senhor.<br />
TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />
resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />
LEITOR/A 7: Para que os governantes<br />
possam exercer sua missão em favor do<br />
povo, superando a tentação <strong>de</strong> governar em<br />
benefício <strong>de</strong> seus interesses. Rezemos ao<br />
Senhor.<br />
TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />
resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />
LEITOR/A 8: Para que tenhamos muitas<br />
vocações para a <strong>vida</strong> sacerdotal, religiosa<br />
e leiga e que os chamados sejam generosos<br />
e perseverantes.Rezemos ao Senhor.<br />
TODOS: Senhor, que vossa bonda<strong>de</strong><br />
resplan<strong>de</strong>ça sobre nós.<br />
Outras intenções espontâneas.<br />
Rezemos por todas as Vocações:<br />
Senhor da Messe e Pastor do<br />
Rebanho,faze ressoar em nossos ouvidos<br />
teu forte e suave convite: “Vem e segueme”<br />
Derrama sobre nós o teu Espírito. Que<br />
ele nos dê sabedoria para ver o caminho e<br />
generosida<strong>de</strong> para seguir tua voz.<br />
Senhor, que a Messe não se perca por<br />
falta <strong>de</strong> operários. Desperta nossas<br />
comunida<strong>de</strong>s para a missão, ensina nossa<br />
<strong>vida</strong> a ser serviço. Fortalece os que querem<br />
<strong>de</strong>dicar-se ao Reino na <strong>vida</strong> consagrada e<br />
religiosa.<br />
Senhor, que o Rebaho não pereça por<br />
falta <strong>de</strong> Pastores. Sustenta a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nossos bispos, padres e ministros. Dá a<br />
perseverança a nossos seminaristas.<br />
Desperta o coração <strong>de</strong> nossos jovens para<br />
o ministério pastoral em tua Igreja.<br />
Senhor da Messe e Pastor do<br />
Rebanho, chama-nos para o serviço <strong>de</strong> teu<br />
povo. <strong>Maria</strong>, Mãe da Igreja, mo<strong>de</strong>lo dos<br />
servidores do Evangelho, ajuda-nos a<br />
respon<strong>de</strong>r SIM. Amém.<br />
ANIMADOR/A: Dando continuida<strong>de</strong> à<br />
nossa celebração do mês <strong>de</strong> maio, rezemos<br />
uma <strong>de</strong>zena do terço, pedindo a bênção <strong>de</strong><br />
<strong>Maria</strong> à todas as vocações.<br />
ANIMADOR/A: O Bom Pastor que nos<br />
chamou ao vosso serviço, nos conceda<br />
todas as graças necessárias para bem<br />
realizar a nossa missão na família, na<br />
comunida<strong>de</strong> e em nossa socieda<strong>de</strong>.<br />
Levemos a todos a alegria do Senhor<br />
ressuscitado; Amém.<br />
Canto final.....<br />
Combinar local, horário para o próximo<br />
encontro.<br />
Compromisso para a semana:<br />
Fazer contato com a juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
nossa comunida<strong>de</strong>, con<strong>vida</strong>ndo-os para<br />
participares dos nossos encontros<br />
semanais.
12<br />
PREPARAÇÃO DO AMBIENTE: Bíblia,<br />
vela, imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora e a frase:<br />
“Como po<strong>de</strong>mos conhecer o Caminho?”.<br />
PALAVRAS DE BOAS VINDAS: (alguém<br />
da casa) Irmãos e Irmãs! Que alegria<br />
receber a cada um <strong>de</strong> vocês hoje em<br />
nossa casa! Sejam todos bem vindos para<br />
este encontro <strong>de</strong> irmãos. Na alegria do<br />
ressuscitado, sau<strong>de</strong>mo-nos com um<br />
abraço fraterno.<br />
ANIMADOR/A: Como Deus é<br />
maravilhoso! Com <strong>Maria</strong> nossa mãe, ele<br />
permanece no meio <strong>de</strong> nós, nos conce<strong>de</strong><br />
a graça <strong>de</strong> estarmos reunidos em torno <strong>de</strong><br />
sua palavra, e, nos quer orientar para que<br />
sejamos sempre mais unidos. Assim,<br />
iniciemos nosso encontro invocando a<br />
Santíssima Trinda<strong>de</strong>. Em nome do Pai...<br />
ANIMADOR/A: Estamos no mês <strong>de</strong> maio,<br />
no qual somos con<strong>vida</strong>dos a olhar para<br />
<strong>Maria</strong> mãe e mãe dos pequeninos. Ela que<br />
gerou seu filho oferecendo-o a toda<br />
humanida<strong>de</strong> como caminho, verda<strong>de</strong> e<br />
<strong>vida</strong>, caminha hoje com seu povo<br />
<strong>de</strong>volvendo-nos a esperança <strong>de</strong> um<br />
mundo novo possível.<br />
TODOS: Vem <strong>Maria</strong> vem, vem nos ajudar<br />
neste caminhar tão difícil rumo ao Pai.<br />
LEITOR/A 1: As reflexões <strong>de</strong>ste encontro<br />
nos con<strong>vida</strong>m a tomar consciência <strong>de</strong> que<br />
seguir Jesus Cristo e o seu projeto não é<br />
fácil mas é o único caminho para a nossa<br />
<strong>vida</strong> pessoal e comunitária.<br />
LEITOR/A 2: Tomé disse a Jesus: “Senhor<br />
nós não sabemos para on<strong>de</strong> vais. Como<br />
po<strong>de</strong>mos conhecer o Caminho?<br />
LEITOR/A 3: O Fortalecimento das<br />
Pequenas Comunida<strong>de</strong>s em nossas<br />
Paróquias continua sendo a priorida<strong>de</strong><br />
máxima <strong>de</strong> nossa Diocese como resposta<br />
concreta no discipulado <strong>de</strong> Jesus<br />
Caminho, Verda<strong>de</strong> e Vida.<br />
LEITOR/A 4: Mas, o que enten<strong>de</strong>mos por<br />
Pequenas Comunida<strong>de</strong>s?<br />
TODOS: São grupos <strong>de</strong> pessoas on<strong>de</strong><br />
famílias vizinhas, assumem o<br />
compromisso comunitário <strong>de</strong> serem<br />
agentes <strong>de</strong> transformação da socieda<strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> estão inseridos.<br />
4º Encontro - “Eu sou o Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a Vida”<br />
ADVOCACIA & CONSULTORIA<br />
PREVIDENCIÁRIA<br />
Franco José Vieira<br />
Adgovado OAB/MS 4.715<br />
Fone: (67) 3441-5406 / (67) 9638-1310<br />
LEITOR/A 5: Mas o que é necessário para<br />
viver este compromisso comunitário?<br />
TODOS: É necessário empenhar-se na<br />
vivência da Palavra <strong>de</strong> Deus, na partilha<br />
dos dons e dos bens espirituais e<br />
materiais, assumindo ações concretas<br />
na comunida<strong>de</strong> e na socieda<strong>de</strong>.<br />
ANIMADOR/A: O Documento <strong>de</strong> Aparecida<br />
nos diz que as Pequenas Comunida<strong>de</strong>s são<br />
ambientes próprios para a escuta da<br />
Palavra <strong>de</strong> Deus, para viver a fraternida<strong>de</strong>,<br />
para aprofundar a fé e fortalecer o exigente<br />
compromisso <strong>de</strong> ser apóstolos<br />
missionários, na socieda<strong>de</strong> hoje (nº 308).<br />
LEITOR/A 6: O Documento <strong>de</strong> Aparecida<br />
nos diz também: “se <strong>de</strong>sejamos Pequenas<br />
Comunida<strong>de</strong>s vivas e dinâmicas, é<br />
necessário <strong>de</strong>spertar nelas uma<br />
espiritualida<strong>de</strong> sólida, baseada na Palavra<br />
<strong>de</strong> Deus, que as mantenham em plena<br />
comunhão <strong>de</strong> <strong>vida</strong> e i<strong>de</strong>ias com a Igreja<br />
local e, em particular, com a Comunida<strong>de</strong><br />
paroquial” (nº 309).<br />
LEITOR/A 7: O Documento continua dizendo:<br />
“Destacamos que é preciso reanimar os<br />
processos <strong>de</strong> formação das Pequenas<br />
Comunida<strong>de</strong>s... pois nelas temos uma fonte<br />
segura <strong>de</strong> vocações ao sacerdócio, à <strong>vida</strong><br />
religiosa e à <strong>vida</strong> leiga com especial <strong>de</strong>dicação<br />
ao apostolado” (nº 310).<br />
LEITOR/A 8: “Através das Pequenas<br />
Comunida<strong>de</strong>s, também se po<strong>de</strong>ria<br />
conseguir chegar aos afastados, aos<br />
indiferentes e aos que alimentam<br />
<strong>de</strong>scontentamento ou ressentimento em<br />
relação à Igreja” (nº 310).<br />
Canto <strong>de</strong> Aclamação ao Evangelho.<br />
ILUMINAÇÃO BÍBLICA: JO 14,1-12<br />
Proclamar o evangelho pausadamente.<br />
Deixar um momento <strong>de</strong> silêncio e<br />
a seguir motivar para que todos partilhem<br />
algum pensamento ou frase que mais lhe<br />
chamou a atenção.<br />
“Na casa <strong>de</strong> meu Pai, há muitas<br />
moradas”<br />
Muitas moradas há na casa do Pai,<br />
ou seja, em nossas comunida<strong>de</strong>s. Não<br />
<strong>de</strong>vemos, porém, julgar os outros! Vemos<br />
as aparências, só Deus vê o coração. O<br />
fato <strong>de</strong> uma pessoa não fazer parte <strong>de</strong><br />
nenhuma associação ou pastoral não<br />
significa estar <strong>de</strong>sagradando a Deus.<br />
Há muitos serviços a fazer no caso do<br />
Pai, a começar pelos afazeres domésticos.<br />
Quem também assiste a um doente, em<br />
casa ou em um hospital, aten<strong>de</strong> uma<br />
criança ou um idoso, está construindo um<br />
edifício espiritual <strong>de</strong> excepcional valor<br />
diante <strong>de</strong> Deus. Exerce um sacerdócio<br />
santo, pois em Cristo, oferece sacrifícios<br />
<strong>de</strong> louvor aceitáveis a Deus.<br />
O caminho que conduz a Deus será<br />
sempre o do dom <strong>de</strong> si que se concretiza<br />
no serviço prestado aos irmãos. Jesus<br />
falou muitas vezes sobre o “dom da <strong>vida</strong>”,<br />
o doar-se aos irmãos, mas os discípulos<br />
sempre manifestavam dificulda<strong>de</strong>s para<br />
enten<strong>de</strong>r. Ele ensinou que o melhor lugar<br />
é aquele em que se po<strong>de</strong> servir os irmãos,<br />
mais e melhor.<br />
Fone:<br />
(67) 3423-4400<br />
e-mail: eletrowattsdourados@terra.com.br<br />
Av. Marcelino Pires, 2758 - Centro - Dourados - MS<br />
Maio/2011<br />
MOMENTO PARA REFLEXÃO E PARTILHA<br />
O que significa para mim, ser um discípulo<br />
missionário, hoje?<br />
O que tenho feito <strong>de</strong> concreto para ajudar<br />
alguém a ter Jesus como seu caminho,<br />
verda<strong>de</strong> e <strong>vida</strong>?<br />
MOMENTO DE ORAÇÃO<br />
ANIMADOR/A: Peçamos a <strong>Maria</strong> que<br />
interceda por todas as nossas Pequenas<br />
Comunida<strong>de</strong>s, nossa li<strong>de</strong>ranças e por todo<br />
o povo <strong>de</strong> Deus.<br />
Rezemos uma <strong>de</strong>zena do terço.....<br />
Canto: Santa Mãe <strong>Maria</strong>...<br />
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA<br />
TODOS: Virgem <strong>Maria</strong>, Mãe <strong>de</strong> Jesus,<br />
nossa mãe e mãe dos pequeninos, nós<br />
vos consagramos nossas <strong>vida</strong>s, nossos<br />
trabalhos, sofrimentos e alegrias.<br />
Colocamos no vosso coração <strong>de</strong> mãe,<br />
nossas famílias, os agentes <strong>de</strong> pastorais<br />
<strong>de</strong> nossas Paróquias e comunida<strong>de</strong>s. Ó<br />
mãe da humanida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> todas as suas<br />
lutas e esperanças, nós vos<br />
consagramos a <strong>vida</strong>, a missão, as luzes<br />
e trevas que atravessam a nossa<br />
socieda<strong>de</strong>. Envolvei no vosso amor<br />
materno todos os filhos e filhas<br />
dispersos e conduzi-nos a teu filho, que<br />
é o nosso caminho, verda<strong>de</strong> e <strong>vida</strong>.<br />
Amém.<br />
BÊNÇÃO FINAL:<br />
ANIMADOR/A: Pela intercessão <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora, peçamos a bênção <strong>de</strong> Deus sobre<br />
nossas casas, nossas famílias, nossas<br />
comunida<strong>de</strong>s, nossos irmãos doentes e por<br />
todos os que estão afastados do nosso<br />
convívio comunitário.<br />
Canto: Daí-nos a bênção, ó mãe<br />
querida.....<br />
Marcar o próximo encontro e distribuir<br />
algumas ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s necessárias. (po<strong>de</strong>se<br />
prever uma coroação a Nossa<br />
Senhora, como encerramento do mês <strong>de</strong><br />
maio).<br />
Compromisso para a semana:<br />
Fazer um dia <strong>de</strong> visita às famílias <strong>de</strong><br />
nosso bairro, con<strong>vida</strong>ndo novas pessoas<br />
para a nossa pequena comunida<strong>de</strong>.<br />
BOA SORTE CEREAIS LTDA<br />
Fone: (67) 3423-4222<br />
TRANSPORTADORA BOA SORTE LTDA<br />
Fone: (67) 9971-6866
Maio/2011 13<br />
Psicologia e Família<br />
Thalita Portela<br />
A mãe é uma das<br />
primeiras pessoas que<br />
proporciona à criança a<br />
experiência <strong>de</strong> amar,<br />
vivenciando em seu dia-adia<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> olhar<br />
para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> si mesma,<br />
olhar para o próximo,<br />
conviver com os outros e construir relacionamentos.<br />
Atualmente, a maioria das mães trabalham fora<br />
Só para crianças<br />
Diz a lenda que dois amigos viajavam no<br />
<strong>de</strong>serto e, num <strong>de</strong>terminado ponto da viagem,<br />
Discutiram.<br />
Ofendido, sem nada dizer, um <strong>de</strong>les escreveu<br />
na areia: hoje, meu melhor amigo<br />
me ofen<strong>de</strong>u.<br />
Seguiram e chegaram a um<br />
oásis, on<strong>de</strong> resolveram banharse.<br />
O que havia sido ofendido<br />
começou a afogar-se, mas foi<br />
salvo pelo amigo.<br />
Ao recuperar-se, pegou um<br />
estilete e escreveu numa pedra:<br />
Recanto da Juventu<strong>de</strong><br />
Ser mãe<br />
O valor da amiza<strong>de</strong><br />
“Enraizados e edificados em Cristo,<br />
firmes na fé” (Cl 2,7)<br />
A Juventu<strong>de</strong> da Forania <strong>de</strong> Dourados em<br />
comunhão com toda a Diocese do Coração quer<br />
fazer “Experiência <strong>de</strong> Deus!”. A Jornada Mundial<br />
da Juventu<strong>de</strong> nos indica um caminho a percorrer e<br />
nos assemelhar ao gran<strong>de</strong> semeador. O trabalho<br />
do Semeador é colocar a semente no<br />
solo.<br />
Sabemos que uma vez que a<br />
semente for <strong>de</strong>ixada no celeiro, nunca<br />
produzirá uma safra, por isso seu<br />
trabalho é importante. Fruto do<br />
trabalho <strong>de</strong> jovens representantes das<br />
várias expressões eclesiais da<br />
juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo o Brasil, o subsídio<br />
Jornada Diocesana da Juventu<strong>de</strong> 2011<br />
“Enraizados e edificados em Cristo, firmes<br />
na fé.” (Cl 2,7) tem como objetivo criar uma<br />
caminhada <strong>de</strong> formação e preparação para um novo<br />
tempo <strong>de</strong> evangelização da juventu<strong>de</strong>.<br />
Nós, jovens, começamos aqui, experenciar<br />
Deus. Sim, a Jornada Mundial da Juventu<strong>de</strong> que<br />
<strong>de</strong> casa, contudo é importante que elas permitamse<br />
vivenciar as emoções e os sentimentos da<br />
maternida<strong>de</strong>, envolvendo-se, aceitando e<br />
reconhecendo-os.<br />
Ser mãe também é errar, e com isso apren<strong>de</strong>r<br />
com os erros a pedir perdão, a rir <strong>de</strong> si mesma, a<br />
respeitar, falar, sentir e assim <strong>de</strong>finir as priorida<strong>de</strong>s<br />
da <strong>vida</strong>.<br />
Seja mãe <strong>de</strong> seus filhos, e não apenas um<br />
adulto cuidando <strong>de</strong> crianças.<br />
hoje, meu melhor amigo salvou-me a <strong>vida</strong>.<br />
Intrigado, o amigo perguntou:<br />
- Por que <strong>de</strong>pois que lhe ofendi, você escreveu<br />
na areia e agora escreveu na pedra?<br />
Sorrindo, o outro amigo respon<strong>de</strong>u:<br />
- Quando um gran<strong>de</strong> amigo nos<br />
ofen<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vemos escrever na areia,<br />
on<strong>de</strong> o vento do esquecimento e do<br />
perdão se encarrega <strong>de</strong> apagar.<br />
Porém, quando nos faz algo <strong>de</strong><br />
bom, <strong>de</strong>vemos escrever na pedra,<br />
on<strong>de</strong> vento nenhum do mundo<br />
consegue <strong>de</strong>sfazer.<br />
se realizará em Madri, nos impulsiona a rezarmos<br />
em comunhão com o mundo. Somos gran<strong>de</strong>s<br />
semeadores a exemplo <strong>de</strong> Cristo. Temos uma tarefa!<br />
Aplicando-se espiritualmente, os seguidores <strong>de</strong><br />
Cristo <strong>de</strong>vem estar ensinando a Palavra. Quanto<br />
mais ela é plantada nos corações dos<br />
homens, maior será a colheita.<br />
Assim, nós jovens, queremos e<br />
vamos fazer “Experiência <strong>de</strong> Deus!”,<br />
enraizados na proposta do material<br />
da Jornada Diocesana da Juventu<strong>de</strong>.<br />
Queremos juntos experimentar as<br />
forças <strong>de</strong> nossa juventu<strong>de</strong>s reunidos<br />
ao redor <strong>de</strong> nosso Pastor, o Papa Bento<br />
XVI.<br />
Jovens, rezemos em comunhão com<br />
nosso Bispo Dom Redovino, com nossos<br />
padres, religiosos(as), nossos irmãos(as) leigos(as),<br />
com todo a Igreja. Senhor, Jesus Cristo, faça-nos<br />
semeadores humil<strong>de</strong>s e caridosos assim como<br />
é diariamente para todos nós, Amém.<br />
ENDO MOTORS<br />
Fone: (67) 3424-6262<br />
endomotors@terra.com.br<br />
Av. Marcelino Pires, 3318 - Dourados - MS<br />
Lar, doce lar<br />
Conversa <strong>de</strong> Casal 3<br />
No último artigo (Conversa <strong>de</strong> Casal 2), vimos como i<strong>de</strong>ntificar<br />
os diversos elementos presentes numa conversa: emoções e<br />
sentimentos <strong>de</strong> cada interlocutor, pensamentos sobre a situação,<br />
<strong>de</strong>sejos diante da situação etc.<br />
Ficou, no entanto, uma pergunta: como colocar esse<br />
conhecimento em prática em prol <strong>de</strong> um bom relacionamento?<br />
A primeira coisa a salientar é que cada situação vi<strong>vida</strong> por nós e<br />
pelos outros é compreendida pelas suas consequências e pelos<br />
significados que lhe são atribuídos, os quais, po<strong>de</strong>m ser verda<strong>de</strong>iros<br />
ou não.<br />
Assim sendo, para que tenhamos uma compreensão clara do<br />
que está acontecendo, é preciso conversar. Não dá para confiar apenas<br />
na sua intuição ou imaginação, por mais que isso pareça tentador.<br />
Infelizmente, alguns casais imaginam que, por causa da<br />
convivência <strong>de</strong> muitos anos, possuem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adivinhar o<br />
que o outro está pensando, simplesmente porque o(a) “conhecem<br />
muito bem”. Nada mais falso! Só se po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r bem uma<br />
situação perguntando o que o outro quis dizer ou <strong>de</strong>sejou fazer naquele<br />
<strong>de</strong>terminado momento.<br />
Cabe recordar que a pessoa assertiva consegue expressar ao<br />
outro seus <strong>de</strong>sejos, sentimentos e direitos <strong>de</strong> maneira eficaz e não<br />
invasiva, agressiva.<br />
Na prática, ser assertivo requer uma série <strong>de</strong> ações que envolvem<br />
a reflexão sobre os seguintes pontos:<br />
- I<strong>de</strong>ntificar o que sinto: o que estou sentindo neste momento?<br />
Sinto raiva, medo, injustiça, rejeição, prazer, alegria? Em que situação<br />
tais sentimentos se manifestam? Que pensamentos os acompanham?<br />
- Analisar o que quero falar: qual é o conteúdo do que vai ser dito,<br />
que palavras po<strong>de</strong>m melhor expressar meus sentimentos? Qual a<br />
melhor maneira <strong>de</strong> dizer o que quero que aconteça?<br />
- Descobrir por que falar: qual meu objetivo? On<strong>de</strong> quero chegar?<br />
Quero mostrar que sou po<strong>de</strong>roso? Quero mostrar que não fico “por<br />
baixo” em <strong>de</strong>terminada situação?<br />
- I<strong>de</strong>ntificar como quero falar: lembre-se <strong>de</strong> que a entonação da<br />
voz e o jeito <strong>de</strong> falar expressam emoções agradáveis ou<br />
<strong>de</strong>sagradáveis. De que maneira vou comunicar minha vonta<strong>de</strong>? Serei<br />
enérgico, afetuoso, claro, <strong>de</strong>licado?<br />
- Escolher quando falar: qual será o melhor momento para<br />
comunicar o que quero? Será melhor conversar quando estivermos a<br />
sós? Devo esperar uma hora apropriada? Devo esperar uma discussão<br />
ou esperar que o assunto apareça naturalmente em algum momento?<br />
Tomar essas <strong>de</strong>cisões em momentos <strong>de</strong> conflitos não é nada<br />
simples. É preciso prática constante e reflexão sobre erros e acertos.<br />
O mais importante é estar disposto a conversar, sabendo ouvir e<br />
sabendo falar, sempre <strong>de</strong> maneira clara o que se quer e o que se<br />
sente.<br />
Para saber mais... Falo? Ou não falo?<br />
Expressando sentimentos e comunicando<br />
i<strong>de</strong>ias (Ed. Mecenas), em especial o<br />
capitulo “Saber falar e saber ouvir: a<br />
comunicação entre casais” (p. 71-83).<br />
Pe. Vitor Calixto dos Santos, cmf,<br />
é sacerdote e especialista em Terapia<br />
por Contingências <strong>de</strong> Reforçamento<br />
Dirigida por:<br />
Irmãs Franciscanas<br />
da Penitência e<br />
Carida<strong>de</strong> Cristã - PCC<br />
contato@escolaimaculada.com.br<br />
Fone/Fax: (67) 3421-4741 / 3421-5594
14<br />
Fique por <strong>de</strong>ntro<br />
Taxas e Espórtulas<br />
na Diocese <strong>de</strong> Dourados<br />
Com o presente <strong>de</strong>creto, atualizo e sanciono a tabela <strong>de</strong> taxas e<br />
espórtulas que passam a vigorar na Diocese <strong>de</strong> Dourados a partir do<br />
dia 24 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2011, solenida<strong>de</strong> da Páscoa do Senhor.<br />
1. CASAMENTOS:<br />
Processo R$ 100,00<br />
Celebração R$ 50,00<br />
Total R$ 150,00<br />
Em caso <strong>de</strong> transferência<br />
Processo R$ 100,00<br />
Celebração R$ 50,00<br />
Transferência R$ 50,00<br />
Total R$ 200,00<br />
2. CRISMAS: R$ 20,00<br />
3. BATIZADOS: R$ 20,00<br />
4. DESPACHOS DA CÚRIA: R$ 10,00<br />
5. ESPÓRTULA DA MISSA: Espontânea<br />
NOTAS:<br />
1. As pessoas que passam por dificulda<strong>de</strong>s econômicas ficam<br />
isentas das taxas, ou contribuem <strong>de</strong> acordo com as próprias<br />
possibilida<strong>de</strong>s.<br />
2. Na celebração do casamento, as <strong>de</strong>spesas extras (arranjos<br />
e energia para fotografias, filmagens, ar condicionado, etc.) ficam a<br />
critério <strong>de</strong> cada paróquia, <strong>de</strong> acordo com o que oferece.<br />
3. As taxas acima <strong>de</strong>scriminadas integram o Fundo<br />
Administrativo Paroquial, <strong>de</strong>stinado à manutenção e às <strong>de</strong>spesas da<br />
paróquia.<br />
4. Apesar <strong>de</strong> o Direito Canônico reconhecer que “ao sacerdote<br />
que celebra ou concelebra a missa é permitido receber a espórtula”<br />
(Cânon 945, § 1), na Diocese <strong>de</strong> Dourados, já que têm garantida a<br />
côngrua mensal, os presbíteros são con<strong>vida</strong>dos a <strong>de</strong>ixar as espórtulas<br />
para o Fundo Administrativo Paroquial,<br />
5. «O sacerdote que concelebrar no mesmo dia uma segunda<br />
missa, por nenhum título po<strong>de</strong> receber espórtula por ela” (Cânon 951,<br />
§ 2).<br />
6. “Depois <strong>de</strong> ter tomado posse da paróquia, o pároco é<br />
obrigado a aplicar a missa pelo povo que lhe é confiado, todos os<br />
domingos e festas <strong>de</strong> preceito” (Cân.534, § 1).<br />
7. Quando as espórtulas da missa ultrapassarem os R$ 25,00,<br />
serão aplicadas tantas missas quantas for o valor recolhido. O<br />
sacerdote que as recebeu, po<strong>de</strong> celebrá-las em outros dias, ou então<br />
confiá-las a colegas <strong>de</strong> paróquias mais necessitadas.<br />
8. Se se valoriza o serviço prestado pelos sacerdotes e<br />
religiosas com um salário conveniente, também os diáconos fazem<br />
jus aos mesmos direitos. Por isso, sempre que uma paróquia solicitar<br />
os seus préstimos, sejam gratificados com a espórtula <strong>de</strong> R$ 25,00<br />
(mais o combustível). A mesma norma vale para os sacerdotes<br />
chamados a celebrar em outras paróquias.<br />
Dom Redovino Rizzardo, cs<br />
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Agenda Diocesana<br />
Datas significativas do mês<br />
Padres Aniversariantes<br />
Alzira Santana<br />
(67) 8454-3860<br />
Maio/2011<br />
» 01 – Crismas em Dourados (Paróquia Santa Teresinha) – Curso <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança Cristã, no IPAD<br />
» 03 – Viagem <strong>de</strong> Dom Redovino a Aparecida<br />
» 05 a 08 – Cursilho <strong>de</strong> Jovens, no IPAD<br />
» 14 e 15 – Crismas em Itaporã<br />
» 15 – Formação para Ministros Novos na Forania <strong>de</strong> Nova Andradina –<br />
Formação para li<strong>de</strong>ranças paroquiais (catequistas, ministros veteranos,<br />
coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> pastorais, pequenas comunida<strong>de</strong>s e movimentos) <strong>de</strong><br />
Deodápolis, Glória <strong>de</strong> Dourados e Jateí<br />
» 16 – Encontro do clero diocesano na Chácara São João <strong>Maria</strong> Vianney<br />
» 17 – Reunião da Coor<strong>de</strong>nação Diocesana <strong>de</strong> Pastoral<br />
» 20 a 22 – Encontro da Pastoral Carcerária, no IPAD<br />
» 21 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Naviraí (<strong>de</strong><br />
manhã) – Missa e Noite Cultural da PJ, em Dourados<br />
» 21 e 22 – Crismas em Naviraí<br />
» 22 – Posse do Pe. Ryszard Szydlowski, SVD, em Mundo Novo – Formação para li<strong>de</strong>ranças<br />
paroquiais (catequistas, ministros veteranos, coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> pastorais, pequenas comunida<strong>de</strong>s e<br />
movimentos) <strong>de</strong> Vicentina e Fátima do Sul<br />
» 25 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Fátima do<br />
Sul<br />
» 26 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Ponta Porã<br />
» 27 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Nova<br />
Andradina<br />
» 27 a 29 – Encontro da CRB diocesana, no IPAD<br />
» 31 – Encontro do bispo diocesano com os padres, diáconos e irmãs da Forania <strong>de</strong> Amambai<br />
01 – 2º Domingo da Páscoa – Domingo da<br />
Divina Misericórdia – Dia do Trabalhador<br />
03 – Santos Filipe e Tiago, Apóstolos<br />
03/13 – 49ª Assembleia da CNBB, em<br />
Aparecida<br />
06 – 1ª sexta-feira do mês: dia <strong>de</strong> oração<br />
pela Igreja diocesana<br />
08 – 3º Domingo <strong>de</strong> Páscoa – Dia das Mães<br />
Nascimento<br />
02. Diác. Lécio Gavinha Lopes<br />
07. Pe. Renaldo Lopes, podp<br />
12. Pe. Adriano Stevanelli<br />
12. Frei Ernesto Wie<strong>de</strong>rholt, ofm<br />
12. Pe. José Vicente do Carmo, sac<br />
17. Diác. Nilson Domingos<br />
22. Pe. Bonfilho Manfio, sac<br />
22. Pe. Telmo Buriol, sac<br />
14 – São Matias, Apóstolo<br />
15 – Domingo do Bom Pastor: Jornada<br />
Mundial <strong>de</strong> Oração pelas vocações sacerdotais e<br />
religiosas<br />
22 – 5º Domingo da Páscoa<br />
24 – Nossa Senhora Auxiliadora<br />
29 – 6º Domingo da Páscoa<br />
31 – Visitação <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
24. Pe. Valmor Domingos Righi,sac<br />
Or<strong>de</strong>nação<br />
01. Pe. A<strong>de</strong>mar Lino <strong>de</strong> Souza, svd<br />
01. Pe. Antônio Geová Barros Lopes<br />
14. Pe. Reinaldo Cardozo, svd<br />
18. Pe. Raju Devarakonda, svd<br />
20. Pe. Hermes Pergher, cs<br />
27. Diác. llton T. Albuquerque<br />
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Maio/2011 15<br />
Entrevista<br />
Pastoral Urbana<br />
Este mês entrevistamos Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs, que respon<strong>de</strong> algumas questões<br />
sobre Pastoral Urbana, segundo ele, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio é olhar para o meio urbano como um<br />
lugar eminentemente teológico e enten<strong>de</strong>r que “Deus mora nesta cida<strong>de</strong>”. Apesar das luzes<br />
e sombras existentes nas cida<strong>de</strong>s, Jesus po<strong>de</strong>, com seu olhar misericordioso, transformar<br />
as sombras em luzes.<br />
1- A Partir do Documento <strong>de</strong> Aparecida, como<br />
po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir Pastoral Urbana?<br />
O Documento <strong>de</strong> Aparecida (DA) diz textualmente<br />
que “as gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s são laboratórios <strong>de</strong>ssa cultura<br />
contemporânea complexa e plural” (509). Em base a<br />
isso, po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>finir a Pastoral Urbana como um<br />
esforço <strong>de</strong> inculturar a Boa Nova do Evangelho a partir<br />
dos valores e contravalores <strong>de</strong> universo, em sua<br />
complexida<strong>de</strong> e pluralida<strong>de</strong>. Isso exige, ainda segundo<br />
o DA uma atenção especial às “novas culturas que se<br />
vão gestando e impondo, com nova linguagem e nova<br />
simbologia” (510)<br />
2- Po<strong>de</strong>ríamos dizer que a partir do advento dos<br />
meios <strong>de</strong> comunicação social e da mudança sóciocultural<br />
por eles provocados, as cida<strong>de</strong>s gran<strong>de</strong>s,<br />
médias e pequenas têm uma mentalida<strong>de</strong><br />
semelhante no que se refere ao estilo <strong>de</strong> <strong>vida</strong>?<br />
É evi<strong>de</strong>nte que os meios <strong>de</strong> comunicação social<br />
contribuem <strong>de</strong>cisivamente para encurtar distâncias,<br />
tanto geográficas, quanto políticas ou culturais. Não é<br />
exagero afirmar que, hoje em dia, o conceito <strong>de</strong><br />
“universo urbano” se encontra também nas pequenas e<br />
médias cida<strong>de</strong>s, e até mesmo na zona rural. Se, por<br />
um lado, o migrante migra do campo para a cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
outro, a linguagem e simbologia da cida<strong>de</strong> migra para o<br />
campo. Assim, o universo urbano não coinci<strong>de</strong> com a<br />
geografia da cida<strong>de</strong>. Ele incorpora, mas ultrapassa a<br />
cida<strong>de</strong>. Trata-se muito mais <strong>de</strong> um conceito cultural do<br />
que territorial.<br />
3- Diante <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> heterogênea e<br />
globalizada, como evangelizar as cida<strong>de</strong>s?<br />
A primeira coisa é dar-se conta que a linguagem é<br />
polifônica. Há significados superpostos e até<br />
contrastantes. As cida<strong>de</strong>s, com <strong>de</strong>staque para as<br />
metrópoles, constituem verda<strong>de</strong>iros “areópagos<br />
mo<strong>de</strong>rnos” conforme dizia o Papa João Paulo II. Como<br />
o apóstolo Paulo em Atenas, é preciso i<strong>de</strong>ntificar e<br />
enten<strong>de</strong>r as diversas linguagens. Só assim será possível<br />
fazer com que a mensagem<br />
evangélica entre em diálogo<br />
com elas. Em segundo lugar,<br />
não se trata <strong>de</strong> opor o campo<br />
como lugar calmo e tranquilo<br />
frente à cida<strong>de</strong> violenta<br />
(saudosismo), mas <strong>de</strong><br />
perceber os valores positivos<br />
que a cida<strong>de</strong> vai<br />
<strong>de</strong>senvolvendo (intercâmbio).<br />
4- O Episcopado e o<br />
Clero, neste momento,<br />
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estão preparados para apresentar Jesus Cristo na<br />
realida<strong>de</strong> urbana com seus diversos <strong>de</strong>safios?<br />
Em alguns lugares mais que em outros. Mas ainda<br />
temos muito a caminhar. O mais difícil é <strong>de</strong>ixar as<br />
estruturas rígidas <strong>de</strong> nossas circunscrições geográficas<br />
e canônicas, por uma pastoral mais ágil e flexível. O<br />
povo da cida<strong>de</strong> está em constante movimento, participa<br />
não tanto <strong>de</strong> acordo com a pertença a esta ou aquela<br />
paróquia, mas conforme seus interesses imediatos. Já<br />
existem dioceses que criaram vicariatos ou paróquias<br />
pessoais para imigrantes, estudantes, povo <strong>de</strong> rua, etc.<br />
São <strong>instrumento</strong>s <strong>de</strong>ssa natureza que ajudam a acolher<br />
melhor essa multidão solitária e em movimento.<br />
5- Quais passos po<strong>de</strong>ríamos elencar como fator<br />
inicial <strong>de</strong> uma Pastoral Urbana eficaz?<br />
O primeiro é a acolhida. Não somente esperar na<br />
porta da Igreja, mas acolhida no sentido <strong>de</strong> ir ao encontro<br />
dos bairros e lugares mais afastados. Depois vem a<br />
abertura <strong>de</strong> espaços físicos e culturais para que os<br />
diferentes grupos possam manifestar suas expressões<br />
religiosas. Não po<strong>de</strong> faltar também uma pastoral<br />
“orgânica e <strong>de</strong> conjunto”, para que as pessoas percebam<br />
que a Igreja caminha uníssona. Por fim, é preciso abrir<br />
as portas às diversas culturas, povos e linguagens. Isso<br />
vale para a liturgia, a catequese e a pastoral.<br />
6- Já existe, na Igreja do Brasil, experiências<br />
significativas nesta área?<br />
Na arquidiocese <strong>de</strong> São Paulo, por exemplo,<br />
existem diversas paróquias pessoais para os<br />
estrangeiros, uma vez que a cida<strong>de</strong> é cosmopolita.<br />
Também existe um vicariato para o povo da rua. Isso<br />
faz com que se possa aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>terminada porção do<br />
Povo <strong>de</strong> Deus sem levar em conta os limites territoriais,<br />
e sim as necessida<strong>de</strong>s espirituais <strong>de</strong> cada um. Um<br />
colega meu é pároco da paróquia pessoal dos imigrantes<br />
hispano-americanos, o que lhe dá acesso a todas as<br />
paróquias da arquidiocese. Po<strong>de</strong>ríamos ainda<br />
acrescentar as “missões populares” como forma <strong>de</strong><br />
romper fronteiras e chegar<br />
aon<strong>de</strong> está o povo. No caso<br />
da Pastoral dos Migrantes, é<br />
notória a presença na origem,<br />
trânsito e <strong>de</strong>stino dos<br />
mesmos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>de</strong> paróquia ou <strong>de</strong><br />
diocese. O Apostolado do<br />
Mar, responsável por<br />
acompanhar os marinheiros<br />
nos barcos ou no porto, é<br />
mais um exemplo. Muitos<br />
outros po<strong>de</strong>riam ser citados.<br />
Planeta Terra: consensos<br />
A Campanha da Fraternida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste ano está<br />
nos motivando para conferir a <strong>vida</strong> no planeta<br />
terra, e auscultar os sinais <strong>de</strong> alerta que está<br />
emitindo.<br />
Como já po<strong>de</strong>mos constatar, o enfoque<br />
central da campanha <strong>de</strong>ste ano está na constatação<br />
da imprescindível função do planeta<br />
terra para a existência da <strong>vida</strong>. A <strong>vida</strong><br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do planeta. As condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong> do planeta ditam as possibilida<strong>de</strong>s<br />
e as condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong> dos seres vivos que habitam o planeta.<br />
A Campanha aborda o tema pelo caminho dos sintomas,<br />
apontando com clareza dois: o aquecimento global e as mudanças<br />
climáticas. É compreensível que assim proceda, pois a <strong>vida</strong> é tão<br />
complexa que fica difícil sua abordagem direta. Os sintomas têm a<br />
vantagem <strong>de</strong> captar o que merece mais atenção. Como o médico que<br />
se <strong>de</strong>bruça com carinho para auscultar os sinais vitais do paciente,<br />
assim somos chamados a fazer diante dos sinais <strong>de</strong> alerta emitidos<br />
pelo planeta.<br />
Ambos suscitam apreensões, e levantam legítimas interrogações,<br />
cujas respostas <strong>de</strong>vemos procurar, na medida <strong>de</strong> nosso alcance.<br />
Mesmo que interrogações continuem, existe um leque <strong>de</strong><br />
constatações e <strong>de</strong> indicações, em torno das quais dá para tecer um<br />
amplo consenso, muito importante para uma ação articulada e eficaz.<br />
O <strong>de</strong>spertar da consciência ecológica está nos levando a perceber<br />
a valida<strong>de</strong> e a sabedoria da primeira recomendação feita à humanida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> acordo com a linguagem figurativa da Bíblia. Segundo ela, Deus<br />
confiou a criação à humanida<strong>de</strong>, para que a cuidasse e cultivasse.<br />
E´ muito importante captar bem o significado real <strong>de</strong>sta linguagem<br />
figurada. Pois da correta compreensão <strong>de</strong>sta passagem bíblica vai<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r a atitu<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada que <strong>de</strong>vemos ter com a natureza.<br />
Po<strong>de</strong> ser que tenhamos assimilado esta linguagem <strong>de</strong> maneira<br />
equivocada, como se Deus tivesse entregue a criação ao homem para<br />
“dominar e explorar a terra”, sem critério, e sem respeito por suas<br />
condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong>.<br />
Em vista <strong>de</strong>sta interpretação equivocada, alguns chegam até a<br />
acusar a fé cristã <strong>de</strong> ter sido a patrocinadora da mentalida<strong>de</strong> predatória<br />
que caracterizou a revolução industrial. Urge explicitar a interpretação<br />
verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>sta importante passagem bíblica.<br />
Diante da atitu<strong>de</strong> predatória do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>corrente da revolução industrial, vai se firmando a convicção <strong>de</strong> que<br />
os recursos do planeta são limitados, e precisam ser usados com<br />
cuidado e parcimônia, para não <strong>de</strong>sperdiçá-los.<br />
Assim, será preciso cada vez mais superar a cultura do<br />
consumismo e do <strong>de</strong>sperdício, pela sobrieda<strong>de</strong> e consciência da<br />
preciosida<strong>de</strong> dos recursos vitais que o planeta nos oferece.<br />
Desta atitu<strong>de</strong>, impregnada <strong>de</strong> fé e <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> humana,<br />
<strong>de</strong>correm muitas posturas concretas, que esta campanha po<strong>de</strong><br />
incentivar, se estamos dispostos a acolher seus apelos e a nos organizar<br />
pessoal e comunitariamente.<br />
São diversas as frentes <strong>de</strong> ação ecológica que po<strong>de</strong>m nos levar a<br />
uma cultura <strong>de</strong> preservação das condições <strong>de</strong> <strong>vida</strong> do planeta. Os<br />
cuidados com a água, por sua escassez e preciosida<strong>de</strong>, a pureza do<br />
ar, o cultivo a<strong>de</strong>quado do solo, as medidas <strong>de</strong> preservação do meio<br />
ambiente, tudo isto po<strong>de</strong> se constituir em motivações consistentes a<br />
sustentar uma nova mentalida<strong>de</strong>.<br />
Sejam como forem as condições do planeta, cuidaremos <strong>de</strong>le, e<br />
saberemos sintonizar nossas atitu<strong>de</strong>s com a dinâmica <strong>de</strong> <strong>vida</strong> que rege<br />
sua natureza.<br />
D. Demétrio Valentini<br />
Bispo <strong>de</strong> Jales-SP e presi<strong>de</strong>nte da Cáritas Brasileira<br />
Comércio <strong>de</strong> Confecções<br />
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Dourados - MS
16<br />
Formação para Li<strong>de</strong>ranças paroquiais Pressupostos para uma<br />
Nos meses <strong>de</strong> março e<br />
abril, membros da Equipe<br />
Diocesana <strong>de</strong> Pastoral visitaram<br />
09 paróquias <strong>de</strong> nossa Diocese<br />
para a realização do Programa<br />
<strong>de</strong> formação para Li<strong>de</strong>ranças<br />
Paroquiais.<br />
Eis as paróquias já<br />
contempladas:<br />
Anaurilândia, Bataguassu,<br />
Batayporã, Taquarussú, Nova<br />
Andradina, Casa Ver<strong>de</strong>,<br />
Ivinhema, Angélica, e Novo<br />
Horizonte.<br />
Temas abordados:<br />
Novas Diretrizes da Ação<br />
Evangelizadora da Igreja no Brasil;<br />
Retomada das Diretrizes<br />
Pastorais Diocesana;<br />
Espiritualida<strong>de</strong> da Ação<br />
Missionária a luz do Doc. De<br />
Aparecida.<br />
Em cada um <strong>de</strong>stes<br />
encontros formativos, a equipe<br />
faz questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar e<br />
lembrar a toda li<strong>de</strong>rança, que<br />
este, está sendo um ano <strong>de</strong><br />
retomada e avaliação <strong>de</strong><br />
nossas Diretrizes Pastorais e do<br />
objetivo geral que orienta a<br />
nossa ação evangelizadora<br />
diocesana: “ Evangelizar a partir<br />
do encontro com Jesus Cristo,<br />
como discípulos missionários, à<br />
luz da evangélica opção<br />
preferencial pelos pobres,<br />
promovendo a dignida<strong>de</strong> da<br />
pessoa, renovando a<br />
comunida<strong>de</strong>, participando da<br />
construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />
justa e solidária, para que todos<br />
tenham Vida e a tenham em<br />
abundância”( Jo 10,10)<br />
Nos encontros paroquiais,<br />
motivamos ainda para que toda a li<strong>de</strong>rança<br />
retome e avalie a nossa priorida<strong>de</strong><br />
diocesana que são as PEQUENAS<br />
COMUNIDADES, tendo em vista a<br />
nossa próxima assembléia que já se<br />
realizará no mês <strong>de</strong> novembro do<br />
ano corrente.<br />
Os respectivos párocos, vigários<br />
paroquiais, CPPs e a li<strong>de</strong>rança,<br />
estão <strong>de</strong> parabéns pela efetiva<br />
participação e o notável zelo para<br />
com a formação contínua dos<br />
discípulos missionários <strong>de</strong> nossa<br />
Igreja Diocesana.<br />
Prossigamos,animados pelo<br />
Espírito <strong>de</strong> Deus que nos conduz.<br />
Maio/2011<br />
Espiritualida<strong>de</strong> da Ação Missionária<br />
2. Viver em estado <strong>de</strong> missão é um mandato do Senhor, que envolve a<br />
todos nós<br />
Uma parte essencial da espiritualida<strong>de</strong> missionária<br />
é a profunda convicção <strong>de</strong> ser enviado<br />
A natureza missionária da Igreja se concretiza no compromisso missionário<br />
<strong>de</strong> cada comunida<strong>de</strong> eclesial e <strong>de</strong> cada cristão, nos diferentes contextos da<br />
realida<strong>de</strong> humana. Com efeito, a vocação da Igreja e <strong>de</strong> cada cristão tem uma<br />
dimensão universal: que abrange tudo e a todos, em todo tempo e lugar, pois a<br />
<strong>salvação</strong> que Deus nos ofereceu em Cristo, está <strong>de</strong>stinada a toda a humanida<strong>de</strong><br />
e à criação inteira. Todos fomos chamados “a esta união com Cristo, luz do<br />
mundo, <strong>de</strong> quem proce<strong>de</strong>mos por quem vivemos e para quem caminhamos”.<br />
A dimensão missionária é uma exigência que brota da fé e da <strong>vida</strong> cristã.<br />
Portanto, não é só um trabalho <strong>de</strong> algumas comunida<strong>de</strong>s eclesiais, nem po<strong>de</strong><br />
ser reduzida a <strong>de</strong>terminados tempos, mas é uma tarefa permanente. Nesse<br />
sentido, a Missão Continental proposta em Aparecida não po<strong>de</strong> ser vista como<br />
algo opcional, mas como uma exigência que <strong>de</strong>ve ser assumida <strong>de</strong> maneira<br />
urgente por todas as comunida<strong>de</strong>s eclesiais e por cada um dos Discípulos e<br />
Discípulas do Senhor.<br />
O lançamento <strong>de</strong>ssa Missão não é uma i<strong>de</strong>ia súbita dos pastores da América<br />
Latina e do Caribe; nem tampouco uma proposta <strong>de</strong>sesperada da Igreja diante<br />
do êxodo dos católicos para outros grupos religiosos; nem uma estratégia<br />
proselitista para ganhar a<strong>de</strong>ptos; nem costumes <strong>de</strong> uma Igreja <strong>de</strong> cristanda<strong>de</strong><br />
ou uma moda do momento que passará logo. A Missão Continental é uma<br />
atualização do mandato original do Senhor aos seus Discípulos, nele tem suas<br />
raízes. Respon<strong>de</strong>, pois, a natureza essencialmente missionária da Igreja, a qual<br />
<strong>de</strong>ve atualizar a oferta <strong>de</strong> <strong>salvação</strong> <strong>de</strong> Jesus a uma humanida<strong>de</strong> profundamente<br />
necessitada <strong>de</strong> tal <strong>salvação</strong>.<br />
Deus quer que todos nós trabalhemos em sua vinha. E “a vinha é o mundo<br />
inteiro (cf. MT 13,38), que <strong>de</strong>ve ser transformado e acordo com o <strong>de</strong>signo divino<br />
em vista da vinda <strong>de</strong>finitiva do Reino <strong>de</strong> Deus”.<br />
No entanto, essa missão não é apenas <strong>de</strong> sacerdotes, religiosos, religiosas<br />
ou membros <strong>de</strong> Institutos <strong>de</strong> Vida Consagrada. É uma missão que compete a<br />
todos: “também os fiéis leigos são chamados pessoalmente pelo Senhor, <strong>de</strong><br />
quem recebem uma missão a favor da Igreja e do mundo” (ChL, n.2). Cada<br />
pessoa batizada <strong>de</strong>ve cumprir essa missão a partir da sua vocação específica,<br />
seu carisma pessoal e sua situação concreta, sempre com um espírito <strong>de</strong><br />
universalida<strong>de</strong>:<br />
“O Espírito Santo dá à Igreja diversos dons[...] infundindo no coração<br />
dos fiéis o mesmo espírito <strong>de</strong> missão que impulsionou Cristo” (AG, n.4).<br />
O Papa Paulo VI expressou muito bem esta exigência na Evangelii Nuntiandi:<br />
“Os homens po<strong>de</strong>rão salvar-se por outros caminhos, graças à misericórdia<br />
<strong>de</strong> Deus, se nós não lhes anunciarmos o Evangelho; mas nós, po<strong>de</strong>rnos-emos<br />
salvar se, por negligência, por medo ou por vergonha, (...) ou<br />
por se seguirem i<strong>de</strong>ias falsas, nos omitirmos <strong>de</strong> o anunciar?” (EN, n.80).<br />
Assim pois, todos os batizados,<br />
“pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à<br />
Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e <strong>de</strong>ste<br />
modo ficam obrigados a difundir e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a fé por palavras e obras<br />
como verda<strong>de</strong>iras testemunhas <strong>de</strong> Cristo” (LG, n.11).<br />
O anúncio <strong>de</strong> Cristo e <strong>de</strong> seu reino<br />
“mais do que um direito, é um <strong>de</strong>ver do evangelizador. E é também um<br />
direito dos homens seus irmãos o receber <strong>de</strong>le o anúncio da Boa Nova<br />
da <strong>salvação</strong>...” (EN, n. 80).<br />
Em outras palavras, a missão não é uma graciosa concessão <strong>de</strong> um ser<br />
humano, mas um convite <strong>de</strong> Deus para cooperar com o seu plano <strong>de</strong> <strong>salvação</strong><br />
universal.<br />
A Espiritualida<strong>de</strong> e a vivência missionária pertencem à entranha da <strong>vida</strong><br />
cristã.<br />
Reflexão pessoal e comunitária:<br />
* O que está sendo feito, <strong>de</strong> fato, em prol da Missão Continental?<br />
* O que significa para mim e o que estou fazendo para a Missão Continental?<br />
Texto retirado do Documento nº 16 À Luz <strong>de</strong> Aparecida... A<br />
espiritualida<strong>de</strong> da Ação Missionária. Autor: Salvador Vala<strong>de</strong>z Fuentes