novas abordagens sobre - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

ISSN: 1984 -3615
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
NÚCLEO DE ESTUDOS DA ANTIGUIDADE
I CONRESSO INTERNACIONAL DE RELIGIÃO
MITO E MAGIA NO MUNDO ANTIGO
&
IX FÓRUM DE DEBATES EM HISTÓRIA ANTIGA
2010
segundo os autores, representavam o poderio das forças malignas na terra e do poder
tirânico frente aos ideais da população.
Outro fator importante nos textos é a representação da besta como uma
personificação do caos; no Romance de Alexandre, vê-se o transtorno causado pelo ataque
repentino do odontotyrranus no acampamento macedônico; no texto de Dn, a quarta besta
representa o ataque maligno de Antioco IV contra os costumes judaicos; já no texto de
Filostrato, a besta é uma fera que pode trazer o caos pelo seu caráter selvagem e feroz.
Para fins de instrução, será disponibilizado um quadro comparativo entre os três
textos, a fim de analisar as possíveis apropriações do autor de Dn 7 em relação à carta
apócrifa de Aristóteles a Alexandre.
QUADRO COMPARATIVO ENTRE A CARTA APÓCRIFA DE ARISTÓTELES A
Texto e sua
datação/descrição
comum aos autores na
caracterização do
animal
Paralelo com a Indía
ALEXANDRE, TEXTO DE Dn 7 E A VIDA DE APOLÔNIO DE TYANA
Carta apócrifa de
Aristóteles a
Alexandre
(250-200 a.C.)
A descrição do suposto
encontro de Alexandre
com o odontotyrannus
ocorreu em uma de
suas aventuras na
Índia.
Descrição do quarto
animal fantático de
Dn 7
(169-167 a.C.)
Não menciona sua
procedência.
Averiguação deve ser
feita por meio da
coleta de indícios da
suposta origem da
besta.
Vida de Apolônio
de Tyana
(200 d.C.)
O autor deixa claro
que o encontro de
Apolônio com a fera
também se deu no
território indiano.
82