17.04.2013 Views

novas abordagens sobre - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

novas abordagens sobre - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

novas abordagens sobre - Núcleo de Estudos da Antiguidade - UERJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ISSN: 1984 -3615<br />

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

NÚCLEO DE ESTUDOS DA ANTIGUIDADE<br />

I CONRESSO INTERNACIONAL DE RELIGIÃO<br />

MITO E MAGIA NO MUNDO ANTIGO<br />

&<br />

IX FÓRUM DE DEBATES EM HISTÓRIA ANTIGA<br />

2010<br />

apocalipse <strong>de</strong> fundo histórico como Dn. No pequeno trecho <strong>de</strong> (1En 88:10-14), temos<br />

nações representa<strong>da</strong>s pelas figuras <strong>de</strong> diversos animais, nas quais a ovelha representa<br />

provavelmente a nação <strong>de</strong> Israel e os lobos representam as nações opressoras:<br />

Então o Senhor permitiu que os doze cor<strong>de</strong>iros fossem morar junto<br />

<strong>de</strong>le, e que juntamente com ele pastassem no meio dos lobos. E<br />

eles cresceram e converteram-se em numerosos rebanhos <strong>de</strong><br />

ovelha. Então os lobos começaram a ter medo <strong>de</strong>les e passaram a<br />

oprimi-los, chegando finalmente a matar os seus recém-nascidos.<br />

E jogavam os seus filhotes num rio cau<strong>da</strong>loso. Então aquelas<br />

ovelhas principiaram a clamar por causa dos seus filhotes<br />

lamentando-se junto ao Senhor [...].Então um dos cor<strong>de</strong>iros, que<br />

havia sido salvo dos lobos, escapou e refugiou-se entre os asnos<br />

selvagens [...] Depois eu vi as ovelhas se afastarem <strong>de</strong> junto dos<br />

lobos: estes, porém, tinham os olhos obcecados [...] E o Senhor <strong>da</strong>s<br />

ovelhas as acompanhava como seu condutor, e to<strong>da</strong>s elas o<br />

seguiam. Sua face era brilhante merática, mas <strong>de</strong> aspecto terrível<br />

[...]<br />

Na visão <strong>de</strong> Dn, vemos quatro animais fantásticos emergirem do mar: o primeiro<br />

era um leão com asas <strong>de</strong> águia e com um coração que <strong>de</strong>pois lhe foi <strong>da</strong>do; o segundo era<br />

um urso com três costelas na boca, a quem foi or<strong>de</strong>nado: “levanta-te e <strong>de</strong>vora muita<br />

carne”; o terceiro animal era um leopardo com quatro asas <strong>de</strong> águia e quatro cabeças; o<br />

quarto animal, o autor <strong>de</strong>clarou ser “terrível, espantoso, e extremamente forte”, com<br />

enormes <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ferro, garras <strong>de</strong> bronze e possuía <strong>de</strong>z chifres.<br />

Obviamente, existe um caráter mitológico na <strong>de</strong>scrição dos monstros aliado á<br />

presença <strong>de</strong> imagens ju<strong>da</strong>icas, babilônicas, acadianas e indo-europeias, porém, o foco <strong>de</strong>sta<br />

dissertação está na <strong>de</strong>scrição do quarto animal e sua provável origem, tendo a intenção <strong>de</strong><br />

possibilitar ao leitor traçar os paralelos possíveis entre a visão <strong>de</strong>scrita em Dn 7 e os textos<br />

historiográficos do Pseudo-Calístenes e <strong>de</strong> Filostrato.<br />

Os animais e sua aparição no <strong>de</strong>correr <strong>da</strong> visão não parecem seguir uma <strong>de</strong>scrição<br />

casual, antes seguem as características marcantes (na opinião do autor <strong>de</strong> Dn 7), o leão<br />

74

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!