17.04.2013 Views

Edo Bosh - Viva Porto

Edo Bosh - Viva Porto

Edo Bosh - Viva Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Viva</strong>! Local<br />

112<br />

J O G A D O R<br />

nacionais, duas Taças de Portugal,<br />

duas Supertaças (a última<br />

em Outubro frente ao Benfica)<br />

e foi várias vezes vicecampeão<br />

da Europa. Agora, o<br />

caminho é rumo ao penta, que<br />

pode ser alcançado esta época.<br />

O ansiado título de campeão<br />

europeu na modalidade<br />

ainda não aconteceu mas é<br />

um objectivo a concretizar.<br />

“Antes de acabar a carreira ainda<br />

vou ser campeão da Europa pelo<br />

FC <strong>Porto</strong>”, diz <strong>Edo</strong> Bosch. “Nem<br />

que tenha de o comprar”, acrescenta<br />

com humor. Não conseguir<br />

este título antes de acabar<br />

a carreira seria uma frus-<br />

Um dragão da Catalunha<br />

<strong>Edo</strong> Bosch, o catalão guarda-<br />

-redes titular da equipa de hóquei<br />

em patins do FC <strong>Porto</strong>, chegou à<br />

cidade há cerca de oito anos.<br />

Gosta de viver no <strong>Porto</strong> e<br />

reconhece que a cidade tem<br />

evoluído e está mais bonita. O<br />

atleta é licenciado em Gestão e um<br />

bom conversador. Aos 30 anos,<br />

<strong>Edo</strong> mantém a esperança de ser<br />

campeão europeu pelos dragões.<br />

Texto: Marta Almeida Carvalho<br />

Fotos: Virgínia Ferreira<br />

<strong>Edo</strong> Bosch nasceu em<br />

Barcelona e chegou ao<br />

FC <strong>Porto</strong> na época de<br />

97/98. O seu percurso desportivo<br />

começou quando era<br />

ainda muito jovem. Aos cinco<br />

anos entrou no mundo dos<br />

patins, onde o ensino do hóquei<br />

era feito nas escolas. Começou<br />

na «Maristas Sants»,<br />

onde se manteve até aos juvenis<br />

e onde o pai, também<br />

hoquista e duas vezes campeão<br />

do mundo, se tinha iniciado.<br />

Ingressou, depois, nas<br />

camadas jovens do Barcelona<br />

de onde se transferiu para o<br />

VilaNova, onde passou a sénior.<br />

E foi já como sénior que se<br />

manteve três épocas no Reus<br />

Deportivo e uma no Noia Freixenet.<br />

Foi então que recebeu<br />

uma chamada onde o convidavam<br />

a ingressar no FC <strong>Porto</strong> e<br />

que, de início, lhe pareceu uma<br />

brincadeira. “Ouvi alguém falar<br />

num espanhol um pouco estranho<br />

e pensei que fosse algum<br />

amigo a querer pregar-me uma<br />

partida”, conta divertido. Mas<br />

não. Tratava-se de Ilídio Pinto<br />

que lhe propunha a transferência<br />

para o <strong>Porto</strong>. A partir do momento<br />

em que chegou ao clube,<br />

<strong>Edo</strong> ganhou vários títulos,<br />

entre eles seis campeonatos<br />

○ ○ ○ ○ ○<br />

○<br />

<strong>Edo</strong> <strong>Bosh</strong><br />

tração para o atleta. <strong>Edo</strong> reconhece<br />

que o facto de jogarem<br />

«longe» de «casa», em Fânzeres,<br />

traz alguns contratempos.<br />

“Quando jogávamos no pavilhão<br />

Américo Sá havia mais<br />

público nos jogos. Não há nada<br />

melhor para um jogador do que<br />

entrar em campo e ver as bancadas<br />

cheias”, salienta. “Mas fomos<br />

sempre bem acolhidos em<br />

Fânzeres”, frisa. <strong>Edo</strong> lembra<br />

que a presença dos sócios era<br />

maior quando o hóquei, o futebol,<br />

o andebol e o basquete<br />

se concentravam no mesmo<br />

espaço. “Quando havia o pavilhão,<br />

em dias de jogo, as pessoas<br />

passavam mais tempo nas Antas e<br />

iam ver dois ou mais jogos”, diz.<br />

Para além disso havia uma mai-<br />

Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local<br />

<strong>Viva</strong>! Local<br />

113


<strong>Viva</strong>! Local<br />

114<br />

J O G A D O R<br />

or confraternização entre os<br />

jogadores das várias modalidades.<br />

“Agora quase não<br />

nos vemos”. Por tudo isto, o<br />

pavilhão junto ao “Dragão”<br />

é tão aguardado pelos atletas.<br />

<strong>Edo</strong> Bosch, que já representou<br />

a selecção de<br />

hóquei do seu país, não<br />

o tem feito por um incidente<br />

ocorrido há algum<br />

tempo com o seleccionador<br />

espanhol, apesar<br />

do seu inegável valor.<br />

Nos jogos que fez pela<br />

selecção espanhola, <strong>Edo</strong><br />

defrontou a de Portugal,<br />

país que já o acolhia na<br />

altura. “A partir do momento<br />

em que vesti a camisola<br />

da selecção do meu<br />

país, Portugal era o meu adversário<br />

naquele jogo. Como<br />

profissional defendi as redes<br />

como sempre o faço. Mas claro<br />

que não experimentei nenhum<br />

dos sentimentos hostis que tentavam<br />

incutir nestas alturas”,<br />

garante. O equipamento<br />

«maçudo» que tem de usar<br />

em campo não o incomoda.<br />

“Nós, guarda-redes, temos de<br />

estar bem protegidos. Mais vale<br />

jogar com um equipamento<br />

assim do que apanhar uma<br />

bolada. Aquilo dói bastante!”,<br />

assegura. Para os jovens, que<br />

estão a começar na modalidade,<br />

<strong>Edo</strong> deixou um conselho.<br />

“A maior arma de um guarda-redes<br />

é a concentração. Se<br />

estás concentrado, isso é «meio<br />

caminho andado» para uma<br />

boa prestação. É que um guarda-redes,<br />

em caso de vitória, é<br />

sempre o herói mas, nas derrotas,<br />

é também o vilão”, afirma.<br />

Por vezes, <strong>Edo</strong> Bosch já<br />

foi «vilão» mas, a julgar pelos<br />

êxitos desportivos que<br />

tem conseguido no FC <strong>Porto</strong>,<br />

é mais vezes «herói».<br />

A cidade<br />

<strong>Edo</strong> Bosch mora no <strong>Porto</strong>,<br />

na Boavista, e tem um carinho<br />

especial pela cidade que<br />

o acolhe. Reconhece que<br />

tem sido feito um esforço<br />

para melhorar o <strong>Porto</strong> e que<br />

isso está a concretizar-se.<br />

Os locais que destaca são o<br />

Parque da Cidade, a Foz e a<br />

○ ○ ○ ○ ○<br />

○<br />

<strong>Edo</strong> <strong>Bosh</strong><br />

zona ribeirinha, se<br />

bem que passe mais<br />

tempo na Ribeira de<br />

Gaia. É que, para além<br />

da actividade desportiva,<br />

<strong>Edo</strong> é proprietário<br />

de dois restaurantes<br />

e está a caminho<br />

de «abrir» um terceiro.<br />

Apesar da boa relação<br />

que mantém<br />

com a cidade e de a conhecer<br />

razoavelmente<br />

bem (em particular a<br />

Boavista, onde mora)<br />

<strong>Edo</strong> diz faltarem-lhe<br />

locais de diversão. “Daí<br />

as grandes afluências aos<br />

shoppings nos fins-de-semana.<br />

Se houvesse um<br />

parque de diversões e outros<br />

locais onde passar os tempos<br />

livres isso já não acontecia.<br />

Eu tento evitar ir a centros comerciais<br />

ao fim-de-semana. Quando<br />

o faço é numa escapadela e durante<br />

a semana”, garante. Por<br />

isso prefere espaços diferentes.<br />

Adepto das tripas à moda<br />

do <strong>Porto</strong>, reconhece aos portuenses<br />

características como<br />

a simpatia e o apego à cidade.<br />

“Sempre fui bem tratado desde<br />

que cheguei ao <strong>Porto</strong>, quer pelos<br />

habitantes, quer pelo clube e colegas<br />

de equipa”, diz. <strong>Edo</strong> Bosch<br />

diz compreender o bairrismo<br />

portuense, uma vez que<br />

em Barcelona ele também<br />

existe. “São cidades com algumas<br />

afinidades no seu espírito embora<br />

em dimensões diferentes”,<br />

diz.<br />

Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local<br />

<strong>Viva</strong>! Local<br />

115

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!