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Presidente da República - ICMBio

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Plano de Manejo do Parque Nacional <strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong> Diamantina Encarte 1 – Contextualização <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong>de de Conservação<br />

região litorânea do Estado, com foco principal nas áreas <strong>da</strong> região conheci<strong>da</strong> como Extremo Sul<br />

<strong>da</strong> Bahia (Araújo et alii, 1998).<br />

Aparentemente, não há ações de implantação previstas para a região <strong>da</strong> chapa<strong>da</strong> Diamantina,<br />

embora o PNCD seja considerado zona-núcleo <strong>da</strong> RBMA no segmento que abrange a sua região<br />

e represente 3,75% do total desta zona no conjunto <strong>da</strong> reserva.<br />

A RB <strong>da</strong> Caatinga (RBCAAT) foi cria<strong>da</strong> em 2001, em função <strong>da</strong> extrema necessi<strong>da</strong>de de proteção<br />

do Bioma, pouco resguar<strong>da</strong>do na forma de UC, de maneira a contribuir para a manutenção de<br />

parte dos seus recursos naturais e condições ambientais na forma pouco altera<strong>da</strong>s. Abrange os<br />

Estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,<br />

Sergipe e Bahia, além de parte do norte do Estado de Minas Gerais (Conselho Nacional <strong>da</strong><br />

Reserva <strong>da</strong> Biosfera <strong>da</strong> Caatinga, 2004).<br />

Na área do PNCD, a RBCAAT forma um corredor que acompanha to<strong>da</strong> a serra do Sincorá,<br />

conectando uma extensa área do sudoeste <strong>da</strong> Bahia até o vale do rio São Francisco. A região <strong>da</strong><br />

chapa<strong>da</strong> Diamantina constitui-se em uma área úmi<strong>da</strong> encrava<strong>da</strong> no meio do semi-árido,<br />

representando o norte <strong>da</strong> serra do Espinhaço. Na serra do Sincorá, onde se encontra o PNCD, as<br />

terras mais baixas, ao seu redor, são cobertas de diversas fisionomias de Caatinga.<br />

A RBCAAT sofre com desmatamentos; caça e pastagem além <strong>da</strong> sua capaci<strong>da</strong>de de suporte;<br />

extração de produtos minerais; uso excessivo e desordenado de seus recursos hídricos, assim<br />

como, grande crescimento populacional. Também no caso <strong>da</strong> RBCAAT, o PNCD é considerado<br />

parte integrante <strong>da</strong> sua zona-núcleo, abrangendo aproxima<strong>da</strong>mente 15,19% <strong>da</strong> Reserva. Esta RB<br />

ain<strong>da</strong> não tem implantado nenhum projeto ou ação, nem mesmo para a área do PNCD, no seu<br />

escopo.<br />

Mais recentemente, em 2005, foi cria<strong>da</strong> a RB <strong>da</strong> Serra do Espinhaço, Fase I, englobando MG.<br />

Assim, por enquanto, as ações relativas a esta RB estão restritas ao Estado de Minas Gerais, mas<br />

há indícios de que em sua Fase II haverá ampliação desta RB para englobar a região <strong>da</strong> Chapa<strong>da</strong><br />

e do PNCD.<br />

De tudo que foi exposto, é possível que o PNCD seja a única UC incluí<strong>da</strong> em duas diferentes RB<br />

já consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s, com perspectivas de vir a fazer parte de mais duas, totalizando quatro, quando<br />

houver a implantação de fases sucessivas <strong>da</strong> RB do Cerrado e <strong>da</strong> RB <strong>da</strong> Serra do Espinhaço. Tal<br />

situação colocaria o PNCD em situação inigualável no cenário nacional, atestando o complexo<br />

mosaico de ambientes de transição que o caracterizam, fato difícil de se repetir em outra região.<br />

Assim tais inclusões são perfeitamente justificáveis pela diversi<strong>da</strong>de de ambientes existentes na<br />

chapa<strong>da</strong> Diamantina e no Parque, propriamente dito, reflexo <strong>da</strong> dinâmica lá instala<strong>da</strong> há milhares<br />

de anos, bem como mostrando a relevância desta UC nos cenários nacional e mundial.<br />

1.1.2 - Oportuni<strong>da</strong>des de Compromissos com Organismos e Acordos Internacionais<br />

A inclusão do PNCD em pelo menos duas RB, como abor<strong>da</strong>do anteriormente, abre um cenário de<br />

oportuni<strong>da</strong>des de colaboração com organismos internacionais, como no caso <strong>da</strong> UNESCO, no<br />

que lhe compete apoiar as ações de implantação <strong>da</strong>s Reservas. Por outro lado, a inserção do<br />

PNCD em duas RB e, em breve, em quatro delas, torna o Parque um caso único e com grande<br />

potencial para, sozinho ou junto com a UNESCO, buscar diversos parceiros internacionais que<br />

apóiam não somente as RB, mas também financiadores de programas multilaterais em geral. No<br />

caso, podem ser cita<strong>da</strong>s as diversas ONG ambientalistas nacionais e internacionais, bem como o<br />

Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).<br />

Quanto a possíveis acordos internacionais, uma possibili<strong>da</strong>de imediata que se apresenta é o<br />

Protocolo de Kyoto, do qual o Brasil é signatário. Daí resulta a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> obtenção de<br />

recursos pertinentes ao crédito-carbono e/ou seqüestro de carbono, serviço que resulta <strong>da</strong>s ações<br />

de combate aos incêndios que assolam a área e o qual é executado anualmente no PNCD,<br />

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