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Simulação Numérica do Escoamento de um ... - PPGEM - UTFPR

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ<br />

CAMPUS CURITIBA<br />

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA<br />

ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA<br />

PROJETO FINAL DE CURSO II<br />

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO DE UM<br />

FLUIDO VISCOELÁSTICO ATRAVÉS DE UMA<br />

CONTRAÇÃO BRUSCA<br />

CURITIBA<br />

JULHO - 2007


HENRIQUE TONIOLO CORADIN<br />

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO DE UM<br />

FLUIDO VISCOELÁSTICO ATRAVÉS DE UMA<br />

CONTRAÇÃO BRUSCA<br />

Monografia apresentada à disciplina <strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong><br />

Final <strong>de</strong> Curso II, como requisito parcial para<br />

aprovação.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Admilson T. Franco, Dr.<br />

Co-Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Rigoberto E. M. Morales, Dr.<br />

CURITIBA<br />

JULHO - 2007


TERMO DE APROVAÇÃO<br />

Por meio <strong>de</strong>ste termo, aprovamos a monografia <strong>de</strong> Projeto Final intitulada<br />

“SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO DE UM FLUIDO VISCOELÁSTICO<br />

ATRAVÉS DE UMA CONTRAÇÃO BRUSCA”, realizada pelo aluno Henrique Toniolo<br />

Coradin como requisito parcial para aprovação na disciplina Projeto Final II.<br />

Orienta<strong>do</strong>r: Prof. Admilson T. Franco, Dr.<br />

DAMEC, <strong>UTFPR</strong><br />

Co-orienta<strong>do</strong>r: Prof. Rigoberto E. M. Morales, Dr.<br />

DAMEC, <strong>UTFPR</strong><br />

Banca: Prof. Luciano F. <strong>do</strong>s Santos Rossi, Dr.<br />

DAMEC, <strong>UTFPR</strong><br />

Prof. Raul Henrique Erthal, M.Sc.<br />

DAMEC, <strong>UTFPR</strong><br />

Curitiba, 02 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007.<br />

i


AGRADECIMENTOS<br />

Em primeiro lugar, gostaria <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer a Deus por estar comigo em to<strong>do</strong>s os<br />

momentos <strong>de</strong> minha vida.<br />

Aos meus orienta<strong>do</strong>res, Admilson e Rigoberto, pela orientação e <strong>de</strong>dicação.<br />

A meus pais, Paulo e Dorly, pelo amor, carinho, educação, exemplo, apoio e<br />

<strong>de</strong>dicação durante toda minha vida.<br />

A minha querida irmã, Caroline, por to<strong>do</strong> seu amor, carinho e amiza<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s a mim.<br />

A minha amada, Anna Carolina, pelo amor, carinho, <strong>de</strong>dicação, apoio e<br />

compreensão durante to<strong>do</strong> o tempo.<br />

Aos meus amigos, que me apoiaram nesta jornada.<br />

As <strong>de</strong>mais pessoas, que <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>a forma estiveram comigo neste projeto.<br />

A Universida<strong>de</strong> Tecnológica Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Paraná – <strong>UTFPR</strong> – pelas instalações e<br />

estrutura fornecida.<br />

Ao Laboratório <strong>de</strong> Ciências Térmicas – LACIT – pela oportunida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto.<br />

Ao apoio financeiro da Petrobras.<br />

ii


Os autores agra<strong>de</strong>cem ao apoio financeiro da Agência Nacional <strong>do</strong> Petróleo – ANP – e<br />

da Financia<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Projetos – FINEP – por meio <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Recursos<br />

H<strong>um</strong>anos para o Setor Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH10 – <strong>UTFPR</strong>).<br />

iii


RESUMO<br />

O escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

está presente em inúmeras aplicações industriais. Por exemplo, po<strong>de</strong>m-se <strong>de</strong>stacar<br />

as indústrias <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> polímeros e a petrolífera. Nesta última, durante o<br />

processo <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong> poços para a produção <strong>de</strong> petróleo e gás, o flui<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

perfuração escoa através <strong>de</strong> espaços que apresentam reduções bruscas em suas<br />

seções. O comportamento reológico <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perfuração é <strong>de</strong>scrito por<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos, estan<strong>do</strong> disponíveis em diversos mo<strong>de</strong>los<br />

matemáticos. Entre os mo<strong>de</strong>los constitutivos disponíveis, os mo<strong>de</strong>los viscoelásticos<br />

são aqueles que po<strong>de</strong>m representar <strong>de</strong> maneira mais precisa e completa as<br />

características <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração. O presente trabalho tem por objetivo elaborar<br />

<strong>um</strong>a meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica para avaliar o escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano<br />

viscoelástico <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner – PTT – através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

axissimétrica. Uma revisão bibliográfica <strong>do</strong> assunto é apresentada. O problema é<br />

formula<strong>do</strong> matematicamente, sen<strong>do</strong> governa<strong>do</strong> pelas equações <strong>de</strong> conservação da<br />

massa, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento e as relações e equações constitutivas provindas<br />

da mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico. Devi<strong>do</strong> à sua complexida<strong>de</strong>, a solução das<br />

equações governantes será feita através <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos. Para tanto, será<br />

utiliza<strong>do</strong> o programa <strong>de</strong> dinâmica <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s computacional PHOENICS CFD, o qual<br />

é basea<strong>do</strong> no Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Vol<strong>um</strong>es Finitos.<br />

Palavras-chave: Contração brusca, flui<strong>do</strong> não-newtoniano, flui<strong>do</strong> viscoelástico,<br />

Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Vol<strong>um</strong>es Finitos, simulação n<strong>um</strong>érica, DFC.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

iv


LISTA DE FIGURAS<br />

Figura 1.1 – Contrações encontradas durante o processo <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong> poços <strong>de</strong><br />

petróleo e gás. ..................................................................................................... 2<br />

Figura 2.1 – Componentes escalares <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong> tensões em coor<strong>de</strong>nadas<br />

cilíndricas. .......................................................................................................... 10<br />

Figura 2.2 - Esquema da formação <strong>de</strong> vórtices no escoamento ao longo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

contração abrupta. ............................................................................................. 20<br />

Figura 3.1 – Geometria da contração brusca axissimétrica. ..................................... 26<br />

Figura 3.2 – Geometria e condições <strong>de</strong> contorno para a geometria da contração<br />

abrupta axissimétrica. ........................................................................................ 33<br />

Figura 6.1 – Perfil adimensional da componente axial da velocida<strong>de</strong> para o flui<strong>do</strong><br />

newtoniano no tubo reto em regime <strong>de</strong> escoamento laminar. ............................ 47<br />

Figura 6.2 – Perfis para a componente axial da velocida<strong>de</strong> antes da contração para<br />

<strong>um</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano em regime laminar <strong>de</strong> escoamento. ................................ 48<br />

Figura 6.3 - Perfis para a componente axial da velocida<strong>de</strong> após a contração para <strong>um</strong><br />

flui<strong>do</strong> newtoniano em regime laminar <strong>de</strong> escoamento. ...................................... 49<br />

Figura 6.4 – Componente axial da velocida<strong>de</strong> ao longo da linha <strong>de</strong> centro para <strong>um</strong><br />

flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bingham a Re = 100. ........................................................................... 50<br />

Figura 6.5– Componente axial da velocida<strong>de</strong> ao longo da linha <strong>de</strong> centro para <strong>um</strong><br />

flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bingham a Y = 10. ............................................................................... 51<br />

Figura 6.6 – Perfil adimensional da componente axial da velocida<strong>de</strong> para o flui<strong>do</strong><br />

newtoniano no tubo reto em regime <strong>de</strong> escoamento laminar – teste <strong>do</strong> termo<br />

fonte. .................................................................................................................. 52<br />

Figura 6.7 - Perfil adimensional da componente axial da velocida<strong>de</strong> em <strong>um</strong> tubo reto<br />

( ε = 0, 25 ). ............................................................................................................ 54<br />

Figura 6.8 - Perfil adimensional <strong>de</strong> tensão cisalhante em <strong>um</strong> tubo reto ( ε = 0, 25 ). .... 54<br />

Figura 6.9 - Perfil adimensional <strong>de</strong> tensão normal em <strong>um</strong> tubo <strong>de</strong> reto ( ε = 0, 25 ). ..... 55<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

v


Figura 6.10 – Comparação entre os três níveis <strong>de</strong> malhas n<strong>um</strong>éricas utiliza<strong>do</strong>s. ..... 57<br />

Figura 6.11 - Perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> axial adimensional nas posições: a) z =− 1, 047 D,<br />

b) z =− 0,183D,<br />

c) z =− 0,052 D,<br />

d) z = 0,196D,<br />

e) z = 0,392D<br />

e f) z = − 0,980D.<br />

.................. 58<br />

Figura 6.12 - Perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> axial adimensional para <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico na<br />

contração brusca ( β = 4 , De = 1 e Re = 100 ) nas posições: a) z =− 0,5D,<br />

b) z = 0,5D<br />

( De = 1,<br />

Re = 100 e β = 4 ). ...................................................................................... 61<br />

Figura 6.13 – Pressão adimensional ao longo da linha <strong>de</strong> centro ( De = 1,<br />

Re = 100 ,<br />

ε = 0, 25 e β = 4 ). .................................................................................................. 62<br />

Figura 6.14 – Velocida<strong>de</strong> axial adimensional ao longo da linha <strong>de</strong> centro ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ). .................................................................................... 63<br />

Figura 6.15 – Linhas <strong>de</strong> corrente ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ). ........................... 63<br />

Figura 6.16 – Campo <strong>de</strong> tensão cisalhante, τ rz ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ). ..... 64<br />

Figura 6.17 – Campo <strong>de</strong> tensão normal θθ , τ θ θ ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ). .... 65<br />

Figura 6.18 – Campo <strong>de</strong> tensão normal rr , τ rr ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ). ...... 65<br />

Figura 6.19 – Campo <strong>de</strong> tensão normal zz , τ z z ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ). ..... 65<br />

Figura 6.20 – Campo da primeira diferença <strong>de</strong> tensões normais, N 1 ( De = 1,<br />

Re = 100 ,<br />

ε = 0, 25 e β = 4 ). .................................................................................................. 66<br />

Figura 6.21 – Campo da segunda diferença <strong>de</strong> tensões normais, N 2 ( De = 1,<br />

Re = 100 ,<br />

ε = 0, 25 e β = 4 ). .................................................................................................. 67<br />

Figura 6.22 – Campo da viscosida<strong>de</strong> extensional, η ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

........................................................................................................................... 67<br />

Figura 6.23 – Linhas <strong>de</strong> corrente. a) Re → 0 . b) Re = 10 ( De = 0 , ε = 0 e β = 4 ). ............. 69<br />

Figura A.1 – Malha computacional utilizada pelo PHOENICS CFD. ......................... 81<br />

Figura A.2 – Malha <strong>de</strong>slocada. .................................................................................. 82<br />

Figura A.3 – Fluxograma <strong>do</strong> algoritmo SIMPLEST. ................................................... 88<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

vi


LISTA DE TABELAS<br />

Tabela 4.1 – Comparação entre as técnicas comuns na solução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong><br />

engenharia. (Fonte: Fortuna, 2000) .................................................................. 37<br />

Tabela 5.1 – Equações escritas na forma generalizada. ........................................... 41<br />

Tabela 6.1 - Malhas n<strong>um</strong>éricas para a contração. .................................................... 60<br />

Tabela F.1 – Artigos publica<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> projeto. ............................................. 114<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

vii


LISTA DE SÍMBOLOS<br />

a Coeficientes da equação discretizada<br />

A Área [m²]<br />

A( P )<br />

Função <strong>de</strong> interpolação<br />

b Parâmetro que <strong>de</strong>fine o tipo <strong>de</strong> escoamento<br />

C Coeficiente <strong>do</strong> termo fonte<br />

d Tensor taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação [1/s]<br />

D Difusão na face <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle<br />

De Número <strong>de</strong> Deborah<br />

F Força [N] ou fluxo <strong>de</strong> massa na face<br />

g Aceleração da gravida<strong>de</strong> [m/s²]<br />

G Módulo <strong>de</strong> relaxação [Pa]<br />

h ,l , n e s Faces <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle principal<br />

H , L , N e S Pontos vizinhos ao ponto P<br />

i Vetor unitário<br />

IY e IZ In<strong>de</strong>xa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle nas direções r e z<br />

l Comprimento característico [m]<br />

L Tensor <strong>do</strong> gradiente <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> macroscópica [1/s]<br />

L 1<br />

Comprimento <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> maior diâmetro [m]<br />

L 2<br />

Comprimento <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> menor diâmetro [m]<br />

max { x, y } Máximo entre <strong>do</strong>is valores quaisquer x e y<br />

N 1<br />

Primeira diferença <strong>de</strong> tensões normais [Pa]<br />

N 2<br />

Segunda diferença <strong>de</strong> tensões normais [Pa]<br />

NY e NZ Último vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle na direção r e z<br />

p Pressão termodinâmica [Pa]<br />

P Ponto nodal principal<br />

Pe Número <strong>de</strong> Peclet da malha<br />

r ,θ , z Coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas [m, -, m]<br />

R Raio <strong>do</strong> tubo maior [m]<br />

*<br />

r 1<br />

Posição adimensional radial no tubo <strong>de</strong> maior diâmetro<br />

*<br />

r 2<br />

Posição adimensional radial no tubo <strong>de</strong> menor diâmetro<br />

Re Número <strong>de</strong> Reynolds<br />

S Termo fonte<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

viii


S C<br />

Termo fonte in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> φ<br />

S P<br />

Termo fonte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> φ<br />

t Tempo [s]<br />

T Tipo <strong>do</strong> termo fonte<br />

tr Traço <strong>de</strong> <strong>um</strong> tensor<br />

U Velocida<strong>de</strong> média na entrada <strong>do</strong> tubo [m/s]<br />

v Velocida<strong>de</strong> [m/s]<br />

v Vetor velocida<strong>de</strong> [m/s]<br />

V Valor <strong>do</strong> termo fonte<br />

x , y , z Coor<strong>de</strong>nadas retangulares [m]<br />

Tensão adimensional <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bingham [Pa] ou<br />

Y<br />

Função extensional <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT<br />

+ Componente simétrico<br />

Símbolos gregos<br />

β Razão da contração<br />

δ Matriz i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

δ rs e δ rn<br />

Distância em r entre pontos da malha [m]<br />

δ zl e δ zh<br />

Distância em z entre pontos da malha [m]<br />

∆ r<br />

Tamanho em r <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle principal [m]<br />

∆ z<br />

Tamanho em z <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle principal [m]<br />

∆ V<br />

Vol<strong>um</strong>e da célula [m³]<br />

ε Parâmetro extensional <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT<br />

ε& Taxa <strong>de</strong> extensão [1/s]<br />

φ Variável genérica<br />

γ Deformação cisalhante<br />

γ& Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação cisalhante [1/s]<br />

γ& Tensor taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação cisalhante [1/s]<br />

Γ Coeficiente <strong>de</strong> difusão<br />

η Viscosida<strong>de</strong> não-newtoniana [Pa.s]<br />

η 1<br />

Função viscosida<strong>de</strong> para 1<br />

η 2<br />

Função viscosida<strong>de</strong> para 2<br />

N [Pa.s]<br />

η Viscosida<strong>de</strong> extensional [Pa.s]<br />

N [Pa.s]<br />

η 0<br />

Viscosida<strong>de</strong> à taxa <strong>de</strong> cisalhamento nula [Pa.s]<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

ix


λ Tempo característico <strong>de</strong> relaxação [s]<br />

µ Viscosida<strong>de</strong> newtoniana [Pa.s]<br />

π Tensor <strong>de</strong> tensões total [Pa]<br />

ρ Massa específica [kg/m³]<br />

τ Tensão [Pa]<br />

τ Tensor <strong>de</strong> tensões [Pa]<br />

υ Viscosida<strong>de</strong> cinemática [m²/s]<br />

ω& Tensor <strong>de</strong> vorticida<strong>de</strong><br />

ξ<br />

Parâmetro que controla o <strong>de</strong>slizamento entra as ca<strong>de</strong>ias poliméricas<br />

no mo<strong>de</strong>lo PTT<br />

Ψ 1<br />

Primeiro coeficiente <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> tensões normais [Pa.s²]<br />

Ψ 2<br />

Segun<strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> diferença <strong>de</strong> tensões normais [Pa.s²]<br />

l Tensor efetivo <strong>do</strong> gradiente <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> [1/s]<br />

∇ Opera<strong>do</strong>r vetorial nabla<br />

Subscritos<br />

h ,l , n e s Posição das faces <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle principal<br />

i, j In<strong>de</strong>xa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> direção<br />

méd Valor médio<br />

nb Pontos vizinhos ao ponto P<br />

P , H , L , N e S Posição central <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle<br />

r ,θ , z Sistema cilíndrico <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas<br />

ref Referência<br />

x , y , z Sistema cartesiano <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas<br />

Sobrescritos<br />

T Tensor transposto<br />

* Variável adimensional<br />

+ Valores estipula<strong>do</strong>s<br />

' Valor corrigi<strong>do</strong><br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

x


AGRADECIMENTOS<br />

RESUMO<br />

LISTA DE FIGURAS<br />

LISTA DE TABELAS<br />

LISTA DE SÍMBOLOS<br />

SUMÁRIO<br />

SUMÁRIO<br />

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1<br />

1.1 Contexto .................................................................................................................................. 1<br />

1.2 Objetivos .................................................................................................................................. 3<br />

1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 3<br />

1.2.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 3<br />

1.3 Justificativa .............................................................................................................................. 4<br />

1.4 Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho .............................................................................................................. 4<br />

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 6<br />

2.1 Conceitos gerais <strong>de</strong> mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s e reologia ............................................................. 6<br />

2.1.1 Número <strong>de</strong> Reynolds ....................................................................................................... 7<br />

2.1.2 Número <strong>de</strong> Deborah ........................................................................................................ 8<br />

2.1.3 Tensões ........................................................................................................................... 9<br />

2.1.4 Deformação e taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação ............................................................................... 10<br />

2.1.5 Conservação da massa ................................................................................................. 13<br />

2.1.6 Segunda Lei <strong>de</strong> Newton para o movimento .................................................................. 13<br />

2.1.7 Módulo <strong>de</strong> relaxação ..................................................................................................... 14<br />

2.1.8 Primeira e segunda diferença <strong>de</strong> tensões e a viscosida<strong>de</strong> extensional ....................... 15<br />

2.2 Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento em contrações bruscas ................................................................... 19<br />

2.3 Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento viscoelástico .................................................................................... 22<br />

2.4 Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento viscoelástico em contrações bruscas .............................................. 23<br />

2.5 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner - PTT................................................................................. 25<br />

3 MODELAGEM MATEMÁTICA ............................................................................ 26<br />

3.1 Hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras ...................................................................................................... 27<br />

3.2 Equação da conservação da massa ..................................................................................... 28<br />

3.3 Equação da conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento ...................................................... 29<br />

3.4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner – PTT ................................................................................ 29<br />

3.5 Equações constitutivas .......................................................................................................... 31<br />

3.6 Condições <strong>de</strong> contorno ......................................................................................................... 32<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

xi


3.7 Adimensionalização............................................................................................................... 34<br />

4 METODOLOGIA DE SOLUÇÃO ......................................................................... 36<br />

4.1 Sistema <strong>de</strong> equações ............................................................................................................ 36<br />

4.2 Solução <strong>do</strong> problema............................................................................................................. 36<br />

4.3 Dinâmica <strong>do</strong>s Flui<strong>do</strong>s Computacional - DFC ........................................................................ 38<br />

5 MODELAGEM E IMPLEMENTAÇÃO NUMÉRICA ............................................. 40<br />

5.1 Sistema <strong>de</strong> equações <strong>do</strong> problema ....................................................................................... 40<br />

5.2 Condições <strong>de</strong> contorno ......................................................................................................... 42<br />

6 SIMULAÇÕES NUMÉRICAS E RESULTADOS ................................................. 45<br />

6.1 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto ................................................................ 46<br />

6.2 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração ............................................................ 47<br />

6.3 <strong>Escoamento</strong> viscoplástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração .......................................................... 49<br />

6.4 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto – teste <strong>do</strong> termo fonte ............................ 51<br />

6.5 <strong>Escoamento</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto .............................................................. 53<br />

6.6 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca – teste das condições <strong>de</strong><br />

contorno ............................................................................................................................................. 56<br />

6.7 <strong>Escoamento</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca .............................................. 59<br />

6.7.1 Teste <strong>de</strong> malha .............................................................................................................. 59<br />

6.7.2 Avaliação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> escoamento viscoelástico ............................................... 61<br />

6.8 <strong>Escoamento</strong> a baixos números <strong>de</strong> Reynolds ........................................................................ 68<br />

6.9 Consolidação geral <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> projeto ...................................................................... 69<br />

7 CONCLUSÕES ................................................................................................... 71<br />

7.1 Sugestões para trabalhos futuros ......................................................................................... 72<br />

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73<br />

APÊNDICE A – PHOENICS CFD ........................................................................... 78<br />

APÊNDICE B – ARQUIVO Q1 ................................................................................ 97<br />

APÊNDICE C – SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO LAMINAR<br />

ATRAVÉS DE UMA CONTRAÇÃO BRUSCA AXISSIMÉTRICA ............................ 105<br />

APÊNDICE D – ARTIGOS PUBLICADOS ............................................................ 112<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

xii


Capítulo 1 - Introdução<br />

1 INTRODUÇÃO<br />

1.1 Contexto<br />

<strong>Escoamento</strong>s <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos através <strong>de</strong> contrações bruscas<br />

representam situações industriais comuns, sen<strong>do</strong> foco <strong>de</strong> pesquisas e estu<strong>do</strong>s<br />

principalmente pelas indústrias químicas, alimentícias e petrolíferas. Tais<br />

escoamentos po<strong>de</strong>m ser aplica<strong>do</strong>s, por exemplo, na injeção <strong>de</strong> plásticos, processos<br />

<strong>de</strong> extrusão <strong>de</strong> forma geral e na extração <strong>de</strong> petróleo. Como exemplo <strong>de</strong>sses flui<strong>do</strong>s,<br />

po<strong>de</strong>-se citar tintas, graxas, plásticos, alimentos líqui<strong>do</strong>s, flui<strong>do</strong> para perfuração e<br />

completação <strong>de</strong> poços <strong>de</strong> petróleo, e até mesmo o próprio petróleo.<br />

Dentre as aplicações citadas anteriormente, a indústria petrolífera vem<br />

apresentan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> interesse no assunto. Devi<strong>do</strong> às condições adversas, como o<br />

cenário <strong>de</strong> águas profundas e óleos pesa<strong>do</strong>s, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> processos mais<br />

eficientes no setor tem se torna<strong>do</strong> motivo <strong>de</strong> investimentos e pesquisas em todas as<br />

etapas da exploração <strong>do</strong> petróleo.<br />

Durante a perfuração <strong>de</strong> poços para a produção <strong>de</strong> petróleo e gás, flui<strong>do</strong>s são<br />

emprega<strong>do</strong>s para auxiliar no processo. O flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração tem por principais<br />

funções o controle da pressão, a remoção <strong>de</strong> cascalhos, a refrigeração e a<br />

lubrificação da broca (Macha<strong>do</strong>, 2002). Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano po<strong>de</strong>m<br />

representar o comportamento <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> perfuração.<br />

Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos estão disponíveis na literatura em<br />

diversas formulações, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apresentar inúmeras características (Bird, 1987).<br />

Entre as características <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s não-newtonianos, encontra-se a variação da<br />

viscosida<strong>de</strong> com a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação. O flui<strong>do</strong> também po<strong>de</strong> apresentar<br />

características elásticas e variações da viscosida<strong>de</strong> com o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação.<br />

Entre os flui<strong>do</strong>s não-newtonianos com essas características citadas, os mo<strong>de</strong>los<br />

viscoelásticos são aqueles que melhor representam o comportamento real <strong>do</strong> flui<strong>do</strong><br />

(Tanner, 2000).<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

1


Capítulo 1 - Introdução<br />

Durante o processo <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong> poços, o flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração é<br />

bombea<strong>do</strong> através da coluna <strong>de</strong> perfuração até o fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> poço, passan<strong>do</strong> pela<br />

broca e retornan<strong>do</strong> pelo espaço anular forma<strong>do</strong> pela coluna e a formação rochosa<br />

<strong>do</strong> poço. A Figura 1.1 ilustra alguns <strong>do</strong>s casos mais comuns em que o escoamento<br />

<strong>do</strong> flui<strong>do</strong> passa por contrações presenciadas durante o processo <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong><br />

poços <strong>de</strong> petróleo e gás. O entendimento <strong>do</strong>s fenômenos envolven<strong>do</strong> a contração<br />

permite direcionar os projetos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração, garantin<strong>do</strong>, por exemplo, o<br />

controle <strong>do</strong>s parâmetros <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> para exercer suas funções principais e, que ao<br />

mesmo tempo, não ocasione <strong>de</strong>smoronamento ou infiltrações na formação rochosa.<br />

As contrações po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scaracterizar as proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à forte extensão que é gerada no escoamento.<br />

Figura 1.1 – Contrações encontradas durante o processo <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong> poços <strong>de</strong> petróleo e gás.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

2


Capítulo 1 - Introdução<br />

O escoamento através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca, apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

problema geometricamente simples, apresenta gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> hidrodinâmica<br />

e não permite solução analítica em nenh<strong>um</strong>a situação. Desta forma, a solução <strong>do</strong><br />

problema por méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos torna-se <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, pois permite a<br />

caracterização <strong>do</strong> escoamento sob praticamente quaisquer condições <strong>de</strong> contorno e<br />

regime <strong>de</strong> escoamento.<br />

O presente trabalho propõe a elaboração <strong>de</strong> <strong>um</strong>a meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica para a<br />

realização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano<br />

viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca usan<strong>do</strong> <strong>um</strong> programa comercial.<br />

Desta forma, será possível realizar o estu<strong>do</strong> n<strong>um</strong>érico <strong>do</strong> escoamento <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

perfuração, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> seus comportamentos ao longo da contração.<br />

1.2 Objetivos<br />

1.2.1 Objetivo geral<br />

Como objetivo geral, neste trabalho preten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>senvolver, implementar e<br />

validar <strong>um</strong>a estrutura para suporte <strong>de</strong> equações constitutivas diferenciais<br />

viscoelásticas no programa comercial PHOENICS CFD.<br />

1.2.2 Objetivos específicos<br />

Os objetivos específicos <strong>de</strong>ste trabalho são:<br />

1. Formular matematicamente o problema <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

viscoelástico para o escoamento bi-dimensional em geometrias cilíndricas.<br />

2. Validar a estrutura implementada para o escoamento laminar <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano e não-newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração abrupta.<br />

3. Investigar o comportamento das proprieda<strong>de</strong>s materiais <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

viscoelástico ao longo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

3


Capítulo 1 - Introdução<br />

1.3 Justificativa<br />

O incentivo à pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologia torna-se cada vez<br />

mais <strong>um</strong> diferencial positivo no sucesso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> cenário atual.<br />

Com fundamentos nesse conceito, a PETROBRAS, que é <strong>um</strong>a das maiores<br />

fomenta<strong>do</strong>ras nacionais em pesquisa, apresenta gran<strong>de</strong> interesse no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos no ramo petrolífero. Desta forma, o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca, o qual<br />

ocorre em processos <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong> poços <strong>de</strong> petróleo, torna-se alvo <strong>de</strong> interesse<br />

econômico e tecnológico.<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano viscoelástico necessita <strong>de</strong><br />

conhecimento vasto em engenharia. Para o sucesso <strong>do</strong> presente trabalho serão<br />

necessários bons conhecimentos prévios <strong>de</strong> mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s, termodinâmica,<br />

materiais poliméricos, linguagem <strong>de</strong> programação, méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos <strong>de</strong> dinâmica<br />

<strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s computacional – DFC (ou CFD – Computational Fluid Dynamics), assim<br />

como conceitos relativos à física e matemática. Para a caracterização reológica <strong>do</strong><br />

flui<strong>do</strong> viscoelástico, é preciso estar bem fundamenta<strong>do</strong> com a mo<strong>de</strong>lagem das<br />

equações diferenciais que regem o comportamento não-newtoniano <strong>de</strong>stes flui<strong>do</strong>s,<br />

assuntos pertencentes à reologia <strong>de</strong> materiais.<br />

Aca<strong>de</strong>micamente o trabalho é muito interessante, pois, além <strong>de</strong> relacionar<br />

disciplinas e áreas da engenharia que são consi<strong>de</strong>radas complexas, po<strong>de</strong> viabilizar<br />

a publicação <strong>de</strong> artigos científicos e servir como base para <strong>um</strong>a posterior pósgraduação.<br />

Também, a aplicabilida<strong>de</strong> e o conhecimento no ramo industrial<br />

petrolífero tornam o estu<strong>do</strong> atrativo.<br />

1.4 Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho<br />

O primeiro capítulo apresenta <strong>um</strong>a introdução <strong>do</strong> tema <strong>de</strong>ste trabalho,<br />

inserin<strong>do</strong>-o <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto em que se encontra o problema proposto. Também,<br />

os principais objetivos e a justificativa para a escolha <strong>do</strong> tema são expostos.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

4


Capítulo 1 - Introdução<br />

A revisão bibliográfica é realizada no segun<strong>do</strong> capítulo. Conceitos básicos <strong>de</strong><br />

mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s e reologia, necessários para a execução <strong>do</strong> trabalho, são<br />

aborda<strong>do</strong>s. Através da revisão <strong>de</strong> trabalhos prece<strong>de</strong>ntes, busca-se obter<br />

informações sobre características e meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> resolução para os<br />

escoamentos envolven<strong>do</strong> contrações bruscas e flui<strong>do</strong>s viscoelásticos.<br />

A abordagem matemática <strong>do</strong> problema é feita no terceiro capítulo. O<br />

equacionamento <strong>do</strong> problema é realiza<strong>do</strong> com base nas leis físicas que governam o<br />

escoamento e nas hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras, as quais têm por objetivo simplificar o<br />

problema sem per<strong>de</strong>r informações que o caracterizem.<br />

Um escopo da meto<strong>do</strong>logia aplicada neste trabalho é apresenta<strong>do</strong> no quarto<br />

capítulo. Busca-se com isso mostrar os principais passos a serem segui<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong><br />

é utilizada a técnica <strong>de</strong> DFC.<br />

O quinto capítulo <strong>de</strong>screve a meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica utilizada para a<br />

implementação <strong>do</strong> problema no PHOENICS CFD.<br />

No sexto capítulo são apresentadas simulações n<strong>um</strong>éricas realizadas,<br />

apontan<strong>do</strong>-se os resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s e discussões que se tornem necessárias.<br />

Uma conclusão geral sobre o trabalho é realizada no sétimo capítulo, no qual a<br />

meto<strong>do</strong>logia utilizada será avaliada juntamente com os principais resulta<strong>do</strong>s. Ainda<br />

nesse capítulo, sugestões e recomendações para trabalhos futuros serão feitas.<br />

Na seqüência, as referências bibliográficas são apresentadas. O APÊNDICE A<br />

apresenta o programa PHOENICS CFD. O APÊNDICE B contém o arquivo Q1<br />

utiliza<strong>do</strong> para representar <strong>um</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico<br />

através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca no PHOENICS CFD. No APÊNDICE C é<br />

apresenta<strong>do</strong> o artigo intitula<strong>do</strong> “simulação n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento laminar através<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca axissimétrica”, publica<strong>do</strong> no ENAHPE 2006. Os artigos<br />

gera<strong>do</strong>s com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto são mostra<strong>do</strong>s no APÊNDICE D.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

5


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

Neste capítulo serão apresenta<strong>do</strong>s conceitos gerais <strong>de</strong> mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s e<br />

reologia <strong>do</strong>s materiais, necessários para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projeto. Através da<br />

revisão <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s disponíveis na literatura, são apresentadas informações e<br />

características sobre os escoamentos através <strong>de</strong> contrações bruscas. Ao final <strong>do</strong><br />

capítulo, toman<strong>do</strong> como referência os trabalhos revisa<strong>do</strong>s, será <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> qual o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para o projeto proposto.<br />

2.1 Conceitos gerais <strong>de</strong> mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s e reologia<br />

A mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s estuda o comportamento <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s em repouso e em<br />

movimento. Fox e McDonald (2001) <strong>de</strong>finem o flui<strong>do</strong> como <strong>um</strong>a substância que se<br />

<strong>de</strong>forma continuamente sob a aplicação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a tensão <strong>de</strong> cisalhamento <strong>de</strong> qualquer<br />

intensida<strong>de</strong>. Assim, o flui<strong>do</strong> compreen<strong>de</strong> as fases líquida e gasosa das formas<br />

físicas nas quais a matéria po<strong>de</strong> existir.<br />

Para a análise <strong>de</strong> problemas envolven<strong>do</strong> a mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s é necessária a<br />

aplicação das leis básicas que governam o comportamento <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s. Fox e<br />

McDonald (2001) listam como sen<strong>do</strong> cinco as leis básicas, as quais são:<br />

• Conservação da massa;<br />

• Segunda Lei <strong>de</strong> Newton para o movimento;<br />

• Princípio da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento angular;<br />

• Primeira Lei da termodinâmica;<br />

• Segunda Lei da termodinâmica.<br />

Adicionalmente a estas leis básicas, em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s casos po<strong>de</strong> haver a<br />

necessida<strong>de</strong> da utilização <strong>de</strong> relações adicionais para <strong>de</strong>screver proprieda<strong>de</strong>s físicas<br />

apresentadas pelo flui<strong>do</strong>. Essas relações po<strong>de</strong>m possuir a forma <strong>de</strong> equações <strong>de</strong><br />

esta<strong>do</strong> ou equações constitutivas.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

6


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

Existem duas formas <strong>de</strong> formular as leis básicas para a análise <strong>do</strong> escoamento<br />

<strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s. A primeira diz respeito a <strong>um</strong>a análise integral <strong>do</strong> problema, na qual é<br />

utiliza<strong>do</strong> <strong>um</strong> sistema, ou vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong> controles finitos, para a caracterização <strong>do</strong><br />

comportamento genérico <strong>do</strong> escoamento. A segunda forma realiza <strong>um</strong>a análise<br />

diferencial através da utilização <strong>de</strong> vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong> controle infinitesimais, na qual <strong>um</strong>a<br />

análise <strong>de</strong>talhada e pontual <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> escoamento é <strong>de</strong>senvolvida. Em<br />

muitos problemas reais <strong>de</strong> engenharia, a análise diferencial apresenta equações<br />

complexas e impossíveis <strong>de</strong> serem resolvidas na forma analítica. Assim, nesses<br />

casos, é necessária a utilização <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos, os quais constituem a base<br />

para a mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s computacionais (DFC).<br />

Para a <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> sob condições normais é necessário, <strong>de</strong>ntro da<br />

mecânica clássica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s, introduzir a hipótese <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> contínuo, a qual trata o<br />

flui<strong>do</strong> como <strong>um</strong>a substância infinitamente divisível. Como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa hipótese<br />

tem-se que as proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> escoamento são <strong>de</strong>finidas em qualquer ponto <strong>do</strong><br />

espaço. Desta forma, a representação completa <strong>de</strong> <strong>um</strong>a proprieda<strong>de</strong> no escoamento<br />

é dita como sen<strong>do</strong> o campo <strong>de</strong>ssa proprieda<strong>de</strong>. Uma forma usual <strong>de</strong> representar o<br />

campo <strong>de</strong> escoamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> é através das linhas <strong>de</strong> correntes, que po<strong>de</strong>m ser<br />

<strong>de</strong>finidas como linhas tangentes à direção <strong>do</strong> escoamento em cada ponto para <strong>um</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> instante (Fox e McDonald, 2001).<br />

2.1.1 Número <strong>de</strong> Reynolds<br />

Usualmente é necessária a utilização <strong>do</strong> parâmetro adimensional <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> número <strong>de</strong> Reynolds, Re , para a caracterização <strong>do</strong> escoamento. O número <strong>de</strong><br />

Reynolds, da<strong>do</strong> pela equação (2.1), relaciona as forças <strong>de</strong> inércia com as forças<br />

viscosas <strong>do</strong> escoamento (Fox e McDonald, 1998).<br />

vméd l<br />

Re = (2.1)<br />

υ<br />

on<strong>de</strong> méd<br />

v é a velocida<strong>de</strong> média, l o comprimento característico e υ a viscosida<strong>de</strong><br />

cinemática.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

7


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

Segun<strong>do</strong> Bird (1987), nos escoamentos através <strong>de</strong> contrações bruscas,<br />

usualmente cost<strong>um</strong>a-se usar o diâmetro <strong>do</strong> tubo menor como comprimento<br />

característico e a velocida<strong>de</strong> média neste tubo para <strong>de</strong>finir o número <strong>de</strong> Reynolds.<br />

2.1.2 Número <strong>de</strong> Deborah<br />

O número <strong>de</strong> Deborah é <strong>um</strong> parâmetro adimensional com<strong>um</strong>ente utiliza<strong>do</strong> nos<br />

escoamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos. Este parâmetro relaciona as forças elásticas<br />

com as forças viscosas <strong>do</strong> escoamento através da razão entre o tempo natural ou<br />

característico <strong>de</strong> relaxação <strong>do</strong> material e o intervalo <strong>de</strong> tempo no qual é aplicada a<br />

<strong>de</strong>formação ou tensão (Bird,1987). A relação <strong>do</strong> número <strong>de</strong> Deborah, De , é dada<br />

por:<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

De<br />

λ<br />

= (2.2)<br />

t<br />

O tempo característico <strong>de</strong> relaxação <strong>do</strong> material, λ , está relaciona<strong>do</strong> com o<br />

tempo necessário para o material escoar, enquanto que o intervalo <strong>de</strong> tempo po<strong>de</strong><br />

ser entendi<strong>do</strong> como o tempo t <strong>de</strong> duração <strong>do</strong> escoamento. Assim, para <strong>um</strong> sóli<strong>do</strong><br />

elástico De →∞, enquanto que para flui<strong>do</strong>s viscosos De → 0 . Para flui<strong>do</strong>s<br />

viscoelásticos 0 < De


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

2.1.3 Tensões<br />

Nos escoamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s, existem forças atuantes que provocam o<br />

movimento. Estas forças po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à convecção (forças <strong>do</strong> movimento),<br />

à interação com campos externos (forças como a gravitacional ou a<br />

eletromagnética), aos gradientes <strong>de</strong> pressão e às interações entre as moléculas <strong>do</strong><br />

flui<strong>do</strong> (forças <strong>de</strong> superfície).<br />

As forças atuan<strong>do</strong> em <strong>um</strong> vol<strong>um</strong>e infinitesimal <strong>do</strong> meio são <strong>de</strong>finidas como<br />

tensões. Assim, a tensão é <strong>de</strong>finida da seguinte forma:<br />

δ Fj<br />

τ ij = lim<br />

(2.4)<br />

δ Ai<br />

→0<br />

δ A<br />

on<strong>de</strong> τ ij é a tensão no plano i e direção j , j F a força na direção j e A i a área no<br />

plano j .<br />

O tensor <strong>de</strong> tensões em coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em (2.5), é composto<br />

por nove componentes escalares resultantes da equação (2.4). Cada componente<br />

escalar <strong>do</strong> tensor é ilustrada no elemento diferencial mostra<strong>do</strong> na Figura 2.1.<br />

ij θrθθ θz<br />

⎢⎣ τ zr τzθτ ⎥ zz ⎦<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

i<br />

⎡τ rr τrθτrz ⎤<br />

τ =<br />

⎢<br />

τ τ τ<br />

⎥<br />

⎢ ⎥<br />

(2.5)<br />

9


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

r<br />

θ<br />

τθθ<br />

z<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

τ rr<br />

τ<br />

τ rθ<br />

θ r<br />

τθ<br />

z<br />

Figura 2.1 – Componentes escalares <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong> tensões em coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas.<br />

As componentes escalares observadas na Figura 2.1 que apresentam índices<br />

iguais são chamadas <strong>de</strong> tensões normais, sen<strong>do</strong> as <strong>de</strong> índice diferentes chamadas<br />

<strong>de</strong> tensões cisalhantes. Uma proprieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong> tensões mostra<strong>do</strong> na<br />

<strong>de</strong>finição (2.5) é sua natureza simétrica, em que τ ij = τ ji . Assim, bastam apenas seis<br />

componentes para se <strong>de</strong>terminar o tensor.<br />

2.1.4 Deformação e taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação<br />

Quan<strong>do</strong> ocorre o <strong>de</strong>slocamento relativo entre duas camadas adjacentes <strong>de</strong><br />

flui<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se dizer que há <strong>um</strong>a <strong>de</strong>formação cisalhante entre estas camadas.<br />

Assim, para <strong>um</strong> <strong>de</strong>slocamento relativo dx <strong>de</strong> duas camadas paralelas separadas<br />

pela distância dy , a medida quantitativa da <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> cisalhamento é:<br />

τrz<br />

τ zθ<br />

τ zr<br />

τ zz<br />

δ x<br />

γ xy = (2.6)<br />

δ y<br />

10


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

Desta forma, a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação ou taxa <strong>de</strong> cisalhamento é <strong>de</strong>finida por:<br />

dγ dv<br />

γ = =<br />

dt dy<br />

xy x<br />

& xy<br />

(2.7)<br />

Através da equação (2.7) po<strong>de</strong>-se observar que a taxa <strong>de</strong> cisalhamento está<br />

associada ao gradiente <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, ∇v . Assim, através da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> opera<strong>do</strong>r<br />

gradiente em coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas, equação (2.8), o tensor <strong>do</strong> gradiente da<br />

velocida<strong>de</strong> é escrito conforme a equação (2.9).<br />

( ) 1 ( ) ( )<br />

∂ ∂ ∂<br />

∇ = ir + iθ+ iz<br />

(2.8)<br />

∂r r ∂θ∂z on<strong>de</strong> i r , i θ e i z são os vetores unitário nas direções r , θ e z , respectivamente.<br />

⎡ ∂vr ∂vθ<br />

∂vz<br />

⎤<br />

⎢ ∂r ∂r ∂r<br />

⎥<br />

⎢ ⎥<br />

1 ∂vr vθ vr 1 ∂vθ<br />

1 ∂vz<br />

∇ v = ⎢ − +<br />

⎥<br />

(2.9)<br />

⎢r ∂θ r r r ∂θ r ∂θ<br />

⎥<br />

⎢ ⎥<br />

⎢<br />

∂vr ∂vθ<br />

∂vz<br />

⎥<br />

⎢⎣ ∂z ∂z ∂z<br />

⎥⎦<br />

on<strong>de</strong> v é o vetor velocida<strong>de</strong> e r v , vθ e v z suas componentes.<br />

Reescreven<strong>do</strong> o gradiente <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s na forma da equação (2.10), po<strong>de</strong>se<br />

obter <strong>do</strong>is tensores: o tensor taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação e o tensor <strong>de</strong> vorticida<strong>de</strong>, da<strong>do</strong>s<br />

pelas equações (2.11) e (2.12), respectivamente.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

11


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

1<br />

T T<br />

∇ v= ⎡( + ) + ( − ) ⎤<br />

2 ⎣<br />

∇v ∇v ∇v ∇ v<br />

⎦<br />

(2.10)<br />

T<br />

& ∇ ∇ (2.11)<br />

γ = v+ v<br />

T<br />

& ∇ ∇ (2.12)<br />

ω = v− v<br />

on<strong>de</strong> γ& é o tensor taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação e ω& o tensor <strong>de</strong> vorticida<strong>de</strong>.<br />

O tensor taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação, em coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas, po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>composto e escrito na forma simétrica a seguir:<br />

⎡ ∂vr ∂vθ<br />

1 ∂vr vθ<br />

∂vz ∂vr<br />

⎤<br />

⎢2+ − +<br />

∂r ∂r r ∂θr ∂r ∂z<br />

⎥<br />

⎢ ⎥<br />

⎛vr 1 ∂vθ ⎞ 1 ∂vz<br />

∂vθ<br />

γ& =<br />

⎢<br />

2<br />

⎥<br />

⎢<br />

+ ⎜ +<br />

r r θ<br />

⎟ +<br />

r θ z ⎥<br />

(2.13)<br />

⎝ ∂ ⎠ ∂ ∂<br />

⎢ ⎥<br />

⎢ ∂vz<br />

+ +<br />

2<br />

⎥<br />

⎢⎣ ∂z<br />

⎥⎦<br />

on<strong>de</strong> o símbolo (+) indica a simetria <strong>do</strong> tensor.<br />

Por <strong>de</strong>finição, a taxa <strong>de</strong> cisalhamento é dada através da seguinte relação:<br />

1<br />

& γ = γγ & & ij ji<br />

(2.14)<br />

2<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

12


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

2.1.5 Conservação da massa<br />

Aplican<strong>do</strong> a lei da conservação da massa a <strong>um</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle diferencial,<br />

ou seja, fazen<strong>do</strong> com que a variação da massa nesse vol<strong>um</strong>e seja igual ao balanço<br />

da massa que entra e que sai <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e, a equação da conservação da massa para<br />

coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas, segun<strong>do</strong> Bird et al. (1987) ass<strong>um</strong>e a seguinte forma:<br />

on<strong>de</strong> ρ é a massa específica <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>.<br />

∂<br />

ρ =−(<br />

∇ . ρv<br />

)<br />

(2.15)<br />

∂t<br />

Desenvolven<strong>do</strong> o opera<strong>do</strong>r gradiente na equação (2.15), a equação da<br />

conservação da massa torna-se:<br />

∂ρ ⎛∂vr vr 1 ∂vθ<br />

∂vz<br />

⎞<br />

+ ⎜ + + + ⎟=<br />

0<br />

∂t ⎝ ∂r r r ∂θ∂z ⎠<br />

2.1.6 Segunda Lei <strong>de</strong> Newton para o movimento<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

13<br />

(2.16)<br />

A segunda lei <strong>de</strong> Newton enuncia que a força resultante em <strong>um</strong> sistema é igual<br />

à taxa da variação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento no tempo. Aplican<strong>do</strong> essa lei a <strong>um</strong><br />

vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle diferencial, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar a equação da conservação da<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento conforme a equação (2.17) (Bird et al., 1987).<br />

∂<br />

ρv=−( ∇. ρvv) −( ∇ . π) + ρg<br />

(2.17)<br />

∂t


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

Para o sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas cilíndricas, a equação (2.17) po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>composta em três componentes, <strong>um</strong>a para cada direção. Desta forma, obtêm-se<br />

as equações (2.18), (2.19) e (2.20) nas direções r ,θ e z , respectivamente.<br />

2<br />

⎛∂vr ∂vr vθ ∂vr vθ<br />

∂v ⎞ r ∂p<br />

ρ⎜ + vr + − + vz ⎟+<br />

− ρgr<br />

=<br />

⎝ ∂t ∂r r ∂θr ∂z ⎠ ∂r<br />

⎡1 ∂ 1 ∂ ∂ τθθ<br />

⎤<br />

⎢ ( rτrr<br />

) + τθr+ τzr−<br />

r ∂r r ∂θ∂z r ⎥<br />

⎣ ⎦<br />

⎛∂vθ ρ⎜ + vr ⎝ ∂t ∂vθ vθ ∂vθ vrvθ ∂vθ ⎞ 1 ∂p<br />

+ + + vz + − ρgθ=<br />

∂r r ∂θ r ∂z ⎟<br />

⎠ r ∂θ<br />

⎡ 1<br />

⎢ 2<br />

⎣r ∂ 2 1 ∂ ∂ τθr −τ<br />

rθ<br />

⎤<br />

( r τrθ) + τθθ + τzθ<br />

+<br />

∂r r ∂θ∂z r ⎥<br />

⎦<br />

⎛∂vz ∂vz vθ<br />

∂vz ∂vz ⎞ ∂p<br />

ρ⎜ + vr + + vz ⎟+<br />

− ρgz<br />

=<br />

⎝ ∂t ∂r r ∂θ∂z ⎠ ∂z<br />

⎡1 ∂ 1 ∂ ∂ ⎤<br />

⎢ ( rτ<br />

rz ) + τθz+ τzz<br />

⎣r ∂r r ∂θ∂z ⎥<br />

⎦<br />

on<strong>de</strong> p representa a pressão termodinâmica e g a aceleração da gravida<strong>de</strong>.<br />

2.1.7 Módulo <strong>de</strong> relaxação<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

14<br />

(2.18)<br />

(2.19)<br />

(2.20)<br />

O módulo <strong>de</strong> relaxação G é <strong>um</strong>a proprieda<strong>de</strong> reológica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da<br />

natureza <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>. Este parâmetro relaciona a viscosida<strong>de</strong> à taxa <strong>de</strong> cisalhamento<br />

nula com o tempo <strong>de</strong> relaxação <strong>do</strong> material (Bird et al., 1987).


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

G η<br />

λ<br />

0 = (2.21)<br />

on<strong>de</strong> G é o modulo <strong>de</strong> relaxação, η 0 a viscosida<strong>de</strong> à taxa nula <strong>de</strong> cisalhamento e λ<br />

o tempo <strong>de</strong> relaxação <strong>do</strong> material.<br />

2.1.8 Primeira e segunda diferença <strong>de</strong> tensões e a viscosida<strong>de</strong> extensional<br />

O escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano po<strong>de</strong> ser caracteriza<strong>do</strong> por duas<br />

proprieda<strong>de</strong>s materiais: a massa específica ρ e a viscosida<strong>de</strong> dinâmica µ . O<br />

conhecimento <strong>de</strong>ssas proprieda<strong>de</strong>s permite a solução <strong>do</strong>s campos <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> tensão, através da equação <strong>do</strong> movimento e das equações constitutivas para o<br />

tensor <strong>de</strong> tensões. Atualmente na engenharia, a <strong>de</strong>terminação das proprieda<strong>de</strong>s ρ<br />

e µ é <strong>um</strong>a ativida<strong>de</strong> bem consolidada e <strong>de</strong> fácil execução.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a <strong>de</strong>scrição experimental <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos, mesmo<br />

no caso incompressível, é muito mais complexa que a <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s newtonianos. Os<br />

escoamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> várias funções materiais,<br />

que por sua vez <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da taxa <strong>de</strong> cisalhamento, da freqüência e <strong>do</strong> tempo.<br />

Alguns exemplos <strong>de</strong>ssas funções são: a viscosida<strong>de</strong> cisalhante η( γ& ) , a primeira, N 1,<br />

e a segunda, 2 N , diferença <strong>de</strong> tensões normais e as viscosida<strong>de</strong>s extensionais η 1 e<br />

η 2 . O conhecimento <strong>de</strong>ssas funções é fundamental para a completa <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong><br />

campo <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> tensão para escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos<br />

(Bird et al., 1987).<br />

Como o movimento relativo das partículas materiais evi<strong>de</strong>ncia diferentes<br />

proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> escoamento, cost<strong>um</strong>a-se caracterizar os flui<strong>do</strong>s poliméricos através<br />

<strong>de</strong> <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> escoamento: escoamento cisalhante e escoamento livre <strong>de</strong><br />

cisalhamento.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

15


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

2.1.8.1 <strong>Escoamento</strong>s cisalhantes<br />

Os escoamentos cisalhantes são aqueles que em geral a velocida<strong>de</strong> varia na<br />

direção perpendicular ao movimento. A forma mais geral que o tensor <strong>de</strong> tensões<br />

total, π , po<strong>de</strong> ter para <strong>um</strong> escoamento cisalhante simples é:<br />

⎛− p + τxx τ yx 0 ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

π=− pδ+ τ =<br />

⎜<br />

τ yx − p+<br />

τ yy 0<br />

⎟<br />

(2.22)<br />

⎜ 0 0 − p + τ ⎟<br />

⎝ zz ⎠<br />

As tensões que são usualmente utilizadas em conjunção com o escoamento<br />

cisalhante são:<br />

1. Tensão cisalhante, τ yx .<br />

2. Primeira diferença <strong>de</strong> tensão normal:<br />

3. Segunda diferença <strong>de</strong> tensão normal:<br />

N1 = τ xx − τ yy<br />

(2.23)<br />

N2 = τ yy − τ zz<br />

(2.24)<br />

Dessa maneira, há somente três quantida<strong>de</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e<br />

experimentalmente acessíveis no escoamento cisalhante simples.<br />

As funções materiais para o escoamento cisalhante permanente são <strong>de</strong>finidas<br />

como:<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

16


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

1. A viscosida<strong>de</strong> η (também chamada <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> não-newtoniana ou<br />

viscosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da taxa <strong>de</strong> cisalhamento) é:<br />

τ<br />

η( & γ)<br />

=<br />

& γ<br />

2. Os coeficientes <strong>de</strong> tensões normais 1 Ψ e Ψ 2 são <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como:<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

yx<br />

yx<br />

( ) 2<br />

1 xx yy 1 yx<br />

17<br />

(2.25)<br />

N = τ − τ =Ψ & γ & γ<br />

(2.26)<br />

( ) 2<br />

N = τ − τ =Ψ & γ & γ<br />

(2.27)<br />

2 yy zz 2 yx<br />

As funções 1 Ψ e Ψ 2 são conhecidas como primeiro e segun<strong>do</strong> coeficientes <strong>de</strong><br />

diferenças <strong>de</strong> tensões normais, respectivamente. As funções η ( γ& ) , 1<br />

alg<strong>um</strong>as vezes coletivamente chamadas <strong>de</strong> funções viscosimétricas.<br />

Em geral, as funções η( γ& ) , 1<br />

taxa <strong>de</strong> cisalhamento.<br />

2.1.8.2 <strong>Escoamento</strong>s livres <strong>de</strong> cisalhamento<br />

Ψ e Ψ 2 são<br />

Ψ e Ψ 2 são <strong>de</strong>crescentes com o a<strong>um</strong>ento da<br />

Os escoamentos livres <strong>de</strong> cisalhamento são em geral aqueles em que a<br />

velocida<strong>de</strong> varia na direção <strong>do</strong> escoamento.<br />

A simetria acoplada com a isotropia <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> reduz a forma mais geral <strong>do</strong><br />

tensor <strong>de</strong> tensões para o caso <strong>de</strong> escoamento livre <strong>de</strong> cisalhamento para:


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

⎛− p + τ xx 0 0 ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

π=− pδ+ τ =<br />

⎜<br />

0 − p+<br />

τ yy 0<br />

⎟<br />

(2.28)<br />

⎜ 0 0 − p + τ ⎟<br />

⎝ zz ⎠<br />

Quan<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra-se flui<strong>do</strong>s incompressíveis, há somente duas diferenças <strong>de</strong><br />

tensões normais <strong>de</strong> interesse experimental:<br />

N1 = τ zz − τ xx<br />

(2.29)<br />

N2 = τ yy − τ xx<br />

(2.30)<br />

A taxa extensional ε& é pres<strong>um</strong>ida ser in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> tempo para o<br />

escoamento permanente.<br />

As funções materiais para o escoamento livre <strong>de</strong> cisalhamento transitório<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ε& () t e <strong>do</strong> parâmetro b que <strong>de</strong>fine o tipo <strong>de</strong> escoamento. Para<br />

escoamentos permanentes simples livres <strong>de</strong> cisalhamento <strong>de</strong>finimos duas funções<br />

viscosida<strong>de</strong>, η 1 e η 2 , para <strong>de</strong>screver as duas diferenças <strong>de</strong> tensões normais,<br />

conforme:<br />

η & ε b<br />

τ −τ<br />

=<br />

& ε<br />

1 ( , ) zz xx<br />

τ −τ<br />

η2 ( & ε,<br />

b)<br />

=<br />

& ε<br />

yy xx<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

18<br />

(2.31)<br />

(2.32)


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

Para o caso especial <strong>de</strong> escoamento livre <strong>de</strong> cisalhamento no esta<strong>do</strong><br />

permanente on<strong>de</strong> b = 0 , η 2 = 0 e η 1 é igual à viscosida<strong>de</strong> extensional η :<br />

η ( & ε) = η ( & ε,0); η ( & ε,0)<br />

= 0<br />

(2.33)<br />

1 2<br />

Para & ε > 0 , η <strong>de</strong>screve <strong>um</strong> escoamento extensional, e para & ε < 0 , η <strong>de</strong>screve<br />

<strong>um</strong> estiramento biaxial. A viscosida<strong>de</strong> extensional é alg<strong>um</strong>as vezes chamada <strong>de</strong><br />

“viscosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trouton” ou “viscosida<strong>de</strong> elongacional”.<br />

A viscosida<strong>de</strong> extensional η possui <strong>um</strong> valor constante à baixas taxas <strong>de</strong><br />

extensão, conhecida como viscosida<strong>de</strong> elongacional à taxa <strong>de</strong> cisalhamento nula η 0 ,<br />

a qual é três vezes a viscosida<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong> cisalhamento nula. Lembran<strong>do</strong> que<br />

η = 3η<br />

para flui<strong>do</strong>s newtonianos.<br />

Devi<strong>do</strong> à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingir o regime permanente em muitos escoamentos<br />

<strong>de</strong> líqui<strong>do</strong>s poliméricos livres <strong>de</strong> cisalhamento, os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> escoamentos<br />

transitórios livres <strong>de</strong> cisalhamento são muito importantes.<br />

2.2 Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento em contrações bruscas<br />

Estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong> escoamento através <strong>de</strong> contrações bruscas têm si<strong>do</strong> reporta<strong>do</strong>s<br />

extensivamente na literatura. Além das diversas aplicações industriais que motivam<br />

esses estu<strong>do</strong>s, a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong>sses escoamentos como soluções <strong>de</strong> referência na<br />

prática <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos contribui com o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> trabalhos<br />

realiza<strong>do</strong>s. A exemplo, o escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos através <strong>de</strong> contrações<br />

bruscas foi sugeri<strong>do</strong> como <strong>um</strong> problema <strong>de</strong> referência durante o 5 th International<br />

Workshop on N<strong>um</strong>erical Methods in Non-Newtonian Flows (Hassager, 1988).<br />

Durst e Loy (1985) avaliam <strong>de</strong> forma experimental e n<strong>um</strong>érica o escoamento<br />

laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong> duto que apresenta redução brusca na área da seção<br />

transversal. Uma característica <strong>de</strong>sses escoamentos é o a<strong>um</strong>ento da queda <strong>de</strong><br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

19


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

pressão causada pela geração <strong>de</strong> vórtices nas regiões próximas da contração. A<br />

Figura 2.2 ilustra a forma básica <strong>do</strong>s vórtices gera<strong>do</strong>s pelo escoamento através <strong>de</strong><br />

contrações bruscas, sen<strong>do</strong> notória a concentração <strong>do</strong>s vórtices próximos à região da<br />

contração. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s avaliam perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> axial, a pressão ao<br />

longo <strong>do</strong> duto e associam o tamanho <strong>do</strong>s vórtices gera<strong>do</strong>s com o número <strong>de</strong><br />

Reynolds <strong>do</strong> escoamento.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

r<br />

Figura 2.2 - Esquema da formação <strong>de</strong> vórtices no escoamento ao longo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração abrupta.<br />

Boger (1987) s<strong>um</strong>ariza trabalhos realiza<strong>do</strong>s sobre o escoamento através <strong>de</strong><br />

contrações. São avaliadas as soluções disponíveis para o escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano e não-newtoniano inelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração. Também,<br />

consi<strong>de</strong>ra-se o progresso que tivera a solução <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos, sen<strong>do</strong><br />

enfatizada a interação que existe entre observações experimentais e simulações<br />

n<strong>um</strong>éricas para esses flui<strong>do</strong>s.<br />

Dekam e Calvert (1988) <strong>de</strong>terminaram a perda <strong>de</strong> carga para o escoamento<br />

através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a transição entre dutos <strong>de</strong> seções transversais quadradas e<br />

retangulares <strong>de</strong> mesma área. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s são compara<strong>do</strong>s com os<br />

resulta<strong>do</strong>s teóricos consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> <strong>um</strong> escoamento através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração ou<br />

expansão.<br />

Hammad e Vradis (1996), analisaram o escoamento com baixo número <strong>de</strong><br />

Reynolds, incompressível e permanente, <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoplástico, tipo plástico <strong>de</strong><br />

Bingham, através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca axissimétrica. Os termos da dissipação<br />

z<br />

20


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

viscosa foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s. Foi investiga<strong>do</strong> o efeito <strong>do</strong> aquecimento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>,<br />

gera<strong>do</strong> apenas pela dissipação viscosa, na alteração da tensão limite <strong>de</strong><br />

escoamento e o efeito <strong>do</strong> número <strong>de</strong> Peclet no campo <strong>de</strong> temperaturas ao longo <strong>do</strong><br />

escoamento.<br />

Sisavath et. al. (2002) realizaram <strong>um</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

contração ou expansão para números <strong>de</strong> Reynolds baixos (Creeping flow). O<br />

objetivo <strong>do</strong> trabalho é correlacionar a solução analítica <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> pequeno orifício (Sampson, 1891) com o escoamento<br />

através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração ou expansão.<br />

Iudicello (2003) realizou <strong>um</strong> estu<strong>do</strong> n<strong>um</strong>érico <strong>do</strong> escoamento laminar através<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s foram compara<strong>do</strong>s com da<strong>do</strong>s<br />

experimentais obti<strong>do</strong>s da literatura. Para as simulações, foi utiliza<strong>do</strong> o programa<br />

computacional comercial CFX-5.<br />

Coradin et. al. (2006) apresentaram a simulação n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento<br />

laminar, incompressível, isotérmico e estacionário através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

axissimétrica. Na primeira parte <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> é simula<strong>do</strong> o escoamento laminar<br />

newtoniano, sen<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s valida<strong>do</strong>s com da<strong>do</strong>s experimentais<br />

reporta<strong>do</strong>s na literatura. São analisa<strong>do</strong>s os perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> na direção axial<br />

para posições próximas da contração. Na segunda parte é simula<strong>do</strong> o escoamento<br />

<strong>de</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano <strong>de</strong> comportamento viscoplástico, flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bingham. Nesta<br />

etapa, foi avaliada a influência da variação <strong>do</strong>s parâmetros adimensionais <strong>do</strong><br />

escoamento no comportamento da velocida<strong>de</strong> axial ao longo da linha <strong>de</strong> centro. As<br />

simulações n<strong>um</strong>éricas foram realizadas com o programa computacional comercial<br />

PHOENICS CFD. O trabalho apresenta<strong>do</strong> por Coradin et. al. (2006) encontra-se no<br />

APÊNDICE C. Esse trabalho é parte <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> prece<strong>de</strong>nte realiza<strong>do</strong> para a<br />

execução <strong>do</strong> tema proposto neste projeto, servin<strong>do</strong> como fonte <strong>de</strong> crescimento<br />

acadêmico e aquisição <strong>de</strong> experiência na utilização da ferramenta computacional<br />

PHOENICS CFD.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

21


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

2.3 Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento viscoelástico<br />

Os trabalhos apresenta<strong>do</strong>s no tópico anterior referem-se, em sua maioria, a<br />

flui<strong>do</strong>s newtonianos e não-newtonianos inelásticos. Entretanto, em muitos casos<br />

estes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> não representam <strong>de</strong> forma precisa o comportamento real <strong>do</strong><br />

flui<strong>do</strong>. Assim, torna-se necessária <strong>um</strong>a abordagem com mo<strong>de</strong>los reológicos mais<br />

complexos e completos. Neste trabalho, é focada a utilização <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong><br />

viscoelásticos que sejam capazes <strong>de</strong> reproduzir os efeitos presencia<strong>do</strong>s no<br />

escoamento através <strong>de</strong> contrações bruscas, tais como o comportamento da<br />

viscosida<strong>de</strong> extensional e a primeira e segunda diferença <strong>de</strong> tensões normais.<br />

As equações a resolver em <strong>um</strong> problema <strong>de</strong> escoamento viscoelástico são,<br />

geralmente, as equações <strong>de</strong> conservação da massa e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento<br />

mais as relações e equações constitutivas provindas da mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>. Na<br />

maioria <strong>do</strong>s problemas práticos encontra<strong>do</strong>s, o sistema forma<strong>do</strong> pelas equações se<br />

apresenta <strong>de</strong> forma não-linear e não po<strong>de</strong> ser resolvi<strong>do</strong> analiticamente, sen<strong>do</strong><br />

necessário o auxílio <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> solução n<strong>um</strong>érica. Segun<strong>do</strong> Alves et. al. (2002),<br />

quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao caso newtoniano, o cálculo <strong>de</strong> escoamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s<br />

viscoelásticos vai introduzir <strong>um</strong>a série <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s, as quais po<strong>de</strong>m ser:<br />

• Acoplamento <strong>de</strong> três campos <strong>de</strong> variáveis: velocida<strong>de</strong>, pressão e tensão;<br />

• Equações in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes para o transporte <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> tensões (<strong>um</strong> tensor<br />

<strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m) que necessitam serem resolvidas conjuntamente com as<br />

equações <strong>do</strong> escoamento;<br />

• Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar malhas computacionais muito finas para que se torne<br />

possível resolver, com precisão suficiente, as camadas limites <strong>de</strong> tensões<br />

junto a pare<strong>de</strong>s e em regiões próximas <strong>de</strong> pontos singulares (on<strong>de</strong> as tensões<br />

ten<strong>de</strong>m para infinito);<br />

• Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar esquemas <strong>de</strong> diferenças <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m superior, sobretu<strong>do</strong><br />

para a representação <strong>do</strong>s termos em <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m nas<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

22


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

equações hiperbólicas que regem o transporte das tensões, equações estas<br />

que não contém qualquer termo difusivo.<br />

Para a mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico, a seleção <strong>de</strong> <strong>um</strong>a equação<br />

constitutiva que represente a<strong>de</strong>quadamente o comportamento reológico <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> é<br />

<strong>um</strong> passo <strong>de</strong> fundamental importância na resolução <strong>do</strong> problema. Muniz et. al.<br />

(2005) afirmam que em simulações n<strong>um</strong>éricas <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos tem-se da<strong>do</strong><br />

preferência ao uso <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s newtonianos generaliza<strong>do</strong>s, mo<strong>de</strong>los<br />

diferenciais e integrais não-lineares. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano generaliza<strong>do</strong>s<br />

levam em conta apenas a <strong>de</strong>pendência da viscosida<strong>de</strong> com a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação,<br />

<strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> la<strong>do</strong> os efeitos <strong>de</strong>correntes da elasticida<strong>de</strong> <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>. Já os mo<strong>de</strong>los<br />

diferenciais e integrais permitem contemplar <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> das<br />

características reológicas apresentadas pelos flui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> comportamento<br />

viscoelástico. Em relação aos mo<strong>de</strong>los integrais, os mo<strong>de</strong>los diferenciais são os<br />

mais usa<strong>do</strong>s em simulações n<strong>um</strong>éricas, pois são mais fáceis <strong>de</strong> serem<br />

implementa<strong>do</strong>s e resolvi<strong>do</strong>s, apresentan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s consistentes (Bird et. al.,<br />

1987).<br />

2.4 Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento viscoelástico em contrações bruscas<br />

Os mo<strong>de</strong>los constitutivos que vêm sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s para a resolução <strong>do</strong><br />

escoamento viscoelástico em <strong>um</strong>a contração brusca são muitos. Entre os trabalhos<br />

realiza<strong>do</strong>s, os principais mo<strong>de</strong>los emprega<strong>do</strong>s são: Phan-Thien e Tanner (PTT),<br />

Oldroyd-B, FENE-P, POM-POM, Upper Convected Maxwell (UCM), Giesekus, K-<br />

BKZ. Entre os mo<strong>de</strong>los cita<strong>do</strong>s, o <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>staque é o PTT. A seguir, serão<br />

comenta<strong>do</strong>s alguns trabalhos realiza<strong>do</strong>s sobre escoamentos viscoelásticos através<br />

<strong>de</strong> contrações bruscas.<br />

Azaiez (1996) realiza a simulação n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento viscoelástico<br />

através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração plana. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s são os <strong>de</strong><br />

Giesekus, o FENE-P e o PTT. Ambos os campos <strong>de</strong> tensão e velocida<strong>de</strong> são<br />

examina<strong>do</strong>s em diferentes seções <strong>do</strong> escoamento, sen<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos<br />

compara<strong>do</strong>s com da<strong>do</strong>s experimentais. Os resulta<strong>do</strong>s apresentaram boa<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

23


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

concordância qualitativa, porém, principalmente para a primeira diferença <strong>de</strong><br />

tensões, há discrepâncias nos resulta<strong>do</strong>s quantitativos.<br />

Phillips e Williams (2002) estudaram a diferença no <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

estruturas <strong>do</strong>s vórtices gera<strong>do</strong>s pelo escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico,<br />

Oldroyd-B, quan<strong>do</strong> comparadas às geometrias <strong>de</strong> contração plana e axissimétrica.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos alcança<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstram que há gran<strong>de</strong> diferença entre os<br />

escoamentos através das duas geometrias. No caso <strong>de</strong> escoamento axissimétrico,<br />

os vórtices gera<strong>do</strong>s são maiores tanto em tamanho quanto em intensida<strong>de</strong>.<br />

Mompean (2002) realizou a simulação n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a contração plana para baixo número <strong>de</strong> Reynolds com flui<strong>do</strong>s newtonianos e<br />

viscoelásticos. Um mo<strong>de</strong>lo com tensões extras algébricas <strong>de</strong>rivadas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

diferencial <strong>do</strong> Oldroyd-B e aplica<strong>do</strong> ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner é utiliza<strong>do</strong>.<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo apresentou excelentes resulta<strong>do</strong>s.<br />

Aboubacar et. al. (2002) examinam o escoamento viscoelástico através <strong>de</strong><br />

contrações axissimétricas e planares. O escoamento apresenta condições <strong>de</strong><br />

creeping flow ( Re = 0 ) e a razão entre os diâmetros da contração é igual a quatro<br />

para to<strong>do</strong>s os escoamentos. Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos são o Oldroyd-B e<br />

o mo<strong>de</strong>lo PTT com coeficiente linear e exponencial para as tensões. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

são mostra<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> comparação das linhas <strong>de</strong> corrente, sen<strong>do</strong> dada atenção<br />

especial ao tamanho <strong>do</strong>s vórtices em função das proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>.<br />

Alves et. al. (2002) apresentaram <strong>um</strong>a solução <strong>de</strong> referência no escoamento <strong>de</strong><br />

flui<strong>do</strong>s viscoelásticos através <strong>de</strong> contrações bruscas planas bidimensionais. Para a<br />

mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> é utiliza<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo não-linear <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner. Um<br />

esquema <strong>de</strong> diferenças <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m superior, especialmente concebi<strong>do</strong> para flui<strong>do</strong>s<br />

viscoelásticos, é aplica<strong>do</strong> conjuntamente com a utilização <strong>de</strong> malhas muito<br />

refinadas, conten<strong>do</strong> <strong>um</strong> número superior a <strong>um</strong> milhão <strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

forma a se obter resulta<strong>do</strong>s passíveis <strong>de</strong> serem utiliza<strong>do</strong>s como referência. Em outro<br />

trabalho feito pelos mesmos autores (Alves et. al, 2003), foi proposta a solução <strong>de</strong><br />

referência para o escoamento viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração, porém,<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

24


Capítulo 2 – Revisão Bibliográfica<br />

utilizan<strong>do</strong> os mo<strong>de</strong>los Oldroyd-B e PTT com a função linear e exponencial. Nesse<br />

estu<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se constatar que o mo<strong>de</strong>lo Oldroyd-B não apresenta resulta<strong>do</strong>s<br />

confiáveis para valores <strong>do</strong> número <strong>de</strong> Deborah maiores que 3. Para o mo<strong>de</strong>lo PTT,<br />

utilizan<strong>do</strong> a forma linear para a função extensional, <strong>um</strong> limite <strong>de</strong> aproximadamente<br />

200 foi encontra<strong>do</strong> no número <strong>de</strong> Deborah, enquanto que para a forma exponencial<br />

nenh<strong>um</strong> limite superior foi encontra<strong>do</strong>. Alves et. al. (2004) ainda realizaram <strong>um</strong><br />

trabalho que aborda o efeito da razão da contração (razão entre os diâmetros) no<br />

escoamento viscoelástico através <strong>de</strong> contrações axissimétricas. Foi utiliza<strong>do</strong> o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner com coeficiente linear para as tensões,<br />

sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>spreza<strong>do</strong>s os efeitos inerciais no escoamento (creeping flow). Os autores<br />

concluem que, ao contrário <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano, em que a razão <strong>de</strong><br />

contração não apresenta influência para valores maiores <strong>do</strong> que quatro, para<br />

escoamentos viscoelásticos o comportamento <strong>do</strong>s vórtices são altera<strong>do</strong>s tanto com<br />

a variação da razão da contração quanto com a variação da elasticida<strong>de</strong> <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>.<br />

2.5 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner - PTT<br />

Entre as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse no escoamento viscoelástico através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a contração, a viscosida<strong>de</strong> extensional apresenta gran<strong>de</strong> importância. Portanto, é<br />

necessário utilizar <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo que permita bons resulta<strong>do</strong>s para essa proprieda<strong>de</strong>.<br />

Porém, resulta<strong>do</strong>s para outras proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, tais como a primeira e<br />

segunda diferença <strong>de</strong> tensões normais, <strong>de</strong>vem apresentar resulta<strong>do</strong>s satisfatórios.<br />

Após a revisão <strong>do</strong>s trabalhos realiza<strong>do</strong>s para o escoamento <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s<br />

viscoelásticos através <strong>de</strong> contrações bruscas po<strong>de</strong>-se notar que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong><br />

apresenta<strong>do</strong> por Phan-Thien e Tanner (1977) representa <strong>de</strong> forma eficaz as<br />

características <strong>de</strong>ste escoamento. Em seu trabalho, Quinzani et al. (1995)<br />

apresentaram os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>um</strong> estu<strong>do</strong> experimental para avaliar a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> diversos mo<strong>de</strong>los constitutivos diferenciais. Os autores concluem que o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner é o que melhor caracteriza a viscosida<strong>de</strong> extensional,<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> representar satisfatoriamente, além <strong>do</strong> comportamento extensional, outras<br />

proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> escoamento.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

25


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

3 MODELAGEM MATEMÁTICA<br />

Ao longo <strong>de</strong>ste capítulo serão apresentadas as equações governantes e as<br />

condições <strong>de</strong> contorno utilizadas para <strong>de</strong>finir o problema. As equações a resolver em<br />

<strong>um</strong> problema <strong>de</strong> escoamento com flui<strong>do</strong> viscoelástico são habitualmente as<br />

equações <strong>de</strong> conservação da massa e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento, acrescidas <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> equações constitutivas que representam o transporte das<br />

componentes <strong>do</strong> tensor das tensões (Alves et. al., 2002). Hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras<br />

serão feitas, permitin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar termos irrelevantes nas equações. Desta<br />

forma, a complexida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser reduzida sem que o problema seja<br />

<strong>de</strong>scaracteriza<strong>do</strong>.<br />

O primeiro passo a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> é o sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas utiliza<strong>do</strong>.<br />

Como a principal aplicação <strong>de</strong>ste trabalho está voltada para a perfuração <strong>de</strong> poços<br />

para a produção <strong>de</strong> petróleo e gás, será consi<strong>de</strong>rada a simulação <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong><br />

flui<strong>do</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca axissimétrica. Assim, o sistema<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas a ser utiliza<strong>do</strong> é o cilíndrico, o qual apresenta as direções r ,θ e z<br />

nos eixos coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s. A componente r está relacionada com a posição ao longo<br />

<strong>do</strong> raio <strong>do</strong> cilindro, θ com a posição angular e z indica a posição ao longo da linha<br />

axial. Na Figura 3.1, po<strong>de</strong>-se visualizar o sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas para a contração<br />

brusca, o qual possui origem na interseção da linha <strong>de</strong> centro <strong>do</strong> tubo com a linha<br />

radial em que ocorre a contração.<br />

Figura 3.1 – Geometria da contração brusca axissimétrica.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

26


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

Os mo<strong>de</strong>los viscoelásticos são complexos e não estão disponíveis na maior<br />

parte <strong>do</strong>s programas comerciais, por isso, é necessário implementar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

flui<strong>do</strong> viscoelástico no PHOENICS CFD. Desta forma, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e<br />

Tanner será a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, conforme relata<strong>do</strong> na revisão bibliográfica. Assim, a<br />

verificação da implementação realizada torna-se necessária. Durante a verificação,<br />

serão a<strong>do</strong>tadas simulações <strong>de</strong> escoamentos mais simples, alguns possuin<strong>do</strong> até<br />

mesmo solução analítica.<br />

3.1 Hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras<br />

As hipóteses a serem utilizadas neste trabalho serão en<strong>um</strong>eradas e<br />

comentadas a seguir:<br />

Hip 1) <strong>Escoamento</strong> isotérmico: a temperatura é uniforme ao longo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o<br />

<strong>do</strong>mínio. Será <strong>de</strong>sprezada qualquer troca <strong>de</strong> calor possível <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às<br />

interações <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> com as pare<strong>de</strong>s <strong>do</strong> tubo, não sen<strong>do</strong> necessária a<br />

resolução da equação da conservação da energia.<br />

Hip 2) <strong>Escoamento</strong> permanente: o problema será trata<strong>do</strong> como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>do</strong> tempo, ou seja, as proprieda<strong>de</strong>s não variam com o tempo, equação<br />

(3.1).<br />

∂()<br />

= 0<br />

∂t<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

27<br />

(3.1)<br />

Hip 3) <strong>Escoamento</strong> axissimétrico: <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à geometria <strong>do</strong> problema, a<br />

consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> escoamento axissimétrico será realizada em relação à<br />

linha <strong>de</strong> centro <strong>do</strong>s tubos. Através <strong>de</strong>sta hipótese, além da simplificação<br />

das equações, busca-se a redução <strong>do</strong> tempo e esforço computacional na<br />

resolução <strong>do</strong> problema, <strong>um</strong>a vez que a malha gerada possui apenas<br />

duas direções ao invés <strong>de</strong> três. Desta forma, as relações da equação<br />

(3.2) são válidas.


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

∂<br />

= vθ = τθr = τrθ = τθz = τzθ<br />

= 0<br />

∂θ<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

28<br />

(3.2)<br />

Hip 4) <strong>Escoamento</strong> laminar: apesar <strong>do</strong>s escoamentos reais serem, em sua<br />

maioria, turbulentos, a hipótese <strong>de</strong> escoamento laminar será a<strong>do</strong>tada<br />

para reduzir a complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> problema, evitan<strong>do</strong> a resolução <strong>de</strong><br />

equações adicionais para os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> turbulência.<br />

Hip 5) <strong>Escoamento</strong> incompressível: os efeitos da compressão <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> serão<br />

<strong>de</strong>spreza<strong>do</strong>s. Desta forma, ass<strong>um</strong>e-se que a massa específica <strong>do</strong> flui<strong>do</strong><br />

é constante em to<strong>do</strong> o <strong>do</strong>mínio.<br />

Hip 6) Gravida<strong>de</strong> nula: os efeitos <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à força gravitacional serão<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s. Contu<strong>do</strong>, as componentes da aceleração da gravida<strong>de</strong><br />

são nulas para todas as direções, conforme:<br />

g = g = g = 0<br />

(3.3)<br />

r θ z<br />

3.2 Equação da conservação da massa<br />

Aplican<strong>do</strong> as hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras na equação (2.16), tem-se que a<br />

equação da conservação da massa para o problema proposto é dada por:<br />

∂vr vr ∂vz<br />

+ + = 0<br />

∂r r ∂z<br />

(3.4)


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

3.3 Equação da conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento<br />

Após consi<strong>de</strong>rar as hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras, as equações (2.18), (2.19) e<br />

(2.20) po<strong>de</strong>m se reduzir as equações (3.5) e (3.6) nas direções r e z ,<br />

respectivamente. A equação (2.19) é anulada após a aplicação das hipóteses.<br />

⎛ ∂vr ∂vr ⎞ ∂p ⎡1 ∂ ∂ τθθ<br />

⎤<br />

ρ⎜vr+ vz⎟+ = ( rτrr<br />

) + τzr<br />

−<br />

⎝ ∂r ∂z ⎠ ∂r ⎢r ∂r ∂z<br />

r ⎥<br />

⎣ ⎦ (3.5)<br />

⎛ ∂vz ∂vz ⎞ ∂p ⎡1 ∂ ∂ ⎤<br />

ρ ⎜vr + vz ⎟+ = ( rτrz)<br />

+ τzz<br />

⎝ ∂r ∂z ⎠ ∂z ⎢<br />

⎣r ∂r ∂z<br />

⎥<br />

⎦<br />

3.4 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner – PTT<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

29<br />

(3.6)<br />

Como já comenta<strong>do</strong>, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico a ser utiliza<strong>do</strong> é o mo<strong>de</strong>lo<br />

PTT (Phan-Thien e Tanner, 1977). A equação (3.7), apresentada por Tanner (2000),<br />

po<strong>de</strong> ser utilizada para a <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong> tensões τ <strong>de</strong> <strong>um</strong> material com<br />

tempo <strong>de</strong> relaxação λ singular.<br />

⎡ D<br />

T ⎤<br />

λ⎢ τ−lτ− τl + Y = 2λG<br />

⎣Dt ⎥<br />

τ d<br />

(3.7)<br />

⎦<br />

Na equação (3.7) o termo l é o tensor efetivo <strong>do</strong> gradiente <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, o<br />

qual leva em consi<strong>de</strong>ração o tensor <strong>do</strong> gradiente da velocida<strong>de</strong> macroscópica e a<br />

velocida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, conforme segue:<br />

l = L−ξd (3.8)<br />

on<strong>de</strong> ξ é o parâmetro que controla o <strong>de</strong>slizamento entre as ca<strong>de</strong>ias poliméricas.


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

Os tensores L e d são da<strong>do</strong>s pelas equações (3.9) e (3.10), respectivamente.<br />

L= v<br />

T<br />

∇ (3.9)<br />

1<br />

d = γ& (3.10)<br />

2<br />

Na equação (3.7), Y é <strong>um</strong>a função <strong>do</strong> traço <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong> tensões, Y (tr τ ) . Há<br />

duas formas para expressar Y , as quais são:<br />

ε<br />

Y = 1+ trτ<br />

(forma linear) (3.11)<br />

G<br />

⎛ ε ⎞<br />

Y = exp⎜ tr τ ⎟ (forma exponencial) (3.12)<br />

⎝G⎠ O parâmetro ε governa a resposta ao fluxo extensional. Para ε = 0 , o flui<strong>do</strong><br />

apresenta viscosida<strong>de</strong> extensional infinita. Desta maneira, o mo<strong>de</strong>lo PTT torna-se<br />

equivalente ao mo<strong>de</strong>lo Oldroyd-B.<br />

Neste trabalho, será consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo PTT affine, pois na equação (3.8)<br />

é feito ξ = 0 . A implicação <strong>de</strong>sta consi<strong>de</strong>ração fornece <strong>um</strong> <strong>de</strong>slizamento relativo nulo<br />

entre moléculas <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, simplifican<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo emprega<strong>do</strong> nas simulações. Para<br />

Y , será utilizada a forma linear. A a<strong>do</strong>ção da forma linear para Y <strong>de</strong>ve-se ao flui<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> perfuração apresentar comportamento próximo <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoso (baixos<br />

valores <strong>de</strong> De ). Segun<strong>do</strong> Alves et. al. (2003), a forma linear apresenta resulta<strong>do</strong>s<br />

aceitáveis para De < 200 , sen<strong>do</strong> aplicável a este projeto.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

30


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

Contu<strong>do</strong>, o mo<strong>de</strong>lo PTT a ser utiliza<strong>do</strong> para a <strong>de</strong>terminação das seis<br />

componentes <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong> tensões será:<br />

3.5 Equações constitutivas<br />

T ⎛ ε ⎞ τ<br />

( v. ∇) τ −Lτ− τL+ ⎜1+ trτ⎟ = 2Gd<br />

(3.13)<br />

⎝ G ⎠λ<br />

Juntamente com as equações da conservação da massa e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

movimento nas direções r e z , equações (3.4), (3.5) e (3.6), respectivamente, as<br />

seis equações constitutivas escalares <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, provindas da equação (3.13),<br />

completam o sistema <strong>de</strong> equações a ser resolvi<strong>do</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras, a equação (3.13) po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>composta em quatro equações escalares, as quais são dadas pelas equações<br />

(3.14), (3.15), (3.16) e (3.17), nas componentes rr , θθ , zz e rz = zr ,<br />

respectivamente. Devi<strong>do</strong> à hipótese <strong>de</strong> escoamento axissimétrico, apenas estas<br />

quatro equações são necessárias para completar o sistema juntamente com as<br />

equações <strong>de</strong> conservação da massa e da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento (Tanner, 2000).<br />

⎧ ∂τrr ∂τrr⎫ ⎧ ∂vr∂vr⎫ ⎨vr+ vz⎬−<br />

2⎨τrr<br />

+ τrz<br />

⎬+<br />

⎩ ∂r ∂z ⎭ ⎩ ∂r ∂z<br />

⎭<br />

⎧ ε ⎫ ⎧ ∂vr<br />

⎫<br />

⎨1 + ( τrr + τθθ + τzz ) ⎬τrr / λ = G ⎨2 ⎬<br />

⎩ G ⎭ ⎩ ∂r<br />

⎭<br />

⎧ ∂τθθ ∂τθθ ⎫ ⎧ ⎛vr⎞⎫ ⎨vr + vz<br />

⎬− 2 ⎨τθθ ⎜ ⎟⎬+<br />

⎩ ∂r ∂z ⎭ ⎩ ⎝ r ⎠⎭<br />

⎧ ε ⎫ ⎧ ⎛vr⎞⎫ ⎨1 + ( τrr + τθθ + τzz ) ⎬τθθ / λ = G ⎨2⎜ ⎟⎬<br />

⎩ G ⎭ ⎩ ⎝ r ⎠⎭<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

31<br />

(3.14)<br />

(3.15)


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

⎧ ∂τzz ∂τzz⎫ ⎧ ∂vz∂vz⎫ ⎨vr + vz<br />

⎬− 2⎨τzr<br />

+ τzz<br />

⎬+<br />

⎩ ∂r ∂z ⎭ ⎩ ∂r ∂z<br />

⎭<br />

⎧ ε ⎫ ⎧ ∂vz<br />

⎫<br />

⎨1 + ( τrr + τθθ + τzz ) ⎬τzz / λ = G ⎨2 ⎬<br />

⎩ G ⎭ ⎩ ∂z<br />

⎭<br />

⎧ ∂τrz ∂τrz⎫ ⎧ ∂vr∂vz⎛vr⎞⎫ ⎨vr+ vz⎬−<br />

⎨τzz+ τrr − τrz<br />

⎜ ⎟⎬+<br />

⎩ ∂r ∂z ⎭ ⎩ ∂z ∂r<br />

⎝ r ⎠⎭<br />

⎧ ε ⎫ ⎧∂vz ∂vr<br />

⎫<br />

⎨1 + ( τrr+ τθθ + τzz ) ⎬τrz / λ = G ⎨ + ⎬<br />

⎩ G ⎭ ⎩ ∂r ∂z<br />

⎭<br />

3.6 Condições <strong>de</strong> contorno<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

32<br />

(3.16)<br />

(3.17)<br />

As condições <strong>de</strong> contorno estabelecidas para a resolução <strong>do</strong> problema são<br />

en<strong>um</strong>eradas abaixo:<br />

COND 1. Condição <strong>de</strong> entrada: perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na entrada.<br />

z z<br />

( )<br />

v = v r<br />

(3.18)<br />

COND 2. Condição <strong>de</strong> saída: pressão <strong>de</strong> referência nula na saída.<br />

p = 0<br />

(3.19)<br />

COND 3. Condição <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>: velocida<strong>de</strong>s nulas nas pare<strong>de</strong>s.<br />

ref<br />

vr = vz<br />

= 0<br />

(3.20)


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

COND 4. Condição <strong>de</strong> simetria: <strong>de</strong>rivadas em relação à r e a componente da<br />

velocida<strong>de</strong> v r são feitas nulas.<br />

∂()<br />

= vr<br />

= 0<br />

∂r<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

33<br />

(3.21)<br />

As condições <strong>de</strong> contorno aplicadas ao problema po<strong>de</strong>m ser visualizadas<br />

através da Figura 3.2.<br />

Figura 3.2 – Geometria e condições <strong>de</strong> contorno para a geometria da contração abrupta<br />

axissimétrica.<br />

Na Figura 3.2, R é o raio <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> maior diâmetro, β é a razão entre o maior<br />

e o menor diâmetro da contração, L 1 o comprimento <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> maior seção e L 2 o<br />

comprimento <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> menor seção.


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

3.7 Adimensionalização<br />

Durante o <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>ste trabalho, alg<strong>um</strong>as variáveis serão tratadas na sua<br />

forma adimensional, permitin<strong>do</strong> que os resulta<strong>do</strong>s possam ser melhor visualiza<strong>do</strong>s e<br />

compreendi<strong>do</strong>s. Ainda, com a adimensionalização, busca-se generalizar os casos<br />

em que a solução seja aplicada. As variáveis adimensionais utilizadas são <strong>de</strong>scritas<br />

a seguir:<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

r<br />

z<br />

*<br />

r<br />

*<br />

2<br />

v<br />

v<br />

*<br />

1<br />

z<br />

= (3.22)<br />

2R<br />

r<br />

= (3.23)<br />

R<br />

r<br />

= (3.24)<br />

R / β<br />

v<br />

= (3.25)<br />

U<br />

* r<br />

r<br />

v<br />

= (3.26)<br />

U<br />

* z<br />

z<br />

* P<br />

P = (3.27)<br />

ηU<br />

/ r<br />

34


Capítulo 3 – Mo<strong>de</strong>lagem Matemática<br />

τ<br />

* ( = 1)<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

*<br />

ij<br />

=<br />

τ<br />

τ<br />

ij<br />

ij r<br />

35<br />

(3.28)<br />

on<strong>de</strong> o sobrescrito * representa a variável adimensional e U a velocida<strong>de</strong> média no<br />

tubo <strong>de</strong> entrada.


Capítulo 4 – Meto<strong>do</strong>logia <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

4 METODOLOGIA DE SOLUÇÃO<br />

O problema proposto representa <strong>um</strong>a situação que po<strong>de</strong> ser encontrada em<br />

casos reais <strong>de</strong> engenharia. Para sua solução é necessário <strong>um</strong> equacionamento<br />

matemático que <strong>de</strong>screva a realida<strong>de</strong> física da maneira mais fiel possível. Após, é<br />

necessário resolver as equações governantes <strong>do</strong> problema.<br />

4.1 Sistema <strong>de</strong> equações<br />

É necessário <strong>de</strong> antemão realizar <strong>um</strong>a revisão bibliográfica <strong>do</strong> tema, buscan<strong>do</strong><br />

adquirir o conhecimento acerca <strong>do</strong>s fenômenos envolvi<strong>do</strong>s, observar o grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico em que o problema se encontra e, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>,<br />

analisar as respostas apresentadas em trabalhos já realiza<strong>do</strong>s, os quais possam<br />

fornecer informações <strong>de</strong> fundamental importância para a realização <strong>do</strong> projeto.<br />

Uma vez conhecen<strong>do</strong> o problema, é necessário realizar seu equacionamento.<br />

Nesta fase são utilizadas as leis físicas governantes e, juntamente com<br />

consi<strong>de</strong>rações e hipóteses, obtém-se o sistema <strong>de</strong> equações a ser resolvi<strong>do</strong>.<br />

4.2 Solução <strong>do</strong> problema<br />

Uma vez obti<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> equações que <strong>de</strong>finem o problema, po<strong>de</strong>-se<br />

realizar sua solução <strong>de</strong> duas formas diferentes: teórica ou experimental.<br />

Uma solução teórica normalmente envolve a solução <strong>de</strong> equações diferenciais,<br />

as quais po<strong>de</strong>m ser resolvidas tanto na forma analítica como através da utilização <strong>de</strong><br />

méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos. O méto<strong>do</strong> analítico envolve, geralmente, simplificações e<br />

condições <strong>de</strong> contorno que diminuem a complexida<strong>de</strong> <strong>do</strong> problema e permitem,<br />

<strong>de</strong>sta maneira, apresentar solução ao problema. Obviamente, quan<strong>do</strong> possível, <strong>um</strong>a<br />

solução analítica não <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scartada. Se <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> equações forma<strong>do</strong><br />

pelas equações diferenciais que compõem o problema não po<strong>de</strong> ser resolvi<strong>do</strong><br />

analiticamente, é possível a utilização <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

36


Capítulo 4 – Meto<strong>do</strong>logia <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

Méto<strong>do</strong>s experimentais apresentam a vantagem da representação mais<br />

realística <strong>do</strong> problema, porém, alg<strong>um</strong>as vezes po<strong>de</strong>m ser custosos financeiramente,<br />

apresentar dificulda<strong>de</strong>s nas medições, não oferecer condições seguras ou requerer<br />

tempo eleva<strong>do</strong> para a realização <strong>do</strong>s experimentos.<br />

Na Tabela 4.1 é apresentada <strong>um</strong>a simples comparação entre as três técnicas<br />

utilizadas para a resolução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> engenharia. Nota-se que todas as<br />

técnicas apresentam vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>um</strong>a em relação às outras.<br />

Tabela 4.1 – Comparação entre as técnicas comuns na solução <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> engenharia.<br />

(Fonte: Fortuna, 2000)<br />

Méto<strong>do</strong> Vantagem Desvantagem<br />

Experimental • Mais realístico • Equipamentos requeri<strong>do</strong>s<br />

Analítico • Mais geral<br />

• Equações Fechadas<br />

N<strong>um</strong>érico • Nenh<strong>um</strong>a restrição à<br />

linearida<strong>de</strong><br />

• Geometria e processos<br />

complexos<br />

• Cálculo transiente <strong>do</strong>s<br />

processos<br />

• Problemas em escala<br />

• Dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medidas<br />

• Custo <strong>de</strong> operação<br />

• Segurança<br />

• Restrito a geometrias e<br />

processos simples<br />

• Normalmente restrito a<br />

problemas lineares<br />

• Erros <strong>de</strong> truncamento<br />

• Dificulda<strong>de</strong>s nas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong><br />

condições <strong>de</strong> contorno<br />

apropriadas<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

37


Capítulo 4 – Meto<strong>do</strong>logia <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

4.3 Dinâmica <strong>do</strong>s Flui<strong>do</strong>s Computacional - DFC<br />

Devi<strong>do</strong> a não-linearida<strong>de</strong> apresentada pelo conjunto <strong>de</strong> equações <strong>do</strong> problema<br />

proposto neste trabalho, é necessária a utilização <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos para a<br />

resolução <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> equações formula<strong>do</strong>. Assim, será utilizada a técnica <strong>de</strong><br />

dinâmica <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s computacional (DFC), a qual lineariza o sistema não-linear<br />

através da discretização das equações. Segun<strong>do</strong> Versteeg e Malalasekera (1995), a<br />

prática <strong>de</strong> DFC consiste em três etapas principais: pré-processamento,<br />

processamento e pós-processamento.<br />

A fase <strong>de</strong> pré-processamento consiste nos da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> entrada <strong>do</strong> problema no<br />

programa computacional DFC. As principais tarefas a serem realizadas são:<br />

• Definição da geometria e regiões <strong>de</strong> interesse, ou seja, <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>mínio computacional;<br />

• Geração da malha n<strong>um</strong>érica, a qual divi<strong>de</strong> o <strong>do</strong>mínio em células (vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong><br />

controle);<br />

• Seleção <strong>do</strong>s fenômenos físicos e químicos;<br />

• Definição das proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>;<br />

• Especificação das condições <strong>de</strong> contorno;<br />

• Especificações para a resolução <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> equações.<br />

A segunda etapa é on<strong>de</strong> o sistema <strong>de</strong> equações formula<strong>do</strong> é propriamente<br />

resolvi<strong>do</strong>. Através das especificações feitas na fase anterior, o programa resolve o<br />

sistema, geran<strong>do</strong> <strong>um</strong> arquivo <strong>de</strong> saída a ser interpreta<strong>do</strong> no pós-processamento. É<br />

nesta fase que o controle da convergência da solução é avalia<strong>do</strong> através <strong>de</strong> gráficos<br />

que mostram a variação <strong>de</strong> variáveis <strong>de</strong> interesse no escoamento e seus respectivos<br />

erros n<strong>um</strong>éricos entre as iterações.<br />

O pós-processamento consiste na última fase <strong>de</strong> <strong>um</strong> programa computacional<br />

<strong>de</strong> DFC. Nesta fase os resulta<strong>do</strong>s são visualiza<strong>do</strong>s conforme o <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>. Os<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

38


Capítulo 4 – Meto<strong>do</strong>logia <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

resulta<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser apresenta<strong>do</strong>s na forma <strong>de</strong> valores discretos, campos colori<strong>do</strong>s<br />

e legenda<strong>do</strong>s, vetores, linhas <strong>de</strong> corrente, entre outros.<br />

Entre as formulações utilizadas em DFC para a discretização das equações, o<br />

Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Vol<strong>um</strong>es Finitos (Patankar, 1980) tem apareci<strong>do</strong> como <strong>um</strong>a técnica <strong>de</strong><br />

fácil compreensão e interpretação física.<br />

Segun<strong>do</strong> Morales (1999), os principais passos a serem segui<strong>do</strong>s para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento e implementação <strong>de</strong> esquemas n<strong>um</strong>éricos para solução <strong>de</strong><br />

problemas envolven<strong>do</strong> DFC são:<br />

• Escolha a<strong>de</strong>quada da localização das variáveis <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes na malha;<br />

• Tratamento <strong>do</strong> acoplamento entre a pressão e a velocida<strong>de</strong>;<br />

• A obtenção da função <strong>de</strong> interpolação entre os pontos discretos;<br />

• A escolha da seqüência <strong>de</strong> solução das equações diferenciais;<br />

• A escolha <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> solução <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> equações lineares.<br />

No presente trabalho as equações governantes mo<strong>de</strong>ladas no capítulo 3 serão<br />

resolvidas através <strong>do</strong> programa computacional comercial PHOENICS CFD. Detalhes<br />

da meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica utilizada pelo PHOENICS CFD são apresenta<strong>do</strong>s no<br />

APÊNDICE A.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

39


Capítulo 5 – Mo<strong>de</strong>lagem e Implementação <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

5 MODELAGEM E IMPLEMENTAÇÃO NUMÉRICA<br />

No presente capítulo, serão <strong>de</strong>scritas a solução n<strong>um</strong>érica com o programa<br />

comercial PHOENICS CFD e a forma <strong>de</strong> implementação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong><br />

viscoelástico PTT para a geometria da contração brusca axissimétrica.<br />

5.1 Sistema <strong>de</strong> equações <strong>do</strong> problema<br />

O sistema <strong>de</strong> equações a ser resolvi<strong>do</strong> é forma<strong>do</strong> pelas equações (3.4), (3.5),<br />

(3.6), (3.14), (3.15), (3.16) e (3.17) que, respectivamente, representam a equação da<br />

conservação da massa, conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento nas direções r e<br />

z , e as equações constitutivas provindas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT para as componentes rr ,<br />

θθ , zz e rz = zr . As incógnitas <strong>do</strong> sistema são: p , r v , z v , τ rr , τ θθ , zz<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

τ e τ rz τ zr<br />

= .<br />

No programa PHOENICS CFD, as equações são implementadas conforme a<br />

equação generalizada dada pela equação (5.1), a qual é melhor <strong>de</strong>scrita no<br />

APÊNDICE A. Na Tabela 5.1 as sete equações a serem resolvidas no escoamento<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico PTT escritas na forma da equação generalizada po<strong>de</strong>m<br />

ser visualizadas.<br />

∂ρφ<br />

+ ∇( ρv φ) −∇( Γ∇ φ)<br />

= S<br />

(5.1)<br />

∂t<br />

on<strong>de</strong> S representa os termos fontes adicionais na equação.<br />

A equação da conservação da massa implementada no código padrão <strong>do</strong><br />

PHOENICS CFD apresenta forma idêntica à equação (3.4) quan<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>radas as<br />

hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras. Assim, não é necessária qualquer implementação<br />

adicional para esta equação.<br />

40


Capítulo 5 – Mo<strong>de</strong>lagem e Implementação <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

Tabela 5.1 – Equações escritas na forma generalizada.<br />

Equação φ Γ S<br />

Continuida<strong>de</strong> 1 0 0<br />

Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

movimento em r<br />

Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

movimento em z<br />

Constitutiva em rr<br />

Constitutiva em θθ<br />

Constitutiva em zz<br />

Constitutiva em rz = zr<br />

⎡1∂∂ τθθ<br />

⎤ ∂p<br />

v r 0 ⎢ ( rτrr<br />

) + τzr<br />

− −<br />

r r z r ⎥<br />

⎣ ∂ ∂ ⎦ ∂r<br />

⎡1∂∂ ⎤ ∂p<br />

v z 0 ( rτrz<br />

) + τzz<br />

−<br />

⎣<br />

⎢r ∂r ∂z ⎦<br />

⎥ ∂z<br />

τ rr<br />

ρ<br />

τθθ<br />

ρ<br />

τ zz<br />

ρ<br />

τ rz<br />

ρ<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

⎧ ∂vr ⎫ ⎧ ∂vr ∂vr<br />

⎫<br />

G ⎨2 ⎬+ 2⎨τrr<br />

+ τrz<br />

⎬−<br />

⎩ ∂r ⎭ ⎩ ∂r ∂z<br />

⎭<br />

⎧ ε ⎫<br />

⎨1 + ( τ rr + τθθ + τzz ) ⎬τrr<br />

/ λ<br />

⎩ G<br />

⎭<br />

⎧ ⎛vr ⎞⎫ ⎧ ⎛vr ⎞⎫<br />

G ⎨2⎜ ⎟⎬+ 2⎨τθθ<br />

⎜ ⎟⎬−<br />

⎩ ⎝ r ⎠⎭ ⎩ ⎝ r ⎠⎭<br />

⎧ ε ⎫<br />

⎨1 + ( τ rr + τθθ + τzz ) ⎬τθθ<br />

/ λ<br />

⎩ G<br />

⎭<br />

⎧ ∂vz ⎫ ⎧ ∂vz ∂vz<br />

⎫<br />

G ⎨2 ⎬+ 2⎨τzr<br />

+ τzz<br />

⎬−<br />

⎩ ∂z ⎭ ⎩ ∂r ∂z<br />

⎭<br />

⎧ ε ⎫<br />

⎨1 + ( τ rr + τθθ + τzz) ⎬τzz<br />

/ λ<br />

⎩ G<br />

⎭<br />

⎧∂vz ∂vr ⎫ ⎧ ∂vr ∂vz ⎛vr ⎞⎫<br />

G ⎨ + ⎬+ ⎨τzz + τrr−τrz ⎜ ⎟⎬−<br />

⎩ ∂r ∂z ⎭ ⎩ ∂z ∂r<br />

⎝ r ⎠⎭<br />

⎧ ε ⎫<br />

⎨1 + ( τ rr + τθθ + τzz ) ⎬τrz<br />

/ λ<br />

⎩ G<br />

⎭<br />

As equações <strong>de</strong> conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento originalmente<br />

implementadas no PHOENICS CFD são escritas na forma <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s<br />

newtonianos generaliza<strong>do</strong>s (Bird, 1987). Deste mo<strong>do</strong>, para reproduzir as equações<br />

(3.5) e (3.6) é necessário anular o termo responsável pela difusão na equação da<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

41


Capítulo 5 – Mo<strong>de</strong>lagem e Implementação <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento (fazen<strong>do</strong> Γ = 0 ) e implementá-lo <strong>de</strong> forma a se obter as<br />

equações <strong>de</strong>sejadas conforme mostradas na Tabela 5.1. Para anular o termo<br />

difusivo das equações da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento nas direções r e z utiliza-se o<br />

coman<strong>do</strong> TERMS. Os termos difusivos a serem acresci<strong>do</strong>s nas equações são<br />

implementa<strong>do</strong>s como termos fontes através <strong>do</strong>s coman<strong>do</strong>s PATCH e COVAL. Os<br />

coman<strong>do</strong>s TERMS, PATCH e COVAL são <strong>de</strong>scritos no APÊNDICE A.<br />

Para <strong>de</strong>finir as <strong>de</strong>mais equações, resultantes <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT, utiliza-se a<br />

Tabela 5.1. Para tanto, os passos a serem segui<strong>do</strong>s são:<br />

1. Criar as variáveis τ rr , τ θθ , τ zz e τ rz ;<br />

2. Ativar a resolução das equações para cada direção. A variável τ rr representa a<br />

equação constitutiva na direção rr , sen<strong>do</strong> as <strong>de</strong>mais direções representadas<br />

<strong>de</strong> forma análoga. O coman<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> neste passo é o SOLUTN, <strong>de</strong>scri<strong>do</strong><br />

no APÊNDICE A.<br />

3. Implementar as equações constitutivas da Tabela 5.1 através <strong>do</strong>s coman<strong>do</strong>s<br />

PATCH e COVAL.<br />

Durante a implementação <strong>do</strong>s termos fontes, S, nas equações mostradas na<br />

Tabela 5.1, é imprescindível explicitar as <strong>de</strong>rivadas para as velocida<strong>de</strong>s e também<br />

para as tensões. As <strong>de</strong>rivadas das velocida<strong>de</strong>s já possuem sua implementação no<br />

PHOENICS CFD e são mostradas no APÊNDICE A. Entretanto, para as tensões,<br />

<strong>de</strong>ve-se implementá-las. A maneira pela qual esta implementação será feita segue a<br />

mesma formulação utilizada para as velocida<strong>de</strong>s, <strong>um</strong>a vez que as tensões também<br />

estão localizadas nas faces <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle principal.<br />

5.2 Condições <strong>de</strong> contorno<br />

Para aplicar as condições <strong>de</strong> contorno <strong>de</strong> saída e <strong>de</strong> simetria, apresentadas no<br />

Capítulo 3, foi utilizada a ferramenta disponível <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> próprio programa<br />

PHOENICS CFD.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

42


Capítulo 5 – Mo<strong>de</strong>lagem e Implementação <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

Como condição <strong>de</strong> contorno para a pare<strong>de</strong> foi utiliza<strong>do</strong> <strong>um</strong> valor nulo para as<br />

componentes da velocida<strong>de</strong>. Ou seja, fez-se o vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle adjacente à<br />

pare<strong>de</strong> possuir velocida<strong>de</strong> axial e radial nulas. Esta forma <strong>de</strong> implementar a<br />

condição <strong>de</strong> contorno foi utilizada visto que, se fosse imposta a condição <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />

padrão <strong>do</strong> programa PHOENICS CFD, quan<strong>do</strong> os termos difusivos fossem<br />

cancela<strong>do</strong>s a pare<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> efetuar seu papel, implican<strong>do</strong> em <strong>um</strong>a condição <strong>de</strong><br />

contorno diferente da <strong>de</strong>sejada.<br />

Para a condição <strong>de</strong> perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na entrada, também foi<br />

necessário gerar <strong>um</strong> código <strong>de</strong> programa <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> PHOENICS CFD. Dois casos<br />

po<strong>de</strong>m ocorrer para o perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a ser imposto como<br />

condição <strong>de</strong> entrada: quan<strong>do</strong> este é conheci<strong>do</strong> e possui <strong>um</strong>a equação analítica ou<br />

quan<strong>do</strong> este é <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>.<br />

Para os casos no qual é conheci<strong>do</strong> o perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, os <strong>do</strong>is<br />

passos a serem segui<strong>do</strong>s para implementar a condição <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong>senvolvida<br />

são:<br />

• Determinar a componente da velocida<strong>de</strong> na direção axial <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a<br />

equação analítica <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>;<br />

• Determinar a componente radial da velocida<strong>de</strong> com valor nulo.<br />

No entanto, quan<strong>do</strong> o perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> não é conheci<strong>do</strong>, os<br />

seguintes passos <strong>de</strong>vem ser segui<strong>do</strong>s:<br />

• Simular o escoamento através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto utilizan<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> a<br />

ser utiliza<strong>do</strong>. O diâmetro <strong>de</strong>ste tubo é o mesmo da geometria em que se<br />

preten<strong>de</strong> aplicar a condição <strong>de</strong> perfil <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na entrada. O comprimento<br />

<strong>do</strong> tubo é suficiente para que ocorra o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> escoamento. A<br />

condição <strong>de</strong> contorno na entrada <strong>de</strong>ste escoamento é posta como uniforme,<br />

assim, po<strong>de</strong>-se utilizar a ferramenta disponível no programa PHOENICS CFD<br />

para impor esta condição.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

43


Capítulo 5 – Mo<strong>de</strong>lagem e Implementação <strong>N<strong>um</strong>érica</strong><br />

• Obter a curva que representa o perfil <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> próximo à<br />

saída <strong>do</strong> tubo;<br />

• Com o auxílio <strong>de</strong> <strong>um</strong> programa <strong>de</strong> visualização gráfica, obter a equação que<br />

melhor se ajuste a curva obtida no passo anterior;<br />

• Na condição <strong>de</strong> entrada <strong>do</strong> problema, restringir a velocida<strong>de</strong> na direção axial,<br />

conforme a equação obtida, e fazer a componente radial da velocida<strong>de</strong><br />

ass<strong>um</strong>ir valor nulo.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

44


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

6 SIMULAÇÕES NUMÉRICAS E RESULTADOS<br />

Na prática da mecânica <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s computacional é com<strong>um</strong> realizar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento gradual na implementação <strong>do</strong> problema. Ou seja, primeiramente<br />

verifica-se o <strong>de</strong>sempenho na solução <strong>de</strong> <strong>um</strong> caso já consolida<strong>do</strong> e, <strong>de</strong> maneira<br />

gradativa, a<strong>um</strong>enta-se o nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> até se alcançar o problema <strong>de</strong>finitivo<br />

a ser resolvi<strong>do</strong>. Desta forma, adquiri-se maior confiabilida<strong>de</strong> na meto<strong>do</strong>logia<br />

utilizada, além <strong>de</strong> possibilitar a i<strong>de</strong>ntificação das eventuais fontes <strong>de</strong> erro que<br />

possam surgir durante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projeto.<br />

Desta forma, para simular o escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano<br />

viscoelástico (flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner) através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

axissimétrica, simulações envolven<strong>do</strong> escoamentos mais simples foram realizadas<br />

previamente. Primeiramente buscou-se a familiarização com o PHOENICS CFD<br />

através da simulação <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano ao longo <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo<br />

reto, seção 6.1. Em seguida, foi avaliada a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> programa em resolver<br />

escoamentos envolven<strong>do</strong> a geometria da contração, seção 6.2. Visan<strong>do</strong> avaliar a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> PHOENICS CFD em resolver escoamentos não-newtonianos, foi<br />

simula<strong>do</strong> o escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoplástico, plástico <strong>de</strong> Bingham, através da<br />

contração, como po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> na seção 6.3. Estas três etapas <strong>de</strong> simulações<br />

utilizaram as ferramentas padrões disponíveis no PHOENICS CFD.<br />

Na seqüência, iniciaram-se as etapas em que as alterações no código padrão<br />

<strong>do</strong> PHOENICS CFD foram feitas. Em primeiro lugar, buscou-se testar a aplicação<br />

<strong>do</strong>s termos fonte nas equações da conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong> movimento<br />

através da simulação <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano em <strong>um</strong> tubo reto,<br />

seção 6.4. Uma vez valida<strong>de</strong> esta etapa, partiu-se para a implementação das<br />

equações constitutivas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT, na qual as equações foram acrescentadas<br />

no código n<strong>um</strong>érico e acopladas ao sistema <strong>de</strong> equações a ser resolvi<strong>do</strong>. Para<br />

validar a implementação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT, resulta<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos obti<strong>do</strong>s da simulação<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

45


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> escoamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto foram compara<strong>do</strong>s<br />

com <strong>um</strong>a solução analítica, seção 6.5.<br />

Devi<strong>do</strong> à utilização <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo viscoelástico, as condições <strong>de</strong> contorno<br />

disponíveis no PHOENICS CFD para <strong>de</strong>screver as pare<strong>de</strong>s da geometria da<br />

contração não po<strong>de</strong>m ser utilizadas. Desta forma, foi necessário testar <strong>um</strong>a nova<br />

forma <strong>de</strong> implementar estas condições <strong>de</strong> contorno. Para tanto, os resulta<strong>do</strong>s<br />

n<strong>um</strong>éricos <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração<br />

brusca foram compara<strong>do</strong>s com resulta<strong>do</strong>s experimentais obti<strong>do</strong>s na literatura, seção<br />

6.6.<br />

Uma vez que as etapas anteriores foram validadas, foi possível implementar e<br />

simular n<strong>um</strong>ericamente o escoamento viscoelástico através da geometria da<br />

contração brusca. Nesta etapa, observada na seção 6.7, buscou-se conferir o<br />

<strong>de</strong>sempenho da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>senvolvida para avaliar este tipo <strong>de</strong> escoamento.<br />

6.1 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto<br />

O primeiro e mais simples <strong>do</strong>s testes realiza<strong>do</strong>s diz respeito ao escoamento<br />

laminar, isotérmico, permanente, axissimétrico e incompressível <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto.<br />

Para <strong>um</strong>a dada velocida<strong>de</strong> média na entrada e <strong>um</strong> comprimento mínimo<br />

necessário para que ocorra o <strong>de</strong>senvolvimento hidrodinâmico <strong>do</strong> escoamento,<br />

segun<strong>do</strong> Fox e McDonald (2001), o perfil analítico da velocida<strong>de</strong> axial é <strong>um</strong>a função<br />

<strong>do</strong> raio <strong>do</strong> tubo, sen<strong>do</strong> da<strong>do</strong> por:<br />

2<br />

⎡ ⎤<br />

⎛ r ⎞<br />

vz() r = 2vméd ⎢1−⎜ ⎟ ⎥<br />

⎢⎣ ⎝R⎠ ⎥⎦<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

46<br />

(6.1)<br />

A Figura 6.1 apresenta a comparação entre o perfil adimensional <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><br />

obti<strong>do</strong> n<strong>um</strong>ericamente e a equação (6.1). A componente axial da velocida<strong>de</strong>, v Z , é


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

máxima no centro <strong>do</strong> tubo, r = 0 , e possui valor igual a duas vezes a velocida<strong>de</strong><br />

média U . Na pare<strong>de</strong>, r = R,<br />

a velocida<strong>de</strong> v Z é nula. Po<strong>de</strong>-se notar que os<br />

resulta<strong>do</strong>s são coerentes com a equação analítica, validan<strong>do</strong> a simulação realizada.<br />

Foi utiliza<strong>do</strong> o esquema Híbri<strong>do</strong> <strong>de</strong> interpolação (APÊNDICE A) e a<strong>do</strong>tada <strong>um</strong>a<br />

malha n<strong>um</strong>érica não-uniforme, com refinamento próximo à pare<strong>de</strong> <strong>do</strong> tubo,<br />

possuin<strong>do</strong> no total 30 elementos na direção radial e 100 elementos uniformemente<br />

distribuí<strong>do</strong>s na direção axial.<br />

v<br />

z<br />

*<br />

2<br />

1,8<br />

1,6<br />

1,4<br />

1,2<br />

1<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

0<br />

Analítico<br />

N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

r *<br />

Figura 6.1 – Perfil adimensional da componente axial da velocida<strong>de</strong> para o flui<strong>do</strong> newtoniano no tubo<br />

reto em regime <strong>de</strong> escoamento laminar.<br />

Durante as tentativas <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong>sta etapa, buscou-se a familiarização na<br />

utilização <strong>do</strong> programa computacional PHOENICS CFD. Verificou-se a estrutura que<br />

o programa oferece, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> as ferramentas disponíveis para a resolução <strong>de</strong><br />

problemas envolven<strong>do</strong> a técnica <strong>de</strong> Dinâmica <strong>de</strong> Flui<strong>do</strong>s Computacional.<br />

6.2 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração<br />

Nesta seção são apresenta<strong>do</strong>s os resulta<strong>do</strong>s da simulação n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong><br />

escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

axissimétrica. A geometria e as condições <strong>de</strong> contorno utilizadas po<strong>de</strong>m ser<br />

47


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

visualizadas na Figura 3.2. Foram a<strong>do</strong>tadas as hipóteses simplifica<strong>do</strong>ras <strong>de</strong>scritas<br />

na seção 3.1. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s foram compara<strong>do</strong>s com da<strong>do</strong>s experimentais<br />

reporta<strong>do</strong>s na literatura por Durst e Loy (1985).<br />

A Figura 6.2 e a Figura 6.3 apresentam os resulta<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos obti<strong>do</strong>s para<br />

perfis adimensionais da componente axial da velocida<strong>de</strong> localiza<strong>do</strong>s antes e após a<br />

contração, respectivamente. Para as simulações, foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o esquema QUICK <strong>de</strong><br />

interpolação (APÊNDICE A). A a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong>ste esquema permite <strong>um</strong>a melhor<br />

representação, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com o esquema Híbri<strong>do</strong>, <strong>do</strong> escoamento próximo<br />

à contração, on<strong>de</strong> os gradientes das variáveis são maiores. A malha n<strong>um</strong>érica<br />

a<strong>do</strong>tada apresenta 100 elementos na direção radial e 85 na axial. Observa-se que<br />

os resulta<strong>do</strong>s são satisfatórios, apresentan<strong>do</strong> pequena discrepância com os da<strong>do</strong>s<br />

experimentais encontra<strong>do</strong>s na literatura. Tais discrepâncias po<strong>de</strong>m ser ocasionadas<br />

por parâmetros n<strong>um</strong>éricos (convergência n<strong>um</strong>érica, malha computacional, esquema<br />

<strong>de</strong> interpolação, entre outros), ou por <strong>um</strong>a eventual falta <strong>de</strong> precisão na medição<br />

experimental, a qual po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> até 4 ou 5% segun<strong>do</strong> Durst e Loy (1985). Detalhes<br />

e análises maiores sobre este escoamento encontram-se no APÊNDICE C.<br />

v<br />

z<br />

*<br />

3,5<br />

3<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

z * = -1,047 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

z* = -1,047 - Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

z*= -0,183 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

z* = -0,183 - Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

z * = -0,052 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

z* = -0,052 -- Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

1 * r<br />

Figura 6.2 – Perfis para a componente axial da velocida<strong>de</strong> antes da contração para <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano em regime laminar <strong>de</strong> escoamento.<br />

48


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

v<br />

z<br />

*<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

z* = 0,196 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

z* = 0,196 - Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

z * =0,392 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

z * =0,392 - Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

z* = 0,980 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

z * = 0,980 - Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

2 * r<br />

Figura 6.3 - Perfis para a componente axial da velocida<strong>de</strong> após a contração para <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano em regime laminar <strong>de</strong> escoamento.<br />

As principais dificulda<strong>de</strong>s encontradas nesta fase dizem respeito à<br />

convergência <strong>do</strong> problema quan<strong>do</strong> o esquema QUICK <strong>de</strong> interpolação é utiliza<strong>do</strong>.<br />

Para alcançar a convergência da solução, foi necessário utilizar <strong>um</strong> parâmetro <strong>de</strong><br />

relaxação para as velocida<strong>de</strong>s. Desta forma, os valores calcula<strong>do</strong>s em <strong>um</strong>a iteração<br />

seriam mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> valor calcula<strong>do</strong> na iteração anterior, resultan<strong>do</strong> em<br />

maior estabilida<strong>de</strong> na solução.<br />

6.3 <strong>Escoamento</strong> viscoplástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração<br />

O artigo científico encontra<strong>do</strong> no APÊNDICE C também apresenta o<br />

escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano, o flui<strong>do</strong> viscoplástico <strong>de</strong> Bingham, ao<br />

longo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca axissimétrica. Compara<strong>do</strong>s com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano, os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos viscoplásticos são mais<br />

complexos, pois consi<strong>de</strong>ram a variação da viscosida<strong>de</strong> em função da taxa <strong>de</strong><br />

cisalhamento presente no escoamento. Porém, não são tão complexos quanto os<br />

mo<strong>de</strong>los viscoelásticos, já que os mo<strong>de</strong>los viscoplásticos <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ram os efeitos<br />

elásticos <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> por isso <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> inelásticos. O comportamento<br />

viscoplástico representa que o flui<strong>do</strong> necessita <strong>de</strong> <strong>um</strong>a tensão mínima para escoar.<br />

49


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

Assim, se a tensão for menor <strong>do</strong> que a tensão mínima, o flui<strong>do</strong> apresenta <strong>um</strong>a<br />

viscosida<strong>de</strong> infinita. A tensão mínima <strong>de</strong> escoamento po<strong>de</strong> ser representada pelo<br />

parâmetro Y .<br />

A Figura 6.4 e a Figura 6.5 mostram o comportamento da componente axial da<br />

velocida<strong>de</strong>, v z , ao longo da linha <strong>de</strong> centro. Na Figura 6.4, a<strong>do</strong>ta-se <strong>um</strong> valor fixo<br />

para o número <strong>de</strong> Reynolds, Re , enquanto o valor da tensão adimensional <strong>de</strong><br />

escoamento, Y , varia na faixa <strong>de</strong> 0 a 640. Na Figura 6.5 é fixa<strong>do</strong> o valor <strong>de</strong> Y ,<br />

enquanto Re é varia<strong>do</strong> entre 1 e 250. Foi utiliza<strong>do</strong> o esquema QUICK <strong>de</strong><br />

interpolação. A malha n<strong>um</strong>érica apresentava 60 elementos na direção radial e 150<br />

na axial. Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>ericamente representam satisfatoriamente os<br />

fenômenos físicos <strong>de</strong>scritos na literatura.<br />

v<br />

z<br />

*<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Y=0 (newtoniano)<br />

Y=10<br />

Y=64<br />

Y=128<br />

Y=640<br />

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

z *<br />

Figura 6.4 – Componente axial da velocida<strong>de</strong> ao longo da linha <strong>de</strong> centro para <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bingham<br />

a Re = 100.<br />

50


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

v<br />

z<br />

*<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Re=1<br />

Re=10<br />

Re=100<br />

Re=250<br />

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

z *<br />

Figura 6.5– Componente axial da velocida<strong>de</strong> ao longo da linha <strong>de</strong> centro para <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bingham<br />

a Y = 10.<br />

A <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano nesta seção foi feita<br />

através das ferramentas padrões encontradas no programa computacional<br />

PHOENICS CFD. Entretanto, a utilização <strong>de</strong>ste flui<strong>do</strong> acarreta em maiores<br />

instabilida<strong>de</strong>s na solução, <strong>um</strong>a vez que a viscosida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser <strong>um</strong>a constante no<br />

escoamento e passa a variar conforme a tensão aplicada no flui<strong>do</strong>.<br />

6.4 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto – teste <strong>do</strong> termo fonte<br />

Com o intuito <strong>de</strong> testar a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> implementação n<strong>um</strong>érica a ser<br />

utilizada no escoamento viscoelástico, foi simula<strong>do</strong> o escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto, o qual apresenta as mesmas condições <strong>do</strong><br />

escoamento e malha n<strong>um</strong>érica utilizada na seção 6.1.<br />

Entretanto, as equações da conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento foram<br />

implementadas conforme a Tabela 5.1. Assim, os termos difusivos foram anula<strong>do</strong>s,<br />

<strong>de</strong>sprezan<strong>do</strong> a formulação convencional aplicada no PHOENICS CFD, e<br />

implementa<strong>do</strong>s na forma <strong>de</strong> termos fontes. Este procedimento se faz necessário,<br />

51


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>um</strong>a vez que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico relaciona campos <strong>de</strong> pressão e<br />

velocida<strong>de</strong> com campos <strong>de</strong> tensão.<br />

Foi utiliza<strong>do</strong> o esquema Híbri<strong>do</strong> <strong>de</strong> interpolação e <strong>um</strong>a malha n<strong>um</strong>érica nãouniforme,<br />

com refinamento próximo à pare<strong>de</strong> <strong>do</strong> tubo, possuin<strong>do</strong> no total 30<br />

elementos na direção radial e 100 elementos uniformemente distribuí<strong>do</strong>s na direção<br />

axial.<br />

Para verificar os resulta<strong>do</strong>s, foi obti<strong>do</strong> o perfil <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> da componente<br />

axial da velocida<strong>de</strong>, Figura 6.6, o qual apresenta concordância com a solução<br />

analítica. Como era <strong>de</strong> se esperar, os resulta<strong>do</strong>s foram semelhantes aos<br />

apresenta<strong>do</strong>s na Figura 6.1 da seção 6.1.<br />

v<br />

z<br />

*<br />

2<br />

1,8<br />

1,6<br />

1,4<br />

1,2<br />

1<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

0<br />

Analítico<br />

N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

r *<br />

Figura 6.6 – Perfil adimensional da componente axial da velocida<strong>de</strong> para o flui<strong>do</strong> newtoniano no tubo<br />

reto em regime <strong>de</strong> escoamento laminar – teste <strong>do</strong> termo fonte.<br />

A validação <strong>de</strong>sta etapa comprova que a meto<strong>do</strong>logia usada para implementar<br />

as equações da conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento é coerente e válida. A<br />

utilização <strong>do</strong>s termos fontes para representar a parte difusiva da equação não<br />

acarreta em maiores dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> convergência da solução ou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

utilizar malhas n<strong>um</strong>éricas mais refinadas. Entretanto, diversas simulações foram<br />

52


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

necessárias até se atingir <strong>um</strong> resulta<strong>do</strong> aceitável, pois há <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> complexida<strong>de</strong><br />

em escrever e adicionar novos termos nas equações.<br />

6.5 <strong>Escoamento</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo reto<br />

Com os testes da implementação das equações da conservação da quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> movimento valida<strong>do</strong>s, partiu-se para implementação das equações constitutivas<br />

que caracterizam o flui<strong>do</strong> não-newtoniano viscoelástico <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner.<br />

Assim, as quatro equações escalares não-nulas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT foram adicionadas<br />

ao programa PHOENICS CFD conforme a meto<strong>do</strong>logia apresentada anteriormente<br />

no capítulo 5.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s para os perfis <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> tensão<br />

cisalhante τ rz e <strong>de</strong> tensão normal τ zz foram compara<strong>do</strong>s com <strong>um</strong>a solução analítica<br />

apresentada por Pinho (2000), conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> na Figura 6.7, Figura<br />

6.8 e Figura 6.9, respectivamente. Observa-se que há <strong>um</strong>a boa concordância entre<br />

os resulta<strong>do</strong>s n<strong>um</strong>éricos e a solução analítica. Para as simulações, foi utiliza<strong>do</strong> o<br />

esquema Híbri<strong>do</strong> <strong>de</strong> interpolação. A malha n<strong>um</strong>érica possui 30 elementos na direção<br />

radial e 100 elementos na direção axial. Devi<strong>do</strong> à forma que as <strong>de</strong>rivadas são<br />

implementadas, torna-se necessário utilizar apenas malhas n<strong>um</strong>éricas uniformes. A<br />

utilização <strong>de</strong> malhas não-uniformes po<strong>de</strong> acarretar em erros durante a solução <strong>do</strong><br />

sistema <strong>de</strong> equações.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

53


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

v<br />

z<br />

2,00<br />

1,75<br />

1,50<br />

1,25<br />

1,00<br />

0,75<br />

0,50<br />

0,25<br />

0,00<br />

De=0 (Newtoniano)<br />

De=0.1 -Analitico -Pinho(2000)<br />

De=0.1 -N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=1 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=3.33 -Analitico -Pinho(2000)<br />

De=3.33 -N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=5 - Analítico - Pinho(2000)<br />

De=5 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

r *<br />

Figura 6.7 - Perfil adimensional da componente axial da velocida<strong>de</strong> em <strong>um</strong> tubo reto ( ε = 0, 25 ).<br />

τ rz<br />

*<br />

*<br />

0,0<br />

-1,0<br />

-2,0<br />

-3,0<br />

-4,0<br />

-5,0<br />

r *<br />

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0<br />

De=0.1 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=0.1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=1 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=3.33 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=3.33 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=5 - Analítico - Pinho(2000)<br />

De=5 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

Figura 6.8 - Perfil adimensional <strong>de</strong> tensão cisalhante em <strong>um</strong> tubo reto ( ε = 0, 25 ).<br />

54


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

τ<br />

zz<br />

*<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

2,0<br />

0,0<br />

De=0.1 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=0.1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=1 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=3.33 - Analitico - Pinho(2000)<br />

De=3.33 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

De=5 -Analítico -Pinho(2000)<br />

De=5 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

r *<br />

Figura 6.9 - Perfil adimensional <strong>de</strong> tensão normal em <strong>um</strong> tubo <strong>de</strong> reto ( ε = 0, 25 ).<br />

Os resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s nesta seção validam, <strong>de</strong> forma satisfatória, a<br />

implementação n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico diferencial, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Phan-Thien e Tanner, no programa comercial PHOENICS CFD.<br />

Nas simulações realizadas para testar a implementação das quatro equações<br />

escalares que <strong>de</strong>finem o comportamento viscoelástico <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> PTT, foi verifica<strong>do</strong><br />

que é necessário utilizar parâmetros <strong>de</strong> relaxação para auxiliar a convergência <strong>do</strong><br />

problema, o qual se apresenta n<strong>um</strong>ericamente instável. Sem a utilização <strong>de</strong>stes<br />

parâmetros é praticamente impossível alcançar <strong>um</strong>a solução fisicamente coerente. A<br />

relaxação utilizada restringe a variação das variáveis durante as iterações,<br />

permitin<strong>do</strong> melhorar a estabilida<strong>de</strong> da solução n<strong>um</strong>érica. Como efeito direto, tem-se<br />

<strong>um</strong> acréscimo consi<strong>de</strong>rável no tempo necessário para alcançar a convergência.<br />

As instabilida<strong>de</strong>s n<strong>um</strong>éricas geradas <strong>de</strong>vem-se, principalmente, ao<br />

acoplamento das quatro equações constitutivas adicionais ao sistema a ser resolvi<strong>do</strong><br />

e à não-linearida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas equações.<br />

55


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

6.6 <strong>Escoamento</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca – teste das<br />

condições <strong>de</strong> contorno<br />

Quan<strong>do</strong> o termo difusivo da equação da conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

movimento é anula<strong>do</strong>, as condições <strong>de</strong> contorno padrões <strong>do</strong> PHOENICS CFD<br />

(utilizadas para caracterizar o escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> newtoniano através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

contração brusca, seção 6.2) não po<strong>de</strong>m ser utilizadas, pois levam em consi<strong>de</strong>ração<br />

o termo difusivo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>um</strong> valor para <strong>um</strong>a viscosida<strong>de</strong>. Desta forma, foi<br />

necessário implementar a condição <strong>de</strong> contorno <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> nula nas pare<strong>de</strong>s da<br />

contração.<br />

Para aplicar a condição <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s nulas nas pare<strong>de</strong>s, foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong>finir o<br />

valor zero para a componente radial e axial da velocida<strong>de</strong> no primeiro vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong><br />

controle próximo a região on<strong>de</strong> a condição <strong>de</strong> contorno é aplicada. Para evitar a<br />

influência da perda <strong>do</strong> primeiro vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle, necessário para <strong>de</strong>finir a<br />

condição <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>, recomenda-se utilizar <strong>um</strong>a malha n<strong>um</strong>érica com maior número<br />

<strong>de</strong> elementos, o que representa em <strong>um</strong>a redução no tamanho <strong>do</strong>s vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong><br />

controle.<br />

Para validar a implementação das “novas” condições <strong>de</strong> contorno, perfis <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> obti<strong>do</strong>s das simulações foram compara<strong>do</strong>s com os da<strong>do</strong>s experimentais<br />

obti<strong>do</strong>s por Durst e Loy (1985), semelhante à validação utilizada na seção 6.2.<br />

Com a intenção <strong>de</strong> adquirir <strong>um</strong> conhecimento mais apura<strong>do</strong> <strong>do</strong> efeito da malha<br />

n<strong>um</strong>érica nos resulta<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> se utiliza a meto<strong>do</strong>logia em questão, objetivo<br />

principal <strong>de</strong>ste trabalho, <strong>um</strong> teste <strong>de</strong> malha foi realiza<strong>do</strong> simultaneamente à<br />

validação das condições <strong>de</strong> contorno.<br />

O teste se caracterizou na utilização <strong>de</strong> três malhas diferentes. A primeira (M1)<br />

apresentava <strong>um</strong>a malha <strong>de</strong> 25 elementos na direção y e 40 na direção z , sen<strong>do</strong><br />

que em <strong>um</strong>a região compreendida entre <strong>do</strong>is diâmetros antes e <strong>de</strong>pois da contração,<br />

apresentava maior concentração <strong>de</strong> vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong> controle. A segunda malha (M2)<br />

manteve a mesma forma, porém possuía <strong>um</strong> refinamento em relação ao número <strong>de</strong><br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

56


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

elementos da primeira, apresentan<strong>do</strong> 50 elementos na direção y e 70 na direção z .<br />

E por fim, a terceira malha (M3) apresentava, além <strong>do</strong> refino utiliza<strong>do</strong> nas duas<br />

primeiras malhas, <strong>um</strong> refino maior em <strong>um</strong>a região que varia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>um</strong> diâmetro<br />

antes da contração até <strong>um</strong> diâmetro após a contração, apresentan<strong>do</strong> o mesmo<br />

número <strong>de</strong> elementos que M2 na direção y e 110 elementos na direção z . A<br />

utilização <strong>do</strong>s blocos <strong>de</strong> refino, ao invés <strong>de</strong> utilizar <strong>um</strong>a expansão progressiva <strong>do</strong>s<br />

elementos, se <strong>de</strong>ve ao fato da meto<strong>do</strong>logia implementada não prever a utilização <strong>de</strong><br />

malhas não-uniformes. Assim, apesar da presença <strong>de</strong> <strong>um</strong>a malha não-uniforme na<br />

região <strong>de</strong> transição entre os blocos <strong>de</strong> refino, to<strong>do</strong> o resto <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio apresenta<br />

malha uniforme. As três malhas citadas po<strong>de</strong>m ser observadas na Figura 6.10, na<br />

qual foi i<strong>de</strong>ntificada a região <strong>de</strong> transição entre os blocos. Em todas as simulações, o<br />

esquema QUICK <strong>de</strong> interpolação foi utiliza<strong>do</strong>.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

M1<br />

M2<br />

M3<br />

Região <strong>de</strong> Transição<br />

Figura 6.10 – Comparação entre os três níveis <strong>de</strong> malhas n<strong>um</strong>éricas utiliza<strong>do</strong>s.<br />

57


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

v z<br />

*<br />

(a)<br />

(c)<br />

2<br />

1,8<br />

1,6<br />

1,4<br />

1,2<br />

1<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

0<br />

3,5<br />

2,5<br />

1,5<br />

0,5<br />

Analítico<br />

Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

M1 -N<strong>um</strong>érico -PHOENICS CFD<br />

M2 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M3 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

v *<br />

v *<br />

z<br />

(e)<br />

5<br />

4,5<br />

4<br />

3,5<br />

3<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 -N<strong>um</strong>érico -PHOENICS CFD<br />

M3 -N<strong>um</strong>érico -PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

2,5<br />

2,5<br />

v z *<br />

v<br />

z *<br />

2<br />

2<br />

Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 -N<strong>um</strong>érico -PHOENICS CFD<br />

M3 -N<strong>um</strong>érico -PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

(b)<br />

(d)<br />

(f)<br />

3<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

0<br />

5<br />

4,5<br />

4<br />

3,5<br />

3<br />

2,5<br />

2<br />

1,5<br />

1<br />

0,5<br />

5<br />

4<br />

3<br />

1<br />

0<br />

0<br />

4,5<br />

3,5<br />

1,5<br />

0,5<br />

Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M3 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M3 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

Experimental - Durst e Loy (1985)<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M3 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

Figura 6.11 - Perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> axial adimensional nas posições: a) z = − 1, 047 D,<br />

b) z =− 0,183D<br />

,<br />

c) z =− 0,052 D,<br />

d) z = 0,196D,<br />

e) z = 0,392D<br />

e f) z = − 0,980D<br />

.<br />

v z<br />

z<br />

*<br />

58


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

A Figura 6.11 mostra os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na validação da implementação das<br />

condições <strong>de</strong> contorno e o teste <strong>de</strong> malha cita<strong>do</strong> anteriormente. É importante<br />

observar que, principalmente para os perfis mais próximos da contração (Figura<br />

6.11c e Figura 6.11d), a malha mais refinada, M3, foi a que teve menor discrepância<br />

<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com os da<strong>do</strong>s experimentais apresenta<strong>do</strong>s por<br />

Durst e Loy (1985). Com os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>-se concluir que as condições<br />

<strong>de</strong> contorno utilizadas po<strong>de</strong>m representar a<strong>de</strong>quadamente a contração brusca no<br />

programa PHOENICS CFD.<br />

6.7 <strong>Escoamento</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

Ten<strong>do</strong>-se realiza<strong>do</strong> todas as etapas <strong>de</strong> avaliação da meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica<br />

empregada, po<strong>de</strong>-se adquirir segurança na resolução <strong>de</strong> escoamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s<br />

não-newtonianos viscoelásticos através <strong>de</strong> contrações bruscas. Desta forma, como<br />

termo <strong>de</strong> aplicação da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>senvolvida, foi simula<strong>do</strong> o escoamento <strong>do</strong><br />

flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner (PTT) nas condições <strong>de</strong>: De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e<br />

β = 4 .<br />

6.7.1 Teste <strong>de</strong> malha<br />

Em <strong>um</strong>a primeira análise <strong>do</strong> escoamento viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

contração brusca, <strong>um</strong> teste <strong>de</strong> malha foi realiza<strong>do</strong> para garantir que os resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da malha computacional. As condições <strong>do</strong> escoamento<br />

foram: Re = 100 , De = 1,<br />

ε = 0, 25 e β = 4 . Foi utiliza<strong>do</strong> o esquema QUICK <strong>de</strong><br />

interpolação.<br />

Para comparar a influência da malha, optou-se por a<strong>do</strong>tar como referência <strong>do</strong>is<br />

perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s axiais em função <strong>do</strong> raio: o primeiro posiciona<strong>do</strong> em <strong>um</strong>a cota<br />

z =− 0,5D<br />

e o segun<strong>do</strong> em z = 0,5D.<br />

A Tabela 6.1 <strong>de</strong>screve as malhas utilizadas<br />

para o teste em questão, as quais foram compostas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o teste <strong>de</strong> malha<br />

realiza<strong>do</strong> na seção anterior.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

59


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

Malha Elementos<br />

em y<br />

Tabela 6.1 - Malhas n<strong>um</strong>éricas para a contração.<br />

Elementos<br />

em z<br />

Descrição<br />

M1 20 50 Malha uniforme.<br />

M2 40 50 Malha uniforme.<br />

M3 60 50 Malha uniforme.<br />

M4 60 40 Malha refinada em <strong>um</strong>a região que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> − 2D até 2D .<br />

M5 60 60 Malha refinada em <strong>um</strong>a região que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> − 2D até 2D .<br />

M6 60 80<br />

M7 60 110<br />

Malha com <strong>do</strong>is níveis <strong>de</strong> refinamento:<br />

1° - Refinamento em <strong>um</strong>a região que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> − 2D até 2D .<br />

2° - Refinamento ainda maior em <strong>um</strong>a região que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

− 1D até 1D .<br />

Malha com <strong>do</strong>is níveis <strong>de</strong> refinamento:<br />

1° - Refinamento em <strong>um</strong>a região que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> − 2D até 2D .<br />

2° - Refinamento ainda maior em <strong>um</strong>a região que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

− 1D até 1D . Semelhante a malha M3 utilizada na seção<br />

anterior.<br />

Conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> na Figura 6.12, os perfis da componente axial<br />

da velocida<strong>de</strong> coinci<strong>de</strong>m para as malhas M6 e M7. Assim, como a malha M7 não<br />

apresenta <strong>um</strong> tempo computacional significantemente maior <strong>do</strong> que M6, optou-se<br />

por utilizar a malha M7 nas simulações.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

60


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

v<br />

z<br />

v z<br />

*<br />

*<br />

1,2<br />

1<br />

0,8<br />

0,6<br />

0,4<br />

0,2<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

0<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M3 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M4 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M5 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M6 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M7 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

(a)<br />

M1 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M2 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M3 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M4 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M5 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M6 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

M7 - N<strong>um</strong>érico - PHOENICS CFD<br />

0 0,2 0,4 0,6 0,8 1<br />

(b)<br />

Figura 6.12 - Perfis <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> axial adimensional para <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico na contração<br />

brusca ( β = 4 , De = 1 e Re = 100 ) nas posições: a) z = − 0,5D<br />

, b) z = 0,5D<br />

( De = 1,<br />

Re = 100 e β = 4 ).<br />

6.7.2 Avaliação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> escoamento viscoelástico<br />

A variação da pressão ao longo <strong>do</strong> eixo central, para <strong>um</strong>a região próxima a<br />

contração, po<strong>de</strong> ser observada na Figura 6.13. Nota-se que há <strong>um</strong>a redução <strong>de</strong><br />

pressão na direção z , a qual acaba por promover o escoamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong>. Uma<br />

61


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

queda brusca na pressão po<strong>de</strong> ser observada na região da contração, a qual é<br />

ocasionada pela passagem <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong>a seção para outra com diâmetro<br />

quatro vezes menor. Como conseqüência <strong>de</strong>sta redução <strong>de</strong> seção e da queda<br />

abrupta na pressão, o flui<strong>do</strong> acelera, passan<strong>do</strong> a escoar com velocida<strong>de</strong> média<br />

maior, como po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> na Figura 6.14. Para o escoamento em questão,<br />

nota-se, através da análise da Figura 6.14, que para posições menores <strong>do</strong> que<br />

z * =− 1 o escoamento não sofre influência da contração, manten<strong>do</strong> o mesmo perfil<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> na entrada <strong>do</strong> tubo. A partir <strong>de</strong> z * = 2,<br />

o escoamento já<br />

<strong>de</strong>senvolveu-se ao longo <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> menor diâmetro.<br />

p<br />

*<br />

2500<br />

2000<br />

1500<br />

1000<br />

500<br />

0<br />

-3 -2 -1 0 1 2 3<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

z *<br />

Figura 6.13 – Pressão adimensional ao longo da linha <strong>de</strong> centro ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

62


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

v<br />

z<br />

*<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-3 -2 -1 0 1 2 3<br />

z *<br />

Figura 6.14 – Velocida<strong>de</strong> axial adimensional ao longo da linha <strong>de</strong> centro ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e<br />

β = 4 ).<br />

As linhas <strong>de</strong> corrente que <strong>de</strong>screvem o escoamento <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico PTT<br />

através da contração brusca são mostradas na Figura 6.15. Po<strong>de</strong>-se observar a<br />

forte aceleração experimentada pelo escoamento na região <strong>de</strong> entrada da<br />

contração, evi<strong>de</strong>nciada pela compactação das linhas <strong>de</strong> corrente.<br />

Figura 6.15 – Linhas <strong>de</strong> corrente ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

A Figura 6.16 ilustra o campo <strong>de</strong> tensão cisalhante. Po<strong>de</strong>-se notar que τ rz<br />

apresenta maiores valores absolutos no tubo <strong>de</strong> menor diâmetro <strong>do</strong> que no tubo <strong>de</strong><br />

maior diâmetro. Esta mudança no valor da tensão é resulta<strong>do</strong> não só <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

63


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

redução no diâmetro <strong>do</strong> tubo, mas também à mudança das proprieda<strong>de</strong>s que o<br />

flui<strong>do</strong> sofre quan<strong>do</strong> escoa através da contração brusca. O valor <strong>de</strong> τ rz =− 0,006418 ,<br />

mostra<strong>do</strong> na Figura 6.16 abaixo da indicação “Probe value” se refere ao valor <strong>de</strong> τ rz<br />

na pare<strong>de</strong>, em <strong>um</strong>a região que o escoamento se encontra <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e ainda não<br />

foi afeta<strong>do</strong> pela contração.<br />

Figura 6.16 – Campo <strong>de</strong> tensão cisalhante, τ rz ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

Na Figura 6.17, Figura 6.18 e Figura 6.19 po<strong>de</strong>-se observar os campos <strong>de</strong><br />

tensões normais θθ , rr e zz , respectivamente, resultantes <strong>do</strong> escoamento<br />

viscoelástico PTT. A presença das tensões normais <strong>de</strong>ve-se ao comportamento<br />

viscoelástico apresenta<strong>do</strong> pelo flui<strong>do</strong>. Nota-se que há <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento no valor absoluto<br />

das tensões nas regiões próximas à contração. Isto ocorre porque o escoamento<br />

viscoelástico escoa através da contração brusca, acarretan<strong>do</strong> na compactação <strong>do</strong><br />

flui<strong>do</strong> na direção radial e, conseqüentemente, em <strong>um</strong> estiramento na direção axial.<br />

Este comportamento é conseqüência da lei <strong>de</strong> conservação da massa, <strong>um</strong>a vez que<br />

se trata <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> incompressível.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

64


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

Figura 6.17 – Campo <strong>de</strong> tensão normal θθ , τ θ θ ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

Figura 6.18 – Campo <strong>de</strong> tensão normal rr , τ rr ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

Figura 6.19 – Campo <strong>de</strong> tensão normal zz , τ z z ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

65


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

Os campos para as duas diferenças <strong>de</strong> tensões normais, N 1 e N 2 , e a<br />

viscosida<strong>de</strong> extensional para o escoamento em questão são mostra<strong>do</strong>s,<br />

respectivamente, na Figura 6.20, Figura 6.21 e na Figura 6.22. Nota-se que os<br />

valores <strong>de</strong> N 1,<br />

N 2 e da viscosida<strong>de</strong> extensional são próximos <strong>de</strong> zero em quase<br />

to<strong>do</strong> o tubo <strong>de</strong> maior diâmetro. Entretanto, para regiões próximas a contração e ao<br />

longo <strong>do</strong> tubo <strong>de</strong> menor diâmetro, os valores <strong>de</strong> 1 N , N 2 e da viscosida<strong>de</strong> extensional<br />

ass<strong>um</strong>em valores significativos. Estes resulta<strong>do</strong>s representam a influência elástica<br />

<strong>do</strong> flui<strong>do</strong> no escoamento. Para o escoamento em questão, no tubo anterior a<br />

contração as condições <strong>de</strong> escoamento são próximas da condição <strong>de</strong> escoamento<br />

newtoniano, passan<strong>do</strong> para a condição <strong>de</strong> escoamento viscoelástico ( De = 1,<br />

Re = 100 e ε = 0, 25 ) no tubo após a contração.<br />

Figura 6.20 – Campo da primeira diferença <strong>de</strong> tensões normais, N 1 ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e<br />

β = 4 ).<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

66


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

Figura 6.21 – Campo da segunda diferença <strong>de</strong> tensões normais, N 2 ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e<br />

β = 4 ).<br />

Figura 6.22 – Campo da viscosida<strong>de</strong> extensional, η ( De = 1,<br />

Re = 100 , ε = 0, 25 e β = 4 ).<br />

Através da simulação apresentada nesta seção, observou-se a complexida<strong>de</strong><br />

na simulação <strong>do</strong> escoamento viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

axissimétrica. Devi<strong>do</strong> ao acoplamento <strong>de</strong> quatro equações adicionais ao sistema a<br />

ser resolvi<strong>do</strong>, provindas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo constitutivo <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> PTT, e também da nãolinearida<strong>de</strong><br />

apresentada por estas equações, a solução n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> problema é<br />

bastante instável.<br />

Em paralelo, outro problema <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> da solução é causa<strong>do</strong> pela<br />

presença da contração abrupta no escoamento. Os gradientes <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

tensões são mais pronuncia<strong>do</strong>s nas regiões próximas à entrada da contração,<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

67


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

geran<strong>do</strong> maiores dificulda<strong>de</strong>s na convergência da solução e requeren<strong>do</strong> malhas<br />

espaciais mais refinadas para que sejam corretamente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s.<br />

Desta forma, é necessário aplicar <strong>um</strong> controle muito rígi<strong>do</strong> nos parâmetros <strong>de</strong><br />

convergência. Caso isso não ocorra, a solução apresentará variações muito gran<strong>de</strong>s<br />

para as variáveis <strong>do</strong> escoamento durante as iterações, não apresentan<strong>do</strong> <strong>um</strong>a<br />

convergência aceitável. Porém, a utilização <strong>do</strong>s parâmetros <strong>de</strong> convergência,<br />

necessários nos escoamentos viscoelásticos, acarretam em tempos computacionais<br />

eleva<strong>do</strong>s, pois há <strong>um</strong> sub-relaxamento nas variações <strong>do</strong>s valores das variáveis<br />

durante cada iteração.<br />

Uma forma <strong>de</strong> auxiliar a convergência da solução <strong>de</strong> escoamentos <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s<br />

viscoelásticos que usem equações constitutivas diferenciais é utilizar o esquema<br />

EVSS (Elastic-Viscous Split Stress). A técnica EVSS consiste, res<strong>um</strong>idamente, em<br />

introduzir <strong>um</strong>a nova variável que elimina a tensão das equações governantes<br />

(Rajagopalan et. al.,1990).<br />

6.8 <strong>Escoamento</strong> a baixos números <strong>de</strong> Reynolds<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento a baixos números <strong>de</strong> Reynolds através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

contração brusca também apresenta gran<strong>de</strong> aplicação industrial. Por exemplo, po<strong>de</strong>se<br />

<strong>de</strong>stacar os processos <strong>de</strong> injeção e extrusão <strong>de</strong> polímeros, nos quais o polímero<br />

fundi<strong>do</strong> escoa a velocida<strong>de</strong>s muito lentas.O comportamento <strong>do</strong>s polímeros fundi<strong>do</strong>s<br />

po<strong>de</strong> ser representa<strong>do</strong> por mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s viscoelásticos.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> ainda o escoamento através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração com razão <strong>de</strong><br />

diâmetros igual a quatro ( β = 4 ), buscou-se observar a geração <strong>de</strong> vórtices na<br />

situação <strong>de</strong> baixos números <strong>de</strong> Reynolds ( Re → 0 e Re = 10 ) quan<strong>do</strong> De = 0 e ε = 0 ,<br />

Figura 6.23. A utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> valor zero para onúmero <strong>de</strong> Deborh <strong>de</strong>ve-se a<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> simulação que valores não-nulos para De apresentam.<br />

Na Figura 6.23, po<strong>de</strong>-se notar que o a<strong>um</strong>ento <strong>do</strong> valor <strong>de</strong> Re implica na<br />

redução no tamanho <strong>de</strong> vórtice gera<strong>do</strong>. Este fato é explica<strong>do</strong> pela influência <strong>do</strong><br />

termo inercial no escoamento a baixos valores <strong>de</strong> Re . No caso <strong>de</strong> Re → 0 , tem-se<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

68


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>um</strong> escoamento exclusivamente <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> pelas forças viscosas. Entretanto, para<br />

Re = 10 , as forças inerciais são mais fortes, e passam a influenciar no escoamento.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

a)<br />

Figura 6.23 – Linhas <strong>de</strong> corrente. a) Re → 0 . b) Re = 10 ( De = 0 , ε = 0 e β = 4 ).<br />

6.9 Consolidação geral <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> projeto<br />

Os passos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s para a condução da meto<strong>do</strong>logia apresentada na proposta<br />

não foram segui<strong>do</strong>s metodicamente. O intuito <strong>de</strong>sta mudança foi melhorar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projeto, o qual apresentou <strong>um</strong> nível <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> maior <strong>do</strong><br />

que o espera<strong>do</strong>.<br />

A primeira modificação po<strong>de</strong> ser observada na revisão bibliográfica. Além <strong>de</strong><br />

revisar trabalhos encontra<strong>do</strong>s na literatura, adquirin<strong>do</strong> informações e <strong>de</strong>talhamento<br />

<strong>do</strong> tema, optou-se por acrescentar <strong>um</strong>a revisão sobre conceitos gerais <strong>de</strong> mecânica<br />

<strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> reologia, necessários para <strong>um</strong> melhor acompanhamento <strong>do</strong> projeto.<br />

69


Capítulo 6 – Simulações <strong>N<strong>um</strong>érica</strong>s e Resulta<strong>do</strong>s<br />

Outra mudança significativa foi feita na fase <strong>de</strong> validação da meto<strong>do</strong>logia<br />

n<strong>um</strong>érica e da formulação matemática aplicada. Antes <strong>de</strong> realizar a simulação <strong>do</strong><br />

escoamento viscoelástico em <strong>um</strong>a contração brusca, problemas <strong>de</strong> menor<br />

complexida<strong>de</strong> foram simula<strong>do</strong>s. Assim, com o gradual a<strong>um</strong>ento da complexida<strong>de</strong>,<br />

po<strong>de</strong>-se adquirir maior confiança na utilização <strong>do</strong> programa, da formulação<br />

matemática e da meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica.<br />

A modificação <strong>do</strong>s passos segui<strong>do</strong>s não alterou a essência da meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong><br />

projeto, manten<strong>do</strong> as principais fases: revisão bibliográfica, abordagem matemática<br />

e sua verificação através da implementação n<strong>um</strong>érica em escoamentos <strong>de</strong> menor<br />

complexida<strong>de</strong>, resolução <strong>do</strong> problema e consolidação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s.<br />

O cronograma inicial <strong>do</strong> projeto teve <strong>de</strong> ser revisto em função das modificações<br />

<strong>de</strong>scritas anteriormente e <strong>de</strong> imprevistos ocorri<strong>do</strong>s durante o <strong>de</strong>senvolver <strong>do</strong> projeto.<br />

Os imprevistos <strong>de</strong> maior significância foram as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> convergência das<br />

simulações, que acarretaram em <strong>um</strong>a alta <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> tentativas, e também o<br />

tempo eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> alg<strong>um</strong>as simulações. Entre os motivos <strong>do</strong>s altos tempos <strong>de</strong><br />

simulação encontram-se a utilização <strong>de</strong> malhas refinadas para representar os efeitos<br />

ocorri<strong>do</strong>s na contração, cuida<strong>do</strong>s extras com a convergência e a solução <strong>de</strong> quatro<br />

equações adicionais (equações constitutivas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT).<br />

Contu<strong>do</strong>, o projeto apresentou <strong>um</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espera<strong>do</strong> pelo<br />

aluno e pelos orienta<strong>do</strong>res, ten<strong>do</strong>-se concluí<strong>do</strong> o que havia si<strong>do</strong> proposto.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

70


Capítulo 7 – Conclusões<br />

7 CONCLUSÕES<br />

O presente trabalho apresentou <strong>um</strong>a meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica para realizar o<br />

estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

contração brusca. Durante a fase <strong>de</strong> revisão bibliográfica, foram revisa<strong>do</strong>s conceitos<br />

fundamentais para o entendimento <strong>do</strong> trabalho. Através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalhos<br />

prece<strong>de</strong>ntes, as informações e características relevantes foram levantadas. Foi<br />

nesta fase que se escolheu o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner<br />

(PTT). Foi realizada a formulação matemática necessária para resolver o<br />

escoamento viscoelástico através <strong>de</strong> contrações bruscas axissimétricas. Méto<strong>do</strong>s<br />

n<strong>um</strong>éricos foram utiliza<strong>do</strong>s como meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> solução n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> problema.<br />

Para a aplicação da meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica foi utiliza<strong>do</strong> o programa comercial<br />

PHOENICS CFD, basea<strong>do</strong> no Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Vol<strong>um</strong>es Finitos. O programa foi escolhi<strong>do</strong><br />

por permitir que o usuário implemente suas próprias rotinas, como as equações<br />

constitutivas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT, no código padrão utiliza<strong>do</strong> na solução <strong>do</strong> problema.<br />

As simulações n<strong>um</strong>éricas foram <strong>de</strong>senvolvidas com o objetivo <strong>de</strong> avaliar a<br />

meto<strong>do</strong>logia que vem sen<strong>do</strong> empregada. No geral, os resulta<strong>do</strong>s foram satisfatórios,<br />

assinalan<strong>do</strong> que as diretrizes seguidas estão coerentes. Durante a realização das<br />

simulações, observou-se que é necessário utilizar <strong>um</strong> controle <strong>de</strong> convergência<br />

apura<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> se tem o escoamento viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração<br />

brusca. O controle <strong>de</strong> convergência da solução n<strong>um</strong>érica é dificulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />

acoplamento <strong>de</strong> quatro equações não-lineares ao sistema a ser resolvi<strong>do</strong>. A<br />

utilização <strong>do</strong> esquema EVSS po<strong>de</strong> aprimorar o controle <strong>de</strong> convergência da solução.<br />

O efeito da malha n<strong>um</strong>érica na <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> problema da contração brusca é <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância. Devi<strong>do</strong> aos altos valores <strong>do</strong>s gradientes nos campos <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> e tensões nas regiões próximas à contração, é necessário utilizar malhas<br />

n<strong>um</strong>éricas muito refinadas nestas regiões, fato este que a<strong>um</strong>enta o tempo <strong>de</strong><br />

simulação e também dificulta a convergência da solução.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

71


Capítulo 7 – Conclusões<br />

A meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica <strong>de</strong>senvolvida é consi<strong>de</strong>rada válida e permite realizar a<br />

simulação <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> não-newtoniano viscoelástico através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a contração brusca. Devi<strong>do</strong> à utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> programa comercial, o PHOENICS<br />

CFD, simular geometrias diferentes é possível, bastan<strong>do</strong> apenas a<strong>de</strong>quar as<br />

condições <strong>de</strong> contorno na estrutura implementada. Também, outros mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

flui<strong>do</strong>s viscoelásticos diferenciais po<strong>de</strong>m ser facilmente a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s nesta estrutura.<br />

Entretanto, a estrutura n<strong>um</strong>érica apresenta a restrição <strong>de</strong> apenas utilizar malhas<br />

n<strong>um</strong>éricas uniformes. Na atual implementação, a utilização <strong>de</strong> malhas não-uniformes<br />

po<strong>de</strong> causar divergências na solução conforme o grau <strong>de</strong> não-uniformida<strong>de</strong> usa<strong>do</strong>.<br />

7.1 Sugestões para trabalhos futuros<br />

Como sugestões para a continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalho apresenta<strong>do</strong>, tem-se:<br />

1) Implementação <strong>do</strong> esquema EVSS para aprimoramento da estabilida<strong>de</strong><br />

n<strong>um</strong>érica da solução;<br />

2) Implementação <strong>de</strong> esquemas <strong>de</strong> interpolação <strong>de</strong> alta or<strong>de</strong>m, como exemplo<br />

o esquema CUBISTA;<br />

3) Além <strong>de</strong> validar a estrutura n<strong>um</strong>érica na contração, também validar no<br />

escoamento viscoelástico sobre <strong>um</strong> cilindro entre placas planas;<br />

4) Investigação <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo PTT para flui<strong>do</strong>s com alta<br />

elasticida<strong>de</strong>, altos De e ε , e também para altos valores <strong>de</strong> Re ;<br />

5) Utilização <strong>de</strong> outros mo<strong>de</strong>los constitutivos diferenciais <strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s<br />

viscoelásticos, tais como UCM e Oldroyd-B;<br />

6) Extensão <strong>do</strong> algoritmo para malhas não-uniformes e também para malhas<br />

não-estruturadas;<br />

7) Extensão <strong>do</strong> algoritmo para tratamentos <strong>de</strong> problemas tridimensionais.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

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<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

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Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

APÊNDICE A – PHOENICS CFD<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

78


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

Neste apêndice é apresentada a <strong>de</strong>scrição da meto<strong>do</strong>logia n<strong>um</strong>érica<br />

empregada no programa comercial PHOENICS CFD, a qual apresenta sucintamente<br />

o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> discretização e resolução das equações governantes <strong>do</strong> problema. Na<br />

seqüência, serão <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s alguns coman<strong>do</strong>s particulares <strong>do</strong> PHOENICS CFD e os<br />

procedimentos utiliza<strong>do</strong>s para realizar o cálculo das <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> valores vetoriais.<br />

A.1 Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s vol<strong>um</strong>es finitos<br />

Para a obtenção das equações discretizadas é necessária a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />

méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> discretização das equações diferenciais. O PHOENICS CFD utiliza o<br />

Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Vol<strong>um</strong>es Finitos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Patankar (1980).<br />

O <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> problema é dividi<strong>do</strong> em <strong>um</strong> número finito <strong>de</strong> vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong> controle.<br />

Cada vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle é representa<strong>do</strong> por <strong>um</strong> ponto nodal, ou nó, localiza<strong>do</strong> em<br />

seu centro. As equações <strong>de</strong> conservação são aplicadas a cada <strong>um</strong> <strong>de</strong>sses vol<strong>um</strong>es,<br />

resultan<strong>do</strong> em <strong>um</strong>a equação discretizada para cada nó, o qual interage com seus<br />

nós vizinhos. Desta forma, a solução resultante satisfaz as equações <strong>de</strong><br />

conservação <strong>de</strong> massa, quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento e energia nos vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong><br />

controle em to<strong>do</strong> o <strong>do</strong>mínio.<br />

As equações <strong>de</strong> conservação a serem resolvidas no PHOENICS CFD<br />

apresentam a forma geral mostrada pela equação (A.1). O primeiro termo <strong>do</strong> la<strong>do</strong><br />

esquer<strong>do</strong> da equação é o termo temporal, o segun<strong>do</strong> representa a parcela<br />

convectiva, o terceiro é o termo difusivo e o último o termo fonte, o qual representa<br />

as parcelas adicionais na equação correspon<strong>de</strong>nte.<br />

∂ρφ<br />

+ ∇( ρvφ) −∇( Γ ∇ φ)<br />

= S<br />

(A.1)<br />

∂t<br />

on<strong>de</strong> ρ é a massa específica, φ a variável em questão, t o tempo, v o vetor<br />

velocida<strong>de</strong>, Γ o coeficiente <strong>de</strong> difusão e S o termo fonte.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

79


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

Durante o processo <strong>de</strong> discretização da equação (A.1), é necessário i<strong>de</strong>ntificar<br />

os termos que são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da variável φ . Desta forma, é necessário <strong>de</strong>compor<br />

o termo fonte S em duas componentes distintas: <strong>um</strong>a componente S C ,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da variável φ , e outra S P , <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da variável φ . Desta forma, o<br />

termo fonte S é escrito como:<br />

A.2 Formação da malha computacional<br />

S = SC + SPφ (A.2)<br />

A malha computacional utilizada pelo PHOENICS CFD po<strong>de</strong> ser visualizada na<br />

Figura A.1. As letras maiúsculas H (frente), L (anterior), N (norte) e S (sul)<br />

representam os nós vizinhos ao ponto nodal P . As letras minúsculas h , l , n e s<br />

representam as faces entre os nós.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

80


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

r<br />

Z<br />

NL<br />

L<br />

SL<br />

I<br />

P H<br />

h<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

N<br />

n<br />

s<br />

S<br />

∆ z<br />

δ δ<br />

zl<br />

zh<br />

NH<br />

SH<br />

∆ r<br />

Figura A.1 – Malha computacional utilizada pelo PHOENICS CFD.<br />

É necessário escolher on<strong>de</strong> as componentes da velocida<strong>de</strong> serão alocadas. A<br />

primeira vista parece óbvia a escolha por armazená-las juntamente com a pressão,<br />

no ponto P . Porém, se a pressão e a velocida<strong>de</strong> são <strong>de</strong>finidas no mesmo nó, <strong>um</strong><br />

campo oscilatório po<strong>de</strong> ser erroneamente calcula<strong>do</strong> como <strong>um</strong> campo uniforme<br />

(Versteeg e Malalasekera, 1995). Para contornar este problema, é utilizada <strong>um</strong>a<br />

malha <strong>de</strong>slocada para as componentes da velocida<strong>de</strong> (Harlow e Welch, 1965).<br />

Assim, valores escalares são armazena<strong>do</strong>s nos pontos centrais <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong><br />

controle enquanto que valores vetoriais nas faces, geran<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sta forma, <strong>um</strong>a malha<br />

<strong>de</strong>slocada centrada na face em que estes valores são aloca<strong>do</strong>s.<br />

δ rn<br />

δ rs<br />

81


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A malha <strong>de</strong>slocada utilizada pelo PHOENICS CFD po<strong>de</strong> ser visualizada na<br />

Figura A.2. Nota-se que a velocida<strong>de</strong> na direção z é armazenada na face h e a<br />

velocida<strong>de</strong> em r na face n <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle elementar.<br />

L<br />

Z<br />

A.3 Discretização das equações<br />

r<br />

l<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

n<br />

P<br />

N<br />

s<br />

S<br />

Vr<br />

h Vz<br />

Figura A.2 – Malha <strong>de</strong>slocada.<br />

Para a discretização das equações governantes, consi<strong>de</strong>rou-se <strong>um</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong><br />

controle bidimensional com dimensões ∆ r e ∆ z , centra<strong>do</strong> no ponto nodal P como<br />

observa<strong>do</strong> na Figura A.1.<br />

Realizan<strong>do</strong> a integração da equação (A.1) sobre o vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle, obtémse<br />

a seguinte equação algébrica linear:<br />

a φ = a φ + a φ + a φ + a φ + S ∆ V<br />

(A.3)<br />

P P N N S S H H L L C<br />

on<strong>de</strong> os coeficientes a representam as contribuições da convecção e da difusão em<br />

cada nó e ∆ V é o vol<strong>um</strong>e <strong>do</strong> vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle.<br />

H<br />

82


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

O coeficiente a P <strong>do</strong> ponto central P po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>composto como:<br />

aP = aN + aS + aL + aH −SP∆ V<br />

(A.4)<br />

Os coeficientes a N , S a , H a e a L são <strong>de</strong>scritos a seguir:<br />

( ) max{ 0, }<br />

a = D A Pe + − F<br />

(A.5)<br />

N n n n<br />

( ) max{ 0, }<br />

a = D A Pe + + F<br />

(A.6)<br />

S s s s<br />

( ) max{ 0, }<br />

a = D A Pe + − F<br />

(A.7)<br />

H h h h<br />

( ) max{ 0, }<br />

a = D A Pe + + F<br />

(A.8)<br />

L l l l<br />

on<strong>de</strong> a função A( Pe ) é <strong>de</strong>finida <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a escolha da função <strong>de</strong> interpolação<br />

para a variável φ , o símbolo max{ 0, F } representa o maior valor entre 0 e F , sen<strong>do</strong><br />

F o fluxo <strong>de</strong> massa na face e D representa a difusão na face. O parâmetro Pe é o<br />

número <strong>de</strong> Peclet da malha, <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por F/ D.<br />

As equações para o fluxo <strong>de</strong> massa e para a condutância <strong>de</strong> difusão na face<br />

serão mostradas, respectivamente, nas equações (A.9) e (A.10) somente para a face<br />

a frente. Para as <strong>de</strong>mais faces, as equações são análogas.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

83


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.4 Esquema <strong>de</strong> interpolação<br />

F = ρ v ∆ r<br />

(A.9)<br />

H z h<br />

Γ<br />

= ∆ (A.10)<br />

h DHr δ zh<br />

No âmbito <strong>do</strong> Méto<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Vol<strong>um</strong>es Finitos (Marchi, 1993), o tipo <strong>de</strong> função <strong>de</strong><br />

interpolação que se a<strong>do</strong>ta po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como <strong>um</strong>a das principais<br />

características <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo n<strong>um</strong>érico, senão a principal, responsável pela<br />

qualida<strong>de</strong> da solução obtida. Enten<strong>de</strong>-se por função <strong>de</strong> interpolação, ou esquema<br />

n<strong>um</strong>érico, o meio utiliza<strong>do</strong> para se expressar o valor da variável φ <strong>do</strong> problema e <strong>de</strong><br />

suas <strong>de</strong>rivadas normais, nas faces <strong>do</strong>s vol<strong>um</strong>es <strong>de</strong> controle que são usa<strong>do</strong>s para<br />

discretizar o <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> cálculo.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, muitos esquemas <strong>de</strong> interpolação são utiliza<strong>do</strong>s para a solução<br />

das equações <strong>de</strong> transporte, visan<strong>do</strong> a estabilida<strong>de</strong> e diminuição da difusão e<br />

dispersão n<strong>um</strong>éricas. Com base em constatações práticas, po<strong>de</strong>-se dizer que se o<br />

tipo da função <strong>de</strong> interpolação for diferente <strong>do</strong> tipo da solução exata, a difusão<br />

n<strong>um</strong>érica manifesta-se na solução n<strong>um</strong>érica. O caso i<strong>de</strong>al ocorre quan<strong>do</strong> o tipo da<br />

função <strong>de</strong> interpolação é idêntico àquele da solução exata e, assim, a solução<br />

n<strong>um</strong>érica concordará melhor com a solução exata <strong>do</strong> problema, já que a difusão<br />

n<strong>um</strong>érica estará minimizada. A difusão n<strong>um</strong>érica geralmente é menor quan<strong>do</strong> a<br />

função <strong>de</strong> interpolação é <strong>de</strong> alta or<strong>de</strong>m, mas em contrapartida, geralmente<br />

apresenta oscilações que po<strong>de</strong>m comprometer totalmente o significa<strong>do</strong> físico da<br />

solução obtida.<br />

O termo responsável pela interpolação da variável φ é i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> pela função<br />

A( Pe ) presente nos coeficientes da equação discretizada (A.3). Entre os esquemas<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

84


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

<strong>de</strong> interpolações padrões no PHOENICS CFD, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar os esquemas <strong>de</strong><br />

diferenças centradas, Upwind, Híbri<strong>do</strong> e o QUICK.<br />

A.4.1 Diferenças centradas<br />

Uma abordagem clássica é a realizada por diferenças centradas. Neste caso, o<br />

termo convectivo é toma<strong>do</strong> como a média entre os valores <strong>de</strong> <strong>do</strong>is pontos nodais<br />

adjacentes. Desta forma, tem-se que:<br />

Pe<br />

A( Pe ) = 1- (A.11)<br />

2<br />

Este esquema po<strong>de</strong> levar a resulta<strong>do</strong>s fisicamente incorretos para Peclet<br />

maiores que 2.0, isto é, se a convecção for pre<strong>do</strong>minante.<br />

A.4.2 Esquema Upwind<br />

Consi<strong>de</strong>ra apenas a contribuição <strong>do</strong> ponto nodal a montante <strong>do</strong> escoamento na<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> valor da variável na face. Este esquema é bastante utiliza<strong>do</strong>.<br />

Embora este méto<strong>do</strong> evite os resulta<strong>do</strong>s fisicamente incorretos quan<strong>do</strong> a convecção<br />

pre<strong>do</strong>mina, distorce os mesmos quan<strong>do</strong> a difusão é a parcela <strong>do</strong>minante. A equação<br />

para o esquema Upwind é dada por:<br />

A.4.3 Esquema Híbri<strong>do</strong><br />

A( Pe ) = 1<br />

(A.12)<br />

O esquema Híbri<strong>do</strong> (Spalding, 1972) é <strong>um</strong>a combinação entre o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

diferenças centradas e o Upwind. Sua função <strong>de</strong> interpolação ass<strong>um</strong>e a forma da<br />

equação (A.13).<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

85


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.4.4 Esquema QUICK<br />

⎧ Pe ⎫<br />

= ⎨ − ⎬<br />

⎩ 2 ⎭<br />

( ) max 0,1<br />

A Pe<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

86<br />

(A.13)<br />

O esquema <strong>de</strong> interpolação QUICK (Hayase, 1992) é da família <strong>de</strong> esquemas<br />

que utilizam mais <strong>de</strong> três pontos nodais na obtenção <strong>do</strong> fluxo na face, ou seja, é <strong>um</strong><br />

esquema <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m. Reduz significativamente a falsa difusão, porém po<strong>de</strong><br />

apresentar oscilações n<strong>um</strong>éricas e, conseqüentemente, maior tempo computacional<br />

e dificulda<strong>de</strong> na convergência.<br />

A.5 Acoplamento pressão velocida<strong>de</strong><br />

Após a discretização das equações da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento, o termo fonte<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> φ po<strong>de</strong> ser resulta<strong>do</strong> da soma <strong>de</strong> duas parcelas: <strong>um</strong>a <strong>de</strong>vida ao<br />

diferencial <strong>de</strong> pressão e outra a termos fontes diversos. O termo <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à pressão,<br />

além <strong>de</strong> ser muito importante no escoamento, também é <strong>um</strong>a incógnita <strong>do</strong> problema.<br />

Esta situação requer <strong>um</strong> tratamento especial, que na formulação a<strong>do</strong>tada pelo<br />

PHOENICS CFD, se caracteriza pela separação <strong>do</strong> diferencial <strong>de</strong> pressão <strong>do</strong> termo<br />

fonte genérico e pela utilização da malha <strong>de</strong>slocada mostrada na Figura A.2 para o<br />

calculo <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />

A separação <strong>do</strong> termo da pressão <strong>do</strong> termo fonte é feita por não haver<br />

nenh<strong>um</strong>a equação direta para a resolução <strong>do</strong> campo <strong>de</strong> pressão. A pressão é então<br />

obtida por ac<strong>um</strong>ulação das correções <strong>de</strong> pressão através da equação da<br />

conservação da massa que, em conjunto com os ajustes <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, elimina os<br />

resíduos da equação <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>. O algoritmo utiliza<strong>do</strong> pelo PHOENICS CFD<br />

para <strong>de</strong>senvolver esta meto<strong>do</strong>logia é o SIMPLEST.<br />

O algoritmo SIMPLEST (SIMPLEShorTened) é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> algoritmo SIMPLE<br />

(Semi-Implicit Method for Pressure-Linked Equations), <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Patankar e<br />

Spalding (1972).


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A Figura A.3 ilustra na forma <strong>de</strong> fluxograma os principais passos segui<strong>do</strong>s pelo<br />

méto<strong>do</strong> SIMPLEST para o acoplamento da pressão-velocida<strong>de</strong>, os quais são<br />

<strong>de</strong>scritos a seguir:<br />

• Estipula-se <strong>um</strong> campo inicial para a pressão, velocida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mais variáveis φ ,<br />

basean<strong>do</strong>-se no campo obti<strong>do</strong> da iteração anterior. Caso seja a primeira<br />

iteração, é utiliza<strong>do</strong> o campo inicial <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para o problema. Assim, obtém-<br />

se os valores estipula<strong>do</strong>s p + , r v + , z v + e <strong>de</strong>mais φ + ;<br />

• Resolvem-se as equações discretizadas da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento,<br />

obten<strong>do</strong>-se novos valores para as velocida<strong>de</strong>s, as quais satisfazem as<br />

equações da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento mas não satisfazem necessariamente<br />

a equação da continuida<strong>de</strong>; Obtêm-se novos valores para r v + e z v + ;<br />

• Resolve-se <strong>um</strong>a equação para a correção da pressão, obten<strong>do</strong>-se a pressão<br />

corrigida p ' ;<br />

• Calcula-se v r ' e v z ' , correções para as velocida<strong>de</strong>s. Desta forma, através da<br />

correção da pressão e das velocida<strong>de</strong>s, se obtém os valores corrigi<strong>do</strong>s para<br />

p , r v e v z ;<br />

• Resolvem-se as outras variáveis φ ;<br />

• Se a resposta convergiu n<strong>um</strong>ericamente, as iterações são finalizadas. Caso<br />

não seja alcançada a convergência, volta-se ao primeiro passo.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

87


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

Atualiza os campos<br />

p = p, v = v<br />

φ φ<br />

* *<br />

r r<br />

*<br />

= ,<br />

*<br />

vz = vz<br />

INÍCIO<br />

Resolve as equações discretizadas <strong>do</strong> momento<br />

Resolve a equação <strong>de</strong> correção para a pressão<br />

Calcula as correções para as velocida<strong>de</strong>s<br />

Não<br />

Resolve as outras variáveis<br />

Convergencia?<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

Fim<br />

+ + + +<br />

Campoinicial p , v , v , φ<br />

v , v<br />

+ +<br />

r z<br />

p '<br />

vr ', vz'<br />

Corrige a pressão e as velocida<strong>de</strong>s<br />

= +<br />

p<br />

*<br />

p p'<br />

vr *<br />

= vr + vr<br />

vz *<br />

= vz + vz<br />

p, vr, vz<br />

φ<br />

Sim<br />

Figura A.3 – Fluxograma <strong>do</strong> algoritmo SIMPLEST.<br />

'<br />

'<br />

r z<br />

88


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.6 Condições <strong>de</strong> contorno e termos fonte<br />

To<strong>do</strong>s os problemas em Mecânica <strong>de</strong> Flui<strong>do</strong>s Computacional (DFC) são<br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s em termos das condições iniciais e <strong>de</strong> contorno. É importante que estes<br />

sejam especifica<strong>do</strong>s corretamente, pois caso contrário po<strong>de</strong>m se tornar fontes <strong>de</strong><br />

erros e apresentar <strong>um</strong>a solução errada para o problema.<br />

Após ser feita a discretização, as equações <strong>de</strong> conservação passam a ser<br />

representadas por equações algébricas para cada vol<strong>um</strong>e <strong>de</strong> controle P . Contu<strong>do</strong> a<br />

equação (A.3) po<strong>de</strong> ser reescrita isolan<strong>do</strong>-se a variável φ P , conforme a equação<br />

(A.14).<br />

∑ anbφnb + SC∆V φP<br />

=<br />

∑a −S ∆V<br />

nb P<br />

on<strong>de</strong> o subscrito nb indica os pontos vizinhos ao ponto P .<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

89<br />

(A.14)<br />

A equação (A.14) <strong>de</strong>termina φ p por meio das contribuições <strong>de</strong> seus vizinhos.<br />

Ela é válida para to<strong>do</strong> o <strong>do</strong>mínio interno falhan<strong>do</strong>, porém, quan<strong>do</strong> há a ausência <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> vizinho, como é o caso das condições <strong>de</strong> contorno. As informações no contorno<br />

e as fontes no interior <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio são representadas pelo PHOENICS CFD na forma<br />

generalizada (Spalding, 1994) <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com:<br />

( )<br />

S = T. C. V − φ<br />

(A.15)<br />

on<strong>de</strong> T é <strong>um</strong>a área (da face on<strong>de</strong> atua) ou <strong>um</strong> vol<strong>um</strong>e, C é <strong>um</strong> coeficiente (positivo<br />

para maior estabilida<strong>de</strong> na convergência) e V é o valor (que se <strong>de</strong>seja atribuir).<br />

Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong>s valores que T , C e V ass<strong>um</strong>em, é possível <strong>de</strong>finir to<strong>do</strong>s os<br />

termos fontes e condições <strong>de</strong> contorno, para <strong>um</strong> da<strong>do</strong> problema.


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

Substituin<strong>do</strong> a equação (A.15) na equação (A.14) tem-se que:<br />

φ =<br />

P<br />

∑ nbφnb + ∑<br />

∑ nb + ∑<br />

a TCV<br />

a TC<br />

A.6.1 Tipos <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> contorno e termo fonte<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

90<br />

(A.16)<br />

Para ajustar o termo fonte (ou a condição <strong>de</strong> contorno <strong>de</strong>sejada) à forma geral<br />

dada pela equação (A.15), usa-se artifícios matemáticos, os quais po<strong>de</strong>m acarretar<br />

em condições <strong>de</strong> valor ou fluxo fixo.<br />

A.6.1.1 Valor Fixo – FIXVAL<br />

Quan<strong>do</strong> é necessário especificar o valor da variável em <strong>um</strong>a célula ou região<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio, <strong>de</strong>ve-se ajustar o valor <strong>do</strong> coeficiente C como <strong>um</strong> número muito gran<strong>de</strong>,<br />

e V como sen<strong>do</strong> o valor requeri<strong>do</strong>. Fazen<strong>do</strong> isto, tem-se que TC é muito maior <strong>do</strong><br />

que ∑ aiφi , e a equação (A.16) po<strong>de</strong> ser simplificada como:<br />

A.6.1.2 Fluxo Fixo – FIXFLU<br />

TCV<br />

φP ≅ = V<br />

(A.17)<br />

TC<br />

Quan<strong>do</strong> é necessário especificar <strong>um</strong> fluxo em <strong>um</strong>a célula ou n<strong>um</strong>a região <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>mínio ou contorno, <strong>de</strong>ve-se ajustar o valor <strong>do</strong> coeficiente C como sen<strong>do</strong> <strong>um</strong><br />

número muito pequeno e o valor <strong>do</strong> fluxo como sen<strong>do</strong> V . Desta forma, tem-se:<br />

C<br />

φ<br />

P<br />

= ∑ ∑<br />

nbφnb +<br />

a TV<br />

a<br />

∑<br />

nb<br />

(A.18)


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.7 Solução <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> equações discretizadas<br />

Há duas técnicas <strong>de</strong> solução para sistemas lineares algébricos: méto<strong>do</strong> direto e<br />

méto<strong>do</strong> indireto ou iterativo (Versteeg e Malalasekera, 1995). Através <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s<br />

diretos, por exemplo a regra da inversão <strong>de</strong> matriz <strong>de</strong> Cramer, muitas iterações e <strong>um</strong><br />

alto número <strong>de</strong> variáveis armazenadas são requeridas, inviabilizan<strong>do</strong> o processo.<br />

Méto<strong>do</strong>s iterativos, por serem basea<strong>do</strong>s na aplicação repetida <strong>de</strong> <strong>um</strong> algoritmo,<br />

apresentam <strong>um</strong>a simplicida<strong>de</strong> maior na resolução <strong>do</strong>s sistemas. Nestes méto<strong>do</strong>s, o<br />

armazenamento das variáveis é realiza<strong>do</strong> apenas para aquelas que apresentem<br />

valor não nulo, não exigin<strong>do</strong> que muitas variáveis sejam alocadas. Por isso, os<br />

méto<strong>do</strong>s iterativos são preferi<strong>do</strong>s para a solução <strong>do</strong>s sistemas lineares obti<strong>do</strong>s.<br />

No PHOENICS CFD três mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> resolução estão disponíveis para resolver<br />

os sistemas lineares forma<strong>do</strong>s pelas equações algébricas discretizadas: Point-by-<br />

Point, Slabwhise e Whole-field.<br />

No méto<strong>do</strong> Point-by-Point, o valor <strong>de</strong> φ na célula é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> explicitamente<br />

utilizan<strong>do</strong> os valores <strong>de</strong> φ nas células vizinhas. Usualmente esta técnica apresenta<br />

convergência lenta por reduzir o acoplamento entre as células e a propagação das<br />

mudanças. Entretanto, o méto<strong>do</strong> Point-by-Point po<strong>de</strong> ser útil quan<strong>do</strong> φ apresenta<br />

<strong>um</strong>a acoplamento mais forte com outras variáveis <strong>do</strong> que com valores <strong>de</strong> φ nas<br />

células vizinhas.<br />

Slabwise consiste em resolver plano a plano <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio. A variável φ é<br />

resolvida na célula juntamente com as células vizinhas, porém, para planos<br />

diferentes são utiliza<strong>do</strong>s valores das iterações prece<strong>de</strong>ntes. O méto<strong>do</strong> Slabwise é<br />

com<strong>um</strong>ente utiliza<strong>do</strong> em escoamentos parabólicos, nos quais tem-se <strong>um</strong>a direção<br />

pre<strong>do</strong>minante <strong>do</strong> escoamento.<br />

O méto<strong>do</strong> Whole-field resolve em <strong>um</strong> único sistema todas os valores <strong>de</strong> φ nos<br />

vol<strong>um</strong>es <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio. Este méto<strong>do</strong> é <strong>um</strong>a extensão <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> TDMA (Versteeg e<br />

Malalasekera, 1995). A solução pelo méto<strong>do</strong> Whole-field permite que as condições<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

91


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

<strong>de</strong> contorno se difundam mais rapidamente pelo <strong>do</strong>mínio, <strong>um</strong>a vez que a<br />

meto<strong>do</strong>logia consi<strong>de</strong>ra a interação entre todas as variáveis φ <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio.<br />

A.8 Coman<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s<br />

A.8.1 TERMS<br />

Aplica<strong>do</strong> no grupo 8 <strong>do</strong> arquivo Q1 é o coman<strong>do</strong> que <strong>de</strong>termina qual termo será<br />

ativa<strong>do</strong> na equação <strong>de</strong> balanço para a variável a ser resolvida. Desta forma:<br />

TERMS(índice da variável, Y ou N, Y ou N, ... seis vezes)<br />

As seis questões a serem respondidas por Y ou N são:<br />

1. Ativar Built-in source?<br />

2. Ativar convecção?<br />

3. Ativar difusão?<br />

4. Ativar o termo transiente?<br />

5. A variável pertence à primeira fase, quan<strong>do</strong> há mais <strong>de</strong> <strong>um</strong>a fase?<br />

6. Ativar transporte entre as fases, quan<strong>do</strong> há mais <strong>de</strong> <strong>um</strong>a fase?<br />

A.8.2 PATCH<br />

É o coman<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para i<strong>de</strong>ntificar o local e o tipo em que <strong>um</strong>a condição<br />

será aplicada. Por exemplo, i<strong>de</strong>ntificar que <strong>um</strong> termo fonte será aplica<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o<br />

<strong>do</strong>mínio.<br />

O coman<strong>do</strong> possui 10 arg<strong>um</strong>entos, nomea<strong>do</strong>s como:<br />

PATCH(NOME,TIPO,IXF,IXL,IYF,IYL,IZF,IZL,ITF,ITL)<br />

1. Nome: nome <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> ao PATCH cria<strong>do</strong>;<br />

2. Tipo: tipo <strong>de</strong> aplicação da condição. Representa o valor T da equação (A.15);<br />

3. IXF, IYF, IZF e ITF: referem-se à posição inicial <strong>do</strong> PATCH nas coor<strong>de</strong>nadas X, Y<br />

e Z e no tempo, respectivamente;<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

92


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

4. IXL, IYL, IZL e ITL: referem-se à posição final <strong>do</strong> PATCH nas coor<strong>de</strong>nadas X, Y e<br />

Z e no tempo, respectivamente.<br />

A.8.3 COVAL<br />

Aplica<strong>do</strong> ao grupo 13 <strong>do</strong> arquivo Q1, é o coman<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para introduzir<br />

termos fontes e condições <strong>de</strong> contorno para o problema expressa<strong>do</strong>.<br />

O coman<strong>do</strong> possui 4 arg<strong>um</strong>entos, nomea<strong>do</strong>s como:<br />

COVAL(NOME,índice da variável,Coeficiente,Valor)<br />

1. Nome: nome <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> ao PATCH associa<strong>do</strong>;<br />

2. Índice da variável: i<strong>de</strong>ntifica qual a variável;<br />

3. Coeficiente: associa<strong>do</strong> ao valor <strong>do</strong> coeficiente C da equação (A.15);<br />

4. Valor: associa<strong>do</strong> ao valor <strong>de</strong> V na equação (A.15).<br />

A.8.4 SOLUTN<br />

Aplica<strong>do</strong> ao grupo 7 <strong>do</strong> arquivo Q1, é o coman<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> para indicar que a<br />

variável precisa ser armazenada, resolvida, etc. O formato para este coman<strong>do</strong> é:<br />

SOLUTN( índice da variável, Y ou N, Y ou N, ... seis vezes)<br />

As seis questões a serem respondidas por Y ou N são:<br />

1. Armazenar variável?<br />

2. Resolver a variável?<br />

3. Resolver pelo méto<strong>do</strong> Whole-field?<br />

4. Resolver pelo méto<strong>do</strong> Point-by-Point?<br />

5. Usar formulação explícita se transiente?<br />

6. Usar média harmônica para a mudança <strong>do</strong>s coeficientes?<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

93


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.9 Derivadas<br />

Este tópico retrata a maneira pela qual as <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> vetores são calculadas.<br />

Para exemplificar, foi utiliza<strong>do</strong> o vetor velocida<strong>de</strong>. A notação utilizada segue a<br />

mesma da Figura A.1.<br />

A.9.1 DVDY<br />

É a <strong>de</strong>rivada da componente r da velocida<strong>de</strong> na direção r , dada por:<br />

Se IY = 1,<br />

r<br />

IY = NY , v ∂<br />

∂ r<br />

A.9.2 DWDZ<br />

r v ∂<br />

∂ r<br />

( − )<br />

∂ v v v<br />

r =<br />

∂r ∆r<br />

rn rs<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

94<br />

(A.19)<br />

ass<strong>um</strong>e o mesmo valor <strong>do</strong> que o calcula<strong>do</strong> para IY = 2 . Se<br />

ass<strong>um</strong>e o mesmo valor que é calcula<strong>do</strong> para IY = NY − 1.<br />

É a <strong>de</strong>rivada da componente z da velocida<strong>de</strong> na direção z , dada por:<br />

Se IZ = 1,<br />

z<br />

IZ = NZ , v ∂<br />

∂ z<br />

z v ∂<br />

∂ z<br />

( − )<br />

∂v<br />

v v<br />

z =<br />

∂z ∆z<br />

zh zl<br />

(A.20)<br />

ass<strong>um</strong>e o mesmo valor <strong>do</strong> que o calcula<strong>do</strong> para IZ = 2 . Se<br />

ass<strong>um</strong>e o mesmo valor <strong>do</strong> que o calcula<strong>do</strong> para IZ = NZ − 1.


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.9.3 DVDZ<br />

É a <strong>de</strong>rivada da componente r da velocida<strong>de</strong> na direção z , dada por:<br />

∂vr 1 ⎛∂vr ∂vr ∂vr ∂v<br />

⎞ r<br />

= ⎜ + + + ⎟<br />

∂z 4 ⎝ ∂z nh ∂z nl ∂z sl ∂z<br />

sh ⎠<br />

Os termos <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito da equação (A.21) são da<strong>do</strong>s por:<br />

Se IZ = 1,<br />

∂vr<br />

IZ = NZ ,<br />

∂z<br />

nh<br />

∂vr<br />

∂z<br />

nl<br />

( vrnH − vrn)<br />

∂vr<br />

=<br />

∂z<br />

δ<br />

nh zh<br />

( vrn − vrLn)<br />

∂vr<br />

=<br />

∂z<br />

δ<br />

nl zl<br />

( vrs − vrsL)<br />

∂vr<br />

=<br />

∂z<br />

δ<br />

sl zl<br />

( vrsH − vrs)<br />

∂vr<br />

=<br />

∂z<br />

δ<br />

sh zh<br />

ass<strong>um</strong>e o valor <strong>de</strong><br />

∂vr<br />

ass<strong>um</strong>e o valor <strong>de</strong><br />

∂z<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

nl<br />

∂vr<br />

e<br />

∂z<br />

r ∂v<br />

∂z<br />

sh<br />

nh<br />

e<br />

r ∂v<br />

∂z<br />

sl<br />

∂vr<br />

o valor <strong>de</strong><br />

∂z<br />

o valor <strong>de</strong><br />

sl<br />

.<br />

r ∂v<br />

∂z<br />

95<br />

(A.21)<br />

(A.22)<br />

(A.23)<br />

(A.24)<br />

(A.25)<br />

sh<br />

. Se


Apêndice A – PHOENICS CFD<br />

A.9.4 DWDY<br />

É a <strong>de</strong>rivada da componente z da velocida<strong>de</strong> na direção r , dada por:<br />

∂vz 1 ⎛∂vz ∂vz ∂vz ∂v<br />

⎞ z<br />

= ⎜ + + + ⎟<br />

∂r 4 ⎝ ∂r nh ∂r sh ∂r sl ∂r<br />

nl ⎠<br />

Os termos <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito da equação (A.26) são da<strong>do</strong>s por:<br />

Se IZ = 1,<br />

∂vr<br />

IZ = NZ ,<br />

∂z<br />

nh<br />

∂vr<br />

∂z<br />

nl<br />

( vzhN − vzh)<br />

∂vz<br />

=<br />

∂r<br />

δ<br />

nh rn<br />

( vzh − vzSh)<br />

∂vz<br />

=<br />

∂r<br />

δ<br />

sh rs<br />

( vzl − vzSl)<br />

∂vz<br />

=<br />

∂r<br />

δ<br />

sl rs<br />

( vzNl − vzl)<br />

∂vz<br />

=<br />

∂r<br />

δ<br />

nl rn<br />

ass<strong>um</strong>e o valor <strong>de</strong><br />

∂vr<br />

ass<strong>um</strong>e o valor <strong>de</strong><br />

∂z<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

nl<br />

∂vr<br />

e<br />

∂z<br />

r ∂v<br />

∂z<br />

sh<br />

nh<br />

e<br />

r ∂v<br />

∂z<br />

sl<br />

∂vr<br />

o valor <strong>de</strong><br />

∂z<br />

o valor <strong>de</strong><br />

sl<br />

.<br />

r ∂v<br />

∂z<br />

96<br />

(A.26)<br />

(A.27)<br />

(A.28)<br />

(A.29)<br />

(A.30)<br />

sh<br />

. Se


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

APÊNDICE B – ARQUIVO Q1<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

97


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

O arquivo gera<strong>do</strong> no pré-processamento <strong>do</strong> PHOENICS CFD chama-se “Q1”.<br />

Este arquivo armazena as condições <strong>do</strong> problema, tais como condições <strong>de</strong> contorno,<br />

condições iniciais, geometria <strong>do</strong> problema, malha n<strong>um</strong>érica, controle <strong>de</strong><br />

convergência, entre outros.<br />

A seguir, o arquivo Q1 se refere à simulação <strong>do</strong> escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong><br />

não-newtoniano viscoelástico, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Phan-Thien e Tanner (PTT), através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a contração brusca axissimétrica. Este arquivo está sen<strong>do</strong> mostra<strong>do</strong> com o<br />

intuí<strong>do</strong> <strong>de</strong> apenas ilustrar como é feita a implementação n<strong>um</strong>érica no programa<br />

PHOENICS CFD e também servir <strong>de</strong> referência para eventuais futuros trabalhos.<br />

TALK=T;RUN( 1, 1)<br />

************************************************************<br />

Q1 created by VDI menu, Version 3.6, Date 01/12/05<br />

CPVNAM=VDI;SPPNAM=Core<br />

************************************************************<br />

Echo DISPLAY / USE settings<br />

************************************************************<br />

IRUNN = 1 ;LIBREF = 0<br />

************************************************************<br />

Group 1. Run Title<br />

TEXT(PTT – De=1 Re=100)<br />

************************************************************<br />

Group 2. Transience<br />

STEADY = T<br />

************************************************************<br />

Groups 3, 4, 5 Grid Information<br />

* Overall n<strong>um</strong>ber of cells, RSET(M,NX,NY,NZ,tolerance)<br />

RSET(M,1,60,110,1.000000E-08)<br />

* Cylindrical-polar grid<br />

CARTES=F<br />

************************************************************<br />

Group 6. Body-Fitted coordinates<br />

************************************************************<br />

Group 7. Variables: STOREd,SOLVEd,NAMEd<br />

ONEPHS = T<br />

* Non-<strong>de</strong>fault variable names<br />

NAME(125) =YYY ; NAME(126) =TYZ<br />

NAME(127) =TTT ; NAME(128) =TYY<br />

NAME(129) =TZZ ; NAME(130) =DVDY<br />

NAME(131) =DVDZ ; NAME(132) =DWDY<br />

NAME(133) =DWDZ ; NAME(134) =DTTZ<br />

NAME(135) =DTTY ; NAME(136) =DYZZ<br />

NAME(137) =DYZY ; NAME(138) =DYYZ<br />

NAME(139) =DYYY ; NAME(140) =DZZZ<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

98


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

NAME(141) =DZZY ; NAME(142) =ZGNZ<br />

NAME(143) =ZGZ1 ; NAME(144) =YGNY<br />

NAME(145) =YGY1 ; NAME(146) =DEN1<br />

NAME(147) =ATYZ ; NAME(148) =ATTT<br />

NAME(149) =ATYY ; NAME(150) =ATZZ<br />

* Solved variables list<br />

SOLVE(P1 ,V1 ,W1 ,ATYZ,ATTT,ATYY,ATZZ)<br />

* Stored variables list<br />

STORE(DEN1,YGY1,YGNY,ZGZ1,ZGNZ,DZZY,DZZZ,DYYY)<br />

STORE(DYYZ,DYZY,DYZZ,DTTY,DTTZ,DWDZ,DWDY,DVDZ)<br />

STORE(DVDY,TZZ ,TYY ,TTT ,TYZ ,YYY )<br />

* Additional solver options<br />

SOLUTN(P1 ,Y,Y,Y,N,N,Y)<br />

SOLUTN(ATYZ,Y,Y,Y,N,N,Y)<br />

SOLUTN(ATTT,Y,Y,Y,N,N,Y)<br />

SOLUTN(ATYY,Y,Y,Y,N,N,Y)<br />

SOLUTN(ATZZ,Y,Y,Y,N,N,Y)<br />

************************************************************<br />

Group 8. Terms & Devices<br />

TERMS (P1 ,Y,Y,N,N,Y,N)<br />

TERMS (V1 ,Y,Y,N,N,Y,N)<br />

TERMS (W1 ,Y,Y,N,N,Y,N)<br />

TERMS (ATYZ,N,Y,N,N,Y,N)<br />

TERMS (ATTT,N,Y,N,N,Y,N)<br />

TERMS (ATYY,N,Y,N,N,Y,N)<br />

TERMS (ATZZ,N,Y,N,N,Y,N)<br />

DIFCUT = 0.000000E+00<br />

SCHEME(QUICK ,ALL)<br />

************************************************************<br />

Group 9. Properties<br />

PRESS0 = 1.000000E+05 ;TEMP0 = 2.730000E+02<br />

RHO1 = 1.000000E+03<br />

ENUL = 0.000000E+00<br />

CP1 = 1.005000E+03<br />

ENUT = 0.000000E+00<br />

DVO1DT = 3.410000E-03<br />

************************************************************<br />

Group 10.Inter-Phase Transfer Processes<br />

************************************************************<br />

Group 11.Initialise Var/Porosity Fields<br />

FIINIT(W1 ) = 1.000000E-02<br />

No PATCHes used for this Group<br />

INIADD = F<br />

************************************************************<br />

Group 12. Convection and diffusion adjustments<br />

No PATCHes used for this Group<br />

************************************************************<br />

Group 13. Boundary & Special Sources<br />

No PATCHes used for this Group<br />

EGWF = T<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

99


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

************************************************************<br />

Echo InForm settings for Group 13<br />

inform13begin<br />

================================<br />

=====================<br />

CONDICOES DE CONTORNO<br />

=====================<br />

>>> PAREDE<br />

PATCH (PARN ,NORTH,1,NX,NY,NY,1,NZ,1,1)<br />

(source of W1 at PARN is coval(FIXVAL,0.000000E+00))<br />

(source of V1 at PARN is coval(FIXVAL,0.000000E+00))<br />

===============================<br />

>>> ENTRADA DESENVOLVIDA<br />

CHAR(EQN)<br />

EQN=(-1)*384.5*YG^2+0.024*YG+.005<br />

PATCH(ENT,CELL,1,NX,1,NY-1,1,1,1,LSTEP)<br />

(source of P1 at ENT is RHO1*:EQN: with fixval)<br />

(source of W1 at ENT is :EQN: with fixval)<br />

(source of V1 at ENT is 0 with fixval)<br />

=================================<br />

>>> CONTRACAO<br />

>>> ELEMENTOS Y E Z QUE INICIAM A CONTRACAO<br />

REAL(YCON);YCON=16<br />

REAL(ZCON);ZCON=56<br />

PATCH(CONT,VOLUME,1,NX,YCON,NY,ZCON,NZ,1,LSTEP)<br />

(source of v1 at cont is 0 with fixval)<br />

(source of w1 at cont is 0 with fixval)<br />

================================<br />

(stored RRR is YG+RINNER+1e-8)<br />

>>> I<strong>de</strong>ntificacao <strong>do</strong> primeiro e ultimo VC<br />

(stored YGY1 is YG[&1&])<br />

(stored YGNY is YG[&NY&])<br />

(stored ZGZ1 is ZG[&&1])<br />

(stored ZGNZ is ZG[&&NZ])<br />

================================<br />

>>> TENSOES<br />

(STORED TZZ IS ATZZ*RHO1)<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

100


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

(STORED TYY IS ATYY*RHO1)<br />

(STORED TTT IS ATTT*RHO1)<br />

(STORED TYZ IS ATYZ*RHO1)<br />

===============================<br />

>>> DIFERENCAS DE TENSOES<br />

(STORED NN1 IS TZZ-TYY)<br />

(STORED NN2 IS TYY-TTT)<br />

(STORED PS1 IS NN1/((abs(DWDY))^2))<br />

(STORED PS2 IS NN2/((abs(DWDY))^2))<br />

(STORED ETA IS (abs(TYZ))/(abs(DWDY)))<br />

===============================<br />

>>> DERIVADAS DAS TENSOES<br />

(stored DZZY is (TZZ[&+1]-TZZ[&-1])/(2*DYV) with if(YG.NE.YGY1.and.$<br />

YG.NE.YGNY))<br />

(stored DZZY is (TZZ[&+2]-TZZ)/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGY1))<br />

(stored DZZY is (TZZ-TZZ[&-2])/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGNY))<br />

(stored DZZZ is (TZZ[&&+1]-TZZ[&&-1])/(2*DZW) with if(ZG.NE.ZGZ1.an$<br />

d.ZG.NE.ZGNZ))<br />

(stored DZZZ is (TZZ[&&+2]-TZZ)/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGZ1))<br />

(stored DZZZ is (TZZ-TZZ[&&-2])/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGNZ))<br />

(stored DYYY is (TYY[&+1]-TYY[&-1])/(2*DYV) with if(YG.NE.YGY1.and.$<br />

YG.NE.YGNY))<br />

(stored DYYY is (TYY[&+2]-TYY)/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGY1))<br />

(stored DYYY is (TYY-TYY[&-2])/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGNY))<br />

(stored DYYZ is (TYY[&&+1]-TYY[&&-1])/(2*DZW) with if(ZG.NE.ZGZ1.an$<br />

d.ZG.NE.ZGNZ))<br />

(stored DYYZ is (TYY[&&+2]-TYY)/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGZ1))<br />

(stored DYYZ is (TYY-TYY[&&-2])/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGNZ))<br />

(stored DYZY is (TYZ[&+1]-TYZ[&-1])/(2*DYV) with if(YG.NE.YGY1.and.$<br />

YG.NE.YGNY))<br />

(stored DYZY is (TYZ[&+2]-TYZ)/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGY1))<br />

(stored DYZY is (TYZ-TYZ[&-2])/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGNY))<br />

(stored DYZZ is (TYZ[&&+1]-TYZ[&&-1])/(2*DZW) with if(ZG.NE.ZGZ1.an$<br />

d.ZG.NE.ZGNZ))<br />

(stored DYZZ is (TYZ[&&+2]-TYZ)/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGZ1))<br />

(stored DYZZ is (TYZ-TYZ[&&-2])/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGNZ))<br />

(stored DTTY is (TTT[&+1]-TTT[&-1])/(2*DYV) with if(YG.NE.YGY1.and.$<br />

YG.NE.YGNY))<br />

(stored DTTY is (TTT[&+2]-TTT)/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGY1))<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

101


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

(stored DTTY is (TTT-TTT[&-2])/(2*DYV) with if(YG.EQ.YGNY))<br />

(stored DTTZ is (TTT[&&+1]-TTT[&&-1])/(2*DZW) with if(ZG.NE.ZGZ1.an$<br />

d.ZG.NE.ZGNZ))<br />

(stored DTTZ is (TTT[&&+2]-TTT)/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGZ1))<br />

(stored DTTZ is (TTT-TTT[&&-2])/(2*DZW) with if(ZG.EQ.ZGNZ))<br />

===============================<br />

>>> TERMOS FONTES DA EQUAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO<br />

PATCH (ALL ,VOLUME,1,NX,1,NY,1,NZ,1,1)<br />

(SOURCE of V1 at ALL is (DYYY+TYY/(RRR)+DYZZ-TTT/(RRR)) with FIXFLU)<br />

(SOURCE of W1 at ALL is (DYZY+TYZ/(RRR)+DZZZ) with FIXFLU)<br />

===============================<br />

>>> PROPRIEDADES DO PTT<br />

REAL(GGG);GGG=0.05<br />

REAL(LLL);LLL=0.02<br />

REAL(EEE);EEE=.25<br />

(stored YYY is (1+(EEE/GGG)*(TTT+TZZ+TYY)) )<br />

===============================<br />

>>> TERMOS FONTES - PTT<br />

(SOURCE of ATZZ at ALL is ( GGG*(2*DWDZ)+2*(TYZ*DWDY+TZZ*DWDZ)-YYY*$<br />

TZZ/LLL ) with FIXFLU)<br />

(SOURCE of ATYY at ALL is ( GGG*(2*DVDY)+2*(TYY*DVDY+TYZ*DVDZ)-YYY*$<br />

TYY/LLL ) with FIXFLU)<br />

(SOURCE of ATTT at ALL is ( GGG*(2*V1/(RRR))+2*(TTT*V1/(RRR))-YYY*T$<br />

TT/LLL ) with FIXFLU)<br />

(SOURCE of ATYZ at ALL is ( GGG*(DWDY+DVDZ)+(TZZ*DVDZ+TYY*DWDY-TYZ*$<br />

V1/(RRR))-YYY*TYZ/LLL ) with FIXFLU)<br />

inform13end<br />

************************************************************<br />

Group 14. Downstream Pressure For PARAB<br />

************************************************************<br />

Group 15. Terminate Sweeps<br />

LSWEEP = 100000<br />

RESREF(P1 ) = 1.000000E-06 ;RESREF(V1 ) = 1.000000E-06<br />

RESREF(W1 ) = 1.000000E-06 ;RESREF(ATYZ) = 0.000000E+00<br />

RESREF(ATTT) = 0.000000E+00 ;RESREF(ATYY) = 0.000000E+00<br />

RESREF(ATZZ) = 0.000000E+00<br />

SELREF = F<br />

************************************************************<br />

Group 16. Terminate Iterations<br />

LITER (P1 ) = 200<br />

************************************************************<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

102


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

Group 17. Relaxation<br />

RELAX(P1 ,LINRLX, 1.000000E-02)<br />

RELAX(V1 ,FALSDT, 1.000000E-05)<br />

RELAX(W1 ,FALSDT, 1.000000E-05)<br />

RELAX(ATYZ,FALSDT, 1.000000E-04)<br />

RELAX(ATTT,FALSDT, 1.000000E-04)<br />

RELAX(ATYY,FALSDT, 1.000000E-04)<br />

RELAX(ATZZ,FALSDT, 1.000000E-04)<br />

************************************************************<br />

Group 18. Limits<br />

VARMAX(V1 ) = 1.000000E+01 ;VARMIN(V1 ) =-1.000000E+01<br />

VARMAX(W1 ) = 1.000000E+01 ;VARMIN(W1 ) =-1.000000E+01<br />

VARMAX(ATYZ) = 1.000000E+00 ;VARMIN(ATYZ) =-1.000000E+00<br />

VARMAX(ATTT) = 1.000000E+00 ;VARMIN(ATTT) =-1.000000E+00<br />

VARMAX(ATYY) = 1.000000E+00 ;VARMIN(ATYY) =-1.000000E+00<br />

VARMAX(ATZZ) = 1.000000E+00 ;VARMIN(ATZZ) =-1.000000E+00<br />

************************************************************<br />

Group 19. EARTH Calls To GROUND Station<br />

USEGRD = T ;USEGRX = T<br />

DVDY = T ;DWDY = T<br />

DVDZ = T ;DWDZ = T<br />

ASAP = T<br />

PARSOL = T<br />

ISG21 = 99999<br />

************************************************************<br />

Group 20. Preliminary Printout<br />

ECHO = T<br />

************************************************************<br />

Group 21. Print-out of Variables<br />

************************************************************<br />

Group 22. Monitor Print-Out<br />

IXMON = 1 ;IYMON = 1 ;IZMON = 13<br />

NPRMON = 100000<br />

NPRMNT = 1<br />

TSTSWP = -1<br />

************************************************************<br />

Group 23.Field Print-Out & Plot Control<br />

NPRINT = 100000<br />

ISWPRF = 1 ;ISWPRL = 100000<br />

No PATCHes used for this Group<br />

************************************************************<br />

Group 24. D<strong>um</strong>ps For Restarts<br />

GVIEW(P,-1.000000E+00,0.000000E+00,0.000000E+00)<br />

GVIEW(UP,0.000000E+00,1.000000E+00,0.000000E+00)<br />

> DOM, SIZE, 1.000000E+00, 4.000000E-03, 8.000000E-02<br />

> DOM, MONIT, 5.000000E-01, 3.333330E-05, 3.266670E-02<br />

> DOM, SCALE, 1.000000E+00, 1.000000E+00, 1.000000E+00<br />

> DOM, SNAPSIZE, 1.000000E-02<br />

> GRID, RSET_Z_1, 10, 1.000000E+00<br />

> GRID, RSET_Z_2, 15, 1.000000E+00<br />

> GRID, RSET_Z_3, 30, 1.000000E+00<br />

> GRID, RSET_Z_4, 30, 1.000000E+00<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

103


Apêndice B – Arquivo Q1<br />

> GRID, RSET_Z_5, 15, 1.000000E+00<br />

> GRID, RSET_Z_6, 10, 1.000000E+00<br />

> OBJ, NAME, CONTRACA<br />

> OBJ, POSITION, 0.000000E+00, 0.000000E+00, 4.000002E-02<br />

> OBJ, SIZE, 1.000000E+00, 1.000000E-03, 4.000001E-02<br />

> OBJ, GEOMETRY, polwire<br />

> OBJ, ROTATION24, 1<br />

> OBJ, TYPE, NULL<br />

> OBJ, NAME, REF1<br />

> OBJ, POSITION, 0.000000E+00, 0.000000E+00, 3.600000E-02<br />

> OBJ, SIZE, 1.000000E+00, 4.000000E-03, 8.000000E-03<br />

> OBJ, GEOMETRY, polwire<br />

> OBJ, ROTATION24, 1<br />

> OBJ, TYPE, NULL<br />

> OBJ, NAME, SAIDA<br />

> OBJ, POSITION, 0.000000E+00, 0.000000E+00, 8.000003E-02<br />

> OBJ, SIZE, 1.000000E+00, 4.000000E-03, 0.000000E+00<br />

> OBJ, GEOMETRY, polcubet<br />

> OBJ, ROTATION24, 1<br />

> OBJ, TYPE, OUTLET<br />

> OBJ, PRESSURE, 0.000000E+00<br />

> OBJ, TEMPERATURE, SAME<br />

> OBJ, COEFFICIENT, 1.000000E+03<br />

> OBJ, NAME, REF2<br />

> OBJ, POSITION, 0.000000E+00, 0.000000E+00, 3.200000E-02<br />

> OBJ, SIZE, 1.000000E+00, 4.000000E-03, 1.600000E-02<br />

> OBJ, GEOMETRY, polwire<br />

> OBJ, ROTATION24, 1<br />

> OBJ, TYPE, NULL<br />

STOP<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

104


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

APÊNDICE C – SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO ESCOAMENTO<br />

LAMINAR ATRAVÉS DE UMA CONTRAÇÃO<br />

BRUSCA AXISSIMÉTRICA<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

105


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

106


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

107


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

108


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

109


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

110


Apêndice C – <strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> Laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca Axissimétrica<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

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Apêndice D – Artigos Publica<strong>do</strong>s<br />

APÊNDICE D – ARTIGOS PUBLICADOS<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

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Apêndice D – Artigos Publica<strong>do</strong>s<br />

A realização <strong>de</strong>ste trabalho possibilitou a publicação <strong>de</strong> artigos científicos em<br />

congressos nacionais e internacionais. Os artigos gera<strong>do</strong>s foram elabora<strong>do</strong>s ao<br />

<strong>de</strong>correr <strong>do</strong> projeto. Os temas abordam, além da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>senvolvida, os<br />

passos intermediários que foram necessários para sua validação. Também, além da<br />

contração brusca, outras geometrias <strong>de</strong> interesse na aplicação <strong>de</strong> perfuração <strong>de</strong><br />

poços <strong>de</strong> petróleo foram estudadas, como o tubo anular concêntrico e o tubo<br />

elíptico.<br />

Na Tabela F.1 segue a relação <strong>do</strong>s artigos publica<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto, indican<strong>do</strong> o local <strong>de</strong> publicação e a respectiva<br />

referência. Na seqüência, a primeira página <strong>de</strong> cada artigo é mostrada.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

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Apêndice D – Artigos Publica<strong>do</strong>s<br />

Local <strong>de</strong><br />

Publicação<br />

ENAHPE 2006<br />

ENAHPE 2006<br />

CONEM 2006<br />

RAA 2006<br />

CMNE/CILAMCE<br />

2007<br />

IVPDPETRO<br />

2007<br />

IVPDPETRO<br />

2007<br />

IVPDPETRO<br />

2007<br />

COBEM 2007<br />

Tabela F.1 – Artigos publica<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> projeto.<br />

<strong>Simulação</strong> <strong>N<strong>um</strong>érica</strong> <strong>do</strong> <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> Flui<strong>do</strong> Viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a Contração Brusca<br />

114<br />

Referência Página<br />

CORADIN, H. T.; BRONDANI, W. M.; MATTIUSI, E. M.; FRANCO, A. T.<br />

e MORALES, R. E. M. <strong>Simulação</strong> n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoa’mento laminar<br />

através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca axissimétrica. Encontro Nacional<br />

<strong>de</strong> Hidráulica <strong>de</strong> Perfuração e Completação <strong>de</strong> Poços <strong>de</strong> Petróleo e<br />

Gás, Brasil, 2006.<br />

BRONDANI, W. M.; CORADIN, H. T.; MATTIUSI, E. M.; FRANCO, A. T.<br />

e MORALES, R. E. M. <strong>Simulação</strong> n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento laminar<br />

<strong>de</strong> flui<strong>do</strong>s não-newtonianos em <strong>um</strong> duto <strong>de</strong> seção elíptica. Encontro<br />

Nacional <strong>de</strong> Hidráulica <strong>de</strong> Perfuração e Completação <strong>de</strong> Poços <strong>de</strong><br />

Petróleo e Gás, Brasil, 2006.<br />

BRONDANI, W. M.; MATTIUSI, E. M.; CORADIN, H. T.; FRANCO, A. T.<br />

e MORALES, R. E. M. <strong>Simulação</strong> n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento laminar<br />

<strong>de</strong> flui<strong>do</strong> viscoelástico através <strong>de</strong> <strong>um</strong> anular concêntrico.<br />

Congresso Nacional <strong>de</strong> Engenharia Mecânica, Brasil, 2006.<br />

CORADIN, H. T.; MORALES, R. E. M. e FRANCO, A. T. <strong>Simulação</strong><br />

n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong> escoamento laminar através <strong>de</strong> <strong>um</strong>a contração brusca<br />

axissimétrica. Encontro <strong>de</strong> PRHs Região Sul, Brasil, 2006.<br />

BRONDANI, W. M.; CORADIN, H. T.; FRANCO, A. T. e MORALES, R.<br />

E. M. Implementação n<strong>um</strong>érica <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo viscoelástico PTT para<br />

análise <strong>do</strong> escoamento através <strong>de</strong> <strong>um</strong> tubo anular concêntrico.<br />

Congresso <strong>de</strong> Méto<strong>do</strong>s N<strong>um</strong>éricos em Engenharia, Portugal, 2007.<br />

CORADIN, H. T.; BRONDANI, W. M.; MATTIUSI, E. M.; FRANCO, A. T.;<br />

MORALES, R. E. M. e MARTINS, A. L. <strong>Simulação</strong> n<strong>um</strong>érica <strong>do</strong><br />

escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração viscoelástico através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a contração brusca. Congresso Brasileiro <strong>de</strong> P&D em Petróleo e<br />

Gás, Brasil, 2007.<br />

BRONDANI, W. M.; CORADIN, H. T.; MATTIUSI, E. M.; FRANCO, A. T.;<br />

MORALES, R. E. M. e MARTINS, A. L. Estu<strong>do</strong> n<strong>um</strong>érico <strong>do</strong><br />

escoamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> flui<strong>do</strong> <strong>de</strong> perfuração viscoelástico através <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> anular concêntrico. Congresso Brasileiro <strong>de</strong> P&D em Petróleo e<br />

Gás, Brasil, 2007.<br />

MATTIUSI, E. M.; CORADIN, H. T.; BRONDANI, W. M.; FRANCO, A. T.;<br />

MORALES, R. E. M. e MARTINS, A. L. <strong>Escoamento</strong> laminar <strong>de</strong><br />

flui<strong>do</strong>s não-newtonianos em tubos <strong>de</strong> seção transversal elíptica.<br />

Congresso Brasileiro <strong>de</strong> P&D em Petróleo e Gás, Brasil, 2007.<br />

BRONDANI, W. M.; CORADIN, H. T.; FRANCO, A. T.; MORALES, R. E.<br />

M. and MARTINS, A. L. N<strong>um</strong>erical study of a PTT viscoelastic fluid<br />

flow through a concentric annular. International Congresso f<br />

Mechanical Engineering, Brazil, 2007.<br />

133<br />

134<br />

135<br />

136<br />

137<br />

138<br />

139<br />

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