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VERTEDORES - Introdução

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<strong>VERTEDORES</strong> - <strong>Introdução</strong><br />

Definição:<br />

– Estrutura formada pela abertura de um orifício<br />

na parede de um reservatório, na qual a borda<br />

superior atinge a superfície livre do líquido.<br />

– Haverá escoamento através da estrutura<br />

formada.<br />

– Hidraulicamente os vertedores podem ser<br />

considerados como orifícios incompletos: sem<br />

a borda superior.<br />

– O escoamento é semelhante ao dos orifícios<br />

de grandes dimensões.


Vertedores – Visão espacial<br />

Esquema de um vertedor retangular com lâmina livre


Vertedores - Cortes<br />

Terminologia para o escoamento através dos vertedores<br />

Corte transversal Corte Longitudinal


Classificação dos Vertedores 1<br />

Quanto à forma:<br />

• Simples: retangular, triangular, trapezoidal, circular,<br />

exponencial;<br />

• Compostos: mais de uma forma simples combinadas;<br />

Quanto à altura relativa da soleira:<br />

• Livres ou completos: (p > p’);<br />

• Afogados ou incompletos: (p < p’);<br />

Quanto à espessura da parede:<br />

• parede delgada ou soleira fina: e ≤ 2H/3 contato segundo<br />

uma linha entre a lâmina e a soleira;<br />

• parede espessa ou soleira espessa: e > 2H/3;<br />

Quanto à largura relativa da soleira:<br />

• sem contrações laterais: L = B;<br />

• com uma ou duas contrações laterais: L < B.


Classificação dos Vertedores 2<br />

Quanto à forma da Lâmina:<br />

• Lâmina Livre: com aeração na face inferior de<br />

forma que a pressão seja igual à pressão<br />

atmosférica;<br />

• Lâmina alterada: aderente ou contraída


Classificação dos Vertedores 3<br />

Quanto ao perfil da soleira:<br />

Crista viva<br />

Arredondada<br />

Quanto à posição do vertedor (em relação à corrente)<br />

Normal<br />

Lateral<br />

Quanto ao perfil do fundo:<br />

Em nível<br />

Em degrau<br />

Quanto às normalizações:<br />

Vertedor padrão<br />

Vertedor particular


Posição dos Vertedores<br />

Vertedores: a) sem contrações; b) uma contração lateral; c) duas contrações


Principais Usos dos Vertedores:<br />

• Medição de vazão<br />

• Extravasores de Barragens<br />

• Tomada d´água em canais<br />

• Elevação de nível nos canais<br />

• Decantadores e ETA<br />

• Escoamentos em galerias<br />

• ETE


Vertedor Retangular de Parede Delgada 1<br />

e ≤≤≤≤ 2H/3 Sem contrações laterais Descarga livre<br />

Os filetes inferiores se elevam para atravessar a crista do vertedor. A<br />

superfície livre da água e os filetes próximos são rebaixados, ocorrendo o<br />

estreitamento da veia fluida.<br />

2<br />

3 3<br />

Caso de orifício de grandes dimensões: ⎜<br />

⎛ 2 2<br />

Q = C<br />

− ⎟<br />

⎞<br />

d<br />

L 2g<br />

h1<br />

h2<br />

3 ⎝ ⎠


Vertedor Retangular de Parede Delgada 1<br />

Fazendo h 1 = H e h 2 = 0:<br />

Eq. Fundamental dos vertedores ou fórmula de Du Buat<br />

C d = coeficiente de descarga do vertedor<br />

2<br />

Se K = Cd<br />

2g<br />

<br />

3<br />

Para Cd = 0,623 K = 1,838<br />

2<br />

C<br />

3<br />

Q = d<br />

2g<br />

H<br />

K = constante do vertedor<br />

Logo: 2 Equação de Francis<br />

L<br />

Q =<br />

1, 838LH<br />

3<br />

3<br />

2<br />

Q =<br />

KLH<br />

3<br />

2


Considerando a Velocidade de Aproximação<br />

Quando a velocidade de aproximação, V, não for desprezível, a equação<br />

completa que expressa a vazão será:<br />

⎡<br />

2<br />

3/<br />

2<br />

2<br />

2 ⎛ V ⎞ ⎛ V ⎞<br />

Q = C ⎢<br />

⎜ + ⎟ − ⎜<br />

⎟<br />

d L 2g<br />

H α<br />

α<br />

3 ⎢⎣<br />

⎝ 2g<br />

⎠ ⎝ 2g<br />

⎠<br />

• Fórmula de Weissbach para escoamento através de vertedor retangular.<br />

• Alfa é o coeficiente de Coriolis e varia entre 1,0 e 1,66.<br />

• A correção de velocidade de aproximação deve ser feita<br />

sempre que a área do canal for inferior a 6.H.L.<br />

3/<br />

2<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥⎦


Considerando a Velocidade de Aproximação:<br />

maneira prática<br />

Uma outra maneira de considerar a velocidade de aproximação é escrever:<br />

2<br />

Q = Cd<br />

L<br />

3<br />

Com a velocidade média dada por:<br />

2g<br />

H<br />

2 ⎛ 3 V ⎞<br />

⎜<br />

⎜1+<br />

α ⎟<br />

⎝ 2 2gH<br />

⎠<br />

Após algumas simplificações a equação acima pode ser escrita como<br />

=<br />

2<br />

C<br />

3<br />

Q d<br />

L<br />

2g<br />

H<br />

A equação acima é aplicável para vertedor retangular sem contrações,<br />

considerando a correção da velocidade de aproximação.<br />

V<br />

3 / 2<br />

=<br />

3 / 2<br />

B<br />

⎛<br />

⎜1+<br />

C<br />

⎜<br />

⎝<br />

Q<br />

( H + p)<br />

1<br />

⎛ H<br />

⎜<br />

⎝ H +<br />

2<br />

⎞<br />

⎟<br />

p ⎠<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎟<br />


Influência da Forma da Veia Fluida 1<br />

• Quando o ar não entra, naturalmente, no espaço abaixo da<br />

lâmina vertente, pode ocorrer uma pressão menor que a<br />

pressão atmosférica, produzindo uma depressão da veia<br />

líquida. Esse fenômeno altera a determinação da vazão pelas<br />

fórmulas clássicas.<br />

• O fenômeno é comum nos vertedores sem contração e pode<br />

ocorrer ocasionalmente nos vertedores com contração lateral.<br />

• Nessas condições a lâmina deixa de ser livre, para adotar as<br />

formas de lâmina deprimida, lâmina aderente ou lâmina<br />

afogada.<br />

• Quando se utiliza um vertedor para medição de vazão, deve-se<br />

evitar a ocorrência do fenômeno acima descrito.


Influência da forma da Veia Fluida 2<br />

• As diferentes formas da veia fluida que pode ocorrer nos vertedores:<br />

Lâmina livre:<br />

• A pressão sob a lâmina é igual à<br />

pressão atmosférica.<br />

• Situação ideal para uso do vertedor<br />

como medidor de vazão<br />

Lâmina deprimida:<br />

• O ar é arrastado pela água,<br />

provocando o aparecimento de<br />

uma pressão negativa sob a<br />

lâmina, o que modifica a forma da<br />

mesma.


Influência da forma da Veia Fluida 3<br />

• Lâminas aderente e afogada<br />

Lâmina aderente:<br />

• O ar é totalmente arrastado pela<br />

água, provocando a aderência da<br />

lâmina na parede do vertedor.<br />

Ocorre muito em vazões pequenas.<br />

Lâmina afogada:<br />

• O nível da água a jusante é<br />

superior à altura da soleira.<br />

• p > p´


Coeficiente de Descarga 1<br />

Recursos da Análise Dimensional confirmam que o<br />

coeficiente de descarga depende:<br />

• do Número de Weber (influência da tensão<br />

superficial - lâminas pequenas),<br />

• do Número de Reynolds (influência da<br />

viscosidade do fluido) e,<br />

• principalmente, da relação H/p.<br />

Exemplo:<br />

H/p = 2,0 => C d = 0,75; H/p = 0,10 => C d = 0,62


Influência da Contração Lateral:<br />

Coeficiente de Descarga 2<br />

Quando há contração lateral, o seu efeito se manifesta na diminuição da largura útil<br />

da soleira causando uma super-estimativa da vazão pelas fórmulas anteriores.<br />

Nesse caso, corrige-se a largura do vertedor.<br />

A largura corrigida L’ será dada por: L’ = L – n.C’.H<br />

L = largura real do vertedor n = número de contrações C’ = fator de contração<br />

Usualmente: C’ = 0,10 para soleira e faces com canto vivo<br />

C’ = 0 para o caso de soleira e faces com bordas arredondadas.<br />

H = carga sobre o vertedor<br />

Obs: 1) Se L > 10H desprezar o efeito da contração lateral<br />

2) O efeito da contração no plano vertical é considerado no coeficiente de descarga<br />

Dessa forma:<br />

Q = 1,838. (L - 0,1.n.H). H 3/2<br />

n= 1 para uma contração lateral ou n = 2 para duas contrações laterais<br />

OBS: Bons resultados práticos se H < 0,5p e H < 0,5L


Vertedor Triangular:<br />

Utilizado para medição de pequenas vazões ( Q < 30 l/s)<br />

Maior precisão na medida da carga, H.<br />

São construídos em chapa de aço.<br />

Admitindo-se uma faixa horizontal de<br />

altura elementar dz e comprimento x,<br />

como um orifício pequeno, a vazão será<br />

dQ = Cd.V t.dA.<br />

Q<br />

dQ = Cd<br />

2gz.<br />

x.<br />

dz<br />

Para toda a área triangular:<br />

=<br />

∫<br />

0<br />

H<br />

dQ =<br />

4<br />

= C<br />

15<br />

4<br />

= C<br />

15<br />

Q d<br />

Q d<br />

∫<br />

0<br />

H<br />

C<br />

d<br />

2g<br />

bH<br />

2g<br />

⎛<br />

2gz<br />

b⎜1−<br />

⎝<br />

3<br />

2<br />

2H<br />

tg<br />

3<br />

2 ( θ ) H<br />

2<br />

Vertedor Triangular<br />

z<br />

H<br />

⎞<br />

⎟. dz<br />

⎠<br />

b = 2.H.tg(θθθθ /2)<br />

b/x = H / (H – x) x = b ( 1 – z/H)


Vertedor Triangular - Equação<br />

8<br />

= C<br />

15<br />

Q d<br />

2g<br />

Na realidade Cd varia com θ.<br />

Na prática usa-se um triângulo isósceles com a bissetriz na vertical<br />

Thomson propôs um vertedor com θ = 90º e um C d tal que:<br />

Q = 1,4 H 5/2<br />

Nesse caso: 0,05 < H < 0,38 m, p > 3 H e B > 6 H; Q em m 3 /s e H em m.<br />

O USBR (1967) propôs um vertedor com θ = 90º e um C d tal que:<br />

Q = 1,3424. H 2,48<br />

( ) 5<br />

θ 2 H<br />

Nesse caso deve-se observar recomendações para p e para a largura b em<br />

função da largura do canal onde o vertedor será instalado.<br />

O valor de θ não pode ser muito pequeno pois há a influência da tensão<br />

superficial, capilaridade e viscosidade. Em geral adota-se θ > 25º.<br />

tg<br />

2


Tem a forma de um trapézio de largura menor L e altura H.<br />

É considerado como sendo formado por um vertedor retangular e dois triangulares.<br />

O trapézio é usado para compensar o decréscimo de vazão que se observa devido às<br />

contrações.<br />

Q = Q 2 + 2.Q 1<br />

Para esse tipo de vertedor pode-se<br />

considerar a influência da velocidade de<br />

aproximação somando-se a parcela<br />

[α.V 2 /(2g)] 3/2 ao valor de H.<br />

Tal correção deverá ser feita sempre que a<br />

área da seção transversal do canal for<br />

inferior a 6.L.H<br />

Vertedor Cipolleti:<br />

É um tipo especial de vertedor<br />

trapezoidal com as faces inclinadas<br />

de 1:4 (h:v) e com tg(θ/2) = 1/4.<br />

Nesse caso:<br />

Vertedor Trapezoidal<br />

2<br />

3<br />

4<br />

15<br />

3/<br />

2<br />

Q = Cd<br />

L 2g<br />

H + 2.<br />

Cd<br />

2g<br />

tg<br />

2 ⎛ 2H<br />

⎞<br />

Q = Cd<br />

L⎜1−<br />

⎟<br />

3 ⎝ 10 ⎠<br />

( θ 5/<br />

2 ) H<br />

2<br />

2g<br />

H<br />

3 / 2


Vertedor Cipolleti<br />

Cipolleti propôs Cd = 0,63<br />

0,08 < H < 0,60 m<br />

H < L/3<br />

p > 3.H e a >2 H<br />

Largura do canal (B) > 7.H<br />

Q = 1, 861LH<br />

3/<br />

2


Vertedor Circular<br />

•Usado para pequenas vazões<br />

•Fácil construção e instalação<br />

•Não requer nivelamento da soleira<br />

•Lâmina vertente sempre aerada<br />

•Mais eficiente para pequenos<br />

valores de H<br />

•Pouco empregado<br />

Q =<br />

0,<br />

693<br />

1, 518D<br />

H<br />

Obs: Q em m 3 /s e D e H em m.<br />

Vertedor Circular<br />

1,<br />

807


Vertedor Tubular Vertical de Descarga Livre<br />

Formado por tubo de eixo vertical<br />

Soleira é curva<br />

Escoamento se dá em lâmina livre<br />

H < De / 5<br />

L = ππππ De<br />

Usualmente emprega-se n = 1,42<br />

De (m) K<br />

0,175 1,435<br />

0,250 1,440<br />

0,350 1,455<br />

0,500 1,465<br />

Q =<br />

K<br />

L<br />

H<br />

n


Cuidados no uso de vertedores para medida da vazão<br />

Segundo E. Trindade Neves<br />

• Usar vertedores retangulares, de preferência sem<br />

contração lateral e com:<br />

– Crista delgada, horizontal e normal à direção dos filetes<br />

líquidos (cristas e montantes deves ser lisos e agudos.<br />

– Distância da crista ao fundo e aos lados do canal deve ser<br />

superior a 2.H e, no mínimo, 20 ou 30 cm.<br />

– Paredes do vertedor devem ser lisas e verticais.<br />

– Lâmina livre e tocando a crista segundo uma linha apenas.<br />

– Evitar gotejamento da lâmina: H > 5 cm.<br />

– H inferior a 60 cm e medida a montante a, no mínimo, 5.H<br />

da soleira (o ideal é entre 1,8m e 5,0m).<br />

– Deve haver, a montante, um trecho retilíneo de canal capaz<br />

de regularizar o escoamento da água.<br />

– O nível da água a jusante não deve estar próximo da crista.


Avaliação de Erro nos Vertedores<br />

• Nas medidas das grandezas envolvidas na<br />

determinação da vazão, podem ocorrer erros que<br />

levam a incerteza nessa medida.<br />

Q =<br />

K<br />

dQ<br />

Q<br />

L<br />

H<br />

= 1,<br />

5<br />

3/<br />

2<br />

dH<br />

H<br />

1/<br />

2<br />

dQ 3<br />

1/<br />

2 dQ<br />

= K L H = 2<br />

3/<br />

2<br />

dH<br />

• dQ/Q erro relativo na medida da vazão<br />

• dH/H erro relativo na medida da carga<br />

2<br />

Q<br />

3<br />

K<br />

L<br />

H<br />

KLH<br />

• Um erro de 1% na medida da carga causa um erro de 1,5% na<br />

medida da vazão, não considerando o erro na medida da largura<br />

da soleira.<br />

dH


Vertedor Retangular, de parede espessa 1<br />

• Soleira deve deve ter espessura<br />

suficiente para que ocorra<br />

paralelismo dos filetes de fluido.<br />

• e > H/2<br />

• Caso H/2 < e < 2H/3 veia<br />

instável, podendo ou não aderir à<br />

crista.<br />

• Caso e < H/2 utilizar equações<br />

para vertedor de parede delgada.<br />

• Caso e > 2H/3 Usar fórmula de<br />

Basin:<br />

Onde e<br />

Sendo:<br />

Q = m´<br />

L 2g<br />

H<br />

m ´ = x.<br />

m<br />

⎛<br />

m<br />

= ⎜0,<br />

405 +<br />

⎝<br />

3/<br />

2<br />

x = 0 , 70 + 0,<br />

185<br />

0,<br />

003 ⎞⎡<br />

⎛ H<br />

⎟⎢1<br />

+ 0,<br />

55⎜<br />

H ⎠⎢⎣<br />

⎝ H +<br />

p<br />

2<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥⎦<br />

H<br />

e


Vertedor Retangular, de Parede Espessa 2<br />

• Caso e > 3H: superfície da água sofre um rebaixamento no início da<br />

soleira e depois fica paralela à soleira.<br />

• Vazão teórica, caso o fluido fosse ideal:<br />

• ou<br />

• Em função de H 1 :<br />

Segundo Lesbros, a vazão real<br />

será:<br />

Q = 0, 385 L 2g<br />

H<br />

Q =<br />

3, 133 L H<br />

3/<br />

2<br />

1<br />

3/<br />

2<br />

Q = 0, 35 L 2g<br />

H<br />

Q =<br />

1, 550 L H<br />

3/<br />

2<br />

3/<br />

2<br />

Q = 1, 705 L H<br />

3/<br />

2


Extravasor de Barragem<br />

• Em muitas barragens o extravasor da barragem (overflow spillway) possui<br />

uma soleira com perfil curvo, calculada para uma dada vazão denominada de<br />

vazão de projeto.<br />

• Vários tipos de perfis da soleira podem ser utilizados. Os mais importantes<br />

são:<br />

• Perfil Creager.<br />

Dada tabela com as coordenadas (x,y) do<br />

perfil (soleira normal) relativas a H =<br />

1,0m. Para H diferente de 1,0m, as<br />

coordenadas do correspondente perfil<br />

são multiplicadas pelo valor de H.


Extravasor de Barragem: WES<br />

Perfil WES (USA)<br />

• O perfil do vertedor WES (Waterways Experiment Station) com paramento de<br />

montante vertical pode ser traçado a partir da equação:<br />

y =<br />

x<br />

0, 5<br />

H<br />

1,<br />

85<br />

0,<br />

85<br />

A vazão pode ser avaliada<br />

pela equação:<br />

Q = K.L.H 3/2<br />

Um valor usual para K é 2,2.<br />

Na verdade, o coeficiente K não é constante. Ele cresce com H.<br />

Cálculos mais precisos devem levar em conta esta variação, estando a matéria<br />

tratada com detalhes na bibliografia especializada.


Vertedor Retangular: Fórmulas Práticas 1<br />

Para vertedores com lâmina aerada e sem contração<br />

Fórmula de Francis (1905):<br />

• Muito utilizada nos EUA e na Inglaterra.<br />

• Para V desprezível:<br />

• Para V não desprezível:<br />

• Limitada a:<br />

– 0,25 < H < 0,80 m; p > 0,30 m e H < p<br />

Fórmula de Poncelet e Lesbros:<br />

Q = 1, 838LH<br />

3/<br />

2<br />

2<br />

⎡ ⎛ H ⎞ ⎤<br />

Q = 1, 838⎢1<br />

+ 0,<br />

26⎜<br />

⎟ ⎥LH<br />

⎢ H p<br />

⎣ ⎝ + ⎠ ⎥⎦<br />

Q = 1, 77LH<br />

Fórmula da SSEA (Soc. Suíça de Engenheiros e Arquitetos:<br />

• Válida para:<br />

– p ≥ 0,30 m<br />

– 0,10 m ≤ H ≤ 0,80 m<br />

– p > H<br />

2<br />

⎛ 1,<br />

816 ⎞⎡<br />

⎛ H ⎞ ⎤<br />

Q =<br />

⎜1,<br />

816 +<br />

⎟⎢1<br />

+ 0,<br />

5⎜<br />

⎟ ⎥LH<br />

⎝ 1,<br />

6 + 1000H<br />

⎠⎢<br />

H p<br />

⎣ ⎝ + ⎠ ⎥⎦<br />

3/<br />

2<br />

3/<br />

2<br />

3/<br />

2


Vertedor Retangular: Fórmulas Práticas 2<br />

Fórmula de Basin (1889):<br />

• Muito utilizada no mundo todo.<br />

• Válida para:<br />

–<br />

–<br />

0,5 < L < 2,0 m<br />

0,08 < H < 0,50 m m =<br />

– 0,2 < p < 2,0 m<br />

• Obs: 1) caso V seja desprezível: H/(H+p) = 0.<br />

• 2) Se 0,10 < H < 0,30 m:<br />

3/<br />

2<br />

Q = KLH<br />

3/<br />

2<br />

2 ⎡<br />

⎛ 0,<br />

0011+<br />

H ⎞⎤⎛<br />

0,<br />

0011⎞<br />

K = ⎢0,<br />

6035 + 0,<br />

0813⎜<br />

⎟⎥⎜1+<br />

⎟ 2g<br />

3 ⎣<br />

⎝ p ⎠⎦⎝<br />

H ⎠<br />

Fórmula de Rehbock (1929):<br />

Com:<br />

Sendo a precisão de 0,5% se:<br />

p > 0,30 m<br />

0,03 m < H < 0,75 m<br />

H < p e L > 0,30 m<br />

⎛<br />

⎜0,<br />

405<br />

⎝<br />

Q =<br />

m<br />

+<br />

3/<br />

2<br />

2g LH<br />

0,<br />

003⎞⎡<br />

⎛ H<br />

⎟⎢1<br />

+ 0,<br />

55⎜<br />

H ⎠⎢⎣<br />

⎝ H +<br />

p<br />

2<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

2<br />

⎡<br />

⎛ H ⎞ ⎤<br />

m = ⎢0,<br />

425 + 0,<br />

212⎜<br />

⎟ ⎥<br />

⎢⎣<br />

⎝ H + p ⎠ ⎥⎦<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥⎦


Vertedor Retangular: Fórmulas Práticas 3<br />

Fórmula de Frese:<br />

• Validade:<br />

– 0,1 < H < 0,6 m<br />

– L > H<br />

Fórmula da SBM:<br />

• Validade:<br />

– L ≥ 0.5 m<br />

– 0,1 < H < 0,8 m<br />

– H < p<br />

– p > 0,30 m<br />

Q =<br />

2<br />

⎛ 1,<br />

4 ⎞⎡<br />

⎛ H ⎞ ⎤<br />

K = ⎜0,<br />

410 + ⎟⎢1<br />

+ 0,<br />

55⎜<br />

⎟ ⎥ 2g<br />

⎝ 1000H<br />

⎠⎢<br />

H p<br />

⎣ ⎝ + ⎠ ⎥⎦<br />

Q =<br />

3/<br />

2<br />

KLH<br />

3/<br />

2<br />

KLH<br />

Fórmula de HÉGLY com Contração Lateral:<br />

• Válida para:<br />

– 0,05 m ≤ H ≤ 0,60 m<br />

2<br />

⎛ 1,<br />

8 ⎞⎡<br />

⎛ H ⎞ ⎤<br />

K = 0,<br />

4106⎜1+<br />

⎟⎢1<br />

+ 0,<br />

55⎜<br />

⎟ ⎥ 2g<br />

⎝ 1000H<br />

⎠⎢<br />

H p<br />

⎣ ⎝ + ⎠ ⎥⎦<br />

Q =<br />

KLH<br />

3/<br />

2<br />

2<br />

2<br />

⎡ 2,<br />

7 ⎛ L ⎞⎤⎡<br />

⎛ L ⎞ ⎛ H ⎞ ⎤<br />

K = ⎢0,<br />

405 + − 0,<br />

03⎜1−<br />

⎟ ⎢1<br />

0,<br />

55⎜<br />

⎟ ⎜ ⎟ ⎥ 2g<br />

1000H<br />

B<br />

⎥ +<br />

⎣<br />

⎝ ⎠⎦⎢<br />

B H p<br />

⎣ ⎝ ⎠ ⎝ + ⎠ ⎥⎦


FINAL<br />

• Mais detalhes na bibliografia especializada


Exercícios de Aplicação 01<br />

• O gráfico abaixo mostra a curva de esvaziamento de um reservatório cilíndrico, de área<br />

A, através de um orifício de pequenas dimensões, de 5,6 mm de diâmetro e área Ao.<br />

Sabendo que o diâmetro do reservatório é 194 mm e dada a equação do modelo que<br />

prevê o esvaziamento deste reservatório, determine o coeficiente de descarga do orifício<br />

e a altura inicial da água sobre o centro do mesmo. Nesta equação t é o tempo para que a<br />

carga sobre o orifício, dentro do reservatório, passe do valor h0 para h. Unidades no SI.<br />

t =<br />

C<br />

2A<br />

(<br />

A 2g<br />

h0<br />

− h )<br />

Carga sobre o Orifício (m)<br />

0,700<br />

0,600<br />

0,500<br />

0,400<br />

0,300<br />

0,200<br />

0,100<br />

0,000<br />

Esvaziamento de Reservatório<br />

h = 1,2962E-06t 2 - 1,7680E-03t + 5,9128E-01<br />

R 2 = 9,9994E-01<br />

0 100 200 300 400 500 600<br />

Tempo de Esvaziamento (s)<br />

d<br />

o<br />

Seqüência1<br />

Ajuste


Exercícios de Aplicação 02<br />

• Calcular a vazão através de um vertedor retangular de<br />

parede delgada, de largura igual a 50 cm, altura da soleira<br />

igual a 1,00 m, instalado no parte central de um canal com<br />

largura de 1,20m, quando a carga for 35 cm e o coeficiente<br />

de descarga 0,63. Avaliar a influência da velocidade de<br />

aproximação.


Exercício de aplicação 03<br />

• Os escoamentos nos dois reservatórios R1 e R2 da figura estão em<br />

equilíbrio, quando a vazão de entrada é Q o = 65 l/s. R1 descarrega uma<br />

vazão para a atmosfera através de um orifício circular (d = 10 cm e C d =<br />

0,60) instalado no seu fundo. Em R2 está instalado um vertedor<br />

triangular de parede fina, com ângulo de abertura 90º (vertedor<br />

Thomson).<br />

Determinar a vazão<br />

descarregada pelo<br />

orifício instalado no<br />

fundo de R1 e a vazão<br />

descarregada pelo<br />

vertedor de R2.


Exercícios de Aplicação 04<br />

• Um reservatório de grandes dimensões possui um orifício próximo ao fundo, de 10cm<br />

de diâmetro e coeficiente de descarga 0,63. Este orifício está vertendo água para dentro<br />

de um reservatório onde está instalado um vertedor tubular com 250mm de diâmetro da<br />

parede externa, estando a borda do tubo a 60cm do fundo do reservatório, como indicado<br />

na figura. A carga sobre o orifício é de 5,00m. Dimensionar a borda do reservatório<br />

onde está instalado o tubo de 250mm de diâmetro, y, lembrando-se de que deve haver<br />

uma folga de 10%. Lembre-se, ainda que a vazão em um vertedor tubular é dada por Q =<br />

K.L.H 1,42 , com K dado na tabela seguinte:<br />

De (m) K<br />

0,175 1,435<br />

0,250 1,440<br />

0,350 1,455<br />

0,500 1,465


Exercícios de Aplicação 05<br />

• Um reservatório retangular<br />

tem um orifício circular de 10<br />

cm de diâmetro na sua parede,<br />

conforme figura. O Cd para o<br />

orifício foi estimado em 0,65.<br />

Na parte superior do<br />

reservatório existe um<br />

vertedor retangular de parede<br />

delgada, sem contrações, com<br />

largura de soleira 50 cm e Cd<br />

= 0,68. Qual a vazão no<br />

vertedor quando a vazão no<br />

orifício for 30,2 l/s?


Exercícios de Aplicação 06<br />

• Um vertedor retangular de soleira fina, de 1,10 m de<br />

largura está instalado em um canal de 2,00 m de largura,<br />

em uma de suas laterais, com a soleira a 1,50 m do fundo<br />

do canal. Quando a carga for de 35 cm, calcule o desvio<br />

percentual entre a vazão calculada com a fórmula de<br />

Francis e com a fórmula da SBM.

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