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| RAC. CRÍTICO | ESPECIALIZAÇÃO | 03/06/2007 |
9 Existem muitas razões para educar, mas do ponto de vista biológico a educação faz parte da
estratégia de sobrevivência da espécie humana.
O argumento se relaciona ao tipo de informação de que cada espécie necessita para
sobreviver. Nesse quesito podemos dividir os seres vivos em três grandes grupos.
O primeiro contém as formas mais simples de vida. Uma bactéria é um exemplo. Nesses
seres vivos toda a informação necessária para a sobrevivência está codificada no DNA.
O segundo grupo é bem representado nos vertebrados. O cachorro é um exemplo. Esses
seres vivos também nascem com grande parte de informações de que necessitam em seu
DNA. A diferença é que nesse DNA está programada a formação de um cérebro sofisticado,
um órgão capaz de captar e estocar informação.
No terceiro grupo o exemplo é o homem. Esse animal também nasce com a informação
presente em seu DNA e um cérebro capaz de captar informações. A grande diferença é que
somos capazes de estocá-la e transmiti-la a outros membros de nossa espécie. É o que
chamamos de cultura, aquilo que está nas bibliotecas, na internet, nos CDs e no cinema. Ao
contrário dos cachorros, cada ser humano não tem de readquirir toda a informação através
da experiência direta, pode recorrer ao enorme depósito de informação que nossa espécie
acumulou.
Adaptado de Fernando Reinach, biólogo, O Estado de S. Paulo, 15-02-2007
A Ao contrário das demais espécies, o homem não tem de readquirir toda a informação
mediante experiência direta, pois pode recorrer à informação acumulada durante
milênios pelos ancestrais.
B O homem consegue sobreviver sobretudo graças às suas manifestações culturais, isto é,
à internet, ao cinema, aos CDs e às demais artes.
C O cachorro é o melhor amigo do homem, porque seu cérebro é tão sofisticado quanto o
do homem, existindo a possibilidade de elaborada comunicação entre esses dois seres.
D Os seres vivos de qualquer espécie devem sua sobrevivência à educação, prioridade
número um de todos eles.
E As bactérias estão mais bem adaptadas do que o homem para sobreviver a um desastre
ecológico planetário, pois seu DNA as educou para essa eventualidade.
10 Segundo um conhecido economista, a notícia sobre “queda da produtividade” do Brasil
deve ser lida com cuidado. Afinal, a produtividade é medida pela divisão entre produção e
mão-de-obra.
“Se é verdade que a produção da indústria em 2001-2005 ainda não disparou, o emprego
industrial parou de cair. Como o índice depende de numerador e denominador, ele caiu”,
explica o economista.
O crescimento da produtividade nos períodos 1994-1997 e 1998-2001, por outro lado, se
explica em boa parte pela queda de 14,8% do emprego no primeiro triênio e 15% no
segundo, visto que o aumento de produção se mostrou fraco.
Agora, entre 2002-2005, a queda do emprego, que havia iniciado no começo dos anos 90,
virou pequeno aumento.
A A produtividade é uma faca de dois gumes, inventada pelo capitalismo. É uma tese que
constitui séria ameaça para a economia e para o produtor.
B Se um operário for substituído por um robô ou por um andróide, a produtividade, que é
a produção per capita, não será alterada.
C No período 2002-2005, o emprego industrial parou de cair e até aumentou um pouco. O
fraco aumento da produção não compensou o aumento do emprego, de forma que a
produtividade caiu.
D Se todos os brasileiros perdessem o emprego, independentemente do que ocorresse
com a produção, a produtividade aumentaria.
E Se uma empresa terceirizasse, isto é, confiasse a terceiros, todas as suas atividades
produtivas, sua produtividade, seu faturamento e seu lucro aumentariam.
PG 5