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LIBERDADE E RESPONSABILIDADE<br />

João Valentim<br />

responsavelnacional@gmail.com<br />

O nosso VALENTIM<br />

Vamos reflectir? Vamos a isso então.<br />

Parece-me que andamos todos um bocado convencidos que quanto mais escolhas tivermos, mais liberda<strong>de</strong> temos, e logo<br />

po<strong>de</strong>mos acabar mais felizes.<br />

Se tivermos 3 programas diferentes para uma noite, temos mais escolha, o que é melhor. Mas o facto <strong>de</strong> ter tanta escolha<br />

para uma só noite faz com que fiquemos menos satisfeitos com aquele programa que <strong>de</strong>cidirmos fazer, por varias razões:<br />

1. Não gozamos tão bem o que escolhemos porque estamos a pensar sempre se “terei tomado a melhor <strong>de</strong>cisão?!”. Temos<br />

medo <strong>de</strong> nos arrepen<strong>de</strong>r da escolha que fizémos, e sofremos ainda por antecipação.<br />

2. Ao haver 3 escolhas a expectativa do bom que será aumenta muito. As expectativas crescem estupidamente. Se tenho<br />

3 programas, o que eu vou, é bom que seja mesmo fantástico.<br />

3. Não gozamos tanto o que temos, porque estão a acontecer duas coisas ao mesmo tempo, que me tiram o gozo <strong>de</strong><br />

apreciar o que está a passar. Afinal estou a per<strong>de</strong>r dois programas possivelmente óptimos, estando neste.<br />

4. Culpa. Se eu escolho um programa e não me sinto satisfeito, a culpa é só <strong>de</strong> uma pessoa. Eu, porque escolhi o errado.<br />

Ora bem, mas isto não é apenas para 3 programas numa noite. Esta questão da escolha está quando vamos comprar<br />

umas calças novas e temos uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s, quando queremos <strong>de</strong>cidir que programa fazer com um amigo,<br />

quando pensamos no curso a seguir, quando escolhemos o que jantar... Quem ainda não pensou : “ eh pa este jantar<br />

está a ser giro, mas se eu tivesse ido à outra festa, talvez me tivesse a divertir ainda mais!”<br />

Vivemos num mundo que nos insiste que liberda<strong>de</strong> é ter uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolhas. Mais telemóveis, mais disciplinas, mais<br />

roupas, mais canais <strong>de</strong> TV. Já lá vai o tempo em que havia um só tipo <strong>de</strong> papa cerelac, e esse era genial! (sim, não disfarces,<br />

toda a gente gosta <strong>de</strong> cerelac)<br />

Mais escolha = mais liberda<strong>de</strong> = mais felicida<strong>de</strong>, é como pensamos, mas parece-me falso.<br />

A verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong> não vem <strong>de</strong> termos mais escolha, mas antes <strong>de</strong> viver inteiros,e fazendo o Bem, com o que nos é<br />

dado. A partir do segundo em que <strong>de</strong>cidimos uma coisa, só existe essa, e nessa mesmo resi<strong>de</strong> todo o potencial para ficar<br />

feliz com isso.As expectativas matam-nos. As expectativas que criamos <strong>de</strong> como as coisas <strong>de</strong>viam acontecer, como <strong>de</strong>viam<br />

ser, roubam-nos tantas vezes a felicida<strong>de</strong>.“ Se não fores feliz aqui e agora, nunca o serás”.<br />

A liberda<strong>de</strong> vem antes <strong>de</strong> perceber que o que nos <strong>de</strong>fine não é o que nos acontece , mas como lidamos com o que nos<br />

acontece. A liberda<strong>de</strong> é uma atitu<strong>de</strong> permanente.<br />

E a liberda<strong>de</strong>, só é verda<strong>de</strong>iramente exercida quando está preenchida por algo maior, chamado Responsabilida<strong>de</strong>. Devemos<br />

saber respon<strong>de</strong>r pelas nossas opções, pela nossa vida, assumir totalmente a responsabilida<strong>de</strong> pelos dons que nos<br />

foram confiados.<br />

Só é realmente feliz, quem se assume totalmente responsável pela sua vida.<br />

No fundo, penso que a verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong> não vem <strong>de</strong> termos mais escolha ( tantas vezes na vida não temos possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> escolher !), mas vem <strong>de</strong> uma só pessoa, Jesus, que nos abre sempre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver livres, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do que aconteça. É Ele que nos garante isso.<br />

Confusos? Eu também.<br />

Mas o que me conforta, são amigos como São Paulo que dizem: “ Cristo libertou-nos, para a verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong>. Por isso<br />

permanecei firmes”.<br />

É isto que tenho rezado neste mês e era isto que quero escrever, neste sítio chamado Partilha.<br />

Um abraço livre e responsável,<br />

João<br />

Novembro 2010 . Partilha EJNS 3

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