18.04.2013 Views

Prefeitura Municipal de Patrocínio Paulista

Prefeitura Municipal de Patrocínio Paulista

Prefeitura Municipal de Patrocínio Paulista

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos <strong>de</strong> história<br />

Em 10 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1532, Martim<br />

Afonso <strong>de</strong> Sousa, iniciou a concessão das sesmarias<br />

na capitania <strong>de</strong> São Vicente, com a primeira<br />

sesmaria cedida à Pero <strong>de</strong> Góes. Assim,<br />

colonizadores foram se estabelecendo nos vales<br />

dos rios, expulsando ou escravizando os índios<br />

que anteriormente habitavam esses territórios.<br />

Segundo alguns pesquisadores, como a<br />

historiadora Palmira Luiza Novato Faleiros,<br />

o local on<strong>de</strong> atualmente está situada a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Patrocínio</strong> <strong>Paulista</strong> foi, primitivamente,<br />

ocupado pelos índios Caiapós, que viviam da<br />

caça, pesca, coleta e roças rudimentares, vagando<br />

pela vasta região compreendida entre<br />

o nor<strong>de</strong>ste <strong>Paulista</strong>, o triângulo mineiro e a<br />

parte meridional <strong>de</strong> Goiás.<br />

Pertenciam à nação Tapuia, do grupo<br />

fonético Macro-Jê, e eram chamados pelos<br />

Tupis <strong>de</strong> “Ubirajara” (senhor do tacape, lança<br />

e bordunas), <strong>de</strong>vido ao excelente manuseio<br />

que possuíam com essas armas.<br />

Aos poucos, esses indígenas foram sendo<br />

dizimados por doenças características dos<br />

brancos ou acossados por esses <strong>de</strong>sbravadores,<br />

obrigando-os a se retirarem para a região ama-<br />

22<br />

TROPEIRO<br />

zônica, on<strong>de</strong> fi caram por muitos anos afastados<br />

da civilização.<br />

A região próxima aos rios Pardo e Sapucaí,<br />

no passado, foi <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> Sertão<br />

do Capim Mimoso e sua história começa a ser<br />

contada após a chegada dos ban<strong>de</strong>irantes.<br />

A Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Anhanguera, o fi lho, em<br />

1722, construiu o “Caminho <strong>de</strong> Goiás”, ou “Estrada<br />

dos Goiases”, que ligava a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo até as minas <strong>de</strong> ouro <strong>de</strong> Goiás, que naquela<br />

época pertencia à Capitania <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Logo em seguida foi doada uma sesmaria<br />

a Bartolomeu Bueno <strong>de</strong> Abreu, companheiro<br />

do Anhanguera, na região que fi cou<br />

conhecida como pouso do Caiuruçu.<br />

A partir <strong>de</strong> então, começaram a surgir os famosos<br />

“pousos” <strong>de</strong> tropeiros, que eram locais utilizados<br />

por paulistas que paravam com seus animais<br />

<strong>de</strong> carga para <strong>de</strong>scansar durante as viagens<br />

que faziam em busca <strong>de</strong> ouro e metais preciosos<br />

pelo interior do Brasil. Um <strong>de</strong>sses pousos <strong>de</strong>u<br />

origem à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Franca, conhecida na época<br />

pelos ban<strong>de</strong>irantes por “Pouso dos Bagres”.<br />

No fi nal do século XVIII, havia vários<br />

<strong>de</strong>sses pousos dispersos pela região.<br />

A palavra “tropeiro” <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> tropa,<br />

numa referência ao conjunto <strong>de</strong> homens<br />

que transportavam gado e mercadoria no<br />

Brasil Colônia. O termo tem sido usado para<br />

<strong>de</strong>signar principalmente o transporte <strong>de</strong><br />

gado da região do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul até os<br />

mercados <strong>de</strong> Minas Gerais, posteriormente<br />

para São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro, porém<br />

há quem o use em momentos anteriores da<br />

vida colonial, como no “ciclo do açúcar”, que<br />

compreen<strong>de</strong>u os séculos XVI e XVII, quando<br />

várias regiões do interior nor<strong>de</strong>stino se<br />

<strong>de</strong>dicaram à criação <strong>de</strong> animais para comercialização<br />

aos senhores <strong>de</strong> engenho.<br />

Tropeiros. Arquivo <strong>de</strong> G. Ermakoff.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!