veja o artigo completo aqui - Sociedade Brasileira de Estudos em ...
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po<strong>de</strong>m atirar. Pra gente não avisar a polícia porque eles sab<strong>em</strong> on<strong>de</strong><br />
a gente mora..<br />
<br />
.Escuto o carro ligado e saindo do estacionamento. Eu me afasto um<br />
pouco do corpo da Maria. Tenho nojo <strong>de</strong> encostar nela..<br />
<br />
.A gente fica ali, parados, um t<strong>em</strong>pão. Não sei dizer quanto t<strong>em</strong>po.<br />
Ficamos ali, os dois mudos, s<strong>em</strong> falar nada, n<strong>em</strong> chorar, n<strong>em</strong> nada..<br />
<br />
.Está ficando frio. A Maria está tr<strong>em</strong>endo <strong>de</strong> frio, coitada. Eu me vejo<br />
vestindo as calças <strong>de</strong>la. Ela está muda. Só tr<strong>em</strong>e muito. Coitada.<br />
<br />
.Eu vejo os olhos <strong>de</strong>la agora. Ela está triste e chocada. Voltou a ser a<br />
minha Maria, doce e meiga. Eu a abraço agora <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>. E nós dois<br />
estamos chorando, muito <strong>em</strong>ocionados..<br />
<br />
João t<strong>em</strong> uma crise <strong>de</strong> choro.<br />
<br />
.Estamos caminhando abraçados para a rua e v<strong>em</strong>os um táxi. A gente<br />
não consegue parar <strong>de</strong> chorar todo o t<strong>em</strong>po..<br />
<br />
.Maria me diz para tentar apagar o que aconteceu <strong>de</strong> minha mente,<br />
porque o mais importante é que estamos vivos e salvos..<br />
<br />
.Estou aliviado e abraçado com ela na sala da casa <strong>de</strong> meus pais.<br />
Estou muito aliviado agora. A Maria é uma mulher forte. Depois <strong>de</strong><br />
tudo que ela passou, ainda fica preocupada comigo..<br />
Fiz<strong>em</strong>os a INSTALAÇÃO DA CRENÇA POSITIVA: .luto para sobreviver. e<br />
avaliamos o SUDS <strong>em</strong> 1 e o VOC <strong>em</strong> 7. Na sondag<strong>em</strong> corporal, João sentia-se<br />
calmo, aliviado, cansado e s<strong>em</strong> medo no peito.<br />
Com Maria, numa sessão individual fiz<strong>em</strong>os isto <strong>em</strong> 5 sessões. Em cada uma <strong>de</strong>las<br />
aparecia um <strong>de</strong>talhe l<strong>em</strong>brado, <strong>de</strong>ssensibilizado e reprocessado. Isto se repete <strong>em</strong><br />
EMDR com situações muito traumáticas: ter-se que 121<br />
trabalhar várias imagens<br />
associadas com novas l<strong>em</strong>branças traumáticas. Aqui apresentamos apenas o primeiro<br />
<strong>de</strong>sses cinco EMDR sobre o estupro.<br />
EMDR DE MARIA