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possibilitou a compreensão dos significados subjetivos que cada um <strong>de</strong>u ao<br />

mesmo fato vivido, buscando a ampliação para a solução dos probl<strong>em</strong>as<br />

<strong>de</strong>correntes, e favorecendo uma comunicação intersubjetiva propícia à<br />

solidarieda<strong>de</strong> e compreensão recíproca do casal traumatizado.<br />

O Sociodrama Construtivista, ocorrido neste processo terapêutico, favoreceu<br />

a <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> mitos, tabus, e crenças ligados à uma cultura<br />

machista e sexista, on<strong>de</strong> a mulher violentada po<strong>de</strong> ser confundida com a<br />

mulher promíscua. Vimos como foi importante para ambos, perceber<strong>em</strong>-se<br />

protagonistas <strong>de</strong> uma patologia sexofóbica sócio históricamente construída.<br />

Sab<strong>em</strong>os, por literaturas específicas e por nossa prática clínica, como<br />

mulheres são duplamente traumatizadas quando estupradas: pelo<br />

estuprador e pelos compor tamentos sexofóbicos e preconceituosos dos<br />

maridos, parentes, policiais e até médicos que as aten<strong>de</strong>m nessas ocasiões.<br />

E, ainda, como os casamentos po<strong>de</strong>m sofrer rupturas e/ou afastamentos<br />

sexuais e <strong>em</strong>ocionais.<br />

Os resultados mostram como uma terapia sexual que trabalha os traumas<br />

associados aos sintomas, t<strong>em</strong> efeitos positivos ao sintoma sexual do casal e<br />

dos sintomas.<br />

Consi<strong>de</strong>raçôes finais<br />

Estamos <strong>em</strong> uma época privilegiada por novos conhecimentos e tecnologias<br />

que favorec<strong>em</strong> o trabalho do terapeuta sexual, numa re<strong>de</strong> multiprofissional<br />

fundamental.<br />

Estas pesquisas <strong>em</strong>basadas na visão pós mo<strong>de</strong>rna da ciência on<strong>de</strong> o conhecimento<br />

da realida<strong>de</strong> subjetiva <strong>de</strong>ixa legítima a construção da comunicação<br />

intersubjetiva do casal, na compreensão da particularização da vivência dos<br />

traumas, na <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> mitos, tabus e valores que patolologizam<br />

nossas vidas sexuais e reforçam uma socieda<strong>de</strong> sexista e sexofóbica.<br />

A articulação metodológica da terapia sexual clássica, com o EMDR, o<br />

Psicodrama e o Sociodrama Construtivista, antes <strong>de</strong> ser uma busca <strong>de</strong><br />

metodologia do trabalho clínico do terapeuta sexual, configura-se numa<br />

atitu<strong>de</strong> pós mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> acreditar que nenhuma área do conhecimento,<br />

esgota as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento clínico.<br />

Esta articulação <strong>aqui</strong> proposta, obviamente reflete a formação clínica da<br />

autora. Porém, acredito que tantas outras possibilida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

<strong>em</strong>basadas cientificamente, possam estar a ser viço da saú<strong>de</strong> sexual <strong>de</strong><br />

nossa gente.<br />

.Não há fórmulas para a felicida<strong>de</strong>. Talvez haja para o b<strong>em</strong> estar..<br />

(Izquierdo, 2002, p.111)

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