18.04.2013 Views

veja o artigo completo aqui - Sociedade Brasileira de Estudos em ...

veja o artigo completo aqui - Sociedade Brasileira de Estudos em ...

veja o artigo completo aqui - Sociedade Brasileira de Estudos em ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pessoas mais <strong>de</strong>primidas viv<strong>em</strong> no passado e as mais ansiosas, no futuro. O<br />

EMDR traz a pessoa para o presente, na chamada atenção dual, on<strong>de</strong><br />

presente e passado estão diferenciados e estimulados. EMDR, assim<br />

favorece, a r<strong>em</strong>issão e/ou minimização dos traumas das pessoas.<br />

Izquierdo (2002) fala-nos que da maioria das m<strong>em</strong>órias sobram fragmentos<br />

duvidosos e modificados pela passag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po e que po<strong>de</strong>mos, <strong>de</strong>sta<br />

forma, confundir os vários acontecimentos <strong>de</strong> nossa vida, as pessoas<br />

envolvidas neles e as circunstâncias exatas dos mesmos. Isto é atribuído a<br />

perdas <strong>de</strong> muitas sinapses e neurônios on<strong>de</strong> divi<strong>de</strong>m algumas m<strong>em</strong>órias,<br />

que ocorr<strong>em</strong> ao longo <strong>de</strong> nossas vidas. Esquec<strong>em</strong>os porque os mecanismos<br />

que formam e evocam m<strong>em</strong>órias são saturáveis. T<strong>em</strong>os no cérebro humano<br />

muitos bilhões <strong>de</strong> neurônios. Os do córtex cerebral receb<strong>em</strong> entre 1000 e<br />

10000 conexões ou sinapses proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> outras células nervosas e<br />

<strong>em</strong>it<strong>em</strong> prolongamentos que faz<strong>em</strong> conexões com tantos outros neurônios.<br />

De cada uma <strong>de</strong>ssas sinapses po<strong>de</strong>m surgir m<strong>em</strong>órias. Assim, <strong>de</strong> acordo com<br />

Izquierdo (2002) esquec<strong>em</strong>os <strong>em</strong> boa parte, para po<strong>de</strong>r pensar, não<br />

ficarmos loucos, po<strong>de</strong>rmos conviver e, enfim, para sobreviver.<br />

Além disso, po<strong>de</strong>mos ter m<strong>em</strong>órias falsas, a partir da mistura <strong>de</strong> m<strong>em</strong>órias<br />

verda<strong>de</strong>iras. O neuropsicólogo dos Estados Unidos, Daniel Lchacter (2003,<br />

.p. 75) <strong>de</strong>screve estas misturas <strong>de</strong> m<strong>em</strong>órias. Gabriel Garcia Márquez (2004,<br />

.p. 41) já disse que a vida não é exatamente o que se viveu, mas o que a gente l<strong>em</strong>bra<br />

que viveu e o que po<strong>de</strong>mos contar do que l<strong>em</strong>bramos. Muitas vezes<br />

involuntariamente, outras propositalmente, criamos m<strong>em</strong>órias falsas a partir <strong>de</strong><br />

dados reais.<br />

Há <strong>em</strong> nossas vidas, um processo <strong>de</strong> relativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> m<strong>em</strong>órias, que as mantém<br />

<strong>em</strong> estado latente. Izquierdo (2002) diz que isto po<strong>de</strong> ser um<br />

mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa; especialmente <strong>de</strong> episódios dolorosos, humilhantes<br />

ou aterrorizantes e que po<strong>de</strong>m provocar estresses importantes. Isto é uma<br />

forma <strong>de</strong> reagir ao medo só na presença <strong>de</strong> situações que o exig<strong>em</strong>, não a<br />

qualquer hora. Diz ainda, o autor, que .há coisas que nosso cérebro recorda,<br />

mas nós não. (IZQUIERDO, 2002, p. 110).<br />

Pessoas que ag<strong>em</strong> <strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>fendida po<strong>de</strong>m estar sendo impedidas, por<br />

aspectos do seu contexto, <strong>de</strong> se comportar ou pensar <strong>de</strong> maneiras válidas e<br />

saudáveis. Normalmente esses probl<strong>em</strong>as estão ligados à cultura <strong>de</strong> gênero,<br />

que impe<strong>de</strong> a discussão <strong>de</strong> alguns valores, mitos e tabus, especialmente no<br />

que se refere à sexualida<strong>de</strong>. Quando no Sociodrama Construtivista<br />

discutimos os t<strong>em</strong>as impedidos, nos vários níveis do sist<strong>em</strong>a familiar e/ou<br />

conjugal, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>cidir a melhor maneira <strong>de</strong> mudar um relacionamento,<br />

usando para tal inclusive, as mudanças internas que po<strong>de</strong>m constituir<br />

barreiras artificiais nos níveis intrapsíquicos.<br />

Von Glaserfeld (2000, p. 39) chamava <strong>de</strong> perspectivismo o conjunto <strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!