Você sabe o que está acontecendo com a cassi? - Anabb
Você sabe o que está acontecendo com a cassi? - Anabb
Você sabe o que está acontecendo com a cassi? - Anabb
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Ações detAlhAdAs<br />
Leia entrevistas <strong>com</strong> os Diretores<br />
Douglas Scortegagna e Denise<br />
Vianna, <strong>que</strong> falam sobre as<br />
mudanças ocorridas na<br />
Cassi nos últimos anos<br />
CAssi em debAte<br />
A Presidente do Conselho<br />
Deliberativo, Graça Machado,<br />
discute assuntos<br />
polêmicos da Cassi<br />
RAio-x<br />
O Presidente da ANABB, Valmir<br />
Camilo, apresenta a posição da<br />
entidade sobre os vários temas<br />
relacionados à Cassi<br />
Ação Especial<br />
Cassi<br />
ANO XXIII - MAIO 2009<br />
<strong>Você</strong> <strong>sabe</strong> o <strong>que</strong> <strong>está</strong><br />
<strong>acontecendo</strong> <strong>com</strong> a <strong>cassi</strong>?<br />
Veja qual a situação da Central de Atendimento, da rede credenciada<br />
e os projetos da Diretoria de Saúde. O Ação Especial explica os<br />
principais problemas da entidade e as mudanças realizadas<br />
para melhorar a Caixa de Assistência<br />
PUBLICAÇÃO DA ANABB<br />
www.anabb.org.br<br />
impresso
EDITORIAL<br />
Quando o assunto é saúde, é <strong>com</strong>um <strong>que</strong> as pessoas desejem atendimento<br />
rápido, melhores serviços e médicos capacitados. A regra não é diferente na<br />
Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). Por conta da<br />
demanda, a Cassi precisa enfrentar os problemas <strong>com</strong> agilidade. E, por isso, as<br />
pessoas <strong>que</strong> a <strong>com</strong>andam também precisam estar preparadas.<br />
Nos últimos anos, a Cassi enfrentou dificuldades <strong>que</strong> só foram resolvidas<br />
quando representantes do funcionalismo tiveram coragem de fazer transformações<br />
profundas. Uma delas foi a mudança do estatuto. De 2006 para cá,<br />
a entidade saiu de uma situação de déficit, <strong>que</strong> se arrastava há nove anos no<br />
Plano de Associados, para realidade bem mais otimista e tranquila. Em 2007,<br />
as mudanças tiveram efeito e o Plano de Associados fechou <strong>com</strong> superávit<br />
de R$ 35 milhões. Já em 2008, o resultado foi melhor e o plano fechou <strong>com</strong><br />
R$ 98,6 milhões de superávit.<br />
A Cassi vem se solidificando <strong>com</strong> o tempo e, neste momento, percorre caminho<br />
mais seguro e tranquilo. As decisões são tomadas <strong>com</strong> maior agilidade,<br />
critério fundamental quando o assunto é saúde. Os representantes eleitos vestiram<br />
a camisa da entidade, assumiram o <strong>com</strong>promisso de mudar, para melhor,<br />
a Caixa de Assistência e trabalham na solução dos diversos problemas.<br />
A ANABB participou dos momentos importantes da Cassi. A atuação da Associação<br />
foi determinante, principalmente, na condução das ações, das negociações<br />
<strong>com</strong> o Banco e do pleno esclarecimento aos associados.<br />
A ANABB reafirma seu papel. Assim <strong>com</strong>o nos momentos difíceis, motivou<br />
o debate e manteve os associados informados, nesta situação atual, de estabilidade,<br />
também <strong>que</strong>r continuar mantendo a <strong>com</strong>unicação. Por isso, sentiu a<br />
necessidade de elaborar o Ação – Especial Cassi. Isso para <strong>que</strong> os associados<br />
tenham acesso a informações verdadeiras e saibam exatamente <strong>com</strong>o <strong>está</strong> o<br />
funcionamento da Caixa de Assistência.<br />
Os Diretores Denise Vianna e Douglas Scortegagna e a conselheira deliberativa<br />
Graça Machado foram entrevistados. Eles falam sobre temas ligados às<br />
áreas financeira e política, modernização da Cassi, fortalecimento da Estratégia<br />
Saúde da Família (ESF), melhores profissionais e rede credenciada.<br />
Também foi feita análise sobre <strong>que</strong>stões importantes do dia-a-dia da Caixa,<br />
<strong>com</strong>o a melhoria da central de atendimento, a carência de médicos, a criação<br />
das CliniCassi, o processo de autorização e a saúde dos funcionários da ativa.<br />
Por fim, o Presidente da ANABB, Valmir Camilo, faz um balanço sobre as conquistas<br />
e aponta soluções para alguns problemas da Cassi.<br />
2 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI<br />
Diretoria da ANABB<br />
Ação Especial<br />
Cassi<br />
DIRETORIA EXECUTIVA<br />
VALMIR CAMILO<br />
Presidente<br />
WILLIAM jOSé ALVES BENTO<br />
Diretor Administrativo e Financeiro<br />
NILTON BRUNELLI DE AzEVEDO<br />
Diretor de Comunicação e Desenvolvimento<br />
EMíLIO SANTIAGO RIBAS RODRIGUES<br />
Diretor de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência<br />
ELAINE MICHEL<br />
Diretora de Relações Externas e Parlamentares<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
ANTONIO GONçALVES (Presidente)<br />
Alcir Augustinho Calliari<br />
Ana Lúcia Landin<br />
Antilhon Saraiva<br />
Armando César Ferreira dos Santos<br />
Augusto Carvalho<br />
Cecília Garcez<br />
Denise Vianna<br />
Douglas Scortegagna<br />
Élcio Bueno<br />
Genildo Ferreira dos Reis<br />
Graça Machado<br />
Inácio da Silva Mafra<br />
Isa Musa<br />
José Antônio Diniz de Oliveira<br />
José Branisso<br />
José Sampaio de Lacerda Júnior<br />
Luiz Antonio Careli<br />
Mércia Pimentel<br />
Romildo Gouveia<br />
Vitor Paulo Camargo Gonçalves<br />
CONSELHO FISCAL<br />
CLáUDIO jOSé zUCCO (Presidente)<br />
Antônio José de Carvalho<br />
Saul Mário Mattei<br />
Maria do Céu Brito<br />
Tereza Cristina Godoy Moreira Santos<br />
Vera Lúcia de Melo<br />
DIRETORES ESTADUAIS<br />
Ivan Pita de Araújo (AL)<br />
Ângelo Raphael Celani Pereira (AM)<br />
Olivan de Souza Faustino (BA)<br />
Maria José Faheina de Oliveira (Mazé) (CE)<br />
Elias Kury (DF)<br />
Sebastião Ceschim (ES)<br />
Saulo Sartre Ubaldino (GO)<br />
Solonel Campos Drumond Júnior (MA)<br />
Ivan Demetri Silva (MT)<br />
Edson Trombine Leite (MS)<br />
Wagner Cardoso de Mesquita (MG)<br />
Fábio Gian Braga Pantoja (PA)<br />
Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)<br />
Moacir Finardi (PR)<br />
Carolina Maria de Godoy Matos (PE)<br />
Francisco Carvalho Matos (PI)<br />
Marcelo Antonio Quaresma (RJ)<br />
Hermínio Sobrinho (RN)<br />
Paulo Edgar Trapp (RS)<br />
Sidnei Celso da Silva (RO)<br />
Carlos Francisco Pamplona (Chico Pamplona) (SC)<br />
José Antônio Galvão Rosa (SP)<br />
Almir Souza Vieira (SE)<br />
Saulo Antônio de Matos (TO)<br />
ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DF<br />
Atendimento ao associado: (61) 3442.9696<br />
Site: www.anabb.org.br<br />
Redação: Ana Cristina Padilha, Priscila Mendes e Tatiane Lopes<br />
Anúncio: Fabiana Castro<br />
E-mail: jornal@anabb.org.br<br />
Revisão: Cida Taboza<br />
Editoração: Éclat! Comunicação<br />
Tiragem: 150 mil<br />
Banco de Imagem: Photos to Go<br />
Impressão: Gráfica Positiva Fotolito: Rainbow
CapaCidadE dE atEndimEnto dupliCada<br />
A quantidade de serviços e informações prestadas pela<br />
Cassi só tem aumentado, sem contar <strong>com</strong> a ampliação da<br />
cobertura dos planos, o <strong>que</strong> também acarretou aumento<br />
de ligações para a Central de Atendimento. Como as li-<br />
nhas disponibilizadas pela Central eram limitadas, muitas<br />
ligações eram desconectadas e não chegavam nem<br />
a entrar na fila de espera. Isso por<strong>que</strong> a Central tem<br />
capacidade para até 105 atendimentos simultâneos<br />
e a fila de espera <strong>com</strong>porta apenas 13 pessoas. Se<br />
a demanda for maior <strong>que</strong> esta, as pessoas não entram<br />
na fila e a ligação cai. Em dezembro de 2008, a<br />
Cassi concluiu a aquisição de nova tecnologia para<br />
modernizar de vez a Central. Esses equipamentos<br />
duplicarão a capacidade de atendimento.<br />
Também será realizada a automação e a<br />
segmentação de diversos tipos de processos<br />
<strong>que</strong> não irão mais concorrer <strong>com</strong> pedidos<br />
de autorização de exames, cirurgias e<br />
procedimentos de emergência. A solução<br />
não é simples nem rápida e necessita de<br />
desenvolvimento constante. Mesmo sem<br />
se ter concluído o desenvolvimento dos<br />
sistemas e funcionalidades, os presta-<br />
A Estratégia Saúde da Família é o modo <strong>com</strong>o a Cassi<br />
administra seu sistema de saúde nas CliniCassi, nome<br />
definido, no fim do ano passado, para indicar todos os<br />
serviços assistenciais administrados diretamente pela entidade.<br />
Esta estratégia vem sendo cada vez mais adaptada<br />
às reais necessidades da população assistida. O objetivo<br />
da Cassi é ampliar o número de associados <strong>que</strong> terá<br />
acesso a esses Serviços Próprios e, conse<strong>que</strong>ntemente,<br />
aos benefícios da Estratégia Saúde da Família. Para tanto,<br />
foram definidos novos critérios para garantir a instalação<br />
de CliniCassi em cidades <strong>com</strong> pelo menos 800 associados<br />
e 1.200 participantes. Nestes locais, a representação<br />
dores e usuários da Cassi notarão imediatamente grande<br />
diferença: a imagem da Cassi vai mudar definitivamente.<br />
O projeto de modernização da Central, <strong>com</strong> a implantação<br />
de todas as funcionalidades da nova tecnologia, será concluído<br />
em junho de 2009.<br />
Estratégia saúdE da Família<br />
não podE sEr apEnas uma<br />
idEologia<br />
da Cassi será menor, mais enxuta e discreta, porém em<br />
condições de resolver a maioria dos problemas dos beneficiários<br />
e, nos casos mais <strong>com</strong>plexos, encaminhá-los a<br />
profissionais e instituições da rede credenciada. Essas<br />
CliniCassi de porte reduzido serão localizadas em pontos<br />
estratégicos, de fácil acesso aos associados, e contarão<br />
<strong>com</strong> pelo menos um médico de família, um médico de<br />
pronto atendimento para consultas diversas, um enfermeiro<br />
e um auxiliar administrativo. Passados 12 meses,<br />
serão avaliados cada um desses novos Serviços de Saúde<br />
para <strong>sabe</strong>r se atingiram os objetivos ou se precisam de<br />
adaptações.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 3
aumEnto do rol dE CobErtura<br />
do plano dE assoCiados<br />
No segundo semestre de 2008, foram incluídos aproximadamente<br />
200 procedimentos <strong>que</strong> fazem parte do rol da<br />
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e não tinham<br />
cobertura no Plano de Associados. A obrigatoriedade<br />
de inclusão era apenas para planos de mercado, ficando<br />
CEntral 0800:<br />
Em rEForma<br />
A Central de Atendimento da Cassi foi instalada<br />
em 1997 <strong>com</strong> capacidade para atender 40 mil ligações<br />
por mês. Hoje, recebe mensalmente mais<br />
de 200 mil ligações, e o equipamento e o sistema<br />
utilizados não possibilitavam se<strong>que</strong>r segmentação do<br />
atendimento para priorizar autorizações de procedimentos,<br />
internações e exames. Não é difícil constatar o altís-<br />
por conta do Conselho Deliberativo da Cassi a decisão pelo<br />
aumento da cobertura. Entre os vários procedimentos <strong>que</strong><br />
hoje fazem parte do Plano de Associados, os mais solicitados<br />
pelos participantes são: ressonância magnética da<br />
mama, corbiopsia, vasectomia e histerectomia.<br />
Cassi passa dE<br />
46 para 66 CliniCassi<br />
Na nova estrutura da Cassi ficou definido <strong>que</strong>, em<br />
2009, todos os 26 estados e o Distrito Federal terão<br />
pelo menos uma unidade própria da Cassi em sua capital,<br />
além de novos serviços <strong>que</strong> serão abertos no interior.<br />
No total, a Cassi terá aumento de 20 pontos de<br />
atendimento, passando de 46 para 66 CliniCassi. Estas<br />
4 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI<br />
unidades estão sendo dotadas de melhores condições<br />
de funcionamento. Todas as CliniCassi <strong>com</strong> portes<br />
semelhantes irão dispor de um mesmo critério para<br />
dotação de funcionários, médicos, enfermeiros e<br />
técnicos de enfermagem, além de outros cargos administrativos.<br />
simo nível de ineficiência. Todo o esforço para melhorar<br />
a qualidade da Central passava pela modernização do<br />
0800, <strong>com</strong> investimentos significativos em equipamentos,<br />
sistemas, pontos de atendimento e dotação de pessoal<br />
qualificado. A solução <strong>com</strong>eçou a ser implementada<br />
em julho de 2008, <strong>com</strong> o restabelecimento da situação<br />
econômica e financeira da Cassi.
ENTREVISTA DOUGLAS SCORTEGAGNA<br />
por um mElhor<br />
atEndimEnto à<br />
saúdE<br />
Por Tatiane Lopes<br />
Foto Tico Fonseca<br />
Quando entrou no Banco do Brasil, em 1976, Douglas<br />
josé Scortegagna não imaginava <strong>que</strong> a carreira de<br />
bancário alcançaria uma das áreas mais importantes<br />
para o funcionalismo do BB. O atual Diretor de Saúde<br />
e Rede de Atendimento da Cassi tem orgulho de ter<br />
sido escolhido para ocupar o cargo <strong>com</strong> mais de 42<br />
mil votos dos associados.<br />
O economista, nascido em Cruz Alta (RS), tomou<br />
posse na Cassi em 2006. Mas sua relação<br />
<strong>com</strong> as entidades ligadas aos funcionários do<br />
Banco é anterior. A atuação foi legitimada em<br />
postos ocupados na Diretoria da ANABB por 13<br />
anos, <strong>com</strong>o Diretor Administrativo e Financeiro,<br />
de Comunicação e de Relações Funcionais,<br />
Aposentadoria e Previdência.<br />
Ação: Quando tomou posse, qual era a real<br />
situação da Cassi?<br />
Douglas: Tinha a percepção de <strong>que</strong> a Cassi<br />
era uma empresa extremamente organizada, mas,<br />
ao tomar conhecimento da situação, vi <strong>que</strong> faltavam<br />
<strong>com</strong>promisso e direcionamento. Por exemplo,<br />
não havia cobrança de metas dos gestores das uni
dades. Então, negociamos e implantamos<br />
um Acordo de Trabalho <strong>com</strong><br />
eles. Detectamos uma série de dificuldades<br />
para as pessoas realizarem<br />
as tarefas, por<strong>que</strong> muitos não sabiam<br />
<strong>que</strong> direção a Cassi <strong>que</strong>ria seguir.<br />
Ação: Uma das dificuldades era<br />
em relação à motivação dos funcionários?<br />
Douglas: Sim. Para reconhecer<br />
a dedicação e a capacidade dos colaboradores<br />
da nossa Diretoria, por<br />
exemplo, efetivamos processo de<br />
adequação dos quadros da Gerência<br />
de Saúde. Elaboramos proposta<br />
de arquitetura mais adequada para<br />
responder aos desafios da consolidação<br />
da Estratégia Saúde da Família<br />
em nossos Serviços Próprios, até<br />
agora implantados em 46 cidades<br />
brasileiras de médio e grande portes.<br />
A configuração atual de funcionários<br />
é mais equilibrada e conta <strong>com</strong> três<br />
níveis de analistas de saúde – antes<br />
era um só e superdimensionado −,<br />
o <strong>que</strong> permite promoção e ascensão<br />
funcional. Agora, <strong>com</strong> estrutura mais<br />
enxuta, sem perda na qualidade dos<br />
processos de trabalho e gerando expressiva<br />
economia de recursos para<br />
a Cassi, é possível contratar, promover<br />
e reter os talentos.<br />
Ação: Foram necessárias duras<br />
medidas?<br />
Douglas: Adotamos uma série de<br />
medidas de contenção de gastos,<br />
pois encontramos absurdos. Viagens<br />
a serviço eram despesas exageradamente<br />
altas. Por exemplo, em<br />
2005, foram gastos nesta rubrica<br />
R$ 2.200.000,00 só na Diretoria de<br />
Saúde. Em 2007, primeiro ano inteiro<br />
da nossa gestão, estes gastos<br />
foram reduzidos para pouco mais de<br />
R$ 860.000,00. Uma economia fantástica<br />
para a Cassi, sem deixarmos<br />
de fazer o <strong>que</strong> é importante, urgente<br />
e necessário.<br />
Ação: Surgiram algumas críticas<br />
<strong>que</strong> falam em esvaziamento da Cassi.<br />
Em <strong>que</strong> isso interfere na administração<br />
de sua Diretoria?<br />
Douglas: Críticas são sempre bemvindas.<br />
Dizer <strong>que</strong> estamos esvaziando<br />
a Cassi é uma irresponsabilidade,<br />
pois alguns dos <strong>que</strong> criticam são os<br />
mesmos <strong>que</strong> estão ajudando a deci-<br />
dir. Adequamos a Cassi à sua atual<br />
realidade, ao priorizar ações e otimizar<br />
nosso quadro de pessoal para<br />
termos colaboradores mais <strong>com</strong>prometidos<br />
<strong>com</strong> a instituição. O <strong>que</strong><br />
fizemos foi conferir parâmetro lógico<br />
para cada unidade em seu respectivo<br />
porte.<br />
Ação: Como será o Congresso de<br />
Saúde da Família?<br />
Douglas: O I Congresso de Saúde<br />
da Família − Saúde <strong>com</strong> Qualidade:<br />
em Busca da Excelência acontecerá<br />
de 21 a 24 de setembro de 2009 e<br />
reunirá cerca de 400 profissionais de<br />
saúde da Cassi, ligados diretamente<br />
à Estratégia Saúde da Família. O Congresso<br />
tratará exclusivamente da Estratégia<br />
Saúde da Família da Cassi,<br />
seus problemas, suas expectativas.<br />
Com certeza, trará melhores resultados<br />
para todos. É assim <strong>que</strong> vamos<br />
fazer <strong>que</strong> a Estratégia Saúde da Família<br />
deixe de ser apenas uma peça<br />
ideológica e retórica para, de fato, se<br />
traduzir em resultados positivos para<br />
os participantes e para a Cassi.<br />
Ação: A expansão da Estratégia<br />
Saúde da Família também é ponto<br />
forte para o aperfeiçoamento da estratégia<br />
da Cassi?<br />
Douglas: Foi <strong>com</strong> muito diálogo<br />
<strong>que</strong> estamos perto da unificação do<br />
conhecimento e do discurso sobre o<br />
Modelo de Atenção Integral à Saúde.<br />
Isso para conduzir as ações focadas<br />
no aperfeiçoamento e na expansão<br />
da Estratégia Saúde da Família, especialmente<br />
no interior do país, <strong>que</strong><br />
mais carece de estrutura assistencial.<br />
Realizamos extenso levantamento da<br />
situação de todas as CliniCassi e conseguimos<br />
definir importantes indicadores<br />
de performance, considerados<br />
valiosos subsídios para a mensuração<br />
do custo versus efetividade des-<br />
ses Serviços de Saúde, administrados<br />
integralmente pela Cassi. Em 2009,<br />
deverão ser 66 CliniCassi em funcionamento,<br />
distribuídas nas capitais e<br />
no interior.<br />
Ação: E onde não houver Clini-<br />
Cassi?<br />
Douglas: Os associados terão à<br />
disposição a rede credenciada, cujo<br />
processo de renovação e atualização<br />
se iniciou no fim do ano passado. Esta<br />
rede, especialmente nas cidades do<br />
interior, deve resolver os problemas<br />
básicos de saúde dos participantes e<br />
será dimensionada de acordo <strong>com</strong> o<br />
perfil de saúde dos assistidos.<br />
Ação: Perenidade é palavra-chave<br />
para dar agilidade a todas essas<br />
mudanças?<br />
Douglas: Nosso objetivo maior é<br />
prestar a melhor assistência possível à<br />
saúde do associado. O <strong>que</strong> ele espera<br />
da Cassi é <strong>que</strong>, quando precisar, a entidade<br />
atenda às suas necessidades.<br />
Temos a convicção de <strong>que</strong>, <strong>com</strong> nosso<br />
trabalho, estas mudanças devem<br />
oferecer mais tranquilidade aos associados,<br />
ao melhorar a qualidade do<br />
atendimento prestado nas CliniCassi<br />
e na rede credenciada. Desejamos<br />
ser lembrados <strong>com</strong>o o melhor plano<br />
de autogestão do país e, para isso,<br />
lutamos incansavelmente nos limites<br />
de nossas possibilidades.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 7
Mais de 8% das cidades brasileiras não possuem<br />
médicos. Isso sem contar as carências de especialistas<br />
em diversas regiões do país. A divulgação dos dados é do<br />
Ministério da Saúde. Foram consultados 420 hospitais<br />
em todas as regiões do país. Na região Nordeste, 42%<br />
dos hospitais alegaram dificuldade para contratar anestesistas<br />
e pediatras. No Sul, 25% dos hospitais também<br />
alegaram a mesma dificuldade. No<br />
Sudeste, a maior carência é de pediatras.<br />
Dos hospitais consultados,<br />
32% não conseguem preencher as<br />
vagas existentes nesta especialidade.<br />
A falta de médicos no interior<br />
se deve a uma tendência de<br />
se concentrarem em determinadas<br />
regiões tecnologias mais <strong>com</strong>plexas<br />
e desinteresse dos profissionais de<br />
8 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI<br />
brasil: um país Com<br />
CarênCia dE médiCos<br />
saúde em trabalhar em zonas periféricas, afetadas pela<br />
violência e pela estrutura precária.<br />
De um total de 5.564 municípios, 455 cidades brasileiras<br />
não possuem médicos. O maior problema <strong>está</strong> no Nordeste.<br />
Do total de cidades existentes, 117 não possuem<br />
médicos para atender a população. No Sudeste, são 111<br />
pe<strong>que</strong>nas cidades sem profissionais de saúde.<br />
Carência de especialistas<br />
Região Anestesistas Pediatras Psiquiatras Intensivistas<br />
Centro-Oeste 18,80% 32,10% 37,50% 42,90%<br />
Nordeste 42,20% 42,30% 33,30% 16,70%<br />
Norte 29,40% 21,10% 50% 40%<br />
Sudeste 30,30% 32,50% 31% 8,20%<br />
Sul 25,40% 25,90% 20% 22,60%<br />
Ministério da Saúde
Evisão da rEdE<br />
CrEdEnCiada da Cassi<br />
Os problemas <strong>que</strong> a Cassi enfrenta<br />
<strong>com</strong> sua rede credenciada<br />
são muitos, desde a concentração<br />
de profissionais na área de saúde<br />
em grandes centros urbanos até a<br />
inexistência de especialistas no interior<br />
do país. Os problemas estruturais<br />
da Cassi, muitas vezes ocasionam<br />
o desinteresse do prestador<br />
pelo credenciamento e são alvos de<br />
críticas. Até o tamanho da entidade<br />
e a atuação em todo o território<br />
brasileiro prejudicam o controle<br />
mais efetivo sobre esta rede, <strong>que</strong><br />
hoje passa de 38 mil credenciados,<br />
entre profissionais, hospitais e clínicas.<br />
A Diretoria de Planos de Saúde<br />
realizou, no segundo semestre de<br />
2008, estudo minucioso sobre a<br />
carência de prestadores. Mas an-<br />
A Cassi é um plano de saúde <strong>com</strong><br />
atuação nacional. Esta condição<br />
acarreta algumas fragilidades na formação<br />
de sua rede credenciada, pois<br />
existe carência de profissionais de<br />
saúde, hospitais e leitos. Em cidades<br />
onde a população não é expressiva,<br />
ou há pouca oferta de médicos e especialistas,<br />
o interesse no credenciamento<br />
é quase nulo. O caminho pode<br />
ser a realização dos chamados “Convênios<br />
de Reciprocidade” <strong>com</strong> outras<br />
entidades de autogestão e a criação<br />
de diferenciais para tornar o credenciamento<br />
atrativo. Algumas cooperativas<br />
de médicos, por exemplo, oferecem<br />
diversos serviços e produtos a<br />
tes de atuar diretamente, abrindo<br />
o credenciamento em todo o país,<br />
procurou ouvir seus associados. Enviou<br />
e-mails para funcionários e entidades<br />
de aposentados e disponibilizou<br />
no site da Cassi uma pesquisa<br />
sobre a qualidade da rede, possibilitando<br />
<strong>que</strong> o pesquisado indicasse<br />
prestadores para credenciamento<br />
ou descredenciamento.<br />
A revisão da rede vai ser realizada<br />
por partes, para <strong>que</strong> os gerentes<br />
das CliniCassi possam a<strong>com</strong>panhar<br />
e apresentar serviço de qualidade.<br />
O incentivo ao credenciamento de<br />
profissionais foi iniciado no interior<br />
do país e, até junho de 2009, será<br />
aberto também nos grandes centros<br />
em <strong>que</strong> houver carência. De acordo<br />
<strong>com</strong> a Diretora de Planos de Saúde,<br />
seus cooperados. São vantagens <strong>que</strong>,<br />
muitas vezes, pesam na decisão de<br />
filiação a estas cooperativas. A Cassi<br />
também pode oferecer algo a mais<br />
e ter relação mais estreita <strong>com</strong> seus<br />
prestadores. Para isso, foi solicitado<br />
ao Banco do Brasil <strong>que</strong> desenvolva<br />
produtos <strong>com</strong> preços diferenciados,<br />
<strong>com</strong>o seguros, planos de previdência,<br />
empréstimos, adiantamento<br />
de recebíveis e plano de saúde<br />
para os prestadores da rede credenciada.<br />
É uma grande oportunidade<br />
de conseguir a fidelização de<br />
bons profissionais e empresas de<br />
saúde para a Cassi. Esta solicitação<br />
foi realizada no fim de 2008 e<br />
Denise Vianna, o credenciamento<br />
é só o <strong>com</strong>eço de um processo extenso<br />
de revitalização da rede credenciada.<br />
“Na verdade, a Cassi tem<br />
de oferecer algumas facilidades e<br />
produtos para tornar o credenciamento<br />
mais atrativo, além de melhorar<br />
os prazos de pagamento e o<br />
atendimento oferecido na Central<br />
0800.” Ela também ressalta <strong>que</strong><br />
“a Cassi não paga aos prestadores<br />
honorários e taxas inferiores aos demais<br />
planos e operadoras de saúde.<br />
Os sucessivos déficits ao longo dos<br />
últimos anos impediu <strong>que</strong> a entidade<br />
investisse em modernização<br />
de controles e pagamentos, o <strong>que</strong>,<br />
muitas vezes, desgasta o relacionamento<br />
<strong>com</strong> nossos prestadores de<br />
serviços”.<br />
inCEntivo aos prEstadorEs<br />
da rEdE CrEdEnCiada<br />
a Cassi aguarda a resposta do BB. A<br />
iniciativa pode representar ganho de<br />
qualidade no serviço prestado pela<br />
entidade e mais rentabilidade para o<br />
patrocinador.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 9
ENTREVISTA DENISE VIANNA<br />
Cassi:<br />
mudanças<br />
na Casa<br />
para mElhor<br />
A Diretora de Planos de Saúde da Cassi,<br />
Denise Lopes Vianna, participou de perto<br />
das dificuldades vivenciadas pela entidade.<br />
Quando tomou posse no Conselho Deliberativo<br />
da Caixa de Assistência em 2004, Denise encontrou<br />
uma entidade paralisada em investimentos<br />
e projetos. Havia superávit no Plano Cassi Família,<br />
mas o Plano de Associados estava em total desequilíbrio. Foram<br />
sucessivos déficits operacionais provocados por anos de receita congelada,<br />
decorrente da falta de reajuste salarial e redução das contribuições do BB relativas<br />
aos proventos dos funcionários pós-1998. As negociações foram abertas<br />
<strong>com</strong> o Banco do Brasil e, em 2007, os problemas de custeio <strong>que</strong> se arrastaram<br />
durante anos foram finalmente solucionados.<br />
Denise assumiu a Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento <strong>com</strong><br />
Clientes da Cassi, em junho de 2008, e debruçou-se sobre as dificuldades<br />
da área. Aos poucos, ela espera colocar a casa em ordem.<br />
10 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI
Ação: Qual era a situação da entidade quando assumiu<br />
<strong>com</strong>o diretora?<br />
Denise: Antes de tomar posse <strong>com</strong>o diretora, participei<br />
do Conselho Deliberativo da Cassi durante quatro anos.<br />
Vivenciei os problemas da entidade e as dificuldades<br />
econômicas <strong>que</strong> paralisaram os investimentos em melhorias<br />
nos serviços prestados pela nossa Caixa. A Cassi estava<br />
parada no tempo e precisava urgentemente de investimentos<br />
tanto na área tecnológica <strong>com</strong>o na melhoria dos<br />
salários de seus colaboradores.Tomei posse <strong>com</strong>o diretora<br />
em uma situação financeira bem diferente da<strong>que</strong>la vivenciada<br />
<strong>com</strong>o conselheira.<br />
Ação: Qual foi a primeira providência?<br />
Denise: Tudo era importante, mas duas <strong>que</strong>stões tinham<br />
de ser vistas rapidamente. Era necessário aprovar<br />
na Diretoria mais de 200 procedimentos <strong>que</strong> estavam no<br />
rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar e não tinham<br />
cobertura no Plano de Associados e nem era obrigado<br />
ter. A segunda era rever toda a tecnologia da Central de<br />
Atendimento da Cassi. Já fizemos todos os levantamentos<br />
para a modernização da Central, mas a simples aquisição<br />
de novos equipamentos não resolve todos os problemas.<br />
A solução passa pelo desenvolvimento de sistemas, o <strong>que</strong><br />
re<strong>que</strong>r algum tempo.<br />
Ação: Como estão as negociações para a implantação<br />
do plano odontológico?<br />
Denise: Em meados de 2008, iniciamos um processo<br />
de prospecção de empresas para oferecer um plano odontológico<br />
de qualidade, <strong>com</strong>o merecem os associados da<br />
Cassi. Este serviço seria oferecido também aos detentores<br />
do Plano Cassi Família. Diversas empresas, <strong>com</strong> longa<br />
experiência na administração de planos odontológicos,<br />
foram contatadas e apresentaram propostas. Em outubro,<br />
o BB assinou acordo coletivo <strong>com</strong> as entidades sindicais,<br />
<strong>com</strong>prometendo-se a oferecer aos associados da Cassi<br />
um plano odontológico <strong>com</strong> adequada coparticipação dos<br />
usuários, cujo início <strong>está</strong> previsto para junho de 2009. Até<br />
o momento, o BB não apresentou proposta oficial para<br />
análise da Diretoria da Cassi.<br />
Ação: Quando os associados poderão vivenciar mudanças<br />
objeto de investimentos na Cassi?<br />
Denise: Acredito <strong>que</strong> algumas coisas vão aparecer ra-<br />
Vamos também incrementar o<br />
‘Fale <strong>com</strong> a Cassi’. A intenção é<br />
oferecer respostas mais rápidas e<br />
efetivas a associados e credenciados.<br />
Esperamos ainda aperfeiçoar<br />
a rede credenciada <strong>com</strong> melhor<br />
dimensionamento por região<br />
pidamente. A Central de Atendimento, <strong>que</strong> vem atendendo<br />
<strong>com</strong> dificuldade, vai atender <strong>com</strong> mais rapidez. A Cassi já<br />
possui grande parte de seus prestadores no autorizador<br />
eletrônico. Com isso, vamos melhorar nossa relação <strong>com</strong><br />
os prestadores de serviços. Vamos também incrementar o<br />
“Fale <strong>com</strong> a Cassi”. A intenção é oferecer respostas mais<br />
rápidas e efetivas a associados e credenciados. Esperamos<br />
ainda aperfeiçoar a rede credenciada <strong>com</strong> melhor dimensionamento<br />
por região. A última reavaliação da rede<br />
<strong>com</strong> credenciamento amplo de prestadores aconteceu há<br />
mais de dez anos. Precisamos de profissionais <strong>que</strong> nos<br />
atendam <strong>com</strong> qualidade e certa rapidez. Associados e<br />
clientes da Cassi precisam conseguir horário na agenda<br />
dos profissionais credenciados e ter atendimento de melhor<br />
qualidade.<br />
Ação: Qual vai ser o grande desafio da Cassi?<br />
Denise: Depois de arrumar a casa, o grande desafio<br />
da Cassi vai ser decidir <strong>que</strong> tamanho <strong>que</strong>remos ter e<br />
o <strong>que</strong> <strong>que</strong>remos ser. Muitas empresas <strong>que</strong> operam<br />
no mercado de saúde estão investindo em hospitais e<br />
criando unidades próprias para melhorar custos e viabilizar<br />
serviços de melhor qualidade a seus clientes.<br />
Os dirigentes da Cassi vão ter de fazer esta avaliação<br />
e, se for o caso, passar a investir também em serviços<br />
próprios mais <strong>com</strong>pletos, podendo inclusive se valer de<br />
parcerias <strong>com</strong> outras empresas. A hora é de colocar a<br />
mão na massa.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 11
Elação dE<br />
CrEdEnCiados<br />
A Cassi recebe constantemente<br />
pedidos para reeditar o livro de credenciados.<br />
Esta ideia sempre foi<br />
muito <strong>que</strong>stionada. Um dos argumentos<br />
para a não impressão era a desatualização<br />
dos livros em curto tempo,<br />
além dos gastos desnecessários <strong>com</strong><br />
papel e correio, já <strong>que</strong> a relação por<br />
estado <strong>está</strong> disponível no site da<br />
Cassi. No entanto, o motivo <strong>que</strong> mais<br />
pesou para a edição da publicação<br />
foi a dificuldade de diversos participantes<br />
em navegar na internet e a<br />
Durante todo o ano de 2008,<br />
o Plano Cassi Família II não teve<br />
reajuste nem correção do Fipe<br />
Saúde. Já o Cassi Família I teve ape-<br />
quantidade de<br />
telefonemas<br />
recebidos pela<br />
Central de<br />
Atendimento<br />
solicitando indicação<br />
ou informação<br />
sobre<br />
prestadores credenciados. A ideia é<br />
aguardar apenas o projeto de credenciamento<br />
<strong>que</strong> <strong>está</strong> em andamento e<br />
editar o livro por estado. Para evitar<br />
desperdícios, os livros poderão ser en-<br />
valorEs do Cassi Família Comparados<br />
aos dEmais planos do mErCado<br />
nas a correção do Fipe Saúde. A<br />
ideia é tornar os planos cada vez<br />
mais <strong>com</strong>petitivos, limitados ao equilíbrio<br />
financeiro entre despesas e<br />
caminhados apenas para aposentados<br />
e para a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> optarem por<br />
recebê-lo em casa. Para obter um<br />
exemplar, o participante deve ser recadastrado<br />
na Cassi.<br />
receitas. O quadro abaixo apresenta<br />
<strong>com</strong>paração entre os preços praticados<br />
pela Cassi e os demais preços<br />
do mercado.<br />
Faixa etária Cassi Família II Amil Assefaz Plus XI Medial Ouro Premium Unimed Paulista<br />
0 a 18 anos 162,25 165,00 183,03 196,34 384,40<br />
19 a 23 anos 166,05 214,50 202,79 245,42 492,04<br />
24 a 28 anos 175,53 235,95 275,45 274,88 522,79<br />
29 a 33 anos 230,58 257,19 376,43 304,31 538,16<br />
34 a 38 anos 246,15 282,91 394,48 333,77 588,14<br />
39 a 43 anos 276,84 311,20 423,44 363,21 672,70<br />
44 a 48 anos 387,41 404,25 486,85 481,00 941,79<br />
49 a 53 anos 454,71 464,89 614,76 633,91 1.260,84<br />
54 a 58 anos 580,76 581,11 801,80 883,48 1.414,60<br />
59 anos ou mais 973,16 990,00 1.098,25 1.178,04 2.306,41<br />
Notas:<br />
1. Os parâmetros apresentados são da cidade de São Paulo, tendo em vista a atuação expressiva das empresas de saúde no Estado.<br />
2. Os planos apresentados são individuais. Isso explica a ausência de valores das empresas SulAmérica e Bradesco Saúde, <strong>que</strong> não mais <strong>com</strong>ercializam este produto<br />
individualmente.<br />
3. Os preços apresentados da operadora Amil e Medial Saúde são atuais, sendo <strong>que</strong> os planos anteriores não são mais <strong>com</strong>ercializados.<br />
4. Os valores apresentados da Cassi são exclusivos do Plano Cassi Família II. O Plano Cassi Família I não é mais <strong>com</strong>ercializado.<br />
12 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI
Em dezembro de 2008, a Diretoria da Cassi decidiu<br />
rever todos os normativos de procedimentos, eventos,<br />
autorizações de medicamentos e materiais. A intenção<br />
era desburocratizar o máximo possível sem perder o<br />
controle sobre a<strong>que</strong>les procedimentos <strong>que</strong> são alvo de<br />
abusos por parte dos prestadores e representam altos<br />
custos para a entidade. A Diretoria <strong>que</strong>r tornar mais ágil<br />
o processo de autorização de procedimento, mudando<br />
também o foco da regulação e da auditoria. Segundo<br />
a Diretora Denise Vianna, em vez de direcionar a regu-<br />
De acordo <strong>com</strong> o Diretor Douglas Scortegagna, os<br />
principais processos da área de saúde <strong>que</strong> estão sendo<br />
desenvolvidos em 2009 são: vigilância de risco, especialmente<br />
de pacientes crônicos; terapia <strong>com</strong>unitária, para<br />
auxiliar os pacientes da saúde mental; e maior acessibilidade<br />
dos participantes <strong>que</strong> necessitam utilizar a política<br />
autorizaçõEs<br />
na Cassi:<br />
um proCEsso<br />
quE tEm dE sEr<br />
dEsburoCratizado<br />
lação para o usuário, o ideal é passar a a<strong>com</strong>panhar<br />
mais de perto os prestadores <strong>que</strong> apresentam desvio<br />
de custo em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> os demais prestadores.<br />
Desde julho de 2008, a Cassi atua em alguns hospitais<br />
verificando os prontuários e fechando as contas<br />
no próprio local. São hospitais <strong>que</strong> apresentam faturamento<br />
<strong>com</strong> valor significativo. Em 2009, esta prática<br />
vai ser intensificada, <strong>com</strong> investimento em auditoria<br />
hospitalar, negociações de pacotes de procedimentos<br />
e tecnologia.<br />
projEtos prioritários na<br />
dirEtoria dE saúdE<br />
farmacêutica. A Diretoria de Saúde pretende apresentar<br />
inovações. O objetivo é tornar as CliniCassi referência aos<br />
participantes quando o assunto for saúde, encaminhando<br />
os casos mais <strong>com</strong>plexos para a rede de especialistas, em<br />
parceria <strong>com</strong> os melhores profissionais e instituições credenciadas<br />
da Cassi.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 13
Tico Fonseca<br />
ENTREVISTA GRAÇA MACHADO<br />
partiCipação quE Faz<br />
a diFErEnça<br />
Graça Machado, Presidente do Conselho Deliberativo<br />
da Cassi, tem longa experiência na entidade. Em seu<br />
segundo mandato no cargo, a conselheira participou ativamente<br />
dos grandes momentos da Caixa de Assistência.<br />
A experiência e a dedicação desta nordestina fazem<br />
a diferença. Graça apresenta ao Ação Especial assuntos<br />
polêmicos da entidade.<br />
Ação: Denúncias de internautas alegam <strong>que</strong> a Cassi<br />
encolheu. A entidade foi reestruturada?<br />
Graça: A reestruturação da Cassi foi iniciada <strong>com</strong><br />
estudo da Consultoria Deloit e, posteriormente, houve<br />
adequação das diversas áreas da Caixa<br />
de Assistência. Assim, foi elaborada<br />
proposta de arquitetura mais adequada<br />
para a Estratégia Saúde<br />
da Família. As unidades foram<br />
divididas em portes de 1 a 5.<br />
Também foram adotados critérios<br />
mínimos para a instalação<br />
de unidades próprias,<br />
entre eles a existência na<br />
localidade de, pelo menos,<br />
1.200 participantes de todos<br />
os planos administrados<br />
pela Cassi e, no mínimo,<br />
800 do Plano de Associados.<br />
Desta forma,<br />
foram desativados<br />
os pontos de atendimento<br />
<strong>que</strong> não<br />
se enquadravam<br />
aos critérios estabelecidos,<br />
o <strong>que</strong><br />
acabou gerando<br />
descontentamento<br />
das populações<br />
atendidas por estes<br />
pe<strong>que</strong>nos núcleos.<br />
No entanto, não há<br />
<strong>com</strong>o trabalhar sem critérios mínimos. Existem lugares<br />
<strong>com</strong> uma população expressiva <strong>que</strong> exigia a presença<br />
local da Cassi, <strong>com</strong> um ponto de atendimento. E outros<br />
em <strong>que</strong> a população existente não justificava um núcleo<br />
da Cassi, pelo alto custo envolvido. É importante ressaltar<br />
<strong>que</strong> este processo foi aprovado por unanimidade na<br />
Diretoria e também no Conselho Deliberativo da Caixa<br />
de Assistência.<br />
Ação: Como essas mudanças deram mais agilidade<br />
à Cassi?<br />
Graça: A reforma estatutária não trouxe apenas mais<br />
recursos financeiros à Cassi. Grande parte das decisões<br />
<strong>que</strong> estavam centralizadas no Conselho Deliberativo hoje<br />
é conduzida pela Diretoria Executiva. O Conselho responsabilizou-se<br />
apenas pelo <strong>que</strong> é realmente estratégico.<br />
Estas mudanças foram primordiais para a agilidade da<br />
tomada de decisões na entidade. O <strong>que</strong> anteriormente<br />
aguardava reuniões do Conselho Deliberativo para <strong>que</strong><br />
houvesse uma decisão, hoje é tratado pelas áreas operacionais<br />
da entidade.<br />
Ação: Por <strong>que</strong> aconteceram demissões na Cassi?<br />
Graça: As auditorias internas da Cassi foram implantadas<br />
em abril de 2005. Elas são essenciais na identificação<br />
de falhas e processos <strong>que</strong> apresentam riscos e neces-<br />
sitam de fiscalização e normatização. Em 2008, o <strong>com</strong>itê<br />
de auditoria iniciou os trabalhos nas unidades da Cassi,<br />
analisando os processos de aquisição de materiais especiais<br />
e de implantes. Infelizmente, este trabalho apontou,<br />
em algumas unidades, diversas falhas e irregularidades,<br />
<strong>com</strong>o aquisições sem processos licitatórios, pagamentos<br />
sem notas fiscais ou <strong>com</strong> valores divergentes dos totais<br />
descritos nas notas, descumprimento de normas e alçadas,<br />
entre outros problemas. Os processos foram conduzidos<br />
pelos auditores internos da Cassi, <strong>que</strong> ouviram todos<br />
os envolvidos e, ao fim, propuseram correções e normatizações<br />
nos processos geridos pelas unidades. Nos casos<br />
mais graves, a auditoria re<strong>com</strong>endou sanções, <strong>com</strong><br />
advertências e demissões de gestores e funcionários.
Esultado positivo<br />
Em 2008<br />
A Cassi encerrou o ano de 2008 <strong>com</strong> superávit de R$<br />
262,3 milhões, sendo R$ 98,6 milhões referentes ao Plano<br />
de Associados. Parte deste resultado é decorrente da<br />
NúMEROS DA CASSI<br />
(Dados de 31/12/2008)<br />
Total de participantes: 775.373<br />
405.600 participantes no Plano de Associados, sendo:<br />
- 232.002 funcionários do BB e dependentes<br />
- 149.818 aposentados e dependentes<br />
- 18.142 pensionistas<br />
- 5.638 dependentes indiretos<br />
275.313 participantes do Cassi Família<br />
89.779 participantes dos Convênios de Reciprocidade<br />
4.681 participantes do Plano FunciCassi<br />
Rede credenciada<br />
21.783 prestadores − pessoa física<br />
10.272 clínicas<br />
3.162 laboratórios<br />
2.610 hospitais<br />
243 outros tipos de prestadores − assistência domiciliar, cooperativa<br />
de anestesistas, empresas de remoção, entre outros<br />
Serviços próprios<br />
46 CliniCassi<br />
139.871 participantes cadastrados na Estratégia Saúde da<br />
Família (ESF)<br />
672.634 atendimentos realizados pelas equipes de Saúde da<br />
Família<br />
44.969 participantes inscritos nos programas de saúde − Plena<br />
Idade, Atenção Domiciliar, Viva Coração e Bem Viver<br />
16 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI<br />
contribuição extraordinária do Banco do Brasil − R$ 52,7<br />
milhões em 2008 e R$ 150 milhões em 2007 −, em razão<br />
da negociação realizada <strong>com</strong> a reforma estatutária da<br />
entidade. Desconsiderando estes valores extraordinários<br />
aportados pelo BB, o resultado positivo líquido do Plano<br />
de Associados totalizou R$ 45,8 milhões.<br />
Os números poderiam ter sido ainda mais positivos. A<br />
Cassi, em 2008, foi obrigada a regularizar contribuições<br />
previdenciárias referentes aos anos de 2003 a 2006,<br />
no total de R$ 20,9 milhões. A dívida refere-se às contribuições<br />
de INSS sobre a coparticipação de 30%, pagas<br />
pelos associados em consultas médicas. Até 2006, a<br />
Cassi recolhia o tributo considerando apenas os valores<br />
de consulta pagos por ela, ou seja, 70%.
Evolução tECnológiCa<br />
quE podE ajudar a Cassi<br />
O autorizador eletrônico na Cassi veio para ficar. Ele<br />
substitui o preenchimento de guias e torna mais fácil o<br />
controle dos procedimentos realizados e o pagamento<br />
dos prestadores. Antes, a Cassi não tinha <strong>com</strong>o impedir<br />
o atendimento de consultas e exames de baixa <strong>com</strong>plexidade<br />
de participantes do Cassi Família <strong>que</strong> estavam<br />
em débito <strong>com</strong> a entidade. Hoje, <strong>com</strong> o autorizador<br />
saúdE dos FunCionários<br />
da ativa<br />
Desde 2006, a Cassi vem batendo recordes<br />
de realização dos Exames Periódicos<br />
de Saúde (EPS) para os funcionários<br />
do Banco do Brasil em atividade.<br />
O mérito deste feito vai para as áreas<br />
gestoras da Saúde do Trabalhador na<br />
Sede e nas unidades Cassi. “Graças<br />
ao <strong>com</strong>prometimento de todos os envolvidos,<br />
foi possível chegar à marca<br />
histórica de quase a totalidade de funcionários<br />
examinados em 2007”, afirma<br />
o Diretor Douglas Scortegagna.<br />
eletrônico, ou via web, é mais fácil evitar fraudes e identificar<br />
utilizações indevidas. O autorizador vem sendo<br />
desenvolvido desde 2007, mas o projeto é progressivo<br />
e ainda há muito a ser implementado. A implantação<br />
em consultórios, clínicas e hospitais <strong>está</strong> avançando e<br />
facilita o faturamento, evitando fraudes e despesas indevidas.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 17
ENTREVISTA VALMIR CAMILO<br />
tranquilidadE<br />
na Cassi<br />
Por Ana Cristina Padilha e Tatiane Lopes<br />
Quando muitas pessoas falavam <strong>que</strong> a Cassi iria acabar, o<br />
Presidente da ANABB, Valmir Camilo, enfrentou o debate. Ao<br />
lado do Banco do Brasil e de representantes do funcionalismo,<br />
Camilo discutiu os principais problemas, fez negociações e marcou<br />
a história da Caixa de Assistência.<br />
Para Camilo, um dos grandes méritos da conquista foi a<br />
tranquilidade <strong>que</strong> a Cassi alcançou. Nesta entrevista, o presidente<br />
relembra o período difícil, o relacionamento da Cassi<br />
<strong>com</strong> o Banco, a implantação do plano odontológico e o <strong>que</strong> deve<br />
ser modificado para <strong>que</strong> a Cassi continue prosperando.<br />
Ação: Como a experiência adquirida na ANABB pode ajudar o trabalho<br />
dos dirigentes na Cassi?<br />
Valmir: Não dá para fazer disputa ideológica <strong>com</strong> a saúde. A ANABB<br />
percebeu <strong>que</strong> ficar no jogo político <strong>com</strong> projetos <strong>que</strong> não saíam do papel<br />
estava acabando <strong>com</strong> a Cassi. Ter dois diretores experientes na Cassi <strong>que</strong><br />
atuaram na ANABB ajuda e muito. Existe também a contribuição<br />
de pessoas <strong>com</strong> experiência em outras entidades e <strong>que</strong> levaram<br />
isso para os Conselhos Deliberativo e Fiscal. O<br />
próprio Banco resolveu fazer mudanças e passou<br />
a indicar pessoas para o Conselho Fiscal, o <strong>que</strong><br />
trouxe melhorias. Hoje, a Cassi conta <strong>com</strong> uma<br />
diretoria <strong>que</strong> trabalha de forma harmônica. O<br />
novo modelo de governança é melhor para a<br />
entidade e, <strong>com</strong> o tempo, os grandes<br />
problemas irão desaparecer.<br />
Ação: Qual a importância da<br />
reforma estatutária para a melhoria<br />
da Cassi?<br />
Valmir: Em 2007, a ANABB tomou<br />
a decisão de enfrentar o debate<br />
18 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI
da mudança estatutária da Cassi,<br />
pois do jeito <strong>que</strong> estava não poderia<br />
continuar. Acredito <strong>que</strong> as mudanças<br />
atuais são fruto da decisão tomada<br />
pelo funcionalismo, <strong>que</strong> teve a coragem<br />
de mudar um normativo atrasado.<br />
As coisas <strong>com</strong>eçaram a acontecer,<br />
embora não <strong>com</strong> a velocidade<br />
<strong>que</strong> esperávamos, pois tudo relacionado<br />
ao Banco é mais demorado.<br />
Ação: <strong>Você</strong> pode explicar melhor<br />
essa relação entre o Banco e a<br />
Cassi?<br />
Valmir: A Diretora Denise, quando<br />
assumiu a Diretoria de Planos de<br />
Saúde, sentiu necessidade de modernizar<br />
a central de atendimento.<br />
Havia uma central subdimensionada<br />
<strong>com</strong> capacidade de atendimento de<br />
40 mil ligações/mês, enquanto a demanda<br />
passava de 200 mil ligações.<br />
Para aquisição de novos equipamentos<br />
e sistemas, foi necessária a concordância<br />
de todos os diretores, inclusive<br />
os indicados pelo Banco. Além<br />
disso, foi necessário cumprir todos os<br />
processos licitatórios. Tudo é muito<br />
fiscalizado e deve ser assim, mas isso<br />
torna o processo mais lento.<br />
Ação: Que mudanças na Cassi,<br />
desde a reforma do estatuto, merecem<br />
desta<strong>que</strong>?<br />
Valmir: O funcionalismo precisa<br />
perceber <strong>que</strong> nós trouxemos<br />
tranquilidade para a Cassi. Há dois<br />
anos, falávamos <strong>que</strong> a Cassi <strong>que</strong>braria.<br />
Ninguém fala mais isso hoje.<br />
Nada tinha solução, agora estamos<br />
apontando as soluções. Mais de 200<br />
novos procedimentos foram incluídos<br />
no rol de serviços da Cassi, mesmo<br />
sem a exigência da Agência Nacional<br />
de Saúde Suplementar. Há planos de<br />
saúde <strong>que</strong> não oferecem isso na totalidade<br />
dos serviços prestados. Este<br />
é o papel da ANABB na Cassi: dar<br />
tranquilidade. A ANABB entrou nesta<br />
luta, assumiu a responsabilidade e o<br />
risco e fez o trabalho <strong>com</strong> <strong>com</strong>petência<br />
e seriedade, contando <strong>com</strong> a ajuda<br />
dos representantes do Banco.<br />
Ação: A estrutura de atendimento<br />
<strong>que</strong> a Cassi <strong>está</strong> aperfeiçoando é<br />
adequada para atender a demanda<br />
no país?<br />
Valmir: A Cassi procura estabelecer<br />
parâmetros para investir em estruturas<br />
físicas. Não dá para bancar<br />
estrutura onde não há usuário e não<br />
ter estrutura onde há usuário. Na<br />
Diretoria, as demandas são tratadas<br />
no atacado, afinal, ela administra<br />
mais de 750 mil vidas. É bem possível<br />
<strong>que</strong>, em determinada localidade,<br />
alguém não tenha acesso aos melhores<br />
médicos, hospitais e tratamentos.<br />
Tentar construir esta rede <strong>com</strong><br />
<strong>com</strong>petência é uma tarefa <strong>que</strong> não<br />
se esgota nesta gestão. Hoje, a Cassi<br />
tem mais velocidade. Precisa vencer<br />
algumas barreiras naturais por conta<br />
até das carências do mercado de<br />
saúde e da sua relação <strong>com</strong> o Banco.<br />
O BB é lento, mas não é ineficiente.<br />
Às vezes, demora para fazer, mas,<br />
quando faz, faz bem feito.<br />
Ação: Como você vê as negociações<br />
para a implantação do plano<br />
odontológico da Cassi?<br />
Valmir: Quando apoiamos a primeira<br />
chapa da Cassi, há mais de<br />
dez anos, defendíamos o plano<br />
odontológico na entidade. A ANABB<br />
implantou seu próprio plano, o<br />
OdontoANABB, no fim de 2007, por<br />
absoluta incapacidade de continuar<br />
discutindo o assunto <strong>com</strong> o Banco.<br />
Como nosso plano foi criado <strong>com</strong><br />
sucesso, o movimento sindical pressionou<br />
o Banco e, durante as negociações<br />
do último acordo, colocou a<br />
cláusula de <strong>que</strong> a Cassi implantará<br />
um plano odontológico até a metade<br />
deste ano. O <strong>que</strong> nos surpreende é<br />
a forma <strong>com</strong>o o plano <strong>está</strong> sendo<br />
estruturado.<br />
Ação: Quais são as falhas na<br />
estruturação do plano odontológico<br />
na Cassi?<br />
Valmir: Quando a ANABB decidiu<br />
oferecer plano odontológico aos<br />
seus associados, fez trabalho de<br />
prospecção. Buscamos no mercado<br />
a empresa <strong>com</strong> o menor preço, a<br />
melhor rede, a maior eficiência, as<br />
maiores opções de procedimentos,<br />
e a escolha foi bem-sucedida.<br />
Encontramos uma empresa <strong>que</strong><br />
tinha aproximadamente 11 mil<br />
prestadores de serviço e, <strong>com</strong> a<br />
ajuda da ANABB e do funcionalismo,<br />
passou a ter 14 mil. Estes critérios<br />
têm de ser levados em consideração.<br />
A posição da ANABB é a de <strong>que</strong><br />
nenhuma prestadora de serviço<br />
odontológico, <strong>que</strong> tenha plano de<br />
saúde, possa ser contratada pela<br />
Cassi. O Banco apresentou uma<br />
empresa <strong>que</strong> atende pouco mais de<br />
100 mil pessoas e tem, em média,<br />
900 dentistas credenciados. Esta<br />
dimensão não atende aos participantes<br />
da Cassi.<br />
Ação: Qual a solução para o problema?<br />
Valmir: Se depender dos dirigentes<br />
eleitos, a Cassi não vai<br />
aceitar uma empresa sem qualidade.<br />
Isso cria um impasse <strong>que</strong><br />
não tem ligação nenhuma <strong>com</strong> o<br />
OdontoANABB. Se o movimento<br />
sindical aceitar a idéia de levar<br />
o plano odontológico para um<br />
plano de saúde <strong>que</strong> é concorrente<br />
da Cassi, ele terá de assumir a<br />
responsabilidade. Se entregarmos<br />
o plano odontológico para uma<br />
empresa qual<strong>que</strong>r, ela pode, em<br />
seguida, vender seu plano de saúde<br />
para os associados do Cassi Família.<br />
A minha responsabilidade <strong>com</strong>o<br />
dirigente é maior. Nenhuma empresa<br />
entrega uma base de clientes<br />
de 350 mil participantes para um<br />
concorrente.<br />
Especial CASSI | Ação Maio 2009 | 19
ConhEça quEm rEprEsEnta<br />
voCê na Cassi<br />
Graça Machado<br />
CONSELHO DELIBERATIVO ELEITO<br />
CONSELHO FISCAL ELEITO<br />
Roosevelt Rui dos Santos Ana Lúcia Landin<br />
Gilberto Antônio Vieira Francisco Henri<strong>que</strong> P. Ellery<br />
Marcel Juviniano Barros Maria do Carmo Trivizan Milton dos Santos Rezende Ubaldo Evangelista Neto<br />
Suplente<br />
Suplente<br />
Claúdio Barbirato Tavares<br />
Suplente<br />
Íris Carvalho Silva<br />
Suplente<br />
Conselheiros deliberativos indicados pelo BB: Carlos Frederico Tadeu Gomes, Jandira<br />
Pacheco Barbosa (suplente), Solon Coutinho de Lucena Filho, João Vagnes de Moura (suplente),<br />
Fernando Sabbi Melgarejo, Carlos Célio de Andrade Santos (suplente).<br />
20 | Ação Maio 2009 | Especial CASSI<br />
Marcos José O. Louzada<br />
Suplente<br />
Luiz Roberto Alarcão<br />
Suplente<br />
Marcelo de Andrade Ribeiro<br />
Suplente<br />
Conselheiros fiscais indicados pelo BB: Marcelo Gonçalves<br />
Farinha, Wagner de Si<strong>que</strong>ira Pinto (suplente), Sérgio Iunes<br />
Brito, Marco Antônio Resende (suplente), Flávio Alexandre<br />
Ferreira Medeiros, Elington José de Morais (suplente).