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Anais do II Congresso de Estudos Fenomenológicos do Paraná e II ...

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“O PENSAMENTO DE CARL ROGERS E A CONSTRUÇÃO DA PSICOLOGIA<br />

HUMANISTA NO BRASIL”<br />

Irmão Henrique Justo*<br />

Carl Rogers enfatiza alguns conceitos da Fenomenologia, por a “epoché”, i<strong>de</strong>ntificada por<br />

ele com a escuta empática <strong>de</strong> como o cliente “percebe a coisa em si”, e com um estar atento<br />

à “intencionalida<strong>de</strong>” <strong>de</strong>ste. Esses três conceitos, entre outros, provocaram uma verda<strong>de</strong>ira<br />

“reviravolta copernicana” no campo da psicoterapia e em outras áreas. Minha experiência<br />

se <strong>de</strong>u com “rogerianos” em Paris (1966-1967), com Rogers e sua equipe em La Jolla,<br />

Califórnia (1976) e mais, em Arcozelo, Rio <strong>de</strong> Janeiro (1977), on<strong>de</strong> foram três semanas<br />

intensivas: na primeira, quinze brasileiros, com algum conhecimento ou vivência na<br />

Abordagem Centrada na Pessoa e cinco da e da ACP, e 5 da equipe americana: Carl<br />

Rogers, Maria Constança, baiana, casada com Jack Bowen, Maureen Miller e John Wood.<br />

Coube-nos a tarefa <strong>de</strong> entrosar-nos e preparar o ambiente físico e psicológico para os cem<br />

ou mais que viriam para as duas semanas seguintes.Grupo pela manhã e à tar<strong>de</strong>. Primeira<br />

verificação: ambiente físico precário da fazenda: substituição <strong>de</strong> colchões, <strong>de</strong> camas<br />

quebradas, etc. Em vez <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>iras ou poltronas: almofadões prepara<strong>do</strong>s pela equipe. Des<strong>de</strong><br />

o advento <strong>do</strong> Governo Militar, esteve o local praticamente aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>. Teatro romano<br />

<strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> árvores copadas, piscina... Programação? Muitas idéias, sugestões, divergências,<br />

reformulações... Queria-se um programa para o encontro. Rogers simpaticamente<br />

compreensivo. No final: nenhuma programação: “Vamos escutar os que vêm.” Parece que<br />

Rogers tinha certeza <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sfecho <strong>de</strong> tanta troca <strong>de</strong> planificação. Após a janta, os recémchega<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>linearam programa provisório: pela manhã, ‘grupão’ no teatro romano; à tar<strong>de</strong>,<br />

grupos menores, com os co-facilita<strong>do</strong>res brasileiros que haviam passa<strong>do</strong> uma semana com a<br />

equipe <strong>do</strong>s USA. As avaliações foram as mais anima<strong>do</strong>ras, manifestan<strong>do</strong> quanto cresceram<br />

como pessoas, no grupão, nos grupinhos e, à tardinha, nos grupos <strong>de</strong> interesse: <strong>de</strong> teatro,<br />

<strong>do</strong>s homens, das mulheres, etc., e o maravilhoso <strong>de</strong> se haverem auto-organiza<strong>do</strong> e autogeri<strong>do</strong>.<br />

Os centros da ACP já existentes no Brasil receberam novo impulso e nasceram<br />

outros.<br />

Palavras-chave: Encontro; Vivências; Auto-organização; crescimento.<br />

*Dr. em Pedagogia e Livre-<strong>do</strong>cente em Psicologia. Ex-professor e diretor na PUCRS. Autor <strong>de</strong> vários livros,<br />

entre eles: “Cresça e Faça Crescer: Lições <strong>de</strong> Carl R. Rogers”, 7ª ed. (Sales Editora), “Abordagem Centrada<br />

na Pessoa: Consensos e Dissensos (Vetor) e “Ensino-Aprendizagem Centra<strong>do</strong> no Aluno” (Unilasalle, Canoas,<br />

RS)<br />

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