Download (PDF) - Grupo de Ombro e Cotovelo
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ACROMIOPLASTIA ARTROSCÓPICA E REPARO DAS LESÕES DO MANGUITO ROTADOR POR “MINIINCISÃO”<br />
Fig. 2 – <strong>Ombro</strong> direito em visão lateral, mostrando a “miniincisão” e lesão do MR sendo reparada<br />
uma ampliação do portal lateral, paralelo às fibras do músculo<br />
<strong>de</strong>ltói<strong>de</strong>, que são separadas sem que ocorra sua <strong>de</strong>sinserção<br />
do acrômio (figuras 1 e 2), realizando então a sutura da lesão<br />
do MR (5) .<br />
Cinco pacientes foram submetidos à ressecção parcial da<br />
porção distal da clavícula e em 5 pacientes foi realizada a ressecção<br />
total (29) ; estes, por apresentarem dor na articulação acromioclavicular<br />
ao exame clínico pré-operatório.<br />
As lesões do MR foram classificadas em três grupos, <strong>de</strong><br />
acordo com Cofield (30) : lesões pequenas <strong>de</strong> até 1cm, médias<br />
<strong>de</strong> 1 a 3cm e gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> 3 a 5cm. Dos tipos <strong>de</strong> lesões encontradas<br />
em nossos pacientes, 5 correspon<strong>de</strong>ram a lesões pequenas,<br />
11 a médias e 5 a gran<strong>de</strong>s. Doze pacientes tiveram<br />
apenas o tendão do músculo supra-espinhal comprometido, 8<br />
apresentaram lesão também no tendão do músculo infra-espinhal<br />
e 1, comprometimento dos tendões dos músculos supraespinhal,<br />
infra-espinhal e parcial do redondo menor. O tendão<br />
da cabeça longa do músculo bíceps do braço estava envolvido<br />
em 3 pacientes: um <strong>de</strong>les com sinovite, outro com hipertrofia<br />
e o último com uma lesão parcial. Apenas um paciente apresentou<br />
como achado intra-articular uma SLAP lesion (13) grau<br />
I, tratada com <strong>de</strong>sbridamento artroscópico.<br />
Os pacientes foram mantidos imobilizados no período pósoperatório,<br />
por uma a duas semanas, realizando exercícios<br />
pendulares. Após este período foram orientados a realizar exercícios<br />
passivos <strong>de</strong> rotação externa. Os exercícios ativos foram<br />
permitidos apenas após seis semanas da operação.<br />
Os resultados foram avaliados pelo método da UCLA (Universida<strong>de</strong><br />
da Califórnia-Los Angeles) (31) .<br />
RESULTADOS<br />
Com seguimento pós-operatório médio <strong>de</strong> 26,6 meses (12<br />
a 44 meses) e <strong>de</strong> acordo com o método da UCLA (31) , 13 foram<br />
classificados como obtendo resultados excelentes, 5 como<br />
bons, 1 como regular e 2 como ruins; portanto, 85,7% <strong>de</strong> resultados<br />
satisfatórios.<br />
A média <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> pré-operatória para elevação, que<br />
era <strong>de</strong> 125,6º (variando <strong>de</strong> 30º a 160º), aumentou para 155,8º<br />
no pós-operatório (variando <strong>de</strong> 100º a 180º); quanto à rotação<br />
externa, não houve mudança significativa (<strong>de</strong> 52,4º para 52,6º);<br />
e, em relação à rotação interna, houve um ganho médio <strong>de</strong> 3<br />
vértebras.<br />
Tivemos três complicações. Em um caso ocorreu um aci<strong>de</strong>nte<br />
durante o ato operatório, quando houve uma <strong>de</strong>sinserção<br />
in<strong>de</strong>sejada do <strong>de</strong>ltói<strong>de</strong> anterior <strong>de</strong>vido à tração excessiva<br />
pelos afastadores, sendo necessária sutura com pontos transósseos<br />
no acrômio. Este fato não interferiu na evolução do pa-<br />
Rev Bras Ortop _ Vol. 34, Nº 7 – Julho, 1999 417