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conjur nº 38 - Ministério da Previdência Social

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MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL<br />

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO<br />

Consultoria Jurídica<br />

Ref.: Comando n° SIPPS n° 336354605, n° 337884907 e n° 337884959. Prazo de<br />

carência e aposentadoria por i<strong>da</strong>de de trabalhador urbano.<br />

3. Segundo entendimento então adotado pelo INSS, em razão <strong>da</strong> norma benéfica<br />

conti<strong>da</strong> no §1° do art. 3° <strong>da</strong> Lei n° 10.666/2003, desconsiderava-se a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de<br />

segurado se o interessado comprovasse a carência, conforme a tabela progressiva de transição<br />

inserta no art. 142 <strong>da</strong> LBPS. Entretanto, o número de contribuições mensais exigidos para<br />

efeito de carência era definido pela "<strong>da</strong>ta de entra<strong>da</strong> do requerimento" do benefício de<br />

aposentadoria por i<strong>da</strong>de, e não pela <strong>da</strong>ta em que o segurado implementou o requisito etário.<br />

4. A douta Procuradoria Federal Especializa junto ao INSS - PFE/INSS, por usa<br />

vez, sustentava que a concessão do benefício de aposentadoria por i<strong>da</strong>de sujeitava-se ao<br />

atendimento simultâneo dos requisitos etário e contributivo, observando-se, a escala<br />

progressiva de carência inserta no art. 142 <strong>da</strong> LBPS, conforme a <strong>da</strong>ta do implemento de<br />

ambas as condições, relativamente aos segurados inscritos na <strong>Previdência</strong> <strong>Social</strong> Urbana e aos<br />

trabalhadores e empregados rurais cobertos pela <strong>Previdência</strong> <strong>Social</strong> Rural até 24.7.1991.<br />

5. Contudo, a regra benéfica constante do §1° do art. 3° <strong>da</strong> Lei n° 10.666/2003<br />

(irrelevância <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de segurado) somente seria aplicável aos pedidos<br />

protocolados pelos segurados a partir de 2003, <strong>da</strong>ta do advento <strong>da</strong>quela Lei, motivo pelo qual<br />

o segurado deveria comprovar carência mínima de 132 contribuições mensais, que é a<br />

carência exigi<strong>da</strong> pelo art. 142 <strong>da</strong> LBPS para o ano de 2003.<br />

6. Nesse contexto, vislumbrou-se a necessi<strong>da</strong>de de se definir se a Lei n°<br />

10.666/2003 poderia ser aplica<strong>da</strong> aos segurados os quais haviam implementado as condições<br />

para obtenção do benefício antes de 2003, tendo em vista que referi<strong>da</strong> norma dispensou o<br />

requisito "quali<strong>da</strong>de de segurado" para a concessão <strong>da</strong> aposentadoria por i<strong>da</strong>de.<br />

7. Confira-se, a propósito, o teor do art. 3° <strong>da</strong> Medi<strong>da</strong> Provisória n° 83/2002, em<br />

contraponto à re<strong>da</strong>ção final que restou acolhi<strong>da</strong> quando de sua conversão na Lei n°<br />

10.666/2003:<br />

MPV n° 83, de 12 de dezembro de 2002.<br />

"Art. 3° A per<strong>da</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de segurado não será considera<strong>da</strong> para a concessão <strong>da</strong>s<br />

aposentadorias por tempo de contribuição e especial.<br />

Parágrafo único. Na hipótese de aposentadoria por i<strong>da</strong>de, a per<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de de segurado não será considera<strong>da</strong> para a concessão desse beneficio,<br />

desde que o segurado conte com, no mínimo, duzentas e quarenta contribuições<br />

mensais." — grifou-se.<br />

Lei n° 10.666, de 8 de maio de 2003.<br />

"Art. 3° A per<strong>da</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de segurado não será considera<strong>da</strong> para a concessão <strong>da</strong>s<br />

aposentadorias por tempo de contribuição e especial.<br />

§ 1° Na hipótese de aposentadoria por i<strong>da</strong>de, a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de de segurado não<br />

será considera<strong>da</strong> para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte com,<br />

no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de<br />

carência na <strong>da</strong>ta do requerimento do beneficio.<br />

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