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Jornal Maranduba News

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Página 4 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> 15 Fevereiro 2010<br />

Cachoeira da Água Branca: patrimônio de um povo pluriétnico<br />

Com cerca de 200m de caída<br />

de água pura e cristalina<br />

a cachoeira da Água Branca,<br />

como é mais conhecida,<br />

mostra-se incrível e imponente,<br />

de beleza inigualável.<br />

Seu paredão rochoso<br />

de granito verde e suas trilhas<br />

escondem ainda muito<br />

mistério e beleza, além de<br />

muitas histórias em torno<br />

de seu nome.<br />

Cuidada pela população<br />

local como ícone do seu processo<br />

de existência. Água<br />

Branca nasce das águas<br />

do Rio do Brilhante, já nas<br />

proximidades do Vale do Paraíba,<br />

foi sem duvida ponto<br />

de parada e descanso dos<br />

índios que aqui viviam ä séculos,<br />

depois pelos desbravadores<br />

europeus e negros<br />

indígenas, rota do trafego<br />

negreiro (assim como a Pedra<br />

Preta que ainda possui<br />

dois fornos de carvão para<br />

uso das fazendas da Cacandoca<br />

e Ruínas da Lagoa).<br />

Com cerca de 9 km, a trilha<br />

e realizada aproximadamente<br />

9 horas de caminhada<br />

(ida e volta). O local<br />

possui várias trilhas que levavam<br />

ao Vale do Paraíba,<br />

com dados mais frescos ainda<br />

do período escravocrata,<br />

do ciclo do café, da cana de<br />

açúcar e da troca de mercadorias.<br />

Em seu trajeto não<br />

é difícil encontrar vestígios<br />

deste período, basta observar<br />

trechos do caminho que<br />

afundou de tanto servir de<br />

passagem.<br />

É de fácil visualização as<br />

orquídeas e bromélias que<br />

enfeitam o acesso e as aves<br />

e animais que habitam a<br />

mata atlântica. Alguns deles<br />

como o Tangará Dançador,<br />

ave símbolo do município de<br />

Ubatuba, sua plumagem é<br />

da cor da bandeira do município<br />

(vermelho, preto,<br />

azul e branco) e seu ritual<br />

de acasalamento é um espetáculo<br />

a parte. Inúmeras<br />

vezes há uma parada para<br />

um delicioso banho, pois<br />

além de quedas de águas<br />

pelo caminho encontramos<br />

poços de águas cristalinas e<br />

convidativas para um banho<br />

relaxante. Com nível de dificuldade<br />

alta e é recomendada<br />

a contratação de um<br />

guia local.<br />

Vários outros procedimentos<br />

têm de ser seguidos,<br />

principalmente pela segurança<br />

dos visitantes e a conservação<br />

da mata.<br />

Obedecendo as regras de<br />

segurança você terá sem<br />

duvida uma dos melhores<br />

passeios de sua vida.<br />

Energia Hidroeletrica<br />

No ano de 1957, alguns<br />

moradores foram contratados<br />

pelo governo para trabalhar<br />

em uma sondagem<br />

nas paredes de granito verde<br />

Ubatuba no entorno da<br />

cachoeira da Água Branca<br />

para fins de implantar um<br />

gerador de energia hidroelétrica<br />

ligada à represa<br />

de Paraibuna. Foram mais<br />

de um ano e cinco meses<br />

de pesquisas, utilizaram-se<br />

dois motores que gastavam<br />

cerca de 100lts de combustível,<br />

um a gasolina e outro a<br />

diesel, ate dinamites foram<br />

utilizados no local. A comida<br />

saia do Sertão da Quina as<br />

09h30min da manha para<br />

chegar ao local das sondagens<br />

às 11h30min, pelo<br />

caminho ainda recolhiam<br />

bananas do bananal do então<br />

Manoel Correia (Pai da<br />

Tia Rita, do Ditinho Correia,<br />

Maria Correia, da Iolampia,<br />

Zé Correia Velho, Tio Guido).<br />

O alivio foi quando o<br />

projeto da hidroelétrica ficou<br />

realmente ao lado da<br />

atual represa, já que a saída<br />

de água poderia ser para o<br />

lado do litoral, o que numa<br />

vasao de água da represa<br />

poderia inundar as casas e<br />

as rocas do Sertão da Quina<br />

Texto e Foto: Ezequiel dos Santos<br />

e <strong>Maranduba</strong>. Trabalharam<br />

nas sondagens Sebastião<br />

Pedro de Oliveira, Antonio<br />

Pereira, Manoel correia<br />

de Oliveira, Guido Correia,<br />

Emidio Luiz de Deus, Manoel<br />

Santana Benedito Luiz de<br />

Deus-Nanzinho, tio Kito.<br />

Vale lembrar de que desde<br />

a construção da rodovia<br />

federal muitos tentaram tomar<br />

terras dos moradores<br />

locais e não diferente tentaram<br />

cercar as terras no entorno<br />

da Água Branca, a população<br />

não deixou e vários<br />

capangas foram expulsos,<br />

os últimos que tentaram foram<br />

ainda no inicio da década<br />

de 1980.<br />

Recomendações<br />

Contrate um guia local.<br />

Planeje bem sua caminhada<br />

e informe a alguém sobre<br />

seu passeio.<br />

Não leve lembrança que<br />

seja indesejável a floresta e<br />

a segurança do grupo.<br />

Evite fazer barulho, desfrute<br />

dos sons da natureza.<br />

Tire apenas fotos.<br />

Traga todo o seu lixo de volta,<br />

deixe apenas pegadas.<br />

Só leve o que puder trazer.<br />

Proteja-se do sol, mosquitos,<br />

pernilongos. São comuns<br />

chuvas repentinas.<br />

Cuidado para não causar incêndios<br />

na floresta.<br />

Não corte nenhuma vegetação,<br />

consulte o guia.<br />

Lembre-se o salvamento em<br />

áreas de floresta e muito<br />

caro e complexo.<br />

Mantenha-se sempre na trilha,<br />

se for sair comunique o<br />

guia. Leve seu próprio suprimento<br />

de alimentos (alguns<br />

guias já oferecem o lanche<br />

de trilha).<br />

Equipamentos necessários<br />

tênis para trilha (não deve<br />

ser novo), capa de chuva,<br />

lanterna, repelente, protetor<br />

solar, recipiente para armazenar<br />

água, toalha, mochila<br />

pequena, troca de roupa e<br />

maquina fotográfica.<br />

Um bom guia fará varias<br />

perguntas sobre a sua saúde<br />

e condições emocionais<br />

para avaliação dos procedimentos<br />

de segurança e<br />

precaução para realizar o<br />

passeio. Para isto o guia poderá<br />

solicitar a revisão dos<br />

objetos a serem levados<br />

pelo turista.

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