164 rentes centrais <strong>de</strong> <strong>teleatendimento</strong>, com 150 usuários <strong>de</strong> fones <strong>de</strong> ouvidos <strong>de</strong> ambos os sexos. Os níveis sonoros produzidos pelos fones <strong>de</strong> ouvido foram obtidos através <strong>de</strong> um manequim equipado com um simulador <strong>de</strong> ouvido e um mol<strong>de</strong> <strong>de</strong> orelha. Os níveis <strong>de</strong> ruído encontram-se entre 65 dB(A) a 88 dB(A), com média <strong>de</strong> 77 dB(A) e <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> 5 dB(A). Gierlich (2002) testou 6 diferentes fones <strong>de</strong> ouvido <strong>em</strong> 12 indivíduos distintos. Os níveis <strong>de</strong> pressão sonora medidos variaram numa faixa <strong>de</strong> ± 10 dB(A) <strong>em</strong> todas as faixas <strong>de</strong> freqüência. Os resultados das medições confirmaram que o uso da tecnologia da cabeça artificial com um simulador <strong>de</strong> ouvido e com um mol<strong>de</strong> <strong>de</strong> orelha externa padrão proporcionou resultados mais realísticos quando comparados com os dados da média das características das orelhas humanas. Um a<strong>de</strong>quado controle da exposição a ruído d<strong>em</strong>anda uma abordag<strong>em</strong> holística, consi<strong>de</strong>rando não somente os fones e a infra-estrutura dos aparelhos <strong>de</strong> telefonia, mas também o <strong>de</strong>sign dos prédios, o layout dos postos <strong>de</strong> trabalho, as modificações do trabalho e a manutenção dos equipamentos, como mostra Bayley (2003). As recomendações da legislação para a redução da exposição a ruído não pod<strong>em</strong> ser garantidas somente a partir da escolha <strong>de</strong> um equipamento com limitador acústico. Depend<strong>em</strong>, ainda, da regulag<strong>em</strong> <strong>de</strong> volume, da duração da exposição diária, da freqüência e da duração das chamadas telefônicas, da manutenção a<strong>de</strong>quada dos equipamentos e <strong>de</strong> testes rápidos diários ou s<strong>em</strong>anais para checag<strong>em</strong> do funcionamento do sist<strong>em</strong>a, do correto uso e colocação dos fones, entre outros. Determinação do nível <strong>de</strong> pressão sonora no canal auditivo De acordo com a norma ISO 11904-1, técnica que utiliza um minimicrofone <strong>em</strong> ouvido real, o nível <strong>de</strong> pressão sonora no canal auditivo po<strong>de</strong> ser medido através da utilização <strong>de</strong> um microfone miniaturizado, que é colocado na entrada do canal auditivo. As respostas dos minimicrofones utilizados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar <strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> pronunciados efeitos <strong>de</strong> ressonância. O microfone, os el<strong>em</strong>entos elétricos, suportes e outros el<strong>em</strong>entos não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> exce<strong>de</strong>r a área <strong>de</strong> 10 mm 2 da área total da concha do ouvido. A norma ISO/DIS 11904 <strong>de</strong>termina que os sinais <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser analisados com filtros <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava, conforme requisições para classe I da IEC 61260. No caso da técnica usando manequim, os níveis <strong>de</strong> pressão sonora são obtidos através da exposição do manequim equipado com simulador <strong>de</strong> ouvido ao ruído sob teste e são medidos <strong>em</strong> bandas <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava através <strong>de</strong> L M, exp, f . Cada um dos níveis das bandas <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava é ajustado com a resposta <strong>em</strong> freqüência <strong>de</strong> campo difuso (∆L DF, f para ouvido real e DL DF, f para o manequim) para obter os níveis <strong>de</strong> pressão sonora correspon<strong>de</strong>ntes, apresentados <strong>em</strong> bandas <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava <strong>em</strong> campo difuso. Posteriormente, esses níveis <strong>em</strong> bandas <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava são ajustados usando a curva <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração A e subseqüent<strong>em</strong>ente combinados para obter o nível <strong>de</strong> pressão sonora contínuo equivalente pon<strong>de</strong>rado A, relacionado ao campo difuso L DF, Aeq . Com o indivíduo exposto ao ruído sob teste e com o minimicrofone <strong>de</strong>vidamente posicionado, o nível <strong>de</strong> pressão sonora na orelha po<strong>de</strong> ser obtido para cada uma das freqüências <strong>em</strong> bandas <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava. De acordo com a respectiva norma ISO, a faixa <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> maior significância para os objetivos do teste e uma relação sinal-ruído <strong>de</strong> ao menos 10 dB <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser garantidos <strong>em</strong> cada faixa <strong>de</strong> freqüência <strong>em</strong> bandas <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava. O t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> medição <strong>de</strong>ve ser escolhido <strong>de</strong> modo a ser representativo da exposição real. Para bandas <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava, as freqüências da banda central f e o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> medição t <strong>de</strong>v<strong>em</strong> apresentar um intervalo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po representativo da exposição. Para obter os níveis <strong>de</strong> pressão sonora <strong>em</strong> banda <strong>de</strong> terço <strong>de</strong> oitava relacionados <strong>em</strong> campo difuso L DF, f , é necessário subtrair do nível <strong>de</strong> pressão sonora do canal auditivo (L ear,exp,f para ouvido real e L M,exp,f para o manequim) a resposta <strong>em</strong> freqüências <strong>de</strong> campo difuso (∆L DF, f para ouvido real e DL DF, f para o manequim): i) Técnica <strong>em</strong> ouvido real L DF, f = L ear, exp, f – ∆L DF, f ii) Técnica com manequim L DF, f = L M, exp, f – ∆L DF, f Revista Brasileira <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ocupacional, São Paulo, 31 (114): 161-172, 2006 (1) (2)
Tabela 1 Correção dos níveis <strong>de</strong> pressão sonora para obtenção da resposta <strong>em</strong> freqüência <strong>de</strong> campo difuso para posições selecionadas <strong>de</strong> medição no canal auditivo (técnica ouvido real) Freqüência (Hz) Resposta <strong>em</strong> freqüência <strong>de</strong> campo difuso, L (dB) DF, f 100 0,0 125 0,2 160 0,4 200 0,6 250 0,8 315 1,1 400 1,5 500 1,7 630 2,1 800 2,5 1.000 2,9 1.250 3,6 1.600 4,7 2.000 6,4 2.500 8,2 3.150 5,8 4.000 3,0 5.000 5,1 6.300 6,9 8.000 5,6 10.000 Fonte: ISO/DIS 11904-1, 2000. p. 8. -0,9 Tabela 2 Correção dos níveis <strong>de</strong> pressão sonora para obtenção da resposta <strong>em</strong> freqüência <strong>de</strong> campo difuso na técnica utilizando manequim Freqüência (Hz) Resposta <strong>em</strong> freqüência <strong>de</strong> campo difuso, DL DF, f (dB) Tolerância (dB) 100 0,0 ±1,0 125 0,0 ±1,0 160 0,0 ±1,0 200 0,0 ±1,0 250 0,5 ±1,0 315 0,5 ±1,0 400 1,0 ±1,0 500 1,5 ±1,5 630 2,0 ±1,5 800 4,0 ±2,0 1.000 5,0 ±2,0 1.250 6,5 ±1,5 1.600 8,0 ±1,5 2.000 10,5 +2,0 -1,0 2.500 14,0 +2,0 -3,0 3.150 12,0 +6,0 -1,0 4.000 11,5 +5,0 -2,0 5.000 11,0 +5,5 -2,0 6.300 8,0 +2,0 -3,0 8.000 6,5 +5,0 -4,0 10.000 Fonte: ITU-T, 1993. p. 58, p. 13. 10,5 +0,0 -10,0 Revista Brasileira <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ocupacional, São Paulo, 31 (114): 161-172, 2006 165
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