Apostila de Literatura 3º M,N
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1. Os dois textos apresentados, separados no tempo por quase quatrocentos anos (a<br />
primeira edição <strong>de</strong> OS LUSÍADAS é <strong>de</strong> 1572), revelam características formais típicas<br />
<strong>de</strong> suas respectivas épocas, mas não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> apresentar traços em comum. Releia-os<br />
com atenção e:<br />
a) mencione duas características formais típicas da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> que se observam no<br />
poema A ONDA;<br />
b) aponte um procedimento rítmico presente na estrofe <strong>de</strong> OS LUSÍADAS que é<br />
também empregado no poema <strong>de</strong> Manuel Ban<strong>de</strong>ira.<br />
2.(Unesp) Cessem do sábio Grego e do Troiano<br />
As navegações gran<strong>de</strong>s que fizeram;<br />
Cale-se <strong>de</strong> Alexandre e <strong>de</strong> Trajano<br />
A fama das vitórias que tiveram;<br />
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,<br />
A quem Neptuno e Marte obe<strong>de</strong>ceram.<br />
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,<br />
Que outro valor mais alto se alevanta.<br />
2. A oitava anterior constitui a terceira estrofe <strong>de</strong> OS LUSÍADAS, <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Camões,<br />
poema épico publicado em 1572, obra máxima do Classicisismo português. O tipo <strong>de</strong><br />
verso que Camões empregou é <strong>de</strong> origem italiana e fora introduzido na <strong>Literatura</strong><br />
Portuguesa algumas décadas antes, por Sá <strong>de</strong> Miranda. Quanto ao conteúdo, o poema<br />
OS LUSÍADAS toma como ponto <strong>de</strong> referência um episódio da História <strong>de</strong> Portugal.<br />
Baseado nestes comentários e em seus próprios conhecimentos, releia a estrofe citada<br />
e indique:<br />
a) o tipo <strong>de</strong> verso utilizado (po<strong>de</strong> mencionar simplesmente o número <strong>de</strong> sílabas<br />
métricas);<br />
b) o episódio da História <strong>de</strong> Portugal que serve <strong>de</strong> núcleo narrativo ao poema.<br />
3. Uma leitura atenta da estrofe citada revela que o conteúdo dos primeiros seis versos<br />
é retomado e sintetizado nos últimos dois versos. Interprete a estrofe <strong>de</strong> acordo com<br />
esta observação.<br />
4. (Fuvest) Quando da bela vista e doce riso,<br />
tomando estão meus olhos mantimento,<br />
tão enlevado sinto o pensamento<br />
que me faz ver na terra o Paraíso.<br />
Tanto do bem humano estou diviso,<br />
que qualquer outro bem julgo por vento;<br />
assi, que em caso tal, segundo sento,<br />
assaz <strong>de</strong> pouco faz quem per<strong>de</strong> o siso.<br />
Em vos louvar, Senhora, não me fundo,<br />
porque quem vossas cousas claro sente,<br />
sentirá que não po<strong>de</strong> merecê-las.<br />
Que <strong>de</strong> tanta estranheza sois ao mundo,<br />
que não é d'estranhar, Dama excelente,<br />
que quem vos fez, fizesse Céu e estrelas.<br />
¢ Tomando mantimento - tomando consciência.<br />
£ Estou diviso - estou separado, apartado.<br />
¤ Sento - sinto.<br />
¥ Não me fundo - não me empenho.<br />
a) Caracterize brevemente a concepção <strong>de</strong> mulher que este soneto apresenta.<br />
b) Aponte duas características <strong>de</strong>sse soneto que o filiam ao Classicismo, explicando-as<br />
sucintamente.<br />
5. (Fuvest) Na LÍRICA <strong>de</strong> Camões,<br />
a) o metro usado para a composição dos sonetos é a redondilha maior.<br />
b) encontram-se sonetos, o<strong>de</strong>s, sátiras e autos.<br />
c) cantar a Pátria é o centro das preocupações.<br />
d) encontra-se uma fonte <strong>de</strong> inspiração <strong>de</strong> muitos poetas brasileiros do século XX.<br />
e) a Mulher é vista em seus aspectos físicos, <strong>de</strong>spojada <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>.<br />
6. (Mackenzie) Texto1:<br />
"Sôbolos rios que vão<br />
Por Babilônia, me achei,<br />
On<strong>de</strong> sentado chorei<br />
as lembranças <strong>de</strong> Sião<br />
E quanto nela passei."<br />
Texto 2:<br />
"Enquanto quis Fortuna que tivesse<br />
Esperança <strong>de</strong> algum contentamento,<br />
O gosto <strong>de</strong> um suave pensamento<br />
Me fez que seus efeitos escrevesse.<br />
Porém, temendo Amor que aviso <strong>de</strong>sse<br />
Minha escritura a algum juízo isento<br />
Escureceu-me o engenho ao tormento,<br />
Para que seus enganos não dissesse.<br />
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos<br />
A diversas vonta<strong>de</strong>s! Quando ler<strong>de</strong>s<br />
Num breve livro casos tão diversos,