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projeto político pedagógico 2012 - colégio estadual juvenal ...

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decisiva de um processo de desprendimento”, destacando esse período como<br />

de “contradições, confuso, doloroso”. Knobel parte de pressupostos de que “o<br />

adolescente passa por desequilíbrios e instabilidades extremas” e que “o<br />

adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial para assimilar os<br />

impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”. Esses<br />

desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são<br />

colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no<br />

adolescente, devendo portanto essa concepção ser refletida.<br />

Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e<br />

a adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social,<br />

sendo assim deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural,<br />

o processo construído historicamente, tendendo a identificar bases universais<br />

em suas proposições. Herrán considera que haja alguma concordância entre<br />

autores e linhas teóricas sobre o fato de a adolescência ser um período de<br />

transição marcado por mudanças físicas e cognitivas, bem como um<br />

prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no<br />

mundo adulto.<br />

As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de<br />

considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora<br />

enfatizam os aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não<br />

conseguindo superar visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os<br />

fatores sociais são encarados de forma abstrata e genérica, e a influência do<br />

meio torna-se difusa e descaracterizada contextualmente, agindo apenas como<br />

um pano de fundo no processo de desenvolvimento já previsto no adolescente.<br />

Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e<br />

patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a<br />

visão de homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como<br />

autônomo, livre e capaz de se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a<br />

adolescência como uma fase natural do desenvolvimento, apontando nela<br />

características naturais como rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e<br />

crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos, tendência<br />

grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e<br />

contradições sucessivas.<br />

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