projeto político pedagógico 2012 - colégio estadual juvenal ...
projeto político pedagógico 2012 - colégio estadual juvenal ...
projeto político pedagógico 2012 - colégio estadual juvenal ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ESTADO DO PARANÁ<br />
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO<br />
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO<br />
COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA<br />
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO<br />
Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490<br />
CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná<br />
ce.<strong>juvenal</strong>mesquita@gmail.com<br />
bnt<strong>juvenal</strong>mesquita@seed.pr.gov.br<br />
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO<br />
<strong>2012</strong><br />
BANDEIRANTES – PARANÁ<br />
1
APRESENTAÇÃO<br />
O presente Projeto Político-Pedagógico, muito mais que uma<br />
exigência legal, constitui-se na organização do trabalho <strong>pedagógico</strong> do<br />
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo o<br />
resultado de uma construção coletiva, com a participação de professores,<br />
pais, alunos, equipe pedagógica, equipe administrativa, serviços gerais e a<br />
comunidade escolar em geral, com o objetivo maior de transformar a<br />
realidade social à qual estão inseridos, observando-se as mudanças da<br />
atualidade.<br />
Enquanto construção coletiva da identidade da escola, o Projeto<br />
Político Pedagógico pressupõe um <strong>projeto</strong> de acordo com a concepção de<br />
Homem, de Sociedade, de Escola, de Trabalho, de Educação, de Cultura, de<br />
Tecnologia, Cidadania, Letramento, entre outros aspectos inerentes à práxis<br />
pedagógica, fundamentado na democracia e na justiça social, sendo a escola<br />
portanto, a responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão.<br />
O Projeto Político-Pedagógico é um permanente processo de<br />
discussões das práticas, das preocupações individuais e coletivas, dos<br />
obstáculos aos propósitos da escola e da educação, e portanto não temos<br />
a pretensão de considerá-lo um trabalho acabado, mas sim contínuo e<br />
flexível, capaz de ser modificado de acordo com as necessidades da escola.<br />
No contexto em que estamos vivendo, com informações rápidas,<br />
mudanças de paradigmas, o Projeto Político-Pedagógico deve estar<br />
sintonizado com uma nova visão de mundo, garantindo assim a formação<br />
global e crítica de todos os envolvidos no processo, capacitando-os para o<br />
exercício da cidadania pretendida.<br />
Ao estabelecer em seu Projeto Político-Pedagógico interesses comuns<br />
básicos, a partir dos quais possam ser trabalhadas as diferenças e as<br />
potencialidades dos alunos, a escola pretende que os mesmos sejam<br />
participantes e agentes transformadores da realidade, que aprendam o que é<br />
relevante, que apliquem seus conhecimentos nos problemas cotidianos, que<br />
façam uso da tecnologia, e que ao mesmo tempo sejam pessoas capazes de<br />
transformar a realidade e de torná-la mais humana.<br />
2
SUMÁRIO<br />
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ….............................. 6<br />
2. MARCO SITUACIONAL........................................................... 7<br />
2.1. Oferta da Instituição......................................................... 9<br />
2.2. Ocupação do tempo e dos espaços <strong>pedagógico</strong>s................. 10<br />
2.3. Organização Interna da Entidade escolar............................ 10<br />
2.4. Caracterização da Comunidade Escolar.............................. 12<br />
2.5. Histórico da Instituição..................................................... 13<br />
2.6. Dependências físicas e materiais....................................... 15<br />
2.7. Quadro de Funcionários.................................................... 22<br />
2.8. Condições de atendimento a alunos com necessidades<br />
educacionais especiais............................................................<br />
2.9. Resultados educacionais, aprovação e evasão.................... 25<br />
2.10. Dados das avaliações externas........................................ 26<br />
2.11. Relação idade/série......................................................... 27<br />
3. MARCO CONCEITUAL............................................................ 28<br />
3.1. Concepção de Educação.................................................... 29<br />
3.2. Concepção de Homem....................................................... 30<br />
3.3. Concepção de Escola......................................................... 31<br />
3.4. Concepção de Sociedade................................................... 31<br />
3.5. Concepção de Cultura....................................................... 32<br />
3.6. Concepção de Tecnologia.................................................. 32<br />
3.7. Concepção de Cidadania................................................... 33<br />
3.8. Concepção de Ensino e Aprendizagem.............................. 33<br />
3.9. Concepção de Avaliação................................................... 33<br />
3.10. Concepção de Gestão Escolar........................................... 35<br />
3.11. Concepção de Currículo................................................... 36<br />
3.12.Concepção de Infância e Adolescência articulada à<br />
concepção de Ensino e Aprendizagem......................................<br />
3.13. Concepção de Alfabetização e Letramento...................... 40<br />
3.14. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino<br />
Fundamental...........................................................................<br />
3.15. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais.............. 43<br />
4. MARCO OPERACIONAL.......................................................... 44<br />
4.1. Ações definidas pelo coletivo escolar................................. 44<br />
4.2. Organização do trabalho <strong>pedagógico</strong>................................. 46<br />
24<br />
36<br />
42<br />
3
4.2.1. Organização Curricular................................................... 46<br />
4.2.2. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem,<br />
formas de registro, recuperação de estudos, promoção............<br />
4.2.3. Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM................ 51<br />
4.2.4. Conselho de Classe........................................................ 52<br />
4.2.5. Processo de Classificação e Reclassificação..................... 53<br />
4.2.6. Regime de Progressão Parcial......................................... 55<br />
4.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes............ 56<br />
4.2.8. Formação Continuada..................................................... 56<br />
4.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade........... 58<br />
4.2.10. Organização do horário/hora atividade.......................... 58<br />
4.2.11. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atuação da<br />
Equipe Multidisciplinar.............................................................<br />
4.2.12. Acompanhamento das atividades em contraturno.......... 61<br />
4.2.13. Matriz Curricular.......................................................... 62<br />
4.2.14. Calendário Escolar........................................................ 63<br />
4.2.15. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atendimento<br />
à Diversidade..........................................................................<br />
4.2.16. Ações previstas em parceria......................................... 65<br />
4.2.17. Envolvimento das Instâncias Colegiadas....................... 65<br />
4.2.17.1. Conselho Escolar....................................................... 65<br />
4.2.17.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF..... 67<br />
4.2.17.3. Equipe Diretiva......................................................... 68<br />
4.2.17.4. Equipe Pedagógica.................................................... 69<br />
4.2.17.5. Agentes Educacionais................................................ 71<br />
4.2.17.6. Equipe Docente......................................................... 72<br />
4.2.17.7. FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente.......... 74<br />
4.2.18. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta<br />
Pedagógica Curricular..............................................................<br />
4.3. Proposta Pedagógica Curricular......................................... 76<br />
ARTE....................................................................................... 77<br />
BIOLOGIA................................................................................ 90<br />
CIÊNCIAS................................................................................ 95<br />
EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................... 106<br />
ENSINO RELIGIOSO.................................................................. 120<br />
FILOSOFIA............................................................................... 127<br />
FÍSICA..................................................................................... 132<br />
47<br />
59<br />
63<br />
75<br />
4
GEOGRAFIA............................................................................. 143<br />
HISTÓRIA................................................................................ 154<br />
LEM – INGLÊS.......................................................................... 175<br />
LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................. 194<br />
MATEMÁTICA........................................................................... 216<br />
QUÍMICA................................................................................. 228<br />
SOCIOLOGIA............................................................................ 233<br />
CELEM – ESPANHOL.................................................................. 240<br />
5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO<br />
PEDAGÓGICO........................................................................... 257<br />
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 259<br />
7. ANEXOS.............................................................................. 262<br />
7.1. Atividades e <strong>projeto</strong>s desenvolvidos na escola, integrados<br />
ao Projeto Político Pedagógico................................................. 262<br />
7.1.1. OBMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas<br />
Públicas ................................................................................ 262<br />
7.1.2. Concurso de Soletração.................................................. 262<br />
7.1.3. Jogos Florais.................................................................. 262<br />
7.1.4. Programa Agrinho.......................................................... 263<br />
7.1.5. Concurso de Redação – Rotary Club................................ 263<br />
7.1.6. Participação em atividades cívicas.................................. 264<br />
7.2. Plano de ação da Equipe Multidisciplinar............................ 264<br />
7.3. Proposta da Agenda 21 Escolar.......................................... 271<br />
7.4. Calendário Escolar – Ano Letivo <strong>2012</strong>................................. 272<br />
7.5. Matriz Curricular Vigente.................................................. 273<br />
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:<br />
5
Denominação: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fund. e Médio<br />
Código do Estabelecimento: 00036<br />
Endereço: Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – CEP 86.360-000<br />
TELEFONE:(43) 3542 4490 g-mail : ce.<strong>juvenal</strong>mesquita@gmail.com<br />
PÁGINA DA ESCOLA:bnt<strong>juvenal</strong>mesquita@seed.pr.gov.br<br />
Município: Bandeirantes<br />
Código do município: 0240<br />
Dependência Administrativa: Estadual<br />
Núcleo Regional: Cornélio Procópio<br />
Código do NRE: 008<br />
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná<br />
Ato de Autorização de Funcionamento: DEC. 2787 DOE 10/01/77<br />
Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: RES. 393/06 DOE<br />
08/03/06<br />
Ato Administrativo – Regimento Escolar: 248/2008<br />
Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 068/2008 - SEF/EP/NRE<br />
Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 032/10<br />
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 018/2010<br />
Ato Administrativo – Adendo 02 do Regimento Escolar: 219/2010<br />
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 097/2010<br />
Ato Administrativo – Adendo 03 do Regimento Escolar: 193/2011<br />
Parecer de Aprovação – Adendo 03 do Regimento Escolar: 161/2011<br />
Distância da Escola do NRE: 36 Km<br />
Localização da Escola: região norte do município<br />
Tipo de escola: Urbana<br />
2. MARCO SITUACIONAL:<br />
6
A escola constitui-se no espaço que deveria efetivamente possibilitar<br />
às nossas crianças, adolescentes e jovens a apropriação do saber<br />
elaborado. Entretanto, a Educação vem enfrentando grandes dificuldades,<br />
provenientes dos graves problemas familiares, econômicos e sociais que<br />
são em grande parte resultados do sistema capitalista vigente. É urgente<br />
que se d efinam caminhos para nortear os trabalhos que garantam a<br />
permanência do aluno na escola, que, aliás, é previsto em lei, e também o<br />
preparo para o exercício consciente da cidadania, de forma a garantir uma<br />
vida digna para si e para a sociedade em que vive.<br />
É fato que sem Educação não há desenvolvimento e tão pouco<br />
crescimento. Entretanto, apesar de algumas políticas públicas educacionais<br />
apresentarem a situação da sociedade brasileira como positiva, está muito<br />
difícil para trabalhar com a desigualdade de condições a que estão<br />
submetidas as nossas crianças e jovens. Não é possível desenvolver um<br />
trabalho educativo desconsiderando as dimensões econômica, social,<br />
cultural, política, familiar, até porque a escola está inserida em todos os<br />
contextos e infelizmente não está preparada para acompanhar este ritmo<br />
do mundo em constantes mudanças.<br />
A globalização na qual vivemos, o capitalismo e a competitividade,<br />
coloca a escola em alerta, levando-a a fazer reflexões, procurando caminhos<br />
que levem a ofertar um ensino de qualidade, pois a universalização da<br />
Educação significa “todos” na escola, e isso implica em trabalhar com seres<br />
humanos de diferentes naturezas, heterogêneos em diversos pontos, tendo<br />
que levar em conta as diversidades tais como: famílias desestruturadas,<br />
falta de recursos financeiros, dependências de todo tipo de apoio, sem um<br />
referencial ou valores que deem incentivos, enfim, acabando muitas vezes a<br />
escola precisando enfrentar e ao mesmo tempo evitar situações excludentes,<br />
situações que não lhe competem porque nem sempre dispõe de<br />
infraestrutura para tal enfrentamento, porém são situações que nela se<br />
concentram.<br />
Os governos mais preocupados e comprometidos têm se preocupado<br />
em estabelecer e criar políticas que estejam mais de acordo com a<br />
realidade, e a própria elaboração deste Projeto é um exemplo.<br />
7
No contexto do Estado do Paraná, a política dos últimos anos, vem<br />
apontando para expansão com qualidade e credibilidade.<br />
Muitas iniciativas do governo em parceria com entidades privadas, tem<br />
ajudado a reativar as energias no cotidiano da sala, bem como o domínio<br />
para parte dos professores, de novas tecnologias e outros eventos que<br />
ajudam na aprendizagem e na tentativa de superação de resultados, que de<br />
acordo com estudos de pesquisas mostram índices de baixo rendimento,<br />
assim como taxa de evasão superior ao desejado.<br />
Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, com o uso de<br />
laboratórios de informática, tecnologias de ponta, salas de apoio à<br />
aprendizagem, viabilização de <strong>projeto</strong>s e programas educacionais como<br />
Olimpíadas de Matemática, Viva Escola, Mais Educação, e outros, tem sido<br />
possível propiciar um trabalho <strong>pedagógico</strong> mais significativo e eficiente,<br />
desde que haja condições mínimas para a execução dos mesmos. Os<br />
progressos visíveis ainda são tênues, mas o que importa é a transformação<br />
que v a i a c o n t e c e n d o a os p o u c o , cabendo-nos continuar dialogando e<br />
nos sensibilizando para se chegar ao ponto demarcado: cidadania e<br />
transformação social.<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita atende uma alunado com sérios<br />
problemas sociais, econômicos, culturais e familiares, onde são verificadas<br />
inúmeras situações como: alunos que cuidam da casa e têm que olhar os<br />
irmãos menores para a mãe trabalhar; alunos que são responsáveis em levar<br />
os irmãos menores para a creche e por isso chegam atrasados; mães que<br />
dormem até tarde e não acordam o filho para ir à escola; alunos e pais que<br />
não valorizam o estudo, só mandam os filhos pra escola porque é obrigatório;<br />
pais que não comparecem quando solicitados; atitudes agressivas; bullying;<br />
desinteresse pelo <strong>pedagógico</strong>, enfim, situações que levam o ensino a não ter<br />
avanços significativos.<br />
Contudo, o <strong>colégio</strong> tem procurado envolver a comunidade escolar em<br />
todo processo educacional, com participação efetiva de todos os<br />
segmentos, pois na gestão democrática a que se propôs, “todos são<br />
responsáveis pela Educação”.<br />
Os professores e funcionários têm participado de cursos e formação<br />
8
continuada descentralizados, oferecidas pela Secretaria de Estado e<br />
Educação, além de outras iniciativas privadas.<br />
A carga horária destinada à Hora Atividade, os professores a utilizam<br />
em pesquisas, no uso de novas informações, pois o embasamento teórico é<br />
fundamental para evitar a dicotomia teoria e práxis.<br />
A Escola enquanto formadora de opiniões precisa e deve adotar<br />
medidas educativas, de acordo com sua realidade, aceitar os princípios<br />
éticos de cada educando para que o respeito à diversidade faça parte do<br />
cotidiano, através do trabalho coletivo e interdisciplinar, objetivando resgatar<br />
valores, acreditar no aluno como agente de transformação social.<br />
2.1. Oferta da Instituição<br />
O Estabelecimento de Ensino oferta:<br />
I. Ensino Fundamental – Anos Finais: 6º ao 9º ano, períodos matutino,<br />
vespertino e noturno;<br />
II. Ensino Médio, organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, nos período<br />
matutino e noturno;<br />
III. Celem - Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira<br />
Moderna - Espanhol, no período noturno;<br />
IV. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem<br />
para 6º e 9º anos, períodos matutino e vespertino.<br />
O regime da oferta é de forma presencial, com a seguinte organização:<br />
I. por anos, no Ensino Fundamental – 6º ao 9º Ano;<br />
II. por séries, no Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais<br />
– 1ª a 3ª Série;<br />
III. por séries, no CELEM – P1 e P2;<br />
9
III. por turmas, em período contraturno nas salas de apoio.<br />
2.2. Ocupação do tempo e dos espaços <strong>pedagógico</strong>s<br />
• Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º e 9º Ano<br />
salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, em<br />
contraturno, duas vezes por semana, com carga horária de 04 horas<br />
semanais cada disciplina, com o objetivo de recuperar os conteúdos<br />
básicos defasados ao longo dos anos iniciais e finais do Ensino<br />
Fundamental.<br />
• Laboratório de Informática: o laboratório, com 20 computadores, é<br />
destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos<br />
professores), para pesquisas, trabalhos e atividades planejadas para<br />
enriquecimento das aulas.<br />
• Laboratório de Ciências, Química e Biologia: destinado ao uso dos<br />
professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas,<br />
trabalhos e experiências.<br />
• Quadras Poliesportivas: utilizadas para a realização das aulas de<br />
Educação Física, atividades recreativas, culturais e atividades nos finais<br />
de semana para a comunidade em geral.<br />
2.3. Organização Interna da Entidade Escolar<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, de<br />
organização anual no Ensino Fundamental e Médio, sendo o Ensino Médio<br />
organizado por blocos de disciplinas semestrais, atende os alunos nos<br />
seguintes turnos e horários:<br />
• ENSINO FUNDAMENTAL<br />
2ª a 6ª feira<br />
10
Períodos: Manhã – Tarde - Noite<br />
Horário: 7:30h às 12:00h<br />
• ENSINO MÉDIO<br />
2ª a 6ª feira<br />
13:00h às 17:20h<br />
19:00h às 23:00h<br />
Períodos: Manhã - Noite<br />
Horário: 7:30h às 12:00h<br />
19:00h às 23:00h<br />
• CELEM - ESPANHOL<br />
1º ANO: 4ª e 5ª feira – 19:00h às 30:30h<br />
2º ANO: 2ª e 5ª feira – 20:45h às 22:15h<br />
• SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM<br />
Manhã:<br />
2ª e 6ª feira (Língua Portuguesa) – 6º Ano<br />
Horário: 10:20h às 12:00h<br />
3ª e 5ª feira (Matemática) – 6º Ano<br />
Horário: 7:30h às 9:10h<br />
Tarde:<br />
Língua Portuguesa – 6º Ano - 3ª e 5ª feira<br />
3ª feira: 13:00h às 14:50h<br />
5ª feira: 14:50h às 16:30h<br />
Matemática - 6º Ano - 3ª e 5ª feira<br />
3ª feira: 14:50h às 16:30h<br />
5ª feira: 13:00h às 14:50h<br />
Língua Portuguesa – 9º Ano - 2ª e 3ª feira<br />
2ª feira: 13:00h às 14:50h<br />
3ª feira: 13:50h às 14:50h<br />
Matemática - 9º Ano - 3ª e 6ª feira<br />
3ª feira: 14:50h às 16:30h<br />
6ª feira: 13:00h às 14:50h<br />
11
2.4. Caracterização da Comunidade Escolar<br />
A comunidade escolar é formada na grande maioria por classes sócio<br />
econômicas média baixa e baixa, composta por pequenos agricultores,<br />
serventes de pedreiros, serviços gerais, diaristas e trabalhos braçais - “boias-<br />
frias”, que dependem do auxílio dos programas do Governo Federal e<br />
subsistem com um salário mínimo.<br />
Boa parte do alunado atendido constitui-se de alunos residentes na zona<br />
urbana e periferia, fazendo uso do transporte escolar os que residem mais<br />
distantes, como na vila rural.<br />
O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio<br />
e alguns com ensino superior.<br />
Os professores e funcionários são graduados e habilitados para as<br />
funções que exercem.<br />
urbana.<br />
Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona<br />
Existe uma grande dificuldade em relação à frequência dos alunos,<br />
principalmente do período da noite, que normalmente desistem no decorrer do<br />
ano ou reprovam por faltas, e seus pais ou responsáveis não comparecem<br />
quando solicitados. Além disso chegam atrasados frequentemente e a família,<br />
na maioria dos casos, se revela muito omissa. Entretanto, gostam de utilizar os<br />
espaços escolares para atividades desportivas nos finais de semana.<br />
Os valores morais, religiosos, materiais e intelectuais não são verificados<br />
em grande parte do alunado, e observamos que isso já vem de casa,<br />
internalizado, devido à desestrutura familiar.<br />
Vindo de uma comunidade carente, consequentemente nossos alunos<br />
precisam de conhecimentos, amor, atenção, respeito. São promovidas<br />
palestras, atividades extraclasse como jogos, música, etc.<br />
O <strong>colégio</strong> busca estreitar o relacionamento com a comunidade para que<br />
haja uma interação entre família e escola, facilitando o desenvolvimento do<br />
12
aluno, sua aprendizagem e suas competências.<br />
Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais, para<br />
incentivarem seus filhos e também ajudar na orientação de trabalhos<br />
conhecidos dos mesmos.<br />
Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social,<br />
descobrir seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a<br />
obrigação e o compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos<br />
alunos, garantindo-lhes a formação completa para que sejam atuantes em<br />
nossa sociedade com bastante consciência, autonomia e criticidade.<br />
2.5. Histórico da Instituição<br />
O Colégio Estadual “Juvenal Mesquita” - Ensino Fundamental e Médio<br />
foi criado através do Decreto nº 2264, em 30 de agosto de 1966, com o<br />
nome de Grupo Escolar “Juvenal Mesquita”. Construído pelo Governo do<br />
Estado do Paraná, no exercício do Governador Exmo. Sr. Ney Braga.<br />
Sua inauguração oficial aconteceu no dia 26 de março de 1966, com<br />
a presença do Prefeito , o Sr. Moacyr Castanho e outras autoridades civis e<br />
religiosas, familiares de alunos e convidados.<br />
O então Grupo Escolar “Juvenal Mesquita” começou a funcionar com 4<br />
salas de aula, 3 sanitários, pátio coberto, sala de administração e cozinha.<br />
Após um ano, construiu-se mais 2 salas de aula de madeira, em caráter<br />
emergencial.<br />
Em 1980 foi construído outro bloco de salas, devido ao crescimento<br />
da demanda escolar, constituído de 4 salas, sanitários e 2 salas<br />
administrativas. As salas de madeira foram utilizadas mais tarde para<br />
atender o Projeto Tempo de Criança e, após o término, foram desativadas.<br />
Em 1991 a rede física foi ampliada com a construção de 3 salas e a<br />
quadra Poli-Esportiva. E em 1997, com o auxílio da APM, foi construída mais<br />
1 sala de aula.<br />
Em 1998 aconteceu a grande reforma geral do prédio, através de<br />
recursos do PROEM - Programa de Recuperação, Obras e Melhoria do Ensino<br />
Médio.<br />
13
Foram organizados também, em 1998/1999, o aumento da Biblioteca,<br />
um banheiro para os Professores e Funcionários e os Laboratórios de<br />
Informática e de Química/Física/Biologia.<br />
Em 1999, foi instalado com recursos da APM, o portão eletrônico na<br />
entrada do Colégio melhorando assim, a segurança dos alunos, sendo<br />
desinstalado em 2.001 por causa de problemas elétricos.<br />
A construção da escola só foi possível graças à doação de um terreno<br />
na Vila Macedo, na rua São Paulo, quadra circundada pela Av. Prefeito<br />
Moacyr Castanho, Rua Elísio Manoel dos Santos e Rua Conceição Veiga. O<br />
doador, Sr. Eurípedes Mesquita Rodrigues foi um dos pioneiros e fundadores<br />
de Bandeirantes, e colaborador entusiasta do setor educacional. Ao fazer a<br />
doação, fez o pedido de que se elegesse um parente para ser o Patrono da<br />
Escola. Foi aceito o pedido e assim o Sr. Juvenal Mesquita, tio do doador,<br />
passou a ser o Patrono da Escola.<br />
Hoje, o Colégio Estadual “Juvenal Mesquita”- Ensino Fundamental e<br />
Médio atende 15 turmas de 6º a 9 º a n o s , 06 turma de Ensino Médio<br />
organizado por Blocos de Disciplinas, 02 turmas de Celem, 06 turmas de sala<br />
de apoio à aprendizagem e 02 turmas do Programa Mais Educação, sob a<br />
direção da professora Fabiana Aparecida Gonçalves.<br />
Atos Oficiais:<br />
Ato de Criação do Grupo Escolar Juvenal Mesquita: Decreto nº 2264 de<br />
30/08/66.<br />
Autorização de Funcionamento da Escola Juvenal Mesquita - Ensino de<br />
1º Grau: Decreto nº 2787, em 10/01/77. Passou a denominar-se Escola<br />
Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau a partir de 08/04/83 -<br />
Resolução nº779/83.<br />
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª a 8ª séries - Noturno:<br />
Resolução nº 120/89 de 16/01/89.<br />
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª/8ª séries- Diurno:<br />
Resolução nº 4155/91 de 03/12/91.<br />
Reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular da Escola Estadual<br />
Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau: Resolução nº 768/93, publicada em<br />
14
Diário Oficial de 24/03/93.<br />
Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 022/94 de 28/12/97,<br />
homologado pelo Ato Administrativo nº 086/97-NRE.<br />
Autorização de Funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o<br />
Curso de 2ºGrau - Educação Geral, passando a Escola a denominar-se Colégio<br />
Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º e 2º Graus: Resolução nº 341/98, em<br />
05/03/98, que passou a denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita -<br />
Ensino Fundamental e Médio em decorrência da Lei nº 9394/96, Deliberação<br />
003/98/CEE e Resolução nº 3120/98/SEED, a partir de 23/09/98.<br />
Conselho Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 180/98, em<br />
27/07/98. Projeto de Implantação Curricular do Ensino Médio aprovado pelo<br />
Parecer 16/99-DESG/SEED.<br />
Diretores:<br />
1º) Bernadete Marques Guerra - desde a inauguração(1.966) até 1978.<br />
2º) Leopoldina Delicato - até 1987.<br />
3º) Idalina Correa Cosmo - até 1993.<br />
Maísa C. Montoya - Direção Auxiliar<br />
4º) Maria Helena Ferreira Santiago - até 1995.<br />
5º) Idalina Correa Cosmo – 1996 à 2002<br />
Elizete de Fátima Mendes Coltri - Direção Auxiliar – 1996 até<br />
Junho/2000. Eduardo Henrique Von Der Osten – Direção Auxiliar - de<br />
Julho/2000 à 2.002<br />
6º) Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor – 2.003 à 2.007- Prorrogado<br />
para o ano de 2.008.<br />
7º) Fabiana Aparecida Gonçalves – Diretora – 2009-2011/<strong>2012</strong>-2014<br />
Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor Auxiliar - 2009-2011/<strong>2012</strong>-<br />
2014<br />
2.6. Dependências físicas e materiais<br />
• Instalações Físicas<br />
O Prédio escolar é constituído de 3 grandes blocos onde consta:<br />
12 salas de aula<br />
01 Sala para Direção<br />
15
01 Sala para Secretaria<br />
01 Sala para Equipe Pedagógica<br />
01 Sala para Professores<br />
01 Laboratório de Informática Paraná Digital<br />
01 Laboratório de Ciências /Química/ Física / Biologia<br />
01 Biblioteca<br />
01 Cozinha<br />
01 Despensa para mantimentos<br />
01 Despensa para material de limpeza<br />
01 Almoxarifado<br />
03 Banheiros para Professores e Funcionários<br />
04 Banheiros para Alunos<br />
01 Quadra Poliesportiva descoberta<br />
01 Quadra Poliesportiva coberta<br />
• Recursos Tecnológicos<br />
05 “Ilhas” PR Digital (5 CPU e 20 monitores e teclados)<br />
01 Impressora laser Samsung do PRDigital<br />
10 Rack de parede para TV<br />
10 TV Pendrive<br />
02 Retro<strong>projeto</strong>res<br />
01 Aparelho DVD Player (2011)<br />
01 Cxs Acústicas 35W RMS 4.0 HMS<br />
01 Projetor de Slides (Data Show)<br />
10 Amplificador de som versátil 50W<br />
01 Notebook Acer 3Gb/320Gb<br />
01 Microfone com fio IT58A<br />
01 Camara digital Sony W320<br />
02 Retro<strong>projeto</strong>res<br />
• Materiais<br />
- Laboratório de Ciências, Química, Física, Biologia<br />
Bico de Busen<br />
Cabos de Bisturi n4 com 5 lâminas 23 pi 24<br />
Cronômetro Digital<br />
16
Escovas para lavar tubo de ensaio<br />
Espátulas com colher 15 cm<br />
Imãs cilíndrico 09 x 04cm<br />
Lamparinas a Álcool 100ml<br />
Lente de vidro 5cm plano côncava<br />
conjuntos de Massa Aferidas<br />
Mola diâmetro 1,5 x 15cm<br />
Molas diametro 7mm x 15cm<br />
Papel de Filtro 11cm<br />
Pinças de inox de ponta fina e reta 16cm<br />
Pinças de madeira para tubo de ensaio<br />
Pipetas graduadas<br />
Pisseti 250ml<br />
Rolha de borracha n6 com furo 7mm<br />
Rolhas de borracha n7 com furo 7mm<br />
Rolhas de borracha para tubo com furo 7mm<br />
Rolhas de borracha para tubo sem furo<br />
conj. Suporte de plastico com cabo para lentes<br />
Suporte para circuitos elétricos<br />
Suporte universal com base e haste 70cm<br />
Suporte Universal<br />
Telas de amianto 16 x 16cm<br />
Termômetro escala externa 10 a 110°C<br />
Trenas de aço com 2m<br />
Tesouras de inox de ponta fina 11cm<br />
Tripés de ferro 12 x 20<br />
Bastões de vidro 6 x 300mm<br />
Cxs Lamínulas para microscopia 26 x 76<br />
Cx Lamínulas para microscopia 20 X 20<br />
Copos de Becker de vidro 100ml<br />
Copos de Becker de vidro 500ml<br />
Copos de Becker de vidro 250ml<br />
Erlenmeyer de vidro 250ml<br />
17
Funis de vidro de haste curta liso 60mm<br />
Tubos de ensaio 16 x 150mm<br />
Microscópios (1 ótico, 1 simples)<br />
Leis de Hom<br />
Lupas de Vidro (2 manuais e 1 horizontal)<br />
Pipetas de Vidro graduadas<br />
Funis de Separação 250ml<br />
Funis de Vidro 150ml<br />
Agitador Magnético<br />
Balança Digital<br />
Manta Aquecedora p/ Balão Volumétrico<br />
Medidor de PH digital<br />
Balões Fundo chato 250ml<br />
Balões volumétricos 250ml<br />
Bastões de Vidro<br />
- Recursos Materiais Didático-Pedagógicos<br />
Mapa do Mundo Físico<br />
Mapa Geográfico do Mundo Político<br />
Mapa Mundi<br />
Mapa do Brasil – Divisão Política<br />
Mapas do Brasil – Divisão Regional<br />
Mapa do Brasil – Físico<br />
Mapa do Brasil: Político, regional, rodoviário<br />
Mapa do Estado do Paraná – Divisão Regional<br />
Mapa Rodoviário do Estado do Paraná<br />
Mapa do Município de Bandeirantes<br />
Mapa dos Estados Unidos da América<br />
Mapa Europa – <strong>político</strong><br />
Mapa Oceania - <strong>político</strong><br />
Mapa As Américas - <strong>político</strong><br />
Mapa Asia - <strong>político</strong><br />
Mapa África - <strong>político</strong><br />
18
Globo Terrestre<br />
Mapa do Corpo Humano<br />
Mapa do Esqueleto Humano<br />
Tabela Periódica<br />
Régua de madeira – 1 metro<br />
Régua de madeira – 40 cm<br />
Esquadro de madeira<br />
Transferidor de madeira<br />
Compassos de madeira<br />
Tangran de madeira<br />
Tangran plastificados<br />
Sólido Geométrico de madeira<br />
Material Dourado<br />
caixas de Carimbos de Avaliação<br />
Retro Projetores<br />
Aparelhos de Som<br />
Bolas de Basquete<br />
Bolas de Voleibol<br />
Bolas de Futsal<br />
Rede de Voleibol<br />
Bola de Futebol Americano<br />
Bolas de Handebol<br />
Par de Redes de Futsal<br />
Cds Hinos Pátrios<br />
Cds Multimídia: Espaço no Universo, Como as Coisas Funcionam, O Corpo<br />
Humano.<br />
Coleção “Mundo Incrível dos Animais” - 5 livros e 5 fitas de vídeo<br />
Jogos de Damas<br />
Jogos de Palitos<br />
Jogos de Memória<br />
Jogos de Trilha<br />
Jogos de Dominós<br />
Jogos de Xadrez<br />
19
Jogos Banco Imobiliário<br />
conjunto Ping-Pong<br />
Skates<br />
Jogos Pedagógicos (Dominó de Cálculos e de Palavras)<br />
Jogos de Futebol de Botão.<br />
Jogos de Palavras<br />
Alfabetos Silábicos<br />
Jogos de Sequência Lógica<br />
Escalas Cuisenaire<br />
Colchonetes para Ginástica Olímpica de Solo<br />
Kits do IBGE – Projeto VAMOS CONTAR<br />
Cx Geologia na Escola – O Caminho das Rochas<br />
CD's Atlas Geográfico Escolas Multimídia<br />
CD Literatura Brasileira – A Arte da Palavra<br />
DVD Mata Atlântica<br />
DVD – 32 Maneiras de Ver a Tecnologia na Educação<br />
Planetário<br />
Modelo de Célula Eucarionte<br />
Mapas de Química: Estrutura Elementar da Matéria<br />
Busto Desmontável com Órgãos Humanos<br />
Mapas de Ciências Físicas e Biológicas (kit):<br />
- Célula Vegetal<br />
- A Flor<br />
- A Folha<br />
- O Caule<br />
- Fruto e Semente<br />
- A Raiz<br />
- Ecossistema<br />
- Reprodução Vegetal<br />
- Celula Animal<br />
- Crustáceos<br />
- Moluscos<br />
- Nematelmintos<br />
20
- Platelmintos<br />
- Aracnídeos<br />
- Artrópode<br />
- Vermes e Parasitas<br />
- Protozoários<br />
- Insetos<br />
- Sistema Cardiovascular<br />
- Sistema Genital Masculino<br />
- Sistema Genital Feminino<br />
- Sistema Endócrino<br />
- Sistema Nervoso<br />
- Sistema Urinário<br />
- Sistema Linfático<br />
- Sistema Sensorial<br />
- Sistema Respiratório<br />
- Sistema Muscular<br />
- Sistema Digestório<br />
- Ciclo do Nitrogênio<br />
- Ciclo do Oxigênio<br />
- Ciclo da Água<br />
- Ciclo da Vida (gestação)<br />
- Mamíferos<br />
- Peixes<br />
- Répteis<br />
- Ofídios<br />
- Anfíbios<br />
- Aves<br />
2.7. Quadro de Funcionários<br />
21
Q U A D R O D E P R OFES<br />
S O R ES<br />
Nº NOME VÍNCU<br />
LO<br />
FORMAÇÃO<br />
1 ADEMAR RIBEIRO RICHTER QPM LIC. PLENA –<br />
CIÊNCIAS<br />
BIOLÓGICAS<br />
2 AMÉRICO FERNANDES QPM LIC. PLENA - LETRAS<br />
3 ANA MARIA DOS SANTOS QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA<br />
4 ANDRÉA CRISTINA DO<br />
NASCIMENTO<br />
5 ÂNGELA MARIA NOGUEIRA<br />
HERBST<br />
QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO<br />
FÍSICA<br />
QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.<br />
6 CARLOS EDUARDO STRADA PSS LIC. PLENA - LETRAS<br />
7 CRISTINA DOS SANTOS QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA<br />
8 DENISE FÁTIMA G. CARVALHO QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO<br />
FÍSICA<br />
9 EDENIL YOSHIMI KAIO TOYAMA QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA<br />
10 EDUARDO HENRIQUE VON DER<br />
OSTEN<br />
11 ELVIRA LUCIANA PSS<br />
SCO2 LIC. PLENA – EDUCAÇÃO<br />
FÍSICA<br />
12 GERSON ALVES SCO2 LIC. PLENA – ED. FÍSICA<br />
13 GISELE PSS LIC. PLENA - LETRAS<br />
14 GISELE ROSA PSS CURSANDO FILOSOFIA –<br />
ÚLTIMO PERÍODO<br />
15 GIULLIANE DE OLIVEIRA MATTA QPM LIC. PLENA - LETRAS<br />
16 JACQUELINE CRISTIANE DOS<br />
SANTOS<br />
PSS LIC. PLENA – EDUCAÇÃO<br />
FÍSICA<br />
17 JOANA D’ARC FERREIRA QPM LIC. PLENA – GEOGRAFIA<br />
18 JOÃO ANTONIO SARTORI QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.<br />
19 JOSÉ CARLOS GONÇALVES QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA<br />
20 MADALENA MARA J. ESTEVES PSS LIC. PLENA – EDUCAÇÃO<br />
FÍSICA<br />
21 MÁRCIA ANTONIA T. MONTEIRO PSS LIC. PLENA –<br />
ARTES/PEDAGOGIA<br />
22 MARIA Apª FABIAN ALEXANDRE QPM LIC. PLENA -<br />
CIÊNCIAS/QUÍMICA<br />
23 MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA SCO2 LIC. PLENA – LETRAS<br />
24 MARIA IZABEL BISETTO DE<br />
SOUZA<br />
REPR LIC. PLENA - LETRAS<br />
22
25 MARISA Apª RIBEIRO QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA<br />
26 MARISTELA Apª DE O. S.<br />
GAUDÊNCIO<br />
QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA<br />
27 MARIZA FREITAS QPM LIC. PLENA – CIÊNC./QUÍM.<br />
28 MARIZA CHIRITO MIQUELLATO QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/FÍS.<br />
29 MERI HIRABARA YANASE REPR LIC. PLENA – ARTES<br />
PLÁSTICAS<br />
30 MOISÉS AMARO COSTA QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA<br />
31 MÔNICA DE FÁTIMA<br />
COELHO<br />
32 NEILA MARTELLI TOLEDO DE<br />
CAMPOS<br />
SCO2 LIC. PLENA – HISTÓRIA<br />
QPM LIC. PLENA – LETRAS<br />
33 PRISCILLA PASCOAL BRUMM QPM LIC. PLENA – ED. ARTÍSTICA<br />
34 ROGÉRIA APª DE OLIVEIRA QPM LIC. PLENA – LETRAS<br />
35 ROSÂNGELA F. DA SILVA QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.<br />
36 ROSEANE DA LUZ QPM LIC. PLENA – LETRAS<br />
37 ROSEMARY REYNALDO QPM LIC. PLENA – LETRAS<br />
38 ROSICLEY SOARES SILVA QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA<br />
39 SILVIA VITORINI PSS LIC. PLENA - LETRAS<br />
40 SIMONE FOGAÇA GASOLI SCO2 LIC. PLENA – LETRAS<br />
41 SONIA APª DA S. HENRIQUES SCO2 LIC. PLENA – LETRAS<br />
42 SONIA MARIA PELLEGRINI QPM LIC. PLENA – CIÊNC./BIO<br />
43 TEREZINHA DE FÁTIMA COUTINHO QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA<br />
44 VANILDA APARECIDA MONTEIRO QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.<br />
45 ZENAIDE MARTINS SANCHES QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS<br />
Q U A D R O T ÉCN<br />
ICO<br />
PEDA<br />
G Ó G ICO A D M I N I S T R A T I V O<br />
Nº NOME FUNÇÃO VÍNCU LO FORMAÇÃO<br />
01 FABIANA APª GONÇALVES DIRETORA QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA<br />
02 EDUARDO<br />
H ENRIQUE VON DER<br />
OSTEN<br />
03 EDITH Mª V.<br />
CATUNDA<br />
MENDES<br />
DIRETOR<br />
AUXILIAR<br />
SECRETÁ-<br />
RIA<br />
QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA<br />
QPM LIC. PLENA - PSICOLOGIA<br />
23
04 LEONOR LUIZA DE TÉCNICO-<br />
OLIVEIRA<br />
ADM.<br />
05 SELMA REGINA COSMO TÉCNICO-<br />
ADM.<br />
06 LUCIA GUIMARÃES DA S.<br />
ASANO<br />
07 ROSMALI Mª BASOLI<br />
DE OLIVEIRA<br />
08 MARIA DAS GRAÇAS<br />
TICIANEL<br />
09 ROSECLEI DE FÁTIMA<br />
PRONI<br />
PEDAGO-<br />
GA<br />
PEDAGO-<br />
GA<br />
PEDAGO-<br />
GA<br />
10 JANETE DE FREITAS PEDAGO-<br />
GA<br />
11 MÁRCIA MARTINS PROFª<br />
READ.<br />
12 ROSILDA DE FÁTIMA<br />
MOCO COSTA<br />
13 SUELI ELISABETE DE<br />
MELLO<br />
14 MARIA ÂNGELA P. DE<br />
CARVALHO<br />
15 MARIA ELIZABETE DO N.<br />
PIRES<br />
16 APARECIDA DE JESUS<br />
PRONI<br />
MERENDEI-<br />
RA<br />
MERENDEI-<br />
RA<br />
SERV.<br />
GERAIS<br />
SERV.<br />
GERAIS<br />
SERV.<br />
GERAIS<br />
17 LUZIA HELENA D. DEDONÉ SERV.<br />
GERAIS<br />
18 MARIA CELESTE RIBEIRO SERV.<br />
GERAIS<br />
QFEB CONCLUINDO - PEDAGOGIA<br />
QFEB LIC. PLENA - PEDAGOGIA<br />
QFBE LIC. PLENA - CIÊNCIAS/BIOLOG<br />
QPM LIC. PLENA - PEDAGOGIA<br />
QPM LIC. PLENA – PEDAGOGIA<br />
QPM LIC. PLENA - PEDAGOGIA<br />
QPM LIC. PLENA – PEDAGOGIA<br />
QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS<br />
QFEB ENSINO MÉDIO<br />
QFEB LIC. PLENA - PEDAGOGIA<br />
QFEB ENSINO MÉDIO<br />
PEAD ENSINO MÉDIO<br />
QFEB ENSINO MÉDIO<br />
PSS ENSINO MÉDIO<br />
PSS ENSINO MÉDIO<br />
2.8. Condições de atendimento a alunos com necessidades<br />
educacionais especiais<br />
A Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio<br />
realizou uma adequação da parte física do <strong>colégio</strong>, como rampa de<br />
acessibilidade, banheiros com instalações adequadas, porém as salas de aula<br />
24
ainda não foram adaptadas. Em relação ao atendimento <strong>pedagógico</strong>, o <strong>colégio</strong><br />
não tem profissionais especializados ou mesmo treinados para atender os<br />
alunos com deficiências mentais, neuromotoras, visuais e auditivas. Quando<br />
ocorre a inclusão dos alunos encaminhados da APAE e das salas especiais para<br />
o ensino regular, o diagnóstico recebido é que estão aptos para acompanhar o<br />
regular, mas nem sempre é o que acontece, pois os professores não têm<br />
formação nem condições de atender essas especificidades, ficando os alunos<br />
dentro de salas numerosas e acabam reprovando ou abandonando a escola.<br />
È necessário uma estrutura bem montada para atender os alunos com<br />
necessidades educativas especiais, com psicólogos, fonoaudiólogos,<br />
psicopedagogos, professores com formação específica e materiais de apoio.<br />
O discurso é bonito, mas há muito o que fazer para se efetivar na prática<br />
essa demanda.<br />
2.9. Resultados Educacionais: aprovação e evasão<br />
O <strong>colégio</strong> enfrenta muitos problemas em relação à reprovação e evasão,<br />
principalmente no noturno, o que influi decisivamente nos resultados do IDEB.<br />
Tomando como referência os últimos resultados, do ano letivo de 2011,<br />
podemos considerar que são preocupantes, tendo como motivos dificuldades<br />
de aprendizagem, defasagem idade/série, trabalho, falta de apoio da família,<br />
dentre outros. Os quadros abaixo mostram o resultado por turmas:<br />
ENSINO FUNDAMENTAL<br />
TURMA TURNO Nº DE ALUNOS<br />
CONCLUINTES<br />
AP REP DES %<br />
Aprova<br />
ção<br />
%<br />
Repro<br />
vação<br />
%<br />
Evasão<br />
5ª Manhã 89 68 21 - 76 24 -<br />
5ª Tarde 30 21 9 - 70 30 -<br />
6ª Manhã 59 40 19 - 68 32 -<br />
6ª Tarde 12 10 2 - 83 17 -<br />
6ª Noite 12 3 4 5 25 33 42<br />
7ª Manhã 53 37 16 - 70 30 -<br />
7ª Tarde 12 10 2 - 83 17 -<br />
25
7ª Noite 23 6 9 8 26 39 35<br />
8ª Manhã 59 51 8 - 86 14 -<br />
8ª Noite 20 12 6 2 60 30 10<br />
TOTAL 369 258 96 15 70 26 4<br />
ENSINO MÉDIO<br />
TURMA TURNO Nº DE ALUNOS<br />
CONCLUINTES<br />
AP REP DES %<br />
Aprova<br />
ção<br />
%<br />
Repro<br />
vação<br />
%<br />
Evasão<br />
1ª Manhã 22 20 2 - 91 9 -<br />
1ª Noite 14 8 6 - 57 43 -<br />
2ª Manhã 12 11 1 - 92 8 -<br />
2ª Noite 18 15 3 - 83 17 -<br />
3ª Manhã 10 10 - - 100 - -<br />
3ª Noite 9 8 1 - 89 11 -<br />
TOTAL 85 72 13 - 85 15 -<br />
2.10. Dados das Avaliações Externas<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita não tem obtido os resultados<br />
esperados nas avaliações externas, o que, juntamente com os índices de<br />
aprovação, reprovação e desistência, tem mantido muito baixo o IDEB da<br />
instituição. Embora busque constantemente reverter esse quadro, a realidade<br />
socioeconômica e cultural do alunado, assim como a desmotivação de muitos<br />
professores, constituem-se nos grandes obstáculos na mudança dos resultados<br />
apresentados. O <strong>colégio</strong> priorizará em seu plano de ação novas estratégias<br />
para a superação da realidade atual.<br />
Dados do Colégio Estadual Juvenal Mesquita<br />
IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS<br />
2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021<br />
3.4 3.3 2.6 2.6 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4<br />
2.11. Relação Idade-Série<br />
26
Existe uma grande distorção idade/série dos alunos do Colégio Estadual<br />
Juvenal Mesquita, com uma média de mais de 50%, considerando os três<br />
turnos de funcionamento, sendo o período noturno praticamente em sua<br />
totalidade. A maioria dos casos fora da faixa etária corresponde aos alunos<br />
que reprovam, que começam e desistem no decorrer do ano, e aqueles que<br />
param de estudar e retornam depois de algum tempo. As causas vão desde<br />
desestrutura familiar, pobreza, drogas, ter que trabalhar cedo, etc. O <strong>colégio</strong><br />
tenta inovar, buscar alternativas junto ao corpo docente, discente, porém os<br />
anseios e expectativas dos alunos dessa instituição não correspondem ao que<br />
a escola, não somente esta, se propõe. Existe uma grande desmotivação dos<br />
alunos, e a escola não tem sido atrativa o suficiente para garantir sua<br />
permanência, o que requer uma mudança de postura de todos os atores<br />
envolvidos no processo ensino e aprendizagem.<br />
3. MARCO CONCEITUAL<br />
27
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio<br />
procura realizar um trabalho <strong>pedagógico</strong> baseado em princípios democráticos<br />
que favoreçam a igualdade de oportunidades de aprendizagem em que os<br />
jovens adquiram a capacidade de serem críticos e atuantes. A proposta<br />
pedagógica permeia um trabalho que possibilite, além da garantia do acesso e<br />
permanência do aluno na escola, a igualdade de oportunidades para aprender,<br />
ensinar, pesquisar, divulgar a cultura, e ao mesmo tempo respeitar a cultura<br />
que o aluno trouxe do seu meio, o pensamento, a arte e o saber.<br />
Assim, é fundamental o respeito às especificidades do Ensino da<br />
Educação Básica:<br />
• Princípios da igualdade, da liberdade, pluralismo de ideias;<br />
• Convivência entre instituições públicas e privadas;<br />
• Obrigatoriedade e gratuidade;<br />
• Garantia inalienável da cidadania plena;<br />
• Gestão democrática;<br />
• Padrão de qualidade;<br />
• Reconhecimento da identidade pessoal dos alunos, professores e outros<br />
profissionais;<br />
• Caráter de colaboração e flexibilidade entre as instâncias;<br />
• Acesso e permanência;<br />
• Pleno domínio da escrita, leitura e cálculo;<br />
• Desenvolvimento da capacidade de aprender;<br />
• Formação básica;<br />
• Proporcionar conteúdos mínimos e relevantes;<br />
• Integração entre a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada,<br />
integrando, enriquecendo e complementando com os <strong>projeto</strong>s de<br />
pesquisa;<br />
• Parte diversificada, enriquecendo e complementando com <strong>projeto</strong>s e<br />
programas.<br />
O <strong>colégio</strong> propõe a existência de um clima escolar propenso à preservação<br />
de valores, crenças e cultura que os cercam e que trazem impacto à<br />
28
aprendizagem.<br />
Considerando a mudança de paradigmas e as transformações sociais e<br />
familiares, a escola tenta superar o modelo tradicionalista de educação para<br />
um novo olhar, nova leitura na relação escola-aluno-professor no processo<br />
ensino e aprendizagem, com o foco na aquisição dos conhecimentos científicos<br />
produzidos, acumulados e sistematizados pela humanidade.<br />
Apesar de várias mudanças, de alterações no cotidiano escolar, é preciso<br />
procurar estabelecer relações para definir os problemas e buscar soluções.<br />
Considera-se, fundamentando-se em Vygotsky, que o indivíduo adquire o<br />
seu conhecimento na medida que interage com o meio, e essa relação é<br />
permeada por um contato com o outro, tendo clareza de que esse outro<br />
desempenhará um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem.<br />
Formar sujeitos <strong>político</strong>s, autônomos e emancipados requer um fazer<br />
<strong>pedagógico</strong> que vai das atividades espontâneas às reconstruções do objeto do<br />
conhecimento.<br />
O <strong>colégio</strong>, pensando no que pretende do ponto de vista <strong>político</strong> e<br />
<strong>pedagógico</strong>, procura desenvolver um trabalho dentro da ética coletiva, revendo<br />
as ações e sua própria organização, através de uma contínua atividade<br />
investigativa e sempre fazendo reflexão na sua própria ação.<br />
Dessa forma, faz-se necessário algumas compreensões:<br />
3.1. Concepção de Educação<br />
Ao considerarmos uma sociedade de classes, vemos que a educação tem<br />
uma função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe<br />
trabalhadora. O seu <strong>projeto</strong> histórico é explícito e traduz-se na criação de uma<br />
nova hegemonia, ou seja, a da classe trabalhadora. O ato educativo, cotidiano,<br />
não pode ser um ato isolado, mas integrado num <strong>projeto</strong> social e global de luta<br />
da classe trabalhadora.<br />
A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação<br />
das capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de<br />
classe para intervir de modo criativo e organizado na transformação estrutural<br />
da sociedade. De acordo com Paulo Freire, só é libertadora na medida em que<br />
29
tiver como educar.<br />
Em síntese, Educação é uma necessidade humana, uma prática social<br />
específica dos homens, fenômeno próprio dos seres humanos, um processo<br />
histórico. É intencional, libertadora, que transforma a realidade. Ela não muda<br />
o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas<br />
suas relações de trabalho.<br />
Ancorando-se nesses conceitos, o Projeto Político Pedagógico busca<br />
organizar um trabalho <strong>pedagógico</strong> numa perspectiva histórico-crítica, evitando<br />
o esvaziamento da função precípua da escola, que é a socialização do saber<br />
elaborado, trabalhando no sentido de tornar realidade a escola pública de<br />
qualidade, com a formação de um cidadão crítico diante de sua sociedade,<br />
para poder transformá-la.<br />
3.2. Concepção de Homem<br />
O homem é um ser natural e social que produz conhecimentos e acumula<br />
experiências, transformando a natureza através do trabalho. É um agente de<br />
transformação a partir do momento que participa ativamente da construção da<br />
história coletiva, agindo intencionalmente.<br />
A educação dialética considera a construção do homem histórico,<br />
compromissado com as tarefas do seu tempo, numa perspectiva<br />
transformadora, participando efetivamente do <strong>projeto</strong> de construção de uma<br />
nova realidade social. No Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino<br />
Fundamental e Médio a concepção de homem vai de encontro ao sujeito<br />
histórico que o mesmo representa, constituindo-se ao longo do tempo como o<br />
produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o<br />
transformam no processo educativo, conscientizador, transformador, de luta,<br />
na busca constante de uma sociedade justa e igualitária.<br />
3.3. Concepção de Escola<br />
30
Partindo da premissa que a escola é entendida por todos como um<br />
espaço e lugar privilegiado de ensino e aprendizagem, é necessário fazer<br />
alguns questionamentos em relação à forma como devemos conceber o papel<br />
social da escola e como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os<br />
conteúdos a serem ministrados.<br />
A escola tem um papel importante na evolução do processo de<br />
aprendizagem de cada cidadão, já que sua função é orientá-lo e prepará-lo<br />
socialmente.<br />
A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de<br />
caráter social, <strong>político</strong> e econômico. Essas transformações originam-se nos<br />
pressupostos que vêm direcionando os modos de vida. Observamos situações<br />
espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos<br />
também situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o<br />
senso da aprendizagem, do bem viver, de relacionar-se, de aprender, de querer<br />
e de respeitar-se.<br />
A escola tem um papel social expressivo na fomação daqueles que<br />
passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados por ela.<br />
3.4. Concepção de Sociedade<br />
A educação deve ser democraticamente oferecida a todos os alunos,<br />
indistintamente, para que não sejam prejudicados ou marginalizados pelos<br />
mais favorecidos. Logo, o centro das preocupações são as necessidades do<br />
aluno. Para desenvolvê-lo é mister conhecê-lo, e assim possibilitar-lhe mais<br />
oportunidades para a satisfação de suas necessidades e interesses, a fim de<br />
que se ajuste à vida contemporânea.<br />
Sociedade pressupõe agrupamento, acúmulo de experiências individuais<br />
e coletivas, transmissão de conhecimentos, exercendo portanto uma forte<br />
influência no interior da escola.<br />
A sociedade é uma organização em constantes transformações. E para<br />
compreendê-la e poder transformá-la, é fundamental conhecer as correntes de<br />
31
pensamento, as concepções que vêm tentando explicar como ocorrem os fatos,<br />
como se dá o conhecimento humano, para então conceber a sociedade como<br />
um misto de forças emancipadoras, com ideal de libertação, da qual a escola<br />
deve fazer parte, e não como forças conservadoras, interessadas em manter o<br />
sistema social vigente.<br />
3.5. Concepção de Cultura<br />
Entende-se por cultura o conjunto de conhecimentos, crenças, arte,<br />
moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos<br />
pelo homem enquanto membro de uma sociedade. É o desenvolvimento<br />
intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade.<br />
O homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas<br />
também pensa e reflete sobre o sentido de tudo no mundo. Os homens são<br />
seres culturais por natureza.<br />
3.6. Concepção de Tecnologia<br />
As novas tecnologias parecem ter “rendido” toda a humanidade, e o<br />
campo da educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em<br />
educação, o foco precisa estar não somente nos avanços e desenvolvimento de<br />
objetos técnicos, mas no entendimento da própria transformação do papel<br />
desses objetos no pensamento e na cognição humana, bem como o<br />
questionamento de como essas mudanças podem afetar radicalmente os<br />
critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas<br />
práticas pedagógicas. O uso das tecnologias trará resultados satisfatórios na<br />
educação caso atendam prioritariamente as necessidades da área pedagógica.<br />
3.7. Concepção de Cidadania<br />
32
Cidadania pressupõe vida em sociedade, abrangendo todas as classes<br />
sociais. São direitos e deveres do cidadão para com a sociedade e da<br />
sociedade para com o cidadão, embora na prática ainda há muito o que fazer<br />
para que esses direitos e deveres sejam iguais para todos.<br />
Para tanto, é necessário um esforço coletivo da escola, considerando que<br />
a mesma constitui-se num espaço privilegiado de busca desse ideal, ou seja, a<br />
qualidade de vida merecida por todos os seres humanos.<br />
3.8. Concepção de Ensino e Aprendizagem<br />
A metodologia do <strong>colégio</strong> está ancorada na Pedagogia Histórico-Crítica,<br />
partindo da prática social inicial para a a prática social final transformadora.<br />
O objetivo é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizagem<br />
devidamente contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no<br />
seu processo de transformação da informação e da experiência em<br />
conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma visão crítica do seu trabalho,<br />
equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa sociedade e do mundo<br />
do trabalho, bem como deve estar atualizado com os avanços tecnológicos.<br />
3.9. Concepção de Avaliação<br />
Vários aspectos devem ser considerados quando o assunto é avaliação.<br />
Primeiramente é preciso ter clareza do que se quer avaliar, em cada momento<br />
específico do processo ensino e aprendizagem.<br />
A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, processual, de forma a poder<br />
rever e intervir na prática pedagógica. Muito mais importante que pensar em<br />
instrumentos de medidas, números para representar uma média mínima<br />
exigida, é fundamental priorizar os critérios de avaliação para os conteúdos<br />
trabalhados, contribuindo assim para a formação de pessoas autônomas,<br />
críticas e conscientes.<br />
33
A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da<br />
seleção. O aluno não é a tradução de uma média mínima exigida, pois a<br />
avaliação é um ato de aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que<br />
ocorre o reconhecimento do limite e da amplitude de onde se está, descortina-<br />
se uma motivação para o prosseguimento no percurso de vida ou de estudo<br />
que se esteja realizando. A recuperação de estudos deverá ser ofertada de<br />
forma concomitante durante todo o ano letivo, é um momento de rever as<br />
práticas metodológicas e avaliativas tendo em mente o ingresso, a<br />
permanência e o sucesso do educando. A avaliação é parte<br />
integrante do ato <strong>pedagógico</strong> e impulsionador da aprendizagem, a escola e o<br />
professor devem conhecer o aluno real, abandonando o paradigma de que a<br />
avaliação serve só para medir a aprendizagem do aluno tendo o cuidado de<br />
não deixar que o aluno construa uma visão distorcida sobre seu processo de<br />
aquisição de conhecimento, mostrando que ele também está inserido neste<br />
processo.<br />
A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na<br />
participação do aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo<br />
professor. Assim a escola não pode mais pensar em elaborar uma avaliação<br />
baseada num tipo de aluno ideal. É preciso criar uma avaliação que vise a<br />
educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva histórica e cognitiva que se<br />
deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está ensinando<br />
contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva.<br />
Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e formal,<br />
passando a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a<br />
construção da aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa<br />
mudança, o aluno entenderá que a avaliação faz parte de um processo que<br />
tem como objetivo final uma busca de qualidade no seu processo de aquisição<br />
de conhecimento.<br />
Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com<br />
prazer, pesquisar e descobrir de novos conhecimentos, esta nas mãos dos<br />
professores educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na<br />
construção de novas aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de<br />
qualidade e visando sua formação.<br />
34
Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que<br />
busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado,<br />
incluindo o aluno cidadão na sociedade, tendo como meta à formação integral<br />
do educando e trazendo para sala de aula prazer em ser avaliado com<br />
qualidade e profissionalismo.<br />
3.10. Concepção de Gestão Escolar<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio<br />
entende Gestão Democrática como a participação consciente do coletivo<br />
escolar na busca de uma identidade para a instituição, que responda aos<br />
anseios da comunidade, garantindo condições de igualdade no acesso e<br />
permanência de todos na escola.<br />
Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a<br />
qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,<br />
independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os<br />
alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou<br />
comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática<br />
de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de<br />
gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em<br />
seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de<br />
discriminação e segregação.<br />
O trabalho <strong>pedagógico</strong> deve orientar as questões administrativas para<br />
que o aspecto <strong>pedagógico</strong> seja sempre o elemento norteador do ensino. Para<br />
que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia<br />
de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias<br />
colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações.<br />
As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o<br />
colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma<br />
transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar,<br />
buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida.<br />
3.11. Concepção de Currículo<br />
35
O currículo compreende os conhecimentos produzidos, acumulados e<br />
sistematizados pela humanidade, transmitindo assim uma cultura.<br />
É uma construção social do conhecimento, pressupõe a sistematização<br />
dos meios para que esta construção se efetive.<br />
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O<br />
primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma<br />
cultura.<br />
O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto<br />
social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.<br />
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a<br />
escola deve adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre<br />
na semana pedagógica e observa as mudanças da sociedade atual, sempre<br />
sendo construído dentro de uma perspectiva Histórico-Crítica.<br />
As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem,<br />
também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções que<br />
norteiam o trabalho <strong>pedagógico</strong>.<br />
3.12. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de<br />
Ensino e Aprendizagem<br />
A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração,<br />
incluiu a criança de seis anos no Sistema Educacional Brasileiro. Este ingresso<br />
não pode se limitar a uma medida meramente administrativa, mas sobretudo<br />
voltando uma atenção especial ao processo de desenvolvimento e<br />
aprendizagem das crianças, o que implica conhecimento e respeito às suas<br />
características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, tanto nos cinco anos<br />
iniciais quanto nos quatro anos finais, já que é uma mudança para se repensar<br />
todo o ensino fundamental.<br />
Faz-se necessário, portanto, conhecer a criança e o adolescente, pois a<br />
construção da proposta pedagógica deve ser coerente com as especificidades<br />
da segunda infância, atendendo também às necessidades de desenvolvimento<br />
36
da adolescência.<br />
A infância pode ser entendida como categoria social e como categoria<br />
da história humana, englobando aspectos que afetam também o que temos<br />
chamado de adolescência ou juventude, sendo a infância entendida como o<br />
período da história de cada um, que se estende, na nossa sociedade, do<br />
nascimento até aproximadamente dez anos de idade.<br />
Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos<br />
contextos, papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada<br />
com base em um padrão de crianças das classes médias, a partir de critérios<br />
de idade e dependência do adulto, característicos de sua inserção no interior<br />
dessas classes. No entanto, é preciso considerar a diversidade de aspectos<br />
sociais, culturais e <strong>político</strong>s.<br />
A criança não se resume a ser alguém que não é, mas o adulto que se<br />
tornará. É específico da infância seu poder de imaginação, a fantasia, a<br />
criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são<br />
cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela<br />
produzidas. Por isso é importante entender o modo de ver das crianças, para<br />
poder ver o mundo a partir do seu ponto de vista.<br />
Embora o conceito de infância varie muito, de acordo com o contexto<br />
histórico-social vivido, foram construídos padrões relativos à concepção<br />
burguesa de infância, e a desmistificação de um conceito único, possibilitará<br />
ver as crianças pelo que são no presente, sem se valer de estereótipos, idéias<br />
pré-concebidas ou de práticas educativas que visam moldá-las em função de<br />
visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e aprendizagem.<br />
As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o<br />
mundo. Cabe à escola como um todo, favorecer a criação de um ambiente<br />
onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um<br />
tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança<br />
dentro e fora da escola.<br />
A concepção de adolescência, de acordo com a Psicologia, desde Stanley<br />
Hall, está fortemente ligada a estereótipos e estigmas, abordando uma<br />
concepção naturalista universal sobre o adolescente. Aberastury considera a<br />
adolescência como “um momento crucial na vida do homem e constitui a etapa<br />
37
decisiva de um processo de desprendimento”, destacando esse período como<br />
de “contradições, confuso, doloroso”. Knobel parte de pressupostos de que “o<br />
adolescente passa por desequilíbrios e instabilidades extremas” e que “o<br />
adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial para assimilar os<br />
impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”. Esses<br />
desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são<br />
colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no<br />
adolescente, devendo portanto essa concepção ser refletida.<br />
Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e<br />
a adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social,<br />
sendo assim deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural,<br />
o processo construído historicamente, tendendo a identificar bases universais<br />
em suas proposições. Herrán considera que haja alguma concordância entre<br />
autores e linhas teóricas sobre o fato de a adolescência ser um período de<br />
transição marcado por mudanças físicas e cognitivas, bem como um<br />
prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no<br />
mundo adulto.<br />
As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de<br />
considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora<br />
enfatizam os aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não<br />
conseguindo superar visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os<br />
fatores sociais são encarados de forma abstrata e genérica, e a influência do<br />
meio torna-se difusa e descaracterizada contextualmente, agindo apenas como<br />
um pano de fundo no processo de desenvolvimento já previsto no adolescente.<br />
Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e<br />
patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a<br />
visão de homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como<br />
autônomo, livre e capaz de se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a<br />
adolescência como uma fase natural do desenvolvimento, apontando nela<br />
características naturais como rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e<br />
crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos, tendência<br />
grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e<br />
contradições sucessivas.<br />
38
A adolescência não é um período natural do desenvolvimento; é um<br />
momento significado e interpretado pelo homem. O jovem não é algo por<br />
natureza, são características que surgem nas relações sociais, em um processo<br />
no qual o jovem se coloca inteiro, com suas características pessoais e seu<br />
corpo. A adolescência foi construída historicamente de acordo com as<br />
exigências da sociedade moderna, ou seja, a necessidade de retardar o<br />
ingresso dos jovens no mercado de trabalho, a extensão do período escolar, e<br />
até a necessidade de justificativa da burguesia par manter seus filhos longe do<br />
trabalho, dentre outros. A adolescência refere-se, assim, a esse período de<br />
latência social constituída a partir da sociedade capitalista, e essas questões<br />
sociais e históricas vão constituindo uma fase de afastamento do trabalho e de<br />
preparo para a vida adulta. As marcas do corpo e as possibilidades na relação<br />
com os adultos vão sendo pinçadas para a construção das significações, para a<br />
qual é básica a contradição que se configuram nesta vivência entre as<br />
necessidades dos jovens, as condições pessoais e as possibilidades sociais de<br />
satisfação delas. Dessa relação e de sua vivência, enquanto contradição, que<br />
se retirará grande parte das significações que compõem a adolescência: a<br />
rebeldia, a moratória, a instabilidade, a busca da identidade e os conflitos.<br />
Essas características, tão bem anotadas pela Psicologia, ao contrário da<br />
naturalidade que se lhes atribui, são históricas, isto é, foram geradas como<br />
características dessa adolescência que aí está. Entende-se, assim, a<br />
adolescência como constituída socialmente a partir de necessidades sociais e<br />
econômicas e de características que vão se constituindo no processo.<br />
A educação escolar, para grande parte da população, produz um<br />
conjunto de relações marcadas pela tensão, descontinuidade e desvalorização<br />
das crianças e dos adolescentes que nela ingressam, devido a um desencontro<br />
entre as esperanças construídas pelas famílias em torno do valor da escola e<br />
as aspirações dos jovens – ascensão social, melhoria das condições de vida.<br />
Para o jovem, o desencontro das expectativas iniciais gestadas na família e a<br />
experiência cotidiana vivida na escola, que muitas vezes nega essas<br />
aspirações, pode gerar desinteresse, indisciplina e violência, na medida em<br />
que a trajetória na escolarização gera insucesso e exclusão. Dependendo do<br />
seu modo de funcionamento, a escola pode ou não vir a contribuir para a<br />
39
estruturação efetiva de referências e a questão está na sua capacidade de<br />
propiciar arranjos que asseguram um conjunto de relações sociais significativas<br />
para os adolescentes e suas famílias.<br />
Mesmo que a organização do trabalho <strong>pedagógico</strong> nos anos iniciais do<br />
Ensino Fundamental diferencie-se da organização dos anos finais, deve-se<br />
procurar a ruptura dessa fragmentação, propondo unicidade entre instituições<br />
de ensino, com a adequação dos conteúdos no tempo escolar de forma que as<br />
disciplinas não sejam hierarquizadas, pois para a criança e adolescente não há<br />
separação entre os conhecimentos em campos específicos, e suas experiências<br />
de apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens,<br />
expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.<br />
É fundamental, então, que o processo de ensino-aprendizagem considere<br />
singularidades da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades<br />
encadeadas que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de forma<br />
prazerosa e cheia de significação social, num movimento de articulação entre<br />
os anos iniciais e finais, pois embora o Ensino Fundamental esteja<br />
administrativamente dividido em duas etapas, essa é uma etapa única que<br />
exige articulação, assegurando assim a continuidade do processo educacional.<br />
3.13. Concepção de Alfabetização e Letramento<br />
A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética por nossas crianças e<br />
jovens não se dá apenas nos anos iniciais, mas ao longo de todo os níveis da<br />
Educação Básica.<br />
Desde muito cedo as crianças convivem com a língua oral e participam<br />
de diferentes situações de interação social, aprendendo sobre elas próprias,<br />
sobre a natureza e sobre a sociedade, chegando à escola já conseguindo<br />
interagir com autonomia. Entretanto, na escola, aprendem a produzir textos<br />
orais mais formais e ampliam suas capacidades de compreensão. Isso também<br />
ocorre com a escrita, onde as crianças e adolescentes observam palavras<br />
escritas em diferentes suportes, escutam histórias lidas por outras pessoas, e<br />
nessas experiências culturais com práticas de leitura e escrita, vão se<br />
40
constituindo como sujeitos letrados.<br />
Sabendo que as crianças que vivem em ambientes ricos em experiências<br />
de leitura e escrita, não só se motivam para ler e escrever, mas começam,<br />
desde cedo, a refletir sobre as características dos diferentes textos que<br />
circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades, é fundamental<br />
que a escola assegure aos estudantes, diariamente, a vivência de práticas<br />
reais de leitura e produção de textos diversificados. Cabe, então, à instituição<br />
escolar, responsável pelo ensino da leitura e da escrita, ampliar as<br />
experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler e<br />
produzir diferentes textos com autonomia, se preocupando também com o<br />
desenvolvimento dos conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita<br />
alfabética, assim como daqueles ligados ao uso e à produção da linguagem<br />
escrita. E o papel dos professores, em relação ao contato dos estudantes com<br />
diferentes textos, em atividades de leitura e escrita realizadas dentro e fora da<br />
escola, deve se refletido e entendido que esse contato precisa ser mediado,<br />
caso contrário não há garantias que nossas crianças e jovens se alfabetizem.<br />
É relevante, portanto, distinguirmos alfabetização de letramento, sendo<br />
que alfabetização corresponde ao processo pelo qual se adquire uma<br />
tecnologia – a escrita alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e<br />
escrever, sendo que o domínio de tal tecnologia envolve conhecimentos e<br />
destrezas variados, como compreender o funcionamento do alfabeto,<br />
memorizar as convenções letra-som e dominar seu traçado, e letramento<br />
relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita,<br />
nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais.<br />
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis. Ao<br />
contrário, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever<br />
no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, o que se constitui num<br />
desafio. Implica refletir sobre as práticas e as concepções adotadas para a<br />
inserção das crianças e adolescentes no mundo da escrita, analisar e recriar<br />
metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais cedo e da forma mais eficaz<br />
possível, o duplo direito de não apenas ler e registrar autonomamente palavras<br />
numa escrita alfabética, mas de poder ler, compreender e produzir os textos<br />
que compartilhamos socialmente como cidadãos.<br />
41
3.14. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino<br />
Fundamental<br />
A articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental<br />
deve acontecer de forma a promover a integração entre os envolvidos,<br />
assegurando as aprendizagens necessárias tanto dos educandos que cursam<br />
os anos iniciais quanto dos que cursam os anos finais. A ampliação do ensino<br />
fundamental para nove anos implica em capacitar primeiramente todos os<br />
profissionais da educação através da formação continuada: Semana<br />
Pedagógica, Grupo de Estudos, Reuniões Pedagógicas, Oficinas Disciplinares,<br />
etc., bem como reformular o Projeto Político-Pedagógico e a Proposta<br />
Pedagógica Curricular. Além disso, os espaços educativos, os materiais<br />
didáticos e os equipamentos necessários precisam ser repensados para<br />
atender esta demanda. Este é o momento de rever os conteúdos e as<br />
concepções e práticas pedagógicas de avaliação do ensino e aprendizagem,<br />
diante do desafio de uma formação voltada para a cidadania, a autonomia e a<br />
liberdade responsável de aprender e transformar a realidade de maneira<br />
positiva. Cabe ao estabelecimento de ensino assegurar a flexibilização dos<br />
tempos e dos espaços com vistas a uma efetiva aprendizagem em todas as<br />
dimensões do currículo, através da prática de uma avaliação ética e<br />
democrática, garantindo o acesso, a permanência e a aprendizagem com<br />
qualidade.<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita é compartilhado com a Escola<br />
Municipal Maria Inês Speer Farias, de anos iniciais, e procura manter um<br />
diálogo constante com a comunidade escolar da mesma, para estabelecer a<br />
ponte necessária ao desenvolvimento das ações que subsidiarão o trabalho<br />
<strong>pedagógico</strong> a ser desenvolvido, e que refletirá no processo ensino e<br />
aprendizagem.<br />
3.15. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais<br />
42
A partir do momento que se faz a articulação com os anos iniciais, é<br />
possível desenvolver um trabalho que promova uma boa adaptação dos alunos<br />
dos anos iniciais, sem aquela ruptura impactante, que intimida e amedronta os<br />
alunos.<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio,<br />
sendo uma escola compartilhada, atende os mesmos alunos da escola de anos<br />
iniciais, o que favorece sua adaptação, onde os mesmos são bem acolhidos,<br />
com oferta de um trabalho <strong>pedagógico</strong> adequado às suas necessidades e nível<br />
de desenvolvimento.<br />
4. MARCO OPERACIONAL:<br />
43
Tendo em vista que a escola que queremos é a que tem a função de<br />
promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela<br />
humanidade a fim de possibilitar condições de emancipação humana, tendo o<br />
compromisso de assegurar um ensino de qualidade a todos que nela adentram,<br />
ou seja, um saber sistematizado indispensável para o exercício da cidadania,<br />
faz-se necessário colocar em prática as ações que viabilizarão o processo de<br />
construção e interação social com o conhecimento, em todo o estado do<br />
Paraná. Todas as ações a serem desenvolvidas têm o compromisso de levar o<br />
aluno ao conhecimento, objetivando a compreensão do mundo que o cerca de<br />
forma crítica, com o intuito de instigá-lo a buscar a mudança necessária. Essas<br />
ações devem estar em consonância com as Diretrizes Curriculares, Lei de<br />
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96, explicitadas no<br />
Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico de cada instituição, coerentes<br />
com a filosofia da escola.<br />
Por meio do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Juvenal<br />
Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, buscaremos redimensionar e<br />
organizar o trabalho <strong>pedagógico</strong> de cada segmento da escola, imprescindível<br />
para se alcançar sua função máxima, que é promover o acesso aos<br />
conhecimentos historicamente produzidos.<br />
4.1. Ações definidas pelo coletivo escolar:<br />
• Melhoria da prática administrativo-pedagógica para garantia da<br />
qualidade do ensino;<br />
• Momentos específicos para discussões pedagógicas, utilização de<br />
materiais para pesquisa e outras atividades correlatas;<br />
• Ampliação e conservação do acervo e serviços bibliográficos prestados à<br />
comunidade escolar e a integração desse acervo, sempre que possível,<br />
ao acervo da multimídia;<br />
• Envolvimento dos diversos segmentos no acompanhamento do Projeto<br />
Político Pedagógico, para que ocorra sua efetivação na prática;<br />
• Incentivo à uma maior participação dos docentes em reuniões<br />
44
pertinentes às questões que envolvem o <strong>colégio</strong>, sejam reuniões de pais,<br />
pedagógicas, comunitárias, conselhos de classe, etc.;<br />
• Execução do Plano de Trabalho Docente, de acordo com a Proposta<br />
Pedagógica Curricular integrada ao PPP da escola;<br />
• Organização de hora atividade, dentro das possibilidades, agrupando<br />
disciplinas afins;<br />
• Incentivo e valorização do trabalho docente, com acompanhamento junto<br />
aos alunos e pais;<br />
• Cumprimento das reuniões pedagógicas de acordo com o calendário ou<br />
quando se fizerem necessárias;<br />
• Participação efetiva nos conselhos de classe de todos os envolvidos no<br />
processo ensino e aprendizagem, focando sempre no que pode ser feito<br />
para melhorar e não apenas nos problemas apresentados;<br />
• Reuniões periódicas com pais, obedecendo cronograma por segmentos<br />
e/ou quando ocorrerem situações que exijam reuniões extraordinárias,<br />
com o objetivo de envolvê-los na participação do processo ensino e<br />
aprendizagem dos filhos;<br />
• Atuação efetiva do Conselho Escolar nas tomadas de decisões<br />
pertinentes ao contexto escolar, em todas as instâncias;<br />
• Estudo e divulgação das atribuições e normas de conduta contidas no<br />
Regimento Escolar, em relação à equipe diretiva, pedagógica,<br />
administrativa, corpo docente, discente e pais, a toda a comunidade<br />
escolar, no início e ao longo do ano letivo;<br />
• Definição de critérios avaliativos mais coerentes, de acordo com as<br />
especificidades de cada turma, eliminando as práticas classificatórias;<br />
• Busca da qualidade pretendida sempre de forma coletiva, com o<br />
envolvimento de todos;<br />
• Incentivo às atividades lúdicas, artísticas, recreativas e esportivas,<br />
através da aquisição de materiais e promoção de eventos;<br />
• Passeios e excursões educativas/ecológicas com o intuito de ampliar e<br />
enriquecer os conhecimentos adquiridos em sala de aula;<br />
• Palestras sobre assuntos de interesse dos alunos, da comunidade em<br />
45
geral, que venham complementar conteúdos de sala de aula, proferidas<br />
por pessoas que tenham conhecimento de causa sobre o assunto em<br />
questão ou que sejam profissionais da área;<br />
• Viabilização de espaço físico para recuperação de alunos com<br />
dificuldades de aprendizagem, seja através da sala de apoio ou reforço<br />
nas horas atividade do professor;<br />
• Incentivo à participação dos professores nas formações continuadas.<br />
4.2. Organização do trabalho <strong>pedagógico</strong><br />
A organização do trabalho <strong>pedagógico</strong> dar-se-á considerando os elementos<br />
essenciais para sua efetivação:<br />
4.2.1. Organização Curricular<br />
Na Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio o<br />
ensino é de forma presencial, com organização curricular por Anos no Ensino<br />
Fundamental, com 4 (quatro) anos de duração (6º ao 9º Ano) e por Séries no<br />
Ensino Médio, organizado por blocos de disciplinas semestrais, com duração de<br />
03 anos (1ª a 3ª Série).<br />
Os conteúdos curriculares observam a difusão de valores fundamentais<br />
ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem<br />
comum e à ordem democrática, e o respeito à diversidade.<br />
Os conteúdos e componentes curriculares são organizados na Proposta<br />
Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do<br />
estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e<br />
Estaduais.<br />
Consta na organização curricular dos anos finais as disciplinas da Base<br />
Nacional Comum constituída por: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino<br />
Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa; e a Parte<br />
Diversificada, constituída pela disciplina de Língua Estangeira Moderna –<br />
Inglês.<br />
46
No Ensino Médio cada bloco é composto por seis (06) disciplinas em<br />
cada semestre, sendo : Bloco 1- Biologia, Educação Física, Filosofia, História,<br />
Língua Portuguesa, Inglês; Bloco 2 – Arte, Física, Geografia, Matemática,<br />
Química, Sociologia.<br />
4.2.2. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de<br />
registro, recuperação de estudos, promoção<br />
- Ensino Fundamental<br />
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e<br />
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do<br />
conhecimento pelo aluno.<br />
É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento<br />
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto<br />
dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos<br />
qualitativos sobre os quantitativos.<br />
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à<br />
elaboração pessoal, sobre a memorização.<br />
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e<br />
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades<br />
educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.<br />
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único<br />
instrumento de avaliação.<br />
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em<br />
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político<br />
Pedagógico.<br />
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o<br />
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a<br />
comparação dos alunos entre si.<br />
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a<br />
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa<br />
47
eorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.<br />
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos<br />
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu<br />
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.<br />
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período<br />
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades<br />
detectadas, de novas ações pedagógicas, para o Estabelecimento de Ensino.<br />
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do<br />
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.<br />
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante<br />
ao processo ensino e aprendizagem.<br />
A recuperação deverá ser organizada com atividades significativas, por<br />
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de<br />
recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da<br />
disciplina.<br />
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em<br />
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).<br />
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em<br />
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e<br />
autenticidade de sua vida escolar.<br />
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações<br />
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente<br />
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro<br />
de Classe.<br />
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do<br />
aluno, aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de<br />
conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental, a média final mínima<br />
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida<br />
por lei.<br />
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que<br />
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média<br />
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão<br />
considerados aprovados ao final do ano letivo.<br />
48
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio<br />
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:<br />
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente<br />
do aproveitamento escolar;<br />
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a<br />
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.<br />
A média de conclusão de cada disciplina será obtida por meio da média<br />
aritmética, dos resultados das avaliações dos períodos letivos, constituindo-se<br />
na média anual (M.A) para o Ensino Fundamental e Médio.<br />
O Estabelecimento de Ensino utilizará a seguinte fórmula para o cálculo<br />
da Média Anual no Ensino Fundamental:<br />
1º Bimestre + 2º Bimestre + 3º Bimestre + 4º Bimestre = M.A.<br />
4<br />
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do<br />
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.<br />
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão<br />
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e<br />
expedição de documentação escolar.<br />
- Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais<br />
No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, as<br />
disciplinas da Matriz Curricular estarão organizadas anualmente em dois blocos<br />
ofertados concomitantemente.<br />
A carga horária da disciplina ficará condensada em um semestre,<br />
garantindo o número de aulas da Matriz Curricular.<br />
Cada Bloco de Disciplinas Semestrais será cumprido, com, no mínimo,<br />
100 dias letivos, previstos no Calendário Escolar.<br />
O aluno terá a garantia de continuidade de seus estudos quando concluir<br />
cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais.<br />
A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir os dois Blocos de<br />
disciplinas Semestrais ofertados em cada série.<br />
49
Quando a conclusão da série ocorrer, no final do 1º semestre do ano<br />
letivo, o aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre no<br />
mesmo ano letivo.<br />
O estabelecimento de ensino, quando constatar a possibilidade de<br />
avanço de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e<br />
com frequência na série/ano/blocos de disciplinas semestrais/disciplinas,<br />
deverá notificar o Núcleo regional de Educação para que este proceda<br />
orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das<br />
normas que fundamentam o processo de reclassificação.<br />
Os alunos, quando maiores, ou seus responsáveis, poderão solicitar<br />
reclassificação, facultando à escola aprová-lo.<br />
As transferências de alunos entre a Organização Anual e a Organização<br />
por Blocos de Disciplinas Semestrais e entre a mesma Organização por Blocos<br />
de Disciplinas Semestrais, seguirão as normas previstas na legislação e serão<br />
analisadas pela equipe pedagógica do estabelecimento de ensino.<br />
As transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino com<br />
a Organização Anual para a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais,<br />
durante o 1º semestre do ano letivo, serão analisadas pela equipe pedagógica<br />
do estabelecimento de ensino a fim de definir qual o Bloco em que o aluno será<br />
matriculado, considerando as necessidades de aprendizagem apresentadas<br />
pelo aluno.<br />
As transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino com<br />
a Organização Anual para a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais<br />
no 2º semestre letivo, serão efetivadas no Bloco 1 ou Bloco 2, a partir da<br />
análise pedagógica de seu desenvolvimento escolar sendo considerada sua<br />
frequência, independente dos resultados apresentados pelo aluno no 1º<br />
semestre letivo no estabelecimento de ensino de origem.<br />
Nas transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino que<br />
ofertam a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais, o aluno cumprirá<br />
o Bloco de disciplinas Semestrais faltante da série.<br />
Nas transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino<br />
com Organização por Blocos de disciplinas Semestrais para a Organização<br />
Anual, o aluno aproveitará a carga horária e avaliações (notas, conceitos,<br />
50
pareceres, etc.), cumprindo normalmente todas as disciplinas da Matriz<br />
Curicular Anual, seguindo a legislação vigente.<br />
O aluno ao se transferir deverá receber do estabelecimento de origem,<br />
documento oficial onde constem disciplinas, avaliação (notas, conceitos,<br />
pareceres, etc.) com o resultado e frequência do Bloco de Disciplinas<br />
Semestrais.<br />
Exigir-se-á o mínimo de 75% de frequência, cem (100) dias letivos<br />
previstos em cada Bloco de Disciplina Semestral.<br />
No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais<br />
respeitar-se-á as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz<br />
respeito:<br />
a) aos resultados de avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas<br />
Semestrais;<br />
b) à apuração da assiduidade<br />
c) aos estudos de recuperação;<br />
d) ao aproveitamento de estudos;<br />
e) à atuação do Conselho de Classe.<br />
No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, a<br />
média final (MF) para cada disciplina corresponderá à média aritmética de dois<br />
(02) registros de notas, resultantes das avaliações realizadas ao longo do<br />
semestre letivo.<br />
MF = 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE<br />
Cada registro de nota será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula<br />
zero) a 5,0 (cinco vírgula zero) totalizando para a média final 10,0 (dez vírgula<br />
zero).<br />
4.2.3. Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio oferta<br />
o Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna –<br />
Espanhol, e para tanto deverá viabilizar salas adequadas para seu<br />
51
funcionamento, bem como assessorar os professores do Centro de Língua<br />
Estrangeira Moderna, acompanhando suas turmas e organizando a<br />
documentação dos alunos matriculados. Atualmente o CELEM funciona com<br />
duas (02) turmas, no período da noite.<br />
4.2.4. Conselho de Classe<br />
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e<br />
deliberativa em assuntos didático-<strong>pedagógico</strong>s, fundamentado no Projeto<br />
Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade<br />
de analisar ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a<br />
efetivação do processo ensino e aprendizagem.<br />
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as<br />
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo<br />
ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de<br />
apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos, sendo da<br />
responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados<br />
coletados a serem analisados no Conselho de Classe.<br />
Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos,<br />
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação<br />
<strong>pedagógico</strong>-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o<br />
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.<br />
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,<br />
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem<br />
alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar<br />
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.<br />
É constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe<br />
pedagógica, por todos os docentes que atuam numa mesma turma, bem como<br />
os alunos representantes de turma, por meio de:<br />
I. Pré-Conselho com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do<br />
professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);<br />
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção,<br />
52
da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa<br />
de alunos e pais de alunos por turma.<br />
A convocação pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do<br />
Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de<br />
quarenta e oito (48) horas.<br />
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em<br />
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário,<br />
onde as reuniões serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da escola,<br />
como forma de registro das decisões tomadas.<br />
São atribuições do Conselho de classe:<br />
I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,<br />
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem<br />
ao processo ensino e aprendizagem;<br />
II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos<br />
para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;<br />
III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao<br />
processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos<br />
alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;<br />
IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e<br />
analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e<br />
aprendizagem;<br />
V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de<br />
avanço do aluno para o ano e/ou série subsequente ou sua retenção,<br />
após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o<br />
desenvolvimento integral do aluno;<br />
VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até setenta e duas (72)<br />
horas úteis após sua divulgação.<br />
4.2.5. Processo de Classificação e Reclassificação<br />
A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o<br />
Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos<br />
53
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios<br />
formais, podendo ser realizada:<br />
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série<br />
ou fase anterior, na própria escola;<br />
II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país<br />
ou exterior, considerando a classificação da escola de origem;<br />
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação<br />
para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e<br />
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.<br />
A classificação tem caráter <strong>pedagógico</strong> centrado na aprendizagem, e<br />
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e<br />
dos profissionais:<br />
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da<br />
escola para efetivar o processo;<br />
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe<br />
pedagógica;<br />
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser<br />
iniciado, para obter o respectivo consentimento;<br />
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou instrumentos utilizados;<br />
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.<br />
A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino<br />
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início<br />
do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo<br />
à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento,<br />
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.<br />
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na<br />
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série,<br />
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o<br />
processo de reclassificação.<br />
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar<br />
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à<br />
escola aprová-lo ou não.<br />
A Equipe Pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno<br />
54
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,<br />
a fim de obter o devido consentimento.<br />
A Equipe Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela<br />
equipe do Núcleo Regional da Educação – NRE, instituirá Comissão, conforme<br />
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação – SEED, a fim de<br />
discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da<br />
reclassificação.<br />
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,<br />
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos<br />
realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.<br />
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,<br />
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.<br />
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e<br />
integrará a Pasta Individual do aluno.<br />
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo<br />
Estabelecimento de Ensino será registrado no Relatório Final, a ser<br />
encaminhado à Secretaria de Estado da Educação – SEED.<br />
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.<br />
4.2.6. Regime de Progressão Parcial<br />
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,<br />
não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado,<br />
poderá cursá-las subsequente e concomitantemente.<br />
O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matrícula com<br />
Progressão Parcial.<br />
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três<br />
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de<br />
estudos.<br />
4.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes<br />
55
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica<br />
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica<br />
curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.<br />
Será feita pela Base Nacional Comum, e na conclusão do curso, o aluno<br />
deverá ter cursado pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.<br />
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da<br />
equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o<br />
aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao<br />
mesmo.<br />
Ao final do processo de adaptação, será elaborada uma ata de<br />
resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no<br />
Relatório Final.<br />
4.2.8. Formação Continuada<br />
A LDB, em consonância com as exigências da demanda atual do mundo<br />
do trabalho, afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização<br />
dos profissionais da educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional<br />
continuado” e “período reservado a estudos, planejamento e avaliação,<br />
incluído na carga horária de trabalho”.<br />
A educação, assim como todas as atividades sociais, necessita de um<br />
constante aperfeiçoamento e atualização. Por isso, continuar aprendendo<br />
durante toda a vida é uma condição para acompanhar as mudanças<br />
necessárias à transformação da sociedade.<br />
É preciso desenvolver políticas de valorização dos professores, visando a<br />
melhoria das condições de trabalho e de salário, assim como é igualmente<br />
importante investir na sua qualificação, capacitando-os para que possam<br />
oferecer um ensino de qualidade, ou seja, um ensino relevante e significativo<br />
para os alunos. Para isso, é necessário criar mecanismos de formação inicial e<br />
continuada que correspondam às expectativas da sociedade em relação ao<br />
processo de aprendizagem, estabelecendo metas a curto e longo prazos, com<br />
objetivos claros, que permitam avaliar, inclusive, os investimentos.<br />
56
É preciso criar uma cultura em todo o país que favoreça e estimule o<br />
acesso dos professores a atividades culturais, como exposições, cinemas,<br />
espetáculos, congressos, como meio de interação social.<br />
A escola também é um local privilegiado para a formação continuada.<br />
Estudos sobre o tema contribuíram para a abertura de formações continuadas<br />
no interior da escola, como reuniões pedagógicas e grupos de estudos, dentre<br />
outros.<br />
Por tudo isto, podemos afirmar que a formação continuada deve ser parte<br />
constitutiva do Projeto Político Pedagógico da escola, cujo objetivo é promover<br />
a reflexão dos profissionais sobre sua prática.<br />
Os profissionais do <strong>colégio</strong> Estadual Juvenal Mesquita têm participado das<br />
capacitações centralizadas e descentralizadas promovidas pela SEED, como<br />
encontros, seminários, capacitações, NRE Itinerante, grupos de estudos, além<br />
de cursos promovidos pela APP. Procurará promover em seu contexto,<br />
momentos de formação de acordo com as necessidades dos profissionais, o<br />
que implicará em formas e conteúdos variados. Dentre elas podemos citar<br />
algumas já elaboradas:<br />
- Realização da formação continuada prevista pela SEED.<br />
- Grupos de estudos e seminários para discutir assuntos pertinentes às<br />
Diretrizes Curriculares, Agenda 21, etc.<br />
- Elaboração e/ou reelaboração do PPP do estabelecimento.<br />
- Discussão, nas horas atividade, de temas referentes ao dia a dia da sala de<br />
aula, sobre o processo ensino/aprendizagem, aperfeiçoamento pessoal em<br />
relação às especificidades de sua área através leitura de materiais didáticos da<br />
biblioteca, correção e preparação das atividades, pesquisa no laboratório de<br />
informática, dentre outros.<br />
- Oficinas em parceria com outras instituições educacionais.<br />
As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também não<br />
só na formação dos professores, como de todos os profissionais da educação<br />
(diretores, equipe pedagógica, demais funcionários).<br />
4.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade<br />
57
É fundamental a participação de toda a comunidade escolar, ou seja,<br />
funcionários, professores, pais, alunos, instâncias colegiadas e segmentos da<br />
sociedade organizada, nas atividades desenvolvidas pela escola. Sempre que<br />
necessário são realizadas reuniões ordinárias e/ou extraordinárias para<br />
discussões e tomadas de decisões (reuniões de pais, reuniões pedagógicas,<br />
das instâncias colegiadas), sendo estabelecidos contatos mais frequentes com<br />
os pais para ficarem cientes da vida escolar de seus filhos, embora nem<br />
sempre o retorno seja satisfatório, já que não comparecem como deveriam.<br />
Mesmo assim o <strong>colégio</strong> não deixa de convocar o pai ou responsável, seja por<br />
telefone, bilhete ou recado, para comparecer na escola e tomar ciência e<br />
providências em relação ao ocorrido com o filho.<br />
Normalmente as reuniões pontuais acontecem no início do ano e ao final de<br />
cada bimestre, e quando necessário, são realizadas reuniões extraordinárias<br />
com os pais, Conselho Escolar, APMF, para tratar de assuntos que se fizerem<br />
necessários para o momento, dentre eles problemas de aprendizagem, de<br />
disciplina, aplicação de recursos financeiros, desenvolvimento de programas e<br />
<strong>projeto</strong>s, festas, etc., a fim de conhecer, analisar e controlar o que se passa<br />
dentro da escola e direcionar as inovações necessárias ao bom desempenho de<br />
suas funções, com a participação efetiva dos pais e de toda a comunidade<br />
escolar.<br />
O <strong>colégio</strong> também é receptivo à realização de palestras, apresentações<br />
culturais, e tenta dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil.<br />
4.2.10. Organização do horário/hora atividade<br />
O <strong>colégio</strong> tenta organizar o horário de forma a não sobrecarregar o aluno<br />
e o trabalho <strong>pedagógico</strong> dos docentes. Entretanto, como muitos professores<br />
trabalham em várias instituições de ensino, nem sempre é possível adequar o<br />
horário de forma satisfatória ou priorizar a hora atividade concentrada, ficando<br />
muitas vezes a desejar um trabalho integrado e contextualizado entre os<br />
docentes.<br />
58
Contudo, é importante que as questões pedagógicas prevaleçam sobre<br />
as burocráticas, sobre os interesses pessoais, e o trabalho seja voltado para as<br />
necessidades dos alunos, da escola como um todo, viabilizando assim a<br />
qualidade do ensino.<br />
4.2.11. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atuação da Equipe<br />
Multidisciplinar<br />
Para atender a diversidade cultural da comunidade escolar, o professor<br />
deve incluir no seu Plano de trabalho Docente diferentes temas em relação aos<br />
Desafios Educacionais Contemporâneos como: História e Cultura Afro-<br />
Brasileira, Africana e Indígena, Educação Ambiental, Educação Fiscal,<br />
Sexualidade, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Enfrentamento à Violência<br />
na Escola, e trabalhar na prática do dia a dia.<br />
Com o objetivo de conhecer a história do povo negro e indígena, valorizar<br />
sua cultura, suas contribuições, combater a discriminação e preconceito, foram<br />
criadas as equipes multidisciplinares para tratar dessa temática,<br />
O trabalho da Equipe Multidisciplinar será aplicado conforme o Plano de<br />
Ação elaborado. As ações pensadas estão articuladas aos fatos históricos e<br />
atuais solidificando os conteúdos curriculares na tarefa de levar aos alunos, os<br />
conhecimentos científicos.<br />
Cabe à Equipe Multidisciplinar “...orientar e auxiliar o desenvolvimento<br />
das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de<br />
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo de período<br />
letivo” (Res. Nº 3399/2010-GS/SEED) contribuindo para que o aluno negro e<br />
indígena volte sua atenção para os aspectos positivos da história e da cultura<br />
de seu povo, da contribuição para o país e para a humanidade.<br />
Dentre as ações desenvolvidas, podemos destacar:<br />
• Acompanhamento, juntamente com o Conselho Escolar, do<br />
enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente<br />
escolar.<br />
59
• Trabalho, na Semana Pedagógica, sobre temas referentes à educação das<br />
relações etnicorracias, diversidade sexual e educação do campo,<br />
utilizando materiais como textos, slides, vídeos, documentários, filmes,<br />
indicações de sites.<br />
• Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de<br />
detectar se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações<br />
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e<br />
Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.<br />
• Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura<br />
Afrobrasileira, Africana e Indígena, com o envolvimento de todas as<br />
disciplinas.<br />
• Participação do evento da Equipe Multidisciplinar – 2011/<strong>2012</strong> (Grupo de<br />
Estudos) com carga horária de 80 e 60 horas, respectivamente.<br />
• Seleção de material para estudo e divulgação aos docentes e discentes,<br />
bem como incentivo aos professores das diversas disciplinas para<br />
acessar os sites relacionados ao tema, a fim de inteirar-se das ações<br />
implementadas.<br />
• Pesquisa, junto à bibliotecária, da bilbliografia referente às Relações<br />
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e<br />
Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.<br />
• Desenvolvimento de palestras e debates com a participação de toda a<br />
comunidade escolar.<br />
• Estudo sobre a real situação do indígena no Paraná e no Brasil.<br />
• Estudo das leis - Leis 10.639/03 e 11.645/08 e materiais orientadores do<br />
trabalho.<br />
• Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência<br />
Negra.<br />
• Reuniões dos integrantes da Equipe Multidisciplinar juntamente com os<br />
membros do Conselho Escolar para as apresentações das ações.<br />
As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar,<br />
considerando que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de<br />
planejamento. Nessa perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva<br />
em reuniões juntamente com os membros do Conselho Escolar e pela<br />
60
comunidade escolar. As avaliações servirão como subsídios para rever as ações<br />
implementadas no decorrer do ano letivo.<br />
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do<br />
trabalho, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem<br />
tomadas. É parte integrante do processo de construção das ações e<br />
compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e<br />
sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É<br />
também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a<br />
dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto<br />
de chegada.<br />
COMPONENTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - <strong>2012</strong><br />
Nome Função<br />
Andréa Cristina do Nascimento Representante da Área de Humanas –<br />
Professora de Ed. Física<br />
Ângela Maria Nogueira Herbst Representante da Área de Exatas –<br />
Professora de Matemática<br />
Cristina dos Santos Representante da Área de Humanas –<br />
Professora de História<br />
Fabiana Aparecida Gonçalves Representante da Equipe<br />
Administrativa – Diretora<br />
Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica -<br />
Pedagoga<br />
Rosiclei de Fátima Proni Coordenadora da Equipe<br />
Multidisciplinar e Representante da<br />
Equipe Pedagógica<br />
Vanilda Monteiro Representante da Área de Exatas –<br />
Professora de Matemática<br />
Zenaide Martins Sanches Representante da Área de Exatas –<br />
Professora de Ciências<br />
4.2.12. Acompanhamento das atividades em contraturno<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita oferta, no período contraturno, tanto<br />
manhã quanto tarde, uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem para os<br />
61
alunos do 6º ano e uma turma para os alunos do 9º ano, para atender os<br />
alunos que apresentam defasagens nas disciplinas de Língua Portuguesa e<br />
Matemática. Os professores são formados na área respectiva e comparecem<br />
duas vezes por semana para ministrarem quatro aulas semanais de cada<br />
disciplina. A diretora e as pedagogas acompanham o desenvolvimento das<br />
atividades, verificando a assiduidade dos alunos, conversando com os pais,<br />
orientando o trabalho desenvolvido pelas professoras em relação ao Plano de<br />
Trabalho Docente, preenchimento do livro registro, fichas de encaminhamento<br />
e relatórios semestrais, estabelecendo uma ponte entre os professores<br />
regentes e os da Sala de Apoio.<br />
4.2.13. Matriz Curricular<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio,<br />
contempla em sua matriz curricular:<br />
I. Uma Base Nacional Comum para os anos finais do Ensino<br />
Fundamental, constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física,<br />
Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de<br />
uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês;<br />
II. Uma Base Nacional Comum para o Ensino Médio, constituída pelas<br />
disciplinas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia,<br />
História, LEM (Inglês), Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia;<br />
III. Ensino Religioso, para o 6º e 7º ano, como disciplina integrante da<br />
Matriz Curricular do estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à<br />
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de<br />
proselitismo;<br />
Os conteúdos de História e Geografia do Paraná são trabalhados na<br />
disciplina de História e Geografia e os conteúdos de História e Cultura Afro-<br />
Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade<br />
Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência<br />
contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano<br />
letivo, em todas as disciplinas.<br />
62
4.2.14. Calendário Escolar<br />
O calendário escolar será elaborado anualmente, conforme normas<br />
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de<br />
ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao órgão<br />
competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à<br />
sua vigência.<br />
O calendário escolar atenderá o disposto na legislação vigente,<br />
garantindo o mínimo de 200 dias (800 horas) anuais de efetivo trabalho<br />
escolar, com complementação de carga horária quando necessário, de forma a<br />
garantir o previsto para cada nível e modalidade.<br />
4.2.15. Desafios educacionais contemporâneos e atendimento à<br />
diversidade<br />
A escola tem hoje também como atribuição, atender a demanda de<br />
acordo com seus anseios sociais e a sua diversidade cultural, que são<br />
relevantes para a comunidade escolar e que estão presentes nas experiências,<br />
práticas, representações e identidades de educandos e educadores. Trabalhar<br />
disciplinarmente e interdisciplinarmente os temas dos Desafios Educacionais<br />
Contemporâneos, a fim de atender as necessidades culturais, sociais e a<br />
realidade das escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná já é<br />
uma exigência. Tornam-se fundamentais a ampliação do acesso a informações<br />
sobre a diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada<br />
por relações étnico-raciais e a promoção de condições de formação e de<br />
instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de<br />
ensino.<br />
O professor deverá incluir no Plano de Trabalho Docente - PTD e na<br />
prática docente do dia a dia os diferentes temas que tratam dos Desafios<br />
Educacionais Contemporâneos, como: Educação Ambiental; Educação Fiscal;<br />
Sexualidade; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Enfrentamento à<br />
63
Violência na Escola; educação do Campo; História e Cultura Afro-Brasileira,<br />
Africana e Indígena e Fortalecimento de Identidades e de Direitos.<br />
Esses temas devem ser trabalhados de forma planejada disciplinarmente<br />
e em momentos e situações oportunas, ou mesmo de forma interdisciplinar,<br />
por <strong>projeto</strong>s, culminando com exposições, apresentações, murais, painéis, etc.<br />
A Equipe Multidisciplinar na escola trata da História e Cultura da África,<br />
dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de<br />
contribuir para a valorização da história de seu povo, da cultura, da<br />
contribuição para o país e para a humanidade.<br />
Em relação ao Gênero e Diversidade deve ser garantido o acesso e a<br />
permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de<br />
qualidade por meio de políticas públicas educacionais, com reflexões sobre o<br />
preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual<br />
e à identidade de gênero, de forma a propiciar fundamentação teórico-prática<br />
para o enfrentamento dessas práticas na escola.<br />
A sexualidade deve ser trabalhada abordando-se os conhecimentos<br />
historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e<br />
reprodutivos da juventude.<br />
O enfrentamento à violência e ao uso indevido de drogas felizmente não<br />
tem sido necessário nesta escola, pelo fato de não estarem ocorrendo tais<br />
situações. Entretanto, busca através da prevenção, desviar a criança, o<br />
adolescente e o jovem dessas situações de risco, através de trabalhos<br />
orientados em sala de aula, como produção de cartazes, seminários, vídeos e<br />
documentários educativos a respeito, contrato <strong>pedagógico</strong> com a participação<br />
também da equipe diretiva-pedagógica, onde se priorize o respeito às<br />
diferenças, ao semelhante, o cumprimento de regras para uma boa<br />
convivência, conservação do patrimônio público, enfim, ações que sejam<br />
possíveis realizar no interior da escola. Além disso, também acontecem<br />
palestras educativas com a Patrulha Escolar Comunitária – PEC e com<br />
profissionais da comunidade.<br />
4.2.16. Ações preventivas em parceria<br />
64
Muitas ações para prevenir situações de risco ao ser humano, que<br />
comprometem a saúde pública, são realizadas também em parceria com<br />
instituições de ensino superior e Secretaria da Saúde Municipal, com o objetivo<br />
de evitar doenças como a dengue, gripe A, DSTs, AIDS, etc. São realizadas<br />
palestras pelos alunos do ensino superior, teatros, oficinas, distribuição de<br />
panfletos explicativos, vistorias pelos agentes de saúde, e assim ocorre uma<br />
mobilização em prol da melhoria da qualidade de vida.<br />
4.2.17. Envolvimento das Instâncias Colegiadas<br />
Instâncias colegiadas são aquelas em que há representações diversas e<br />
as decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências<br />
diferenciadas.<br />
Para um trabalho efetivo da escola, é necessário que haja um<br />
envolvimento entre os órgãos colegiados, já que representam a comunidade<br />
escolar com atribuições específicas e todos devem trabalhar na busca do bem<br />
comum. É fundamental que todos participem das reuniões, conheçam o<br />
funcionamento da escola e tomem as decisões de forma coletiva.<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio<br />
possui os seguintes órgãos colegiados e equipes de trabalho:<br />
4.2.17.1. Conselho Escolar<br />
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,<br />
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do<br />
trabalho <strong>pedagógico</strong> e administrativo do Estabelecimento de Ensino, em<br />
conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria<br />
de Estado da Educação -– SEED.<br />
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade<br />
escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos<br />
com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu<br />
65
membro nato, o (a) Diretor (a) Escolar.<br />
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais<br />
da educação atuantes no Estabelecimento de Ensino, alunos devidamente<br />
matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos<br />
alunos.<br />
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,<br />
presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.<br />
O Conselho Escolar poderá eleger seu Vice-Presidente dentre os<br />
membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.<br />
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar<br />
a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.<br />
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,<br />
mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a<br />
representatividade dos níveis e modalidades de ensino, onde as eleições dos<br />
membros titulares e suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento<br />
convocada para este fim, para um mandato de 02 anos, admitindo-se uma<br />
única reeleição consecutiva.<br />
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino<br />
Fundamental e Médio, de acordo com o princípio da representatividade e da<br />
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros na gestão<br />
<strong>2012</strong>/2014:<br />
Membros Função<br />
Fabiana Aparecida Gonçalves Presidente<br />
Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica<br />
Roseane da Luz Representante do Corpo Docente – Ensino<br />
Fundamental<br />
Roseli Hampel Gonzaga Martins Representante do Corpo Docente – Ensino<br />
Médio<br />
Selma Regina Cosmo de Campos Representante dos Funcionários<br />
Administrativos<br />
Sueli Elizabete de Melo Representante dos Funcionários de<br />
Serviços Gerais<br />
Fernanda Cristina dos Santos Leite Representante do Corpo Discente –<br />
Ensino Fundamental<br />
Eliana aparecida Monteiro Qualia Representante do Corpo Discente –<br />
Ensino Médio<br />
66
Maria de Fátima Moraes Schimiti Representante dos Pais de Alunos -<br />
Ensino Fundamental<br />
Neide do Espírito Santo Catharino Representante dos Pais de Alunos -<br />
Ensino Médio<br />
José Neias Representante dos Movimentos Sociais<br />
Organizados da Comunidade<br />
4.2.17.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF<br />
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de<br />
representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino,<br />
sem caráter <strong>político</strong>, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo<br />
remunerados os seus dirigentes e conselheiros.<br />
A APMF é regida por estatuto próprio, aprovado e homologado em<br />
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.<br />
São objetivos da APMF:<br />
I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de<br />
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando<br />
sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do<br />
Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;<br />
II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-<br />
lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta<br />
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;<br />
III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto<br />
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa<br />
comunidade;<br />
IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo<br />
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da<br />
APMF e do Conselho Escolar;<br />
V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa<br />
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,<br />
gratuita e universal;<br />
VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e<br />
67
toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e<br />
desportivas, ouvido o Conselho Escolar;<br />
VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem<br />
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas<br />
em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;<br />
VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas<br />
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta<br />
ação.<br />
Composição da APMF – Mandato 2011/2013<br />
Membros Função<br />
Miguel José Filho Presidente<br />
Marilia Isabel de Lima Vice-Presidente<br />
Selma Regina Cosmo de Campos 1º Secretário<br />
Leonor Luiza de Oliveira 2º Secretário<br />
Simone Galdino 1º Tesoureiro<br />
Onice Pereira da Silva 2º Tesoureiro<br />
Adriana Honorato de Medeiros Paleta 1º Diretor Sociocultural e Esportivo<br />
Sidnei Aparecido Dias 2º Diretor Sociocultural e Esportivo<br />
4.2.17.3. Equipe Diretiva<br />
A equipe diretiva do Colégio Estadual Juvenal Mesquita é composta pela<br />
diretora Fabiana Aparecida Gonçalves e pelo diretor auxiliar Eduardo Henrique<br />
Von Der Osten, sendo os mesmos responsáveis pela efetivação da gestão<br />
democrática, de forma a assegurar o alcance dos objetivos educacionais<br />
definidos neste Projeto Político Pedagógico.<br />
destacar:<br />
Dentre as várias competências do diretor e do diretor auxiliar, podemos<br />
I. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-<br />
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho<br />
Escolar;<br />
II. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da<br />
68
educação;<br />
III. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em<br />
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;<br />
IV. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e<br />
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;<br />
V. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento<br />
às decisões tomadas coletivamente;<br />
VI. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,<br />
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;<br />
VII. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do<br />
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;<br />
VIII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade<br />
estabelecidos;<br />
IX. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de<br />
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza<br />
<strong>pedagógico</strong>- administrativa no âmbito escolar;<br />
X. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas<br />
coletivamente;<br />
XI. articular processos de integração da escola com a comunidade;<br />
XII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de <strong>projeto</strong>s a<br />
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,<br />
juntamente com a comunidade escolar;<br />
XIII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do<br />
estabelecimento de ensino;<br />
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus<br />
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar.<br />
4.2.17.4. Equipe Pedagógica<br />
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e<br />
implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político<br />
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política<br />
69
educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.<br />
Compete à equipe pedagógica:<br />
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto<br />
Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;<br />
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo <strong>pedagógico</strong>,<br />
em uma perspectiva democrática;<br />
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho <strong>pedagógico</strong><br />
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação<br />
escolar;<br />
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica<br />
curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da<br />
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e<br />
Estaduais;<br />
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao<br />
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;<br />
VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para<br />
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho <strong>pedagógico</strong> visando<br />
à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para<br />
todos;<br />
VII. participar da elaboração de <strong>projeto</strong>s de formação continuada dos<br />
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a<br />
realização e o aprimoramento do trabalho <strong>pedagógico</strong> escolar;<br />
VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos<br />
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-<br />
ação sobre o trabalho <strong>pedagógico</strong> desenvolvido no estabelecimento de ensino;<br />
IX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de<br />
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;<br />
X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores<br />
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de<br />
experiência, debates e oficinas pedagógicas;<br />
XI. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,<br />
de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho<br />
<strong>pedagógico</strong>;<br />
70
XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a<br />
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade<br />
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;<br />
XIII. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do<br />
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a<br />
comunidade escolar;<br />
XIV. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua<br />
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;<br />
XV. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,<br />
a partir de critérios legais, didático-<strong>pedagógico</strong>s e do Projeto Político-<br />
Pedagógico do estabelecimento de ensino;<br />
XVI. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas<br />
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;<br />
XVII. coordenar a análise de <strong>projeto</strong>s a serem inseridos no Projeto Político<br />
Pedagógico do estabelecimento de ensino;<br />
XVIII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de<br />
ensino.<br />
4.2.17.5. Agentes Educacionais<br />
A equipe dos agentes educacionais compreende os profissionais técnico-<br />
administrativos, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório, e<br />
os auxiliares operacionais, que têm a seu encargo os serviços de conservação,<br />
manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, coordenados e<br />
supervisionados pela direção do estabelecimento de ensino.<br />
Todos têm suas atribuições específicas, de acordo com o Regimento<br />
Escolar, compõem a comunidade escolar, e portanto, devem participar da<br />
tomada de decisões, da construção do Projeto Político Pedagógico, bem como<br />
da sua efetivação.<br />
4.2.17.6. Equipe Docente<br />
71
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente<br />
habilitados, sendo os responsáveis mais diretos pela apropriação dos<br />
conhecimentos pelos alunos. Para que se alcance o ensino de qualidade<br />
pretendido é fundamental aos docentes:<br />
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político<br />
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e<br />
aprovado pelo Conselho Escolar;<br />
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do<br />
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico<br />
e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;<br />
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,<br />
dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto<br />
PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino;<br />
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente, onde as atividades desenvolvidas<br />
em sala de aula tenham em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo<br />
aluno;<br />
V. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos<br />
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,<br />
resguardando prioritariamente o direito do aluno;<br />
VI. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,<br />
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas<br />
no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;<br />
VII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os<br />
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no<br />
decorrer do período letivo;<br />
VIII. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos<br />
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e<br />
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis<br />
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços<br />
e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;<br />
IX. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da<br />
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e<br />
72
aprendizagem;<br />
X. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;<br />
XI. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em<br />
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de<br />
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;<br />
XII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,<br />
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada<br />
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;<br />
XIII. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,<br />
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à<br />
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes<br />
ou modificações no processo de intervenção educativa;<br />
XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e<br />
criação artística;<br />
XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós-<br />
Conselhos, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento<br />
do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e<br />
decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;<br />
XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia<br />
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da<br />
cidadania;<br />
XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer<br />
irregularidade à equipe pedagógica;<br />
XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-<br />
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos<br />
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;<br />
XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,<br />
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe<br />
pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;<br />
XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe<br />
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento<br />
de ensino;<br />
XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação<br />
73
da escola com as famílias e a comunidade;<br />
XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o<br />
desenvolvimento do processo educativo;<br />
XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional<br />
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática<br />
profissional e educativa;<br />
XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de <strong>projeto</strong>s a<br />
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;<br />
XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho<br />
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;<br />
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,<br />
funcionários e famílias;<br />
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus<br />
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade<br />
escolar;<br />
XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria<br />
de Estado da Educação.<br />
4.2.17.7. FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente<br />
Em 2005 foi lançado o PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO<br />
ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA, apresentado com o título Fica Comigo,<br />
onde o combate à evasão foi e é a sua principal meta.<br />
A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA) é um dos instrumentos<br />
colocados à disposição da escola e da sociedade, e tem como objetivo<br />
acompanhar os casos de evasão de todos os alunos a partir do momento em<br />
que apresentem ausência de 5 dias consecutivos e 7 dias alternados num<br />
mesmo mês. Além disso, a FICA também tem sido utilizada para análise dos<br />
principais motivos que levam à evasão escolar, o que possibilita o<br />
acompanhamento e a mediação na busca de órgãos competentes que possam<br />
dar suporte às escolas.<br />
As ações de enfrentamento da evasão escolar são desenvolvidas durante<br />
74
todo o ano letivo, com o acompanhamento diário da presença/ausência dos<br />
alunos, procurando saber os motivos das faltas e o que pode ser realizado<br />
para reverter situação, mediante comunicação da ausência pela Equipe<br />
Pedagógica junto aos pais/responsáveis (via telefone ou comunicado por<br />
escrito) solicitando a sua presença no Estabelecimento de Ensino para<br />
esclarecer sobre o motivo da ausência do aluno e adotando procedimentos que<br />
possibilitem o retorno imediato, relatando os fatos no livro de ocorrências do<br />
Estabelecimento de Ensino. Após as medidas tomadas pela escola e esgotados<br />
todos os recursos, sem o retorno do aluno ao Estabelecimento de Ensino, a<br />
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA é encaminhada ao Conselho<br />
Tutelar, acompanhada de um ofício e do relatório de todas as ações realizadas<br />
pela escola, para providências cabíveis.<br />
4.2.18. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica<br />
Curricular<br />
A Proposta Pedagógica Curricular das escolas públicas do Paraná são<br />
norteadas pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, um<br />
documento oficial que traz em si o chão da escola e traça estratégias que<br />
visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do<br />
conhecimento pelos estudantes da rede pública.<br />
As Diretrizes constituem-se num material que é fruto de um trabalho<br />
coordenado pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da<br />
Educação e que contou com a participação de todos os professores da rede<br />
<strong>estadual</strong> de ensino. Nele estão os fundamentos teóricos e metodológicos que<br />
orientam o ensino de cada disciplina.<br />
Os mesmos princípios democráticos que fundamentam a construção<br />
destas Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento na contínua<br />
reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e<br />
transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e<br />
democrático (SEED/PR, 2005).<br />
4.3. Proposta Pedagógica Curricular<br />
75
Ao pensarmos que tipo de formação queremos oferecer aos nossos<br />
alunos, é preciso levar em conta a concepção de educação entendida pela<br />
escola. Se levarmos a efeito o ensino pretendido pelo Colégio Juvenal Mesquita,<br />
ou seja, um ensino pautado na pedagogia histórico-crítica, é fundamental que<br />
as propostas curriculares elaboradas pelo corpo docente possibilitem aos<br />
educandos condições de se apropriarem de instrumentos de comunicação e de<br />
conteúdos culturais básicos que os levem a entender a sociedade em que<br />
vivem e a partir daí possam transformá-la. É de responsabilidade do coletivo<br />
da escola assumir o papel de elaborar uma proposta curricular que cada vez<br />
mais se aproxime daquilo que acredita ser fundamental no processo de<br />
escolarização dos alunos, na realidade de sua comunidade e também em<br />
relação a todas as incertezas postas na contemporaneidade.<br />
O currículo não deve ser visto como simples organização formal das<br />
disciplinas, dos conteúdos e dos tempos <strong>pedagógico</strong>s. Ele é um instrumento<br />
norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado, aberto à<br />
produção de sentidos, um processo dinâmico que incorpora os saberes e os<br />
elementos culturais de seus agentes, numa compreensão do contextualizada<br />
do mundo e da cultura que valoriza e fortalece as identidades, não excludente<br />
e politicamente posicionada.<br />
Partindo da concepção de que a Escola é a instituição que tem como<br />
função a transmissão do conhecimento produzido e acumulado historicamente,<br />
o processo ensino-aprendizagem deve ser encaminhado possibilitando aos<br />
alunos a compreensão das formas de produção que o homem desenvolveu. E<br />
ainda, propiciar a construção de saberes que possibilitem o entendimento das<br />
teias de relações econômicas, sociais e culturais que definem sua própria vida,<br />
enquanto sujeito e autor do momento histórico-social em que está inserido.<br />
Enfim, além dos conteúdos, as concepções, as compreensões e o<br />
entendimento de como o processo ensino e aprendizagem deve ser norteado,<br />
estará retratado nas Propostas Curriculares elaboradas pelos professores de<br />
cada disciplina do Ensino Fundamental e Médio do <strong>colégio</strong>, de acordo com as<br />
Diretrizes Curriculares Estaduais Orientadoras da Educação Básica.<br />
ARTE<br />
76
1. Apresentação e Justificativa:<br />
Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz<br />
culturalmente a visão particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o<br />
mundo. Portanto, esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo o<br />
ensino de Artes como conhecimento, trabalho e expressão e como necessidade<br />
de apropriação do saber artístico e estético.<br />
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a<br />
partir dos conhecimentos estéticos e artísticos, aproximando-o do universo<br />
cultural da humanidade nas suas diversas representações.<br />
Para tanto, é necessário o processo de ensino e de aprendizagem, o<br />
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a<br />
articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa<br />
disciplina. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de<br />
pensamento, estabelecer conexões entre saberes e vivências e que possa<br />
expressá-las através de diferentes linguagens artísticas, expandindo suas<br />
potencialidades criativas.<br />
A partir das concepções da Arte e de seu ensino considera-se alguns<br />
campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de<br />
estudo desta disciplina, que é: “o conhecimento estético<br />
e o conhecimento da<br />
produção artística”. O pensamento, a sensibilidade e percepção articulam-se<br />
numa organização que expressa os pensamentos e sentimentos, sob a forma<br />
de representações artísticas. O conhecimento artístico está relacionado com o<br />
fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e<br />
formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse<br />
processo as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas<br />
expressam saberes específicos a partir da experimentação com materiais, com<br />
técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da<br />
Dança, da Música e do Teatro.<br />
2. Conteúdos:<br />
77
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
Elementos formais;<br />
Composição;<br />
Movimentos e períodos.<br />
São conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem<br />
em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. São<br />
apresentados separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, mas<br />
metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada<br />
um do outro, para garantir ao aluno o conhecimento sistematizado da arte.<br />
Seu caráter social é relevante. É preciso considerar tempo-espaço no<br />
trabalho <strong>pedagógico</strong>, tanto como categoria articuladora dos conteúdos<br />
estruturantes, quanto pelo caráter histórico e social que enriquece a<br />
compreensão da arte e da vida.<br />
São conteúdos estruturantes:<br />
- Elementos Formais:<br />
São os recursos empregados numa obra. São elementos da cultura<br />
presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a<br />
produção artística e o conhecimento em arte. Ex.: o timbre em Música, a cor<br />
em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.<br />
O professor deve aprofundar na sua área de habilitação e estabelecer<br />
articulação com as outras áreas.<br />
- Composição:<br />
É o processo de organização e desdobramento dos elementos formais<br />
que constituem uma produção artística.<br />
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos<br />
de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas<br />
visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e<br />
estilos.<br />
- Movimentos e Períodos:<br />
Se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento da<br />
Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes<br />
numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um<br />
78
movimento artístico em suas especialidades, gêneros, estilos e correntes<br />
artísticas. Deve estar presente em vários momentos do ensino.<br />
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e de mútua<br />
determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de modo<br />
simultâneo.<br />
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos<br />
artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos<br />
diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão do mundo,<br />
característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de<br />
composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.<br />
Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos<br />
conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.<br />
No planejamento das aulas, a organização dos conteúdos deve ser de<br />
forma horizontal, pois em toda ação pedagógica planejada deve estar<br />
presentes conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes.<br />
A postura metodológica adotada deve propiciar ao aluno uma<br />
compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando<br />
metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e<br />
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são<br />
interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma<br />
de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.<br />
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
6º ANO<br />
MÚSICA<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
PARA A SÉRIE<br />
Altura<br />
Duração<br />
Ritmo<br />
Melodia<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Greco-Romana<br />
Oriental<br />
79
ARTES<br />
VISUAIS<br />
TEATRO<br />
DANÇA<br />
Timbre<br />
Intensidade<br />
Densidade<br />
Ponto<br />
Linha<br />
Textura<br />
Forma<br />
Superfície<br />
Volume<br />
Cor<br />
Luz<br />
Personagem:<br />
expressões corporais,<br />
vocais, gestuais e<br />
faciais<br />
Ação<br />
Espaço<br />
Movimento corporal<br />
Tempo<br />
Espaço<br />
Escalas: diatônica<br />
pentatônica<br />
cromática<br />
improvisação<br />
Bidimensional<br />
Figurativa<br />
Geométrica, simetria<br />
Técnicas: Pintura,<br />
escultura, arquitetura<br />
Gênero: cenas da mitologia.<br />
Enredo, roteiro.<br />
Espaço Cênico, adereços<br />
Técnicas: jogos teatrais,<br />
teatro indireto e direto,<br />
improvisação, manipulação,<br />
máscara<br />
Gênero: Tragédia, Comédia<br />
e Circo<br />
Kinesfera<br />
Eixo<br />
Ponto de apoio<br />
Movimentos articulares<br />
Fluxo (livre e interrompido)<br />
Rápido e lento<br />
Formação<br />
Níveis (alto, médio e<br />
baixo)<br />
Deslocamento (direto e<br />
indireto)<br />
Ocidental<br />
Africana<br />
Arte Greco-<br />
Romana<br />
Arte Africana<br />
Arte Oriental<br />
Arte Pré-Histórica<br />
Greco-Romana<br />
Teatro Oriental<br />
Teatro Medieval<br />
Renascimento<br />
Pré-história<br />
Greco-Romana<br />
Renascimento<br />
Dança Clássica<br />
80
7º ANO<br />
MÚSICA<br />
ARTES<br />
VISUAIS<br />
TEATRO<br />
Dimensões (pequeno e<br />
grande)<br />
Técnica: Improvisação<br />
Gênero: Circular<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
PARA A SÉRIE<br />
Altura<br />
Duração<br />
Timbre<br />
Intensidade<br />
Densidade<br />
Ponto<br />
Linha<br />
Forma<br />
Textura<br />
Superfície<br />
Volume<br />
Cor/Luz<br />
Personagem:<br />
expressões corporais,<br />
vocais, gestuais e<br />
faciais<br />
Ação<br />
Ritmo/Melodia<br />
Escalas<br />
Gêneros: folclórico, indígena,<br />
popular e étnico<br />
Técnicas: vocal, instrumental<br />
e mista<br />
Improvisação<br />
Proporção<br />
Tridimensional<br />
Figura e fundo<br />
Abstrata<br />
Perspectiva<br />
Técnicas: Pintura, escultura,<br />
modelagem, gravura...<br />
Gêneros: Paisagem, retrato,<br />
natureza morta...<br />
Representação,<br />
Leitura dramática,<br />
Cenografia.<br />
Técnicas: jogos teatrais,<br />
mímica, improvisação,<br />
formas animadas...<br />
Gêneros: Rua e arena,<br />
Caracterização.<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Música popular<br />
e étnica<br />
(ocidental e<br />
oriental)<br />
Arte Indígena<br />
Arte Popular<br />
Brasileira e<br />
Paranaense<br />
Renascimento<br />
Barroco<br />
Comédia dell´<br />
arte<br />
Teatro popular<br />
Brasileiro e<br />
Paranaense<br />
Teatro Africano<br />
81
DANÇA<br />
8º ANO<br />
MÚSICA<br />
ARTES<br />
VISUAIS<br />
TEATRO<br />
Espaço<br />
Movimento corporal<br />
Tempo<br />
Espaço<br />
Ponto de apoio/Rotação<br />
Coreografia/Salto e queda<br />
Peso (leve e pesado)<br />
Fluxo (livre, interrompido e<br />
conduzido);<br />
Lento, rápido e moderado;<br />
Níveis (alto, médio e baixo);<br />
Formação<br />
Direção<br />
Gênero: Folclórica, popular e<br />
étnica<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
PARA A SÉRIE<br />
Altura / Duração<br />
Timbre<br />
Intensidade<br />
Densidade<br />
Linha<br />
Forma<br />
Textura<br />
Superfície<br />
Volume<br />
Cor/Luz<br />
Personagem:<br />
expressões corporais,<br />
vocais, gestuais e<br />
faciais<br />
Ação<br />
Ritmo/ Melodia/ Harmonia<br />
Tonal, modal e a fusão de<br />
ambos.<br />
Técnicas: vocal, instrumental<br />
e mista<br />
Semelhanças<br />
Contrastes<br />
Ritmo Visual<br />
Estilização<br />
Deformação<br />
Técnicas: desenho,<br />
fotografia, áudio-visual e<br />
mista<br />
Representação no Cinema e<br />
Mídias<br />
Texto dramático<br />
Maquiagem<br />
Dança Popular<br />
Brasileira<br />
Paranaense<br />
Africana<br />
Indígena<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Indústria cultural<br />
Eletrônica<br />
Minimalista<br />
Rap, Rock, Tecno<br />
Indústria<br />
Cultural<br />
Arte no Séc. XX<br />
Arte<br />
Contemporânea<br />
Indústria<br />
Cultural<br />
Realismo<br />
Expressionismo<br />
82
DANÇA<br />
9º ANO<br />
MÚSICA<br />
ARTES<br />
VISUAIS<br />
Espaço<br />
Movimento Corporal<br />
Tempo<br />
Espaço<br />
Sonoplastia<br />
Roteiro<br />
Técnicas: jogos teatrais,<br />
sombra, adaptação cênica...<br />
Giro/ Rolamento/ Saltos<br />
Aceleração e<br />
desaceleração<br />
Direções (frente, atrás,<br />
direita e esquerda)<br />
Improvisação<br />
Coreografia<br />
Sonoplastia<br />
Gênero: Indústria cultural<br />
e espetáculo<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
PARA A SÉRIE<br />
Altura/ Duração<br />
Timbre<br />
Intensidade<br />
Densidade<br />
Linha<br />
Forma<br />
Textura<br />
Superfície<br />
Volume<br />
Cor<br />
Luz<br />
Ritmo/ Melodia/ Harmonia<br />
Técnicas: vocal,<br />
instrumental e mista<br />
Gêneros: popular,<br />
folclórico e étnico.<br />
Bidimensional<br />
Tridimensional<br />
Figura-fundo<br />
Ritmo Visual<br />
Técnica: Pintura, grafite,<br />
performance...<br />
Gêneros: Paisagem<br />
urbana, cenas do<br />
cotidiano...<br />
Cinema Novo<br />
Hip Hop<br />
Musicais<br />
Expressionismo<br />
Indústria<br />
cultural<br />
Dança Moderna<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Música Engajada<br />
Música Popular<br />
Brasileira<br />
Música<br />
Contemporânea<br />
Realismo<br />
Vanguardas<br />
Muralismo e<br />
Arte Latino-<br />
Americana<br />
Hip Hop<br />
83
TEATRO<br />
DANÇA<br />
Personagem:<br />
Expressões corporais,<br />
vocais, gestuais e<br />
faciais<br />
Ação<br />
Espaço<br />
Movimento corporal<br />
Tempo<br />
Espaço<br />
ENSINO MÉDIO:<br />
ÁREA MÚSICA<br />
Técnicas: Monólogo, jogos<br />
teatrais, direção, ensaio,<br />
teatro-Fórum...<br />
Dramaturgia<br />
Cenografia<br />
Sonoplastia/ Iluminação<br />
Figurino<br />
Kinesfera<br />
Ponto de apoio<br />
Peso<br />
Fluxo<br />
Quedas/ Saltos/ Giros<br />
Rolamentos<br />
Extensão (perto e longe)<br />
Coreografia<br />
Deslocamento<br />
Gênero: Performance e<br />
moderna<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
Altura<br />
Duração<br />
Timbre<br />
Intensidade<br />
Densidade<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE<br />
Ritmo<br />
Melodia<br />
Harmonia<br />
Escalas<br />
Modal, Tonal e Fusão<br />
de ambos.<br />
Gêneros: erudito,<br />
clássico, popular,<br />
étnico, folclórico, Pop,<br />
etc.<br />
Técnicas:vocal,<br />
instrumental,<br />
eletrônica, informática<br />
e mista<br />
Improvisação<br />
Teatro Engajado<br />
Teatro do<br />
Oprimido<br />
Teatro Pobre<br />
Teatro do<br />
Absurdo<br />
Vanguardas<br />
Vanguardas<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Música Popular<br />
Brasileira<br />
Paranaense<br />
Popular<br />
Indústria Cultural<br />
Engajada<br />
Vanguarda<br />
Ocidental<br />
Oriental<br />
Africana<br />
Latino-Americana<br />
Dança Moderna<br />
Dança<br />
Contemporânea<br />
84
ÁREA ARTES VISUAIS<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
Ponto<br />
Linha<br />
Textura<br />
Forma<br />
Superfície<br />
Volume<br />
Cor<br />
Luz<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE<br />
Bidimensional<br />
Tridimensional<br />
Figura e fundo<br />
Figurativo<br />
Abstrato<br />
Perspectiva<br />
Semelhanças<br />
Contrastes<br />
Ritmo visual<br />
Simetria<br />
Deformação<br />
Estilização<br />
Técnicas: Pintura,<br />
desenho, modelagem,<br />
instalação,<br />
performance,<br />
fotografia, gravura e<br />
esculturas, arquitetura<br />
história em<br />
quadrinhos...<br />
Gêneros: paisagem,<br />
natureza morta, cenas<br />
do Cotidiano, Histórica,<br />
Religiosa, da<br />
Mitologia...<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Arte Ocidental<br />
Arte Oriental<br />
Arte Africana<br />
Arte Brasileira<br />
Arte Paranaense<br />
Arte Popular<br />
Arte de Vanguarda<br />
Indústria Cultural<br />
Arte Contemporânea<br />
Arte Latino Americana<br />
ÁREA TEATRO<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
Personagem:<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE<br />
Teatro Greco - Romano<br />
expressões corporais, Técnicas: jogos<br />
vocais, gestuais e teatrais, teatro indireto Teatro Medieval<br />
faciais<br />
e direto,<br />
Teatro Brasileiro<br />
mímica, ensaio, Teatro- Teatro Paranaense<br />
Ação<br />
Fórum<br />
Teatro Popular<br />
Roteiro<br />
Indústria Cultural<br />
Espaço<br />
Encenação e leitura Teatro Engajado<br />
dramática<br />
Teatro Dialético<br />
Teatro Essencial<br />
85
Gênero: Tragédia,<br />
Comédia, Drama e<br />
Épico<br />
Dramaturgia<br />
Representação nas<br />
mídias<br />
Caracterização<br />
Cenografia<br />
Sonoplastia, figurino e<br />
iluminação<br />
Direção<br />
Produção<br />
Teatro do Oprimido<br />
Teatro Pobre<br />
Teatro de Vanguarda<br />
Teatro Renascentista<br />
Teatro Latino-<br />
Americano<br />
Teatro Realista<br />
Teatro Simbolista<br />
ÁREA DANÇA<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES<br />
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO<br />
MOVIMENTOS E<br />
PERÍODOS<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE<br />
Movimento corporal Kinesfera<br />
Pré-história<br />
Fluxo<br />
Greco - Romana<br />
Peso<br />
Medieval<br />
Eixo<br />
Renascimento<br />
Salto e Queda<br />
Dança Clássica<br />
Giro<br />
Dança Popular<br />
Rolamento<br />
Brasileira<br />
Tempo<br />
Movimentos<br />
Paranaense<br />
articulares:<br />
Africana<br />
Espaço<br />
lento, rápido e<br />
Indígena<br />
moderado<br />
Hip Hop<br />
Aceleração e<br />
Indústria Cultural<br />
desaceleração<br />
Dança Moderna<br />
Níveis<br />
Vanguardas<br />
Deslocamento<br />
Direções<br />
Planos<br />
Improvisação<br />
Coreografia<br />
Gêneros: Espetáculo,<br />
indústria cultural,<br />
étnica, folclórica,<br />
populares e salão<br />
Dança Contemporânea<br />
3. Metodologia:<br />
O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas<br />
por meio das manifestações/produções compostas pelos elementos básicos,<br />
86
com prioridade e valorização do conhecimento nas aulas de Arte.<br />
Nas Artes Visuais, serão explorados formatos bidimensionais,<br />
tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características específicas<br />
contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição<br />
desses elementos no espaço.<br />
Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu<br />
desenvolvimento no tempo e no espaço implica que se explore as<br />
possibilidades de improvisar e compor. Nessa linguagem artística também<br />
podem ser abordadas questões acerca das relações entre o movimento e dos<br />
conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente<br />
recortes da realidade.<br />
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons<br />
presentes no cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se<br />
priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons<br />
percebidos, bem como a identificação de suas prioridades, variações e<br />
maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura<br />
musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da organização desses<br />
elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.<br />
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as<br />
possibilidades de improvisação e composição no trabalho com os personagens,<br />
com o espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou<br />
dramáticos, clássicos ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento<br />
da linguagem do Teatro na escola também se ocupa da montagem do<br />
espetáculo e da respectiva análise dos elementos formadores dessa<br />
linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio do ato<br />
de dramatizar.<br />
É preciso que o aluno compreenda a dimensão histórica em que cada<br />
forma artística aconteceu. Perceber que cada maneira de representar vem<br />
carregada de significados e é o resultado dos esforços e possibilidades ao<br />
alcance do homem, num dado espaço e período da história.<br />
Vários recursos metodológicos serão utilizados, como atividades em<br />
grupo, para exercitar a cooperação, argumentação e tolerância; produção<br />
artística individual, para exercitar a expressividade, criatividade e<br />
87
sensibilidade; aulas dialogadas, a fim de conhecer os interesses dos alunos,<br />
opiniões e expressões, para levá-los a valorizar a cultura;<br />
Serão também trabalhados , articulados aos conteúdos curriculares, os<br />
desafios sócio-educacionais, sempre que for pertinente ao conteúdo<br />
desenvolvido. Em Arte serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-<br />
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); História do<br />
Paraná (Lei nº 13.381/01); Música (Lei nº11.769/08); Prevenção ao Uso<br />
Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº<br />
9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o<br />
Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21<br />
Escolar.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação será:<br />
- Diagnóstica, para avaliar a condição de aprendizagem dos alunos.<br />
- Processual, contínua e cumulativa, por permear todos os momentos da<br />
prática pedagógica, ou seja, avaliação da aprendizagem, do ensino<br />
(desenvolvimento das aulas) e autoavaliação dos alunos.<br />
- Somativa, com atribuição de valores (notas)<br />
Será considerado a capacidade individual, o desempenho, interesse e<br />
envolvimento do aluno nas aulas, sem fazer comparações entre os mesmos,<br />
observando as dificuldades e progressos de cada um.<br />
Deverá ser avaliado como o aluno soluciona problemas apresentados e<br />
como interage em grupo, o domínio que o aluno vai adquirindo nos modos de<br />
organização destes conteúdos e os elementos formados na composição<br />
artística, ultrapassando a cópia e a imitação.<br />
Enfim, construir a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do<br />
conhecimento técnico, o trabalho artístico permitindo que este venha a ser<br />
partilhado com os outros, utilizando instrumentos como trabalhos individual e<br />
em grupo, pesquisas bibliográficas e em grupo, debates em forma de<br />
seminários e simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de<br />
relatórios, gráficos, áudio- visual e outros.<br />
88
A recuperação de estudos será ofertada aos alunos no decorrer do<br />
processo ensino/aprendizagem, concomitantemente, considerando o que não<br />
foi apropriado. Será oferecida a todos os alunos, em especial aos com média<br />
inferior à da aprovação, para que, através da retomada dos conteúdos,<br />
resgatem o que não conseguiram aprender. Entre a nota da avaliação e a da<br />
recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior.<br />
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriaram dos<br />
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de<br />
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de<br />
novos instrumentos de avaliação.<br />
5. Referências:<br />
CALABRIA; Carla P.B. e ou. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 Editora:<br />
FTD, 1997.<br />
HADDAD; Denise A e ou. A Arte de Fazer Arte. Editora: Saraiva, 2009;<br />
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora: Scipione,<br />
1997.<br />
Diretrizes Curriculares Orientadoras de Arte para o Ensino<br />
Fundamental – Secretaria de Estado da Educação. 2008.<br />
Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.<br />
FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.<br />
Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.<br />
Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.<br />
Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo–Governo do Paraná,<br />
1998.<br />
CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.<br />
CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para<br />
crianças. Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.<br />
BRIOCHI, Gabriela. Arte Hoje – Editora FTD, São Paulo, 2003.<br />
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte – Editora Ática, São Paulo,<br />
2008.<br />
MEIRA, Beá. ARTE – Projeto Radix – Raiz do conhecimento – Editora Scipione,<br />
89
São Paulo, 2009.<br />
VALADARES, Solange e ou. – Arte no cotidiano escolar – Editora FAPI, Belo<br />
Horizonte, MG, 2001.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
BIOLOGIA<br />
A Biologia, que tem como objeto de estudo “a vida”, é uma<br />
ciência fruto da conjunção de fatores sociais, <strong>político</strong>s, culturais, religiosos e<br />
tecnológicos, além de identificar as relações entre o conhecimento científico e<br />
o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as<br />
condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.<br />
A vida pode ser compreendida em diversos níveis de<br />
organização: molecular, celular do indivíduo, da população e da ecologia e<br />
todos os seres vivos necessitam viver em harmonia com a natureza para<br />
continuarem existindo. Ao longo do Ensino Médio, o aluno estudará todos esses<br />
níveis e poderá perceber que o homem é o único animal que para sua<br />
subsistência processa e transforma a natureza. Em cada nível, os processos<br />
estarão interligados pelo conceito unificador na Biologia, ou da evolução.<br />
O aluno reconhecerá que as espécies estão ligadas através de<br />
sua estrutura molecular, partilhando o mesmo código genético e, inclusive,<br />
mesmo genes. Essa ligação tem continuidade na forma como os genes se<br />
expressam no desenvolvimento de cada ser, na sua fisiologia e também na<br />
interdependência com o meio ambiente. A percepção dessa comunhão em<br />
todos os níveis deve levar o aluno a um maior respeito pela vida e todas as<br />
suas expressões, valorizando os aspectos da ciência, como os relativos ao<br />
desenvolvimento da genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma<br />
época dependem de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores.<br />
As ciências biológicas ocupam-se em observar, descrever,<br />
explicar e relacionar os diversos aspectos da vida no planeta e têm permitido<br />
ampliar e modificar a visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no<br />
90
mundo. O ensino e aprendizagem dessa disciplina, objetiva a valorização dos<br />
aspectos históricos da ciência, tais como os relativos ao desenvolvimento da<br />
Genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma época dependem<br />
de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores. Espera-se também que<br />
o aluno possa compreender os conceitos fundamentais em Biologia, que facilite<br />
sua ligação com o cotidiano; perceber o quanto as ciências biológicas têm sido<br />
importante para a comunidade e seu grande potencial para novas descobertas<br />
que se delineia neste século XXI.<br />
2. Conteúdos:<br />
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser<br />
seriados nem hierarquizados. Espera-se que os conteúdos sejam abordados de<br />
forma integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da<br />
disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de<br />
referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do<br />
ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o<br />
aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino.<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
Organização dos Seres Vivos<br />
Mecanismos Biológicos<br />
Classificação dos seres vivos:<br />
critérios taxonômicos e<br />
filogenéticos.<br />
Sistemas biológicos: anatomia,<br />
morfologia e fisiologia.<br />
Mecanismos de desenvolvimento<br />
embriológico.<br />
Mecanismos celulares biofísicos<br />
e bioquímicos.<br />
91
Biodiversidade<br />
Manipulação Genética<br />
3. Metodologia:<br />
Teorias evolutivas.<br />
Transmissão das características<br />
hereditárias.<br />
Dinâmica dos ecossistemas:<br />
relações entre os seres vivos e<br />
interdependência<br />
com o ambiente.<br />
Organismos geneticamente<br />
modificado.<br />
Em concordância com a Diretriz Curricular Orientadora do Ensino<br />
de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro<br />
conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres<br />
vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica,<br />
agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo<br />
de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o<br />
surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem<br />
do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único<br />
conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do<br />
trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente<br />
modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do<br />
DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade<br />
biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.<br />
É sempre importante destacar que na compreensão da biologia<br />
92
não há raças humanas, mas sim uma única espécie – a espécie humana – e<br />
que a diversidade morfológica existente pode ser interpessoal (ligada à<br />
identidade individual, distinguindo uma pessoa da outra em uma mesma<br />
população), ou interpopulacional ( caracteriza populações de diferentes<br />
continentes).<br />
É imprescindível que se perceba a interdependência entre os<br />
quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do<br />
funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres<br />
vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o<br />
conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer<br />
a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus<br />
componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se<br />
perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da<br />
estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar,<br />
comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem<br />
do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da<br />
existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a<br />
diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas<br />
estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos<br />
quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo<br />
homem.<br />
As aulas serão expositivas e dialogadas dando oportunidade ao aluno de<br />
reconstruir o texto sob a mediação do professor. No decorrer do período letivo<br />
serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: aulas práticas em<br />
laboratório, com uso de microscópio, lupa, etc.; aulas de campo com<br />
elaboração de relatórios; atividades individuais e coletivas na sala ou fora dela;<br />
<strong>projeto</strong>s interdisciplinares; palestras sobre temas específicos com profissionais<br />
da área; análise e discussão de temas em grupo; aulas com recursos de vídeo,<br />
TV multimídia; pesquisas bibliográficas em confronto com a realidade<br />
observada; entrevistas e debates.<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-<br />
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Biologia<br />
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e<br />
93
Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de<br />
Drogas; Sexualidade Humana; Agenda 21 Escolar; Enfrentamento à violência<br />
contra a criança e o adolescente; Educação Fiscal; Educação Ambiental (Lei nº<br />
9.795/99); Música (Lei nº 11.769/08); Direito das Crianças e Adolescentes (Lei<br />
Federal nº 11.525/07).<br />
4. Avaliação:<br />
Avaliar, na disciplina de Biologia, implica um processo cuja<br />
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática<br />
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-<br />
aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também<br />
tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as<br />
mudanças necessárias.<br />
O processo de avaliação será diagnóstico e formativo, contínuo e<br />
cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,<br />
o que possibilita retratar todas as fases de desenvolvimento no processo de<br />
ensino aprendizagem. Fazem parte do processo de avaliação da aprendizagem<br />
instrumentos tais como: exposição e apresentação de trabalhos, relatos orais e<br />
escritos, provas orais e escritas, debates, entrevistas, questionários<br />
complementares, palestras, vídeos, textos, cartazes, elaboração de gráficos,<br />
sendo cobrado a participação em todas as atividades propostas. A avaliação<br />
será realizada de forma diversificada, utilizando os diversos mecanismos de<br />
aferição.<br />
A recuperação de estudos deve ser proporcionada aos alunos sempre que<br />
o professor verificar que não houve o aproveitamento necessário relacionado a<br />
temática trabalhada. Nesse caso o professor deve oferecer subsídios para que<br />
o conteúdo seja revisado e consequentemente obter-se o aproveitamento<br />
desejado.<br />
5. Referências:<br />
AMABIS e MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna . São Paulo:<br />
Moderna, 2005;<br />
94
GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.<br />
Campinas: Autores Associados, 2002.<br />
LINHARES , Sérgio. Biologia Hoje. São Paulo: Ática, 2005.<br />
LOPES, Sônia. Biologia Essencial. São Paulo: Saraiva, 2005.<br />
Superintendência de Educação.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica.<br />
Curitiba, 2008.<br />
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual. São Paulo: Ática, 2005.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
CIÊNCIAS<br />
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento<br />
científico, que resulta da investigação da natureza, sendo do ponto de vista<br />
científico, o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em<br />
todo sua complexidade, cabendo ao homem interpretar racionalmente seus<br />
fenômenos resultantes das relações entre elementos fundamentais como<br />
tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.<br />
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a<br />
natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência, porém<br />
a maneira de como o homem interage com a natureza possibilita a<br />
incorporação d experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos<br />
através de trabalhos em conjunto com seus semelhantes e transmitidos<br />
culturalmente. Portanto, a cultura, o trabalho e o processo educacional<br />
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecendo novas<br />
formas de relação com a natureza, passando a compreendê-la e apropriando-<br />
se dos seus recursos.<br />
Foi através da observação de regularidades percebidas na natureza que o<br />
conhecimento científico passou a ser sistematizado, permitindo a apropriação<br />
da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.<br />
95
A ciência sendo uma atividade humana complexa, histórica e<br />
coletivamente construída, não revela a verdade, mas propõe modelos<br />
explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos.<br />
Como não é possível existir uma descrição universal para os modelos<br />
diante da complexidade dos fenômenos naturais, faz-se necessário considerá-<br />
los como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e<br />
instituições num determinado contexto histórico, num cenário sócio-<br />
econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e <strong>político</strong>, sendo<br />
imprescindível, ainda determiná-lo no tempo e no contexto das realizações<br />
humanas, que são também historicamente determinadas. Neste conceito<br />
conceituar ciência, exige cuidado epistemológico, sendo necessário, para<br />
conhecer a real natureza da ciência, investigar a história da construção do<br />
conhecimento científico.<br />
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento<br />
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é<br />
produzido, as tradições de pesquisas que os produzem e as instituições que as<br />
apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a<br />
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a<br />
natureza nos diversos momentos históricos.<br />
2. Conteúdos:<br />
Justifica-se a disciplina de Ciências pela necessidade e importância<br />
do aluno compreender o mundo e atuar como indivíduo e como<br />
cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e<br />
tecnológica; de valorizar a natureza como um todo dinâmico e o<br />
ser humano em sociedade como agente de transformações do<br />
mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres<br />
vivos e outros componentes do ambiente; e para compreender a<br />
ciência como um processo de produção de conhecimento e como<br />
uma atividade humana.<br />
ESTRUTURANTES:<br />
96
– Astronomia<br />
– Matéria<br />
– Sistemas Biológicos<br />
– Energia<br />
– Biodiversidade<br />
6º ANO<br />
BÁSICOS:<br />
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos<br />
ASTRONOMIA<br />
MATÉRIA<br />
SISTEMAS<br />
BIOLÓGICOS<br />
ENERGIA<br />
Universo<br />
Sistema solar<br />
Movimentos terrestres<br />
Movimentos celestes<br />
Astros<br />
Constituição da matéria<br />
Níveis de organização<br />
Formas de Energia<br />
Conversão de Energia<br />
Transmissão de energia<br />
97
BIODIVERSIDADE<br />
7º ANO<br />
Organização dos seres vivos<br />
Ecossistemas<br />
Evolução dos seres vivos<br />
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos<br />
ASTRONOMIA<br />
Astros<br />
Movimentos terrestres<br />
Movimentos celestes<br />
MATÉRIA Constituição da matéria<br />
SISTEMAS<br />
BIOLÓGICOS<br />
ENERGIA<br />
BIODIVERSIDADE<br />
Célula<br />
Morfologia e fisiologia dos seres vivos<br />
Formas de Energia<br />
Transmissão de energia<br />
Origem da vida<br />
Organização dos seres vivos<br />
Sistemática<br />
98
8º ANO<br />
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos<br />
9º ANO<br />
ASTRONOMIA<br />
MATÉRIA<br />
SISTEMAS<br />
BIOLÓGICOS<br />
ENERGIA<br />
BIODIVERSIDADE<br />
Origem e evolução do Universo<br />
Constituição da matéria<br />
Célula<br />
Morfologia e fisiologia dos seres vivos<br />
Formas de Energia<br />
Evolução dos seres vivos<br />
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos<br />
ASTRONOMIA<br />
Astros<br />
Gravitação universal<br />
MATÉRIA Propriedades da matéria<br />
99
SISTEMAS<br />
BIOLÓGICOS<br />
ENERGIA<br />
BIODIVERSIDADE<br />
3. Metodologia:<br />
Morfologia e fisiologia dos seres vivos<br />
Mecanismos de herança genética<br />
Formas de Energia<br />
Conservação de energia<br />
Interações ecológicas<br />
A disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer e<br />
complementar o entendimento das múltiplas relações físicas, químicas,<br />
biológicas, geológicas, dentre outras, que ocorrem no ambiente. Na Base<br />
Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o trabalho com<br />
questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e exploratórias.<br />
Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em<br />
laboratório têm sido valorizadas como o recurso que torna concreto o<br />
tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a<br />
repetir procedimentos e roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo<br />
conteúdo, sem uma maior reflexão sobre os vários fenômenos e fatores<br />
intrínsecos envolvidos.<br />
Destacaram a necessidade de laboratório, materiais e equipamentos<br />
para a realização de atividades práticas, inclusive com o uso de materiais<br />
alternativos, no ensino de Ciências. No entanto, é consenso, que as aulas<br />
práticas sejam desenvolvidas, desde que os conceitos a serem trabalhados não<br />
sejam simplificados de forma extrema e garantam a interpretação de fatos,<br />
fenômenos e conceitos, tendo como principal referência os princípios<br />
específicos da disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação,<br />
100
intencionalidade, aplicabilidade, provisoriedade).<br />
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos<br />
conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias<br />
metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos<br />
conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser<br />
desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade<br />
(vinculando teoria e prática), visando à construção de noções e conceitos<br />
significativos. Esse encaminhamento evita a dicotomia entre teoria e prática,<br />
eliminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de<br />
roteiros e procedimentos que induzem as respostas prontas ou a comprovação<br />
de leis, teorias ou fenômenos. As aulas práticas a serem desenvolvidas no<br />
contexto escolar na concepção aqui proposta devem considerar sempre a ação<br />
e a reflexão, portanto, “não basta envolver os alunos na realização de<br />
experimentos, mas também procurar integrar o trabalho prático com a<br />
discussão, análise e interpretação dos dados obtidos” (ROSITO, apud MORAES,<br />
2003).<br />
Julga-se necessário que o planejamento das atividades possibilitem uma<br />
participação dos alunos enquanto sujeitos ativos que colaboram<br />
progressivamente na construção do seu conhecimento. Os encaminhamentos<br />
para a disciplina em questão reforçam a postura dos professores como<br />
mediadores e pesquisadores capazes de considerar o desenvolvimento<br />
cognitivo dos educandos, seus conhecimentos prévios, o contexto histórico<br />
atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os diferentes ritmos de<br />
aprendizagem. Dessa forma, a professora poderá desenvolver, temática<br />
emergencial da sociedade contemporânea, numa abordagem que inter-<br />
relacione “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), concebendo a Ciência como<br />
um processo social, histórico e não dogmático; a Tecnologia “como aplicação<br />
das diferentes formas de conhecimento para atender às necessidades sociais”<br />
e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos podem perceber, por meio da<br />
Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como cidadãos”, sendo<br />
“estimulados a participar democraticamente” expressando suas opiniões<br />
(SOLOMON21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61). Para tanto, sugere-se<br />
algumas estratégias pedagógicas, tais como:<br />
101
observação;<br />
trabalho de campo;<br />
experimentação;<br />
construção de modelos;<br />
jogos de simulação e desempenho de papéis;<br />
visitas a indústrias, fazendas, museus;<br />
<strong>projeto</strong>s individuais e em grupos;<br />
redação de cartas para autoridades;<br />
palestrantes convidados;<br />
estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;<br />
leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.<br />
fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros<br />
(Agenda 21).<br />
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores<br />
poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais<br />
variados recursos <strong>pedagógico</strong>s: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s<br />
educativos, entre outros.<br />
A disciplina de Ciências pretende propiciar ao aluno o entendimento dos<br />
fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e transformações no<br />
ambiente. Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as<br />
intervenções, no sentido de possibilitar ao educando o desenvolvimento da<br />
criatividade, da consciência crítica, do trabalho em equipe e do respeito à<br />
diversidade. As proposições teórico-metodológicas apresentadas não têm a<br />
pretensão de esgotar as possibilidades de encaminhamentos metodológicos<br />
para a disciplina, e sim, de indicar caminhos e alternativas para inserir o<br />
conhecimento científico no cotidiano do aluno, numa perspectiva de totalidade,<br />
considerando a realidade social nos seus diversos aspectos.<br />
É importante proporcionar condições para que o estudante seja capaz de<br />
identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-las, planejar e executar<br />
ações para investigá-las, analisar e interpretar os dados e, propor e criticar as<br />
soluções, construindo, dessa forma, o seu próprio conhecimento, tornando-se<br />
cidadão participativo da nossa sociedade.<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-<br />
102
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ciências<br />
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e<br />
Indígena/equipe multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08);<br />
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação<br />
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Agenda 21 Escolar; História do Paraná (Lei<br />
nº 13.381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Educação Fiscal; Enfrentamento à<br />
Violência contra a Criança e o Adolescente; Direito das Crianças e dos<br />
Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07); Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99,<br />
Portaria nº 413/02).<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve<br />
ser contínua e cumulativa, levando-se em conta o aprendizado com aspectos<br />
qualitativos e não quantitativos.<br />
Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar<br />
novas maneiras e recursos didáticos que possam, através da retomada do<br />
conteúdo servir de instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.<br />
O “erro” pode ser um ponto de partida para superar uma aprendizagem<br />
equivocada por parte do aluno.<br />
Através de problematizações é possível investigar se houve aquisição<br />
significativa clara e objetiva dos conteúdos científicos construídos no processo<br />
ensino-aprendizagem.<br />
A prova como instrumento de investigação, do aprendizado, deve ser<br />
diagnóstica, indicando o quanto foi aprendido e tornar possível a retomada de<br />
conteúdos científicos pelo professor viabilizando o conhecimento.<br />
Sendo diagnóstica permite avaliar e rever os conceitos científicos<br />
compreendidos ou não, corrigir “erros”, diversificando recursos e estratégias<br />
para efetivar a aprendizagem.<br />
Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-<br />
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos<br />
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma<br />
aprendizagem realmente significativa para sua vida. (PARANÁ, 2008, p.79)<br />
103
A avaliação será utilizada para atender o aluno, observando o nível em<br />
que ele se apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento, nunca<br />
esquecendo de considerar as quatro dimensões: diagnóstica, contínua,<br />
cumulativa e participativa, possibilitando ao professor uma constante revisão<br />
de suas aulas para adequá-las ao ritmo de aprendizagem de seus alunos,<br />
promovendo um desempenho mais eficiente acerca do processo ensino e<br />
aprendizagem.<br />
Os critérios e instrumentos estabelecidos devem propiciar a investigação<br />
da aprendizagem significativa sobre todos os conteúdos trabalhados.<br />
Para tanto, alguns critérios fundamentais devem ser considerados:<br />
- Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão utilizando<br />
conhecimentos de natureza científica e tecnológica;<br />
- Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade<br />
como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial<br />
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;<br />
- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e<br />
uma atividade humana;<br />
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia<br />
como meio para suprir necessidades humanas sabendo elaborar juízo sobre<br />
riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;<br />
- Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e<br />
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;<br />
- Formular questões e propor soluções para problemas reais a partir de<br />
elementos das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos<br />
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;<br />
- Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria<br />
transformação espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;<br />
- Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para<br />
a construção coletiva do conhecimento;<br />
- Estimular o cuidado com o próprio corpo com atenção para o<br />
desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação de convívio<br />
e de lazer;<br />
- Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos alimentos;<br />
104
- Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu<br />
papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;<br />
- Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando<br />
informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias<br />
alimentares;<br />
- Compreender a alimentação humana a obtenção e a conservação dos<br />
alimentos sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua<br />
constituição e saúde;<br />
- Valorizar a disseminação de informações relevantes aos membros da sua<br />
comunidade.<br />
A apropriação dos conhecimentos será verificada através de<br />
instrumentos como observação do desempenho do aluno, relatórios, debates,<br />
pesquisas, trabalhos individuais e em grupo, participação do aluno na<br />
realização das atividades, prova com/sem consulta, escrita e oral.<br />
A recuperação de estudos se dará concomitantemente ao processo<br />
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos.<br />
Será oferecida a todos os alunos com média inferior à da aprovação e/ou<br />
àqueles que quiserem usufruí-la. O estabelecimento de ensino ofertará ao<br />
aluno as oportunidades possíveis para que o mesmo resgate os conteúdos não<br />
aprendidos, e entre a nota da avaliação e a da recuperação paralela,<br />
prevalecerá sempre a maior. Assim, principalmente para os educandos que não<br />
se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de<br />
estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades<br />
significativas e de novos instrumentos de avaliação.<br />
Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar<br />
novas maneiras e recursos didáticos que possam, através da retomada do<br />
conteúdo, servir de instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.<br />
5. Referências:<br />
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. Física e química. São Paulo: Ática,<br />
2002.<br />
____FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de<br />
Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1,<br />
105
n.0, ago. 2005.<br />
FONSECA, Albino. Caderno do Futuro. São Paulo: IBEP, 2003.<br />
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.<br />
GOWDAK, Demétrio, MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo:<br />
FTD, 2006.<br />
GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Natureza e vida. São Paulo: FTD,<br />
1996.<br />
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São<br />
Paulo: EDUSP, 1980.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras de Ciências para a Educação Básica. Departamento de<br />
Educação Básica. Curitiba, 2008.<br />
WILSON, E. O Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
EDUCAÇÃO FÍSICA<br />
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas<br />
corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da<br />
Europa. Sobre a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,<br />
a então denominada ginástica surgiu, principalmente a partir de uma<br />
preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos<br />
cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em<br />
prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e<br />
habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além<br />
de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do<br />
respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. Vivenciamos nos últimos<br />
quinze anos a afirmação gradativa do ensino da Educação Física numa<br />
perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe essa disciplina<br />
como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o<br />
conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao<br />
106
longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação<br />
Física, além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o<br />
movimento.<br />
O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita<br />
com seu corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada<br />
momento histórico um diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus<br />
movimentos estiveram sempre à mercê da cultura. Nossa conduta motora nos<br />
revela aspectos biológicos e culturais que são determinantes na evolução do<br />
corpo e da mente.<br />
Na aula de Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em<br />
movimento, possibilitando aos seus alunos participar da construção do<br />
conhecimento de si mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual<br />
possamos incluir o desenvolvimento do organismo enquanto complexidade<br />
biofísico social, criando condições para o desabrochar de processos corporais<br />
mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos, procedimentos, valores<br />
e atitudes.<br />
A Educação Física, cujo objeto de estudo é a cultura corporal, é uma<br />
disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras, espaços onde se pode<br />
dar início às mudanças significativas na maneira de se implementar o processo<br />
de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do<br />
cotidiano associados à cultura de movimentos, que podem ser utilizados como<br />
objetos para reflexão, resgatando e incorporando a cultura popular e a vivência<br />
dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade contemporânea, a escola tem<br />
assumido papel primordial na formação de crianças, jovens e adultos. As<br />
modificações das relações familiares legaram a esta instituição<br />
responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim<br />
formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com<br />
as desigualdades de todas as naturezas e suas consequências, necessitando<br />
para tanto pensar sua práxis do cotidiano.<br />
Neste contexto, cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando<br />
atuar conscientemente neste sentido. A Educação Física, como disciplina do<br />
núcleo comum, busca assim sua reorganização, uma vez entendida como fruto<br />
do processo histórico de evolução do homem que sempre se movimentou,<br />
107
criou jogos, danças e práticas atendendo suas várias necessidades sociais.<br />
Segundo BRACHT “a pedagogia da Educação Física enquanto ciência prática<br />
tem seu sentido não na compreensão, mas no aperfeiçoamento da práxis”<br />
(1992 p. 42).<br />
Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á<br />
num processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas<br />
as crianças e jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas<br />
que constituem essa cultura motora, cognitiva e social.<br />
2. Conteúdos:<br />
ENSINO FUNDAMENTAL<br />
6º ANO:<br />
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS<br />
Esporte<br />
Coletivos<br />
Individuais<br />
Futebol; voleibol;<br />
basquetebol; handebol;<br />
futebol de salão.<br />
Atletismo; tênis de mesa.<br />
108
Jogos e brincadeiras<br />
Dança<br />
Ginástica<br />
Lutas<br />
Jogos e brincadeiras<br />
populares<br />
Brincadeiras e cantigas<br />
de roda;<br />
Jogos de tabuleiro<br />
Jogos cooperativos<br />
Danças folclóricas<br />
Danças de rua<br />
Danças criativas<br />
Ginástica rítmica<br />
Ginástica circense<br />
Ginástica geral<br />
Amarelinha; elástico; 5<br />
marias; stop; bets;<br />
peteca; corrida de sacos;<br />
queimada; polícia e<br />
ladrão.<br />
Gato e rato; escravos de<br />
jó lenço atrás; dança da<br />
cadeira; adoletá.<br />
Dama; trilha; resta um;<br />
xadrez.<br />
Olhos de águia; cadeira<br />
livre; dança das cadeiras<br />
cooperativas.<br />
Quadrilha; dança de<br />
fitas; ciranda; fandango.<br />
Break; funk.<br />
Elementos de movimento<br />
(tempo, espaço, peso e<br />
fluência); qualidades de<br />
movimento;<br />
improvisação; atividades<br />
de expressão corporal.<br />
Corda; arco; bola; fita.<br />
Acrobacias; malabares.<br />
Movimentos gímnicos<br />
( balancinha, vela,<br />
rolamentos, paradas,<br />
estrela, ponte).<br />
Lutas de aproximação Judô; luta olímpica; jiujitsu.<br />
109
7º ANO<br />
Capoeira Angola; regional.<br />
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS<br />
Esporte<br />
Jogos e brincadeiras<br />
Dança<br />
Coletivos<br />
Individuais<br />
Jogos e brincadeiras<br />
populares<br />
Brincadeiras e cantigas<br />
de roda;<br />
Jogos de tabuleiro<br />
Jogos cooperativos<br />
Danças folclóricas<br />
Danças de rua<br />
Danças criativas<br />
Futebol; voleibol;<br />
basquetebol; handebol;<br />
futebol de salão.<br />
Atletismo; tênis de mesa.<br />
Amarelinha; elástico; 5<br />
marias; stop; bets;<br />
peteca; corrida de sacos;<br />
queimada; polícia e<br />
ladrão.<br />
Gato e rato; escravos de<br />
jó lenço atrás; dança da<br />
cadeira; adoletá.<br />
Dama; trilha; resta um;<br />
xadrez.<br />
Olhos de águia; cadeira<br />
livre; dança das cadeiras<br />
cooperativas.<br />
Quadrilha; dança de<br />
fitas; ciranda; fandango.<br />
Break; funk.<br />
Elementos de movimento<br />
(tempo, espaço, peso e<br />
fluência); qualidades de<br />
110
8º ANO:<br />
Ginástica<br />
Lutas<br />
Danças circulares<br />
Ginástica rítmica<br />
Ginástica circense<br />
Ginástica geral<br />
Lutas de aproximação<br />
Capoeira<br />
movimento;<br />
improvisação; atividades<br />
de expressão corporal.<br />
Contemporâneas;<br />
folclóricas; sagradas.<br />
Corda; arco; bola; fita.<br />
Acrobacias; malabares.<br />
Movimentos gímnicos<br />
( balancinha, vela,<br />
rolamentos, paradas,<br />
estrela, ponte).<br />
Judô; luta olímpica; jiujitsu.<br />
Angola; regional.<br />
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS<br />
Esporte<br />
Coletivos<br />
Radicais<br />
Futebol; voleibol;<br />
basquetebol; handebol;<br />
futebol de salão.<br />
Skate.<br />
111
Jogos e brincadeiras<br />
Dança<br />
Dança<br />
Ginástica<br />
Lutas<br />
Jogos e brincadeiras<br />
populares<br />
Jogos de tabuleiro<br />
Jogos dramáticos<br />
Jogos cooperativos<br />
Danças criativas<br />
Danças circulares<br />
Ginástica rítmica<br />
Ginástica circense<br />
Ginástica geral<br />
Lutas com instrumento<br />
mediador<br />
Capoeira<br />
Amarelinha; elástico; 5<br />
marias; stop; bets;<br />
peteca; corrida de sacos;<br />
queimada; polícia e<br />
ladrão.<br />
Dama; trilha; resta um;<br />
xadrez.<br />
Improvisação; imitação;<br />
mímica.<br />
Olhos de águia; cadeira<br />
livre; dança das cadeiras<br />
cooperativas.<br />
Elementos de movimento<br />
(tempo, espaço, peso e<br />
fluência); qualidades de<br />
movimento;<br />
improvisação; atividades<br />
de expressão corporal.<br />
Contemporâneas;<br />
folclóricas; sagradas.<br />
Corda; arco; bola; fita.<br />
Acrobacias; malabares.<br />
Movimentos gímnicos<br />
( balancinha, vela,<br />
rolamentos, paradas,<br />
estrela, ponte).<br />
Esgrima; kendô.<br />
Angola; regional.<br />
112
9º ANO:<br />
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS<br />
Esporte<br />
Jogos e brincadeiras<br />
Dança<br />
Ginástica<br />
Coletivos<br />
Radicais<br />
Jogos e brincadeiras<br />
populares<br />
Jogos de tabuleiro<br />
Jogos dramáticos<br />
Jogos cooperativos<br />
Danças criativas<br />
Danças circulares<br />
Ginástica rítmica<br />
Ginástica circense<br />
Ginástica geral<br />
Futebol; voleibol;<br />
basquetebol; handebol;<br />
futebol de salão.<br />
Skate.<br />
Amarelinha; elástico; 5<br />
marias; stop; bets;<br />
peteca; corrida de sacos;<br />
queimada; polícia e<br />
ladrão.<br />
Dama; trilha; resta um;<br />
xadrez.<br />
Improvisação; imitação;<br />
mímica.<br />
Olhos de águia; cadeira<br />
livre; dança das cadeiras<br />
cooperativas.<br />
Elementos de movimento<br />
(tempo, espaço, peso e<br />
fluência); qualidades de<br />
movimento;<br />
improvisação; atividades<br />
de expressão corporal.<br />
Contemporâneas;<br />
folclóricas; sagradas.<br />
Corda; arco; bola; fita.<br />
Acrobacias; malabares.<br />
Movimentos gímnicos<br />
113
Lutas<br />
ENSINO MÉDIO<br />
Conteúdos<br />
Estruturantes<br />
ESPORTE<br />
JOGOS E<br />
BRINCADEIRAS<br />
DANÇA<br />
Lutas com instrumento<br />
mediador<br />
Capoeira<br />
( balancinha, vela,<br />
rolamentos, paradas,<br />
estrela, ponte).<br />
Esgrima; kendô.<br />
Angola; regional.<br />
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos<br />
Coletivos<br />
Individuais<br />
Radicais<br />
Jogos de tabuleiro<br />
Jogos dramáticos<br />
Jogos cooperativos<br />
Danças folclóricas<br />
Danças de salão<br />
Danças de rua<br />
Ginástica artística<br />
/Olímpica<br />
Futebol; voleibol;<br />
basquetebol; futebol de<br />
salão.<br />
Atletismo; tênis de mesa.<br />
Skate.<br />
Dama; trilha; resta um;<br />
xadrez.<br />
Improvisação; imitação;<br />
mímica.<br />
Olhos de águia; cadeira livre;<br />
dança das cadeiras<br />
cooperativas.<br />
Fandango; quadrilha;<br />
batuque; ciranda, etc.<br />
Forró; vanerão; samba;<br />
soltinho; merengue, etc.<br />
Funk; break, etc.<br />
Solo.<br />
114
GINÁSTICA<br />
LUTAS<br />
3. Metodologia:<br />
Ginástica de<br />
Condicionamento físico<br />
Ginástica geral<br />
Lutas com aproximação<br />
Lutas que mantêm à<br />
distância<br />
Lutas com instrumento<br />
mediador<br />
Capoeira<br />
Alongamentos; ginástica<br />
localizada; pular corda;<br />
ginástica aeróbica.<br />
Movimentos gímnicos<br />
(balancinha, vela,<br />
rolamentos, paradas, estrela,<br />
rodante, ponte).<br />
Judô; luta olímpica.<br />
Karatê; boxe; muay thai;<br />
taekwondo.<br />
Esgrima; kendô.<br />
Angola; regional.<br />
Considerando a cultura corporal como objeto de estudo, através<br />
do esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física<br />
colabora para que os alunos possam reconhecer o próprio corpo, adquirir uma<br />
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas<br />
corporais. O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos<br />
princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento, mudança,<br />
qualidade e contradição.<br />
A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e<br />
contraposição de saberes, isto é, compartilhar conhecimento científico ou<br />
saber escolar e o saber construído no meio cultural informado pelo senso<br />
comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão criativas apontando<br />
um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres, respeitando as<br />
dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.<br />
Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o<br />
significado às atividades realizadas para que haja o enriquecimento da<br />
proposta curricular valorizando o aluno e suas habilidades motoras vendo o<br />
mesmo como um todo, não se apegando apenas nas técnicas esportivas, pois<br />
115
no trabalho como educador, o professor de Educação Física deve aplicar<br />
atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e criativas, tendo como<br />
objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e satisfação, pois<br />
ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar e<br />
nela se realiza.<br />
Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos<br />
“práticos” e sim auxiliar para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo”<br />
adquirindo condições de atuar como cidadão consciente. Serão utilizados<br />
recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de dominó, xadrez e dama, rádio,<br />
bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc; tendo o cuidado de<br />
estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a<br />
criticidade, em busca da superação da meritocracia, da seletividade e do<br />
individualismo.<br />
Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de<br />
dar aos alunos a chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção<br />
social num processo dinâmico, consciente e contínuo, a construção do<br />
conhecimento pela práxis.<br />
Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a<br />
necessidade dos alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano<br />
letivo, assumindo a sua cota de responsabilidade, deixando de lado a<br />
sistemática tradicional de somente participarem das atividades escolares<br />
quando o professor responsável pela turma estiver presente.<br />
O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência<br />
do professor haverá a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de<br />
professores de educação física e/ou outro professor de outra disciplina.<br />
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas estarão a História<br />
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis 10.639/03 e 11.645/08), a<br />
Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;<br />
Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o<br />
Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07 e a<br />
Educação Fiscal, que serão trabalhadas de forma contextualizada e<br />
relacionadas aos conteúdos.<br />
116
4. Avaliação:<br />
A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo<br />
desenvolvido para identificar lacunas no processo de ensino e de<br />
aprendizagem, bem como para planejar e propor outros encaminhamentos que<br />
visem a superação das dificuldades constatadas, onde será um processo<br />
contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando o trabalho<br />
visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de<br />
ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que<br />
os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma<br />
relação com o mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o<br />
conteúdo seja produzido e socializado através de vivências que evidenciem o<br />
fundamental papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é<br />
necessário que o professor crie oportunidades para que os alunos os<br />
construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do<br />
professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise de<br />
dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas<br />
pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo<br />
principal o aluno no ato de aprender.<br />
É importante que se tenha clareza da função social da avaliação<br />
na construção do saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a<br />
Educação, da produção do conhecimento de forma crítico-reflexiva,<br />
estabelecendo um diálogo permanente com o cotidiano dos autores<br />
(professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o verdadeiro<br />
exercício da cidadania.<br />
Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja<br />
produzido e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental<br />
papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o<br />
professor crie oportunidades para que os alunos os construam, a partir das<br />
suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do professor a aplicação de<br />
ações como: uma observação direta, diagnóstica, contínua, cumulativa e<br />
processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento nas<br />
atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no<br />
117
decorrer do ano atinjam seu alvo principal: o aluno no ato de aprender.<br />
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e<br />
para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à<br />
necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes<br />
instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como<br />
forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta<br />
de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,<br />
revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento<br />
estão sendo valorizados.<br />
Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas<br />
realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,<br />
seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além<br />
dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados<br />
aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o<br />
significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do<br />
aluno e para a coletividade à qual pertence.<br />
Inicialmente far-se-á a avaliação diagnóstica para detectar o grau<br />
de conhecimento e de dificuldades do educando.<br />
A avaliação deve se materializar em cada aula (observação<br />
constante do aluno feita pelo professor), considerando sua aplicação e<br />
consequência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses<br />
individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas<br />
possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho<br />
no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da<br />
concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um<br />
ser único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na<br />
perspectiva de uma avaliação participativa.<br />
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante<br />
numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.<br />
avaliar os alunos:<br />
Alguns critérios importantes de avaliação devem ser definidos ao<br />
• Participação nas atividades corporais, estabelecendo relações<br />
118
equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e<br />
respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e<br />
dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas,<br />
sexuais ou sociais;<br />
• Adoção de atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade<br />
em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de<br />
violência;<br />
• Conhecimento, valorização, respeito à pluralidade de<br />
manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo,<br />
percebendo-as como recurso para a integração entre pessoas e<br />
entre diferentes grupos sociais;<br />
• Reconhecimento de si próprio como elemento integrante do<br />
ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e<br />
atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a<br />
própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde<br />
coletiva;<br />
• Capacidade de solucionar problemas de ordem corporal em<br />
diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível<br />
compatível com as possibilidades, considerando que o<br />
aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais<br />
decorrem da perseverança e regularidade e devem ocorrer de<br />
modo saudável e equilibrado;<br />
• Reconhecimento das condições de trabalho que comprometam os<br />
processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando<br />
para si nem para os outros, reivindicando condições de vida digna;<br />
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética<br />
corporal que existem nos diferentes grupos sociais,<br />
compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são<br />
produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela<br />
mídia e evitando o consumismo e o preconceito;<br />
• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma,<br />
119
em como reivindicar locais adequados para promover atividades<br />
corporais de lazer, reconhecendo-os como uma necessidade básica<br />
do ser humano e um direito do cidadão.<br />
A recuperação paralela ocorrerá de forma concomitante ao processo<br />
ensino e aprendizagem, sempre que o professor verificar que seu aluno<br />
apresentou dificuldades no desenvolvimento das atividades, não assimilou o<br />
que lhe foi proposto, resultando num baixo desempenho. O conteúdo será<br />
retomado, revisto, e os alunos submetidos a nova avaliação, prevalecendo o<br />
melhor resultado.<br />
5. Referências:<br />
BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de<br />
Janeiro: Sprint, 2001.<br />
CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.<br />
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico<br />
social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.<br />
KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed.Rio<br />
de Janeiro: Sprint,1998.<br />
LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez,<br />
1995.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica.<br />
Curitiba, 2008.<br />
VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e<br />
brincadeiras com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.<br />
120
1. Apresentação e Justificativa:<br />
ENSINO RELIGIOSO<br />
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária<br />
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,<br />
diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão<br />
ampla da diversidade cultural.<br />
As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão<br />
da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente,<br />
e que, são marcadas por aspectos econômicos, <strong>político</strong>s e sociais.<br />
Portanto, busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento,<br />
de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações<br />
religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria<br />
cultura em que se insere.<br />
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à<br />
diversidade religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto<br />
de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo<br />
presente em todas as manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes<br />
culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras<br />
recentes, ou seja, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira<br />
como o homem vive seu cotidiano.<br />
A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à<br />
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado,<br />
com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na<br />
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a<br />
sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou<br />
negação do sagrado.<br />
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas<br />
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de<br />
escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das<br />
interfaces as cultura e da construção da vida em sociedade.<br />
121
2. Objetivos:<br />
I - Compreender o ambiente natural e social, do sistema <strong>político</strong>, da<br />
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade:<br />
II - desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição<br />
de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores:<br />
III – fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e<br />
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.<br />
IV - Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões<br />
religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar<br />
o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.<br />
V - Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu<br />
intuitivo, consciente, critico, participativo, comprometido com a realidade<br />
social, política e econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores<br />
de uma sociedade justa.<br />
3. Conteúdos:<br />
3.1. Estruturantes:<br />
Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de<br />
grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os<br />
campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso. O<br />
conhecimento religioso é entendido como um patrimônio da humanidade.<br />
Legalmente, é instituído na escola a fim de promover um oportunidade para<br />
que os educandos de tornem capazes de entender os movimentos específicos<br />
das diversas culturas, e para que o substantivo religioso represente um<br />
elemento de colaboração na constituição do sujeito, sendo uma disciplina que<br />
contribui para o desenvolvimento humano.<br />
PAISAGEM RELIGIOSA<br />
Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e<br />
naturais que remetem a experiências do sagrado, que por força dessas<br />
122
experiências anteriores remetem a uma gama de representações sobre a<br />
diversidade cultural e religiosa. Para o homem religioso, a natureza não é<br />
exclusivamente natural; sempre está carregada de um valor sagrado. A ideia<br />
da existência de lugares sagrados e de um mundo sem imperfeições conduz o<br />
homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra determinados<br />
lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.<br />
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO<br />
A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave<br />
de leitura as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas<br />
significações se sustentam em determinados símbolos religiosos.<br />
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são<br />
criações cuja função é comunicar ideias. Os símbolos são parte essencial da<br />
vida humana, todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras<br />
linguagens simbólicas, portanto, é um elemento importante porque está<br />
presente em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano<br />
das pessoas. Estamos inseridos numa realidade altamente simbólica, não só no<br />
que diz respeito ao sagrado, mas em todo imaginário humano.<br />
TEXTOS SAGRADOS<br />
Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante<br />
para o Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a<br />
manifestação atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que<br />
medida orientam ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das<br />
religiões, nas explicações da morte e da vida.<br />
Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à<br />
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e<br />
manifestações religiosas, o que ocorre de diversa maneiras.<br />
3.2. Básicos<br />
A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas<br />
123
menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos<br />
educandos. Por sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados se inicia da<br />
discussão dos espaços físicos identificados como sagrados. No caso de Ensino<br />
Religioso sagrado é o objeto de estudo da disciplina, portanto, o tratamento a<br />
ser dado aos conteúdos básicos estará sempre a ele relacionado.<br />
6º ANO<br />
- Organizações Religiosas<br />
- Lugares Sagrados<br />
- Textos Sagrados Orais ou Escritos<br />
- Símbolos Religiosos<br />
7º ANO<br />
- Temporalidade Sagrada<br />
- Festas Religiosas<br />
- Ritos<br />
- Vida e Morte<br />
4. Metodologia:<br />
O sagrado será a base da qual serão trabalhados os demais conteúdos. A<br />
linguagem utilizada é essencialmente pedagógica partindo de<br />
questionamentos que provocam reflexões e de modo que o educando<br />
construirá sua identidade e autonomia, entendendo o sentido da vida, do<br />
respeito as diferenças do outro.<br />
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina<br />
poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia<br />
e valoriza o universo cultural dos alunos.<br />
Os conteúdos propostos pelas Diretrizes contemplam as diversas<br />
manifestações do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio<br />
cultural, os quais poderão ser enriquecidos pelo professor, desde que<br />
124
contribuam para a construir, analisar e socializar o conhecimento religioso,<br />
para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com<br />
o diferente.<br />
Portanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção<br />
religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos<br />
valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e<br />
da diversidade sociocultural.<br />
Através de leitura e interpretação das informações contidas em textos<br />
diversificados.<br />
Pesquisas em jornais e revistas, para que o aluno reflita sobre as diversas<br />
informações levando-o a troca de ideias e debate em sala de aula, despertando<br />
o senso crítico no educando.<br />
Utilização do laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive)<br />
educativos, relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e<br />
auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios<br />
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em<br />
Ensino Religioso serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-<br />
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção<br />
ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência<br />
contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº<br />
11.525/07.<br />
5. Avaliação:<br />
A avaliação é condição para análise do educador sobre as práticas e<br />
processos de aprendizagem, deve apresentar elementos que motivam a prática<br />
avaliativa classificando-se em avaliação inicial, processual, formativa e final. A<br />
disciplina de Ensino Religioso requer um trabalho comprometido, de modo que<br />
a avaliação se torna um fator que pode contribuir para sua legitimação como<br />
componente curricular. Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que<br />
permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno<br />
e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e o seus objetivos.<br />
125
Será realizada através da convivência do respeito às diferenças do outro, da<br />
postura e instrumentos diversos durante o desenvolvimento da aula, como:<br />
- Participação de trabalhos em grupos;<br />
- Exposição de trabalhos;<br />
- Produção de textos e desenhos;<br />
- Observação dirigida e espontânea de atitudes;<br />
- Comunicação oral e escrita;<br />
- Relatos de experiência;<br />
- Trabalhos escritos ou orais;<br />
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, textos, entre outros.<br />
6. Referências:<br />
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins<br />
Fontes, 1992.<br />
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.<br />
História da Religiões. Editora Tempo Films/Planeta do Brasil.<br />
GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná Raquel D. da; SCHLOGL, Emerli. Encontro:<br />
apontando novos caminhos para o Ensino.<br />
De mãos dadas Ensino Religioso. Avelino Antonio Corrêa, Amélia Schneiders –<br />
São Paulo: Scipione, 2002.<br />
NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso. V. 5.<br />
Petrópolis: Vozes, 2001.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de<br />
Ensino Religioso para a Educação Básica. Departamento de Educação<br />
Básica. Curitiba, 2008.<br />
PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de<br />
126
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos:<br />
inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos<br />
currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.43p.<br />
WWW.diaadiaeducação.pr.gov.br<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
FILOSOFIA<br />
A Filosofia é uma das formas de conhecimento e guarda especificidade<br />
em relação a todas às demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à religião,<br />
ao senso comum, tendo como objeto de estudo o conhecimento. Ela tem uma<br />
história e uma tradição que é tão ou mais antiga que as ciências, e no entanto,<br />
por um certo período, no Brasil, não foi considerada um saber, como os outros<br />
necessários, que devesse ser socializado, juntamente com as ciências compor<br />
um Currículo que realmente garantisse a leitura e a compreensão do mundo.<br />
Só a história nos ajuda a entender esta ausência na escola secundária. A<br />
filosofia foi eliminada do convívio com a juventude secundarista nos anos 70,<br />
por força da Lei nº 5692/71, que abrigava um <strong>projeto</strong> <strong>pedagógico</strong> de cunho<br />
profissionalizante estreito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,<br />
aprovada em Dezembro de 1996, contempla a Filosofia como conhecimento<br />
necessário à formação da cidadania. Mas, é preciso que se diga, que em nosso<br />
Estado, já antes disto se reconheceu a importância e o lugar da Filosofia na<br />
formação da consciência crítica dos nossos educandos, na superação da<br />
alienação, e, já vinha compondo a currículo do ensino médio.<br />
A Filosofia tem como tarefa buscar os fundamentos de uma concepção<br />
de mundo, de conhecimento, de homem, de sociedade, e do mesmo modo,<br />
sempre em maior ou menor grau, comprometido com a realização prática de<br />
sua representação teórica. Este fato nos indica então, que a relação teoria-<br />
prática é constitutiva da Filosofia.<br />
Os conhecimentos apreendidos no decorrer da formação educacional<br />
127
começam através da interação com o mundo exterior, e o papel da Filosofia, no<br />
ambiente escolar, é por primazia, o de aprofundar e de fortalecer esses<br />
conhecimentos para uma formação integral do educando. Em essência, o<br />
ensino desta enquanto instrumento de reflexão é o de direcionar o aluno a<br />
questionar através de temas como, por exemplo, o conceito de verdade,<br />
variante de acordo com o contexto histórico-social, que desde o primórdio,<br />
alguns filósofos já o questionaram, a partir do conhece-te a ti mesmo, proferido<br />
por Sócrates.<br />
No Colégio Estadual Juvenal Mesquita, a Filosofia é trabalhada de forma a<br />
promover a perplexidade, o deslumbre, o espanto e a admiração que leve o<br />
estudante a um posicionamento ativo em busca do conhecimento. Também é<br />
apresentada como uma ferramenta, um instrumento de reflexão, de análise<br />
crítica e criatividade radical, rigorosa e de conjunto, que possibilite ao aluno<br />
desenvolver seu estilo próprio de pensamento.<br />
Através das aulas de Filosofia, o <strong>colégio</strong> busca guiar o aluno no sentido<br />
de problematizar situações, reelaborar e criar novos conceitos filosóficos,<br />
argumentar, estabelecer relações entre a teoria e a prática, o abstrato e o<br />
empírico, desmistificar a realidade, perceber a realidade das ideologias,<br />
exercer sua criatividade, perceber-se como sujeito autônomo, ético e subjetivo,<br />
compreendendo assim culturas e linguagens a partir de sua própria história de<br />
vida, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da existência<br />
enquanto ser humano.<br />
Na abordagem filosófica há capacitação de uma autoconsciência acerca<br />
das questões fundamentais sobre a existência humana. Sendo assim, ensinar<br />
Filosofia é um exercício maciço, que privilegia conceber a reflexão, a<br />
criatividade e a formação de indivíduos autônomos.<br />
2. Conteúdos:<br />
ESTRUTURANTES BÁSICOS<br />
Mito e Filosofia<br />
- Saber mítico;<br />
- Saber filosófico;<br />
- Relação entre Mito e Filosofia;<br />
128
Ética<br />
Filosofia Política<br />
Filosofia da Ciência<br />
Estética<br />
3. Metodologia:<br />
- Atualidade do mito;<br />
- O que é a Filosofia?<br />
- Ética e moral;<br />
- Pluralidade ética;<br />
- Ética e violência;<br />
- Razão, desejo e vontade;<br />
-Liberdade: autonomia do sujeito e a<br />
necessidade das normas.<br />
- Relações entre comunidade e poder;<br />
- Liberdade e igualdade política;<br />
- Política e ideologia;<br />
- Esfera pública e privada;<br />
- Cidadania formal e/ou participativa.<br />
- Concepções de ciência;<br />
- A questão do método científico;<br />
- Contribuições e limites da ciência;<br />
- Ciência e ideologia;<br />
- Ciência e ética.<br />
- Natureza da arte;<br />
- Filosofia e arte;<br />
- Categorias estéticas;<br />
- Estética e sociedade.<br />
A disciplina de Filosofia viabilizará interfaces com outras disciplinas para<br />
a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências<br />
e da arte. Os conteúdos estruturantes serão trabalhados fazendo com que os<br />
estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e possam<br />
adquirir subsídios para que pesquisem, façam reflexões e criem conceitos a<br />
partir dos textos filosóficos. O trabalho com os conteúdos estruturantes em<br />
129
consonância com os conteúdos básicos dar-se-á em quatro momentos: a<br />
mobilização para o conhecimento; a problematização; a investigação e a<br />
criação de conceitos. A criação de conceitos será proposta através de<br />
problematizações, leituras e análise de textos, debates, pesquisas,<br />
sistematizações, produção e reelaboração de textos, análise de imagens,<br />
músicas, dinâmicas de grupo, palestras, análise de filmes e documentários,<br />
contribuindo desta maneira para a construção da consciência crítica do<br />
educando. Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes<br />
recursos didáticos/tecnológicos: livros (principalmente da consulta ao acervo<br />
da Biblioteca do Professor), revistas, CDs, letras de músicas, fotografia,<br />
gravuras, TV Multimídia, recursos disponíveis no Portal Dia a dia Educação,<br />
computador e aparelho de DVD.<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-<br />
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Filosofia<br />
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e<br />
Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08);<br />
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação<br />
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Enfrentamento à Violência contra a<br />
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07<br />
e Educação Fiscal.<br />
As atividades desenvolvidas serão trabalhadas através de produção de<br />
textos; imagens; maquetes; acesso aos sites; realização de pesquisa de<br />
campo; leitura de textos, revistas e materiais didáticos disponibilizados na<br />
escola e on line; debates, palestras e estudo dos cadernos temáticos da SEED.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o<br />
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais<br />
deste no conjunto dos componentes conteúdos cursados, com preponderância<br />
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.<br />
A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as<br />
130
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que<br />
apresentarem dificuldades. Ao avaliar em Filosofia deverá ser considerado<br />
como critério a capacidade de se trabalhar com os conceitos, de construir e<br />
tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e<br />
discursos, considerando o respeito pelas posições do estudante, mesmo que<br />
não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de<br />
argumentar e de identificar os limites dessas posições. A avaliação é um<br />
processo, sendo que em Filosofia a mobilização para o conhecimento se inicia<br />
por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que<br />
pensa após o estudo. Os instrumentos de avaliação contribuirão para a<br />
construção da autonomia do educando, tais como: produção de textos,<br />
reflexões críticas de textos e filmes, avaliação discursiva: objetiva e oral,<br />
trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e debates (seminários).<br />
A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante<br />
ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos<br />
diversificados, com atividades significativas, sendo que os resultados da<br />
recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período<br />
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.<br />
5. Referências:<br />
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.<br />
______. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 1989.<br />
CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização<br />
Brasileira,1986, v.1.<br />
FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all<br />
(Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.<br />
FERRATER MORA. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.<br />
FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático<br />
Público)<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de<br />
Filosofia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.<br />
Curitiba, 2008.<br />
131
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino<br />
Médio. LDP: Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2006.<br />
SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S.,<br />
DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí:<br />
Ed. Unijuí, 2004.<br />
VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula.<br />
São Paulo: Libertad, 2000.<br />
DOCUMENTOS CONSULTADOS ON LINE<br />
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova - 1932. In: História da Educação no<br />
Brasil. Disponível em: . Acesso<br />
em 03-05-2006.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
FÍSICA<br />
A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua<br />
complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza<br />
entendida segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.<br />
Porém, os conhecimentos de física apresentados aos estudantes do<br />
ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos<br />
elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.<br />
Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os<br />
árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física<br />
demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência<br />
conhecida pode ser resumida à Geometria euclidiana, à Astronomia<br />
Geocêntrica de Ptolomeu(150d.C) e à Física de Aristóteles(384-322 a.C). As<br />
explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com que<br />
se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e altamente tecnológico, a<br />
física possui uma parcela significativa desse conhecimento. Toda tecnologia é<br />
132
de grande importância no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte<br />
do cotidiano do aluno. Essa proposta implica a abordagem que o ensino da<br />
física faz sobre os fenômenos físicos, lembrando que suas ferramentas<br />
conceituais são as de uma ciência em construção, com uma respeitável<br />
consistência teórica.<br />
Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação<br />
e a criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica<br />
restrito apenas a esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo<br />
para sua própria cidadania, formando-se um cidadão capaz de contextualizar o<br />
conhecimento relacionando-o com sua realidade, e capacitando-se para uma<br />
atuação crítica e social, cujo conhecimento atual é a cultura científica<br />
tecnológica, filosófica e histórica deste tempo em suas relações com outras<br />
produções humanas. Essa aprendizagem só é possível através da interação<br />
com o professor, que necessita fazer um ensino comprometido com a<br />
mudança, com o amadurecimento dos indivíduos dentro de uma perspectiva<br />
mais ampla e integradora das ciências e da sociedade.<br />
Os princípios norteadores da proposta da elaboração do currículo da<br />
disciplina de Física, foram baseados na Fundamentação Teórico – Metodológica<br />
encontrada na “ Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto<br />
Preliminar – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná –<br />
SEED – PR. e também nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do<br />
Paraná.<br />
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas<br />
por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Contudo há<br />
um certo consenso que “... a preocupação central tem estado na<br />
identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a<br />
questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à<br />
busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica<br />
– Ensino Médio”( ROSA & ROSA, 2005, p.2 ).<br />
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que<br />
mostra uma preocupação com a Física como uma Ciência que permite<br />
compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam<br />
indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a<br />
133
preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos<br />
sujeitos – educandos. Entretanto neles a ênfase recai nos aspectos<br />
quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a<br />
resolução de “Problemas de Física” que, sempre se traduzem em exercícios<br />
matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de<br />
muitos professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por eles<br />
organizadas. Isso faz com que com que o ensino de Física se transforme num<br />
ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a<br />
compreensão de que Ciência é uma construção humana, com todas as<br />
implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das<br />
atividades humanas.<br />
A Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do<br />
mundo , não permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao<br />
formalismo próprio desse campo de conhecimentos, essencial para o<br />
desenvolvimento de uma cultura em ciência. Apesar do incentivo à carreira<br />
universitária, esse estudo deve ser mais uma possibilidade e não o objetivo<br />
principal do ensino desta disciplina no nível médio.<br />
A Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto<br />
social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse<br />
contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa<br />
mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta, mas,<br />
revelar aos nossos estudantes “ ... como é penoso , lento , sinuoso e, por<br />
vezes, violento, o processo de evolução das ideias científicas” ( PONCZEK,<br />
2002, p. 22 ).<br />
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que<br />
vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz<br />
parte da cultura social humana e, portanto, é um direito dos estudantes<br />
conhecê-lo.<br />
Além disso, se queremos contribuir pra a formação de sujeitos que sejam<br />
capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões,<br />
não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia.<br />
Por isto é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o<br />
desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações<br />
134
culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes deste<br />
desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção<br />
histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do<br />
tempo.<br />
Considerando ainda que, como ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito<br />
aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física<br />
deve partir do conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu contexto<br />
social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência.<br />
Em primeiro lugar de acordo com MOREIRA ( s / d, p.2 ) devemos<br />
abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e<br />
passarmos a ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas<br />
que precisam do professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o<br />
objetivo do ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a<br />
aprendizagem significativa. Mas, isso ocorrerá somente quando o educando<br />
internalizar esses significados de maneira não arbitrária e não literal, quando<br />
as novas informações adquirirem significado por interação com o<br />
conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados<br />
adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o<br />
conhecimento já existente.<br />
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias,<br />
sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas<br />
experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por<br />
MOREIRA (1999 ), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e<br />
atuam ( fazem ). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a<br />
Física é preciso ter em vista o que os estudantes já conhecem. Esta ideia<br />
remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias alternativas dos<br />
sujeitos.<br />
Ao educando será apresentado princípios, concepções, linguagem, entre<br />
outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve<br />
permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada<br />
pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo<br />
contribuirá para que o educando reformule as suas ideias tendo em vista a<br />
concepção científica. Assim, espera-se que esteja reelaborando seus conceitos,<br />
135
mas não necessariamente, que abandone suas ideias espontâneas. Poderá<br />
estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao contexto de<br />
utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos<br />
elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou<br />
interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da<br />
comunidade científica.<br />
Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania,<br />
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de<br />
compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. ( ... ) capaz<br />
de compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo “ ( CHAVES &<br />
SHELLARD, 2005, p. 233 ).<br />
Cabe colocar aqui que a cidadania da qual falamos aqui não é a cidadania<br />
para o consumo, não é a cidadania construída através de intervenções<br />
externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se<br />
constrói no interior da prática social e política de classes.<br />
Por fim, é fundamental que a Física seja trabalhada de forma que o aluno<br />
seja capaz de informar e se comunicar, compreender e agir, enfrentando<br />
problemas de diferentes naturezas, participando socialmente de forma prática<br />
e solidária, elaborando críticas e propostas, além de investigar e discutir a<br />
utilização de tecnologias e outros meios de comunicação.<br />
2. Conteúdos:<br />
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias<br />
que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para<br />
a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica<br />
dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de<br />
estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.<br />
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e<br />
definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma<br />
teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos básicos que comporão as<br />
propostas pedagógicas curriculares das escolas.<br />
1ª Série<br />
136
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
MOVIMENTO<br />
• Momentum e Inércia;<br />
• Conservação da Quantidade de<br />
Movimento ( Momentum );<br />
• Variação da Quantidade de<br />
Movimento = Impulso;<br />
• 2ª Lei de Newton;<br />
• 3ª Lei de Newton e condições de<br />
equilíbrio.<br />
TERMODINÂMICA • Lei zero da Termodinâmica.<br />
ELETROMAGNETISMO<br />
2ª Série<br />
• Carga, Corrente Elétrica, Campo<br />
e Ondas eletromagnéticas;<br />
• Força Eletromagnética;<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
MOVIMENTO<br />
• Energia e o Princípio da<br />
Conservação da energia.<br />
TERMODINÂMICA • 1ª Lei da Termodinâmica;<br />
ELETROMAGNETISMO<br />
• Equações de Maxwell: Lei de<br />
Gauss para eletrostática/Lei de<br />
Coulomb, Lei de Ampère, Lei de<br />
137
3ª Série<br />
Gauss magnética, Lei de<br />
Faraday.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
MOVIMENTO<br />
• Gravitação.<br />
TERMODINÂMICA • 2ª Lei da Termodinâmica;<br />
ELETROMAGNETISMO<br />
3. Metodologia:<br />
• A natureza da luz e suas<br />
propriedades.<br />
Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem desejada é<br />
aquela que articula o conhecimento curricular às vivencias do aluno, para que<br />
se torne significativa, que ocorra pela interação do aluno com o meio, com os<br />
colegas, com o material didático, com o professor. Mais do que soluções<br />
prontas e acabadas, o que se pretende é que ele saiba buscar o aprendizado,<br />
instigando-o, valorizando a reflexão constante e também sua herança cultural.<br />
Partindo do conhecimento prévio do estudante na construção do saber<br />
científico historicamente produzido, a busca de conteúdos e objetivos deve ser<br />
contínua na escola e natural em sua vida profissional.<br />
Será utilizado o Portal Dia a Dia Educação, revistas científicas, livros<br />
paradidáticos e didáticos, sites relacionados com a ciência e tecnologia,<br />
proporcionando atividades de pesquisas, experimentos que ajudem o aluno na<br />
138
interpretação dos fenômenos físicos, relacionando-os com os conceitos e as<br />
leis da Física e inserindo uma abordagem científica, explorando unidades e<br />
medidas, fenômenos físicos, ficção e realidade.<br />
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda<br />
é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que,<br />
normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba<br />
por distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.<br />
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e<br />
reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.<br />
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem<br />
condições de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da<br />
descoberta, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo<br />
e estimulador.<br />
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância<br />
da Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento<br />
enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento<br />
científico, também as relações das descobertas científicas com as aplicações<br />
tecnológicas na contemporaneidade.<br />
O uso da experimentação é viável e necessário, mesmo que seja por meio<br />
de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais<br />
alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração de<br />
experimentos.<br />
O educador traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e<br />
atuar no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida<br />
para a construção do conhecimento científico, tomando os cuidados<br />
necessários.<br />
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e<br />
as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser<br />
aproveitadas no processo da aprendizagem.<br />
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser<br />
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos<br />
e melhor compreensão dos conteúdos, cabe ao professor administrar este<br />
processo no qual os educandos necessitam de apoio. É essencial valorizar os<br />
139
acertos e tornar o erro em algo comum, caracterizando-o como um exercício de<br />
aprendizagem. É importante incentivar os educandos a ampliarem seus<br />
conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de<br />
resultados.<br />
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada<br />
vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas<br />
e à melhor compreensão dos estudos elaborados. O uso do computador pelo<br />
educando na escola é necessário visto que a tecnologia se faz presente nos<br />
lares, no trabalho e aonde quer que se vá.<br />
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites ou em outros<br />
meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao<br />
ensino de Física podem e devem ser explorados de diversas formas, desde<br />
que tenham cunho científico.<br />
O ensino de Física não deve ser pautado apenas no uso do material didático<br />
fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros<br />
recursos para enriquecimento das aulas e assim tornar o processo de ensino<br />
mais harmonioso e agradável.<br />
Serão também trabalhados conteúdos referentes à História e Cultura<br />
Afro-brasileira, Africana e Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e<br />
Lei nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de<br />
drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Enfrentamento à violência<br />
contra a criança e o adolescente, Direito das Crianças e Adolescentes – Lei<br />
Federal nº 11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413/02,<br />
Agenda 21 Escolar.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor<br />
acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a<br />
avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de<br />
um trabalho <strong>pedagógico</strong> inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de<br />
todos e a escola pública o espaço onde a educação democrática deve<br />
acontecer.<br />
140
A avaliação dar-se-á de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e<br />
processual, utilizando vários instrumentos, podendo destacar:<br />
− pesquisas bibliográficas como construção e sistematização de<br />
conhecimentos prévios.<br />
− relatórios sobre fenômenos físicos em experimentos e filmes.<br />
− relatos de conceitos físicos, unidades de medidas, causas e efeitos dos<br />
fenômenos explorados, através de textos científicos, poéticos e reportagens.<br />
− avaliação escrita, trabalhos, entre outros.<br />
A avaliação indicará o déficit na apropriação dos conteúdos e a<br />
necessidade de recuperação de estudos a ser realizada de forma paralela,<br />
revendo os conteúdos não apreendidos e propiciando novas oportunidades de<br />
avaliação .<br />
considerar:<br />
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se essencialmente<br />
· A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e<br />
aprendizagem planejada;<br />
· A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;<br />
· A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;<br />
· A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as<br />
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que<br />
envolva os conhecimentos da Física.<br />
A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e<br />
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e<br />
instrumentos diversificados, com atividades significativas, sendo que os<br />
resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante<br />
o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento<br />
escolar.<br />
Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do<br />
conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização<br />
deste conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da<br />
escola quando cria condições reais para a condução do trabalho <strong>pedagógico</strong>.<br />
5. Referências:<br />
141
MENEZES, L. C. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e<br />
Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.<br />
MOREIRA, Antonio Flávio. Currículo como política cultural e a formação<br />
docente. In. SILVA, Tomáz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flávio. (Orgs).<br />
Territórios contestados: o currículo e os novos mapas <strong>político</strong>s e culturais. 2.<br />
ed. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 7 – 20.<br />
______. Escola, currículo e a construção do conhecimento. Campinas:<br />
Papirus, 1994.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras de Física para a Educação Básica. Departamento de<br />
Educação Básica. Curitiba, 2008.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino<br />
Médio. LDP: Livro Didático Público de Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.<br />
GONÇALVES FILHO, Aurélio; TOSCANO, Carlos. Física. Vol. único: ensino médio.<br />
São Paulo: Scipione, 2005.<br />
.<br />
PENTEADO, Paulo Cesar M.; MAGNO, Carlos. Física – ciência e tecnologia.<br />
São Paulo: Moderna, 2005.<br />
ROSA, C. W. da; ROSA, À. B. da. A Teoria histórico Cultural e o Ensino da Física.<br />
In: Revista Iberoamericana de Educación, n. 33 – 6, 1 – 8, 2004. ISBN:<br />
1681 – 5653.<br />
SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sergio Calçada. Física: Vol. Único. 2. Ed.<br />
São Paulo: Atual, 2005. (Coleção ensino médio Atual).<br />
SITES:<br />
www.coladawebe.com.br<br />
www.fisicanet.com.br<br />
www.feiradeciencias.com.br<br />
142
1. Apresentação e Justificativa:<br />
GEOGRAFIA<br />
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como<br />
o espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto<br />
pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e<br />
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas<br />
(SANTOS, 1996).<br />
O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário<br />
e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas<br />
de ações, não considerados isoladamente, mas como o<br />
quadro único no qual a história se dá. No começo era a<br />
natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao<br />
longo da história vão sendo substituídos por objetos<br />
técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com<br />
que a natureza artificial tenda a funcionar como uma<br />
máquina (SANTOS, 1996, p. 51).<br />
A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e<br />
construtiva do seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa<br />
em compreender o espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus<br />
aspectos físicos e culturais, contribuindo para que o aluno perceba que é um<br />
ser ativo, crítico e participativo, ou seja, um agente transformador.<br />
A disciplina de Geografia tem como objetivo problematizar a<br />
abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem como<br />
reconhecer os impasses e contradições existentes são procedimentos<br />
fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual<br />
período histórico.<br />
A Geografia contribui para que o aluno compreenda o mundo pensando,<br />
refletindo e posicionando- se criticamente, buscando a justiça social e acima de<br />
tudo, compreendendo a relação sociedade natureza. Contribui também para a<br />
reflexão sobre os fatos históricos que resultaram de artimanhas políticas.<br />
Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é importante para a vida<br />
143
em sociedade e, em particular, para o desenvolvimento das funções de<br />
cidadania: cada cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e<br />
naturais do lugar onde vive, bem como, a de outros lugares pode comparar,<br />
explicar, compreender e espacializar as múltiplas relações que diferentes<br />
sociedades em épocas variadas, estabeleceram com a natureza a construção<br />
de seu espaço geográfico.<br />
2. Conteúdos:<br />
2.1. ESTRUTURANTES:<br />
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude<br />
que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,<br />
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino, ou<br />
seja, o espaço geográfico. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a<br />
partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados.<br />
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os<br />
conteúdos estruturantes de Geografia devem considerar, em sua abordagem teórico-<br />
metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisadas<br />
em função das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o<br />
atual período histórico.<br />
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da<br />
Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos, por<br />
sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos quatro<br />
conteúdos estruturantes.<br />
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo<br />
específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora de<br />
outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo professor<br />
para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se separam.<br />
• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:<br />
Discute-se neste conteúdo estruturante os espaços de produção como o<br />
industrial-urbano e o agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de cada<br />
um, a hierarquia dos lugares, as relações econômica entre as diferentes porções<br />
144
territoriais como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões. Relações de<br />
produção e de trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob a<br />
perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção<br />
da dinâmica da sociedade (capitalista).Ênfase nas desigualdades econômicas, na<br />
produção de necessidades, nas diferentes classes sociais, na configuração<br />
sociespacial.<br />
Os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,<br />
especialmente o de Rede.<br />
• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:<br />
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais as instâncias e<br />
instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Neste conteúdo estruturante<br />
aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (rua, bairro)<br />
até a escala macro (país, instituições internacionais). O papel do Estado e das forças<br />
políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime organizado, associações), bem como<br />
as redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais,<br />
<strong>político</strong>s, são fundamentais.<br />
Território e Lugar.<br />
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são<br />
• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:<br />
As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste<br />
conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades e<br />
a mobilização de “recursos” naturais para satisfaze-las, no modelo econômico do<br />
capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Através desse<br />
conteúdo é trabalhado como essas relações se concretizam na diferenciação das<br />
paisagens sociais e culturais. Os conceitos de Sociedade e Natureza são entendidos<br />
como categoria de análise neste conteúdo estruturante. Modo de produção, classes<br />
sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos a<br />
partir da perspectiva da produção espacial e da paisagem.<br />
• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DOS ESPAÇO GEOGRÁFICO:<br />
As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais<br />
neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das<br />
especificidades culturais. As marcas culturais na produção das paisagens (rural e<br />
145
urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; a ocupação e distribuição da<br />
população no espaço geográfico e suas consequências econômicas, culturais, sociais;<br />
os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial e urbana, rural, regional.<br />
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são os<br />
de região (singularidades e generalidades) e paisagem.<br />
2.2. BÁSICOS:<br />
Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para os anos da etapa<br />
final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual<br />
dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica, ofertados pela escola. O<br />
acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se<br />
encontra e o trabalho <strong>pedagógico</strong> com tais conteúdos é responsabilidade do professor.<br />
Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos<br />
fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário,<br />
serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o<br />
aprofundamento a ser observado para as séries e etapa de ensino. Ou seja,<br />
onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas historicamente,<br />
socialmente e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas<br />
diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com a sua<br />
formação cidadã.<br />
Os conteúdos básicos, apresentados a seguir em cada ano do Ensino<br />
Fundamental, devem ser tomados como ponto de partida, e por serem conhecimentos<br />
fundamentais para cada ano, não podem ser suprimidos nem reduzidos, ao contrário,<br />
o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de<br />
modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que constitui como<br />
conhecimento especializado e sistematizado, sempre articulando com os conteúdos<br />
estruturantes.<br />
2.2.1. Ensino Fundamental<br />
6º ANO<br />
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;<br />
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de<br />
exploração e de produção;<br />
146
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;<br />
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do<br />
espaço geográfico;<br />
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;<br />
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores<br />
estatísticos da população;<br />
- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade<br />
cultural;<br />
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.<br />
7º ANO<br />
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguaração do território<br />
brasileiro;<br />
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de<br />
exploração e produção;<br />
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;<br />
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;<br />
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores<br />
estatísticos da população;<br />
- Movimentos migratórios e suas motivações;<br />
- O espaço rural e a modernização da agricultura;<br />
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a<br />
urbanização;<br />
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do<br />
espaço geográfico;<br />
– A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.<br />
8º ANO<br />
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;<br />
- A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do<br />
continente americano;<br />
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;<br />
- O comércio em suas implicações socioespaciais;<br />
147
- A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações;<br />
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço<br />
geográfico;<br />
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;<br />
- O espaço rural e a modernização da agricultura;<br />
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores<br />
estatísticos da população;<br />
- Os movimentos migratórios e suas motivações;<br />
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;<br />
- Formação, localização e exploração dos recursos naturais.<br />
9º ANO<br />
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;<br />
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;<br />
- A revolução técnico-científico–informacional e os novos arranjos no espaço da<br />
produção;<br />
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;<br />
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territorial;<br />
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores<br />
estatísticos da população;<br />
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;<br />
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;<br />
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a<br />
(re)organização do espaço geográfico;<br />
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de<br />
exploração e produção;<br />
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual<br />
configuração territorial.<br />
2.2.2. Ensino Médio<br />
1ª SÉRIE<br />
148
- A formação e transformação das paisagens.<br />
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de<br />
exploração e produção.<br />
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do<br />
espaço geográfico.<br />
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.<br />
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da<br />
produção.<br />
- O espaço rural e a modernização da agricultura.<br />
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração<br />
territorial.<br />
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.<br />
- O comércio e as implicações sócio-espaciais.<br />
2ª SÉRIE<br />
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.<br />
- O espaço rural e a modernização da agricultura.<br />
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.<br />
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.<br />
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a<br />
urbanização recente.<br />
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores<br />
estatísticos da população.<br />
- Os movimentos migratórios e suas motivações.<br />
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.<br />
- O comércio e as implicações sócio-espaciais.<br />
3ª SÉRIE<br />
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espço da<br />
produção.<br />
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.<br />
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.<br />
149
- O comércio e as implicações socioespaciais.<br />
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.<br />
- As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.<br />
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.<br />
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.<br />
3. Metodologia:<br />
A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos<br />
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica<br />
e conceitual da Geografia e compreendam o processo de produção e<br />
transformação do espaço geográfico, que é o objeto de estudo da Geografia.<br />
Para isso os conteúdos da geografia devem ser trabalhados de forma crítica e<br />
dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em<br />
coerência com os fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia<br />
como ferramenta essencial.<br />
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-<br />
sociais, política e cultural tem por objetivo mobilizar o aluno para o seu<br />
conhecimento. Por isso, deve-se constituir de questões que estimulem o<br />
raciocínio, a reflexão e a crítica. Através de leitura e interpretação das<br />
informações contidas nas diferentes fontes históricas.<br />
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atreladas<br />
aos fundamentos teóricos destas propostas pedagógicas tornam-se<br />
importantes instrumentos para compreensão do espaço geográfico, dos<br />
conceitos e das relações socioespaciais nas diversas escalas geográficas.<br />
A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para<br />
analisar a área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá<br />
diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico.<br />
Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral<br />
(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a<br />
problematização dos conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à<br />
luz de seus fundamentos teórico-conceituais.<br />
150
O uso da cartografia, que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos<br />
estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação,<br />
problematização e análise crítica e que jamais sejam meros instrumentos de<br />
localização dos eventos e acidentes geográficos.<br />
As obras de arte e a literatura como instrumento de análise e confronto<br />
com outros contextos históricos. Além disso, facilitam abordagens pedagógicas<br />
interdisciplinares.<br />
Pesquisas de jornais e revistas para que o aluno reflita sobre as diversas<br />
informações levando-as a trocas de idéias e debates em sala de aula,<br />
despertando o senso crítico no educando.<br />
Utilização de laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive)<br />
educativos, relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e<br />
auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.<br />
No Ensino Médio os conteúdos serão trabalhados de forma aprofundada<br />
e mais complexa “de modo a ampliar as relações estabelecidas entre os<br />
conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstração do aluno e sua<br />
possibilidade de formações conceituais mais amplas”. (DCO, 2008, p. 79).<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-<br />
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em<br />
Geografia serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,<br />
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação Ambiental<br />
(Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Geografia do Paraná.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação será formativa num processo de intervenção contínua,<br />
diagnóstica e processual, contemplando diferentes práticas pedagógicas, um<br />
processo não linear de construção assentado na interação e no diálogo entre<br />
professor e aluno.<br />
Destacam-se como os principais critérios de avaliação de Geografia a<br />
formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações<br />
socioespaciais para a compreensão e intervenção para a realidade, e a<br />
assimilação das relações Espaço Temporais e Sociedades Natureza para<br />
151
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.<br />
A avaliação inserida no ensino aprendizagem deve ser a forma que o<br />
professor utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos<br />
conteúdos manifestado pelo educando durante o ano letivo.<br />
Na prática pedagógica serão utilizados técnicas e instrumentos como:<br />
- Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.<br />
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, mapas, tabelas e gráficos.<br />
- Pesquisas bibliográficas.<br />
- Apresentação de seminários.<br />
- Avaliações escritas.<br />
- Debates.<br />
- Trabalhos em grupo.<br />
- Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.<br />
- Outros.<br />
A recuperação de estudos será feita de acordo com a necessidade de<br />
cada aluno, concomitantemente, onde o professor retoma os conteúdos não<br />
assimilados, podendo utilizar vários meios como: revisão de conteúdos,<br />
interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos, avaliação<br />
escrita ou oral, trabalhos, debates, pesquisas, dando nova chance de<br />
avaliação, prevalecendo o melhor resultado.<br />
5. Referências:<br />
BOFF, Leonardo. Civilização Planetaria. Desafios a sociedade e ao<br />
cristianismo. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.<br />
CAMPBELL, Jack. Construindo um futuro comum: educando para a<br />
integração na diversidade. Brasília: Unesco, 2002.<br />
CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.<br />
______. O poder da Igualdade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.<br />
______. Fim de Milênio. São Paulo: Paz e Terra, 1999.<br />
CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de<br />
conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. CEDES, v.<br />
152
24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005.<br />
COLL, Cesar ET alli. Os conteúdos na reforma. Porto Alegre: Atmed, 2000.<br />
______. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto Alegre,<br />
Atmed, 2004.<br />
CORREA, Roberto L.; ROSENDHAL, Zeni. (orgs.) Introdução a Geografia<br />
Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.<br />
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.<br />
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.<br />
Campinas: Autores Associados, 2002.<br />
LIBANEO, J. L. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002.<br />
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro/& MENDONÇA, Claudio. Geografia<br />
geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva 2005.<br />
MARTINELLI, Marcelo. Mapas de geografia e cartografia temática. São<br />
Paulo: Contexto, 2003.<br />
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o<br />
pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.<br />
OLIVEIRA, Dennison de. Urbanização e industrialização no Paraná.<br />
Curitiba: SEED, 2001.<br />
PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de<br />
Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos:<br />
inserção dos conteúdos de Geografia e cultura Afro-brasileira e africana nos<br />
currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.<br />
______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras de Geografia para a Educação Básica. Departamento de<br />
Educação Básica. Curitiba, 2008.<br />
______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.<br />
LDP: Livro Didático Público de Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2006.<br />
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto<br />
Alegre, Atmed, 1999.<br />
______. Gráficos e mapas. São Paulo: Moderna, 1998.<br />
SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.<br />
TERRA, Lygia, COELHO, Marcos Amorim. Geografia geral e geografia do<br />
Brasil: o espaço natural e sócio econômico. Volume único. São Paulo: Moderna,<br />
153
2005.<br />
VIDAL DE LA BLACHE, P. Princípios da Geografia Humana. Lisboa: Cosmos,<br />
1957.<br />
Sites:<br />
www.cartograma.com<br />
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br<br />
www.ibge.gov.br<br />
www.bussolaescolar.com.br<br />
WWW.planetageo.sites.uol.com.br/fmapas.htm<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
HISTÓRIA<br />
A História como conhecimento busca entender de que modo os seres<br />
humanos se organizaram e viveram no passado até os dias atuais, assim,<br />
propõe pesquisar a vida dos seres humanos em sociedade no passado e<br />
presente possibilitando compreender a interdependência entre o conhecimento<br />
científico e as experiências vivenciadas diariamente pela humanidade. A<br />
História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas no tempo.<br />
Nesse contexto podemos conhecer a História da humanidade em tempos<br />
e lugares diferentes, levando em consideração as condições de vida, sua<br />
maneira de pensar, agir e organizar, considerando as heranças recebidas<br />
daqueles que viveram anteriormente, além de se preocupar com os problemas<br />
atuais contribuindo para compreensão do momento que estamos vivendo,<br />
devendo considerar em suas dimensões amplas que envolvem a formação<br />
cultural.<br />
Buscando atingir estes propósitos, as amplas tendências historiográficas,<br />
atualmente, tem nos brindado com constantes e profícuos debates acerca da<br />
problemática que se refere à inclusão de novos objetos, novos problemas,<br />
novas abordagens voltadas as varias facetas da produção humana.<br />
154
Dentre as tendências historiográficas, a Nova Esquerda Inglesa, elegeu a<br />
classe trabalhadora como personagem central de seus estudos empíricos. Os<br />
conceitos de classe social e de luta de classes, fundamentais no pensamento<br />
marxista, foram ampliados por essa corrente, porque seus estudos não<br />
reduzem a explicação histórica ao aspecto econômico. Percebe a classe<br />
trabalhadora a partir do conceito de experiência, o que envolve,<br />
dialeticamente, o econômico, o cultural e o social. Conceitos fundamentais do<br />
marxismo tiveram significação ampliada para a ciência histórica, como, por<br />
exemplo, o de luta de classes, que passou a reconhecê-la no interior de uma<br />
mesma classe e não somente entre as classes.<br />
Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação<br />
Básica, os historiadores da Nova Esquerda Inglesa, pautam seus estudos na<br />
experiência do historiador, na sua dimensão social e investigativa, o que<br />
possibilita novos questionamentos sobre o passado, a partir dos quais têm<br />
surgido novos métodos de pesquisa histórica.<br />
Essa concepção de História, como experiência de homens e mulheres e<br />
sua relação dialética com a produção material, valoriza a possibilidade de luta<br />
e transformação social, reforçando a ideia que a construção da história é feita<br />
por sujeitos na realidade socialmente vivida.<br />
Desse modo, a disciplina de história prioriza uma história viva e coloca o<br />
aluno diante de um problema para a investigação, pois fazer história significa<br />
lidar com a sociedade, objeto dinâmico e em constante transformação, onde<br />
ele (o aluno) reconhece os seus próprios condicionamentos sociais e sua<br />
posição como agente e sujeito da história portanto, a história é uma<br />
experiência que se concretiza no cotidiano, porque é a partir dela que se<br />
constrói o hoje e o futuro.<br />
Em História é importante compreender os significados dos diversos<br />
acontecimentos do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles,<br />
sobretudo do grupo social a que pertence, despertar o espírito de participação,<br />
pois a democracia só se constrói com a participação de todos e compreender<br />
as ações humanas na construção da identidade social, política e econômica de<br />
cada indivíduo levando à formação de um agente crítico e consciente se seu<br />
papel de cidadão.<br />
155
Enfim , a Hisória é fundamental para formar o aluno cidadão dotado de<br />
visão crítica, com capacidade de compreender os significados dos diversos<br />
acontecimentos do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles,<br />
sobretudo do grupo social a que pertence.<br />
2. Conteúdos:<br />
2.1- Ensino Fundamental<br />
História Temática.<br />
Os conteúdos foram selecionados e agrupados pensando a<br />
Articulam-se os Conteúdos Estruturantes e Básicos que se<br />
encontram nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de<br />
História, com os Conteúdos Específicos que estão nos livros didáticos.<br />
6º ANO:<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
Relações de<br />
trabalho<br />
Relações de<br />
poder<br />
CONTEÚDOS<br />
BÁSICOS<br />
A experiência<br />
humana no<br />
tempo.<br />
Os sujeitos e<br />
suas relações<br />
com o outro<br />
no tempo.<br />
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS<br />
- Entendendo a História<br />
- O trabalho do historiador<br />
- O tempo nas sociedades Ocidentais,<br />
orientais, indianas, indígenas e africanas<br />
- Diferentes tipos de documentos<br />
históricos – fonte oral, escrita, sonora<br />
- Os vestígios humanos - Pré-história e<br />
os sítios arqueológicos<br />
- Origem do homem – a importância do<br />
fogo, da terra e das armas<br />
- Conceitos; Mitologia, Politeísmo,<br />
monoteísmo, escravismo, trabalho livre,<br />
- O homem da África, da Ásia e da<br />
Europa<br />
A sobrevivência nas sociedades do<br />
crescente fértil – o poder da água<br />
156
Relações<br />
culturais<br />
As culturas<br />
locais<br />
e a cultura<br />
comum<br />
A sobrevivência dos povos da América e<br />
do Brasil<br />
Os diferentes sujeitos no Egito,<br />
Mesopotâmia, Grécia e Roma<br />
A importância da agricultura no mundo<br />
antigo<br />
O significado da guerra para Persas,<br />
Gregos e Romanos<br />
As formas de poder nas sociedades<br />
antigas<br />
As relações de trabalho nas sociedades<br />
asiáticas e européias<br />
As cidades do mundo antigo – diferentes<br />
tipos de habitações<br />
As formas de governo na Grécia e em<br />
Roma<br />
Heranças culturais de Egito,<br />
Mesopotâmia, Fenícios, Persas, Gregos e<br />
Romanos<br />
- Mumificação e ritual de morte –<br />
semelhanças de diferenças com<br />
atualidade<br />
- As diferentes escritas entre Egito e<br />
Mesopotâmia<br />
- As leis e suas funções na<br />
Mesopotâmia, Grécia e Roma<br />
- As diferentes formas de crenças entre<br />
o monoteísmo Hebreu e o politeísmo das<br />
demais sociedades antigas<br />
- Os livros sagrados e sua função nas<br />
diferentes sociedades antigas<br />
- O papel da mulher na Grécia e em<br />
157
7º ANO:<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
Relações de<br />
trabalho<br />
CONTEÚDOS<br />
BÁSICOS<br />
As relações de<br />
propriedade<br />
Roma e na atualidade<br />
- O pão e circo romano e suas<br />
semelhanças e diferenças na atualidade<br />
- Jogos Olímpicos na Grécia antiga e na<br />
atualidade – culto ao corpo<br />
A arte na antiguidade – Egito, Grécia e<br />
Roma - representações e significados<br />
Grandes monumentos históricos:<br />
Pirâmides, Zigurates, Muralha da<br />
China,Taj Mahal na Índia, Parthenon na<br />
Grécia,Coliseu Romano, A Igreja de<br />
Sta.Sofia em Constantinopla<br />
CONTEÚDOS ESPECIFICOS<br />
- O valor da terra na Idade Média<br />
Ocidental e Oriental<br />
- A propriedade e sua<br />
organização no feudalismo<br />
- as noções de propriedade para<br />
os povos indígenas e<br />
quilombolas no Brasil<br />
- as noções de propriedade para<br />
os povos pré-colombianos<br />
- as noções de propriedade para<br />
os povos africanos e chineses<br />
- A propriedade para os Europeus<br />
e sua chegada na América<br />
- A organização da propriedade<br />
no Brasil colônia<br />
158
Relações de<br />
poder<br />
Relações<br />
culturais<br />
A Constituição da<br />
história do<br />
mundo do campo<br />
e do mundo da<br />
cidade.<br />
As relações entre<br />
o campo e a<br />
cidade.<br />
Conflitos e<br />
resistências e a<br />
produção cultural<br />
campo/cidade.<br />
- A constituição do latifúndio no<br />
Brasil colônia e império<br />
- A organização social e<br />
econômica na cidade e no campo<br />
no ocidente e Oriente<br />
- os diferentes sujeitos no feudo<br />
e suas funções<br />
- as relações de trabalho no<br />
feudo, no Islamismo e no Brasil<br />
colônia<br />
- os castelos medievais<br />
As cidades e as doenças<br />
medievais<br />
As mesquitas islâmicas – pg.68<br />
O campo e a cidade nas<br />
sociedades africanas<br />
Cristóvão Colombo e a América<br />
Diferentes sujeitos na América<br />
pré-colombiana,<br />
Brasil e primeiras cidades (vilas<br />
e câmaras municipais)<br />
Os Povos Indígenas do Brasil na<br />
época da colonização e na<br />
atualidade – pg176<br />
As cidades do açúcar e do ouro<br />
no Brasil<br />
As cidades e o tropeirismo no<br />
Paraná<br />
A educação no Brasil colônia –<br />
pg. 236<br />
- Diversas formas de resistência a<br />
ordem instituída<br />
- a crise de Roma e a volta do<br />
homem ao campo - colonato<br />
159
8º ANO:<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
Relações de<br />
trabalho<br />
CONTEÚDOS<br />
BÁSICOS<br />
História das<br />
relações da<br />
humanidade com<br />
- as lutas pela terra no mundo<br />
romano e na idade média<br />
- A educação na idade media<br />
ocidental e suas semelhanças e<br />
diferenças com a atualidade<br />
- Os templários e as sociedades<br />
secretas<br />
O legado de Maomé no Oriente<br />
Médio: pilares da crença<br />
muçulmana X mandamentos<br />
cristãos<br />
Os diferentes sujeitos na<br />
sociedade muçulmana<br />
- O nu na arte visto como<br />
pecado: Michelangelo e Leonardo<br />
Da Vinci<br />
- Martinho Lutero e as 95 teses –<br />
a cisão da cristandade<br />
As resistências dos povos pré-<br />
colombianos: a cruz, a espada e<br />
a fome<br />
- os diferentes sujeitos sociais se<br />
rebelam no Brasil colônia:<br />
conflitos senhor versus escravo<br />
O poder dos Missionários e as<br />
resistência à coroa portuguesa e<br />
espanhola<br />
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS<br />
- O homem moderno e o poder das<br />
ideias<br />
- Os fins justificam os meios?<br />
160
Relações de<br />
poder<br />
o trabalho. Origem do conceito e semelhanças<br />
O trabalho e a<br />
vida em<br />
sociedade<br />
O trabalho e as<br />
contradições da<br />
modernidade<br />
com atualidade<br />
- As condições de Higiene da<br />
Inglaterra do séc. XVII/XVIII<br />
- A América e o sonho dourado –<br />
razões e conseqüências no séc. XVI<br />
e XXI<br />
- As relações de trabalho na era da<br />
Mineração no Brasil colonial<br />
- O trabalho dignifica o homem – as<br />
luzes conduzindo a sociedade<br />
-Liberdade, Igualdade e<br />
Fraternidade - Revoluções<br />
Burguesas<br />
-Simon Bolívar e o sonho da<br />
América forte e unida<br />
-Os indígenas da América Norte<br />
suas semelhanças e diferenças com<br />
o Brasil<br />
Os novos sujeitos sociais com a<br />
vinda da Indústria<br />
A chegada da Indústria e as<br />
mudanças de comportamento dos<br />
diversos sujeitos sociais<br />
A Indústria do séc. XVIII e as novas<br />
relações de trabalho<br />
O poder das igrejas no Brasil do<br />
ouro<br />
As novas condições sociais com a<br />
modernidade<br />
O poder da máquina no séc. XVIII na<br />
Inglaterra e na atualidade<br />
A exploração do trabalho infantil e<br />
161
Relações<br />
culturais<br />
Os trabalhadores<br />
e as conquistas<br />
de direito.<br />
da mulher nas fábricas do séc. XVIII<br />
e na atualidade<br />
O luxo e o lixo das cidades da<br />
Europa - Inglaterra e França do séc.<br />
XVIII - semelhanças e diferenças<br />
com a atualidade<br />
Novidades trazidas ao Brasil pela<br />
família real portuguesa<br />
Condições sociais dos diversos<br />
sujeitos sociais do Brasil colonial–<br />
escravos x mineradores<br />
O café as mudanças na sociedade e<br />
na economia do Brasil II Império<br />
Novos personagens entram em<br />
cena – Imigração no séc. XIX no<br />
Brasil<br />
A questão agrária no Brasil<br />
O homem e a luta pelos direitos<br />
sociais<br />
Declaração de Direitos na Inglaterra<br />
e Declaração dos Direitos do<br />
homem e do cidadão da França<br />
As lutas pelos direitos <strong>político</strong>s<br />
como conquista de direitos<br />
humanos – Símbolos da Revolução<br />
Francesa<br />
As lutas pelos ideais de Liberdade,<br />
Igualdade e Fraternidade no Brasil<br />
colonial<br />
- Tiradentes – Herói ou bandido?<br />
162
9º ANO:<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
Relações de<br />
trabalho<br />
Relações de<br />
poder<br />
CONTEÚDOS<br />
BÁSICOS<br />
A constituição<br />
das instituições<br />
sociais.<br />
A formação do<br />
Estado.<br />
- Brasil = Liberdade se compra ou<br />
se conquista?<br />
Constituição de 1824 –<br />
permanências e mudanças com a<br />
constituição de 1988<br />
Karl Marx e o sonho de uma nova<br />
sociedade não capitalista<br />
Direitos Individuais e Sociais<br />
Resistência do Brasil Império –<br />
Revolução Farroupilha e o orgulho<br />
de ser gaúcho<br />
A guerra do Paraguai<br />
As lutas pelos direitos humanos dos<br />
povos afro descendentes no Brasil<br />
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS<br />
A sociedade e diferentes formas de<br />
organização<br />
As comunidades virtuais hoje e as<br />
novas tecnologias do séc. XIX<br />
As irmandades católicas e as religiões<br />
afro-brasileiras na América<br />
Portuguesa<br />
A formação de poder entre os povos<br />
africanos<br />
A formação dos sindicatos no Brasil –<br />
a organização sindical e as leis<br />
trabalhistas no governo de GV<br />
Diferentes organizações de poder de<br />
Estado<br />
Os poderes do Estado – Monarquia,<br />
República, Ditadura, Aristocracia e<br />
163
Democracia<br />
Os poderes do Estado brasileiro:<br />
Executivo-Legislativo-Judiciário<br />
A formação do Estado Brasileiro<br />
Republicano<br />
As constituições do Brasil<br />
Republicano<br />
A política do café-com-leite e suas<br />
permanências e mudanças com a<br />
atualidade<br />
Por um Estado brasileiro populista e<br />
nacionalista= Getulio Vargas<br />
O presidente Bossa nova e nova<br />
capital Brasília<br />
A Instituição do governo de ditadura<br />
no Brasil anos 64<br />
A formação dos reinos africanos<br />
O imperialismo no século XIX<br />
A formação dos estados Nacionais<br />
nos séc. XIX<br />
O socialismo na Rússia e a<br />
implantação do Socialismo<br />
A Nova ordem mundial pós-guerra<br />
fria- Queda das torres gêmeas nos<br />
EUA<br />
O mundo globalizado<br />
Lula e novo modelo de governo –<br />
Retrato do Brasil contemporâneo<br />
164
Relações<br />
culturais<br />
Sujeitos,<br />
Guerras e<br />
revoluções.<br />
As resistências dos sujeitos a ordem<br />
instituída, seja social ou econômica.<br />
Os novos sujeitos na África do séc.XIX<br />
X novos conflitos, novos personagens<br />
A indústria do lazer e da arte do séc.<br />
XIX e na atualidade – semelhanças e<br />
diferenças<br />
As revoltas sociais no Brasil<br />
republicano:<br />
– O messianismo de Canudos e<br />
Contestado<br />
- Coronelismo e o poder de Padre<br />
Cícero<br />
- As lutas operárias no Brasil<br />
Republicano<br />
- A epidemia de Febre Amarela<br />
versus gripe A<br />
Cangaço: Robin Hood do Nordeste<br />
O movimento anarquista, comunista<br />
e tenentista no Brasil<br />
O Brasil no contexto das guerras<br />
mundiais<br />
Guerra de trincheiras no inicio do<br />
século XX – a guerra e a morte<br />
A crise dos EUA hoje e a crise em<br />
1929<br />
Adolf Hitler e o Mein Kampf<br />
O Holocausto Judeu e as bombas<br />
atômicas no Japão por ocasião da 2 a<br />
guerra mundial<br />
A Era do radio e sua função social e<br />
política nos anos 40 no Brasil<br />
A disputa fria entre a águia norte-<br />
165
americana e o urso soviético<br />
Martin Luther king e a luta pelos<br />
direitos dos negros<br />
O Apartheid na África do século XX<br />
A guerra do Vietnã – a guerra que não<br />
acabou<br />
Che Guevara e a Revolução Cubana<br />
O poder da mídia e da indústria<br />
cultural dos bens culturais de massa<br />
– Beatles e os hippies<br />
A resistência a ditadura militar no<br />
Brasil pelas manifestações artísticas<br />
O futebol: uma paixão brasileira O<br />
Aquecimento global e a luta pela<br />
água.<br />
166
2.2. Ensino Médio<br />
1ª SÉRIE<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:<br />
1- Relações de trabalho<br />
2- Relações de poder<br />
3- Relações culturais<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
1- Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre<br />
2- Urbanização e industrialização<br />
3- O Estado e as relações de poder<br />
4- Os sujeitos, as revoltas e as guerras<br />
5- Movimentos sociais, <strong>político</strong>s e culturais e as guerras e revoluções<br />
6- Cultura e religiosidade<br />
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:<br />
1 - Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se entre<br />
si e com a natureza através do trabalho – ontem e hoje.<br />
2 - Caçadores, coletores e agricultores: do nomadismo às primeiras<br />
civilizações;<br />
3- Formação e expansão dos grandes impérios: romano, colonial e neocolonial;<br />
4- Diferentes formas de relação de trabalho: escravismo, servidão e<br />
assalariamento.<br />
5- Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se<br />
através do poder e da cultura – ontem e hoje.<br />
6- Relação entre poder e religião;<br />
7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida;<br />
8- Ideologia, cultura e poder no mundo contemporâneo.<br />
9- Paraná - começo da etnia paranaense.<br />
167
2ª SÉRIE<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:<br />
1- Relações de trabalho<br />
2- Relações de poder<br />
3- Relações culturais<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre<br />
2 - Urbanização e industrialização<br />
3 - O Estado e as relações de poder<br />
4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras<br />
5 - Movimentos sociais, <strong>político</strong>s e culturais e as guerras e revoluções<br />
6 - Cultura e religiosidade<br />
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:<br />
1- Como as sociedades americanas relacionavam-se entre si e com a natureza<br />
através do trabalho – ontem e hoje<br />
2- Povos e civilizações pré-colombianas: conquistas e resistência;<br />
3- Diferentes formas de colonização européia nas Américas;<br />
4- Diferentes formas de relação de trabalho nas Américas: da escravidão ao<br />
assalariamento.<br />
5- Como as sociedades americanas relacionavam-se através do poder e da<br />
cultura<br />
6- Relação entre poder e religião<br />
7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida<br />
8- Ideologia, cultura e poder na América contemporânea<br />
3ª SÉRIE<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:<br />
1- Relações de trabalho<br />
2- Relações de poder<br />
168
3- Relações culturais<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre<br />
2 - Urbanização e industrialização<br />
3 - O Estado e as relações de poder<br />
4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras<br />
5 - Movimentos sociais, <strong>político</strong>s e culturais e as guerras e revoluções<br />
6 – Cultura e religiosidade<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
1-Revolução Russa;<br />
2- Crise de 1929 nos EUA e sua repercussão<br />
3- Primeira Guerra Mundial<br />
4- Os Regimes Totalitários: Nazismo, Fascismo e Stalinismo<br />
5- Discriminação Racial<br />
6- Gênese do Estado Novo no Brasil. A Era Vargas<br />
7- A Segunda Guerra Mundial e a afirmação dos EUA e URSS<br />
8- A Guerra Fria<br />
9- O populismo na América Latina e Brasil<br />
10- As Ditaduras Militares na América<br />
11- Industrialização brasileira<br />
12- A Era da Globalização Econômica, Cultural e Tecnológica<br />
13- Paraná ontem e hoje<br />
3. Metodologia:<br />
No processo de construção da consciência histórica é<br />
imprescindível que se retome constantemente com os alunos como se dá a<br />
produção do conhecimento; ou seja, como é produzido a partir do trabalho de<br />
um pesquisador que tem como objeto de estudo as ações e as relações<br />
humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos lhes<br />
deram, de modo consciente ou não. Para estudá-las, o historiador adota um<br />
169
método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar,<br />
por meio de documentos e perguntas, respostas às suas indagações. A partir<br />
disso, o pesquisador produz uma narrativa histórica cujo desafio é contemplar<br />
a diversidade das experiências políticas, sociais, econômicas e culturais.<br />
alunos compreendam:<br />
histórico;<br />
A produção do conhecimento histórico é essencial para que os<br />
Os limites do livro didático;<br />
As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento<br />
A necessidade de ampliar o universo de consultas para<br />
entender melhor diferentes contextos;<br />
A importância do trabalho do historiador e da produção do<br />
conhecimento histórico para compreensão do passado;<br />
Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o<br />
passado que pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser<br />
refutada ou validada pelo trabalho de investigação do historiador.<br />
Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e<br />
contribuam para a preservação de documentos, dos lugares de memória como<br />
museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, de documentos<br />
escritos e audiovisuais, entre outros, seja pelo uso adequado dos locais de<br />
memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir<br />
fontes de pesquisas, seja pelo reconhecimento do trabalho feito pelos<br />
pesquisadores.<br />
A produção do conhecimento histórico e sua apropriação, pelos<br />
alunos, são processuais, e, deste modo, é necessário que o conceito em<br />
questão seja constantemente retomado. Algumas questões poderão ser<br />
propostas aos alunos:<br />
conclusões?<br />
Como o historiador chegou a essa interpretação?<br />
Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas<br />
Existem outras pesquisas a esse respeito?<br />
Que dimensões o historiador contemplou em sua análise?<br />
No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os<br />
170
aspectos <strong>político</strong>s,<br />
Socioeconômicos e culturais?<br />
Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?<br />
Instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os<br />
conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado, de modo que<br />
constituam, gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.<br />
Diante do exposto, a metodologia de ensino de História,<br />
privilegia alunos e professores como sujeitos produtores do conhecimento<br />
histórico. O processo de construção da história, por sua vez, é compreendido<br />
em suas práticas, relações e pelas multiplicidades de leituras e interpretações<br />
históricas.<br />
Contudo, deve-se considerar o saber histórico já produzido e<br />
também outras formas de saberes como aqueles difundidos pelos meios de<br />
comunicação.<br />
Outro fator a considerar e enfatizar com o aluno é de que quando<br />
se pergunta “Por quê?”, “Como?”, “Quando”? e “ O quê?” não significa que<br />
estão sendo construídas problemáticas. Faz se necessário ir, além disto, tal<br />
como: levantar hipóteses acerca dos acontecimentos do passado<br />
Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de<br />
História é o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula, recorrer ao<br />
uso de documentos e fontes históricas nas aulas de História pode ser<br />
importante por favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de<br />
trabalho do historiador. A intenção com o trabalho de documentos em sala de<br />
aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita realizar<br />
análises críticas da sociedade por meio de uma consciência temporal.<br />
Ao trabalhar com documentos em sala de aula faz-se necessário<br />
ir além dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, as fontes<br />
orais, os testemunhos de história local, além de linguagens contemporâneas,<br />
como fotografia, cinema, quadrinhos e informática. Outro fator a ser observado<br />
é a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem como<br />
entender a sua utilização para além de meras ilustrações das aulas de História.<br />
Quanto à identificação do documento a sugestão é determinar sua origem,<br />
natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo.<br />
171
Para fazer análise e comentários dos documentos, Circe<br />
Bittencourt (2004) estabeleceu a seguinte metodologia:<br />
Descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as<br />
informações que ele contém;<br />
Mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos<br />
para que eles possam explicá-los, associá-los às informações dadas;<br />
Situar o documento no contexto e em relação ao autor;<br />
Identificar sua natureza e também explorar esta<br />
característica para chegar a identificar os seus limites e interesses.<br />
Contudo, é necessário clareza de que as práticas pedagógicas<br />
podem mudar em decorrência da especificidade da linguagem do documento.<br />
RECURSOS DIDÁTICOS:<br />
Imagens;<br />
TV pen drive de TV Paulo Freire<br />
Textos diversos;<br />
Mostra pedagógica;<br />
DVD;<br />
Músicas.<br />
Retro-<strong>projeto</strong>r;<br />
Quadro negro e giz;<br />
Jornais, revistas e periódicos;<br />
Cartazes e materiais de artes;<br />
Mural;<br />
Mapas;<br />
Máquina fotografia e filmadora;<br />
Computador.<br />
O aluno trabalhará com quadros comparativos, produções de<br />
textos, análise de textos, filmes, imagens e músicas, gráficos, debates,<br />
atividades escritas e orais, pesquisas bibliográficas e de campo,<br />
dramatizações, resumos entre outros.<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios<br />
172
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em<br />
História serão trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº13.381/01);<br />
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº<br />
11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental (Lei<br />
Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a<br />
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os<br />
alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento<br />
externo a este processo.<br />
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter<br />
classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem,<br />
que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as<br />
concepções definidas no <strong>projeto</strong> <strong>político</strong>-<strong>pedagógico</strong> da escola.<br />
Formas avaliativas:<br />
Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o<br />
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades<br />
didáticas que possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;<br />
Avaliação formativa – ocorre durante o processo <strong>pedagógico</strong><br />
e tem por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir<br />
dos mesmos, identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao<br />
momento avaliado;<br />
Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma<br />
amostragem de objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles<br />
estão em consonância com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos<br />
metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.<br />
As práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos<br />
devem ser substituídas por atividades que permitam desenvolver a capacidade<br />
de síntese e redação de uma narrativa histórica, de forma a permitir ao aluno<br />
expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos, revelando se o<br />
educando se apropriou da capacidade de leituras de documentos com<br />
173
linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia, quadrinhos, músicas e<br />
televisão, relativos ao conhecimento histórico.<br />
Deseja-se que ao final do trabalho na Disciplina de História, os<br />
alunos sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer<br />
criticamente as relações de poder neles existentes, bem como que tenham<br />
recursos para intervir no meio em que vivem de modo a se fazerem também<br />
sujeitos da própria História.<br />
Serão considerados alguns critérios de avaliação:<br />
Compreensão dos significados dos diversos acontecimentos<br />
do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do<br />
grupo social a que pertence;<br />
Criação de espírito de participação, pois a democracia só se<br />
constrói com a participação de todos;<br />
Compreensão das ações humanas na construção da<br />
identidade social, política e econômica de cada indivíduo levando à formação<br />
de um agente crítico e consciente de seu papel de cidadão.<br />
Formação de cidadãos dotados de visão crítica, com<br />
capacidade de compreender os significados dos diversos acontecimentos do<br />
mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo<br />
social a que pertence.<br />
A recuperação de estudos será feita de acordo com a<br />
necessidade de cada aluno, e vários meios poderão ser usados como: revisão<br />
de conteúdos, interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos,<br />
avaliação escrita ou oral, trabalhos, debates, pesquisas, prevalecendo o melhor<br />
resultado obtido.<br />
5. Referências:<br />
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Aribá História. São Paulo: Moderna,<br />
2007.<br />
BOULOS Junior, Alfredo. História. 4 v. São Paulo: FTD.<br />
CARMO, Sônia Irene do; COUTO, Eliane. História é presente: Brasil colônia.<br />
COTRIM, Gilberto. História e consciência do Brasil. São Paulo: Ática.<br />
174
Giovanni, de Cristina Viscont; Junqueira, Zilda Almeida. 4 v. São Paulo: FTD.<br />
LEI FEDERAL nº 10.639/03, que altera a LDB dispondo sobre a inclusão no<br />
currículo oficial da rede de ensino da temática História e Cultura Afro-Brasileira<br />
e Africana.<br />
Martins, José Roberto. História. 4 v. São Paulo: FTD.<br />
PANAZZO, Silvia; VAZ. Maria Luísa. Navegando pela História. São Paulo: FTD.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras de História para a Educação Básica. Curitiba:SEED/PR,<br />
2008.<br />
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no Ensino<br />
Fundamental e Médio da rede pública <strong>estadual</strong> de ensino, conteúdos da<br />
disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134 de 18/12/2001.<br />
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História & Vida Integrada. Editora Ática.<br />
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Império e República.<br />
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: colônia.<br />
Internet, sítios no www.google.com.br<br />
Periódicos. Jornais, revistas.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
LEM - INGLÊS<br />
Desde o início da colonização houve a preocupação de se<br />
promover educação e aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e<br />
ensinar o Latim. Com a chegada da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de<br />
Inglês e Francês com objetivo de melhorar a instrução pública e de atender<br />
também às necessidades de escolarização dos filhos dos imigrantes europeus,<br />
que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo e mantendo escolas<br />
para seus filhos.<br />
Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês<br />
175
teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado<br />
nas transações comerciais, e também pela dependência econômica e cultural<br />
com os Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial.<br />
O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,<br />
oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver<br />
o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua<br />
Estrangeira e seu uso pelos alunos permitem aos mesmos perceberem-se como<br />
parte integrante das sociedades contemporâneas, que não podem sobreviver<br />
isolados. É fundamental que se relacionem, atravessem fronteiras geopolíticas<br />
e culturais, participem ativamente desse mundo em que vivem fazendo uso da<br />
língua que estão aprendendo em situações significativas.<br />
O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira<br />
seja para o aluno mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua<br />
cidadania, colaborando no aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor<br />
e agente transformador da sociedade.<br />
O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e<br />
compreendam a diversidade linguística e cultural existente no mundo, sendo<br />
percebido como um instrumento de comunicação e de interação social,<br />
permitindo que os mesmos possam perceber as possibilidades de construção<br />
de significados em relação ao mundo em que vivem.<br />
No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão,<br />
fato que se deve principalmente a modernização e informatização (internet), o<br />
que tem despertado um interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada<br />
dia fica constatado que está “mais” urgente saber inglês.<br />
São muitas as atividades que contribuem para o<br />
desenvolvimento da prática dos grandes eixos da língua inglesa: leitura,<br />
oralidade e escrita através de jornais, livros, revistas, mercados, shoppings,<br />
etc.<br />
É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja<br />
articulado com as demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.<br />
Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira<br />
também tem o importante papel de formar cidadãos críticos, contribuindo<br />
assim para a construção de mundos sociais, sendo que o objeto de estudo é a<br />
176
língua.<br />
2. Objetivos:<br />
escrita;<br />
Entender a língua em situações de comunicação oral e<br />
Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como<br />
os seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;<br />
Conscientizar-se dos conhecimentos de Língua Estrangeira<br />
que já possui como participante de um mundo globalizado;<br />
Compreender que o significado é social e historicamente<br />
construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social;<br />
sociedade;<br />
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na<br />
Conhecer no universo que o cerca a Língua Estrangeira que<br />
opera no sistema de comunicação percebendo-se como parte integrante de um<br />
mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas<br />
desempenham em determinado momento histórico;<br />
Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos<br />
que se fazem da Língua Estrangeira que estão aprendendo;<br />
paradigmas já existentes;<br />
Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os<br />
Promover a comunicação com e em diferentes formas<br />
discursivas materializadas em diferentes tipos de textos;<br />
e escritas;<br />
3. Conteúdos:<br />
Transferir os conhecimentos adquiridos para produções orais<br />
Propiciar o uso da língua estrangeira de forma interativa.<br />
ENSINO FUNDAMENTAL<br />
177
6º ANO<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS<br />
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de<br />
TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,<br />
lista de compras, avisos, música.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
LEITURA ESCRITA ORALIDADE<br />
Identificação do tema; Tema do texto;<br />
Elementos<br />
Intertextualidade;<br />
Intencionalidade;<br />
Léxico;<br />
Coesão e coerência;<br />
Funções das classes<br />
gramaticais no texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos<br />
(figuras de linguagem);<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
Interlocutor;<br />
Finalidade do texto;<br />
Intencionalidade do<br />
texto;<br />
Intertextualidade;<br />
Condições de produção;<br />
Informatividade;<br />
Léxico, coesão e<br />
coerência;<br />
Funções gramaticais no<br />
texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos:<br />
figuras de linguagem;<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
extralinguísticos:<br />
entonação, pausas,<br />
gestos, etc...;<br />
Adequação do discurso<br />
ao gênero;<br />
Turnos de fala;<br />
Variações linguísticas;<br />
Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
gírias, repetição;<br />
Pronúncia.<br />
178
7º ANO<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS<br />
Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,<br />
diário, cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
LEITURA ESCRITA ORALIDADE<br />
Identificação do tema;<br />
Intertextualidade;<br />
Intencionalidade;<br />
Léxico;<br />
Coesão e coerência;<br />
Funções das classes<br />
gramaticais no texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos<br />
(figuras de linguagem);<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Tema do texto;<br />
Interlocutor;<br />
Finalidade do texto;<br />
Intencionalidade do<br />
texto;<br />
Intertextualidade;<br />
Condições de<br />
produção;<br />
Informatividade;<br />
Léxico, coesão e<br />
coerência;<br />
Funções gramaticais no<br />
texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos:<br />
figuras de linguagem;<br />
Elementos<br />
extralinguísticos:<br />
entonação, pausas,<br />
gestos, etc...;<br />
Adequação do discurso<br />
ao gênero;<br />
Turnos de fala;<br />
Variações linguísticas;<br />
Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
gírias, repetição;<br />
Pronúncia.<br />
179
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
8º ANO<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS<br />
Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio<br />
publicitário, outdoor, blog, e-mail, música, etc.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social<br />
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:<br />
LEITURA ESCRITA ORALIDADE<br />
Identificação do tema;<br />
Intertextualidade;<br />
Intencionalidade;<br />
Vozes sociais presentes<br />
no texto;<br />
Léxico;<br />
Coesão e coerência;<br />
Funções das classes<br />
gramaticais no texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos<br />
(figuras de linguagem);<br />
Tema do texto;<br />
Interlocutor;<br />
Finalidade do texto;<br />
Intencionalidade do<br />
texto;<br />
Intertextualidade;<br />
Condições de<br />
produção;<br />
Informatividade;<br />
Vozes sociais presentes<br />
no texto;<br />
Léxico, coesão e<br />
Elementos<br />
extralinguísticos:<br />
entonação, pausas,<br />
gestos, etc...;<br />
Adequação do discurso<br />
ao gênero;<br />
Turnos de fala;<br />
Variações linguísticas;<br />
Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
gírias, repetição;<br />
Diferenças e<br />
180
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
9º ANO<br />
coerência;<br />
Funções gramaticais no<br />
texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos:<br />
figuras de linguagem;<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS<br />
semelhanças entre o<br />
discurso oral e o<br />
escrito;<br />
Adequação da fala do<br />
contexto;<br />
Pronúncia.<br />
Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,<br />
charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, Blog, e-mail, anúncio,<br />
filmes, slogan, etc.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
LEITURA ESCRITA ORALIDADE<br />
Identificação do tema;<br />
Intertextualidade;<br />
Intencionalidade;<br />
Vozes sociais presentes<br />
no texto;<br />
Tema do texto;<br />
Interlocutor;<br />
Finalidade do texto;<br />
Intencionalidade do<br />
texto;<br />
Elementos<br />
extralinguísticos:<br />
entonação, pausas,<br />
gestos, etc...;<br />
Adequação do discurso<br />
181
Léxico;<br />
Coesão e coerência;<br />
Funções das classes<br />
gramaticais no texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Discurso direto e<br />
indireto;<br />
Emprego do sentido<br />
denotativo e conotativo<br />
no texto;<br />
Recursos estilísticos<br />
(figuras de linguagem);<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
Intertextualidade;<br />
Condições de<br />
produção;<br />
Informatividade;<br />
Vozes sociais presentes<br />
no texto;<br />
Discurso direto e<br />
indireto;<br />
Léxico, coesão e<br />
coerência;<br />
Emprego do sentido<br />
denotativo e conotativo<br />
no texto;<br />
Funções gramaticais no<br />
texto;<br />
Elementos semânticos;<br />
Recursos estilísticos:<br />
figuras de linguagem;<br />
Marcas linguísticas:<br />
particularidades da<br />
língua, pontuação,<br />
recursos gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
Variedade lingüística/<br />
Ortografia.<br />
ENSINO MÉDIO<br />
ao gênero;<br />
Turnos de fala;<br />
Variações linguísticas;<br />
Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
gírias, repetição;<br />
Diferenças e<br />
semelhanças entre o<br />
discurso oral e o<br />
escrito;<br />
Adequação da fala do<br />
contexto;<br />
Pronúncia.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS<br />
182
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise<br />
linguística, serão adotados os gêneros discursivos conforme sua esferas sociais<br />
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes<br />
esferas, de acordo com as características da escola e com o nível de<br />
complexidade adequado a cada uma das séries.<br />
- Cotidiana<br />
- Literária/artística<br />
- Científica<br />
- Escolar<br />
- Imprensa<br />
- Publicitária<br />
- Política<br />
- Jurídica<br />
- Produção e consumo<br />
- Midiática<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
LEITURA<br />
• Identificação do tema;<br />
• Intertextualidade;<br />
• Intencionalidade;<br />
• Vozes sociais presentes no texto;<br />
• Léxico;<br />
• Coesão e coerência;<br />
• Marcadores do discurso;<br />
• Funções das classes gramaticais no texto;<br />
• Léxico;<br />
• Coesão e coerência;<br />
• Marcadores do discurso;<br />
• Funções das classes gramaticais no texto;<br />
• Elementos semânticos;<br />
183
• Discurso direto e indireto;<br />
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;<br />
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);<br />
• Marcas linguísticas: particularidades da línguas, pontuação; recursos gráficos<br />
(como aspas, travessão, negrito);<br />
• Variedade linguística;<br />
• Acentuação gráfica;<br />
• Ortografia.<br />
ESCRITA<br />
• Tema do texto;<br />
• Interlocutor;<br />
• Finalidade do texto;<br />
• Intencionalidade do texto;<br />
• Intertextualidade;<br />
• Condições de produção;<br />
• Informatividade;<br />
• Vozes sociais presentes no texto;<br />
• Vozes verbais;<br />
• Discurso direto e indireto;<br />
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;<br />
• Léxico;<br />
• Coesão e coerência;<br />
• Funções das classes gramaticais no texto;<br />
• Elementos semânticos;<br />
• Recursos estilísticos;<br />
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos<br />
(como aspas, travessão, negrito);<br />
• Variedade linguística;<br />
• Ortografia;<br />
• Acentuação gráfica.<br />
184
ORALIDADE<br />
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc...;<br />
• Adequação do discurso ao gênero;<br />
• Turnos de fala;<br />
• Vozes sociais presentes no texto;<br />
• Variações linguísticas;<br />
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;<br />
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.<br />
• Adequação da fala ao contexto;<br />
• Pronúncia;<br />
1ª SÉRIE<br />
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-<br />
brasileira e africana<br />
1.1. Leitura de rótulos;<br />
1.2. Leitura de logomarcas;<br />
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;<br />
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas<br />
tecnológicas;<br />
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;<br />
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;<br />
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;<br />
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes<br />
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento<br />
de prática avaliativa<br />
2.1. Conto;<br />
2.2. Dramatização;<br />
2.3. Teatro;<br />
2.4. Leitura oral de textos diversos;<br />
2.5. Repetição oral de enunciados.<br />
185
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do<br />
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com<br />
os conteúdos específicos.<br />
3.1. Produção de desenhos;<br />
3.2. Produção de charges;<br />
3.3. Produção de cartazes;<br />
3.4. Elaboração de frases curtas;<br />
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.<br />
2ª SÉRIE<br />
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-<br />
brasileira e africana<br />
1.1. Leitura de rótulos;<br />
1.2. Leitura de logomarcas;<br />
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;<br />
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas<br />
tecnológicas;<br />
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;<br />
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;<br />
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;<br />
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes<br />
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento<br />
de prática avaliativa<br />
2.1. Conto;<br />
2.2. Dramatização;<br />
2.3. Teatro;<br />
2.4. Leitura oral de textos diversos;<br />
2.5. Repetição oral de enunciados.<br />
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do<br />
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com<br />
186
os conteúdos específicos.<br />
3.1. Produção de desenhos;<br />
3.2. Produção de charges;<br />
3.3. Produção de cartazes;<br />
3.4. Elaboração de frases curtas;<br />
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.<br />
3ª SÉRIE<br />
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-<br />
brasileira e africana<br />
1.1. Leitura de rótulos;<br />
1.2. Leitura de logomarcas;<br />
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;<br />
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas<br />
tecnológicas;<br />
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;<br />
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;<br />
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;<br />
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes<br />
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento<br />
de prática avaliativa<br />
2.1. Conto;<br />
2.2. Dramatização;<br />
2.3. Teatro;<br />
2.4. Leitura oral de textos diversos;<br />
2.5. Repetição oral de enunciados.<br />
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do<br />
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com<br />
os conteúdos específicos.<br />
3.1. Produção de desenhos;<br />
187
3.2. Produção de charges;<br />
3.3. Produção de cartazes;<br />
3.4. Elaboração de frases curtas;<br />
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.<br />
O vocabulário será trabalhado em todas as séries de acordo com<br />
os conteúdos e situações necessárias. As atividades escritas relacionadas a<br />
produções de textos, cartas, sínteses, etc., acontecerão num crescente de<br />
acordo com o nível da série e turma.<br />
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática<br />
da análise lingüística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão<br />
contemplados também nesses conteúdos os Desafios Educacionais:<br />
4. Metodologia:<br />
Cidadania e Direitos Humanos;<br />
Enfrentamento da Violência na Escola;<br />
Prevenção ao uso indevido de drogas;<br />
Sexualidade humana;<br />
Educação Fiscal;<br />
As leis: Leis 10.639/03 e Lei 11645/08 “História e Cultura<br />
Afro-Brasileira, Africana e Indígena”, Lei 13.381/01 “História<br />
do Paraná” e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente.<br />
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da<br />
disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através<br />
das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o<br />
discurso.<br />
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou<br />
não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos.<br />
Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão<br />
questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que<br />
ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como<br />
construir significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.<br />
188
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do<br />
aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem<br />
permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que<br />
cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de<br />
textos de diferentes gêneros discursivos.<br />
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,<br />
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de<br />
informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os<br />
recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em<br />
si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno<br />
será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e<br />
por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao<br />
texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda<br />
que a língua não é neutra.<br />
conta:<br />
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em<br />
· Gênero – explorar o gênero escolhido;<br />
· Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando<br />
e por que (contexto de produção e circulação);<br />
· Variedade Linguística – formal ou informal;<br />
· Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se<br />
sentidos;<br />
· Atividades de pesquisa, discussão e produção.<br />
Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento<br />
discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem<br />
os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite<br />
desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades lingüísticas<br />
conforme as situações de comunicação.<br />
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar<br />
para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar<br />
para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno<br />
(escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu<br />
discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.<br />
189
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos<br />
diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas<br />
não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção<br />
discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas<br />
de comunicação.<br />
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos os seus<br />
conteúdos ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa<br />
e discussão.<br />
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios<br />
Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo, sempre que<br />
pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Inglês serão trabalhados conteúdos<br />
de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei<br />
nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de<br />
Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99);<br />
Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente;<br />
Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21 Escolar..<br />
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o<br />
conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará<br />
com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo<br />
Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser<br />
retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,<br />
posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que<br />
se expressem ou construam sentidos aos textos.<br />
Serão utilizados como recursos didáticos e <strong>pedagógico</strong>s os dicionários de<br />
Inglês/Português/Inglês encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV<br />
multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para<br />
leitura e para recorte, CD e CD-room, livro didático, caça-palavras, palavras<br />
cruzadas e outros, atividades extras em folhas e apresentação dos conteúdos<br />
com auxílio de cartazes, cartões, gravuras, jogos e atividades lúdicas.<br />
5. Avaliação:<br />
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº<br />
190
9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de<br />
Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED.<br />
Logo, será formativa, diagnóstica e processual.<br />
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-<br />
discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento<br />
diante do que está sendo lido.<br />
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua<br />
Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da<br />
variedade lingüística para diferentes situações.<br />
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem<br />
para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno<br />
conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve<br />
planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da<br />
variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante<br />
considerar o erro como efeito da própria prática.<br />
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão<br />
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,<br />
alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades<br />
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos<br />
diversificados anotados em Livro Registro de Classe.<br />
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em<br />
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).<br />
Critérios de avaliação:<br />
LEITURA ESCRITA ORALIDADE<br />
É importante que:<br />
Identifique o tema;<br />
Realize leitura<br />
compreensiva do texto;<br />
Localize informações<br />
explícitas e implícitas<br />
Espera-se que o aluno:<br />
Expresse as ideias com<br />
clareza;<br />
Elabore/reelabore<br />
textos de acordo com o<br />
encaminhamento do<br />
Espera-se que o aluno:<br />
Utilize do discurso de<br />
acordo com a situação<br />
de produção (formal/<br />
informal);<br />
Apresente suas ideias<br />
191
no texto;<br />
Posicione-se<br />
argumentativamente;<br />
Amplie seu horizonte de<br />
expectativas;<br />
Perceba o ambiente em<br />
que circula o gênero;<br />
Amplie seu léxico;<br />
Identifique a idéia<br />
principal do texto.<br />
Analise as intenções do<br />
autor;<br />
Deduza dos sentidos de<br />
palavras e/ou<br />
expressões a partir do<br />
contexto;<br />
Compreenda as<br />
diferenças decorridas<br />
do uso de palavras e/<br />
ou expressões no<br />
sentido conotativo e<br />
denotativo.<br />
professor, atendendo:<br />
às situações de<br />
produção propostas<br />
(gênero, interlocutor,<br />
finalidade...), à<br />
continuidade temática;<br />
Diferencie o contexto<br />
de uso da linguagem<br />
formal e informal: use<br />
recursos textuais como<br />
coesão e coerência,<br />
informatividade, etc;<br />
Utilize<br />
adequadamente<br />
recursos linguísticos<br />
como pontuação, uso e<br />
função do artigo,<br />
pronome, numeral,<br />
substantivo, adjetivo,<br />
advérbio, etc.<br />
Empregue palavras e/<br />
ou expressões no<br />
sentido conotativo e<br />
denotativo, bem como<br />
de expressões que<br />
indicam ironia e<br />
humor, em<br />
conformidade com o<br />
gênero proposto.<br />
com clareza,<br />
coerência,mesmo que<br />
na língua materna;<br />
Compreenda os<br />
argumentos no<br />
discurso do outro;<br />
Exponha seus<br />
argumentos;<br />
Organize a sequência<br />
de sua fala;<br />
Respeite os turnos de<br />
fala;<br />
Analise os argumentos<br />
apresentados pelos<br />
colegas de classe em<br />
suas apresentações<br />
e/ou nos gêneros orais<br />
trabalhados;<br />
Participe ativamente<br />
dos diálogos, relatos,<br />
discussões, quando<br />
necessário em língua<br />
materna.<br />
Utilize<br />
conscientemente<br />
expressões faciais<br />
corporais e gestuais,<br />
pausas e entonação<br />
nas exposições orais,<br />
entre outros elementos<br />
extralinguísticos;<br />
Analise recursos da<br />
oralidade em cenas de<br />
192
Instrumentos de Avaliação:<br />
desenhos, programas<br />
infanto-juvenis,<br />
entrevistas,<br />
reportagem, entre<br />
outros.<br />
Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e<br />
dificuldades dos alunos serão:<br />
- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;<br />
- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;<br />
- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em casa.<br />
- Avaliação escrita.<br />
- Interação dos alunos com o material didático.<br />
- Exercícios orais.<br />
- Pesquisas.<br />
No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na<br />
recuperação de conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao<br />
aluno de menor rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela<br />
sua aprendizagem e melhorar suas condições de acesso e permanência na escola,<br />
além de oferecer um ensino de melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela,<br />
parte integrante da ação educativa, se desenvolverá considerando a capacidade<br />
individual do aluno, o seu desempenho e sua participação no processo de<br />
aquisição/construção do conhecimento, retomando os conteúdos não atingidos,<br />
aplicando recursos diversos, aliados à sua criatividade, de modo a alcançar os<br />
resultados esperados ( atividades como pesquisas, listagem de exercícios, aulas<br />
expositivas, atendimento individual, entre outras), e selecionando previamente os<br />
conteúdos, fazendo uma triagem dos conteúdos relevantes e significativos para a<br />
etapa da aprendizagem a que se refere.<br />
6. Referências:<br />
AMOS, E; PRESCHER, E. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna,<br />
193
2001.<br />
AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo:<br />
Saraiva, 2005.<br />
FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.<br />
______. Inglês para o ensino médio: volume único – Série Parâmetros. São<br />
Paulo: Scipione, 2002.<br />
MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único – Série Novo Ensino Médio, São<br />
Paulo: Ática, 2002.<br />
MARQUES, A.; SANTOS, D. Links: English for teens. São Paulo: Ática, 2009.<br />
MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática,<br />
2002.<br />
MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de<br />
Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Departamento de<br />
Educação Básica. Curitiba, 2008.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino<br />
Médio. LDP: Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba:<br />
SEED-PR, 2006.<br />
ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.<br />
SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
LÍNGUA PORTUGUESA<br />
As Diretrizes Curriculares priorizam professor e aluno como sujeitos<br />
que juntos (re) constroem o conhecimento pôr meio da pesquisa, observação,<br />
levantamento de hipóteses, análise e reflexão. O texto e a interação, portanto,<br />
conduzem os objetivos - programa - e a escolha de atividades pedagógicas,<br />
num esforço de ampliação da competência do aluno para o exercício fluente e<br />
194
pleno da fala, escrita e a leitura. Deve-se focar os conteúdos a partir dos<br />
textos, através do discurso. Professores e alunos devem construir o<br />
conhecimento através da pesquisa e observação.<br />
Na visão dos professores, as concepções e teorias referentes à<br />
linguagem, que embasam a proposta de Língua Portuguesa, permitem<br />
perceber suas dúvidas, dificuldades, e mesmo o desconhecimento dos<br />
pressupostos que fundamentam o Currículo Básico para a Escola Pública do<br />
Estado do Paraná (Paraná, 1992) quanto ao ensino e aprendizagem da Língua<br />
Portuguesa.<br />
“A maioria dos professores sente dificuldades em trabalhar a teoria<br />
da enunciação em virtude de terem ‘visto’ outras concepções em sua vida<br />
acadêmica. Existem inseguranças do professor em como trabalhar, acaba<br />
misturando concepções e não obtendo resultados satisfatórios. Não tem<br />
segurança em lidar com a concepção interacionista.”<br />
Embora o mencionado Currículo Básico tenha como embasamento<br />
a concepção interacionista ou sociointeracionista de linguagem, não menciona<br />
a Teoria da Enunciação – relacionada ao interacionismo – provavelmente<br />
porque na época em que foi elaborado eram ainda incipientes os estudos sobre<br />
Bakhtin e suas teorias. Mostrou-nos a necessidade de estabelecer as devidas<br />
relações entre a concepção interacionista e outras categorias conceituais<br />
bakhtinianas.<br />
Ao ser tomada como forma de ação entre pessoas (inter-ação), a<br />
linguagem passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a<br />
utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de produção<br />
do enunciado ou do discurso. Para Bakhtin (1992), o enunciado – seja ele<br />
constituído de uma palavra, uma frase ou uma seqüência de frases – é a<br />
unidade de base da língua, é o próprio discurso, já que é no enunciado que o<br />
discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se em práticas<br />
discursivas, no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e<br />
trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do<br />
sujeito e de relações sociais.<br />
Acreditamos, que maiores informações teóricas só podem ser<br />
conseguidas por meio de muita leitura, estudo e reflexão de textos que tratem<br />
195
do assunto, e se houver muito empenho do professor em aprofundar seus<br />
conhecimentos.<br />
Encontramos como um dos problemas que se apresentam no<br />
cotidiano escolar a “incoerência entre as teorias vigentes e as abordagens<br />
contidas nos livros didáticos”. De fato, muitos livros didáticos se embasam em<br />
teorias que não condizem com o atual contexto sócio-educacional, ou em uma<br />
“mistura” teórica que só serve para confundir ainda mais os professores:<br />
convivem, em um mesmo livro, exercícios de cunho tradicional (inclusive, com<br />
cobrança de definições, classificações e regras), exercícios estruturalistas (de<br />
seguir modelos) e, às vezes, alguns “ensaios” de reflexão/análise lingüística.<br />
Todavia, embora poucos, existem bons livros didáticos no mercado, inclusive de<br />
autores/professores que vêm pesquisando e produzindo obras sobre o<br />
interacionismo, a enunciação, o discurso/texto etc. para leitura/estudo dos<br />
profissionais da área. Portanto, os professores precisam analisar diversos livros<br />
didáticos, antes de a escola informar ao MEC a sua escolha.<br />
“Não nos desvinculamos do tradicional. Alguns professores têm<br />
passado pela teoria da enunciação ou sócio-interacionista, porém voltam ao<br />
tradicional por não encontrarem o respaldo na estrutura escolar, ou mesmo dos<br />
próprios colegas.”<br />
“A estrutura físico-pedagógica da escola enfatiza a prática<br />
tradicional”. Até dá para entender o fato de muitos professores manterem o<br />
apego a uma prática tradicional, o que vemos como um resquício de sua<br />
formação conservadora, mas não compreendemos por que afirmam que a<br />
estrutura escolar os leva a isso. Talvez considerem eles que o geralmente<br />
elevado número de alunos nas salas de aula, ou o espaço quem sabe<br />
inapropriado de que dispõem para suas aulas, ou a defasagem do acervo das<br />
bibliotecas, ou outras razões desconhecidas constituam empecilhos para um<br />
trabalho coerente com os pressupostos interacionistas. Porém, apesar disso,<br />
acreditamos na possibilidade de o professor dar a vez e a voz aos alunos na<br />
produção textual oral e escrita, de poder refletir com a turma toda sobre os<br />
textos produzidos em classe, de proporcionar situações de leitura em que os<br />
alunos, de forma compartilhada, apontem pistas que conduzam a significados<br />
e sentidos. Não temos dúvidas de que isso representa um grande desafio para<br />
196
o professor, dados os obstáculos que se interpõem em seu trabalho, mas nada<br />
é impossível a quem é comprometido com o ensino e a educação.<br />
Por outro lado, é animador o fato de a maioria dos professores<br />
reconhecer que, no atual contexto, a concepção/teoria que mais se presta ao<br />
processo de ensino e aprendizagem da língua é a interacionista ou da<br />
enunciação/discurso:<br />
“O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea,<br />
precisa estar comprometido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o<br />
processo da enunciação e do discurso, e sua prática deve estar relacionada a<br />
situações reais de comunicação.”<br />
“A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre<br />
sujeitos; as atividades de leitura e produção devem ser significativas,<br />
respondendo às questões: por quê? para quê? Importa ensinar o aluno a usar<br />
a língua e não a gramática.”<br />
Essas falas evidenciam que há professores dispostos a romper com<br />
a rotina e hábitos há muito instituídos, a repensar conceitos e valores<br />
educacionais, a ressignificar caminhos já abertos. Cabe a eles reconhecê-los,<br />
reinterpretá-los e recriá-los, dando significado à sua prática, encontrando<br />
razões para fazer isso, comprometendo-se com o que fazem.<br />
“O novo não nasce do nada, pois o ensino é um eterno processo de<br />
refazer o feito, de transformar o dado, de mudar a partir do existente, de<br />
entender e apreender o que até então não havia sido apreendido”.<br />
“O ensino de Língua Portuguesa tem como finalidade dar ao aluno<br />
condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem verbal e não-verbal,<br />
aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania. Visto que, é através<br />
da linguagem que nos reconhecemos como seres humanos, pois a<br />
comunicação, interação e a troca de experiências, permitem compreender<br />
melhor a realidade em que estamos inseridos e o nosso papel na sociedade.<br />
Considerando, a dimensão dialógica da linguagem, não podemos<br />
nos restringir apenas a linguagem escrita, mas integrá-la com outras<br />
modalidades de linguagem – como a oral, escrita, imagem, imagem em<br />
movimento, gráficos, infográficos e outro meio criado pelo homem.<br />
Sendo assim, a língua deve ser trabalhada como o resultado de um<br />
197
coletivo histórico, perpassando todas as áreas do agir humano, possibilitando<br />
uma perspectiva interdisciplinar, visando à formação de um ser humano<br />
expressivo, criativo, competente, crítico e transformador.<br />
2. Objetivos:<br />
Assumindo-se a concepção de língua como interação ou como<br />
discurso/texto que se efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo-se<br />
que o letramento seja, na presente diretriz, o fundamento do ensino da língua<br />
materna, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo:<br />
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo<br />
adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrir as<br />
intenções que estão “por trás” dos discursos do cotidiano,<br />
posicionando-se diante dos mesmos;<br />
• desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações<br />
discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-<br />
se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os<br />
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;<br />
• Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir<br />
sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de<br />
forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de<br />
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na<br />
organização do discurso ou texto;<br />
• Desenvolver as habilidades de analisar, interpretar e relacionar as<br />
informações recebidas;<br />
• Alicerçar o processo de ensino e aprendizagem da língua materna;<br />
• Opinar sobre fatos e ideias e assumir posições críticas;<br />
• Formar o aluno como cidadão consciente, agente e responsável;<br />
• Levar o aluno a expressar o seu saber, como ouvinte ativo das<br />
falas, de forma a desencadear a construção ( ou reconstrução) do<br />
conhecimento a ser desenvolvido ao longo tempo;<br />
198
• Interpretar os fatos do mundo, expressos através de<br />
acontecimentos, atitudes e manifestações formais de comunicação,<br />
bem como a capacidade de expressar juízos através de distintos<br />
meios e formas de comunicação;<br />
• Aplicar a descoberta do processo de formulação de meios de<br />
expressão, seu reconhecimento e sua relação com a expressão da<br />
cultura de uma sociedade ou de seus segmentos;<br />
• Conscientizar sobre o ato de comunicação seu valor social-<br />
individual, instrumento de auto-expressão e suas diversas formas;<br />
• Permitir que os alunos percebam que a linguagem é parte<br />
integrante de suas vidas dentro e, sobretudo fora da escola, que é<br />
instrumento indispensável, tanto para a aquisição de<br />
conhecimentos em quaisquer áreas do saber, como participação<br />
dos indivíduos nas mais diversas situações sociais de interlocução;<br />
• Interpretar fatos em seqüência lógico-temporal, bem como de<br />
auferir juízos interdisciplinares sobre fatos;<br />
• Contextualizar os fatos aprendidos nos textos, trazendo-os<br />
posteriormente à nossa realidade;<br />
• Conhecer e refletir sobre fatos importantes que marcaram a nossa<br />
história;<br />
• Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre<br />
entonação e ênfase;<br />
• Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de<br />
comunicação e argumentação orais;<br />
• Explorar a construção da narrativa (verbal e não-verbal);<br />
• Incorporar novas palavras a seu vocabulário;<br />
• Desenvolver estratégias de leitura: índices de previsibilidade,<br />
explicação do conteúdo implícito, levantamento de hipótese e<br />
relações de causa e consequência, de temporalidade e<br />
especialidade, transferência, síntese, generalização, tradução de<br />
símbolos, relações entre forma e conteúdo.<br />
199
3. Conteúdos:<br />
3.1. ENSINO FUNDAMENTAL<br />
• Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL<br />
• Conteúdos Básicos:<br />
6º ANO<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS:<br />
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,<br />
provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.<br />
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,<br />
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de<br />
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas<br />
fantásticas.<br />
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato<br />
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.<br />
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,<br />
entrevista, classificados, caricatura.<br />
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,<br />
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.<br />
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,<br />
debate, panfleto.<br />
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,<br />
regulamentos.<br />
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,<br />
rótulos/embalagens.<br />
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,<br />
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.<br />
LEITURA:<br />
200
- Tema do texto;<br />
- Interlocutor;<br />
- Finalidade;<br />
- Argumentos do texto;<br />
- Discurso direto e indireto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Léxico;<br />
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no<br />
texto , pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras<br />
de linguagem.<br />
ESCRITA:<br />
- Contexto de produção;<br />
- Interlocutor;<br />
- Finalidade no texto;<br />
- Informatividade;<br />
- Argumentatividade;<br />
- Discurso direto e indireto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Divisão do texto em parágrafos;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no<br />
texto, pontuação, recursos gráficas ( como aspas, travessão,negrito), figuras de<br />
linguagem;<br />
- Processo de formação de palavras;<br />
- Acentuação gráfica;<br />
- Ortografia;<br />
- Concordância verbal e nominal;<br />
ORALIDADE:<br />
- Tema do texto;<br />
- Finalidade;<br />
- Argumentos;<br />
- Papel do locutor e interlocutor;<br />
201
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos...;<br />
- Adequação do discurso ao gênero;<br />
- Turnos de fala;<br />
- Variações lingüísticas;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição,recursos semânticos.<br />
7º ANO:<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS:<br />
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,<br />
provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.<br />
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,<br />
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de<br />
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas<br />
fantásticas.<br />
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato<br />
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.<br />
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,<br />
entrevista, classificados, caricatura.<br />
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,<br />
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.<br />
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,<br />
debate, panfleto.<br />
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,<br />
regulamentos.<br />
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,<br />
rótulos/embalagens.<br />
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,<br />
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.<br />
LEITURA:<br />
- Tema do texto;<br />
- Interlocutor;<br />
202
- Finalidade do texto;<br />
- Argumentos do texto;<br />
- Contexto de produção;<br />
- Intertextualidade;<br />
- Informações explícitas e implícitas;<br />
- Discurso direto e indireto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Repetição proposital de palavras;<br />
- Léxico;<br />
- Ambiguidade;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no<br />
texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras<br />
de linguagem.<br />
ESCRITA:<br />
- Contexto de produção;<br />
- Interlocutor;<br />
- Finalidade do texto;<br />
- Informatividade;<br />
- Discurso direto e indireto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no<br />
texto, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito0 , figuras<br />
de linguagem;<br />
- Processo de formação de palavras;<br />
- Acentuação gráfica;<br />
- Ortografia;<br />
- Concordância verbal/nominal;<br />
ORALIDADE:<br />
- Tema do texto;<br />
- Finalidade;<br />
- Argumentos;<br />
203
- Papel do locutor e interlocutor;<br />
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos etc;<br />
- Adequação do discurso ao gênero;<br />
- Turnos de fala;<br />
- Variações lingüísticas;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição;<br />
- Semântica.<br />
8º ANO:<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS:<br />
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,<br />
provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,<br />
exposição oral,trava-línguas,<br />
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,<br />
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de<br />
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas<br />
fantásticas.<br />
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato<br />
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.<br />
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,<br />
entrevista, classificados, caricatura.<br />
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,<br />
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.<br />
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,<br />
debate, panfleto.<br />
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,<br />
regulamentos.<br />
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,<br />
rótulos/embalagens.<br />
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,<br />
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.<br />
204
LEITURA:<br />
- Conteúdo temático;<br />
- Interlocutor;<br />
- Intencionalidade do texto;<br />
- Argumentos do texto;<br />
- Contexto de produção;<br />
- Intertextualidade;<br />
- Vozes sociais presentes no texto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no<br />
texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);<br />
- Semântica;<br />
- operadores argumentativos;<br />
- ambiguidade;<br />
- sentido figurado;<br />
- expressões que denotam ironia e humor no texto.<br />
ESCRITA:<br />
- Conteúdo temático;<br />
- Interlocutor;<br />
- Intencionalidade do texto;<br />
- Informatividade;<br />
- Contexto de produção;<br />
- Intertextualidade;<br />
- Vozes sociais presentes no texto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;<br />
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no<br />
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;<br />
- Concordância verbal e nominal;<br />
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e<br />
sequenciação do texto;<br />
205
- Semântica:<br />
- operadores argumentativos;<br />
- ambiguidade;<br />
- significado das palavras;<br />
- sentido figurado;<br />
- expressões que denotam ironia e humor no texto;<br />
ORALIDADE:<br />
- Conteúdo temático;<br />
- Finalidade;<br />
- Argumentos;<br />
- Papel do locutor e interlocutor;<br />
-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual ,<br />
pausas...;<br />
- Adequação do discurso ao gênero;<br />
- Turnos de fala;<br />
- Variações linguísticas( lexicais, semânticas,prosódicas, entre outras);<br />
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;<br />
- Elementos semânticos;<br />
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,gírias,repetições, etc);<br />
- Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.<br />
9º ANO:<br />
GÊNEROS DISCURSIVOS:<br />
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,<br />
provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,<br />
exposição oral,trava-línguas,<br />
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,<br />
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de<br />
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas<br />
fantásticas.<br />
206
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato<br />
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.<br />
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,<br />
entrevista, classificados, caricatura.<br />
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,<br />
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.<br />
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,<br />
debate, panfleto.<br />
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,<br />
regulamentos.<br />
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,<br />
rótulos/embalagens.<br />
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, fotoblog,<br />
telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.<br />
LEITURA:<br />
- Conteúdo temático;<br />
- Interlocutor;<br />
- Intencionalidade do texto;<br />
- Argumentos do texto;<br />
- Contexto de produção;<br />
- Intertextualidade;<br />
- Discurso ideológico presente no texto;<br />
- Vozes sociais presente no texto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;<br />
- Progressão referencial no texto;<br />
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no<br />
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas , travessão, negrito;<br />
- Semântica :<br />
- operadores argumentativos;<br />
- polissemia;<br />
- expressões que denotam ironia e humor no texto.<br />
207
ESCRITA:<br />
- conteúdo temático;<br />
- Interlocutor;<br />
- Intencionalidade do texto;<br />
- Informatividade;<br />
- Contexto de produção;<br />
- Intertextualidade;<br />
- Vozes sociais presentes no texto;<br />
- Elementos composicionais do gênero;<br />
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;<br />
- Partículas conectivas;<br />
- Progressão referencial no texto;<br />
- Marcas linguística:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,<br />
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;<br />
- Sintaxe de concordância;<br />
- Sintaxe de regência;<br />
- Processo de formação de palavras;<br />
- Vícios de linguagem;<br />
- Semântica:<br />
- operadores argumentativos;<br />
- modalizadores;<br />
- polissemia;<br />
ORALIDADE:<br />
- Conteúdo temático;<br />
- Finalidade;<br />
- Argumentos;<br />
- Papel do locutor e interlocutor;<br />
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,corporal e<br />
gestual,pausas...;<br />
- Adequação do discurso ao gênero ;<br />
- Turnos de fala;<br />
- Variações linguísticas( lexicais,semânticas,prosódicas entre outras);<br />
- Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;<br />
208
- Semântica;<br />
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);<br />
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.<br />
3.2. ENSINO MÉDIO<br />
• Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL<br />
• Conteúdos Básicos:<br />
Gêneros discursivos: Anedotas; Bilhetes; Carta Pessoal; Cartão ; Cartão<br />
Postal ; Causos ; Convites ; Autobiografia ; Biografias ; Contos ; Contos de<br />
Fadas Contemporâneos ; Crônicas de Ficção ; Fábulas ; Fábulas<br />
Contemporâneas ; Histórias em Quadrinhos ; Lendas ; Literatura de Cordel ;<br />
Memórias ; Cartazes ; Diálogo/Discussão Argumentativa ; Exposição Oral ;<br />
Palestra ; Pesquisas ; Anúncio de Emprego ; Artigo de Opinião ; Carta ao Leitor ;<br />
Cartum ; Charge ; Crônica Jornalística ; Anúncio ; Comercial para TV ; E-mail ;<br />
Folder ; Fotos ; Slogan ; Debate ; Bulas; Placas; Blog ; Desenho Animado;<br />
E-mail; Filmes.<br />
Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-<br />
brasileira e africana; Indígena, Meio Ambiente, Educação para o Trânsito,<br />
Educação Fiscal e Qualidade de Vida: - Leitura e análise de textos variados:<br />
narrativos (curtos e longos; obras literárias, textos científicos e informativos );<br />
- Leitura de textos de diferentes fontes ( fascículos, revistas, livros de consulta,<br />
didáticos, etc); - Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e<br />
filmes;<br />
Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do<br />
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com<br />
os conteúdos específicos: - Produção de cartazes Anúncios, slogans, folhetos; -<br />
Elaboração de cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões ( de<br />
aniversário, natal, etc.) convites, diários (pessoais da classe, de viagem, etc.);<br />
Produção de quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis:<br />
209
títulos, notícias, resenhas, classificados, etc.<br />
Relatos: (histórias de vida, históricos), textos de enciclopédia, verbetes de<br />
dicionários; - Adaptação de um conto para o teatro; - Produção de textos<br />
diversos.<br />
Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento<br />
de prática avaliativa: - Repetição oral de enunciados; - Seminários, palestras; -<br />
Entrevistas, debates, notícias, anúncios ( via rádio e TV); - Dramatização de<br />
textos Teatrais; - Apresentações de trabalhos em feiras escolares; - Exposição<br />
de textos de outras áreas e normativos, tais como estatutos, declarações de<br />
direitos, e de textos de diferentes fontes ( fascículos, revistas, livros de<br />
consulta, didáticos, etc.); - Depoimentos sobre situações significativas vividas<br />
pelo aluno;<br />
1ª Série:<br />
- Variedades linguísticas: A comunicação e o contexto discursivo: - O que é<br />
linguagem; Linguagem formal: a norma culta; - Linguagem informal: gírias,<br />
dialetos, regionalismos<br />
- Linguagem verbal e não- verbal: - Charge, H.Q., cartão postal, placas de<br />
trânsito, telas; - Ironia e hipérbole;<br />
- O texto não- literário: A linguagem denotativa e a função referencial no texto<br />
em prosa: - Texto informativo; - Coesão e coerência textual; - Elipse e<br />
pleonasmo vicioso<br />
- O texto literário: Linguagem conotativa e a função poética no gênero lírico: - A<br />
poesia; - Versos brancos e rimados; - Versos livres e medidos; - Soneto, trova; -<br />
Metáfora e comparação; - Produção escrita com base nos conhecimentos sobre<br />
texto literário e não-literário<br />
- Ambiguidades e seus efeitos de sentidos: - Texto informativo: Objetividade e<br />
clareza; -Texto publicitário (propaganda, anúncios): A função denotativa,<br />
subjetividade, argumentação e persuasão; - O substantivo, o artigo e o adjetivo<br />
na construção do texto: - Ordem das palavras; -Concordância nominal; -<br />
Sujeito; - Descrição de personagens e ambientes: - Palavras referenciais:<br />
Pronomes pessoais, possessivos, de tratamento e demonstrativos<br />
210
2ª Série<br />
- O conto: A estrutura e os elementos da narrativa: personagens, narrador,<br />
espaço, tempo; - A função metalinguística;<br />
- O nacionalismo ufanista dos românticos e o nacionalismo crítico dos<br />
modernistas: - Intertextualidade: A paródia - releitura crítica; - A prosopopeia: o<br />
dinamismo da natureza;<br />
-O léxico da língua: - Sinônimos e escolha lexical;<br />
- Vários sentidos da mesma palavra – a polissemia;<br />
- Criação de novas palavras – a derivação e a composição;<br />
- Empréstimos linguísticos – o estrangeirismo;<br />
- Neologismos;<br />
- As várias vozes presentes no texto: discurso direto e indireto;<br />
Produção de texto narrativo; - Produção de texto poético;<br />
As implicações sintáticas no contexto discursivo:<br />
- Sujeito e predicado<br />
- A transitividade verbal<br />
- Predicativo do sujeito<br />
A hierarquia das palavras:<br />
- A relação entre as palavras, entre os termos da oração e entre as orações de<br />
um texto.<br />
- Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros discursivos: crônica,<br />
romance, texto dramático, notícia, poesia;<br />
- Estratégias de ficcionais curtos e longos;<br />
- Ideia central e informações implícitas do texto;<br />
- Confronto de ideias contidas num texto;<br />
- Análise dos textos lidos: nível estrutural, coesão, coerência, nível semântico;<br />
- Sentido lógico e sentido abstrato das palavras.<br />
- Relato de fatos do cotidiano<br />
- Debates relacionados à realidade dos alunos, como subsídios para a escrita,<br />
pesquisa e apresentação de seminários.<br />
Escrita<br />
- Prática de Produção de texto;<br />
- Texto narrativo e dissertativo;<br />
211
3ª Série<br />
- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase<br />
A oração e seus termos: - O verbo na constituição do predicado<br />
- Termos da oração que se referem ao verbo: Objetos, adjunto adverbial e<br />
agente da passiva; - Termos da oração que se referem ao nome: Complemento<br />
nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.<br />
- O parágrafo dissertativo: Opinião crítica<br />
Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -<br />
Conjunções subordinativas; Orações subordinadas substantivas, adjetivas e<br />
adverbiais<br />
Análise dos neologismos, dos arcaísmos; Análise da prosa metafórica; Discurso<br />
indireto livre; - Fluxo da consciência<br />
- Interpretação e produção de textos;<br />
- Orações subordinadas na construção do texto: - Orações subordinadas<br />
substantivas, adjetivas e adverbiais, - termos da oração que se referem ao<br />
nome: Complemento nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.;<br />
- Acentuação: acordo ortográfico;<br />
- Concordância verbal e nominal;<br />
- Vanguardas européias;<br />
- Semana da Arte Moderna<br />
- Modernismo – 1ª, 2ª e 3ª fase;<br />
- Produção de crônicas<br />
- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase<br />
- Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -<br />
Conjunções subordinativas<br />
- O texto dissertativo: - Tese, argumentação e o esquema-padrão; -<br />
Objetividade e subjetividade; - Coesão e coerência das ideias.<br />
4. Metodologia:<br />
O objetivo do ensino da Língua é muito claro: trabalhar a língua como<br />
prática social de interação, com propostas que contextualizam as atividades de<br />
212
ensino em situações de uso com finalidades específicas, interlocutores reais e<br />
textos de circulação no meio social. Logo, o aluno não deve apenas saber ler e<br />
escrever, mas ser proficiente no uso social da língua, falando ou escrevendo. E<br />
cabe à escola proporcionar o maior número de conhecimentos necessários para<br />
que ele possa participar plenamente da sociedade. Isso implica no uso efetivo<br />
da linguagem. Para tanto é fundamental que as práticas de uso da linguagem,<br />
isto é, as atividades de leitura e compreensão de textos, de produção escrita e<br />
de compreensão oral, em que situações contextualizadas sejam norteadoras do<br />
Plano de Trabalho Docente. Sempre destacando que as práticas de reflexão<br />
sobre a língua e a linguagem assim como a construção correlata de<br />
conhecimentos linguísticos e a descrição gramatical devem se exercer sobre os<br />
textos e os discursos, na medida em que se façam necessárias e significativas<br />
para a construção dos sentidos. E para o alcance desses propósitos, são<br />
necessários procedimentos metodológicos bem definidos, que serão<br />
enriquecidos segundo as práticas pedagógicas:<br />
Leitura e oralidade, promoção da qualidade da leitura, com grande quantidade<br />
de textos de gêneros variados (buscando representar o mundo social e cultural<br />
do aluno com temas de seu interesse e questões sociais); atividades com<br />
textos que compõem de imagem e texto verbal; exploração de aspectos<br />
semânticos e discursivo do texto, elaboração de inferências, compreensão<br />
global e intertextual; seções de leitura oral pelo professor e pelos alunos,<br />
debates e apresentações orais dos resultados da produção escrita, leitura<br />
compartilhada, apresentações de grupos.<br />
Conhecimentos linguísticos: realização de atividades de conscientização<br />
linguística, trabalhados em seções destinadas ao exame dos recursos nos<br />
textos lidos e ao vocabulário, estudo da morfologia e a sintaxe contemplados<br />
em um trabalho consistente de reflexão linguística voltado para o domínio das<br />
variedades da língua entre elas, a padrão.<br />
Produção de texto: trabalho com leitura (discussões sobre tema, gênero e<br />
recursos linguísticos) que propiciarão proposição de diversidade de tipos de<br />
textos, gêneros e registros nas produções, criação de situações reais de<br />
produção, socialização dos textos produzidos, produções coletivas, promoção<br />
213
de atividades orais com dinâmica de grupo, organização de eventos (a partir<br />
da motivação dada pela produção de texto).<br />
Enfim, a metodologia deve ser considerada construtivo-reflexiva e levar o<br />
aluno a refletir sobre dados, fatos, textos diversos, para posteriormente inferir,<br />
com base em análise devidamente orientada pelo professor e/ou pelo material<br />
didático, o conhecimento em questão. O processo deve possibilitar que o<br />
próprio aluno seja capaz de sistematizar os conhecimentos construídos<br />
historicamente, demonstrando, assim o que aprendeu.<br />
A seleção de conteúdos deve considerar como um sujeito de um<br />
processo histórico, social detentor de um repertório linguístico que precisa ser<br />
considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. O<br />
trabalho com os conteúdos partirá da exploração de diversos gêneros textuais<br />
que propiciarão a exposição do educando a língua dentro de um contexto,<br />
possibilitando a análise e estudo de sua estrutura, servindo também como<br />
ponte para criar a interação entre as habilidades em cada contexto.<br />
O professor dessa disciplina estará atento ao cumprimento da Lei<br />
10.639/03 que trata da História da Cultura Afro-Brasileira e Africana; da Lei<br />
11.645/08 sobre a Cultura Indígena a Lei 9.795/99 a Educação Ambiental a Lei<br />
9795/99 e sobre o Direito da Criança e do Adolescente . É necessário que o<br />
aluno internalize que a língua é instrumento de poder e que saiba utilizá-la<br />
como tal, por isso, deverá conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente<br />
valorizados da língua e os saberes culturais e sociais historicamente<br />
construídos.<br />
5. Avaliação:<br />
A avaliação não deve ser entendida como forma de julgar o sucesso ou<br />
fracasso do aluno. É preciso ter em mente que a avaliação não recai somente<br />
sobre a aprendizagem dos alunos. Ela fornece ao professor os elementos<br />
necessários para que reflita sobre sua prática pedagógica. Logo, a avaliação é<br />
compreendida, como um procedimento cuja função é unificar a aprendizagem<br />
e o ensino. Ela deve ser dinâmica, deve ocorrer durante todo o processo de<br />
ensino e aprendizagem, no tocante aos textos escritos, que são os referencias<br />
214
do trabalho docente, devem ser avaliados sob três perspectivas: a da interação<br />
discursiva, a do nível de textualidade, a da utilização dos padrões ortográficos<br />
e morfossintáticos da escrita. Em relação à leitura, deve-se enfocar a<br />
capacidade de atribuir sentido ao texto, apresentar pontos de vista, opiniões<br />
críticas, realizar inferências e reconhecer a intertextualidade. Quanto à<br />
oralidade é relevante avaliar a capacidade do aluno planejar a fala, ajustar o<br />
texto à variedade linguística adequada, falar, escutar e refletir, percebendo<br />
que a linguagem oral possui níveis que vão do mais informal ao mais formal.<br />
No processo avaliativo deve-se atentar para o processo da temporalidade da<br />
aprendizagem principalmente quando se tratar de alunos incluídos. Para isso,<br />
são necessários critérios avaliativos, claramente definidos e de real<br />
aplicabilidade.<br />
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o<br />
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano<br />
letivo.<br />
Formas de avaliação - a formativa, a somativa e diagnóstica – servem<br />
para diferentes finalidades. Em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o<br />
professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados e<br />
selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.<br />
A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos,<br />
prioritariamente aos com aproveitamento insuficiente no decorrer do processo<br />
ensino/aprendizagem. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-<br />
aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos. Será<br />
oferecida a todos os alunos com média inferior a da aprovação e/ou aqueles<br />
que quiserem usufruí-la. Sendo ofertada ao aluno as oportunidades possíveis<br />
pelo estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não<br />
aprendidos. Entre a nota da avaliação e a da recuperação , prevalecerá<br />
sempre a maior .<br />
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos<br />
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de<br />
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de<br />
215
novos instrumentos de avaliação.<br />
6. Referências:<br />
CÓCCO, M.F.& HAILER, M. A. – Alp- Análise , Linguagem e Pensamento –<br />
São Paulo:FTD, 1997.<br />
GASPARIN, J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.São<br />
Paulo :Editora Autores Associados , 2002.<br />
LIMA, E. S. Avaliação, educação e formação humana. Cap.2.<br />
OLIVEIRA, T. A., BERTOLIN, R., SILVA, A.S. .Tecendo Textos- Ensino de Língua<br />
Portuguesa Através de <strong>projeto</strong>s . S.P:IBEP,2002.<br />
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de<br />
Língua Portuguesa - Secretaria de Estado da Educação. 2008.<br />
TEIXEIRA, Patrícia Moreli.Ateliê da palavra: Atividade de redação . São<br />
Paulo.Quinteto Editorial,1998<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
MATEMÁTICA<br />
A matemática se desenvolveu ao longo da história da<br />
humanidade e está em constante evolução e se aperfeiçoando ao longo dos<br />
tempos. Estando ciente que a Matemática estudada e ensinada hoje é produto<br />
das idéias e contribuições construídas historicamente, é sempre possível<br />
rediscutir conceitos, modificar pontos de vista sobre assuntos conhecidos e<br />
propor outros, apresentando-se assim como uma ciência viva, como afirma<br />
D’AMBRÓSIO:<br />
[...]“Para situar a matemática como uma manifestação cultural<br />
216
de todos os povos em todos os tempos, como a linguagem, os costumes, os<br />
valores, as crenças e os hábitos, e como tal diversificada nas suas origens e na<br />
sua evolução”.<br />
Estudiosos defendem que a matemática teria surgido de<br />
necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o<br />
levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (comércio,<br />
dinheiro). Outros já definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma<br />
classe de sacerdotes ou de rituais religiosos.<br />
Na origem do ensino da Matemática, a educação ministrada de<br />
forma clássica, o homem estava reduzido a contar números, memorizar e<br />
repetir. Tempos depois o ensino foi voltado às atividades práticas que<br />
contribuíram para uma fase de progressos, ocorrendo à valorização,<br />
popularização e inclusão do ensino da matemática nos estudos.<br />
A matemática passou a ser considerada como um saber<br />
dinâmico prático criando possibilidades de trocas de conhecimentos, pois é<br />
imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que<br />
compreenda conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e<br />
comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde situações<br />
problemas com segurança.<br />
As relações que surgem entre professor - matemática - aluno,<br />
dentro da realidade em que estão inseridos, é que fundamenta a educação<br />
matemática da escola e desenvolva uma concepção de matemática que<br />
permita a todo, o acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos,<br />
como uma condição necessária para participarem e interferirem na sociedade<br />
em que vivem.<br />
Ao ensinar matemática devemos abordar seus conteúdos<br />
curriculares de forma que os mesmos tenham significado no cotidiano do aluno<br />
e aja articulação entre eles, e com as outras disciplinas. Portanto, devemos<br />
buscar maneiras diferentes para conseguirmos atingir os nossos objetivos para<br />
formar futuros cidadãos conscientes.<br />
“É necessário que o processo <strong>pedagógico</strong> em matemática<br />
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,<br />
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e<br />
217
interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.”<br />
(PARANÁ, 2008, P.49).<br />
O objeto de estudo, ainda em construção, tem relação direta na<br />
prática pedagógica envolvendo e centralizando o ensino, a aprendizagem e o<br />
conhecimento matemático, com abordagens que envolvem estudo que busque<br />
a compreensão de como o aluno compreende e se apropria da Matemática<br />
“concebida como um conjunto de resultados e métodos, procedimentos,<br />
algoritmos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70 apud PARANÁ, 2008, p.48).<br />
O conhecimento matemático não pode ser tratado como um<br />
conjunto de fatos e definições isoladas e conclusivas. Sempre haverá outras<br />
descobertas e conexões entre os vários conhecimentos que são fundamentais<br />
para que os alunos possam compreender a evolução da matemática até sua<br />
presença nos dias de hoje. Dessa forma, ao concluir seus estudos<br />
matemáticos, a expectativa é que o aluno seja capaz de reconhecer os<br />
conhecimentos matemáticos como ferramenta que estimule a curiosidade, a<br />
investigação e os meios para compreender e utilizá-los em situações<br />
problemas e na transformação de sua realidade. Enfim, busca-se, através do<br />
conhecimento matemático, estimular o aluno para que construa valores e<br />
atitudes de natureza diversas, visando a formação integral do mesmo.<br />
2. Conteúdos:<br />
6º ANO:<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
NÚMEROS E ÁLGEBRA<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
• Sistemas de numeração;<br />
• Números Naturais;<br />
• Múltiplos e divisores;<br />
• Potenciação e<br />
radiciação;<br />
• Números fracionários;<br />
• Números decimais.<br />
218
7º ANO:<br />
GRANDEZAS E MEDIDAS<br />
GEOMETRIAS<br />
TRATAMENTO DE<br />
INFORMAÇÃO<br />
• Medidas de<br />
comprimento;<br />
• Medidas de massa;<br />
• Medidas de área;<br />
• Medidas de volume;<br />
• Medidas de tempo;<br />
• Medidas de ângulos;<br />
• Sistema monetário.<br />
• Geometria Plana;<br />
• Geometria Espacial.<br />
• Dados, tabelas e<br />
gráficos;<br />
• Porcentagem.<br />
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
NÚMEROS E ÁLGEBRA<br />
• Números Inteiros;<br />
• Números Racionais;<br />
• Equação e Inequação do<br />
1º grau;<br />
• Razão e proporção;<br />
• Regra de três simples.<br />
GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de<br />
GEOMETRIAS<br />
Temperaturas;<br />
• Medidas de Ângulos.<br />
• Geometria Plana;<br />
• Geometria Espacial;<br />
Geometrias Não-<br />
219
8º ANO:<br />
TRATAMENTO DE<br />
INFORMAÇÃO<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
NÚMEROS E ÁLGEBRA<br />
GRANDEZAS E MEDIDAS<br />
GEOMETRIAS<br />
TRATAMENTO DE<br />
INFORMAÇÃO<br />
Euclidianas.<br />
• Pesquisa Estatística;<br />
• Média Aritmética;<br />
• Moda e Mediana;<br />
• Juros Simples.<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
• Números Racionais e<br />
Irracionais;<br />
• Sistemas de Equações<br />
do 1º grau;<br />
• Potências;<br />
• Monômios e Polinômios;<br />
• Produtos Notáveis.<br />
• Medidas de<br />
comprimento;<br />
• Medidas de área;<br />
• Medidas de volume;<br />
• Medidas de ângulos.<br />
• Geometria Plana;<br />
• Geometria Espacial;<br />
• Geometria Analítica;<br />
• Geometrias Não-<br />
Euclidianas.<br />
• Gráficos e Informação;<br />
• População e Amostra.<br />
220
9º ANO:<br />
CONTEÚDOS<br />
ESTRUTURANTES<br />
NÚMEROS E ÁLGEBRA<br />
GRANDEZAS E MEDIDAS<br />
FUNÇÕES<br />
GEOMETRIAS<br />
TRATAMENTO DE<br />
INFORMAÇÃO<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS<br />
• Números Reais;<br />
• Propriedades dos<br />
radicais;<br />
• Equação do 2o grau;<br />
• Teorema de Pitágoras;<br />
• Equações Irracionais;<br />
• Equações Biquadradas;<br />
• Regra de Três Composta.<br />
• Relações Métricas no<br />
Triângulo Retângulo;<br />
• Trigonometria no<br />
Triângulo Retângulo.<br />
• Noção Intuitiva de<br />
Função Afim;<br />
Noção Intuitiva de<br />
Função Quadrática.<br />
• Geometria Plana;<br />
• Geometria Espacial;<br />
• Geometria Analítica;<br />
• Geometrias Não-<br />
Euclidianas.<br />
• Noções de Análise<br />
Combinatória;<br />
• Noções de<br />
Probabilidade;<br />
• Estatística;<br />
Juros Compostos.<br />
221
ENSINO MÉDIO:<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:<br />
-Números e Álgebra<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
- Números Reais;<br />
- Números Complexos;<br />
- Sistemas Lineares;<br />
- Matrizes e Determinantes;<br />
- Polinômios;<br />
- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:<br />
- Grandezas e Medidas<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
- Medidas de Área;<br />
- Medidas de Volume;<br />
- Medidas de Grandezas Vetoriais;<br />
- Medidas de Informática;<br />
- Medidas de Energia;<br />
- Trigonometria.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:<br />
- Funções<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
- Função Afim;<br />
- Função Quadrática;<br />
- Função Polinomial;<br />
- Função Exponencial;<br />
- Função Logarítmica;<br />
- Função Trigonométrica;<br />
- Função Modular;<br />
- Progressão Aritmética;<br />
- Progressão Geométrica.<br />
222
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:<br />
- Geometrias<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
- Geometria Plana;<br />
- Geometria Espacial;<br />
- Geometria Analítica;<br />
- Geometrias não-euclidianas.<br />
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:<br />
- Tratamento da Informação<br />
CONTEÚDOS BÁSICOS:<br />
- Análise Combinatória;<br />
- Binômio de Newton;<br />
- Estudo das Probabilidades;<br />
- Estatística;<br />
- Matemática Financeira.<br />
3. Metodologia:<br />
Entre o mundo globalizado e a real condição de vida do aluno,<br />
está a escola. Nesse contexto a matemática deve se apresentar como um elo<br />
entre o real e o globalizado sendo um importante instrumento na formação e<br />
apreensão dos conhecimentos matemáticos como meios para compreender e<br />
transformar o mundo a sua volta. Este vínculo entre a matemática, escola e a<br />
realidade do aluno, apresenta-se da seguinte forma:<br />
A iniciação de um conceito matemático deve ser iniciada através de<br />
situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já<br />
tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a<br />
escola promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado.<br />
(PARANÁ 1990).<br />
O saber escolar se apresenta nos conteúdos das disciplinas.<br />
Assim a aprendizagem matemática se organiza na constante construção do<br />
currículo, a partir dos conteúdos chamados estruturantes que são considerados<br />
de grande amplitude. A partir dos conteúdos estruturantes organizam-se os<br />
conteúdos básicos que perpassam por todas as séries. Assim as articulações<br />
desses conteúdos fundamentados às teorias metodológicas fazem parte da<br />
223
proposta pedagógica curricular (PPC) da escola. Posteriormente o professor<br />
elabora seu plano de trabalho docente onde constarão os conteúdos<br />
específicos a serem trabalhados por turmas e nos bimestres que serão<br />
abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática<br />
que fundamenta a prática docente, que são: resolução de problemas;<br />
modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática; história da<br />
matemática; investigações matemáticas.<br />
Como o processo ensino aprendizagem não se esgota em si<br />
mesmo, a articulação entre as tendências deve ser utilizada, além de<br />
ferramentas e equipamentos, tais como:<br />
materiais manipulativos (tampinhas, palitos, barbantes,<br />
fichas, cartões, papéis cartões, cartolina, recortes);<br />
esquadros, tesoura;<br />
milimetrado);<br />
materiais de construção ( régua, compasso, transferidor,<br />
dobraduras, recortes, embalagens , fita métrica, trena, papel<br />
mídias (internet via laboratório Paraná Digital, vídeos, TV<br />
pendrive, rádio, aparelho de som);<br />
instrumentos de cálculo (calculadora, computadores);<br />
jogos ( encontrados à venda pela indústria que auxilie em<br />
processos de aprendizagem como também a confecção dos mesmos como os<br />
dados, a trilha, pentaminós, tangram etc.);<br />
publicações (jornais, revistas, livros didáticos, paradidáticos,<br />
de apoio, panfletos de propaganda);<br />
publicidade ( panfletos de propagandas diversos, banners).<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios<br />
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em<br />
Matemática serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,<br />
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Prevenção ao Uso<br />
Indevido de Drogas, Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação<br />
Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, Direitos das<br />
Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07, Agenda 21 Escolar, sempre que<br />
houver abertura no contexto dos conteúdos.<br />
224
4. Avaliação:<br />
A avaliação se dará de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e<br />
processual, através de resolução de exercícios e participação em todas as<br />
atividades propostas.<br />
A apropriação do conhecimento será verificada através de interpretações<br />
de textos matemáticos (problemas) a fim de diagnosticar se os objetivos<br />
propostos estão sendo atingidos pelo educando, norteando assim novas<br />
práticas a serem desenvolvidas.<br />
A recuperação de conteúdos ocorrerá no momento em que for constatado<br />
o não aproveitamento satisfatório do processo de ensino, significando então,<br />
um procedimento paralelo da intervenção pedagógica, buscando realimentar o<br />
processo de aprendizagem até o nível de rendimento escolar significativo, ou<br />
seja, mensurado numa escala igual ou preferencialmente,superior a 6,0 (seis).<br />
A educação matemática como ciência elaborada pelos homens em<br />
constantes modificações, nos leva a pensar a avaliação não como resultado de<br />
um único elemento a ser considerado, mas sim a observação de todo o<br />
processo de construção desse conhecimento, sendo necessária uma<br />
observação sistemática, que nos leva a avaliação diagnóstica. (PARANÁ 1990).<br />
Assim a função diagnóstica da avaliação irá subsidiar o professor para a<br />
retomada do trabalho, identificando qual conhecimento o aluno traz como<br />
referencial e a partir daí conseguirá identificar quais processos não foram<br />
atingidos, e mediar a aprendizagem. Como afirma Vigotsky:<br />
[...] a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma<br />
determinar através da solução independente de problemas, e o nível de<br />
desenvolvimento potencial, determinado através da solução de<br />
problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com<br />
companheiros mais capazes”.(VIGOTSKY,1998).<br />
Para tanto alguns critérios devem orientar as atividades<br />
avaliativas propostas possibilitando verificar se o aluno:<br />
(BURIASCO, 2004);<br />
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito<br />
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;<br />
225
matemático;<br />
estimulado a:<br />
matemática;<br />
solução dos problemas;<br />
dificuldades;<br />
elabora um plano de possibilite a solução do problema;<br />
encontra meios diversos para a resolução de um problema<br />
realiza o retrospecto da solução de um problema.<br />
Sendo necessário que no processo <strong>pedagógico</strong>, o aluno deve ser<br />
parte de situações-problema internas ou externas à<br />
pesquisa acerca de conhecimentos que possam auxiliar na<br />
elabora conjecturas, faz afirmações sobre elas e as testa;<br />
persevera na busca de soluções, mesmo diante de<br />
sistematiza o conhecimento construído a partir da solução<br />
encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as<br />
condições particulares;<br />
linguagem adequada;<br />
NOGUEIRA, 2006, p. 29).<br />
socializa os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma<br />
argumenta a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &<br />
Ressaltando que os resultados de uma avaliação devem servir<br />
para aprimorar o processo ensino aprendizagem e ajudar a todos os alunos a<br />
se apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham<br />
consciência dessa cidadania, a avaliação deve ser vista como afirma Micotti in<br />
Bicudo, 1999: “Os novos procedimentos didáticos envolvem mudanças na<br />
avaliação. Os erros deixam de indicar fracasso dos alunos, passam a constituir<br />
fontes de informação que o professor com o objeto de estudo.”<br />
Se o aluno de hoje é ativo e questionador, mas não se apropria<br />
de princípios matemáticos elementares faz-se necessário questionar e refletir o<br />
porque dessa situação e podemos fazê-lo através das palavras de Vigotsky<br />
(2000, p.247):<br />
[...] “a experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de<br />
226
conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril. O<br />
professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir senão<br />
uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e simples que<br />
estimula e imita existência dos respectivos conceitos na criança, mas, na<br />
prática, esconde o vazio”.<br />
Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra<br />
capta mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de<br />
qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento assimilado. No<br />
fundo, esse método puramente escolástico de ensino, substitui a apreensão do<br />
conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios.<br />
A matemática envolve uma permanente procura da verdade. É<br />
rigorosa e precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos, ainda<br />
hoje se mantenham válidas e úteis, mesmo assim continua a se modificar e a<br />
se desenvolver. Portanto este deve ser o espírito dessa disciplina e não como<br />
uma regra imutável, finalizada, sem questionamentos e assim também o papel<br />
do professor quando avalia o ensino e aprendizagem de matemática.<br />
Os instrumentos de avaliação serão definidos conforme os<br />
conteúdos e as metodologias aplicadas para avaliar os critérios estabelecidos.<br />
São instrumentos utilizados: trabalho individual e em grupo, provas, leitura e<br />
interpretação de situações problemas, gráficos, pesquisas e etc. A recuperação<br />
é um direito de todos os alunos independentemente do nível de aquisição de<br />
conhecimentos ou rendimento escolar. Ocorre concomitante ao processo<br />
ensino aprendizagem e sua sistematização se faz após o efetivo trabalho de<br />
retomada dos conteúdos não assimilados através de provas e trabalhos em<br />
grupo.<br />
5. Referências:<br />
BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e<br />
perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.<br />
BORBA, M.C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 3. ed.<br />
Belo Horizonte: Autêntica, 2003.<br />
227
CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo, Cortez,<br />
1992.<br />
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. São<br />
Paulo: Ática, 1991.<br />
D’AMBRÓSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e<br />
matemática. São Paulo: Summus, 1986.<br />
IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. 3. ed. São Paulo:<br />
Globo, 1989.<br />
JUNIOR, J.R.G. A conquista da matemática. 1. ed. São Paulo: FTD, 2009.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Matemática para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.<br />
Curitiba: 2008.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino<br />
Médio. LDP: Livro Didático Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006.<br />
RIBEIRO, J.S. Matemática - Projeto Radix - Raiz do conhecimento. 1. ed. São<br />
Paulo: Scipione, 2010.<br />
SOUZA, J.R; PATARO, P. R. M; Vontade de Saber Matemática. 1. ed, São Paulo:<br />
FTD, 2009.<br />
VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.<br />
______. A construção do pensamento e da linguagem; tradução Paulo<br />
Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.<br />
TEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e<br />
realidade. São Paulo: Atual, 2000.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
QUÍMICA<br />
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a<br />
capacidade de resolução de problemas, o que implica na necessidade de<br />
228
vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está<br />
inserido, tendo em vista a sua formação para que sejam capazes de se<br />
apropriar de saberes de maneira crítica e ética.<br />
O ensino de química apresenta como objeto de estudo Substâncias e<br />
Materiais; deverá estar voltado para as atividades humanas, onde a partir da<br />
aprendizagem em sala de aula e do cotidiano, o aluno poderá articular seu<br />
conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,<br />
desenvolvendo suas habilidades básicas, que o caracterizam como cidadão:<br />
participação e julgamento.<br />
Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica, significa<br />
dar vez aos alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor,<br />
mas para que expressem sua própria visão de mundo e sua capacidade de<br />
tomada de decisão, propiciando situações em que eles serão estimulados a<br />
emitir opinião, propor soluções, usando o juízo de valores.<br />
2. Objetivos:<br />
• Reconhecer e compreender a linguagem de símbolos, gráfica,<br />
iconográfica e tabeladas utilizadas na química e interconverter<br />
informações entre as linguagens;<br />
• Identificar, obter, selecionar e utilizar as informações disponíveis nas<br />
diversas fontes de consultas;<br />
• Compreender os fatos, selecionar as idéias e aplicar os conceitos na<br />
resolução de problemas e situações do cotidiano;<br />
• Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo industrial e rural;<br />
• Utilizar-se de estudos prospectivos na avaliação de acidentes e desastres<br />
ambientais;<br />
• Avaliar abusos e situações de riscos e exigir o cumprimento das leis de<br />
modo a garantir os direitos individuais e coletivos da geração<br />
contemporânea e das futuras gerações;<br />
• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;<br />
• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica<br />
229
(lógico-formal);<br />
• Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, compreender<br />
relações proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);<br />
• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em<br />
Química: gráficos,tabelas e relações matemáticas;<br />
• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias,<br />
modelos) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em<br />
Química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes;<br />
• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à<br />
Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes;<br />
• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões<br />
acerca das transformações químicas;<br />
• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico<br />
da Química e aspectos sócio-<strong>político</strong>-culturais;<br />
• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e<br />
coletiva do ser humano com o ambiente;<br />
• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no<br />
desenvolvimento da Química e da tecnologia.<br />
3. Conteúdos:<br />
ESTRUTURANTES:<br />
São aqueles que identificam e organizam e organizam os campos<br />
de estudos da disciplina, considerados fundamentais para a compreensão de<br />
seu objeto de estudo e ensino.<br />
Matéria e sua natureza<br />
Biogeoquímica<br />
Química sintética<br />
A- Matéria e sua natureza ,dá início ao trabalho <strong>pedagógico</strong> da<br />
disciplina de Química por se tratar especificamente do seu objeto de estudo. É<br />
o conteúdo que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais<br />
conteúdos estruturantes.<br />
230
B- Biogeoquímica , dentro da Biogeoquímica procuramos entender<br />
as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera,<br />
sua propriedade e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou<br />
interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.<br />
C- Química Sintética ,tem sua origem na síntese de novos produtos e<br />
materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria<br />
alimentícia (conservantes, aromatizantes, acidulantes, edulcorantes), dos<br />
fertilizantes e agrotóxicos.<br />
BÁSICOS:<br />
Matéria<br />
Solução<br />
Velocidade das Reações<br />
Equilíbrio Químico<br />
Ligação Química<br />
Reações Químicas<br />
Radioatividade<br />
Gases<br />
Funções Químicas<br />
4. Metodologia:<br />
A Química estando ligada diretamente à vida e terá sempre um<br />
papel essencial na formação do aluno. Cabe ao professor, através das mais<br />
variadas atividades, como: pesquisas, debates, atividades em grupos,trabalho<br />
com tabelas periódicas, aulas de laboratório, recursos audiovisuais e outros,<br />
colocar o aluno em contato com essa ciência que estuda os materiais, suas<br />
constituições e transformações, levando sempre em conta que temos em uma<br />
mesma sala alunos de origens e saberes diferentes e que devemos levar isso<br />
231
em consideração na hora de aplicar qualquer metodologia.<br />
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios<br />
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em<br />
Química serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,<br />
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso<br />
Indevido de Drogas; Agenda 21 Escolar; Educação Ambiental (Lei Federal nº<br />
9.795/99).<br />
5. Avaliação:<br />
A avaliação em química terá como principal critério a formação<br />
de conceitos científicos, em um processo de construção e reconstrução de<br />
significados. Será de forma processual e formativa. Como instrumento de<br />
avaliação serão utilizados provas teóricas e práticas, debates, trabalhos em<br />
grupos e individuais, interpretação da tabela periódica, pesquisas<br />
bibliográficas, relatórios para atender a diversidade que temos em uma sala de<br />
aula.<br />
O professor deverá observar o nível em que o aluno se apresenta<br />
para acompanhar seu desenvolvimento, propiciar a ele oportunidade de<br />
desempenho mais eficiente acerca do processo ensino-aprendizagem, o<br />
professor deverá utilizar os resultados para detectar as dificuldades e<br />
direcionar a prática didático-pedagógica para uma recuperação de conteúdos<br />
significativos.<br />
A recuperação dar-se-á no decorrer de todo processo ensino-<br />
aprendizagem, buscando métodos variados de acordo com as necessidades<br />
dos alunos, para que eles possam desenvolver o senso crítico, adquirindo a<br />
competência de questionar o outro, o mundo e a si mesmo.<br />
6. Referências:<br />
MACEDO e CARVALHO. Química. Vol. U. São Paulo: IBEP.<br />
232
PERUZZO e CANTO. Química. Vol. U. São Paulo: Moderna.<br />
QUÍMICA. Vários autores. Curitiba: SEED - PR, 2006.<br />
SARDELLA. QUÍMICA. VOL. U. SÃO PAULO: ÁTICA.<br />
USBERCO e SALVADOR. Química Essencial. Vol. U. São Paulo: Saraiva.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de<br />
Química para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.<br />
Curitiba: SEED, 2008.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino<br />
Médio. LDP: Livro Didático Público de Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.<br />
SARDELLA, Química. São Paulo: Ática, Volume único, 2000.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
SOCIOLOGIA<br />
A Sociologia estuda os fenômenos sociais no espaço e no tempo,<br />
contemplando as relações sociais construídas historicamente.<br />
A escola como um todo, deverá preocupar-se em levar a prática<br />
da disciplina de Sociologia no sentido de que o educando entenda que ele é o<br />
sujeito e com ele interage em seu contexto social, <strong>político</strong>, econômico e<br />
cultural, compreendendo suas possibilidades de intervenção na realidade.<br />
Construindo, dessa forma uma educação histórica e crítica com possibilidade<br />
para formação humanística. O aluno deverá sentir-se no centro desse<br />
movimento, dessa dinamicidade social, como sujeito do processo, mas com a<br />
perspectiva de intervenção.<br />
O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações<br />
problemáticas significa construir o conhecimento, partir da prática social do<br />
aluno, do cotidiano da comunidade no qual está inserido.<br />
O ensino de Sociologia deverá possibilitar o resgate de saberes já<br />
construídos pelos alunos, de modo que esse conhecimento subsidie ou<br />
233
alavanque a tessitura de outros, que possam desvelar a trama das relações<br />
sociais onde os sujeitos se inserem. Isso, partindo do pressuposto que é salutar<br />
considerar os postulados dos “pensadores” do passado, para apresentar a<br />
construção do processo de uma nova ciência a partir das necessidades de uma<br />
determinada época. Pois, os conhecimentos que até então se têm, não dão<br />
conta de responder ou se tornaram incapazes de auxiliar as pessoas a<br />
compreenderem o que está acontecendo. Diante disso, as discussões desses<br />
clássicos são fundamentais para alicerçar a compreensão dos conteúdos<br />
utilizados pela explicação sociológica.<br />
Nesse sentido, a sala de aula e a escola são espaços onde<br />
experiências são trocadas e vemos ser estabelecidos novos espaços de<br />
confronto da diferença, por isso a discussão sobre a cultura é fundamental.<br />
visão histórico-crítica.<br />
O objeto de estudo da Sociologia é o estudo da sociedade numa<br />
Os conteúdos estruturantes possibilitarão a compreensão da<br />
dinâmica da vida social que cercam os indivíduos, sejam eles econômicos, de<br />
direitos, de questionamentos sobre a vida social e política, de organização<br />
estrutural da sociedade e até mesmo em relação a outros países.<br />
O aluno precisa ser inserido como sujeito social, de forma a<br />
estabelecer relações com os demais membros da sociedade, tornando-se<br />
assim um ser crítico e pensante, capacitado para buscar informações que lhe<br />
auxiliem na transformação da realidade existente. Também é fundamental<br />
consolidar e articular experiências e conhecimentos apreendidos como<br />
fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e conhecimentos<br />
apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um tratamento<br />
teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as<br />
desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no<br />
mundo do trabalho, as conflituosas relações sociedade - natureza, a negação<br />
da diversidade cultural, possibilitando dessa forma, a reconstrução dialética do<br />
conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, despertando a<br />
consciência das determinações históricas, a capacidade de intervenção e a<br />
transformação da prática social.<br />
234
2. Conteúdos:<br />
Conteúdos estruturantes:<br />
− O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.<br />
− Cultura e Indústria cultural.<br />
− Trabalho, Produção e Classes Sociais.<br />
− Poder, Política e Ideologia.<br />
− Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.<br />
− *O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.<br />
Obs: *Embora “O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas” não<br />
sejam apresentadas como um Conteúdo Estruturante estarão presentes em<br />
todas as séries, articulando os momentos históricos mais relevantes para<br />
discussão dos conteúdos anuais, bem como os conceitos mais importantes<br />
para as discussões propostas durante o ano.<br />
Conteúdos Estruturantes:<br />
1ª SÉRIE<br />
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. O Processo de<br />
Socialização e as Instituições Sociais; Trabalho, Produção e Classes Sociais.<br />
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.<br />
Conteúdos básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o<br />
desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas – August Comte,<br />
Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx; pensamento social brasileiro.<br />
2. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.<br />
Conteúdos básicos: Processo de socialização; Instituições sociais: familiares,<br />
escolares, religiosas e de reinserção social (prisões, manicômios, educandários,<br />
asilos, etc);<br />
235
3. Trabalho, Produção e Classes Sociais.<br />
Conteúdos básicos: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes<br />
sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;<br />
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;<br />
Globalização e Neoliberalismo; Relações de trabalho; Trabalho no Brasil.<br />
Conteúdos Estruturantes:<br />
2ª SÉRIE<br />
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. Poder, Política e<br />
Ideologia; 3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.<br />
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas<br />
Conteúdos básicos: Desenvolvimento de reflexões e pesquisas acerca das<br />
modernas transformações na organização política dos Estados Nacionais<br />
Ocidentais.<br />
2. Poder, Política e Ideologia.<br />
Conteúdos básicos: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;<br />
Democracia, autoritarismo e totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de<br />
poder, de ideologia, de dominação e legitimidade; As expressões da violência<br />
nas sociedades contemporâneas.<br />
3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.<br />
Conteúdos básicos: Direitos: civis, <strong>político</strong>s e sociais; direitos Humanos;<br />
Conceito de cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A<br />
questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG’s.<br />
3ª SÉRIE<br />
Conteúdos Estruturantes: 1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias<br />
Sociológicas; 2. Cultura e Indústria Cultural.<br />
236
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas<br />
Conteúdos básicos: Desenvolvimento do olhar sócio antropológico sobre a<br />
diversidade de modos de pensar, viver e se relacionar nas diferentes<br />
sociedades e o processo de mercantilização das produções culturais nas<br />
sociedades modernas.<br />
2. Cultura e Indústria Cultural<br />
Conteúdos básicos: O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura<br />
e sua contribuição da análise das diferentes sociedades; diversidade cultural,<br />
relações de gênero, cultura afro-brasileira e culturas indígenas; identidade,<br />
relações de gênero, cultura afro-brasileira; Indústria cultural, meios de<br />
comunicação de massa, sociedade de consumo, indústria cultural no Brasil.<br />
3. Metodologia:<br />
Os conteúdos estruturantes e básicos serão trabalhados de forma<br />
contextualizada. No exercício <strong>pedagógico</strong> da Sociologia será realizado a análise<br />
do contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos<br />
tradicionais, os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx<br />
serão desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal. O<br />
processo de ensino-aprendizagem estará relacionado à Sociologia crítica,<br />
caracterizada por posições teóricas e práticas permitindo compreender as<br />
problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e<br />
conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. Como<br />
encaminhamentos metodológicos serão propostos:<br />
- Aulas expositivas dialogadas;<br />
- Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;<br />
- Trabalho em grupo;<br />
- Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,<br />
didáticos, literários, jornalísticos;<br />
- Atividades no Laboratório de Informática;<br />
- Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e<br />
237
pesquisas;<br />
- Pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica;<br />
- Análises críticas: documentários, filmes, músicas, propagandas, imagens,<br />
entre outros.<br />
Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes<br />
recursos didáticos/tecnológicos: livros, revistas, CDs, letras de músicas,<br />
fotografia, gravuras, TV Multimídia, computador e aparelho de DVD.<br />
A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Leis nº 10.639/03<br />
e 11.645/08), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Música (Lei nº 11.769/08),<br />
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação<br />
Ambiental (Lei 9.795/99), Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a<br />
Criança e o Adolescente serão trabalhados de forma contextualizada e a partir<br />
das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas,<br />
concomitantemente ao longo do período letivo. As atividades desenvolvidas<br />
serão trabalhadas através de produção de textos; imagens; maquetes; acesso<br />
aos sites; realização de pesquisa de campo; leitura de textos, revistas e<br />
materiais didáticos disponibilizados na escola e on line; debates, palestras e<br />
estudo dos cadernos temáticos da SEED.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação em Sociologia perpassará todas as atividades relacionadas à<br />
disciplina, pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus<br />
critérios debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no<br />
processo <strong>pedagógico</strong>. A avaliação será contínua, cumulativa e processual<br />
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as<br />
características individuais deste no conjunto dos componentes conteúdos<br />
cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os<br />
quantitativos.<br />
A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as<br />
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que<br />
apresentarem dificuldades. Os critérios de avaliação em Sociologia deverão<br />
considerar: a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a<br />
238
prática social; a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; a<br />
clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; a mudança na<br />
forma de olhar e compreender os problemas sociais. Os instrumentos de<br />
avaliação contribuirão para a construção da autonomia do educando, tais<br />
como: produção de textos, reflexões críticas de textos e filmes, avaliação<br />
discursiva: objetiva e oral, trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e<br />
debates (seminários).<br />
A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante<br />
ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos<br />
diversificados, com atividades significativas, sendo que os resultados da<br />
recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período<br />
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.<br />
5. Referências:<br />
AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. Parte III – A Transmissão da Cultura. Rio<br />
de Janeiro: E.UNB/ UFRJ, 1996<br />
BENTO, M. F. de. Cidadania em preto e branco: discutindo as relações<br />
sociais. 3. ed. São Paulo: Ática, 2003.<br />
CARDOSO, F.H. e Janni, O. O Homem e sociedade: leitura básica de<br />
Sociologia Geral. São Paulo: Nacional,1980.<br />
CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e<br />
globalização. Porto Alegre: Artmed, 2005<br />
DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos<br />
humanos no Brasil. 20. ed. São Paulo: Ática, 2003.<br />
DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Nacional,<br />
1977.<br />
GOMES, Candido. A. Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo:<br />
E.P.U. 1985<br />
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. In: Os Pensadores. V. XXXV.<br />
São Paulo: Editor Victor Civita, 1974.<br />
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de<br />
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos:<br />
inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos<br />
239
currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares<br />
Orientadoras de Sociologia para a Educação Básica. Departamento de<br />
Educação Básica. Curitiba, 2008.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino<br />
Médio. LDP: Livro Didático Público de Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2006.<br />
1. Apresentação e Justificativa:<br />
CELEM – ESPANHOL<br />
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante<br />
transformação. A escolha da Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) a<br />
compor o currículo, bem como os métodos de ensino sempre estiveram<br />
atrelados a fatores <strong>político</strong>s, sociais e econômicos.<br />
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.<br />
9394/96 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino<br />
Fundamental, a partir da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da<br />
comunidade escolar, (Art.26, 5º). Já para o Ensino Médio a lei determinou que<br />
uma LEM, escolhida pela comunidade escolar, seja disciplina obrigatória e uma<br />
segunda seja ofertada em caráter optativo, dentro das disponibilidades de cada<br />
Estabelecimento de Ensino (Art. 36, Inciso III).<br />
Em função do Mercosul, foi assinada em 05 de agosto de 2005 a<br />
lei n. 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos<br />
Estabelecimentos de Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno;<br />
tendo os estabelecimentos de ensino 5 anos para implementá-la.<br />
Atualmente o ensino de LEM na rede pública de ensino do Paraná<br />
tem como referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica<br />
para o ensino de Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram<br />
construídas com a colaboração dos professores da rede. As DCE,<br />
fundamentadas na pedagogia crítica e na teoria do Discurso proposta pelo<br />
Círculo de Bakhtin, consideram que tanto o idioma quanto a opção<br />
teórico/metodológica são marcados por questões <strong>político</strong>-econômicas e<br />
240
ideológicas, logo não são neutros.<br />
A língua é parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural,<br />
histórica e social. Os sujeitos da Educação Básica do Colégio Estadual Juvenal<br />
Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, oriundos das classes assalariadas,<br />
urbanas e rurais, devem ter acesso ao conhecimento produzido pela<br />
humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas<br />
escolares, incluindo Língua Estrangeira Moderna (Espanhol). As aulas de Língua<br />
Estrangeira Moderna (Espanhol) se configuram como espaços de interações<br />
entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se<br />
revelam no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-<br />
políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que<br />
desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na<br />
sociedade. Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também<br />
sirva como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este<br />
componente curricular, contribui para formar alunos críticos e transformadores<br />
através do estudo de textos que permitam explorar as práticas da leitura, da<br />
escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.<br />
De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o<br />
ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que<br />
ensinar e aprender língua é ensinar e aprender percepções de mundo e<br />
maneiras de atribuir sentido, é formar subjetividades, é permitir que se<br />
reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,<br />
independentemente do grau de proficiência atingido. Mais do que formar para<br />
o mercado de trabalho ou para o uso das tecnologias, o ensino de LEM<br />
proposto deve contribuir para formar alunos críticos e transformadores, que<br />
saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo em situações<br />
de comunicação. Espera-se que o aluno use a língua em situações de<br />
comunicação oral e escrita e compreenda que os significados são sociais e<br />
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática<br />
social; vivencie formas de participação que lhe possibilitem estabelecer<br />
relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados<br />
são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de<br />
transformação na prática social.<br />
241
O principal objetivo de ofertar o ensino de Língua Espanhol no<br />
CELEM é oportunizar aos alunos o acesso aos diversos discursos que circulam<br />
globalmente, a fim de que percebam que há várias formas de produção e<br />
circulação de textos em nossa cultura e em outras e sejam capazes de lhes<br />
conferir sentidos. Ao possibilitar o trabalho com gêneros, aos quais os alunos<br />
dificilmente teriam acesso em outro ambiente, a escola estará promovendo um<br />
trabalho inclusivo. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade<br />
reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.<br />
2. Conteúdos:<br />
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.<br />
Conteúdos Básicos: Leitura, Escrita e Oralidade.<br />
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS<br />
Esfera cotidiana<br />
de circulação:<br />
Bilhete<br />
Carta pessoal<br />
Cartão de<br />
felicitações<br />
Cartão postal<br />
Convite<br />
Letra de música<br />
Receita culinária<br />
Esfera artística<br />
de circulação:<br />
Autobiografia<br />
Biografia<br />
Esfera<br />
publicitária de<br />
circulação:<br />
Anúncio**<br />
Comercial para<br />
radio*<br />
Folder<br />
Paródia<br />
Placa<br />
Publicidade<br />
Comercial<br />
Slogan<br />
Esfera escolar<br />
de circulação:<br />
Cartaz<br />
Diálogo**<br />
Exposição oral*<br />
Mapa<br />
Resumo<br />
Esfera produção<br />
de circulação:<br />
Bula<br />
Embalagem<br />
Placa<br />
Regra de jogo<br />
Rótulo<br />
Esfera literária<br />
de circulação:<br />
Conto<br />
Crônica<br />
Fábula<br />
História em<br />
quadrinhos<br />
Poema<br />
Esfera jornalística<br />
de circulação:<br />
Anúncio<br />
classificados<br />
Cartum<br />
Charge<br />
Entrevista**<br />
Horóscopo<br />
Reportagem**<br />
Sinopse de filme<br />
Esfera midiática<br />
de circulação:<br />
Correio eletrônico<br />
(e-mail)<br />
Mensagem de<br />
texto (SMS)<br />
Telejornal*<br />
Telenovela*<br />
Videoclipe*<br />
242
PRÁTICA<br />
DISCURSIVA:<br />
Oralidade<br />
Fatores de<br />
textualidade<br />
centrada no leitor:<br />
· Tema do texto;<br />
· Aceitabilidade do<br />
texto;<br />
· Finalidade do texto;<br />
· Informatividade do<br />
texto;<br />
· Intencionalidade do<br />
texto;<br />
· Situacionalidade do<br />
texto;<br />
· Papel do locutor e<br />
interlocutor;<br />
· Conhecimento de<br />
mundo;<br />
· Elementos<br />
extralinguísticos:<br />
entonação, pausas,<br />
gestos;<br />
· Adequação do<br />
discurso ao gênero;<br />
· Turnos de fala;<br />
· Variações<br />
linguísticas.<br />
Fatores de<br />
textualidade<br />
centrada no texto:<br />
· Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
gírias, repetição,<br />
recursos<br />
semânticos;<br />
· Adequação da fala<br />
ao contexto (uso de<br />
distintivos formais e<br />
informais como<br />
conectivos, gírias,<br />
expressões,<br />
repetições);<br />
· Diferenças e<br />
semelhanças entre o<br />
discurso oral ou<br />
ABORDAGEM<br />
TEÓRICO-<br />
METODOLÓGICA<br />
· Organizar<br />
apresentações de<br />
textos produzidos<br />
pelos alunos;<br />
· Orientar sobre o<br />
contexto social de<br />
uso do gênero oral<br />
trabalhado;<br />
· Propor reflexões<br />
sobre os argumentos<br />
utilizados nas<br />
exposições orais dos<br />
alunos;<br />
· Preparar<br />
apresentações que<br />
explorem as marcas<br />
linguísticas típicas da<br />
oralidade em seu uso<br />
formal e informal;<br />
· Estimular a<br />
expressão oral<br />
(contação de<br />
histórias),<br />
comentários,<br />
opiniões sobre os<br />
diferentes gêneros<br />
trabalhados,<br />
utilizando-se dos<br />
recursos<br />
extralinguísticos,<br />
como: entonação,<br />
expressões facial,<br />
corporal e gestual,<br />
pausas e outros;<br />
· Selecionar os<br />
discursos de outros<br />
para análise dos<br />
recursos da<br />
oralidade, como:<br />
cenas de desenhos,<br />
programas infantojuvenis,<br />
entrevistas,<br />
reportagem entre<br />
outros.<br />
AVALIAÇÃO<br />
Espera-se que o aluno:<br />
· Utilize o discurso de<br />
acordo com a situação de<br />
produção (formal e/ou<br />
informal);<br />
· Apresente suas ideias com<br />
clareza, coerência;<br />
· Utilize adequadamente<br />
entonação, pausas, gestos;<br />
· Organize a sequência de<br />
sua fala;<br />
· Respeite os turnos de fala;<br />
· Explore a oralidade, em<br />
adequação ao gênero<br />
proposto;<br />
· Exponha seus argumentos;<br />
· Compreenda os<br />
argumentos no discurso do<br />
outro;<br />
· Participe ativamente dos<br />
diálogos, relatos, discussões<br />
(quando necessário em<br />
língua materna);<br />
· Utilize expressões faciais<br />
corporais e gestuais, pausas<br />
e entonação nas exposições<br />
orais, entre outros<br />
elementos extralinguísticos<br />
que julgar necessário.<br />
243
escrito.<br />
PRÁTICA<br />
DISCURSIVA:<br />
Leitura<br />
Fatores de<br />
textualidade<br />
centradas no leitor:<br />
· Tema do texto;<br />
· Conteúdo temático<br />
do gênero;<br />
· Elementos<br />
composicionais do<br />
gênero;<br />
· Propriedades<br />
estilísticas do<br />
gênero;<br />
· Aceitabilidade do<br />
texto;<br />
· Finalidade do texto;<br />
· Informatividade do<br />
texto;<br />
· Intencionalidade do<br />
texto;<br />
· Situacionalidade do<br />
texto;<br />
· Papel do locutor e<br />
interlocutor;<br />
· Conhecimento de<br />
mundo;<br />
· Temporalidade;<br />
· Referência textual.<br />
Fatores de<br />
textualidade<br />
centrada no texto:<br />
· Intertextualidade;<br />
· Léxico: repetição,<br />
conotação,<br />
denotação,<br />
polissemia;<br />
· Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
função das classes<br />
gramaticais no<br />
texto, pontuação,<br />
figuras de<br />
linguagem, recursos<br />
gráficos (aspas,<br />
travessão, negrito);<br />
ABORDAGEM<br />
TEÓRICO-<br />
METODOLÓGICA<br />
· Práticas de leitura<br />
de textos de<br />
diferentes gêneros<br />
atrelados à esfera<br />
social de circulação;<br />
· Considerar os<br />
conhecimentos<br />
prévios dos alunos;<br />
· Desenvolver<br />
atividades de leitura<br />
em três etapas:<br />
- pré-leitura (ativar<br />
conhecimentos<br />
prévios, discutir<br />
questões referentes a<br />
temática, construir<br />
hipóteses e antecipar<br />
elementos do texto,<br />
antes mesmo da<br />
leitura);<br />
- leitura (comprovar<br />
ou desconsiderar as<br />
hipóteses<br />
anteriormente<br />
construídas);<br />
- pós-leitura (explorar<br />
as habilidades de<br />
compreensão e<br />
expressão oral e<br />
escrita objetivando a<br />
atribuição e<br />
construção de<br />
sentidos com o<br />
texto).<br />
· Formular<br />
questionamentos que<br />
possibilitem<br />
inferências sobre o<br />
texto;<br />
· Encaminhar as<br />
discussões sobre:<br />
tema, intenções,<br />
intertextualidade;<br />
· Contextualizar a<br />
produção:<br />
AVALIAÇÃO<br />
Espera-se que o aluno:<br />
· Realize leitura<br />
compreensiva do texto;<br />
· Identifique o conteúdo<br />
temático;<br />
· Identifique a ideia principal<br />
do texto;<br />
· Deduza os sentidos das<br />
palavras e/ou expressões a<br />
partir do contexto;<br />
· Perceba o ambiente<br />
(suporte) no qual circula o<br />
gênero textual;<br />
· Compreenda as diferenças<br />
decorridas do uso de<br />
palavras e/ou expressões no<br />
sentido conotativo e<br />
denotativo;<br />
· Analise as intenções do<br />
autor;<br />
· Identifique e reflita sobre<br />
as vozes sociais presentes<br />
no texto;<br />
· Faça o reconhecimento de<br />
palavras e/ou expressões<br />
que estabelecem a<br />
referência textual;<br />
· Amplie seu léxico, bem<br />
como as estruturas da<br />
língua (aspectos<br />
gramaticais) e elementos<br />
culturais.<br />
244
· Partículas<br />
conectivas básicas<br />
do texto.<br />
PRÁTICA<br />
DISCURSIVA:<br />
Escrita<br />
Fatores de<br />
textualidade<br />
centrada no leitor:<br />
· Tema do texto;<br />
· Conteúdo temático<br />
do texto;<br />
· Elementos<br />
composicionais do<br />
gênero;<br />
· Propriedades<br />
estilísticas do<br />
gênero;<br />
· Aceitabilidade do<br />
texto;<br />
suporte/fonte,<br />
interlocutores,<br />
finalidade, época;<br />
· Utilizar de textos<br />
verbais diversos que<br />
dialoguem com<br />
textos não-verbais,<br />
como: gráficos, fotos,<br />
imagens, mapas;<br />
· Socializar as ideias<br />
dos alunos sobre o<br />
texto;<br />
· Estimular leituras<br />
que suscitem no<br />
reconhecimento das<br />
propriedades próprias<br />
de diferentes<br />
gêneros:<br />
- temáticas (o que é<br />
dito nesses gêneros);<br />
- estilísticas (o<br />
registro das marcas<br />
enunciativas do<br />
produtor e os<br />
recursos linguísticos);<br />
- composicionais (a<br />
organização, as<br />
características e a<br />
sequência tipológica).<br />
ABORDAGEM<br />
TEÓRICO-<br />
METODOLÓGICA<br />
· Planejar a produção<br />
textual a partir da<br />
delimitação do tema,<br />
do interlocutor, do<br />
gênero, da finalidade;<br />
· Estimular a<br />
ampliação de leituras<br />
sobre o tema e o<br />
gênero proposto;<br />
· Acompanhar a<br />
produção do texto;<br />
· Encaminhar e<br />
acompanhar a reescrita<br />
textual:<br />
AVALIAÇÃO<br />
Espera-se que o aluno:<br />
· Expresse as ideias com<br />
clareza;<br />
· Elabore e re-elabore textos<br />
de acordo com o<br />
encaminhamento do<br />
professor, atendendo:<br />
- às situações de produção<br />
propostas (gênero,<br />
interlocutor, finalidade);<br />
- à continuidade temática;<br />
· Diferencie o contexto de<br />
uso da linguagem formal e<br />
informal;<br />
245
· Finalidade do texto;<br />
· Informatividade do<br />
texto;<br />
· Intencionalidade do<br />
texto;<br />
· Situacionalidade do<br />
texto;<br />
· Papel do locutor e<br />
interlocutor;<br />
· Conhecimento de<br />
mundo<br />
· Temporalidade;<br />
· Referência textual.<br />
Fatores de<br />
textualidade<br />
centrada no texto:<br />
· Intertextualidade;<br />
· Partículas<br />
conectivas básicas<br />
do texto;<br />
· Vozes do discurso:<br />
direto e indireto;<br />
· Léxico: emprego de<br />
repetições,<br />
conotação,<br />
denotação,<br />
polissemia,<br />
formação das<br />
palavras, figuras de<br />
linguagem;<br />
· Emprego de<br />
palavras e/ou<br />
expressões com<br />
mensagens<br />
implícitas e<br />
explicitas;<br />
· Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
função das classes<br />
gramaticais no<br />
texto, pontuação,<br />
figuras de<br />
linguagem, recursos<br />
gráficos (como<br />
aspas, travessão,<br />
negrito);<br />
· Acentuação<br />
gráfica;<br />
revisão dos<br />
argumentos (ideias),<br />
dos elementos que<br />
compõem o gênero;<br />
· Analisar a produção<br />
textual quanto à<br />
coerência e coesão,<br />
continuidade<br />
temática, à<br />
finalidade,<br />
adequação da<br />
linguagem ao<br />
contexto;<br />
· Conduzir à reflexão<br />
dos elementos<br />
discursivos, textuais,<br />
estruturais e<br />
normativos.<br />
· Oportunizar o uso<br />
adequado de<br />
palavras e<br />
expressões para<br />
estabelecer a<br />
referência textual;<br />
· Conduzir a<br />
utilização adequada<br />
das partículas<br />
conectivas básicas;<br />
· Estimular as<br />
produções nos<br />
diferentes gêneros<br />
trabalhados.<br />
· Use recursos textuais<br />
como: coesão e coerência,<br />
informatividade, etc;<br />
· Utilize adequadamente<br />
recursos linguísticos como:<br />
pontuação, uso e função do<br />
artigo, pronome, numeral,<br />
substantivo, adjetivo,<br />
advérbio, etc.;<br />
· Empregue palavras e/ou<br />
expressões no sentido<br />
conotativo e denotativo, em<br />
conformidade com o gênero<br />
proposto;<br />
· Use apropriadamente<br />
elementos discursivos,<br />
textuais, estruturais e<br />
normativos atrelados aos<br />
gêneros trabalhados;<br />
· Reconheça palavras e/ou<br />
expressões que<br />
estabelecem a referência<br />
textual.<br />
246
· Ortografia;<br />
· Concordância<br />
verbal e nominal.<br />
CURSO BÁSICO DO CELEM – P2<br />
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS<br />
Esfera cotidiana<br />
de circulação:<br />
Comunicado<br />
Curriculum Vitae<br />
Exposição oral*<br />
Ficha de<br />
inscrição<br />
Lista de compras<br />
Piada**<br />
Telefonema*<br />
Esfera jurídica<br />
de circulação:<br />
Boletim de<br />
ocorrência<br />
Contrato<br />
Lei<br />
Ofício<br />
Procuração<br />
Requerimento<br />
Esfera<br />
publicitária de<br />
circulação:<br />
Anúncio**<br />
Comercial para<br />
televisão*<br />
Folder<br />
Inscrições em<br />
muro<br />
Propaganda**<br />
Publicidade<br />
Institucional<br />
Slogan<br />
Esfera escolar de<br />
circulação:<br />
Aula em vídeo*<br />
Ata de reunião<br />
Exposição oral<br />
Palestra*<br />
Resenha<br />
Texto de opinião<br />
Esfera produção<br />
de circulação:<br />
Instrução de<br />
montagem<br />
Instrução de uso<br />
Manual técnico<br />
Regulamento<br />
Esfera literária<br />
de circulação:<br />
Contação de<br />
história*<br />
Conto<br />
Peça de teatro*<br />
Romance<br />
Sarau de<br />
poema*<br />
Esfera<br />
jornalística de<br />
circulação:<br />
Artigo de opinião<br />
Boletim do<br />
tempo**<br />
Carta do leitor<br />
Entrevista**<br />
Notícia**<br />
Obituário<br />
Reportagem**<br />
Esfera midiática<br />
de circulação:<br />
Aula virtual<br />
Conversação<br />
chat<br />
Correio<br />
eletrônico (email)<br />
Mensagem de<br />
texto (SMS)<br />
Videoclipe*<br />
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.<br />
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso<br />
da língua.<br />
PRÁTICA DISCURSIVA:<br />
Oralidade<br />
Fatores de textualidade<br />
centradas no leitor:<br />
· Tema do texto;<br />
· Aceitabilidade do<br />
ABORDAGEM<br />
TEÓRICO-<br />
METODOLÓGICA<br />
· Organizar<br />
apresentações de<br />
textos produzidos<br />
pelos alunos;<br />
AVALIAÇÃO<br />
Espera-se que o aluno:<br />
· Utilize o discurso de<br />
acordo com a situação<br />
de produção (formal<br />
247
texto;<br />
· Finalidade do texto;<br />
· Informatividade do<br />
texto;<br />
· Intencionalidade do<br />
texto;<br />
· Situacionalidade do<br />
texto;<br />
· Papel do locutor e<br />
interlocutor;<br />
· Conhecimento de<br />
mundo;<br />
· Elementos<br />
extralinguísticos:<br />
entonação, pausas,<br />
gestos;<br />
· Adequação do<br />
discurso ao gênero;<br />
· Turnos de fala;<br />
· Variações linguísticas.<br />
Fatores de textualidade<br />
centrada no texto:<br />
· Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
gírias, repetição,<br />
recursos semânticos;<br />
· Adequação da fala ao<br />
contexto (uso de<br />
distintivos formais e<br />
informais como<br />
conectivos, gírias,<br />
expressões,<br />
repetições);<br />
· Diferenças e<br />
semelhanças entre o<br />
discurso oral ou escrito.<br />
PRÁTICA DISCURSIVA:<br />
Leitura<br />
Fatores de textualidade<br />
centrada no leitor:<br />
· Tema do texto;<br />
· Conteúdo temático do<br />
texto;<br />
· Elementos<br />
composicionais do<br />
· Orientar sobre o<br />
contexto social de uso<br />
do gênero oral<br />
trabalhado;<br />
· Propor reflexões<br />
sobre os argumentos<br />
utilizados nas<br />
exposições orais dos<br />
alunos;<br />
· Preparar<br />
apresentações que<br />
explorem as marcas<br />
linguísticas típicas da<br />
oralidade em seu uso<br />
formal e informal;<br />
· Estimular a<br />
expressão oral<br />
(contação de<br />
histórias),<br />
comentários, opiniões<br />
sobre os diferentes<br />
gêneros trabalhados,<br />
utilizando-se dos<br />
recursos<br />
extralinguísticos,<br />
como: entonação,<br />
expressões facial,<br />
corporal e gestual,<br />
pausas e outros;<br />
· Selecionar os<br />
discursos de outros<br />
para análise dos<br />
recursos da oralidade,<br />
como: cenas de<br />
desenhos, programas<br />
infanto-juvenis,<br />
entrevistas,<br />
reportagem entre<br />
outros.<br />
ABORDAGEM<br />
TEÓRICO-<br />
METODOLÓGICA<br />
· Práticas de leitura de<br />
textos de diferentes<br />
gêneros atrelados à<br />
esfera social de<br />
circulação;<br />
· Utilizar estratégias de<br />
leitura que possibilite<br />
e/ou informal);<br />
· Apresente suas ideias<br />
com clareza, coerência;<br />
· Utilize adequadamente<br />
entonação, pausas,<br />
gestos;<br />
· Organize a sequência<br />
de sua fala;<br />
· Respeite os turnos de<br />
fala;<br />
· Explore a oralidade,<br />
em adequação ao<br />
gênero proposto;<br />
· Exponha seus<br />
argumentos;<br />
· Compreenda os<br />
argumentos no discurso<br />
do outro;<br />
· Participe ativamente<br />
dos diálogos, relatos,<br />
discussões (quando<br />
necessário em língua<br />
materna);<br />
· Utilize expressões<br />
faciais corporais e<br />
gestuais, pausas e<br />
entonação nas<br />
exposições orais, entre<br />
outros elementos<br />
extralinguísticos que<br />
julgar necessário.<br />
AVALIAÇÃO<br />
Espera-se que o aluno:<br />
· Realize leitura<br />
compreensiva do texto<br />
com vista a prever o<br />
conteúdo temático, bem<br />
como a ideia principal<br />
do texto através da<br />
248
gênero;<br />
· Propriedades<br />
estilísticas do gênero;<br />
· Aceitabilidade do<br />
texto;<br />
· Finalidade do texto;<br />
· Informatividade do<br />
texto;<br />
· Intencionalidade do<br />
texto;<br />
· Situacionalidade do<br />
texto;<br />
· Papel do locutor e<br />
interlocutor;<br />
· Conhecimento de<br />
mundo;<br />
· Temporalidade;<br />
· Referência textual.<br />
Fatores de textualidade<br />
centrada no texto:<br />
· Intertextualidade;<br />
· Léxico: repetição,<br />
conotação, denotação,<br />
polissemia;<br />
· Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
função das classes<br />
gramaticais no texto,<br />
pontuação, figuras de<br />
linguagem, recursos<br />
gráficos (aspas,<br />
travessão, negrito);<br />
· Partículas conectivas<br />
básicas do texto;<br />
· Elementos textuais:<br />
levantamento lexical<br />
de palavras<br />
italicizadas, negritadas,<br />
sublinhadas, números,<br />
substantivos próprios;<br />
· Interpretação da rede<br />
de relações semânticas<br />
existentes entre itens<br />
lexicais recorrentes no<br />
título, subtítulo,<br />
legendas e textos.<br />
a compreensão textual<br />
significativa de acordo<br />
com o objetivo<br />
proposto no trabalho<br />
com o gênero textual<br />
selecionado;<br />
· Desenvolver<br />
atividades de leitura<br />
em três etapas:<br />
- pré-leitura (ativar<br />
conhecimentos<br />
prévios, discutir<br />
questões referentes a<br />
temática, construir<br />
hipóteses e antecipar<br />
elementos do texto,<br />
antes mesmo da<br />
leitura);<br />
- leitura (comprovar ou<br />
desconsiderar as<br />
hipóteses<br />
anteriormente<br />
construídas);<br />
- pós-leitura (explorar<br />
as habilidades de<br />
compreensão e<br />
expressão oral e<br />
escrita objetivando a<br />
atribuição e<br />
construção de sentidos<br />
com o texto);<br />
· Formular<br />
questionamentos que<br />
possibilitem<br />
inferências sobre o<br />
texto;<br />
· Encaminhar as<br />
discussões sobre:<br />
tema, intenções,<br />
finalidade,<br />
intertextualidade;<br />
· Utilizar de textos<br />
verbais diversos que<br />
dialoguem com textos<br />
não-verbais, como:<br />
gráficos, fotos,<br />
imagens, mapas;<br />
· Relacionar o tema<br />
com o contexto<br />
observação das<br />
propriedades estilísticas<br />
do gênero (recursos<br />
como elementos<br />
gráficos, mapas, fotos,<br />
tabelas);<br />
· Localize informações<br />
explícitas e implícitas no<br />
texto;<br />
· Deduza os sentidos<br />
das palavras e/ou<br />
expressões a partir do<br />
contexto;<br />
· Perceba o ambiente<br />
(suporte) no qual circula<br />
o gênero textual;<br />
· Reconheça diversos<br />
participantes de um<br />
texto (quem escreve, a<br />
quem se destina, outros<br />
participantes);<br />
· Estabeleça o<br />
correspondente em<br />
língua materna de<br />
palavras ou expressões<br />
a partir do texto;<br />
· Analise as intenções<br />
do autor;<br />
· Infira relações<br />
intertextuais;<br />
· Faça o reconhecimento<br />
de palavras e/ou<br />
expressões que<br />
estabelecem a<br />
referência textual;<br />
· Amplie seu léxico, bem<br />
como as estruturas da<br />
língua (aspectos<br />
gramaticais) e<br />
elementos culturais.<br />
249
PRÁTICA DISCURSIVA:<br />
Escrita<br />
Fatores de textualidade<br />
centrada no leitor:<br />
· Tema do texto;<br />
· Conteúdo temático do<br />
texto;<br />
· Elementos<br />
composicionais do<br />
gênero;<br />
· Propriedades<br />
estilísticas do gênero;<br />
· Aceitabilidade do<br />
texto;<br />
· Finalidade do texto;<br />
· Informatividade do<br />
texto;<br />
· Intencionalidade do<br />
texto;<br />
· Situacionalidade do<br />
texto;<br />
· Papel do locutor e<br />
interlocutor;<br />
· Conhecimento de<br />
cultural do aluno e o<br />
contexto atual;<br />
· Demonstrar o<br />
aparecimento dos<br />
modos e tempos<br />
verbais mais comuns<br />
em determinados<br />
gêneros textuais;<br />
· Estimular leituras que<br />
suscitem no<br />
reconhecimento das<br />
propriedades próprias<br />
de diferentes gêneros:<br />
- temáticas (o que é<br />
dito nesses gêneros);<br />
- estilísticas (o registro<br />
das marcas<br />
enunciativas do<br />
produtor e os recursos<br />
linguísticos);<br />
- composicionais (a<br />
organização, as<br />
características e a<br />
sequência tipológica).<br />
ABORDAGEM<br />
TEÓRICO-<br />
METODOLÓGICA<br />
· Planejar a produção<br />
textual a partir da<br />
delimitação do tema,<br />
do interlocutor, do<br />
gênero, da finalidade;<br />
· Estimular a<br />
ampliação de leituras<br />
sobre o tema e o<br />
gênero proposto;<br />
· Acompanhar a<br />
produção do texto;<br />
· Encaminhar e<br />
acompanhar a reescrita<br />
textual: revisão<br />
dos argumentos<br />
(ideias), dos<br />
elementos que<br />
compõem o gênero;<br />
· Analisar a produção<br />
textual quanto à<br />
coerência e coesão,<br />
continuidade temática,<br />
AVALIAÇÃO<br />
Espera-se que o aluno:<br />
· Expresse as ideias com<br />
clareza;<br />
· Elabore e re-elabore<br />
textos de acordo com o<br />
encaminhamento do<br />
professor, atendendo:<br />
- às situações de<br />
produção propostas<br />
(gênero, interlocutor,<br />
finalidade);<br />
- à continuidade<br />
temática;<br />
· Diferencie o contexto<br />
de uso da linguagem<br />
formal e informal;<br />
· Use recursos textuais<br />
como: coesão e<br />
coerência,<br />
informatividade, etc;<br />
· Utilize adequadamente<br />
recursos linguísticos<br />
250
mundo;<br />
· Temporalidade;<br />
· Referência textual.<br />
Fatores de textualidade<br />
centrada no texto:<br />
· Intertextualidade;<br />
· Partículas conectivas<br />
básicas do texto;<br />
· Vozes do discurso:<br />
direto e indireto;<br />
· Léxico: emprego de<br />
repetições, conotação,<br />
denotação, polissemia,<br />
formação das palavras,<br />
figuras de linguagem;<br />
· Emprego de palavras<br />
e/ou expressões com<br />
mensagens implícitas e<br />
explicitas;<br />
· Marcas linguísticas:<br />
coesão, coerência,<br />
função das classes<br />
gramaticais no texto,<br />
pontuação, figuras de<br />
linguagem, recursos<br />
gráficos (como aspas,<br />
travessão, negrito);<br />
· Acentuação gráfica;<br />
· Ortografia;<br />
· Concordância verbal e<br />
nominal.<br />
à finalidade,<br />
adequação da<br />
linguagem ao<br />
contexto;<br />
· Conduzir à reflexão<br />
dos elementos<br />
discursivos, textuais,<br />
estruturais e<br />
normativos.<br />
· Oportunizar o uso<br />
adequado de palavras<br />
e expressões para<br />
estabelecer a<br />
referência textual;<br />
· Conduzir a utilização<br />
adequada das<br />
partículas conectivas<br />
básicas;<br />
· Estimular as<br />
produções nos<br />
diferentes gêneros<br />
trabalhados.<br />
como: pontuação, uso e<br />
função do artigo,<br />
pronome, numeral,<br />
substantivo, adjetivo,<br />
advérbio, etc.;<br />
· Empregue palavras<br />
e/ou expressões no<br />
sentido conotativo e<br />
denotativo, em<br />
conformidade com o<br />
gênero proposto;<br />
· Use apropriadamente<br />
elementos discursivos,<br />
textuais, estruturais e<br />
normativos atrelados<br />
aos gêneros<br />
trabalhados;<br />
· Reconheça palavras<br />
e/ou expressões que<br />
estabelecem a<br />
referência textual;<br />
· Defina fatores de<br />
contextualização para o<br />
texto (elementos<br />
gráficos, temporais).<br />
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática<br />
da análise linguística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão<br />
contemplados também nesses conteúdos os Desafios Educacionais<br />
Contemporâneos:<br />
Educação Ambiental;<br />
Prevenção ao uso indevido de drogas;<br />
Sexualidade;<br />
Violência na escola.<br />
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos<br />
251
povos indígenas brasileiros (LEI N. 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008) também<br />
serão contemplados no ensino de Espanhol.<br />
3. Metodologia:<br />
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de<br />
estudo da disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma<br />
dinâmica, através das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as<br />
práticas que efetivam o discurso.<br />
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto,<br />
verbal ou não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir<br />
sentidos. Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e<br />
contemplarão questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas.<br />
Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao<br />
aluno como construir significados e subjetividade para agir por meio da<br />
linguagem.<br />
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade<br />
do aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem<br />
permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que<br />
cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de<br />
textos de diferentes gêneros discursivos.<br />
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,<br />
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de<br />
informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os<br />
recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em<br />
si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno<br />
será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e<br />
por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao<br />
texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda<br />
que a língua não é neutra.<br />
em conta:<br />
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando<br />
Gênero – explorar o gênero escolhido;<br />
252
Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para<br />
quem, onde, quando e por que (contexto de produção e circulação);<br />
construção se sentidos;<br />
Variedade Linguística – formal ou informal;<br />
Análise linguística – conforme se fizer necessária para a<br />
Atividades de pesquisa, discussão e produção.<br />
Mais importante que o uso funcional da língua, será o<br />
engajamento discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que<br />
familiarizem os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes<br />
possibilite desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades<br />
lingüísticas conforme as situações de comunicação.<br />
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá<br />
explicitar para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e<br />
determinar para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao<br />
aluno (escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu<br />
discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.<br />
Embora cada prática discursiva possa apresentar<br />
encaminhamentos diferenciados conforme suas especificidades, é importante<br />
esclarecer que estas não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que<br />
numa concepção discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em<br />
situações concretas de comunicação.<br />
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos o seu<br />
conteúdo ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa<br />
e discussão. Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os<br />
Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Educação Fiscal, Prevenção<br />
ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência<br />
contra a Criança e o Adolescente, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei<br />
13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio Ambiente” e Lei 11645/08<br />
“História e cultura dos povos indígenas”.<br />
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o<br />
conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará<br />
com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo<br />
Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser<br />
253
etomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,<br />
posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que<br />
se expressem ou construam sentidos aos textos.<br />
Serão utilizados como recursos didáticos e <strong>pedagógico</strong>s os<br />
dicionários de Espanhol/ Português/Espanhol encaminhados pela SEED a este<br />
estabelecimento, a TV multimídia, o laboratório de informática, revistas e<br />
jornais na língua-alvo para leitura e para recorte, CD e CD-room.<br />
4. Avaliação:<br />
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da<br />
LDB nº 9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino<br />
de Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 –<br />
SUED/SEED. Logo, será formativa, diagnóstica e processual.<br />
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise<br />
linguística-discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de<br />
posicionamento diante do que está sendo lido.<br />
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da<br />
Língua Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer<br />
adequação da variedade lingüística para diferentes situações.<br />
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da<br />
linguagem para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o<br />
aluno conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve<br />
planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da<br />
variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante<br />
considerar o erro como efeito da própria prática.<br />
Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de<br />
leitura, debates, pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações<br />
orais, seminários, trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de<br />
peças teatrais, jograis e cantos.<br />
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão<br />
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,<br />
alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades<br />
254
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos<br />
diversificados anotados em Livro Registro de Classe.<br />
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas<br />
expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).<br />
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento<br />
escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.<br />
letivo.<br />
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano<br />
Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima<br />
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução<br />
3794/2004.<br />
Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de<br />
75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis<br />
vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo.<br />
apresentarem:<br />
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que<br />
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas,<br />
independentemente do aproveitamento escolar;<br />
II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e<br />
média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).<br />
Nos cursos do CELEM serão registradas médias pelo idioma<br />
cursado, que corresponderão às avaliações individuais realizadas através de<br />
diversos instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o<br />
aluno submeter-se-á, respeitando o sistema de avaliação adotado pelo<br />
estabelecimento de ensino.<br />
5. Referências:<br />
ALONSO, E. Cómo ser professor/a y querer seguir siéndolo. Madrid:<br />
Edelsa, 2006.<br />
LEFFA, V. J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: Educat,<br />
2006.<br />
255
______. O professor de línguas: construindo a profissão. Pelotas: Educat,<br />
2006.<br />
LIPSKI, J. M. El español de América. Madrid: Cátedra, 1994.<br />
MILANI, E. M. Gramática de espanhol para brasileiros. São Paulo: Saraiva,<br />
1999.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.<br />
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação<br />
Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.88p. Disponível<br />
em:. Acesso em: 10 nov. 2009.<br />
256
5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO<br />
PEDAGÓGICO<br />
O Projeto Político Pedagógico explicita fundamentos teórico-<br />
metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de<br />
implementação e avaliação da escola. As modificações que se fizerem<br />
necessárias resultarão de um processo de discussão, avaliação e ajustes<br />
permanentes, onde a escola estará sempre junto e à disposição dos pais e da<br />
comunidade, prestando conta dos resultados e das ações que ela promove.<br />
Reuniões serão organizadas sempre que necessário para informar sobre o<br />
andamento do que foi proposto, e o que está sendo implementado.<br />
A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e<br />
aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda extensão do ato<br />
educativo e não apenas a dimensão pedagógica, é considerada.<br />
Os movimentos avaliativos partem da necessidade de se conhecer a<br />
realidade escolar para explicar e compreender criticamente as causas da<br />
existência dos problemas, bem como suas relações e mudanças, esforçando-se<br />
para propor ações alternativas.<br />
Levando em conta todas as questões trabalhadas e avaliadas pela<br />
direção, professores, funcionários, alunos e pais e sociedade em geral, o<br />
esforço analítico da realidade constatada possibilitará a identificação de quais<br />
finalidades estão relegadas e precisam ser reforçadas e priorizadas, e como<br />
elas poderão ser detalhadas e retrabalhadas.<br />
Na operacionalização do <strong>projeto</strong>, o que se faz é verificar se as decisões<br />
foram acertadas ou erradas, e o que é preciso revisar e reformular. Tendo em<br />
vista as diferentes circunstâncias, pode haver necessidade tanto de<br />
alterações de determinadas decisões, como introdução de ações<br />
completamente novas.<br />
A escola utilizará mecanismos institucionalizados e atuantes como<br />
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar, juntamente com<br />
a direção, para propiciar a captação e os gasto transparente dos recursos<br />
financeiros, bem como outras parcerias (entidades, empresas, etc.) que<br />
257
venham a colaborar na superação de suas limitações de ordem física,<br />
administrativa e pedagógica.<br />
A educação é um processo a longo prazo, e por isso o Projeto Político<br />
Pedagógico está sempre em construção.<br />
A conquista dos objetivos propostos depende de uma prática educativa<br />
que tenha como eixo a formação de um cidadão autônomo e participativo.<br />
258
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ADAMUZ; Regina Célia. Avaliação Educacional uma reflexão. Revista Cultural<br />
Fonte. Londrina/PR: v. 2, n. 1, p. 51 –53, nov.1999.<br />
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:<br />
introdução à filosofia. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Moderna, 1993.<br />
______. Avaliação mitos e desafios: Uma perspectiva construtiva. 14. ed.<br />
Porto Alegre: Educação e realidade, 1994.<br />
BRASIL. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de<br />
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.<br />
Curitiba: 1996.<br />
ELLIOT, Lígia Gomes. Critérios de julgamentos: Chave para a avaliação da<br />
aprendizagem. Ensaio: Avaliação política pública educacional. Rio de Janeiro:<br />
v. 8, n. 27, p. 129-142, abr./jun./2000.<br />
ESTEBAN, Maria Tereza. (org). Avaliação: uma prática em busca de novos<br />
sentidos. 3. ed. Rio de Janeiro: D. P. & A, 2001.<br />
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em<br />
construção da pré-escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e realidade,<br />
1993.<br />
LIBÂNEO, José Carlos. Avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994.<br />
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.<br />
259
______. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos:<br />
orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2006.<br />
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do professor. São<br />
Paulo: EPU, 1986.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a<br />
Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.<br />
PINHEIRO, Maria Eveline. A Ação coletiva como referencial para a organização<br />
do trabalho <strong>pedagógico</strong>. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia<br />
Maria Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço do <strong>projeto</strong> <strong>político</strong>-<br />
<strong>pedagógico</strong>. Campinas: Papirus, 1998, p. 75-94.<br />
SACRISTÀN, J. Gimeno; GOMES, A. I. Péres. A avaliação no ensino. In:<br />
Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani da Fonseca Rosa. 4. ed.<br />
Porto Alegre: Artmed, 1998, p.295-351.<br />
SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar?: como avaliar?: critérios e<br />
instrumentos. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.<br />
_______. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove<br />
anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Departamento de<br />
Educação Básica. Curitiba, 2010.<br />
SOUZA, Clarilda Prado de. (org.). Avaliação do rendimento escolar. 3. ed.<br />
Campinas: Papirus, 1994.<br />
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética –<br />
libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1998.<br />
260
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do <strong>projeto</strong><br />
<strong>político</strong>-<strong>pedagógico</strong>. In: ________; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.).<br />
Escola: espaço do <strong>projeto</strong> <strong>político</strong>-<strong>pedagógico</strong>. Campinas: Papirus,<br />
1998, p. 9-32.<br />
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto <strong>político</strong>-<strong>pedagógico</strong> e a<br />
avaliação. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves<br />
de (orgs.). Escola: espaço do <strong>projeto</strong> <strong>político</strong>-<strong>pedagógico</strong>. Campinas:<br />
Papirus, 1998, p. 179-200.<br />
ZABALLA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa.<br />
In: A Avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 195-219.<br />
261
7. ANEXOS<br />
7.1. Atividades e <strong>projeto</strong>s desenvolvidos na escola, integrados ao<br />
Projeto Político Pedagógico:<br />
7.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas –<br />
OBMEP<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio<br />
participa todos os anos da OBMEP, com os alunos de todos os anos e séries,<br />
buscando, muito mais que competição, o incentivo ao estudo da Matemática, e<br />
consequentemente um ensino de qualidade.<br />
7.1.2. Concurso de Soletração<br />
Com o objetivo de promover e incentivar o hábito de leitura, além da<br />
valorização da língua pátria, o Lions Club Bandeirantes tem realizado<br />
anualmente o Concurso Municipal de Soletração, destinado aos alunos do 9º<br />
Ano, que contou com a participação deste <strong>colégio</strong>. Neste ano, o livro escolhido<br />
para a leitura foi São Bernardo, de Graciliano Ramos.<br />
Os professores têm um período para trabalhar com os alunos em sala de<br />
aula os vocábulos contidos no livro e também no dicionário de Língua<br />
Portuguesa, dentro da nova ortografia, vindo a realizar um concurso de<br />
soletração com a turma, de onde sai o vencedor para a fase municipal. Os<br />
participantes deste ano foram as alunas Amanda dos Santos Coelho do 9º A, e<br />
Notrieliene Bianca D'Arc da Silva do 9º B.<br />
7.1.3. Jogos Florais<br />
A Prefeitura Municipal de Bandeirantes promove anualmente os Jogos<br />
Florais, com a participação das escolas e trovadores de todo o país. O<br />
262
egulamento é enviado à escola, com os temas escolhidos, e os professores de<br />
Língua Portuguesa em especial, trabalham com os alunos a produção das<br />
trovas, que são enviadas à comissão julgadora do município. As escolhidas são<br />
publicadas no livrinho dos Jogos Florais, podendo ser trovas campeãs, menção<br />
honrosa, e numa solenidade festiva, com a participação de trovadores<br />
convidados, professores e alunos, são declamadas para a plateia.<br />
O <strong>colégio</strong> estimula os alunos para que participem dessa atividade, que<br />
além de permitir o afloramento da sensibilidade, também é uma excelente<br />
oportunidade para o desenvolvimento da leitura e escrita.<br />
7.1.4. Programa Agrinho<br />
O Agrinho é um programa de longa data que vem sendo desenvolvido nas<br />
escolas, com o objetivo de desenvolver ações que propiciem o despertar da<br />
consciência de cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à<br />
preservação do meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida.<br />
Os conteúdos do Programa AGRINHO são desenvolvidos de forma<br />
transversal ao currículo escolar, havendo a sensibilização da comunidade,<br />
capacitação docente, desenvolvimento do trabalho e concursos, podendo<br />
participar os alunos, professores, escolas, municípios, NREs.<br />
7.1.5. Concurso de Redação – Rotary Club<br />
o Colégio Estadual Juvenal Mesquita participou do concurso de redação<br />
promovido pelo Rotary Club de Bandeirantes, com o objetivo de conscientizar e<br />
mobilizar a comunidade escolar para discorrer sobre o Lema Rotário <strong>2012</strong>/2013<br />
“PAZ ATRAVÉS DO SERVIR”. Houve esclarecimentos por parte de um<br />
representante do Rotary nas salas de aula e muitos alunos entregaram suas<br />
redações, vindo a ganhar em 3º lugar a redação da aluna Emily Beatriz Mendes<br />
de Campos, do 7º Ano B, período matutino.<br />
263
7.1.6. Participação em atividades cívicas<br />
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio<br />
participa do desfile cívico em comemoração à Independência do Brasil e<br />
também do aniversário do município, contando com a participação da direção,<br />
professores e alunos.<br />
7.2- Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar<br />
I. Identificação da Equipe Multidisciplinar<br />
Estabelecimento: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e<br />
Médio<br />
Município: Bandeirantes<br />
NRE: Cornélio Procópio<br />
Integrantes:<br />
Andréa Cristina do Nascimento<br />
Ângela Maria Nogueira Herbst<br />
Cristina dos Santos<br />
Fabiana Aparecida Gonçalves<br />
Giulliane de Oliveira Matta<br />
Maria das Graças Ticianel<br />
Roseclei de Fátima Proni<br />
Vanilda Aparecida Monteiro<br />
II. Objetivos<br />
• Repensar as práticas educativas no sentido de valorizar e diminuir as<br />
diferenças em relação às questões étnico-raciais.<br />
• Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar acerca dos<br />
diferentes povos.<br />
• Elaborar o plano de ação com conteúdos e metodologias que visem<br />
acabar com a discriminação racial, preconceito e racismo.<br />
264
• Desenvolver estratégias de conscientização junto à comunidade escolar,<br />
problematizando as relações entre as culturas africana, indígena e<br />
ocidental.<br />
• Realizar estudos periódicos de formação, pertinentes à temática da<br />
Educação das Relações Étnico-Raciais e de Ensino de História e Cultura<br />
Afrobrasileira, Africana e Indígena, bem como subsidiar os demais<br />
professores e alunos na execução de ações que efetivem a referida<br />
temática.<br />
• Socializar os conteúdos, dinâmicas e trabalhos realizados com o coletivo<br />
escolar.<br />
III. Justificativa<br />
As atividades previstas no presente plano de ação foram planejadas<br />
considerando a necessidade de debater sobre as diferenças raciais,<br />
especialmente no interior da escola, na tentativa de ultrapassar as barreiras<br />
como a violência, preconceito, racismo, haja vista a importância do índio e do<br />
negro no processo de construção da sociedade na qual estamos inseridos, e<br />
buscará realizar principalmente um trabalho de conscientização e valorização<br />
do ser humano.<br />
IV. Diagnóstico<br />
A questão racial, cada vez mais polêmica, tem remetido os profissionais<br />
da educação à reflexões sérias e importantes sobre seu compromisso em<br />
repensar suas práticas educativas, reorientar ações, fundamentar-se teórico e<br />
metodologicamente sobre essa questão, na perspectiva de uma lógica<br />
inclusiva. Entretanto, ainda há muita dificuldade dos mesmos reunirem-se com<br />
seus pares e realizar uma proposta coletiva e articulada.<br />
Com a composição de equipes multidisciplinares e a abertura de eventos<br />
que tornam possíveis encontros periódicos, as diferenças raciais poderão ser<br />
estudadas, analisadas e trabalhadas de forma mais efetiva.<br />
A situação atual da escola quanto ao trato da questão racial no dia a dia<br />
da prática pedagógica, revela ainda certo despreparo e receio para lidar com<br />
265
os conflitos que podem surgir, haja vista que o alunado do estabelecimento<br />
tem um número considerável de afro-descendentes, e eventualmente são<br />
observadas diversas situações como revolta, vergonha, discriminação entre si<br />
próprios, interpretação errônea de certas colocações, etc.<br />
Dessa forma, o que se tem visto são docentes trabalhando os conteúdos<br />
pertinentes à sua disciplina, no que diz respeito à história propriamente dita,<br />
cultura, valores, embora nas formações continuadas haja orientações quanto<br />
às abordagens do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e<br />
Indígena previsto no Projeto Político Pedagógico, principalmente no sentido de<br />
um trabalho voltado mais para a valorização, diminuição das discriminações e<br />
preconceitos devido às diferenças raciais, do que para a mera informação do<br />
conteúdo. Por mais que procurem desenvolver atividades que valorizem a<br />
diversidade através de palestras, explanações e debates sobre a situação do<br />
negro e do índio no Brasil, tentando favorecer a construção positiva de sua<br />
identidade social, isso não tem ocorrido de forma coletiva, interdisciplinar e<br />
efetiva, o que precisa melhorar.<br />
Por outro lado, o que também tem desestimulado muito os professores<br />
são os comportamentos agressivos do alunado, não somente decorrente de<br />
diferenças étnicas, mas também de problemas familiares, emocionais, sociais e<br />
econômicos. E por mais que se esforcem, os resultados não estão sendo<br />
satisfatórios, já que é grande o número de alunos que se recusa a respeitar,<br />
seguir regras, normas e lutar por uma vida melhor, independente de ser<br />
branco, negro, índio ou qualquer outra etnia.<br />
A escola busca incentivar os professores a desenvolver <strong>projeto</strong>s, com o<br />
objetivo de promover uma maior interação, expor os trabalhos realizados, na<br />
tentativa de desenvolver atitudes de respeito, boas maneira e também busca<br />
informar sobre todo o material <strong>pedagógico</strong> recebido da SEED.<br />
Contudo, alguns docentes, que deveriam empunhar a bandeira da luta<br />
contra as desigualdades, infelizmente agem com indiferença, revelam-se<br />
racistas em potencial, atrapalhando os bons resultados esperados.<br />
É preciso prever ações que permitam aos alunos interagir, trocar ideias,<br />
conhecimentos, numa relação de respeito e entendimento, coibindo atitudes,<br />
expressões verbais explícitas e implícitas de racismo, onde o professor seja o<br />
266
mediador, através dos trabalhos em grupo, palestras, seminários, plenárias,<br />
artesanatos, danças, teatro, dentre outros. O importante é que todos entendam<br />
que precisam respeitar para serem respeitados. Para isso é fundamental<br />
envolver a família, a comunidade em geral nas ações previstas através de<br />
reuniões, apresentações, exposições, palestras, parcerias, feiras, homenagens,<br />
a fim de estabelecer um diálogo constante para que saibam o que está sendo<br />
feito e participem conjuntamente.<br />
O acervo da biblioteca em relação à questão racial contém cadernos<br />
temáticos, leis, porém muito pouco de literatura infanto-juvenil, o que precisa<br />
ser implementado.<br />
V. Ações a serem desenvolvidas<br />
• Encontros para estudos com os componentes da Equipe Multidisciplinar.<br />
• Debates sobre a questão racial com o coletivo da escola, em momentos<br />
como por exemplo reuniões pedagógicas, dentre outros.<br />
• Enriquecimento do acervo bibliográfico junto à biblioteca da escola,<br />
conforme as possibilidades da mesma.<br />
• Palestras, passeios, sessões de filmes pertinentes à temática, valorizando<br />
e reconhecendo a devida importância dessas culturas junto à<br />
humanidade.<br />
• Atividades junto aos alunos, dentro de cada disciplina específica e/ou de<br />
forma interdisciplinar, como pesquisas, leituras, danças, pinturas,<br />
colagens, artesanato, etc., com momentos de socialização das<br />
atividades desenvolvidas.<br />
• Exposição dos trabalhos para toda a comunidade.<br />
VI. Cronograma<br />
AÇÕES Fev Mar Ab<br />
r<br />
Encontros da Equipe<br />
Multidisciplinar para estudos<br />
e reflexões<br />
Ma<br />
i<br />
Jun Jul Ago Set Ou<br />
t<br />
Nov Dez<br />
x x x x x x x x x<br />
267
Discussões sobre a questão<br />
racial em reuniões com os<br />
professores<br />
Palestra sobre a<br />
discriminação racial,<br />
enfocando até que ponto vai<br />
o preconceito<br />
Aquisição de literatura<br />
infanto-juvenil<br />
Disciplina de Arte: Máscaras<br />
africanas: pesquisa,<br />
recriação de formas, figuras,<br />
cores, finalizando com a<br />
pintura decorativa em<br />
telhas.<br />
Disciplina de Ed. Física:<br />
dança com coreografia<br />
africana; apresentação de<br />
Capoeira pelo grupo do<br />
município, aos alunos do<br />
<strong>colégio</strong>.<br />
Disciplina de Ensino<br />
Religioso: Estudo das<br />
religiões afro-brasileiras;<br />
confecção de cartazes<br />
Disciplina de História:<br />
- Estudo dos Reinos<br />
Africanos<br />
- A importância do Egito:<br />
escrita, arquitetura<br />
- Ilustração: Egito<br />
- O mito de Ísis e Osíris:<br />
história em quadrinhos<br />
- Exposição dos trabalhos<br />
Matemática:<br />
X X<br />
X X<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x x x x<br />
- Leitura de gráficos: X X X<br />
x<br />
x<br />
X<br />
x<br />
x<br />
X<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
x<br />
268
interpretação de dados<br />
estatísticos, comparando as<br />
diferenças de salários,<br />
oportunidades de emprego,<br />
etc., do branco com o negro<br />
e o índio.<br />
Geometria: Pesquisa e<br />
confecção de materiais<br />
( pintura corporal,<br />
demarcação de terra, jogos<br />
- shisima)<br />
Língua Portuguesa:<br />
- Poesia<br />
- Jogral<br />
- Leitura de texto<br />
- Produção de texto<br />
- Exposição dos trabalhos<br />
VII. Avaliação das ações realizadas pela equipe<br />
x<br />
X x x x<br />
x<br />
x x<br />
A avaliação, como em todo processo avaliativo, será diagnóstica e<br />
contínua, com a intenção precípua de rever a prática docente no que tange às<br />
questões raciais, criando e recriando estratégias, metodologias, junto ao<br />
coletivo da escola, no sentido de efetivar eficazmente as ações propostas.<br />
VIII. Referências:<br />
- Constituição Federal<br />
- Deliberação 04/06 – Normas complementares às Diretrizes Curriculares<br />
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de<br />
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana<br />
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações<br />
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira.<br />
x<br />
x<br />
x<br />
269
Brasília, 2005.<br />
- Instrução nº 010/2010 - SUED/SEED<br />
- Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08<br />
- Lei 12.288/010 - Estatuto da Igualdade Racial<br />
- PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e<br />
Africana. SEED. Curitiba. PR. 2008<br />
- PARANÁ. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-<br />
Raciais II. SEED. Curitiba. PR. 2008<br />
- Portal http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br<br />
- Resolução nº 3399/2010 – Composição das Equipes Multidisciplinares<br />
Participante do Concurso Beleza Afro do <strong>colégio</strong> – Nov/2011<br />
270
Alunos ganhadores do concurso Beleza Afro - Nov/2011<br />
7.3. Proposta da Agenda 21 Escolar<br />
A implentação da Agenda 21 Escolar está prevista para o ano de 2013, e<br />
no decorrer de <strong>2012</strong> está ocorrendo a preparação teórica de toda a<br />
comunidade escolar através da leitura de textos referentes à demanda da<br />
Educação Ambiental e Agenda 21, no sentido de embasar contribuições para<br />
seu funcionamento, de acordo com as orientações da SEED. O objetivo é<br />
viabilizar a implementação de uma nova forma de enxergar tal demanda. Os<br />
textos são estudados na hora-atividade de cada professor.<br />
271
7.4. Calendário – Ano Letivo <strong>2012</strong><br />
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO<br />
COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO<br />
De acordo com Resolução Nº 4901/2011- GS/SEED - Instrução Nº 015/2011-SUED/SEED/PR<br />
Janeiro Fevereiro Março<br />
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S<br />
1 2 3 4 1 2 3<br />
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22<br />
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias<br />
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24<br />
22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31<br />
29 30 31<br />
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnav al<br />
CALENDÁRIO ESCOLAR – <strong>2012</strong><br />
Abril Maio Junho<br />
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S<br />
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2<br />
8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19<br />
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias<br />
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23<br />
29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30<br />
6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi<br />
21 Tiradentes<br />
Julho Agosto Setembro<br />
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S<br />
1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 1<br />
8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 18<br />
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias<br />
22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22<br />
29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29<br />
30<br />
7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência<br />
Outubro Novembro Dezembro<br />
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S<br />
1 2 3 4 5 6 1 2 3<br />
7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 12<br />
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias<br />
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22<br />
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29<br />
30 31<br />
12 N. S. Aparecida 2 Finados<br />
14 Aniversário do Município<br />
15 Proclamação da República<br />
20 Dia Nacional da Consciência Negra<br />
25 Natal<br />
Dias Letivos Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes<br />
1º Semestre 100 Janeiro 31 janeiro/férias 30<br />
2º Semestre 101 fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15<br />
Total 201 julho 18 dez/recesso 12<br />
dezembro 12 outros recessos 3<br />
Total 68 Total 60<br />
Início/Término Semana Pedagógica<br />
Planejamento Formação Continuada SEED e NRE<br />
Replanejamento (contraturno) Formação Continuada<br />
Férias Conselho de Classe/Reunião Pedagógica<br />
Recesso Semana de Integração Escola/Comunidade<br />
1<br />
272
7.5. Matriz Curricular<br />
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA MANHÃ<br />
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES<br />
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA<br />
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440<br />
TELEFONE: (43) 3542-4490<br />
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ<br />
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO<br />
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS<br />
ANO DE IMPLANTAÇÃO: <strong>2012</strong> FORMA: SIMULTÂNEA<br />
BASE<br />
NACIONAL<br />
COMUM<br />
PARTE<br />
DIVERSIFI-<br />
CADA<br />
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º<br />
Arte 2 2 2 2<br />
Ciências 3 3 3 3<br />
Educação Física 3 3 2 2<br />
Ensino Religioso* 1 1<br />
Geografia 3 3 4 4<br />
História 3 3 4 4<br />
Língua Portuguesa 4 4 4 4<br />
Matemática 4 4 4 4<br />
Subtotal 23 23 23 23<br />
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2<br />
Subtotal 2 2 2 2<br />
Total Geral 25 25 25 25<br />
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.<br />
*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.<br />
Bandeirantes, 30 de agosto de 2011.<br />
____________________________<br />
Direção<br />
273
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA TARDE<br />
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES<br />
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA<br />
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440<br />
TELEFONE: (43) 3542-4490<br />
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ<br />
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO<br />
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS<br />
ANO DE IMPLANTAÇÃO: <strong>2012</strong> FORMA: SIMULTÂNEA<br />
BASE<br />
NACIONAL<br />
COMUM<br />
PARTE<br />
DIVERSIFI-<br />
CADA<br />
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º<br />
Arte 2 2 2 2<br />
Ciências 3 3 3 3<br />
Educação Física 3 3 2 2<br />
Ensino Religioso* 1 1<br />
Geografia 3 3 4 4<br />
História 3 3 4 4<br />
Língua Portuguesa 4 4 4 4<br />
Matemática 4 4 4 4<br />
Subtotal 23 23 23 23<br />
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2<br />
Subtotal 2 2 2 2<br />
Total Geral 25 25 25 25<br />
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.<br />
*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.<br />
Bandeirantes, 30 de agosto de 2011.<br />
____________________________<br />
Direção<br />
274
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA NOITE<br />
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES<br />
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA<br />
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440<br />
TELEFONE: (43) 3542-4490<br />
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ<br />
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO<br />
TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS<br />
ANO DE IMPLANTAÇÃO: <strong>2012</strong> FORMA: SIMULTÂNEA<br />
BASE<br />
NACIONAL<br />
COMUM<br />
PARTE<br />
DIVERSIFI-<br />
CADA<br />
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º<br />
Arte 2 2 2 2<br />
Ciências 4 4 3 3<br />
Educação Física 2 2 2 2<br />
Ensino Religioso* 1 1<br />
Geografia 3 3 4 4<br />
História 4 4 4 4<br />
Língua Portuguesa 4 4 4 4<br />
Matemática 4 4 4 4<br />
Subtotal 24 24 23 23<br />
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2<br />
Subtotal<br />
Total Geral 26 26 25 25<br />
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.<br />
*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.<br />
Bandeirantes, 30 de agosto de 2011.<br />
______________________________<br />
Direção<br />
275
ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA MANHÃ<br />
MATRIZ CURRICULAR ÚNICA - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS<br />
ESTADO DO PARANÁ<br />
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO<br />
NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES<br />
Estabelecimento: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL<br />
E MÉDIO -<br />
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440 – VILA MACEDO<br />
FONE/FAX: (43) 3542-4490<br />
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ<br />
CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS<br />
DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS<br />
TURNOS: MANHÃ<br />
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS<br />
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES<br />
BLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .<br />
BIOLOGIA 04 ARTE 04<br />
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04<br />
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04<br />
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06<br />
LEM - INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03<br />
LEM – ESPANHOL * 04 QUÍMICA 04<br />
LÍNGUA PORTUGUESA 06<br />
Total Semanal 29 Total Semanal 25<br />
em turno contrário.<br />
* Disciplina de Matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrado<br />
Bandeirantes, 24 de novembro de 2010.<br />
276
ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA NOITE<br />
MATRIZ CURRICULAR ÚNICA - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS<br />
ESTADO DO PARANÁ<br />
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO<br />
NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES<br />
Estabelecimento: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL<br />
E MÉDIO -<br />
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440 – VILA MACEDO<br />
FONE/FAX: (43) 3542-4490<br />
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ<br />
CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS<br />
DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS<br />
TURNOS: NOITE<br />
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS<br />
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES<br />
BLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .<br />
BIOLOGIA 04 ARTE 04<br />
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04<br />
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04<br />
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06<br />
LEM - INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03<br />
LEM – ESPANHOL * 04 QUÍMICA 04<br />
LÍNGUA PORTUGUESA 06<br />
Total Semanal 29 Total Semanal 25<br />
em turno contrário.<br />
* Disciplina de Matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrado<br />
Bandeirantes, 24 de novembro de 2010.<br />
277