1 2007.pdf - Escola Secundária de Mirandela
1 2007.pdf - Escola Secundária de Mirandela
1 2007.pdf - Escola Secundária de Mirandela
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
06 Cantinho do CEF JE<br />
A história <strong>de</strong> S. Martinho<br />
Diz a lenda que Martinho,<br />
nascido na Hungria em 316, era<br />
um soldado. Era filho <strong>de</strong> um<br />
soldado romano. O seu nome foilhe<br />
dado em homenagem a Marte,<br />
o Deus da Guerra e protector dos<br />
soldados. Aos 15 anos vai para<br />
Pavia (Itália). Em França abraçou<br />
a vida sacerdotal, sendo famoso<br />
como pregador. Foi bispo <strong>de</strong> Tours.<br />
Certo dia <strong>de</strong> Novembro, muito frio e<br />
chuvoso, estando em França ao serviço do<br />
Imperador, ia Martinho no seu cavalo a caminho<br />
da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Amiens quando, <strong>de</strong> repente,<br />
começou uma terrível tempesta<strong>de</strong>. A certa altura<br />
surgiu à beira da estrada um pobre homem a<br />
pedir esmola.<br />
Como nada tivesse, Martinho, sem<br />
hesitar, pegou na espada e cortou a sua capa <strong>de</strong><br />
soldado ao meio, dando uma das meta<strong>de</strong>s ao<br />
pobre para que este se protegesse do frio. Nessa<br />
altura a chuva parou e o Sol começou a brilhar,<br />
ficando, inexplicavelmente, um tempo quase <strong>de</strong><br />
Verão.<br />
Daí que esperemos, todos os anos, o<br />
Verão <strong>de</strong> S. Martinho. E a verda<strong>de</strong> é que S.<br />
Martinho raramente nos <strong>de</strong>cepciona. Em sua<br />
homenagem, comemoramos o dia 11 Novembro<br />
com as primeiras castanhas do ano,<br />
acompanhadas <strong>de</strong> vinho novo. É o Magusto, que<br />
faz parte das tradições do nosso país.<br />
Mais tar<strong>de</strong> terá tido uma visão <strong>de</strong> Jesus e<br />
<strong>de</strong>cidiu <strong>de</strong>dicar-se à religião cristã. Faleceu a 8 <strong>de</strong><br />
Novembro <strong>de</strong> 397 em Tours.<br />
“Quentes e Boas”<br />
O tempo vai refrescando, o<br />
Outono instala-se no dia-adia,<br />
com a natureza a dar os<br />
sinais da época: as copas das<br />
árvores a amarelarem, o Sol<br />
que teima em escon<strong>de</strong>r-se<br />
sobre o manto <strong>de</strong> nuvens.<br />
Com os assomos do Inverno é reconfortante o<br />
calor proporcionado pela dúzia <strong>de</strong> castanhas,<br />
escaldando nas mãos, compradas em resposta ao<br />
apelo mais que apregoado do “quentes e boas”.<br />
Consi<strong>de</strong>radas, actualmente, quase como uma<br />
“guloseima” <strong>de</strong> época, as castanhas, em tempo<br />
idos, constituíram um nutritivo complemento<br />
alimentar, substituindo o pão na ausência <strong>de</strong>ste,<br />
quando os rigores e escassez do Inverno se<br />
instalavam. Cozidas, assadas ou transformadas<br />
em farinha, as castanhas sempre foram um<br />
alimento muito popular, cujo aproveitamento<br />
remonta à Pré-História.<br />
Advinhas<br />
Alto cavaleiro<br />
Quando lhe dá a risa<br />
Cai-lhe o dinheiro?<br />
(R: Ouriço)<br />
QUADRAS<br />
Como é bom comer<br />
Castanhas assadas<br />
E no magusto ver<br />
As meninas coradas<br />
Qual é a coisa, qual é ela,<br />
Que é macho e dá fêmeas?<br />
(R: Castanheiro)<br />
Na rua está um ven<strong>de</strong>dor<br />
De castanhas assadas<br />
É com esforço e amor<br />
Que faz feliz a rapaziada<br />
Todo o dia a apanhar chuva<br />
Coitado do ven<strong>de</strong>dor!<br />
Mas à beira das castanhas<br />
Fica cheio <strong>de</strong> calor.<br />
O S. Martinho está a chegar<br />
A lareira vou acen<strong>de</strong>r<br />
Para as castanhas assar<br />
E contigo as comer.<br />
Que lindo é o Outono!<br />
Que lindo que é!<br />
Uvas e castanhas<br />
Dá-me o avô Zé.<br />
Dia 11 <strong>de</strong> Novembro<br />
É o dia <strong>de</strong> S. Martinho<br />
Come-se a castanha assada<br />
E mais o caldo verdinho.<br />
É dia <strong>de</strong> S. Martinho<br />
É a festa das castanhas<br />
Com o frio a chegar<br />
Em vez <strong>de</strong> Sol há chuva<br />
A natureza está-se a transformar<br />
Os ouriços a abrir<br />
É Outono ninguém estranha.<br />
Alunas do CEF-C<br />
Para as castanhas apanhar.<br />
Lenda <strong>de</strong> S. Martinho<br />
Era Outono!<br />
Era uma tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> Outono!<br />
Mas era Inverno que<br />
fazia!<br />
Martinho, soldado romano<br />
Cavalgava…<br />
E o seu <strong>de</strong>ver cumpria!<br />
Rubra capa o protegia,<br />
De tão gran<strong>de</strong> temporal!<br />
Eis que seu olhar<br />
vislumbra<br />
Alguém que gemendo…<br />
sofria!<br />
Sua alma generosa<br />
Encheu-se <strong>de</strong> compaixão!<br />
Parou!...<br />
Olhou!...<br />
E, … ternamente<br />
observou!<br />
Martinho ouviu<br />
Com comoção,<br />
Pedidos <strong>de</strong> auxílio,<br />
De súplica,<br />
Daquele mendigo,<br />
Ali estendido…<br />
No chão, húmido e gélido!<br />
Todo molhado!<br />
Tão mísero!<br />
Tão sofrido!<br />
Martinho,<br />
Sem hesitar,<br />
O meu fruto é mais doce,<br />
Que o milho fabricado<br />
Todos o comem com gosto<br />
Cru, cozido ou assado?<br />
(R: Castanha)<br />
Em sua espada pegou<br />
e… num repente<br />
em duas, a sua capa<br />
cortou!!!<br />
De sorriso nos lábios,<br />
Nas mãos do pobre<br />
<strong>de</strong>ixou<br />
De sua capa a meta<strong>de</strong><br />
A outra… para si ficou!!!<br />
E, eis que se <strong>de</strong>u o<br />
milagre:<br />
As nuvens que até aí<br />
Po<strong>de</strong>rosas, no céu<br />
reinavam,<br />
Espantadas <strong>de</strong> tanta<br />
bonda<strong>de</strong><br />
Se afastaram!<br />
Afastaram-se para o Sol<br />
ver<br />
Aquele gesto generoso<br />
Daquele nobre soldado.<br />
O Sol também gostou…<br />
Também gostou do que<br />
viu.<br />
E abrindo seus braços<br />
dourados,<br />
O rei dos astros sorriu!<br />
José Pacheco, n.º20, 8ºC<br />
Tenho camisa e casaco<br />
Sem remendo nem buraco<br />
Estoiro como um foguete<br />
Se alguém no lume me mete.<br />
(R: Castanha)<br />
Se me rio… <strong>de</strong> mim sai donzela<br />
Mais donzela do que eu<br />
Ela vai com quem a leva<br />
Eu fico com quem me <strong>de</strong>u.<br />
(R: Ouriço