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Cientistas portugueses dão cartas em Portugal e no estrangeiro

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VIANA DO CASTELO<br />

7 DENOVEMBRO DE 2008<br />

REGIONAL<br />

Correio voltou a ser distribuído como <strong>no</strong><br />

t<strong>em</strong>po da “mala-posta”<br />

O correio <strong>em</strong> Viana do Castelo voltou a ser distribuído por<br />

um mensageiro trajado a rigor e montado a cavalo, numa<br />

recriação do sist<strong>em</strong>a da mala-posta, que vigorou <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />

até ao aparecimento do comboio.<br />

De corneta na mão e saco a<br />

tiracolo, cuidadosamente fechado<br />

a cadeado, o mensageiro partiu<br />

de Barroselas, parou <strong>em</strong> duas<br />

“estações de muda” para entregar<br />

e receber correspondência e<br />

prometia cumprir <strong>em</strong> duas horas<br />

os cerca de 15 quilómetros que<br />

distam daquela freguesia até à<br />

cidade Viana do Castelo.<br />

“Se o cavalo se portar b<strong>em</strong> e<br />

não houver assaltos pelos caminho,<br />

prometo chegar na hora<br />

marcada”, referia João Mota Leite,<br />

um dos mensageiros de<br />

serviço. Este regresso ao passado<br />

na forma de distribuição postal<br />

integra-se <strong>no</strong> âmbito da XX<br />

Exposição Filatélica Nacional e<br />

Inter-Regional, de<strong>no</strong>minada “Viana<br />

2008” e promovida pela Associação<br />

de Filatelia e Coleccionismo<br />

do Vale do Neiva.<br />

Nas estações de muda, os<br />

mensageiros recebiam <strong>cartas</strong><br />

que os alu<strong>no</strong>s de algumas escolas<br />

escreveram expressamente<br />

para esta iniciativa e deixavamlhes<br />

“encomendas” que alguém<br />

lhes enviara, <strong>no</strong> caso concreto<br />

chocolates. “Esta é também uma<br />

forma de cativar os mais <strong>no</strong>vos,<br />

incutindo-lhes o gosto pelos selos<br />

e pela escrita de <strong>cartas</strong>”, ex-<br />

plicava Marcial Passos, responsável<br />

pela associação organizadora.<br />

O presidente da Federação<br />

Portuguesa de Filatelia, Pedro<br />

Vaz Pereira, que marcou presença<br />

nesta recriação histórica,<br />

comparou o sist<strong>em</strong>a da malaposta<br />

com as actuais carrinhas<br />

de transporte de valores. “Eram<br />

estes homens, montados a cavalo,<br />

que transportavam todo o tipo<br />

de correspondência, desde uma<br />

simples carta até aos objectos<br />

mais valiosos, s<strong>em</strong>pre expostos<br />

ao perigo de ser<strong>em</strong> assaltados e<br />

muitas vezes alvos de ataques<br />

mais ou me<strong>no</strong>s violentos”, referiu.<br />

Pedro Vaz Pereira explicou<br />

que o sist<strong>em</strong>a da mala-posta<br />

terá arrancado <strong>em</strong> força <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />

por volta de 1850,<br />

começando a perder grande<br />

parte da sua importância a partir<br />

de 1856, com o aparecimento do<br />

comboio, até desaparecer de<br />

vez. No sist<strong>em</strong>a de mala-posta,<br />

uma encomenda poderia d<strong>em</strong>orar<br />

três, quatro ou cinco dias<br />

a chegar de Lisboa ao Porto. Do<br />

Porto a Viana, a “coisa” far-se-ia<br />

<strong>em</strong> 12 horas. Na altura, qu<strong>em</strong><br />

pagava a franquia do transporte<br />

era o destinatário, mas havia um<br />

probl<strong>em</strong>a: muitas vezes, o <strong>em</strong>is-<br />

ÉVORA<br />

Universidade com cátedra<br />

“Rui Nabeiro”<br />

A Universidade de Évora e a <strong>em</strong>presa Delta Cafés vão formalizar a<br />

criação da Cátedra “Rui Nabeiro”, destinada à área da Biodiversidade e<br />

a “primeira instituída <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> por uma <strong>em</strong>presa”, revelou o reitor. O<br />

protocolo entre a acad<strong>em</strong>ia e a <strong>em</strong>presa alentejana é assinado <strong>no</strong>s<br />

próximos dias, durante a sessão solene do Dia da Universidade.Segundo<br />

o reitor da Universidade de Évora (UE), Jorge Araújo, a Cátedra “Rui<br />

Nabeiro” vai ser dotada de c<strong>em</strong> mil euros por a<strong>no</strong> e destina-se à promoção<br />

da investigação, do ensi<strong>no</strong> e da divulgação científica na área da Biodiversidade.<br />

“É a primeira cátedra entre uma <strong>em</strong>presa e uma universidade que<br />

se cria <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> e abre uma era de colaboração que, até agora, não<br />

existia”, salientou. A parceria, sublinhou, proporciona à UE “uma capacidade<br />

de investigação acrescida” na área da Biodiversidade.<br />

“A Universidade de Évora e a Delta Cafés partilham a visão de que<br />

a actual geração é usufrutuária de um património natural e t<strong>em</strong> a responsabilidade<br />

de o legar às gerações futuras, <strong>em</strong> condições que garantam<br />

a sustentabilidade da vida humana”, considera a UE.<br />

Este a<strong>no</strong>, o Dia da Universidade fica também marcado pela inauguração<br />

da primeira fase do Colégio das Artes, na antiga Fábrica dos Leões,<br />

na periferia da cidade, cujas instalações foram r<strong>em</strong>odeladas. A inauguração<br />

do canal de televisão da universidade, de<strong>no</strong>minado UE TV, é outro<br />

dos acontecimentos que integram o programa. O canal de televisão, na<br />

rede NewboxTV, <strong>em</strong> alta definição e com programação própria, vai divulgar<br />

actividades académicas, científicas e culturais.<br />

sor escrevia a mensag<strong>em</strong> propositadamente<br />

<strong>no</strong> envelope, <strong>no</strong>meadamente<br />

através de códigos previamente<br />

combinados, o receptor<br />

lia-a e recusava-se a receber<br />

a carta. “Era uma viag<strong>em</strong> perdida,<br />

já que n<strong>em</strong> o <strong>em</strong>issor n<strong>em</strong> o<br />

destinatário pagavam o transporte,<br />

pelo que a solução foi<br />

começar a cobrar a franquia a<br />

qu<strong>em</strong> enviava a encomenda”,<br />

contou Pedro Vaz Pereira.<br />

Em <strong>Portugal</strong>, o primeiro selo,<br />

alusivo a D. Maria II, apareceu<br />

<strong>em</strong> 1853, sendo na altura cobrada<br />

uma franquia de cinco reis<br />

para jornais e impressos e de 25<br />

reis para <strong>cartas</strong>, valores tão<br />

reduzidos que é “muito complicado”<br />

estabelecer a equivalência<br />

à actual moeda.<br />

“Dez mil reis equival<strong>em</strong> cinco<br />

cêntimos. É só fazer as contas”,<br />

gracejou Pedro Vaz Pereira.<br />

Segundo este responsável, o<br />

selo <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> “está b<strong>em</strong> e<br />

recomenda-se”, apesar de cada<br />

vez se escrever<strong>em</strong> me<strong>no</strong>s <strong>cartas</strong>.<br />

O correio <strong>em</strong> Viana do Castelo<br />

voltou neste dia a ser distribuído<br />

por um mensageiro trajado a<br />

rigor e montado a cavalo, numa<br />

7<br />

ERA ASSIM DISTRIBUÍDO O CORREIO NO TEMPO DA MALA POSTA<br />

recriação do sist<strong>em</strong>a da malaposta,<br />

que vigorou <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong><br />

até ao aparecimento do comboio<br />

“O selo t<strong>em</strong> cada vez mais procura,<br />

porque há <strong>em</strong> <strong>Portugal</strong> 25 mil<br />

coleccionadores, dos quais 700<br />

de alta competição”, referiu, l<strong>em</strong>brando<br />

que este é um mercado<br />

que movimenta <strong>no</strong> País perto de<br />

20 milhões de euros por a<strong>no</strong>.

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