Midnight Breed 04 - Ascensão à Meia-noite - CloudMe
Midnight Breed 04 - Ascensão à Meia-noite - CloudMe
Midnight Breed 04 - Ascensão à Meia-noite - CloudMe
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Tiamat-World Lara Adrian<br />
<strong>Midnight</strong> <strong>Breed</strong> 4<br />
Maldita seja!<br />
Os fios estavam danificados.<br />
Ele os tinha quebrado. Como? E quando?<br />
“Filho da puta!” rugiu, olhando o artifício, cego por uma rápida e súbita<br />
ira. Se sentiu enjoado pela ira, sua cabeça dando tantas voltas que fez tremer<br />
seus joelhos. Ele caiu sobre o duro chão como se seu corpo fosse feito de<br />
chumbo.<br />
Ouviu o detonador escorregar no pó em alguma parte, mas não pôde<br />
alcançá-lo. Seus braços eram muito pesados e sua cabeça estava leve, sua<br />
consciência flutuando, distante da realidade, como se sua mente quisesse<br />
separar-se do resto do corpo que a enjaulava e a fizesse voar longe para<br />
escapar.<br />
Uma forte náusea lhe oprimiu, e soube que se não trabalhasse rápido para<br />
agarrar a si mesmo, ia desmaiar.<br />
Tinha sido uma tolice deixar de caçar todas essas semanas. Era um<br />
vampiro da Raça. Necessitava sangue humano para fortalecer-se, para viver. O<br />
sangue lhe ajudaria a mitigar a dor e a loucura. Mas já não podia confiar por<br />
mais tempo em caçar sem assassinar. Ele tinha estado muito perto, muitas<br />
vezes, desde que tinha chegado a este impressionante bosque de penhascos.<br />
Muito frequentemente nestas poucas vezes se aventurava fora com ânsias<br />
para evitar ser visto por humanos que viviam nas cidades e povoados ao redor.<br />
E como resultado da explosão que tinha sobrevivido em Boston faz um ano, a<br />
sua era uma cara que não se esquecia logo.<br />
Amaldiçoado.<br />
A palavra vaiava de algum jeito distante. Não fora na <strong>noite</strong>, mas do fundo<br />
de seu passado, no idioma do país de sua mãe.<br />
Mãos do diabo.<br />
Sugador de sangue.<br />
Monstro.<br />
Apesar da névoa de sua mente atormentada, reconhecia os epítetos.<br />
Nomes que tinha ouvido em sua mais jovem infância. Palavras que lhe<br />
caçavam, inclusive agora.<br />
O maldito.<br />
Mãos do diabo.<br />
Sugador de sangue.<br />
Monstro.<br />
E assim era, agora mais que nunca. Irônico que sua vida começaria<br />
ocultando-se, rondando como um animal entre os bosques e colinas a meia<strong>noite</strong>…<br />
só para terminar da mesma maneira.<br />
16