Outubro - Jornal Bombeiros de Portugal

6 OUTUBRO 2010
Perante um rol de dívidas aos bombeiros, calculadas
em mais de 25 milhões de euros, de
hospitais, administrações regionais de saúde
(ARS) e do Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM), a Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) questiona o Ministério da Saúde (MS) sobre
as suas intenções, nomeadamente sobre a continuidade
do transporte de doentes em ambulâncias
pelos bombeiros.
Não subsiste qualquer dúvida, da parte do ministério,
sobre a importância dos bombeiros na
prestação dos diversos serviços, – transferência,
pré-hospitalar e transporte programado. Isso
mesmo deixou expresso o secretário de Estado
da Saúde, Óscar Gaspar, aos dirigentes da Liga,
Duarte Caldeira, Rui Silva e Rama da Silva. Mas,
segundo estes, importa mostrá-lo, quer no cumprimento
de prazos de pagamento, quer na consolidação
dos vínculos existentes, sistematicamente
escamoteados, esquecidos, negados ou
desrespeitados por diferentes estruturas e unidades
dependentes do MS.
A LBP defende, e o Ministério da Saúde não o
nega, que o protocolo existente é bom e garante,
ao contrário do passado, regras bem defi nidas,
assim seja cumprido. O problema está precisamente
aí, ou seja, no sistemático desrespeito do
LBP QUESTIONA MINISTÉRIO DA SAÚDE
Qual é o destino do transporte de doentes?
novo responsável pelo Conselho Directivo do
O Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM) foi director regional do Norte quando Cunha
Ribeiro presidiu aos destinos daquela instituição.
Miguel Soares de Oliveira é médico, mestre em
medicina de emergência e, além ter exercido o cargo
já mencionado, foi também coordenador regional
das “vias verdes” do acidente vascular cerebral
e do enfarte agudo do miocárdio, e coordenador da
Ministério da Saúde, através da Administra-
O ção Regional de Saúde do Algarve (ARS do
Algarve), acaba de acatar o disposto no protocolo
sobre o transporte de doentes em ambulâncias
dos bombeiros no domínio do recebimento de
resíduos hospitalares.
Este incumprimento tinha sido denunciado pela
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao gabinete
do secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar.
Em comunicação enviada a todas as estruturas
de saúde dependentes daquela ARS, o seu De-
MUDANÇAS NO INEM
RESÍDUOS HOSPITALARES
acordado através de sucessivos incidentes técnicos
ou administrativos que permitem protelar e
“esquecer” a dívida.
Em anexo, publicamos um quadro relativo aos
hospitais portugueses cujo nível de dívida para
com os bombeiros é maior. Nestes casos concretos,
como noutros, cujo valor será inferior, subsistem
ainda montantes em dívida relativos a
2009.
É por isso que a LBP está preocupada com o
momento imediato, conforme fez questão de referir
ao secretário de Estado, mas também com o
futuro, com o ano de 2011 e as expectativas
sombrias que se apresentam.
Para a Liga, já nem está em causa, de momento,
a actualização realista das tabelas em presença,
não obstante reforçar que essa questão não
poderá deixar de ser considerada. Para já, o imperativo
é garantir o pagamento próximo dos
montantes em causa, de modo a reduzir as difi -
culdades com que as associações e corpos de
bombeiros se debatem na actualidade.
Os dirigentes da LBP lembraram ainda a Óscar
Gaspar que, caso não haja um volte-face, muitas
associações terão que se endividar para continuar
a responder às necessidades das populações,
nomeadamente o socorro e o transporte.
Novo presidente
foi director regional do Norte
Comissão Regional do Doente Crítico, no âmbito da
Administração Regional de Saúde do Norte.
O Conselho Directivo será ainda composto por
José Pedro Lopes, engenheiro, antigo comandante
de bombeiros e ex-inspector regional adjunto do
extinto Serviço Nacional de Bombeiros, que transita
da equipa anterior, e pelo administrador hospitalar
Candeias Pedro, até agora vogal do Conselho de
Administração do Hospital do Litoral Alentejano.
ARS do Algarve acata protocolo com bombeiros
partamento de Saúde Pública informa que os
agrupamentos de centros de saúde (ACES) “devem
garantir que todos os seus estabelecimentos
aceitam a entrega de materiais e resíduos com
risco biológico resultantes de tratamentos e serviços
prestados pelos corpos de bombeiros no
âmbito do transporte efectuado”.
Recorde-se que, como noticiámos na última
edição, a ARS do Algarve tinha informado as associações
humanitárias e corpos de bombeiros de
que não poderia “receber qualquer tipo de resíduos
provenientes de outras entidades externas”.
Foto: Marques Valentim
segunda edição da campanha realizada pela
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e pela
CIN, através da sua gama de produtos para protecção
e decoração da madeira, acaba de terminar
com um balanço muito positivo, ou seja, a
obtenção de 250 abrigos fl orestais (“fi re shelters”)
para oferecer a 50 corpos de bombeiros
voluntários dos 18 distritos e duas regiões autónomas
do País. Este é o resultado fi nal da campanha
“Ao proteger a sua madeira está a proteger a
de todos”, que decorreu durante os meses de Verão
e foi levada a cabo pelo segundo ano consecutivo
com resultados crescentes.
Os corpos de bombeiros vencedores foram seleccionados
por meio de votação na Internet entre
os próprios consumidores, que aderiram maciçamente
a esta iniciativa (houve mais de 30 mil
votos).
“A campanha deste ano foi um sucesso e superou
todas as expectativas. Conseguimos
abranger todos os distritos de Portugal, assisti-
PROTOCOLO LBP-CIN
Conseguidos 250 abrigos fl orestais
Distrito / Arquipélago Corporação
Aveiro
Beja
Braga
Bragança
Castelo Branco
Coimbra
Évora
Faro
Guarda
Leiria
Lisboa
Portalegre
Porto
Santarém
Setúbal
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
Açores
Madeira
mos a uma mobilização incrível por parte das
comunidades locais, das corporações e dos consumidores,
que foram incansáveis na promoção
da campanha, especialmente nas redes sociais.
No fi nal, conseguimos oferecer mais 100 abrigos
fl orestais, em comparação com o ano anterior”,
refere Reinaldo Campos, director de “Marketing”,
Estratégia & “Business Development”
da CIN.
“O abrigo fl orestal é um artigo obrigatório do
equipamento de protecção individual do bombeiro,
mas é muito dispendioso para as corporações
e não é reutilizável, o que faz com que seja uma
das principais necessidades dos bombeiros, especialmente
dos voluntários, que dispõem de menos
verbas”, refere Duarte Caldeira, presidente
da Liga Portuguesa dos Bombeiros.
Entre 21 de Junho e 21 de Setembro de 2010,
na compra de um litro de qualquer produto da
gama CIN Woodtec, um euro revertia inteiramente
a favor desta campanha.
Corporações premiadas:
Corporação Águeda, A.H.B.V.,
Corporação Mealhada, A.H.B.V.,
Corporação Aveiro, A.H.B.V..
Corporação Cuba, A.H.B.V.,
Corporação Moura, A.H.B.V..
Corporação Barcelinhos, C.V.S.P.,
Corporação Guimarães, A.H.B.V.,
Corporação Vizela, R.A.H.B.V..
Corporação Moncorvo, A.H.B.V.,
Corporação Torre de Dona Chama, A.H.B.V..
Corporação Belmonte, A.H.B.V.,
Corporação Oleiros, A.B.V.,
Corporação Sertã, A.B.V..
Corporação Penela, A.H.B.V.,
Corporação Condeixa-a-Nova, A.H.B.V.
Corporação Borba, A.H.B.V.,
Corporação Évora, A.H.B.V..
Corporação Alcoutim, A.H.B.V.,
Corporação Portimão, A.B.V.,
Corporação Aljezur, A.B.V..
Corporação Melo, A.H.B.V.,
Corporação Meda, A.H.B.V..
Corporação Bombarral, A.H.B.V.,
Corporação Benedita, A.H.B.V.,
Corporação Óbidos, A.H.B.V..
Corporação Ajuda, A.B.V.,
Corporação Malveira, A.H.B.V.,
Corporação Bucelas, A.B.V..
Corporação Portalegre, A.B.V.,
Corporação Avisenses, A.H.B.V.,
Corporação Nisa, A.H.B.V..
Corporação Portuenses, A.H.B.V.,
Corporação Crestuma, A.H.B.V.,
Corporação Areosa - Rio Tinto, A.H.B.V..
Corporação Caxarias, A.H.C.B.V.,
Corporação Benavente, A.B.V.,
Corporação Alcanede, A.H.B.V..
Corporação Setúbal, A.B.V.,
Corporação Amora, A.B.V.,
Corporação Pinhal Novo, A.H.B.V..
Corporação Ponte de Lima, A.H.B.V.,
Corporação Vila Praia de Âncora, A.H.B.V..
Corporação Vila Real (Cruz Branca), B.V./S.P.,
Corporação Flavienses, A.B.V..
Corporação Armamar, A.H.B.V.,
Corporação Nespereira, A.H.B.V..
Corporação Angra do Heroísmo, A.H.B.V.,
Corporação Praia da Vitória, A.H.B.V..
Corporação São Vicente e Porto Moniz, A.B.V.,
Corporação Calheta, A.B.V.