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Documento - Programa de Pós-Graduação em História - UFBA ...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA<br />

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS<br />

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA<br />

Pablo Antonio Iglesias Magalhães<br />

Equus Rusus<br />

A Igreja Católica e as Guerras Neerlan<strong>de</strong>sas na Bahia<br />

(1624 – 1654)<br />

Volume 3<br />

Salvador – BA<br />

2009<br />

Tese apresentada ao <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Pós</strong> -<br />

<strong>Graduação</strong> <strong>em</strong> <strong>História</strong> da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral da Bahia, para a obtenção do<br />

título <strong>de</strong> Doutor <strong>em</strong> <strong>História</strong>.<br />

Orientadora: Profa. Dra. Maria Hilda<br />

Baqueiro Paraíso<br />

Co-Orientadora: Profa. Dra. Lina<br />

Brandão Aras<br />

1


SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO 3<br />

ANEXO II. A RELAÇÃO DE FREI FRANCISCO DE SAN JUAN EM 1624 4<br />

ANEXO III. A JORNADA DOS VASSALOS DE D. JERÔNIMO DE ATAÍDE EM<br />

1625 27<br />

ANEXO IV. A RELAÇÃO DO BISPO D. JUAN DE PALAFOX Y MENDONZA EM<br />

1638 62<br />

ANEXO V. REGISTRO DAS ENTRADAS NO LIVRO DE TOMBO DA ORDEM DO<br />

CARMO DE SALVADOR (1630-1658) 76<br />

ANEXO VI. CARTAS GEOGRÁFICAS E IMAGENS<br />

FONTES E BIBLIOGRAFIA 81<br />

2


Introdução<br />

O terceiro volume da presente tese t<strong>em</strong> por objetivo apresentar textos inéditos<br />

que po<strong>de</strong>m auxiliar a leitura dos capítulos do primeiro volume. São três artigos que<br />

traz<strong>em</strong>, ao fim, a transcrição ou edição dos documentos respeitantes às guerras<br />

neerlan<strong>de</strong>sas na Bahia. Em cada um <strong>de</strong>les foi indicada a autoria e feito alguns<br />

apontamentos para situá-los na historiografia das guerras.<br />

O Anexo II apresenta uma relação escrita na Bahia por um fra<strong>de</strong> franciscano <strong>em</strong><br />

1624. O Anexo III traz a Jornada dos Vassalos narrada <strong>em</strong> castelhano por D. Jerônimo<br />

<strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> <strong>em</strong> 1625. O Anexo IV uma relação que fora publicado <strong>em</strong> 1638, mas que,<br />

durante a pesquisa, foi possível apontar seu possível autor: o Bispo Juan Palafox y<br />

Mendonza. O Anexo V apresentar um resumo das entradas feitas no Livro do Tombo do<br />

Convento <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo da Bahia entre 1626 e meados da década <strong>de</strong><br />

1650. Dos mais antigos Tombos que restaram dos mosteiros e conventos da Bahia, na<br />

primeira meta<strong>de</strong> do século XVII, o do Carmo é o único que permanece inédito, visto<br />

que os dos jesuítas e dos beneditinos foram publicados.<br />

Foram elaboradas, para falicitar a leitura da tese, cartas geográficas. Essas cartas<br />

indicam aos leitores os diversos locais do Recôncavo baiano e <strong>de</strong> Salvador que<br />

aparec<strong>em</strong> ao longo <strong>de</strong>ssa pesquisa.<br />

3


Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan: um missionário espanhol na<br />

Bahia <strong>em</strong> 1624<br />

Existe na Biblioteca Nacional da Espanha uma relação manuscrita por uma<br />

test<strong>em</strong>unha ocular que viveu <strong>em</strong> meio aos refugiados na Al<strong>de</strong>ia do Espírito Santo, <strong>em</strong><br />

1624. O manuscrito é intitulado Da tomada da Cida<strong>de</strong> da Bahia, e o que mais suce<strong>de</strong>u<br />

ate a morte do senhor Bispo, com autoria atribuída a Frei Francisco <strong>de</strong> São João e narra<br />

o dia-a-dia no centro da resistência, as dificulda<strong>de</strong>s dos refugiados e alguns pormenores<br />

<strong>de</strong>sconhecidos pela historiografia da invasão holan<strong>de</strong>sa. 1<br />

Em primeiro lugar, é necessário tecer algumas consi<strong>de</strong>rações acerca do autor da<br />

Relação. A presença <strong>de</strong> Frei Francisco <strong>de</strong> São João na Bahia <strong>em</strong> 1624 foi<br />

completamente ignorada pelas crônicas e <strong>de</strong>mais documentos relativos à invasão e<br />

retomada <strong>de</strong> Salvador <strong>em</strong> 1624 e 1625. Por pertencer à Or<strong>de</strong>m dos Franciscanos<br />

Menores, era <strong>de</strong> se esperar que os cronistas Frei Vicente do Salvador e Frei Santa Maria<br />

Jaboatão fizess<strong>em</strong> menção da sua presença na Al<strong>de</strong>ia do Espírito Santo, mas não existe<br />

qualquer referência a este nome nos escritos <strong>de</strong> ambos.<br />

As pesquisas <strong>em</strong> arquivos portugueses, ao ex<strong>em</strong>plo do Cartório Franciscano na<br />

Torre do Tombo, não apontaram a existência <strong>de</strong> qualquer fra<strong>de</strong> franciscano com este<br />

nome na primeira meta<strong>de</strong> do século XVII vivendo <strong>em</strong> Portugal. Os principais cronistas<br />

das províncias franciscanas da Arrábida, <strong>de</strong> Santo Antonio e da Pieda<strong>de</strong> também não<br />

mencionam a existência <strong>de</strong> fra<strong>de</strong> da sua or<strong>de</strong>m com este nome. Também não aparece<br />

<strong>em</strong> nenhum catálogo bibliográfico português ou brasileiro, <strong>de</strong> Diogo Barbosa Machado<br />

a Augusto Sacramento Blake, passando por Inocêncio Francisco da Silva.<br />

A presença <strong>de</strong> Frei Francisco <strong>de</strong> São João na Bahia durante a invasão holan<strong>de</strong>sa<br />

permaneceu um enigma. A única pista, além do nome, existente no manuscrito, está na<br />

folha 30, quando o autor afirma “viam que lhe matavam aos nossos muita gente, que<br />

conforme diziam seriam os mortos perto <strong>de</strong> duzentos, e vivos alguns vinte, que por<br />

essas fazendas ficavão quando me vim para Espanha”. Frei Francisco <strong>de</strong> São João não<br />

retornou para Portugal, como era <strong>de</strong> se esperar <strong>de</strong> um religioso português, mas seguiu<br />

<strong>em</strong> direção da Espanha.<br />

1 BNE. Ms. 17533, “Da tomada da Cida<strong>de</strong> da Bahia, e o que mais suce<strong>de</strong>u ate a morte do senhor Bispo”,<br />

fls. 21 a 31v.<br />

4


Tratar-se-ia, então, <strong>de</strong> um Fray Francisco <strong>de</strong> San Juan? Isso explicaria a<br />

existência <strong>de</strong> muitos el<strong>em</strong>entos da língua castelhana no manuscrito. O original<br />

<strong>de</strong>saparecido, aliás, provavelmente foi redigido <strong>em</strong> castelhano. A cópia do século XVIII<br />

conservada na Biblioteca Nacional <strong>de</strong> Espanha <strong>de</strong>ve ter sido vertida para o português<br />

por anônimo copista, que aportuguesou, além do texto, o nome do franciscano <strong>de</strong> San<br />

Juan para São João. Durante a cópia e tradução foram conservadas algumas palavras <strong>em</strong><br />

sua forma castelhana, como o substantivo próprio “España”, as preposições “en” e<br />

“con”, que são recorrentes <strong>em</strong> diversos parágrafos, e as grafias <strong>de</strong> “señor” e “otra” ao<br />

invés <strong>de</strong> “senhor” e “outra”. Aparece também diversas vezes a conjunção castelhana<br />

“y”, <strong>de</strong>monstrando falhas na tradução do original para o português.<br />

Foi necessário investigar a existência <strong>de</strong> algum Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan na<br />

Espanha da primeira meta<strong>de</strong> do século XVII. A princípio foi possível i<strong>de</strong>ntificar dois<br />

franciscanos que atendiam por este nome nesta época. O primeiro chamava-se Fr.<br />

Francisco <strong>de</strong> San Juan Evangelista e atuou nas missões franciscanas nas ilhas Filipinas. 2<br />

O segundo Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan publicou <strong>em</strong> 1610 o livro La Vida <strong>de</strong> la Santa<br />

Virgen Eustochio. Nas Bibliotecas Nacionais <strong>em</strong> Madrid, Lisboa ou Rio <strong>de</strong> Janeiro não<br />

encontrei ex<strong>em</strong>plar <strong>de</strong>ste livro e por esta razão não pu<strong>de</strong> averiguar qualquer notícia<br />

acerca <strong>de</strong>ste franciscano, além do que informou Antonio Palau y Dulcet e Agustín<br />

Baquero. 3<br />

Na Biblioteca Nacional do Rio <strong>de</strong> Janeiro, não obstante, foi possível i<strong>de</strong>ntificar<br />

outro Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan ou Frei Francisco Martin <strong>de</strong> San Juan. Este religioso<br />

ocupou a função <strong>de</strong> Comissário Provincial dos franciscanos que passaram para as<br />

custódias na América e foi o autor <strong>de</strong> um raríssimo impresso que integrou a coleção do<br />

Aba<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sever, Diogo Barbosa Machado, incluso na coleção <strong>de</strong> Notícias das Sagradas<br />

2 HUERTA, Félix <strong>de</strong>. Estado Geográfico, Topográfico, Estadistico, Histórico-religioso, <strong>de</strong> la Santa y<br />

Apostólica Provincia <strong>de</strong> S. Gregorio Magno, <strong>de</strong> Religiosos Menores Descalzos <strong>de</strong> la... N.S.P.S.<br />

Francisco, en las Islas Filipinas, Binondo: Imp. <strong>de</strong> M. Sanchez y Cª, 1865, pp. 511 e 512. “Biblioteca <strong>de</strong><br />

Autores hijos <strong>de</strong> esta Provincia <strong>de</strong> S. Gregorio. 61. Fr. Francisco <strong>de</strong> San Juan Evangelista, Confesor,<br />

natural <strong>de</strong> Burgos <strong>de</strong> las Torres, <strong>de</strong> la ilustre famila <strong>de</strong> los Nietos y Silvas, profesó en la santa provincia<br />

observante <strong>de</strong> la Concepcion. No se sabe el añoque llegó á Filipinas, pues no consta su nombre en las<br />

listas <strong>de</strong> misiones; pero en 25 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1633 ya se nombró ministro <strong>de</strong>l pueblo <strong>de</strong> Cavinti y tambien<br />

outra vez á Morong. El año <strong>de</strong> 1645 estuvo <strong>de</strong> morador en Manila, y escribió: Tratado <strong>de</strong>l gobierno<br />

espiritual <strong>de</strong> las monjas. Por los años <strong>de</strong> 1652 volvió á la administracion <strong>de</strong> Morong, y <strong>de</strong> aqui pasó á<br />

Caboan, don<strong>de</strong> enfermo, y retirandose á nuestro convento <strong>de</strong> Manila murió el año <strong>de</strong> 1656”.<br />

3 DULCET, Antonio Palau y; BAQUERO, Agustín. Manual <strong>de</strong>l Librero Hispano-americano:<br />

Bibliografía General Española, Madrid, 1927, pp. 409 e 415: “La vida <strong>de</strong> la santa virgen Eustochio<br />

(sic) Recopilada por Fr. Francisco <strong>de</strong> San Juan” ou “SAN JUAN, Fr. Francisco <strong>de</strong>. La vida <strong>de</strong> la santa<br />

virgen Eustochis (sic) hija <strong>de</strong> Santa Paula, copiada <strong>de</strong> lo que <strong>de</strong>lla escrebio San Geronymo. Sevilha,<br />

1610. 4. Sevilla, 1610, 4. (Nicolas Antonio)”. Esta informação é também apresentada na Tipografía<br />

Hispalense <strong>de</strong> Francisco Escu<strong>de</strong>ro y Perosso, 1894, p. 315: “San Juan (Fr. Francisco <strong>de</strong>). La vida <strong>de</strong> la<br />

Santa virgen .”<br />

5


Missoens. O impresso com quatro páginas foi intitulado Traslado fielmente sacado <strong>de</strong><br />

vna carta <strong>de</strong> la India escrita por el P. Francisco Martin <strong>de</strong> S. Juan natural <strong>de</strong> Huesca, y<br />

Comissario Provincial <strong>de</strong> los Freyles <strong>de</strong> S. Francisco, que passaron a Indias: <strong>em</strong>biada<br />

a Martin Frances menor <strong>de</strong> Çaragoça, en que le da razon <strong>de</strong> su jornada y cosas muy<br />

notables <strong>de</strong> las Indias aora <strong>de</strong> nueuo <strong>de</strong>scubiertas. 4 Deste impresso, o único ex<strong>em</strong>plar<br />

conhecido está na Biblioteca Nacional no Rio <strong>de</strong> Janeiro, não constando outro <strong>em</strong><br />

Madrid ou Lisboa.<br />

Além da afirmação <strong>de</strong> ter retornado para a Espanha, há apenas mais dois<br />

pronomes <strong>em</strong> primeira pessoa utilizados no texto por Fr. Francisco. O primeiro indica<br />

que o franciscano, como quase todos os moradores, fugiu <strong>de</strong> Salvador para a Al<strong>de</strong>ia do<br />

Espírito Santo a 9 <strong>de</strong> maio. Na folha 27 da Relação afirma que nos “primeiros dias<br />

pa<strong>de</strong>ceram muitas misérias (…) e que tres dias não soub<strong>em</strong>os que cousa era comer mais<br />

que uns pós <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> pão”. Viveu na al<strong>de</strong>ia entre 11 <strong>de</strong> maio e meados <strong>de</strong> outubro,<br />

após a morte do Bispo, quando seguiu para a Espanha, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ter chegado a fins <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1625. Exatos quatro meses após a morte <strong>de</strong> D. Marcos Teixeira, os<br />

governadores da Portugal já consi<strong>de</strong>ravam apontar substituto para a mitra brasílica. 5 É<br />

possível que a <strong>em</strong>barcação que levou o franciscano da Bahia para a Espanha tenha feito<br />

escala <strong>em</strong> Portugal e um <strong>de</strong> seus passageiros informado ao governo as notícias da guerra<br />

na Bahia.<br />

O franciscano não redigiu seu texto na al<strong>de</strong>ia, visto que recorreu à sua m<strong>em</strong>ória<br />

para elaborar o test<strong>em</strong>unho. Ao concluí-lo, no verso folha 31, asseverou que “Isto é o<br />

que me l<strong>em</strong>bra com toda a verda<strong>de</strong>, s<strong>em</strong> faltar um ponto <strong>de</strong> todo o que aqui digo”. É<br />

possível que tenha escrito ao chegar a Espanha <strong>em</strong> 1625, à época que todos estavam<br />

ansiosos por notícias da Bahia.<br />

A relação abrange especialmente o período menos conhecido da organização da<br />

contraofensiva, entre junho e outubro <strong>de</strong> 1624, que compreen<strong>de</strong> a eleição do Bispo à sua<br />

morte a 8 <strong>de</strong>. S<strong>em</strong> <strong>de</strong>smerecer os escritos <strong>de</strong> duas test<strong>em</strong>unhas oculares da invasão <strong>de</strong><br />

1624, é certo que Antonio Vieira redigiu a Carta Ânua dois anos após a entrada dos<br />

neerlan<strong>de</strong>ses e por mais brilhante que fosse, ainda era um rapazote <strong>de</strong> 17 anos que<br />

4 Biblioteca Nacional do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 24, 3, 6 n.4, (Coleção Barbosa Machado, Notícias das sagradas<br />

missoens Tomo I, n. 1749). Francisco Martin <strong>de</strong> SAN JUAN, Traslado fielmente sacado <strong>de</strong> vna carta <strong>de</strong><br />

la India escrita por el P. Francisco Martin <strong>de</strong> S. Juan natural <strong>de</strong> Huesca, y Comissario Provincial <strong>de</strong><br />

los Freyles <strong>de</strong> S. Francisco, que passaron a Indias: <strong>em</strong>biada a Martin Frances menor <strong>de</strong> Çaragoça, en<br />

que le da razon <strong>de</strong> su jornada y cosas muy notables <strong>de</strong> las Indias aora <strong>de</strong> nueuo <strong>de</strong>scubiertas.<br />

Barcelona: por Geronymo Margarit, 1619, 2 folhas. Não encontrei outro ex<strong>em</strong>plar <strong>em</strong> Madrid ou Lisboa.<br />

5 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mesa <strong>de</strong> Consciências e Or<strong>de</strong>ns, Livro 29 (1625-1627), fl.10.<br />

Lisboa, 8 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1625.<br />

6


coloriu bastante o texto. A<strong>de</strong>mais, <strong>em</strong> 1624, Vieira não ficou na al<strong>de</strong>ia do Espírito<br />

Santo, seguindo com os <strong>de</strong>mais noviços dos jesuítas para a Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> São João, afastada<br />

sete kilômetros da primeira.<br />

O outro cronista da guerra, Frei Vicente do Salvador, assistiu a invasão da Bahia<br />

do cárcere on<strong>de</strong> ficou confinado. 6 Os únicos relatos escritos na Al<strong>de</strong>ia do Espírito Santo<br />

no momento que foi organizada a contraofensiva foram as cartas escritas pelos jesuítas<br />

Manuel Fernan<strong>de</strong>s e Miguel Rodrigues, datadas <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> julho e 18 <strong>de</strong> junho,<br />

respectivamente, e publicadas por Serafim Leite. A carta do Padre Provincial Domingos<br />

Coelho foi escrita do cárcere na Holanda, <strong>em</strong> outubro, se reportando aos acontecimentos<br />

na Bahia até meados <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1624. 7<br />

Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan apresenta notícias inéditas, não relatadas pelos<br />

outros cronistas neerlan<strong>de</strong>ses ou luso-brasílicos, <strong>de</strong>talhando o envio <strong>de</strong> batéis com<br />

mensageiros neerlan<strong>de</strong>ses ao Governador Diogo <strong>de</strong> Mendonça e Furtado antes do<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>barque das tropas. Os luso-brasílicos perceberam que esta <strong>em</strong>baixada funcionaria<br />

como um “Cavalo-<strong>de</strong>-Tróia” e a repeliram.<br />

A Relação guarda ainda uma surpresa aos leitores que conhec<strong>em</strong> as histórias da<br />

invasão neerlan<strong>de</strong>sa <strong>de</strong> 1624. Dos escritos da época, é o único que afirma que o Bispo<br />

D. Marcos Teixeira não faleceu <strong>de</strong> causas naturais, mas que foi assassinado pelo médico<br />

responsável por lhe tratar <strong>de</strong> “umas quenturas”. No verso da folha 29, Frei Francisco <strong>de</strong><br />

San Juan afirma que um médico ju<strong>de</strong>u isolou o prelado e “começou logo a sangrá-lo, a<br />

tirar sangue adon<strong>de</strong> o não havia, e logo lhe <strong>de</strong>u <strong>em</strong> tresválios <strong>de</strong> maneira que ao oitavo<br />

dia lhe <strong>de</strong>u uma purga, e ao décimo o enterrou, que todos disseram que lhe <strong>de</strong>ram<br />

peçonha, e não podia ser menos, porque se viram muitas mostras <strong>de</strong> lha ter<strong>em</strong> dada”.<br />

Antonio Vieira e Frei Vicente do Salvador não apresentam esta versão da morte<br />

do bispo, mas o noviço estava na Al<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> São João e o antigo Guardião do Convento<br />

<strong>de</strong> São Francisco encarcerado. Os quatro principais cronistas ibéricos da Jornada dos<br />

Vassalos também não trataram neste assunto, visto que, quando a expedição chegou à<br />

Bahia, o Bispo já contava seis meses <strong>de</strong> sepultado. O Padre Guerreiro apenas diz que<br />

“<strong>em</strong> poucos dias lhe parou a vida, digna <strong>de</strong> mais largos anos.” 8 Apenas o dominicano<br />

6<br />

VIEIRA, Antonio. Cartas do Padre António Vieira. (ed. João Lúcio <strong>de</strong> Azevedo.), Coimbra, 1925, v 1.<br />

pp. 3-47; SALVADOR, Frei Vicente. <strong>História</strong> do Brasil 1500 – 1627. São Paulo, Edições<br />

Melhoramentos, 1918.<br />

7<br />

LEITE, Serafim. <strong>História</strong> da Companhia <strong>de</strong> Jesus no Brasil. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Imprensa Nacional, 1943.<br />

Vol. 5 . pp. 34, 48, 50-51,.<br />

8<br />

GUERREIRO, Bartolomeu. Jornada dos Vassalos da Coroa <strong>de</strong> Portugal. Lisboa, Mateus Pinheiro,<br />

1625. p. 74;.<br />

7


Frei Gaspar d’Acenção <strong>de</strong>u publica voz ao possível assassinato <strong>de</strong> D. Marcos Teixeira,<br />

questionando, no seu sermão que celebrou a vitória <strong>em</strong> 1625, “como se há <strong>de</strong> crer que<br />

matam os bispos?”. 9<br />

Apesar <strong>de</strong> não ter sido publicada na Europa a notícia <strong>de</strong> que D. Marcos Teixeira<br />

foi envenenado, esta versão foi amplamente divulgada na Bahia. Existe outro<br />

documento que corrobora a acusação <strong>de</strong> Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan: as <strong>de</strong>nunciações do<br />

licenciado Manoel T<strong>em</strong>udo da Fonseca nos Ca<strong>de</strong>rnos do Promotor da Inquisição <strong>de</strong><br />

Lisboa. Cônego da Sé da Bahia, o licenciado Manuel T<strong>em</strong>udo da Fonseca nasceu <strong>em</strong><br />

Sertam por volta <strong>de</strong> 1589 e <strong>em</strong>barcou para Salvador <strong>em</strong> 1623. No ano seguinte,<br />

acompanhou o Bispo D. Marcos Teixeira na al<strong>de</strong>ia do Espírito Santo e, <strong>de</strong>pois, nas<br />

ações que partiram do Arraial do Rio Vermelho.<br />

Após a morte do prelado <strong>em</strong> outubro <strong>de</strong> 1624 e a retomada da cida<strong>de</strong> <strong>em</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 1625, T<strong>em</strong>udo foi instituído Governador do Bispado do Brasil, ocupando o cargo até<br />

1631, quando retornou para Lisboa. Em 1632 conheceu o Bispo D. Pedro da Silva e<br />

Sampaio para qu<strong>em</strong> relatou informações acerca da Bahia, dos seus moradores, da<br />

religião e, principalmente, do perigo que representava para o Brasil a presença dos<br />

neerlan<strong>de</strong>ses e judaizantes. T<strong>em</strong>udo morreu <strong>em</strong> 1652, mas teve sua obra jurídica<br />

Decisiones et quaestiones Senatus Archiepiscopalis Metropolis Olysiponensi aplaudida<br />

por D. Francisco Manuel <strong>de</strong> Melo, que teceu elogio à competência <strong>de</strong> T<strong>em</strong>udo numa<br />

carta <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1650. 10 À respeito do envenenamento do Bispo, afirmou<br />

T<strong>em</strong>udo que<br />

ju<strong>de</strong>us se vão ao Brasil, e lá viv<strong>em</strong> à sua vonta<strong>de</strong> s<strong>em</strong> t<strong>em</strong>or da justiça eclesiástica, a qual é tão<br />

<strong>de</strong>sacatada e <strong>de</strong>sprezada por falta <strong>de</strong> ministros, que por este respeito pa<strong>de</strong>c<strong>em</strong> muitas afrontas<br />

assim bispos como seus ministros, que <strong>de</strong> ordinário são pessoas que viv<strong>em</strong> com o t<strong>em</strong>po por<br />

assim conservar<strong>em</strong> as vidas, e suposto tenham muitas vezes notícia <strong>de</strong> algumas coisas <strong>de</strong> que se<br />

<strong>de</strong>ve fazer muito caso, não po<strong>de</strong>m acudir como é necessário, e por esta causa morreu o bispo<br />

Dom Marcos Teixeira <strong>de</strong> Mendonça, <strong>de</strong> uma purga que lhe <strong>de</strong>ram os ju<strong>de</strong>us, t<strong>em</strong>endo-se do zelo<br />

com que acudia atalhar a comunicação que tinham com os holan<strong>de</strong>ses, a qu<strong>em</strong> serviam com<br />

muitos refrescos da terra e comunicação que com eles tinham (...) Disse mais, que é público e<br />

notório que os cristãos novos, e <strong>em</strong> especial o médico Duarte Roiz Ulhoa, mataram com peçonha<br />

ao bispo Dom Marcos Teixeira, no ano <strong>de</strong> 1624, pouco mais ou menos, estando no arraial junto à<br />

Bahia, que estava ocupada dos holan<strong>de</strong>ses, porque lhes tolhia que os não comunicass<strong>em</strong> n<strong>em</strong><br />

lhes mandass<strong>em</strong> presentes, refrescos n<strong>em</strong> cartas, tomando-lhes algumas que se furtaram por<br />

morte do bispo, e Pedro Gonçalves <strong>de</strong> Matos, muito boa pessoa, cristão velho, e o [Antonio]<br />

9 D’ASCENÇÃO, Gaspar. Serman que pregou o padre frei Gaspar Dasceção <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>m dos Pregadores<br />

na Sé da Bahia <strong>de</strong> Todos os Santos na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador na primeira missa que se disse, quando se<br />

<strong>de</strong>ram as primeiras graças publicas, entrada a cida<strong>de</strong> pela vitória alcançada dos Holan<strong>de</strong>ses a 5 <strong>de</strong><br />

Maio <strong>de</strong> 1625. Lisboa, Geraldo da Vinha, 1625, fl. 13.<br />

10 MACHADO, Diogo Barbosa. Bibliotheca Lusitana. Lisboa, Vol. 3, p. 387.<br />

8


Cor<strong>de</strong>iro médico, cristão novo, lhes disseram que o dito Duarte Roiz Ilhoa matara o bispo, e é<br />

notório isto lá. 11<br />

Alguns fatos concorr<strong>em</strong> para confirmar a vesão do homicídio do prelado. O<br />

Bispo ainda era jov<strong>em</strong>, contando 46 anos, e, segundo Antonio Vieira, não parece que<br />

estava doente, visto que “caiu (...) <strong>em</strong> cama mais <strong>de</strong> cansaço e trabalho que <strong>de</strong> doença”.<br />

Após os primeiros sintomas <strong>de</strong> fraqueza, o bispo viveu mais oito dias e morreu “estando<br />

no arraial junto à Bahia”, na região atual <strong>de</strong> Itapagipe e foi sepultado próximo do local<br />

on<strong>de</strong> falecera, na ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Conceição. O test<strong>em</strong>unho <strong>de</strong> Manuel<br />

T<strong>em</strong>udo não <strong>de</strong>ve ser entedido apenas como perseguição aos cristãos-novos, visto que<br />

um dos acusadores <strong>de</strong> Duarte Roiz Ulhoa foi o médico cristão-novo Antonio Cor<strong>de</strong>iro.<br />

O fato <strong>de</strong> parecer saudável, como afirma Vieira, apesar dos jejuns e noites<br />

insones, seguido pelas quenturas subsequentes e repentinas que foram <strong>de</strong>scritas por Frei<br />

Francisco, somada, por fim, a acusação feita por T<strong>em</strong>udo contra o médico Duarte Roiz<br />

Ulhoa, <strong>de</strong> que assassinou “com peçonha ao bispo Dom Marcos Teixeira” apresentam<br />

uma sequência <strong>de</strong> eventos que po<strong>de</strong> sinalizar, <strong>de</strong> fato, uma morte por envenamento.<br />

Os indícios <strong>de</strong> que D. Marcos Teixeira foi assassinado <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>rados<br />

pela historiografia, apesar do fracasso das escavações realizadas <strong>em</strong> 1950 pela<br />

Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Salvador, junto com uma comissão <strong>de</strong> historiadores, para tentar<br />

localizar a sepultura e, talvez, restos mortais <strong>de</strong> D. Marcos Teixeira. 12<br />

Qual seria, então, o veneno mais acessível na Bahia do século XVII? O veneno<br />

<strong>de</strong>veria ser conseguido localmente, visto que <strong>em</strong> 1624 o comércio com outras regiões<br />

estava suspenso. Os contatos, <strong>em</strong> meio a resistência contra os holan<strong>de</strong>ses, ficaram<br />

restritos às al<strong>de</strong>ias tupinambás do Recôncavo e qualquer substância produzida teve que<br />

ser feita com conhecimento e ferramentas <strong>de</strong>sta cultura. Há, não obstante, dois venenos<br />

usuais aos índios do Recôncavo, com matéria-prima abundante e falicida<strong>de</strong> na<br />

produção. O primeiro é o tucupí, suco da raiz da mandioca, que Gabriel Soares <strong>de</strong> Sousa<br />

<strong>de</strong>screve na Bahia <strong>em</strong> 1587, apesar <strong>de</strong> não utilizar esta nomeclatura. 13 Este veneno<br />

também era conhecido dos índios do Vale do Amazonas, sendo tão ativo que “<strong>em</strong><br />

11 Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Inquisição <strong>de</strong> Lisboa, Promotor, Ca<strong>de</strong>rno 15 – Livro 216,<br />

«Denunciações do licenciado Manoel T<strong>em</strong>udo», fls. 42-42v e 45-45v. Lisboa, maio <strong>de</strong> 1632.<br />

12 Manoel <strong>de</strong> Aquino BARBOSA, O.S.B. «O Sitio do Arraial e da Sepultura <strong>de</strong> D. Marcos Teixeira»,<br />

Freguezia da Conceição da Praia 1623 -1973: D Marcos Teixeira, Fundador, Salvador, Tipografia<br />

Beneditina, 1973, p. 149-155. As indicações documentais da sepultura foram incertas e contraditórias. Os<br />

trabalhos <strong>de</strong> escavação nas ruínas da ermida <strong>de</strong> Nossa Senhora da Conceição <strong>em</strong> Itapagipe, <strong>em</strong> 1950, não<br />

lograram qualquer resultado ao tentar i<strong>de</strong>ntificar a sepultura <strong>de</strong> D, Marcos Teixeira. Várias ossadas<br />

humanas foram localizadas, mas não fora possível <strong>de</strong>terminar se alguma <strong>de</strong>las pertenceu ao Bispo. É<br />

<strong>de</strong>sconhecido, atualmente, o para<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ssas ossadas.<br />

13 SOUSA, Gabriel Soares e. Tratado Descriptivo do Brazil <strong>em</strong> 1587, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Typographia<br />

Universal <strong>de</strong> La<strong>em</strong>mert, 1851, pp. 164-165.<br />

9


poucas horas mata aos que beb<strong>em</strong>, ou sejão animais, ou homens, e contam excessivas<br />

dores, que parec<strong>em</strong> <strong>de</strong>sfazer<strong>em</strong> as entranhas com ansias e convulsões espantosas. É mui<br />

doce e grato ao paladar”. 14 A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>ste veneno indica que não teria sido<br />

utilizado contra o Bispo. A<strong>de</strong>mais, no Brasil, o uso do termo “peçonha” está associado a<br />

venenos extraídos <strong>de</strong> animais. O veneno das cobras <strong>de</strong>ve ser eliminado <strong>de</strong> ant<strong>em</strong>ão<br />

pelas óbvias dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> conseguí-lo e porque as culturas indígenas locais não<br />

faziam uso <strong>de</strong>stes animais.<br />

O veneno mais utilizado no Recôncavo baiano, também <strong>de</strong>scrito por Gabriel<br />

Soares <strong>de</strong> Sousa, é encontrado nos sapos-cururús (Bufo marinus) ou sapos <strong>de</strong> Espanha,<br />

sendo extraído do fígado e da pele do animal “da qual o gentio usa quando quer matar<br />

algu<strong>em</strong>”. 15 A matéria-prima para este veneno é abundante no Recôncavo. Esse animal<br />

produz e excreta, por glândulas espalhadas pelo corpo, um líquido branco com<br />

substâncias conhecidas como bufotoxinas. O efeito do veneno é cardiotóxico e seus<br />

componentes básicos po<strong>de</strong>m ser classificados segundo sua toxicodinâmica como:<br />

adrenalina; noradrenalina; bufotenina, dihidrobufotenina e bufotionina.<br />

Os efeitos da bufotenina e bufotionina são similares aos <strong>de</strong> uma intoxicação<br />

suave, com efeito estimulante, incluíndo leves alucinações que duram menos <strong>de</strong> uma<br />

hora. A ingestão <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> substâncias, <strong>em</strong> contrapartida, é letal. Os sinais<br />

cardíacos associados são cianose, fraqueza, colapso, e<strong>de</strong>ma e convulsões. Po<strong>de</strong> ocorrer<br />

<strong>em</strong>ese e diarréia. 16<br />

14 DANIEL, João. Tesouro Descoberto no Máximo Rio das Amazonas, Livro II, Capítulo 4. Outro<br />

veneno do Vale do Amazonas é o timbó ou tinguy, chamado pelos espanhóis <strong>de</strong> barbasco, extraído do<br />

suco amargo da cortiça, com gosto quase impossível <strong>de</strong> ser camuflado. Sua ação é s<strong>em</strong>elhante ao curare e<br />

o usuário t<strong>em</strong> morte quase imediata. Gastão Cruls na sua Hiléia Amazônica i<strong>de</strong>ntifica quatro tipos <strong>de</strong><br />

curares, no Alto Amazonas, no Alto Orinoco, na Guiana Inglesa e na Guiana Francesa, todos extraídos <strong>de</strong><br />

plantas diversas do ramo Strychnos. O uso <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong>sta família não é registrado entre indígenas tupis<br />

na Bahia. Nas oito ocorrências da palavra veneno no Syst<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Materia Medica Vegetal <strong>de</strong> Carl von<br />

Martius, nenhuma po<strong>de</strong> ser indicada como usual na Bahia. Syst<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Materia Medica Vegetal<br />

Brasileira, Contendo o Catalogo e Classificação <strong>de</strong> todas as Plantas Brasileiras Conhecidas, os seus<br />

Nomes <strong>em</strong> Lingua Nacional com Individuação do Modo Porque são Chamadas nas Diversas<br />

Localida<strong>de</strong>s; A sua nomeclatura Botanica; a sua Habitação e os seus Usos Medicinaes, Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

Eduardo & Henrique La<strong>em</strong>mert, 1854<br />

15 SOUSA. Op. Cit. p. 266.<br />

16 Davis WEIL. Bufo alvarius: a potent hallucinogen of animal origin In: Journal of Ethnopharmacology,<br />

Volume 41(n.1-2), Elsevier, 1994. pp. 1-8. Os antropólogos especulavam a razão <strong>de</strong> diversas culturas<br />

indígenas na América utilizar<strong>em</strong> os sapos <strong>em</strong> rituais, como <strong>de</strong>monstram as representações iconográficas e<br />

mitológicas, além <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> reportes etinográficos acerca <strong>de</strong>stes anfíbios. Davis Weil<br />

apresentou a hipótese que as representações e reportes são referentes não ao Bufo marinus, por conta da<br />

toxida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu veneno que é letal, mas sim ao Bufo alvarinus que produz um potente alucinógeno, 5methoxy-N,N-dimethyltryptamine<br />

(5-MeO-DMT), O autor <strong>de</strong>monstra que a tóxina <strong>de</strong>ste sapo po<strong>de</strong> ser<br />

consumida oralmente ou aspirada, sendo classificada como uma droga <strong>de</strong> classe 1 pelas leis australianas,<br />

a mesma classe da heroína e da cocaína.<br />

10


Supondo que D. Marcos Teixeira foi <strong>de</strong> fato envenenado, os indícios faz<strong>em</strong> crer<br />

que seu assassino utilizou veneno extraído do sapo. Inclusive as “quenturas”, <strong>de</strong>scritas<br />

por Frei Francisco <strong>de</strong> São João, que o acometeram po<strong>de</strong>m ser associadas aos sintomas<br />

<strong>de</strong> envenenamento. A sepultura do Bispo nunca foi localizada e a hipótese <strong>de</strong><br />

assassinato não po<strong>de</strong> ser comprovada. Esta hipótese, contudo, também não po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>scartada, inclusive por conta dos muitos <strong>de</strong>safetos que o Bispo conseguiu angrariar<br />

quando proibiu, sob pena <strong>de</strong> excomunhão e execução sumária, o comércio e assistência<br />

aos soldados da WIC encerrados <strong>em</strong> Salvador.<br />

Duarte Roiz Ulhoa, contudo, não teve registro <strong>de</strong> alguma queixa formalizada<br />

contra ele perante o Santo Ofício e não foi enquadrado por crime <strong>de</strong> lesa-majesta<strong>de</strong><br />

quando D. Fradique <strong>de</strong> Toledo restaurou Salvador, ocasião <strong>em</strong> que or<strong>de</strong>nou a execução<br />

<strong>de</strong> cinco colaboracionistas. Ulhoa estava vivo <strong>em</strong> 1646 quando foi novamente acusado<br />

durante a Gran<strong>de</strong> Inquirição na Bahia, organizada naquele ano. Novamente foi alvo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>núncias e teve seu nome associado à manipulação <strong>de</strong> substâncias químicas,<br />

aparecendo sob a forma <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> curan<strong>de</strong>rismo.<br />

O que pô<strong>de</strong> ser apurado a respeito <strong>de</strong> Ulhoa é que teve sua filha con<strong>de</strong>nada à<br />

fogueira pelo Santo Ofício <strong>em</strong> Lisboa. A jov<strong>em</strong> se chamava Teresa e as <strong>de</strong>núncias<br />

contra seu pai <strong>em</strong> 1646 é justamente <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar à filha morta uma capela com invocação<br />

<strong>de</strong> Santa Teresa <strong>em</strong> Jacarecanga, escandalizando os moradores do Recôncavo. O Bispo<br />

D. Pedro da Silva e Sampaio lhe negou a autorização para erigir a capela. Outro filho<br />

<strong>de</strong> Ulhoa, Lopo Roiz Ulhoa, foi sambenitado pelo Santo Ofício, mas retornou para a<br />

Bahia <strong>em</strong> maio <strong>de</strong> 1642. 17<br />

O texto <strong>de</strong> Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan não encerrar as discussões acerca da<br />

invasão neerlan<strong>de</strong>sa <strong>em</strong> 1624. Pelo contrário, sua publicação reacen<strong>de</strong> a antiga<br />

controvérsia, existente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro dia da tomada <strong>de</strong> Salvador, acerca da<br />

colaboração <strong>de</strong> cripto-ju<strong>de</strong>us com os invasores da WIC. As graves acusações <strong>de</strong> Frei<br />

Francisco e do Padre T<strong>em</strong>udo afirmam que Duarte Roiz Ulhoa eliminou o comandante-<br />

<strong>em</strong>-chefe da resistência contra os holan<strong>de</strong>ses. Nada, contudo, foi dito acerca das causas<br />

que o levaram a supostamente assassinar D. Marcos Teixeira, se por motivação pessoal<br />

ou política. O significado maior da Relação <strong>de</strong> Frei Francisco <strong>de</strong> San Juan é <strong>de</strong>monstrar<br />

que a história da invasão neerlan<strong>de</strong>sa da Bahia <strong>em</strong> 1624 e a restauração no ano seguinte,<br />

17 Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Inquisição <strong>de</strong> Lisboa, Promotor, Ca<strong>de</strong>rno 29 – Livro 228,<br />

«Gran<strong>de</strong> Inquirição», fls. 10v, 29v e 59, Lisboa, abril a agosto <strong>de</strong> 1646.<br />

11


pela armada luso-espanhola, chefiada por D. Fradique <strong>de</strong> Toledo, ainda possui lacunas a<br />

ser<strong>em</strong> preenchidas e fatos que merec<strong>em</strong> ser investigados.<br />

Para a transcrição atualizada da Relação foi necessário substituir a letra “u” pelo<br />

“v”, quando necessário, e as expressões, <strong>em</strong> forma contraída, foram extendidas. As<br />

palavras castelhanas que restaram no texto foram vertidas para português. Os verbos<br />

terminados <strong>em</strong> “ão” assumiram a grafia atual para t<strong>em</strong>po pretérito ou presente. As<br />

vírgulas, dispostas à maneira da época, foram recolocadas para facilitar a leitura. Na<br />

transcrição paleográfica, o texto foi mantid <strong>de</strong> acordo com o manuscrito guardado na<br />

Biblioteca Nacional <strong>de</strong> España.<br />

Fl. 21<br />

Transcrição Atualizada<br />

Relação da perda da Bahia por Fr. Francisco <strong>de</strong> São João <strong>de</strong>scalço da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S.<br />

Francisco.<br />

Fl 22<br />

O autor <strong>de</strong>ste papel se chama o Padre Fr. Francisco <strong>de</strong> São João <strong>de</strong>scalço <strong>de</strong> S.<br />

Francisco<br />

Fl. 23<br />

Da tomada da Cida<strong>de</strong> da Bahia, e o que mais<br />

Suce<strong>de</strong>u ate a morte do senhor Bispo.<br />

Em o mês <strong>de</strong> Abril da era <strong>de</strong> mil e seiscentos e vinte e quatro, veio um recado a<br />

esta Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma vila, que chamam Boipeba, ao governador Diogo <strong>de</strong> Mendoça, que<br />

estava uma nau on<strong>de</strong> chamam o Morro 18 com duas lanchas, e que toda a noite estava<br />

com farol, vendo isto o Governador mandou recado para que a gente <strong>de</strong> fora se juntasse,<br />

e viesse toda para a cida<strong>de</strong>, a que servisse para a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r. A gente junta, que conforme<br />

se <strong>de</strong>scia seriam perto <strong>de</strong> três mil e quinhentas pessoas. Mandou o Governador fazer<br />

prestes dois patachos, e <strong>em</strong> cada um gente, que os pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, fazendo Capitão <strong>de</strong><br />

18 Morro <strong>de</strong> São Paulo.<br />

12


um, a um seu filho chamado Antonio <strong>de</strong> Mendonça, e do outro a um mercador da Ilha<br />

<strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira, e mandou-os partir e <strong>de</strong>u-lhe or<strong>de</strong>m, não para tomar a nau, n<strong>em</strong> r<strong>em</strong>eter a<br />

ela, mas para ver se podiam tomar as duas lanchas, que eram as que fazião todo mal, e<br />

para elle <strong>em</strong> pessoa ir tomar a nau por ser ela muito gran<strong>de</strong>, e trazer muitas pessoas, e<br />

gente, [Fl. 23v] e isto se soube também por uma nau que vinha <strong>de</strong> Angola para a cida<strong>de</strong>,<br />

a qual a nau tomou, e não lhe fez mal nenhum mas antes a mandou para a Cida<strong>de</strong>,<br />

porque como não traziam, senão negros, e eles não são mercadoria que lhe serve, a<br />

<strong>de</strong>ixaram. Foram os dois patachos, e andaram lá alguns dias, mas como o t<strong>em</strong>po se<br />

mudou ao lessueste, a nau se foi para o mar por amor <strong>de</strong> não perigar. Tornaram-se os<br />

dois patachos, visto não haver nada, e o t<strong>em</strong>po lhes ser tão contrário, o Governador <strong>em</strong><br />

os vendo na Baía mandou que tornas<strong>em</strong> logo ao mar sob pena <strong>de</strong> morte. Tornaram<br />

como lhes foi mandado, e aquela noite se fizeram na volta do mar, e todo aquele dia, e a<br />

tar<strong>de</strong> se virão entre os inimigos, e, como eram tantos, não conheceram os patachos<br />

cuidando que eram seus, e uma nau, que vinha <strong>de</strong> Lisboa, também se escapou e se<br />

vieram a Cida<strong>de</strong> dar conta ao Governador do que passava e tinham visto.<br />

De como o Governador se fez prestes, e como<br />

a armada dos inimigos entrou na Bahia.<br />

A oito <strong>de</strong> março apareceram na barra a armada dos inimigos, e não entraram<br />

aquele dia por o t<strong>em</strong>po não ser muito favorável, e também como outros diz<strong>em</strong> por não<br />

estar<strong>em</strong> todas juntas, e esperar<strong>em</strong> por as mais, e assim aquele dia não entraram, mas a o<br />

outro que foram nove, dia <strong>de</strong> São Gregório, às nove da manhã entraram [Fl. 24] pela<br />

Bahia, todas por sua or<strong>de</strong>m uma após outra, todas com suas ban<strong>de</strong>iras holan<strong>de</strong>sas, e<br />

com toldos vermelhos, e <strong>de</strong>sta maneira s<strong>em</strong> aparecer pessoa alguma <strong>em</strong> cima da Cuberta<br />

<strong>de</strong>ram uma volta pela Bahia, como se a tiveram medida aos palmos; das nove até as<br />

onze estiveram <strong>em</strong> cala, e logo mandaram um batel com gente com uma ban<strong>de</strong>ira<br />

holan<strong>de</strong>sa: este vinha, conforme eles <strong>de</strong>pois diseram, traziam <strong>em</strong>baixada, que não<br />

fariam mal nenhum se lhe <strong>de</strong>ss<strong>em</strong> licença para contratar e ven<strong>de</strong>r suas fazendas assim<br />

como <strong>de</strong> Portugal as traziam. O Governador tanto viu que o batel vinha para terra, e<br />

cuidando o que podia ser, e que sua <strong>em</strong>baixada seria <strong>de</strong> nenhum efeito lhe mandou atirar<br />

duas peças; e ele tanto que viu que lhe atiravam virou, e tirou dois calhonaços, que<br />

trazia. O Governador mandou por a gente toda por sua or<strong>de</strong>m andando ele <strong>de</strong> uma parte<br />

a outra con muita <strong>de</strong>ligência: mandou as naus, que no porto estavam pelas por sua<br />

13


or<strong>de</strong>m, ainda que com mal conselho, porque aon<strong>de</strong> as pôs não fizerão nada: começaram<br />

os inimigos a atirar alguns tiros, os piores e <strong>de</strong> menos força; os nossos começaram a<br />

atirar <strong>de</strong> huma fortaleza, que o Governador tinha meio feita, 19 e não <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> lhe<br />

fazer algum mal <strong>de</strong>storçando-lhe algumas naus, e vendo elles que as peças da fortaleza<br />

lhe faziam muito dano, juntaram todos os batéis e cheios [Fl. 24v] <strong>de</strong> gente abalrroaram<br />

a fortaleza, ainda que não pu<strong>de</strong>ram poque se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram os que <strong>de</strong>ntro estavam<br />

valerosamente vendo elles, que não podiam tomar a fortaleza puseram quatro naus junto<br />

<strong>de</strong>la, e para que os pelouros que atiravam lhe não fizes<strong>em</strong> muito dano, <strong>de</strong>ram <strong>em</strong> seco<br />

com as naus, coisa, que espantou a todos, e daí começaram a disparar <strong>de</strong> tal maneira<br />

que não havia qu<strong>em</strong> aguardasse na fortaleza, pelo muito dano que faziam aos nossos, e<br />

os nossos também lhe faziam, e lhe matavam muita gente; tornaram a cometer a<br />

fortaleza, e vendo os nossos, que não podiam mais <strong>de</strong>fendê-la a <strong>de</strong>ixaram, ainda que<br />

ficou o filho do Governador, e Lourenço <strong>de</strong> Brito, que ficando sós o fizeram muito b<strong>em</strong><br />

matando-lhe muita gente, e quando mais não pu<strong>de</strong>ram se saíram; entraram os inimigos,<br />

e como eles não tinham reparo, n<strong>em</strong> fortaleza, porque <strong>de</strong> terra lhe matavam muita gente<br />

cravaram 20 as peças para que não pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> atirar mais, e se forão as naus. Os nossos<br />

vendo isto tornaram a fortaleza, e vendo que não se podiam servir das peças as botaram<br />

no mar para que os inimigos se não pu<strong>de</strong>s<strong>em</strong> servir <strong>de</strong>las. Continuaram eles <strong>em</strong> atirar<br />

até noite; e antes <strong>de</strong>la, foram a tomar as naus, que estavão pelejando, e as tiraram don<strong>de</strong><br />

estavam com morte <strong>de</strong> alguns dos seus, e tanto, que anoiteceu, o Governador mandou<br />

por fogo as outras que ficavam, pera que eles se não aproveitass<strong>em</strong> <strong>de</strong>las, e os enimigos<br />

tanto que anoiteceu não atiraram [Fl. 25] mais, ainda que <strong>de</strong> quando en quando atiravam<br />

uma peça.<br />

De como os inimigos <strong>de</strong>ixaram quatro naus na<br />

entrada da barra para combater, e tomar<br />

a fortaleza <strong>de</strong> Santo Antonio e do que mais suce<strong>de</strong>u<br />

Está uma fortaleza na entrada da Barra que chamam <strong>de</strong> Santo Antonio, uma<br />

légua da Cida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> b<strong>em</strong> pouco efeito para os inimigos, porque como a barra é <strong>de</strong> três<br />

léguas <strong>de</strong> boca, se afastam os inimigos <strong>de</strong>la por o outro lado, e assim não lhe faz<strong>em</strong> mal<br />

as peças <strong>de</strong> artilharia. Os holan<strong>de</strong>ses vendo que por nenhuma parte podiam botar gente<br />

19 Forte da Lag<strong>em</strong>, atualmente aterrado.<br />

20 No original: caruarão<br />

14


para tomar a cida<strong>de</strong>, senão ali por ser uma boa praia, pera <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcar <strong>de</strong>ixaram quatro<br />

naus as melhores, e <strong>de</strong> mais força, para que tomado a fortaleza, lançar<strong>em</strong> gente;<br />

começaram a atirar e a botar a fortaleza por terra com gran<strong>de</strong> força; os nossos o faziam<br />

como melhor podiam, porque a fortaleza tinha muito pouca artilharia e menos gente, e<br />

assim a não podiam impedir, que não <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcass<strong>em</strong>; os nossos que com duas<br />

ban<strong>de</strong>iras estavam aguardando-os, os fizeram outra vez <strong>em</strong>barcar, vendo eles isto,<br />

tornaram com muito mas gente, que foi necessário aos nossos retirar-se: vendo eles s<strong>em</strong><br />

impedimento começaram logo <strong>em</strong> um lugar, que aí está, a que chamam Vila [Fl. 25v]<br />

Velha, por ser a primeira povoação da Bahia <strong>em</strong> sua fundação, aí roubaram o quê<br />

acharam, e os T<strong>em</strong>plos sagrados quebrando santos, e profanando os ornamentos. Dalí se<br />

vieram chegando pera a Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal maneira que <strong>em</strong> se cerrando a noite se puseram<br />

on<strong>de</strong> chamam São Bento, um tiro <strong>de</strong> arcabuz da cida<strong>de</strong> e assentaram seu arraial s<strong>em</strong><br />

ser<strong>em</strong> sentidos e trouxeram quatro peças <strong>de</strong> artilharia, que <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram para<br />

combater a cida<strong>de</strong>, se fosse necessário; os nossos como viram, que não se podiam<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, se iam acolhendo, e tanto, que viram a noite o fizeram melhor, porque as<br />

mulheres já eram saídas, e a mais gente comum; já o Governador andava fora <strong>de</strong> si, s<strong>em</strong><br />

sentido, vendo que a cida<strong>de</strong> se havia <strong>de</strong> tomar, por que a gente o <strong>de</strong>samparava, e assim<br />

quando veio a manha, se achou com somente vinte pessoas, e com elas se meteu <strong>em</strong><br />

casa s<strong>em</strong> se acabar com ele, que se saísse fora visto já não haver r<strong>em</strong>édio; ele se<br />

confessou para morrer se o matass<strong>em</strong> os inimigos, porque ele isso <strong>de</strong>sejava, vendo que a<br />

fortuna assim lhe dava <strong>em</strong> rosto.<br />

Vendo os inimigos que pela manhã a cida<strong>de</strong> estava <strong>de</strong>samparada, começaram a<br />

marchar para ela, vindo s<strong>em</strong>pre atirando, porque cuidaram eles, que os nossos lhe<br />

tinham feito alguma <strong>em</strong>boscada; vieram a praça e assentaram seu arraial, e foram as<br />

casas do Governador on<strong>de</strong> estava com obra <strong>de</strong> 20 pessoas, o Governador se fez [Fl. 26]<br />

por <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, ainda que logo lhe abateram as armas, e o levaram preso com os mais as<br />

naus, e estiveram para lhe cortar<strong>em</strong> a cabeça.<br />

Do que mas suce<strong>de</strong>u e do <strong>de</strong>sacato que fizeram as cousas<br />

sagradas.<br />

Em os inimigos tomando o Convento <strong>de</strong> S. Bento (sic) que está fora da cida<strong>de</strong>, e<br />

foi o primeiro t<strong>em</strong>plo <strong>em</strong> que entraram, já começaram sua fúria maior <strong>em</strong> as coisas<br />

sagradas, os santos quebraram, <strong>de</strong> maneira que São Bento lhe <strong>de</strong>ram muitas cutiladas, o<br />

15


Santo Amaro lhe atiraram com sujida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gente, a Virg<strong>em</strong> Senhora Mãe a fizerão <strong>em</strong><br />

retalhos, e assim foram fazendo ao mais, que acharam s<strong>em</strong> perdoar a coisa alguma como<br />

hereges que eram, e Deus nosso senhor o permitia para mais os castigar; <strong>em</strong> entrando<br />

como entraram <strong>em</strong> a Cida<strong>de</strong> puseram suas postas aon<strong>de</strong> viram ser necessário e<br />

começaram a saquear a cida<strong>de</strong> já viúva, e <strong>de</strong>serta s<strong>em</strong> seus moradores, como outra<br />

Jerusal<strong>em</strong> que acharam muita riqueza, assim <strong>de</strong> ouro como <strong>de</strong> prata; foram ao Convento<br />

da Companhia (sic) e fizeram <strong>de</strong>le alfân<strong>de</strong>ga metendo seus roubos nele, e fazendo dos<br />

santos o que fizeram dos mais, que os vasos sagrados, e ornamentos tiraram todos os<br />

religiosos das religiões, <strong>de</strong>ixando o mais do Convento, ainda que os clérigos se<br />

houveram com mais <strong>de</strong>scuido, porque se não foi alguma confraria, que seus irmãos<br />

tiveram l<strong>em</strong>brança [Fl. 26v] não se tirou nada da Sé; fizeram sua mesquita, quebrando<br />

os santos e os vasos sagrados, fazendo <strong>de</strong>les como se não foram; dos ornamentos faziam<br />

vestidos, e da estola, ligas e bandas; <strong>de</strong> Nossa Senhora da Ajuda fizeram taverna,<br />

metendo nela os vinhos, que na cida<strong>de</strong> estavam, <strong>de</strong> São Francisco fizeram atafona, e<br />

moiam o trigo que <strong>de</strong> Holanda traziam, e os santos <strong>de</strong> vulto lhe serviam <strong>de</strong> assentos, <strong>em</strong><br />

que se assentavam, e morava um Capitão <strong>em</strong> o Convento, com sua companhia <strong>de</strong><br />

soldados; do Carmo fizeram atalaia e vigia por estar fora da cida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> hum alto don<strong>de</strong><br />

se <strong>de</strong>scobria muito, dos santos fizerão pior, porque do Cristo dos Passos trouxeram<br />

atado com a corda por o pescoço pelo chão, dando lhe <strong>de</strong> cutiladas e os outros santos o<br />

mesmo: isto é o que fizeram logo <strong>em</strong> sua entrada, e <strong>de</strong>pois executavam maiores<br />

cruelda<strong>de</strong>s nas imagens que achavam pelas casas.<br />

De como a gente se saía da Cida<strong>de</strong> e como<br />

eles se fizeram fortes.<br />

Vendo a gente quão pouco r<strong>em</strong>édio tinha contra estes tão cruéis inimigos, era<br />

lástima <strong>de</strong> ver tanta gente fora <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>, a saber donzelas, meninos e mulheres<br />

prenhes, que por esses campos pariam, que era lástima, pois doentes que da cama se<br />

erguiam, e lhe faltava todo o regalo, andando por os matos a pé; pois os feridos, que da<br />

peleja fugiram, e alguns com as tripas nas [Fl. 27] mãos; certo que era para haver<br />

lástima, e todos atribuíam isto a seus pecados, que na verda<strong>de</strong> não foi outra cousa, pelo<br />

<strong>de</strong>saforo com que se vivia na cida<strong>de</strong>, nisto que tocava ao pecado da carne: a donzela<br />

andava perguntando pela mãe; a mulher pelo marido e assim tudo era uma confusão,<br />

porque como sairam <strong>de</strong> noite cada um ía para on<strong>de</strong> acertava; e assim os primeiros dias<br />

16


pa<strong>de</strong>ceram muitas misérias, e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fome e a cama era a terra, e se o Brasil<br />

não fora tão quente e t<strong>em</strong>perado como é, morrera muita gente <strong>de</strong> frio, porque muitos<br />

dias dormiam pelos campos; porque o medo com que iam lhe pareciam que vinham os<br />

inimigos <strong>de</strong> trás <strong>de</strong> si; os fra<strong>de</strong>s todos faziam o mesmo, e <strong>em</strong> verda<strong>de</strong> que estavamos<br />

nos <strong>de</strong>sertos e que três dias não soub<strong>em</strong>os que cousa era comer mais que uns pós <strong>de</strong><br />

farinha <strong>de</strong> pão.<br />

Enquanto a gente andava com este medo, os inimigos se fortificaram na cida<strong>de</strong>,<br />

murando-a o melhor que pu<strong>de</strong>ram, porque ela não estava murada, e pondo-lhe muitas<br />

peças <strong>de</strong> artilheria, <strong>de</strong> maneira que fizeram, o que nos haviamos <strong>de</strong> fazer, e para mais<br />

seguramente estar<strong>em</strong>, tinham suas vigias fora da cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> chamam o Carmo, e<br />

tomaram a represa <strong>de</strong> uma água para que a gente não pu<strong>de</strong>sse passar a Cida<strong>de</strong>, e fez-se<br />

uma lagoa tão gran<strong>de</strong>, que uma nau da Índia [Fl. 27v] pu<strong>de</strong>ra facilmente nadar nela, e<br />

assim tinham eles com tudo, suas postas e vigias. Foi tão gran<strong>de</strong> o <strong>de</strong>spojo que da<br />

cida<strong>de</strong> levaram, que o não posso com palavras encarecer por ser mui rica a terra, e dá<br />

muito <strong>de</strong> si pelo muito açúcar, pau do brasil, e outras muitas cousas; <strong>de</strong> açúcar que na<br />

cida<strong>de</strong> e navios acharam foram mais <strong>de</strong> duas mil caixas, e muito pau do brasil, e fumo; e<br />

assim <strong>de</strong>spacharam logo quatro naus carregadas <strong>de</strong> tudo o melhor que na cida<strong>de</strong><br />

acharam, e nelas foi o Governador, e seu filho, e muitos religiosos, que tomaram, que<br />

vinham <strong>em</strong> navios <strong>de</strong> algumas cida<strong>de</strong>s, e portos do Brasil, e não sabiam o que da cida<strong>de</strong><br />

era feito, e <strong>de</strong>sta maneira tomaram muitos navios, assim <strong>de</strong> Portugal como <strong>de</strong> outras<br />

muitas partes por ser o Brasil um dos maiores portos <strong>de</strong> contrato que há.<br />

Como o senhor Bispo ajuntou a gente e fez um<br />

arraial para que os inimigos não<br />

pasass<strong>em</strong> n<strong>em</strong> saíss<strong>em</strong> fora da cida<strong>de</strong>.<br />

Vendo o senhor Bispo D. Marcos Teixeira que a gente com o medo ía toda<br />

fugindo, e os inimigos iam cobrando ânimo e se atreviam já a sair fora da cida<strong>de</strong> às<br />

fazendas, não se contentando com os roubos da cida<strong>de</strong> ajuntou [Fl. 28] gente, visto não<br />

hauer cabeça que pu<strong>de</strong>sse isto fazer, mandou religiosos aon<strong>de</strong> ele não podia ir,<br />

avisando a todos, se juntass<strong>em</strong> para que os inimigos não cobrass<strong>em</strong> tanto brio, veio a<br />

gente, ainda que <strong>de</strong>sarmada por não ter pólvora n<strong>em</strong> arcabuzes, mas não lhe faltava o<br />

ânimo pera pelejar<strong>em</strong>, e na verda<strong>de</strong> o fizeram alguns tão b<strong>em</strong>, que parece queriam<br />

igualar aqueles antigos portugueses <strong>em</strong> o esforço, e valentia; o senhor Bispo a todos<br />

17


consolava e animava, com o que ria, ria; com o que chorava, chorava: <strong>de</strong> maneira que a<br />

todos sabia levar como pastor, e pru<strong>de</strong>nte que era; ajuntou obra <strong>de</strong> dois mil homens, e<br />

os repartiu <strong>de</strong> maneira que cincoenta com seu Capitão; andava aos assaltos vinte dias,<br />

vindo aqueles, iam outros; todos os dias havia sermão que o senhor Bispo fazia <strong>em</strong> o<br />

arraial com tanto favor, e espírito que mais parecia aos ouvintes sermão <strong>de</strong> paixão: estes<br />

homens que <strong>em</strong> estes assaltos andavam, o faziam mui b<strong>em</strong>, e como os holan<strong>de</strong>ses<br />

estavam acostumados a sair fora, e achavam encontro, havia brava peleja <strong>de</strong> parte a<br />

parte, ainda que eles s<strong>em</strong>pre levavam o pior; umas vezes lhe matavam os nossos vinte,<br />

outras <strong>de</strong>z; enfim outras o que podiam, <strong>de</strong> maneira que s<strong>em</strong>pre os nossos o matavam, ou<br />

cativavam, porque muitos traziam vivos, e eles confessavam o que havia na cida<strong>de</strong> e<br />

qu<strong>em</strong> os mandara vir, e o senhor Bispo para que mais [Fl. 28v] obrigass<strong>em</strong> dava<br />

prêmios a qu<strong>em</strong> matava um flamengo, e toda a gente que no arraial estava a sustentava a<br />

sua custa, mandando vir provimento <strong>de</strong> diversas partes e corria tanto a fama, que <strong>de</strong><br />

cento e vinte léguas veio um hom<strong>em</strong> muito rico com oitenta homens somente ao<br />

servir: 21 mandou o senhor Bispo botar bando, que todos os amasiados por qualquer<br />

<strong>de</strong>lito pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> livr<strong>em</strong>ente vir para o arraial quando ele <strong>em</strong> nome <strong>de</strong> sua Majesta<strong>de</strong> lhe<br />

perdoava, assistindo com sua pessoa no arraial, e assaltos, o que logo todos fizeram,<br />

também dava alvarás e fazia cavalheiros fidalgos, a qu<strong>em</strong> fazia alguma boa sorte para<br />

assim os obrigar com honra e com prêmios, quando o não fizess<strong>em</strong> pelo amor <strong>de</strong> Deus,<br />

que é o alvo, a que todas nossas cousas hav<strong>em</strong>os <strong>de</strong> atirar e encaminhar.<br />

De como o senhor Bispo ajuntou gente pera<br />

tomar a cida<strong>de</strong>.<br />

Dia <strong>de</strong> Santo Antonio que é a treze <strong>de</strong> junho do mesmo ano, vendo o senhor<br />

Bispo que tinha muita gente junta, e muita já morta aos inimigos <strong>em</strong> os assaltos,<br />

<strong>de</strong>terminou <strong>de</strong> ver se podia dar na Cida<strong>de</strong> e pera isso or<strong>de</strong>nou que fosse dia <strong>de</strong> Santo<br />

Antonio, indo com a gente a manhã do santo foram sentidos <strong>de</strong> uma atalaia que eles<br />

tinham posto no Convento do Carmo e o sinal que lhe tinham dado os inimigos é que<br />

tocasse o sino como [Fl. 29] o fizeram; fizeram-se eles lá prestes, e os nossos<br />

abalrroaram as portas do Convento e foram aos dormitórios on<strong>de</strong> <strong>em</strong> as celas estavam<br />

quatro homens com suas mulheres, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo-se dos nossos tudo o que pu<strong>de</strong>ram; os<br />

21 Este hom<strong>em</strong> foi o jov<strong>em</strong> Salvador Correia <strong>de</strong> Sá y Benevi<strong>de</strong>s que foi enviado do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

18


nossos mataram dois, os outros tomaram vivos e os trouxeram ao senhor Bispo, os quais<br />

<strong>em</strong> sua presença, os nossos os mataram s<strong>em</strong> ele o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r; tanto que veio a<br />

manhã saíram os holan<strong>de</strong>ses ao rebate que a sua atalaia tinha feito com o sinal do sino,<br />

ainda que o pagou lindamente, porque estando tangendo lhe arou um dos nossos, e o<br />

<strong>de</strong>ixou estirado <strong>em</strong> o telhado da Igreja; sairam, pois, logo pela manhã e os nossos os<br />

fizeram outra vez meter na cida<strong>de</strong>, com morte <strong>de</strong> muitos e lhe <strong>de</strong>ixaram a porta aberta,<br />

mas como os nossos lhe tinham dito, que eles tinham feito muitas minas <strong>de</strong> pólvora<br />

arrasiarão (sic), que <strong>em</strong> entrando os queimass<strong>em</strong> a todos, pelo que houve conselho, que<br />

por então lhe não passass<strong>em</strong> mais adiante e se recuaram atrás ficando o senhor Bispo<br />

mui pesarozo <strong>de</strong> ser sentido, porque o não o ser lhe tomara a cida<strong>de</strong> pelo modo e traça<br />

que levaram; dos nossos alguns vieram feridos, mas hoje nenhum morreu, que não foi<br />

pequeno milagre entre tantos e metidos os nossos entre eles, porque houve hom<strong>em</strong> que<br />

chegou a porta da cida<strong>de</strong> e pregou lança nela; [Fl. 29v]<br />

Dos mais assaltos até morte do senhor Bispo, e co-<br />

mo lhe mataram o seu General que<br />

eles sentiram muito.<br />

Tornou o senhor Bispo a gente ao arraial don<strong>de</strong> saíra e daí lhe fazia seus asaltos<br />

como dantes saião elles hum dia, e os nossos lhe mataram muitos, e os que tomaram<br />

vivos lhe cortavam os braços, e atados ao pescoços lhes mandaram a Cida<strong>de</strong>, e o<br />

Capitão nosso os mandou <strong>de</strong>safiar, o que eles aceitaram, mas não só por só, mas vindo<br />

obra <strong>de</strong> quatrocentos, e tinham uma cilada <strong>em</strong> o caminho para colher os nossos no meio<br />

e não ficava nenhum dos nossos; tinham os nossos feito uma <strong>em</strong>boscada <strong>em</strong> a praia que<br />

chamão <strong>de</strong> Tapagipe 22 , porque tinham novas que todas as tar<strong>de</strong>s ía o seu general a uma<br />

fortaleza 23 que eles ali tinham, foi assim que foi a cavalo com dois filhos pequenos, que<br />

tinha, e a guarda vinha b<strong>em</strong> atrás, e <strong>de</strong>scuidados do que lhe podia acontecer, os nossos<br />

tanto que virão ocaziam saíram, e mataram ao General, e os filhos se lhes acolheram,<br />

ainda que um foi <strong>de</strong> tal maneira ferido, que logo morreo na Cida<strong>de</strong>, a guarda quando<br />

acudiu [Fl. 30] já ele estava <strong>em</strong> o Inferno fizeram gran<strong>de</strong> sentimento, e se o tomaram<br />

vivo, cuido que dando-o largarão a Cida<strong>de</strong>, mas não po<strong>de</strong> ser menos, porque vinha a<br />

guarda atrás que se o não matavam logo o per<strong>de</strong>riam os nossos, e se arriscariam a muito<br />

22 Itapagipe.<br />

23 Forte <strong>de</strong> São Bartolomeu da Passag<strong>em</strong>, localizava-se na ponta da Ribeira, próximo da foz do rio Pirajá,<br />

ao Norte da primitiva cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador.<br />

19


dano; daí por diante se recolheram eles, e não ousavam já sair da Cida<strong>de</strong> quanto é por<br />

terra, porque viam que lhe matavam os nossos muita gente, que conforme diziam,<br />

seriam os mortos perto <strong>de</strong> duzentos, e vivos alguns vinte, que por essas fazendas<br />

ficavam quando me eu vim para Espanha; contudo os nossos não <strong>de</strong>ixavam seu<br />

exercício <strong>de</strong> <strong>em</strong>boscadas, porque ainda alguns se <strong>de</strong>smandavam e se vinham buscar a<br />

morte, porque <strong>em</strong> saíndo nenhum escapava por seus pecados, e alguns dos nossos que a<br />

Cida<strong>de</strong> iam as escondidas e tornavam trazendo que lhes era necessário já indo não os<br />

<strong>de</strong>ixavam tornar, e assim aventavam 24 ir<strong>em</strong> por mar as fazendas com suas naus, mas<br />

também lhe sucedia o quê na Cida<strong>de</strong>, ainda que algumas vezes traziam alguma<br />

pilhag<strong>em</strong>, não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> lhe custar a morte <strong>de</strong> muitos; usaram eles <strong>de</strong> uma invenção,<br />

que foi os negros <strong>de</strong> Angola, que se meteram com eles alguns boatvam diante, mas<br />

como eles, <strong>de</strong> seu, são mui covar<strong>de</strong>s, logo viraram as costas, e os nossos fazião brava<br />

matança nelles, <strong>de</strong> maneira que n<strong>em</strong> por mar já quando eu vim andavam. [Fl. 30v]<br />

Da morte do senhor Bispo, e <strong>de</strong> algumas cou-<br />

sas que aconteceram mais.<br />

Andava já o senhor Bispo tão cansado dos trabalhos, que o Capitão mor <strong>de</strong><br />

Pernambuco Matias <strong>de</strong> Albuquerque que lhe mandou um Capitão, que servisse <strong>em</strong> seu<br />

lugar, hom<strong>em</strong> experimentado, <strong>em</strong> cousas <strong>de</strong> guerras mas como a gente estava com o<br />

senhor Bispo tão contente, foi mal recebido e se o senhor Bispo com sua prudência e<br />

santida<strong>de</strong> não apaziguara, não cuido que o receberiam. Começou a governar o novo<br />

Capitão proseguindo o quê o senhor Bispo havia começado, ainda que não cam tal<br />

espírito com que ele o fazia, vendo-se o senhor Bispo fora <strong>de</strong> tal carga e trabalho assaz<br />

<strong>de</strong> cansado se recolheu a uma casa <strong>de</strong> um bom hom<strong>em</strong>, que o recolheu com toda a<br />

carida<strong>de</strong> com que suas posses o podiam fazer, começou logo a se achar mal <strong>de</strong> umas<br />

quenturas; vieram os médicos, que se pu<strong>de</strong>ram achar, o qual foi um ju<strong>de</strong>u, porque por<br />

nossos pecados eles só os são os que estudam medicina, esse o encerrou, começou logo<br />

a sangrá-lo, a tirar sangue aon<strong>de</strong> o não havia, e logo lhe <strong>de</strong>u <strong>em</strong> tresvalios <strong>de</strong> maneira<br />

que ao oitavo dia lhe <strong>de</strong>u uma purga, e ao décimo o enterrou, que todos disseram que<br />

lhe <strong>de</strong>ram peçonha, e não podia ser menos, porque se viram muitas mostras <strong>de</strong> lha ter<strong>em</strong><br />

dada; gran<strong>de</strong> foi o sentimento <strong>de</strong> todos; não havia escravo n<strong>em</strong> [Fl. 31] n<strong>em</strong> pequeno,<br />

24 No original: cauentauão.<br />

20


n<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>, que não chorasse sua morte pois ficavão orfãos <strong>de</strong> tal Pai, enterraram-no<br />

b<strong>em</strong> pobr<strong>em</strong>ente, não conforme a Bispo, porque não havia or<strong>de</strong>m para isso; gran<strong>de</strong> foi<br />

a festa, que os inimigos fizerão tanto que o souberam na Cida<strong>de</strong>, pois lhe ía tanto que se<br />

ele não fora, não sei o como nos passaramos, porque os inimigos se metiam já pela<br />

terra, e os nossos, pela necessida<strong>de</strong> que pa<strong>de</strong>ciam, alguns iam a Cida<strong>de</strong> buscar o que<br />

lhe faltava, e o senhor Bispo acudiu como Pastor a suas ovelhas, ainda que ele não<br />

tinha obrigação, se não <strong>de</strong> se recolher <strong>em</strong> alguma Igreja.<br />

De algumas cousas que aconteceram no t<strong>em</strong>po<br />

da peleja<br />

Por r<strong>em</strong>ate <strong>de</strong> tudo, não quero <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> contar algumas cousas notáveis, que no<br />

t<strong>em</strong>po da peleja aconteceram aos religiosos, pois como os inimigos entraram na Bahia<br />

com suas naus, e os nossos começaram sua peleja; os prelados das religiões mandaram<br />

seus religiosos pera que confessass<strong>em</strong> e animass<strong>em</strong> a gente, e os que não eram<br />

confessores, senão simples sacerdotes, os mandarão apresentar ao Bispo para que<br />

confessass<strong>em</strong>, e animas<strong>em</strong> a todos como o fizeram, a um <strong>de</strong> São Francisco estando<br />

confesando a um hom<strong>em</strong> veio uma bala, e lhe caiu no hábito s<strong>em</strong> lhe fazer nenhum [Fl.<br />

31v] mal; a outro estava absolvendo a uma quando v<strong>em</strong> hum pelouro <strong>de</strong> pesa, e<br />

enquanto o hom<strong>em</strong> abaixa a cabeça para o absolver<strong>em</strong> passa a bala, e o não abaixar o<br />

levava, a outro lhe <strong>de</strong>u uma <strong>em</strong> os peitos e não lhe fez mal nenhum, <strong>de</strong> maneira que se<br />

tinha por milagre, porque, como andavam <strong>em</strong> obras <strong>de</strong> carida<strong>de</strong> confessando, e<br />

animando, nenhum perigou sendo eles o que andavam no maior perigo, e entre as<br />

balas passando <strong>de</strong> uma parte a outra. Isto é o que me l<strong>em</strong>bra com toda a verda<strong>de</strong>, s<strong>em</strong><br />

faltar um ponto <strong>de</strong> todo o que aqui digo.<br />

21


Transcrição Paleográfica<br />

Fl. 21<br />

Relasão da perda da Bahia por fr. fr co <strong>de</strong> são / João <strong>de</strong>scalço da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. fr co .<br />

Fl 22<br />

o autor <strong>de</strong>ste papel se chama / o P. e fr. fr co <strong>de</strong> são João <strong>de</strong>scalço <strong>de</strong> S. fr co<br />

Fl. 23<br />

Da tomada da Cida<strong>de</strong> da Bahia, e o que mais<br />

Soce<strong>de</strong>o ate a morte do señor Bispo.<br />

Em o mes <strong>de</strong> Abril da era <strong>de</strong> mil y seissẽ / tos e vinte e quatro veio hum recaudo a esta Cida<strong>de</strong> /<br />

<strong>de</strong> huma vila, que chamão Boipeba ao gouernador / Diogo <strong>de</strong> Mendoça, que estaua hũa nao on<strong>de</strong> cha- /<br />

mão o Morro con duas lanchas, e que toda a noi - / te estaua con ferol, vendo isto o Gouernador mã - /<br />

dou recado para que a gente <strong>de</strong> fora se iuntasse, e / uiesse toda para a cida<strong>de</strong>, a que seruisse para a <strong>de</strong>- /<br />

fen<strong>de</strong>r. A gente iunta, que conforme se <strong>de</strong>çia seriam / perto <strong>de</strong> tres mil e quinhentas pesoas. Mando o /<br />

Gouernador fazer prestes dois Patachos, e <strong>em</strong> cada / hum gente, que os po<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, fazendo Capitão<br />

/ <strong>de</strong> hum, a hum seu filho chamado Ant. o <strong>de</strong> Men - / donça, e do otro a hum mercador da Illa <strong>de</strong> Ma - /<br />

<strong>de</strong>ira, e mandoos partir e <strong>de</strong>lle or<strong>de</strong>m, não para to - / mar a Nao, n<strong>em</strong> r<strong>em</strong>eter a ella, mas para ver se /<br />

podiam tomar as duas lanchas, q erão as q fazião / todo mal, e para elle <strong>em</strong> pesoa ir tomar a nao por ser<br />

ella / muyto gran<strong>de</strong>, e trazer muytas pesoas, e gente [Fl. 23v] e isto se sobe tamb<strong>em</strong> por hũa não q vinha<br />

<strong>de</strong> An - / gola para a cida<strong>de</strong>, a qual a nao tomou, e não / lhe fes mal nenhum mas antes a mandou para a /<br />

Cida<strong>de</strong>, porq como não trazião, senão negros e elles / não e mercadoria, que lhe serue a <strong>de</strong>ixarão. Forão /<br />

os dois Patachos, e andarão la algũns dias, mas / como o t<strong>em</strong>po se mudou ao lessueste a nao se foi para /<br />

o mar por amor <strong>de</strong> não perigar. Tornarãose os dois / patachos, visto não auer nada, e o t<strong>em</strong>po lhes ser / tan<br />

contrario, o Gouernador <strong>em</strong> os vendo na Baia / mandou que tornas<strong>em</strong> logo ao mar so pena <strong>de</strong> mor - / te .<br />

Tornarão como lhes foi mandado, e aquela / noite se fizerão na volta do mar, e todo aquelle / dia, e a tar<strong>de</strong><br />

se virão entre os enimigos, e como / erão tantos não conhecerão os patachos cuydando que / erão seus, e<br />

hũa nao, q vinha <strong>de</strong> lisboa tamb<strong>em</strong> / se escapo, e se vierão a Cida<strong>de</strong> dar conta ao Gouer- / nador do q<br />

pasaua, e tinhão visto.<br />

De Como o Gouernador se fes prestes, e como<br />

a armada dos enimigos entro na Bahia.<br />

A oito <strong>de</strong> Maco apareserão na barra a armada / dos enimigos, e não entrarão aquelle dia por o<br />

t<strong>em</strong>po / não ser m. to fauorable, e tamb<strong>em</strong> como otros diz<strong>em</strong> / por não estar<strong>em</strong> todas juntas, e esperar<strong>em</strong><br />

por las / mais, e assim aquelle dia não entrarão, mas a o outro / que forão noue dia <strong>de</strong> são Gregorio as<br />

noue da manhã / entrarão [Fl. 24] entrarão pola Bahia todas por sua or<strong>de</strong>m hũa apos otra / todas con suas<br />

ben<strong>de</strong>iras olan<strong>de</strong>sas, e con toldos ver- / melhos, e <strong>de</strong>sta maneira s<strong>em</strong> apareser pesoa al - / guma en sima<br />

da Cuberta <strong>de</strong>rão hũa volta por la / Bahia, como se a tiverão medida aos palmos; das / noue ate as onze<br />

estiuerão en cala, e logo man - / darão hum betel con gente com hũa ban<strong>de</strong>ira olan- / <strong>de</strong>za: este vinha<br />

conforme elles <strong>de</strong>pois diserão tra- / ziam <strong>em</strong>baixada, que não farião mal nenhum se / lhe <strong>de</strong>c<strong>em</strong> licença<br />

para contratar e ven<strong>de</strong>r suas fazẽ- / das assim como <strong>de</strong> Portugal as trazião. O Gouerna - / dor tanto viu que<br />

o batel vinha para terra, e cuy- / dando o q podia ser, e que sua <strong>em</strong>baxada seria <strong>de</strong> / nenhum efeito lhe<br />

mandou atirrar duas pesas; e elle / tanto que viu q lhe atirauão virou, e tirou dois calho- / naços, que<br />

trazia. O Gouernador mandou por a / gente toda por su or<strong>de</strong>m andando elle <strong>de</strong> hũa parte / a otra con<br />

muyta <strong>de</strong>ligencia: mandou as naos, que / no porto estauão polas por sua or<strong>de</strong>m, inda que com / mao<br />

conselho, porque aon<strong>de</strong> as pos não fizerão nada: / comesarão os enimigos a tirar alguns tiros os piores / e<br />

<strong>de</strong> menos força; os nossos comesarão atirar <strong>de</strong> / huma fortaleza, q o gouernador tinha meia feita, e / não<br />

<strong>de</strong>ixarão <strong>de</strong> lhe fazer algum mal <strong>de</strong>storçandolhe / algumas naos, e vendo elles que as pesas da fortaleça /<br />

lhe fazião m. to dano o iuntarão todos os bateis e cheos [Fl. 24v] <strong>de</strong> gente balrroarão a fortaleza, ainda q<br />

não pu<strong>de</strong>rão / por que se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rão os que <strong>de</strong>ntro estauão valerosam. te / vendo elles, que não podião<br />

tomar a fortaleza puserão / quatro naos iunto <strong>de</strong>lla, e para que os pelouros que / atirauão lhe não fizes<strong>em</strong><br />

m. to dano, <strong>de</strong>rão en seco cõ / as naos, coisa, que espantou a todos, e dahi comme- / çarão a <strong>de</strong>sparar <strong>de</strong> tal<br />

m. ra que não hauia qu<strong>em</strong> a- / guardasse na fortaleza, polo m. to dano q fazião aos nos - / sos, e os nossos<br />

tamb<strong>em</strong> lhe fazião, e lhe matauão / m. ta gente; tornarão a cometer a fortaleza, e uen- / do os nossos, que<br />

não podião mais <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>la a <strong>de</strong>ixa- / rão, ainda que ficou o filho do Gouernador, e Lorenço / <strong>de</strong> Brito, que<br />

22


ficando sos o fizerão m. to b<strong>em</strong> matando- / lhe m. ta gente, e quando mais não pu<strong>de</strong>rão se sairão; / entrarão<br />

os enimigos, e como elles não tinhão repa- / ro n<strong>em</strong> fortaleza, porque <strong>de</strong> Terra lhe matauão muy- / ta<br />

gente caruarão as pesas para q não pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> atirar / mais, e se forão as naos. Os nossos vendo isto torna-<br />

/ rão a fortaleza, e vendo que não se podiam seruir das / pesas as botarão no mar para q os enimigos se<br />

não po<strong>de</strong>- / s<strong>em</strong> seruir <strong>de</strong>llas. Continuarão elles <strong>em</strong> atirar ate / noite; e antes <strong>de</strong>lla forão a tomar as naos,<br />

que esta- / uão peleiando, e as tirarão don<strong>de</strong> estauão con morte / <strong>de</strong> algũns dos seus, e tanto, que<br />

anoiteseo, o gouernador / mandou por fogo as otras que ficauão pera que elles se não / aporueitac<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>llas, e os enimigos tanto, q anoiteseo não / tirarão [Fl. 25] tirarão mais, inda que <strong>de</strong> quando en quando<br />

tirauão hũa / pesa.<br />

De como os enimigos <strong>de</strong>ixarão quatro naos na<br />

entrada da barra para combater, e tomar<br />

a fortaleza <strong>de</strong> s. Ant. o e do que mais sose<strong>de</strong>u<br />

Esta hũa fortaleza na entrada da Barra / q chamão <strong>de</strong> s to Ant. o hũa legoa da Cida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> b<strong>em</strong> /<br />

poco efeito para os enimigos , porq como a barra he <strong>de</strong> / tres legoas <strong>de</strong> boca se afastão os enimigos <strong>de</strong>la<br />

por / lo otro lado, e assim não lhe faz<strong>em</strong> mal as pesas / <strong>de</strong> artelleria. Os Olan<strong>de</strong>ses vendo que por<br />

nenhuma / parte podian botar gente para tomar a cida<strong>de</strong> senão / ali por ser huma boa praia pera<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcar <strong>de</strong>ixa- / rão quatro naos las milhores, y <strong>de</strong> mais força, p. a / que tomado a fortaleza lançar<strong>em</strong><br />

gente commesa- / rão a atirar e a botar a fortaleza por terra cõ gran<strong>de</strong> / fuerça; os nossos o fazião como<br />

milhor podiam, porque / la fortaleça tinha m. to poca artelharia e menos gente, / y assi a não podião<br />

<strong>em</strong>pedir, que não <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcas<strong>em</strong>; / os nossos que con duas ban<strong>de</strong>iras estauam a guardan- / doos os<br />

fizerão otra ves <strong>em</strong>barcar, vendo elles isto tor- / narão com muyta mas gente, que fue necessario aos /<br />

nossos retirarse: vendo elles s<strong>em</strong> <strong>em</strong>pedim. to comme- / sarão logo en un lugar, q ahi esta, a q chamão villa<br />

[Fl. 25v] Velha, por ser a p. ra Pouoacão da Bahia <strong>em</strong> sua fundação / ahi robarão o que acharam, e os<br />

T<strong>em</strong>plos sagrados q- / brando santos, e profanando os ornam. tos Dali se vi- / erão chagando pera a Cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tal m. ra que en se sarrã- / do a noite se puserão on<strong>de</strong> chamão são bento un tiro <strong>de</strong> / arcabus da Cida<strong>de</strong> e<br />

asentarão seu arrail s<strong>em</strong> seren / sentidos e troxerão quatro pesas <strong>de</strong> Artelharia q / <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcarão p. a<br />

combater a Cida<strong>de</strong> se fosse necess. ro / os nossos como virão, que não se podião <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r se hião /<br />

acolhendo, e tanto, que virão a noite o fizerão mi- / lhor, porque as molheres ia erão saidas, e a mais /<br />

gente commua; ia o Gouernador andaua fora <strong>de</strong> si / s<strong>em</strong> sentido, vendo que a Cida<strong>de</strong> se hauia <strong>de</strong> tomar,<br />

por / q a gente o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>paraua, e assim quando veio a / maña se achou con som. te vinte pesoas, e con ella /<br />

se meteu en casa s<strong>em</strong> se acabar con elle que se / saisse fora visto ia não hauer r<strong>em</strong>. o ; elle se confesou /<br />

para morrer se o matass<strong>em</strong> os enimigos, porque elle / isso <strong>de</strong>seiaua, vendo q a fortuna assi lhe daua en /<br />

rosto.<br />

Vendo os enimigos que por la maña a cida<strong>de</strong> es- / taua <strong>de</strong>s<strong>em</strong>parada commesarão a marchar p. a<br />

ella vin- / do s<strong>em</strong>pre atirando, porq cuydarão elles, q os nossos / lhe tinhão feito alguma <strong>em</strong>boscada;<br />

vierão a praça / y assentarão seu arraial, e forão as casas do Gouer- / nador on<strong>de</strong> estaua com obra <strong>de</strong> 20<br />

pesoas o Gouernador / se fes [Fl. 26]se fes por <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, inda que logo lhe abaterão as ar- / mas, e o<br />

leuarão prezo com os mais as naos, e esti- / uerão para lhe cortar<strong>em</strong> a cabeza.<br />

Do que mas sose<strong>de</strong>u e do <strong>de</strong>sacato que fizerão as cousas<br />

Sagradas.<br />

Em os enimigos tomando o Cou. to <strong>de</strong> s. Bento q esta fora / da Cida<strong>de</strong>, e foi o p. ro t<strong>em</strong>plo en que<br />

entrarão ahi comme- / sarão sua furia maior <strong>em</strong> as coisas sagradas os s. tos quebra- / rão, <strong>de</strong> m. ra que san<br />

Bento lhe <strong>de</strong>rão muytas cuchilha- / das; o santo Amaro lhe tirarão cõ sugida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gente / a Virgen s ra mã a<br />

fizerão <strong>em</strong> retalhos, e assim fo- / rão fazendo ao mais, que acharão s<strong>em</strong> perdoar a coisa al- / guma como<br />

ereges que erão, e Deos nosso s. or o permitia p. a / mais os castigar; <strong>em</strong> entrando como <strong>em</strong>trarão <strong>em</strong> a<br />

Cida- / <strong>de</strong> puserão suas postas <strong>em</strong> aon<strong>de</strong> virão ser necess. ro e com- / mesarão a saquear a Cida<strong>de</strong> ia viuua,<br />

e <strong>de</strong>serta s<strong>em</strong> se- / us moradores como otra jerusal<strong>em</strong> que acharão muy- / ta riqueza assi <strong>de</strong> ouro como <strong>de</strong><br />

prata; forão ao Conu. to / da Comp. a e fizerão <strong>de</strong>lle alfan<strong>de</strong>ga metendo seus robos / nelle, e fazendo dos<br />

santos o que fizerão dos mais, q / os vassos sagrados, e ornam. tos tirarão todos os religiosos / das religiõis<br />

<strong>de</strong>ixando o mais do Conu. to , inda q os Cle- / rigos se ouuerão con mais <strong>de</strong>scuydo, porq si no fue / algũa<br />

confraria, que seus irmãos tiuerão l<strong>em</strong>brança [Fl. 26v] não se tirou nada da see fizerão sua Mesquita<br />

quebrando / os santos, e os vassos sagrados fazendo <strong>de</strong>lles como se não / forão; dos ornam. tos fazião<br />

vestidos, e <strong>de</strong> la estola ligas e / bandas; <strong>de</strong> nossa srã Da iuda fizerão tauerna metendo / nella os viños, que<br />

na Cida<strong>de</strong> estauão, <strong>de</strong> San frn. co fize- / rão atafona, e moião o trigo que <strong>de</strong> Olanda trazião, e / os santos<br />

<strong>de</strong> vulto lhe seruião <strong>de</strong> asentos <strong>em</strong> que se asen - / tauão, e moraua hum Capitão en o Conu. to con sua<br />

Comp. a / <strong>de</strong> soldados; do Carmo fizerão atalaia, e vigia por es- / tar fora da Cida<strong>de</strong> <strong>em</strong> hum alto don<strong>de</strong> se<br />

23


<strong>de</strong>scubria m. to , dos / santos fizerão pior, porq do Cristo dos passos troxerão a- / tado cõ a corda por o<br />

pescoso polo chão dando lhe <strong>de</strong> cu- / theladas, e os otros santos o mesmo: isto he o que fize- / rão logo <strong>em</strong><br />

sua entrada, e <strong>de</strong>spues executauão mai - / res cruelda<strong>de</strong>s nas imageñs que achauão pellas cassas.<br />

De Como a gente se saia da Cida<strong>de</strong> e como<br />

elles se fizerão fortes.<br />

Vendo a gente quam poco r<strong>em</strong>. o tinha contra estes / tam crueis enimigos era lastima <strong>de</strong> ver tanta<br />

g. te fora / <strong>de</strong> huma Cida<strong>de</strong>, a saber donzelhas, meninos, e mo- / lheres prenhes, que por esses campos<br />

parião, q era / lastima, pois doentes q da cama se ergião, e lhe / faltaua todo o regalo andando por os<br />

matos a pe; pois os / feridos, que da peleia fugirão, e alguns con as tripas nas / mãos [Fl. 27] mãos; serto q<br />

era p. a hauer lastima, e todos atribuião / isto a seus peccados, que na verda<strong>de</strong> no foi outra / coussa, polo<br />

<strong>de</strong>saforo con que se viuiuia na Cida<strong>de</strong>, nis- / to q tocaua ao peccado da carne: a donzelha andaua /<br />

perguntando pela may; a molher pelo marido, e / assi tudo era hũa confuzão, porque como sairão <strong>de</strong> /<br />

noite cada hum hia para on<strong>de</strong> asertaua; e assi os / p. ros dias pa<strong>de</strong>serão muytas miserias, e necessida<strong>de</strong>s / <strong>de</strong><br />

fome, e a cama era a terra, e se o Brasil não / fora tam quente, e t<strong>em</strong>perado como he morrera / m. ta gente<br />

<strong>de</strong> frio, porq m. tos dias dormião pelos cam- / pos; porq o medo con que hião lhe paresião que / vinham os<br />

enimigos <strong>de</strong> tras <strong>de</strong> si; os fra<strong>de</strong>s todos / fazião o mesmo, e <strong>em</strong> verda<strong>de</strong> q estauamos nos / <strong>de</strong>zertos e que<br />

tres dias não soub<strong>em</strong>os q cousa / era comer mais q hũns pos <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> pão.<br />

Enquanto a gente andaua cõ este medo os eni- / migos se fortificarão na Cida<strong>de</strong> murandoa o<br />

milhor / que pu<strong>de</strong>rão, porque ella não estaua murada, e pon- / dolhe m. tas pesas <strong>de</strong> artelheria, <strong>de</strong> m. ra que<br />

fizerão, / o q nos hauiamos <strong>de</strong> fazer, e para mais segura / m. te estar<strong>em</strong> tinhão suas vigias fora da Cida<strong>de</strong>,<br />

on- / <strong>de</strong> chamão o Carmo, e tomarão a repreza <strong>de</strong> hũa a- / goa para q a gente não pu<strong>de</strong>sse passar a Cida<strong>de</strong>,<br />

e / fesse hũa alagoa tam gran<strong>de</strong>, q hũa não da India [Fl. 27v] pu<strong>de</strong>ra facilm. te nadar nella, e assi tinhão<br />

elles cõ / tudo suas postas, e vigias. Foi tam grn. <strong>de</strong> o <strong>de</strong>spoio / que da Cida<strong>de</strong> leuarão, q o não posso cõ<br />

palabras en- / careser por ser muy rica a Terra, e da m. to <strong>de</strong> si / polo muyto asucar, pao do Brazil, e otras<br />

m. tas cou- / sãs; <strong>de</strong> asucar que na Cida<strong>de</strong>, e nauios acharão fo- / rão mais <strong>de</strong> duas mil caixas, e m. to pao do<br />

Bra- / zil, e fumo; e assi <strong>de</strong>spacharão logo quatro / naos carregadas <strong>de</strong> tudo o milhor q na Cida<strong>de</strong> acha- /<br />

rão, e nelas foi o Gouernador, e seu filho, e m. tos / religiosos, q tomarão, q vinhão <strong>em</strong> nauios <strong>de</strong> al- /<br />

gumas cida<strong>de</strong>s, e portos do Brazil, e não sabião o / que da Cida<strong>de</strong> era feito, e <strong>de</strong>sta m. ra tomarão m. tos /<br />

nauios, assi <strong>de</strong> Portugal como <strong>de</strong> otras m. tas partes / por ser o Brazil hum dos maiores portos <strong>de</strong> contra- /<br />

to que ha.<br />

Como o senõr Bispo aiunto a gente e fes hum<br />

hum arraial para que os enimigos não<br />

pasas<strong>em</strong> n<strong>em</strong> sais<strong>em</strong> fora da Cida<strong>de</strong>.<br />

Vendo o senõr Bpõ D. Marcos Teixeira q / a gente con o medo hia toda fugindo, e os enimigos<br />

hião / cobrando animo, e se atreuião ia a sair fora da Ci- / da<strong>de</strong> as fazendas, não se contentando com os<br />

robos da / cabeça que pu<strong>de</strong>se isto fazer mando da Cida<strong>de</strong> aiun- / to [Fl. 28] to gente, visto não hauer<br />

cabeça q pu<strong>de</strong>sse isto fazer / mando Religiossos aon<strong>de</strong> elle não podia ir auizando a / todos se iuntass<strong>em</strong>,<br />

para que os enimigos não cobrass<strong>em</strong> / tanto brio, veio a gente, inda q <strong>de</strong>sarmada por não ter / poluora n<strong>em</strong><br />

arcabuzes, mas não lhe faltaua o ani- / mo pera peleiar<strong>em</strong>, e na verda<strong>de</strong> o fizerão algũns tão- / b<strong>em</strong>, que<br />

parese querião igualar aqueles antiguos / portugueses <strong>em</strong> o esforço, e valentia; o s. r Bpõ a to- / dos<br />

consolaua e animaua, cõ o que ria, ria; cõ o q / choraua, choraua: <strong>de</strong> m. ra q a todos sabia leuar como /<br />

Pastor, e pru<strong>de</strong>nte que era; aiuntou obra <strong>de</strong> dois / mil homeĩs, e os repartiu <strong>de</strong> m. ra que sincoenta / con seu<br />

Capitão; andaua aos asaltos vinte dias vin- / do aquelles iuão otros; todos os dia hauia sermão / que o s. r<br />

Bpõ / fazia <strong>em</strong> o araial con tanto fauor, e / espiritoa q mais paresia aos ouuintes sermão <strong>de</strong> / paixão: estes<br />

homeñs q en estes asaltos andauão o / fazião muy b<strong>em</strong>, e como os olan<strong>de</strong>zes estauão a / custumados a sair<br />

fora, e achauão encontro hauia / braua peleia <strong>de</strong> parte a parte, inda que elles s<strong>em</strong>- / pre leuauão o pior;<br />

hũas vezes lhe matauão os nossos / vinte, otras <strong>de</strong>s; <strong>em</strong> fim otras o que podião, <strong>de</strong> m. ra q / s<strong>em</strong>pre os<br />

nossos, o matauão, o catiuauão, porq m. tos tra- / ião viuos, e elles confesauão o q hauia na Cida<strong>de</strong> e /<br />

qu<strong>em</strong> os mandara vir, e o señor Bpõ p. a que mais [Fl. 28v] obrigas<strong>em</strong> daua pr<strong>em</strong>ios a qu<strong>em</strong> mataua hum<br />

framen- / go, e toda a gente q no raial estaua a sostentaua a sua / costa, mandando vir prouim. to <strong>de</strong><br />

diuersas p. es y corria / tanto a fama, q <strong>de</strong> sento e vinte legoas veio hũ hom<strong>em</strong> / m. to rico con oitenta<br />

homeñs som. te ao seruir: mando / o señor Bpõ botar bando, que todos os ameziados por / qualq. ra <strong>de</strong>lito<br />

pudaes<strong>em</strong> liur<strong>em</strong>. te vir p. a o arraial q. o / elle <strong>em</strong> nome <strong>de</strong> sua Magesta<strong>de</strong> lhe perdoaua asis- / tindo cõ sua<br />

pesoa no arraial, e asaltos, o q logo todos / fizerão tamb<strong>em</strong> daua aluaras, e fazia caualheros fi- / dalgos a<br />

qu<strong>em</strong> fazia algũa boa sorte p. a assi os obri- / gar cõ honrra, e com prémios, quando o não fize- / s<strong>em</strong> pelo<br />

amor <strong>de</strong> Ds, que e o aluo, a que / todas nossas cousas au<strong>em</strong>os <strong>de</strong> atirar, e <strong>em</strong>caminhar.<br />

24


De Como o señor Bpõ aiuntou gente pera<br />

tomar a Cida<strong>de</strong>.<br />

Dia <strong>de</strong> s. to Ant. o q he a treze <strong>de</strong> junho do mes- / mo ano, vendo o señor Bpõ que tinha m. ta gente<br />

iun- / ta, e m. ta ia morta aos enimigos <strong>em</strong> os asaltos <strong>de</strong> / terminou <strong>de</strong> ver se podia dar na Cida<strong>de</strong>, e pera /<br />

isso or<strong>de</strong>nou q fosse dia <strong>de</strong> s. to Ant. o , indo com a g. te / a manha do santo forão sentidos <strong>de</strong> hũa atalaia /<br />

que elles tinhão posto no Conu. to do Carmo, e o sinal / que lhe tinhão dado os enimigos he q tocase o sino<br />

/ como [Fl. 29] como o fizerão, fizerãose elles laprestes, e os nossos / abalrroarão as portas do Conu. to e<br />

forão aos dormitorios / on<strong>de</strong> <strong>em</strong> as seldas estauão quatro homeñs con suas mo- / lheres, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndose<br />

dos nossos tudo o que pu<strong>de</strong>rão; os / nossos matarão dois os outros tomarão vivos, e os tro- / xerão ao<br />

señor oBpõ, os quais <strong>em</strong> sua prezença / os nossos os matarão s<strong>em</strong> elle o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r; tanto / que veo a<br />

manhã sairão os Olan<strong>de</strong>ses ao rebate / que a sua talaia tinha feito cõ o sinal do sino, inda / q o pagou<br />

lindam. te porque estando tangendo lhe a- / rou hum dos nossos, e o <strong>de</strong>ixou estirado <strong>em</strong> o tilhado / da<br />

Igreia; sairão pois logo pela manhã, e os nossos / os fizerão outra ves meter na Cida<strong>de</strong> cõ morte <strong>de</strong> m. tos /<br />

e lhe <strong>de</strong>ixarão a porta aberta, mas como os nossos / lhe tinhão dito, que elles tinhão feito m. tas minas <strong>de</strong> /<br />

poluora arrasiarão, que <strong>em</strong> entrando os queimmasẽ / a todos pelo q ouue conselho que por então lhe não<br />

pa- / sas<strong>em</strong> mas adiante, e se recuarão atras ficando / o s. r Bispo muy pesarozo <strong>de</strong> ser sentido, porq o não /<br />

o ser lhe tomara a Cida<strong>de</strong> pelo modo, e traça, q leua- / rão; dos nossos alguñs vierão feridos, mas oie<br />

nhũm / morreo, q não foi pequeno milagre entre tantos / e metidos os nossos entre elles, porq ouue<br />

hom<strong>em</strong> / q chegou a porta da Cida<strong>de</strong>, e pregou lança nela; / dos mais [Fl. 29v]<br />

Dos mais asaltos ate morte do señor Bpõ, e co-<br />

mo lhe matarão o seu General que<br />

elles sentirão muyto.<br />

Tornou o s. r Bpõ a gente ao raial don<strong>de</strong> saira / y dahi lhe fazia seus asaltos como dantes saião<br />

elles / hum dia, e os nossos lhe matarão muytos, e os que / tomarão viuos lhe cortauão os braços, e atados<br />

ao pes / cosos lhos mandarão a Cida<strong>de</strong>, e o Capitão nosso os mã- / dou <strong>de</strong>safiar, o que elles aseitarão mas<br />

não so por so mas / viendo obra <strong>de</strong> quatrosentos, e tinhão hũa silada <strong>em</strong> / o caminho p. a colher os nossos<br />

no meio e não ficaua nenhum / dos nossos; tinhão os nossos feito hũa <strong>em</strong>boscada / <strong>em</strong> a praya que<br />

chamão <strong>de</strong> Tapagipe, porq tinhão / nouas q todas as tar<strong>de</strong>s hia o seu general a hũa for- / taleza que elles<br />

ali tinhão, foi assi que foi a ca- / ualo con dois filhos pequenos, que tinha, e / a guarda vinha b<strong>em</strong> atras, e<br />

<strong>de</strong>scuydados do que / lhe podia aconteser, os nossos tanto que virão occa- / Sião sairão, e matarão ao<br />

General, e os filhos se / lhes acolherão, inda q hum foi <strong>de</strong> tal m. ra fe- / rido, que logo morreo na Cida<strong>de</strong>, a<br />

guarda quando / acudio [Fl. 30] acodio ia elle estaua <strong>em</strong> o Inferno fizerão gran<strong>de</strong> sen- / tim. to , e se o<br />

tomarão viuo, cuydo q dandoo largarão / a Cida<strong>de</strong>, mas não po<strong>de</strong> ser menos, porq vinha a / guarda atras<br />

que se o não matauão logo o perdirião / os nossos, e se ariscarião a m. to dano; dahi por diante / se<br />

recolherão elles, e não osauão ia sair da Cida- / da<strong>de</strong> quanto he por terra, porq vião q lhe mata- / uão os<br />

nossos m. ta gente, que conforme <strong>de</strong>zião serião / os mortos perto <strong>de</strong> duçentos, e viuos alguñs vinte, q / por<br />

essas fazendas ficauão quando me eu vim p. a Es- / paña; con tudo os nossos não <strong>de</strong>ixauão seu exercicio /<br />

<strong>de</strong> <strong>em</strong>boscadas, porque ainda alguñs se <strong>de</strong>smandauão / e se vinhão buscar a morte, porque <strong>em</strong> saindo ne- /<br />

nhum escapaua por seus peccados, e alguñs dos nossos / que a Cida<strong>de</strong> hião as escondidas e tornauão<br />

trazendo / que lhes era necess. ro ia indo não os <strong>de</strong>ixauão tornar, e asi cauentauão ir<strong>em</strong> por mar as<br />

fazendas com suas / naos, mas tamb<strong>em</strong> lhe sosedia o que na Cida<strong>de</strong>, in- / da que algumas vezes trazião<br />

alguma pilhag<strong>em</strong> / não <strong>de</strong>ixaua <strong>de</strong> lhe costar a morte <strong>de</strong> m. tos ; uzarão / elles <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>uensão, que foi os<br />

negros <strong>de</strong> am- / gola, que se meterão com elles alguñs boatuão di- / ante, mas como elles <strong>de</strong> seu são muy<br />

cobar<strong>de</strong>s / logo virarão as costas, e os nossos fazião braua / matança nelles, <strong>de</strong> m. ra que n<strong>em</strong> por mar ia<br />

quando / eu vim andauão. [Fl. 30v]<br />

Da morte do senõr Bpõ, e <strong>de</strong> algũas cou-<br />

sas que aconteserão mais.<br />

Andaua ia o senõr Bpõ tam cansado dos traba- / lhos, que o Capitão mor <strong>de</strong> Pernambuquo Matias<br />

<strong>de</strong> / Albuquerque que lhe mandou hũ Capitão, q seruisse / <strong>em</strong> seu lugar, homẽ expermentado, <strong>em</strong> cousas<br />

<strong>de</strong> / guerras mas como a gente estaua cõ o s r Bpõ tam con- / tente foi mal recebido, e se o señor Bispo<br />

con sua pru- / <strong>de</strong>ncia, e santida<strong>de</strong> não apasiguara não cuydo, q / o recibirião. Comesou a gouernar o nouo<br />

Capitão pro- / seguindo o q o s. r Bpõ auia começado, inda q não cõ / tal sprito con que elle o fazia,<br />

vendose o señor Bpõ / fora <strong>de</strong> tal carga e trabalho asas <strong>de</strong> cansado se reco- / lheo a hũa cassa <strong>de</strong> hũ bom<br />

homẽ, q o l recolheo / con toda a carida<strong>de</strong> con que suas poses o podião fazer, / comesou logo a se achar<br />

25


mal <strong>de</strong> hũas quenturas; vi- / erão os medicos, que se po<strong>de</strong>rão achar, o qual foi hũ / iu<strong>de</strong>u, porq por nossos<br />

peccados elles so os são os q es- / tudão me<strong>de</strong>sina, esse o encerrou, comesou logo a / sangralo, a tirar<br />

sangue adon<strong>de</strong> o não hauia, e / logo lhe <strong>de</strong>u <strong>em</strong> tresualios <strong>de</strong> maneira q ao ou- / tauo dia lhe <strong>de</strong>u hũa<br />

purga, e ao <strong>de</strong>cimo o enterrou, / q todos diserão que lhe <strong>de</strong>rão pesonha, e não podia / ser menos, porq se<br />

virão m. tas mostras <strong>de</strong> lha ter<strong>em</strong> / dada; gran<strong>de</strong> foi o sentim. to <strong>de</strong> todos; não hauia escrauo / n<strong>em</strong> [Fl. 31]<br />

n<strong>em</strong> pequeno, n<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>, q não chorase sua morte / pois ficauão orfãns <strong>de</strong> tal Pay, <strong>em</strong>terrarãono bẽ /<br />

pobr<strong>em</strong>. te não conforme a Bpõ, porq não auia or<strong>de</strong>m / pera isso; gran<strong>de</strong> foi a festa, que os enimigos<br />

fizerão / tanto que o souberão na Cida<strong>de</strong>, pues lhe hia tanto q / se elle não fora não sey o como nos<br />

pasaramos, porque / os enimigos se metião ia pela terra, e os nossos pela / necessida<strong>de</strong> q pa<strong>de</strong>çião alguñs<br />

hião a Cida<strong>de</strong> buscar o q / lhe faltaua, e o s r Bpõ acudio como Pastor a suas / ouelhas, inda que elle não<br />

tinha obrigasão se não <strong>de</strong> / se recolher <strong>em</strong> algũa Igreia.<br />

De algũas cousas que aconteseram no t<strong>em</strong>po<br />

da peleia<br />

Por r<strong>em</strong>ate <strong>de</strong> tudo não quero <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> con- / tar algũas cousas notaueis, que no t<strong>em</strong>po da peleia<br />

/ aconteserão aos religiossos, pois como os enimigos <strong>em</strong>- / trarão na Bahia cõ suas naos, e os nossos<br />

commesarão / sua peleia; os perlados <strong>de</strong> das religiõis mandarão / seus religiossos, pera q confesas<strong>em</strong>, e<br />

animas<strong>em</strong> a / gente, e os que não erão confesores senão simples / sacerdotes os mandarão apresentar ao<br />

Bpõ p. a que / confesas<strong>em</strong>, e animas<strong>em</strong> a todos como o fizerão, a hum / <strong>de</strong> s. frn. co estando confesando a<br />

hum hom<strong>em</strong> veo hũa / bala, e lhe caiu no habito s<strong>em</strong> lhe fazer nenhum [Fl. 31v] mal; a outro estaua<br />

asoluendo a hũ quando v<strong>em</strong> hum / pelouro <strong>de</strong> pesa, e <strong>em</strong>q. to o hom<strong>em</strong> abaixa a cabeca p. a / o absoluer<strong>em</strong><br />

pasa a bala, e o não abaixar o leuaua / a outro lhe <strong>de</strong>u hũa <strong>em</strong> os peitos e não lhe fes mal / nenhum, <strong>de</strong><br />

maneira q se tinha por milagre, porque / como andauão <strong>em</strong> obras <strong>de</strong> carida<strong>de</strong> confesando, e ani- / mando<br />

nehũ perigou sendo elles o que andauão no / mayor perigo, e entre as ballas pasando <strong>de</strong> hũa p. te / a<br />

outra. Isto he o que me l<strong>em</strong>bra cõ toda a verda<strong>de</strong> / s<strong>em</strong> faltar hum ponto <strong>de</strong> todo o q aqui digo.<br />

26


ANEXO III<br />

A Jornada dos Vassalos por D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong><br />

A Biblioteca da Ajuda <strong>em</strong> Lisboa guarda <strong>em</strong> seu precioso acervo um manuscrito<br />

inédito sobre a invasão neerlan<strong>de</strong>sa da Bahia <strong>em</strong> 1624 e a Jornada dos Vassalos <strong>em</strong><br />

1625. O documento foi inserido num códice <strong>em</strong> fólio, enca<strong>de</strong>rnado <strong>em</strong> pergaminho, sob<br />

a indicação 51-IX-12. O texto t<strong>em</strong> por título “Cap. os da Relação” e ocupa as folhas 151<br />

à 185 verso. A Relação foi enca<strong>de</strong>rnada com diversos outros documentos e papéis<br />

administrativos do século XVII, sendo a numeração das folhas inserida posteriormente.<br />

O rascunho da Relação foi escrito <strong>em</strong> espanhol porque seu autor <strong>de</strong>sejava que<br />

fosse às mãos <strong>de</strong> Felipe IV, Rei da Espanha e <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong>vido a União das Coroas<br />

Ibérica (1580-1640). O autor do texto tinha planos para publicá-la, pois <strong>de</strong>ixou local<br />

indicando no documento para a inserção <strong>de</strong> mapas e <strong>de</strong>senhos.<br />

O manuscrito está incompleto por conta <strong>de</strong> que uma folha que fora arrancada do<br />

conjunto e porque o autor não concluiu o plano <strong>de</strong> redação que foi proposto por ele no<br />

índice do que viria a ser a obra. Apesar disto, o texto oferece um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

novas informações sobre os epsódios relacionados a este período. Além disso, é o<br />

documento que melhor apresenta os bastidores políticos das armadas que compuseram a<br />

Jornada dos Vassalos para socorrer a Bahia <strong>em</strong> 1625.<br />

O texto é o rascunho da obra e por isso exist<strong>em</strong> muitos paragráfos riscados e<br />

outros inteiramente postos à marg<strong>em</strong> das folhas com as indicações <strong>em</strong> sinais on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>veriam ser colocados pelo editor. O capítulo 4 v<strong>em</strong> ao final do texto entre as folhas<br />

184 e o verso da folha 185.<br />

1. A AUTORIA DA RELAÇÃO<br />

Os Capítulos da Relação é uma obra anônima, visto que o autor não se i<strong>de</strong>ntifica<br />

n<strong>em</strong> no título n<strong>em</strong> ao longo do texto; pelo menos não <strong>de</strong> maneira direta. Uma afirmação<br />

no índice da Relação permite, não obstante, i<strong>de</strong>ntificar qu<strong>em</strong> redigiu o texto. O quinto<br />

tópico, “Oficiaes <strong>de</strong> guerra, causa <strong>de</strong> meu Pai, e <strong>de</strong> D. Francisco <strong>de</strong> Almeida ” , permite<br />

conhecer a real i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do autor: o filho <strong>de</strong> D. Antônio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>. D. Antonio <strong>de</strong><br />

Ataí<strong>de</strong> seria o Almirante da armada <strong>de</strong> 1625, mas por questões políticas acabou<br />

impedido. Seu filho, autor do texto, chamava-se D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>.<br />

D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, 2º con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro Daire e 6º con<strong>de</strong> da Castanheira,<br />

nasceu <strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> 1597 e morreu na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa <strong>em</strong> 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1669. Foi<br />

27


filho do 1º con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro Daire e 5 o da Castanheira D. António <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> e <strong>de</strong> D. Ana<br />

<strong>de</strong> Lima.<br />

D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>u com o pai o exercício da política e o gosto pelas<br />

letras. O autor dos Capítulos da Relação já possui fama <strong>de</strong> genealogista e escritor. Seu<br />

nome figura na Biblioteca Lusitana do Aba<strong>de</strong> Barbosa Machado. Segundo informa o<br />

bibliófilo português<br />

D. Jeronimo <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> – segundo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro Dayro, e sexto da Castanheira<br />

nasceo <strong>em</strong> Lisboa sendo filho <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> do Conselho <strong>de</strong> Estado,<br />

Embaxador ao Emperador Fernando segundo, Presi<strong>de</strong>nte da Meza da Conciencia, e<br />

Or<strong>de</strong>ns, e <strong>de</strong> D. Anna <strong>de</strong> Lima filha her<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Lima Senhor <strong>de</strong> Castro<br />

Dayro, Alcay<strong>de</strong> mór <strong>de</strong> Guimaraens, e D. Maria <strong>de</strong> Vilhena filho <strong>de</strong> Cristovao <strong>de</strong> Mello<br />

her<strong>de</strong>iro da ilha <strong>de</strong> S. Thome. No t<strong>em</strong>po, que foy elevado ao trono <strong>de</strong> Portugal o<br />

serenissimo D. João IV assistia <strong>em</strong> Castella on<strong>de</strong> pelos seus gran<strong>de</strong>s merecimentos, que<br />

se illustravão com a cultura das Artes liberaes foy nomeado Marquez <strong>de</strong> Collares, Ayo<br />

do Principe D. Balthezar Carlos, e mordomo mór da sereníssima Raynha D. Izabel <strong>de</strong><br />

Borbon. Celebrada as pazes entre esta Coroa, e a <strong>de</strong> Castella <strong>em</strong> o anno <strong>de</strong> 1668, voltou<br />

para a patria contra a qual nunca militou on<strong>de</strong> passado pouco t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> assistencia<br />

faleceo a 12 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1669. Foy sepultado no Convento dos Religiosos<br />

Capuchos <strong>de</strong> Santo Antonio da Castanheira jazigo <strong>de</strong> seus illustres Mayores. Cazou com<br />

D. Helena <strong>de</strong> Castro filha <strong>de</strong> D. João <strong>de</strong> Castro Senhor <strong>de</strong> Reriz, Sul, B<strong>em</strong>uiver, Penella,<br />

e Resen<strong>de</strong>, e com D. Juliana <strong>de</strong> Souza e Tavora sua segunda mulher <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> teve a D.<br />

Antonio <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong>, que morreo menino, D. Jorge <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> terceiro Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro<br />

Dayro, e D. Anna <strong>de</strong> Lima e Attay<strong>de</strong> setima Con<strong>de</strong>ssa da Castanheira.<br />

Compoz:<br />

Informacion sobre haver <strong>de</strong> prece<strong>de</strong>r en el Consejo <strong>de</strong> Portugal suplicando <strong>de</strong> la nueva<br />

forma <strong>de</strong> Preci<strong>de</strong>nciar, e respondiendo a los errados enformes que se dieron a su<br />

Magestad. Começa. Preten<strong>de</strong> el Maquez <strong>de</strong> Collares e. Acaba. Se assegure la justicia<br />

<strong>de</strong> quien la huviero com su <strong>de</strong>terminacion. Madrid 29. <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1662. fol. Não t<strong>em</strong><br />

lugar <strong>de</strong> impressão. Consta <strong>de</strong> muitas folhas, <strong>de</strong> que vimos hum ex<strong>em</strong>plar. Fez outro<br />

M<strong>em</strong>orial sobre esta materia da prece<strong>de</strong>ncia, que principia. El Marques <strong>de</strong> Collares <strong>de</strong>l<br />

Consejo <strong>de</strong> Estado. Acaba. Man<strong>de</strong> V. Magesta<strong>de</strong> lo que más fuere <strong>de</strong> su real servicio.<br />

Ocupa folha, e meya, e não t<strong>em</strong> lugar <strong>de</strong> impressão, o qual também vimos. Obras<br />

Genealogicas. M.S. fol. Conservão-se na livraria do excelentíssimo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Redondo<br />

a cujo po<strong>de</strong>r vierão por morte da Con<strong>de</strong>ssa D. Ana <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> irmãa do Author, e<br />

mulher que foy <strong>de</strong> Simão Correa da Sylva ultimo con<strong>de</strong> da Castanheira. 25<br />

Nobiliario <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Lima addicionado. Cujo Original está na Livraria do<br />

Excellentissimo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Redondo. Destas obras Genealogicas <strong>de</strong> D. Jeronimo <strong>de</strong><br />

Attay<strong>de</strong> faz m<strong>em</strong>oria o Padre Souza. Apparat. Á Hist. Gen. da Caz. Real Portug. Pag.<br />

115.S. 125 e no Tom. 2. <strong>de</strong>sta Hist. liv. 3 pag. 537. e no fim do Tom. 8. pag. 7.<br />

O códice 51-IX-12 pertenceu à casa dos Castanheiras e faz parte do Fundo D.<br />

Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> na Biblioteca da Ajuda. Por isso, o referido códice conserva diversos<br />

documentos e correspondências, passivas e ativas, <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> e seu filho<br />

D. Jerônimo. A comparação <strong>de</strong> grafia da Relação com outros documentos assinados por<br />

D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> também confirma a autoria da mesma por este, consi<strong>de</strong>rando a<br />

s<strong>em</strong>elhança das letras.<br />

25 MACHADO, Barbosa. Bibliotheca Lusitana. Lisboa: Officina <strong>de</strong> Antonio Isidoro da Fonseca, 1741.<br />

Tomo II. p. 481 e 482<br />

28


Um M<strong>em</strong>orial escrito por D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> para algum ministro do Rei D.<br />

Felipe IV apresenta mais informações sobre sua orig<strong>em</strong> e sua família. 26 Tal como a<br />

Relação, o M<strong>em</strong>orial tinha por fim “<strong>de</strong>ixar a Vuestra Ex. a esta relacion di lo que mi<br />

padre ha servido, y siete hijos suyos en pas y en guerra.” D. Jerônimo chama a atenção<br />

<strong>de</strong> que seu pai “es primo 4. o (grau) <strong>de</strong>l Rey Nuestro Señor ” 27<br />

Em seguida, tal como no capítulo quarto da Relação, D. Jerônimo resume as<br />

ações <strong>de</strong> seu pai no serviço das armadas até a peleja com “Tabac Arraes General <strong>de</strong>l<br />

Turco” , no inci<strong>de</strong>nte na costa da Ericeira. Ainda segundo ele, “ Sincuenta y dos años ha<br />

que mi padre sirve, y no con las convenencias <strong>de</strong> la Corte, sino con los riesgos y<br />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> la guerra, como quien la tomava por oficio y por vida (…)”. 28<br />

D. Jerônimo ajudou seu pai a se livrar das acusações que pesavam contra ele por<br />

conta do episódio da Ericeira e acabou por ser arrastado nas intrigas da corte: “Bolvi a<br />

Madrid dixeron a Vuestra Ex. a que yo obrava mas por mis particulares que por el<br />

servicio <strong>de</strong>l Rey, diuirtieron a Vuestra Ex. a a que mis manos y las <strong>de</strong> mi padre se<br />

continuasse, yo que<strong>de</strong> sin satisfaçion por lo servido (…)”. 29<br />

D. Jerônimo aponta também a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e os ofícios <strong>de</strong> seus seis irmãos. O<br />

eclesiástico D. Bernardo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lima Pereira, que foi colegial <strong>de</strong> São Pedro,<br />

Cônego <strong>de</strong> Elvas, além <strong>de</strong> ocupar cargos eclesiásticos <strong>em</strong> Leiria e Lisboa e “que a mas<br />

<strong>de</strong> dies años que sirve al Sancto oficio <strong>de</strong> la Inquisicion <strong>de</strong> Lisboa que es Prior <strong>de</strong><br />

Guimaraes, no sale nombrado en Obispados en que vino consultado, saliendo otros<br />

mas mo<strong>de</strong>rnos en la edad y en las escuelas”. D. Bernardo estava indicado para a diocese<br />

do Porto, mas foi nomeado bispo nas dioceses espanholas <strong>de</strong> Astorga (1644-1654) e, <strong>em</strong><br />

seguida, <strong>de</strong> Ávila (1654-1656). 30 Para sua irmã, D. Jerônimo pretendia mercês para o<br />

casamento visto“que ha sinco años que sirve a la Reyna (..,) y <strong>de</strong>xa <strong>de</strong> aver efecto el<br />

casamiento porque se le niega un titulo que a tantos se ha dado”. 31<br />

Seus outros irmão foram: Dom Álvaro “sumiller <strong>de</strong> Cortina <strong>de</strong>l Rey se le nego<br />

<strong>de</strong> merced una calongia q el llevo por oposicion”; Dom Lourenço que “fue menino <strong>de</strong> la<br />

Reyna, y no se le ha hecho merced alguna”; Dom Jorge “mi hermano mayor murio<br />

26 Biblioteca da Ajuda (BA). 51-IX-12 Fl. 213-216v. Madrid, 25.09.1633<br />

27 BA. 51-IX-12 fl. 213. Madrid, 25.09.1633<br />

28 BA. 51-IX-12 fl. 213-214. Madrid, 25.09.1633<br />

29 BA. 51-IX-12 fl. 214. Madrid, 25.09.1633<br />

30 BA. 51-IX-12 fl. 214. Madrid, 25.09.1633. SOTOMAYOR, Antonio Valladares <strong>de</strong>. S<strong>em</strong>anario<br />

erudito, que comprehen<strong>de</strong> varias obras inéditas, críticas, morales, instructivas, políticas, históricas,<br />

satíricas, y jocosas <strong>de</strong> nuestros mejores autores antiguos y mo<strong>de</strong>rnos. Tomo XXXIII. Madrid: Por Don<br />

Antonio <strong>de</strong> Espinosa, 1740. p. 192.<br />

31 BA. 51-IX-12 fl. 214. Madrid, 25.09.1633<br />

29


aviendo ya <strong>em</strong>possado a servir en las armadas” e Dom Paulo que “murió en un Galeon<br />

aviendo servido en quatro armadas”. 32 Dom Paulo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, primogênito <strong>de</strong> D.<br />

Antônio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, faleceu a 5 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1621. 33<br />

O própio Con<strong>de</strong> da Castanheira afirma o seguinte:<br />

Yo fui Capitan <strong>de</strong> un tercio en Lisboa, soldado, y capitan en las armadas <strong>de</strong> mi padre,<br />

soy actualmiente capitan <strong>de</strong> aventureros, nombrado quando el Marques <strong>de</strong> la Enojosa<br />

previno la difensa <strong>de</strong> Lisboa, quando la armada Inglesa fue sobre Cadis Se venindo dos<br />

veses a Madrid a seruicio <strong>de</strong> Su Magestad, y a año y medio que estoy en este lugar, y<br />

aunque yo ni me jusgo meritos, ni me hallo con gran<strong>de</strong> ambission <strong>de</strong> algunos, no pue<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>xar <strong>de</strong> causar sospecha <strong>de</strong> causa mayor a los que ven a mi padre con su qualidad, sus<br />

años, sus procedimientos salir <strong>de</strong>l seruicio <strong>de</strong>l Rey sin aver añadido un real <strong>de</strong> mejora en<br />

la hasienda que tenia ha veinte años, ni por merced <strong>de</strong>l Rey, ni por aprocechamientos,<br />

antes vendido juros y proprieda<strong>de</strong>s, y con muchas <strong>de</strong>vidas contrahidas en seruiço <strong>de</strong> S.<br />

Magestad <strong>de</strong> que todas tienen los acreedores consignacion. Que siete hijos suyos<br />

serciess<strong>em</strong>os, y uno murriesse en su seruicio <strong>de</strong>l Rey, y que padre y hijos nos veamos<br />

atrasados a tantos, que antes quiça no lo pensaron, sino es que el sermos tantos a servir<br />

nos enbarassa a todos la satisfaçion. 34<br />

Dentre outros papéis, há uma carta do Car<strong>de</strong>al Espinoza, na qual manda pagar ao<br />

Con<strong>de</strong> da Castanheira o que consta dos seus m<strong>em</strong>oriais, inclusive fazendo mercê <strong>de</strong><br />

uma prebenda eclesiástica a Dom Alvaro <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>. 35 Em 1645 foi redigido outro<br />

M<strong>em</strong>orial sobre os feitos <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, sendo o documento imediato à<br />

Relação <strong>de</strong> Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, Copia <strong>de</strong>l m<strong>em</strong>orial <strong>de</strong>l Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castanheira, 36<br />

Outros textos da autoria <strong>de</strong> D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser encontrados na<br />

Biblioteca Nacional da Espanha. O manuscrito da Recopilación <strong>de</strong> linajes <strong>de</strong> Portugal<br />

ainda aguarda o prelo. O códice <strong>de</strong> 34 x 23 centímetros, com 422 folhas, contém muitas<br />

árvores genealógicas. Além <strong>de</strong>stas contém uma “Carta <strong>de</strong> Benito Arias Montano sobre<br />

la venta <strong>de</strong> 28 Biblias, por cuenta <strong>de</strong> Plantino, en Medina” (Fol. 127); “Fundaciones<br />

hechas por D. Juan Martínez Silíceo, <strong>de</strong> 1545 a 1557”, escrita <strong>em</strong> Toledo <strong>em</strong> março <strong>de</strong><br />

1557 (8 folhas s<strong>em</strong> numeração, entre as folhas 323 e 323v). “Libro Primero <strong>de</strong> los<br />

Blasones <strong>de</strong> los escudos <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> Portugal, por Duarte Núñez León, 1600” (Fols.<br />

32 BA. 51-IX-12 fl. 214v. Madrid, 25.09.1633<br />

33 CERTIDÃO Geral do sucedido na Armada do anno <strong>de</strong> 1621. Jurada & assinada pelos Capitães, &<br />

Oficiaes <strong>de</strong>lla, & pelas pessoas principaes que hião soldados na Capitaina, a que vão referidas estas<br />

respostas. p. 1. Esta enca<strong>de</strong>rnada junto com os Cargos que Resultão. 13 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1621. / S.I.<br />

Assinada também por D. Jeronimo <strong>de</strong> Attai<strong>de</strong>. Ver tamb<strong>em</strong>: Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Mesa<br />

<strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns, Cartas Régias, Livro 26 (1618-1624) fl. 132. Lisboa 21 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1623<br />

seguida da resposta do monarca a 31 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1623.<br />

34 BA. 51-IX-12 fl. 214v. Madrid, 25.09.1633<br />

35 BA. 51-IX-12 fl. 218. Madrid, 11.12.1641<br />

36 BA. 51-IX-12 fls. 147-150v. Madrid,1645<br />

30


323v-336). “Conquista <strong>de</strong> Portugal: lo que sucedió cuando Felipe II se apo<strong>de</strong>ró <strong>de</strong>l<br />

Reino <strong>de</strong> Portugal” (Fols. 383-422). 37<br />

As obras do Con<strong>de</strong> da Castanheira permaneceram inéditas ou <strong>de</strong>sconhecidas, à<br />

ex<strong>em</strong>plo da presente Relação. D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, o Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castanheira, não <strong>de</strong>ve<br />

ser confundido com o seu homônimo D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, Governador do Brasil<br />

entre 1654-1657, e sexto Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atouguia.<br />

A influência <strong>de</strong> D. Jerônimo na historiografia portuguesa não se resume apenas a<br />

suas obras. D. Jerônimo circulava entre os principais autores portugueses <strong>de</strong> seu t<strong>em</strong>po<br />

e travou amiza<strong>de</strong> com um dos principais historiadores da primeira meta<strong>de</strong> do século<br />

XVII, Frei Luis <strong>de</strong> Sousa. O Con<strong>de</strong> da Castanheira <strong>em</strong>prestou, inclusive, documentos<br />

particulares para Frei Luis <strong>de</strong> Sousa escrever suas obras. Nas M<strong>em</strong>orias e <strong>Documento</strong>s<br />

citados por este historiador, aparece a indicação “Seis Livros do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castanheyra,<br />

mandados por Dom Jeronimo <strong>de</strong> Atay<strong>de</strong>, filho do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro”. Estes seis códices<br />

compõe atualmente a coleção São Lourenço no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. 38<br />

Por volta <strong>de</strong> 1620 D. Jerônimo casou-se com D. Helena <strong>de</strong> Castro, filha <strong>de</strong> D.<br />

João <strong>de</strong> Castro, senhor <strong>de</strong> Reriz e Benviver, Sul, Penela e Resen<strong>de</strong>, e <strong>de</strong> D. Juliana <strong>de</strong><br />

Távora. Tiveram três filhos, D. Jorge <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, 3.º con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro Daire, D. Antonio<br />

<strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> e Ana <strong>de</strong> Lima e Ataí<strong>de</strong>. 39 Foi na década <strong>de</strong> 1630 que Ataí<strong>de</strong> escreveu a<br />

Información sobre Haver <strong>de</strong> Prece<strong>de</strong>r en el Consejo <strong>de</strong> Portugal, supplicando <strong>de</strong> la<br />

nueva forma <strong>de</strong> prece<strong>de</strong>ncias y Respondiendo a los errados informes que se dieron a S.<br />

Magestad. Em 1639, D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> e seu filho D. Jerônimo receberam <strong>de</strong> Felipe<br />

37 Biblioteca Nacional <strong>de</strong> España. COLARES, Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> , Marquês <strong>de</strong>. Recopilación <strong>de</strong> linajes<br />

<strong>de</strong> Portugal [Manuscrito] por el Marqués <strong>de</strong> Colares . I volume , 422 folhas.; 34 x 23 cm.<br />

38 SOUSA, Fr. Luís <strong>de</strong>. Annaes <strong>de</strong> el Rei Dom João III. Lisboa: Typ. da Soc. Propagadora dos<br />

Conhecimentos Uteis, 1844. p. 371. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>ste fundo<br />

documental é o seguinte: Colecção São Lourenço (1403-1561), 6 vol. (códices factícios).. D. António <strong>de</strong><br />

Ataí<strong>de</strong>, 1º con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castanheira, teria coligido os documentos que integram o primeiro volume, uma vez<br />

que gran<strong>de</strong> parte da correspondência lhe é dirigida. A restante documentação é maioritariamente<br />

correspondência r<strong>em</strong>etida a D. Álvaro <strong>de</strong> Castro (filho <strong>de</strong> D. João <strong>de</strong> Castro), ou por ele redigida. D. Ana<br />

<strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, mulher <strong>de</strong> D. Álvaro <strong>de</strong> Castro, era neta <strong>de</strong> D. António <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, sendo plausível que por este<br />

facto, esta documentação tivesse sido reunida. No Dicionário Bibliográfico Português, <strong>de</strong> Inocêncio<br />

Francisco da Silva, refere-se igualmente que o compilador foi D. António <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>. O percurso da<br />

documentação até pertencer à casa dos Con<strong>de</strong>s <strong>de</strong> São Lourenço é explicado, também no Dicionário<br />

Bibliográfico Português. pelo facto <strong>de</strong> o con<strong>de</strong> da Castanheira ter sido casado com uma senhora da casa<br />

da Feira, cujos vínculos foram <strong>em</strong> parte herdados pelos con<strong>de</strong>s <strong>de</strong> São Lourenço. Esta colecção terá<br />

pertencido a um conjunto documental b<strong>em</strong> mais vasto, coleccionado por D. João José Ansberto <strong>de</strong><br />

Noronha (n.1725; 6º Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Lourenço por casamento e filho dos segundos marqueses <strong>de</strong> Angeja).<br />

Foi inventariada com os bens <strong>de</strong> António José <strong>de</strong> Mello Silva César e Menezes (1794-1863, 9º con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

São Lourenço), trabalho realizado por José Maria António Nogueira, que o publicou <strong>em</strong> 1871.<br />

39 SOUSA, António Caetano <strong>de</strong>. <strong>História</strong> Genealógica da Casa Real Portuguesa. Coimbra: Atlântida<br />

Livraria Editora, 1946. Tomo II, p. 305. GAYO, Felgueiras. Nobiliário das Famílias <strong>de</strong> Portugal. Braga:<br />

Carvalhos <strong>de</strong> Basto, 1989. 2ª Ed. Vol. IV, p. 242.<br />

31


IV valiosas comendas, 40 exercendo <strong>de</strong>pois o elevado cargo <strong>de</strong> aio do Príncipe Baltazar<br />

Carlos. 41<br />

Foi mordomo-mor da Rainha Isabel, mulher do rei Filipe IV <strong>de</strong> Espanha, que o<br />

nomeou Marquês <strong>de</strong> Colares, título que já não teve valida<strong>de</strong> <strong>em</strong> Portugal, e lhe <strong>de</strong>u a<br />

promessa do ducado <strong>de</strong> Benavente, caso recuperasse Portugal. Concluída a paz com<br />

Castela, <strong>em</strong> 1668, regressou a Portugal on<strong>de</strong> ainda exerceu ocupações administrativas. 42<br />

D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> faleceu a 12 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1669.<br />

2. A HISTORIOGRAFIA DA JORNADA DOS VASSALOS<br />

Na historiografia do século XX, a Jornada dos Vassalos para restaurar a Bahia<br />

dos holan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> 1625 é apontada como um esforço militar aos mol<strong>de</strong>s feudais, no<br />

contexto das relações <strong>de</strong> susserania e vassalag<strong>em</strong>. Os Capítulos <strong>de</strong> <strong>História</strong> Colonial <strong>de</strong><br />

Capistrano <strong>de</strong> Abreu, publicado <strong>em</strong> 1907, diz que a nobreza ibérica organizou a<br />

expedição imbuída <strong>de</strong> um “espírito cruzadista”. Stuart Schwartz confirma a a<strong>de</strong>rência<br />

da nobreza portuguesa ao projeto <strong>de</strong> restaurar o centro político do Brasil. 43<br />

A Jornada dos Vassalos não foi, <strong>de</strong>certo, uma <strong>em</strong>presa militar nos mol<strong>de</strong>s da<br />

guerra medieval. Foram utilizadas estratégias e técnicas mo<strong>de</strong>rnas <strong>de</strong> combate, como o<br />

Terço da Armada, que equivale atualmente aos fuzileiros navais. Esta <strong>em</strong>presa, não<br />

obstante, foi levada à cabo com recursos da nobreza ibérica, que aten<strong>de</strong>u ao chamado do<br />

Rei espanhol D. Felipe IV. A leitura da Relação <strong>de</strong> D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> não só<br />

confirma este fato político como o reforça.<br />

O relato oficial da expedição <strong>de</strong> 1625 foi publicado pelo crítico literário e<br />

humanista espanhol D. Tomás <strong>de</strong> Tamayo Vargas, <strong>em</strong> 1628. O texto enfoca a<br />

supr<strong>em</strong>acia da Espanha na Europa e as questões religiosas que impulsionaram os<br />

conflitos do continente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVI. Por isso, o discurso utilizado pelo autor<br />

para legitimar a reconquista da Bahia fundamenta-se na heg<strong>em</strong>onia da religião católica e<br />

40 Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), Registo Geral <strong>de</strong> Mercês - Or<strong>de</strong>ns. Livro 2. fl. 214-<br />

215. 15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1639. D. Felipe IV. “Carta <strong>de</strong> Comenda a Fr. D. Antonio <strong>de</strong> Athay<strong>de</strong> professo da<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Xp. o e ao seu filho mais velho”.<br />

41 SORIANO, Simão José da Luz. <strong>História</strong> do Reinado <strong>de</strong> El-Rei D. José e da Administração do<br />

Marquez <strong>de</strong> Pombal Precedida <strong>de</strong> uma Breve Notícia dos Antece<strong>de</strong>ntes Reinados a começar no <strong>de</strong> El-<br />

Rei D. João IV, <strong>em</strong> 1640. Lisboa: Typographia Universal <strong>de</strong> Thomaz Quintino Antunes, 1867. Tomo I,<br />

p. 28.<br />

42 BA. Cod. 51-IX-13, fl. 228. 1669, Março 10, Londres. Carta <strong>de</strong> Gaspar <strong>de</strong> Abreu <strong>de</strong> Freitas para o [6º]<br />

con<strong>de</strong> da Castanheira [D. Jerónimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>] sobre o <strong>em</strong>barque dos enviados <strong>de</strong> Inglaterra e Suécia, um<br />

a cumprimentar e outro a negociar.<br />

43 SCHWARTZ, Stuart B. The Voyage of the Vassals: Royal Power, Noble Obligations, and Merchant<br />

Capital before the Portuguese Restoration of In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce, 1624-1640. In: The American Historical<br />

Review, Vol. 96, N. o 3 (Jun, 1991), pp. 740-743.<br />

32


da Coroa espanhola sobre os seus adversários. 44 O mais completo texto sobre a Jornada,<br />

pelo conjunto <strong>de</strong> informações que apresenta, é do espanhol Juan <strong>de</strong> Valencia e Guzman,<br />

publicado somente <strong>em</strong> 1870. Na obra, o autor <strong>de</strong>talha e contabiliza praticamente todos<br />

os objetos e bens que foram carregados na expedição. 45 Há ainda o texto <strong>de</strong> Eugenio <strong>de</strong><br />

Narbona Zuñiga, <strong>de</strong> menor relevo que dos seus compatriotas citados. 46<br />

Os Capítulos da Relação serão analisados <strong>em</strong> conjuto com dois textos sobre a<br />

conquista da Bahia <strong>em</strong> 1624 pelos neerlan<strong>de</strong>ses e a expedição <strong>de</strong> 1625. Estes dois<br />

textos, <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> portuguesa, são <strong>de</strong> autoria do Padre Bartolomeu Guerreiro, publicado<br />

ainda <strong>em</strong> 1625, e do Almirante e Cosmógrafo-mor D. Manuel <strong>de</strong> Menezes, que<br />

permaneceu inédito até 1859, quando foi publicado por Francisco Varnhagen na Revista<br />

do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Como D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, ambos são<br />

portugueses, mas o primeiro possui uma visão <strong>de</strong> conjunto que falta aos seus<br />

compatriotas.<br />

Ataí<strong>de</strong> é o único autor português que concebe a invasão da Bahia como um<br />

episódio do que seria conhecido posteriormente como Guerra dos Oitenta Anos. Por<br />

isso, o primeiro capítulo da Relação é um Discurso sobre a Holanda, no qual trata dos<br />

direitos <strong>de</strong> sucessão e vassalag<strong>em</strong> da nobreza neerlan<strong>de</strong>za, do processo <strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>pendência das Províncias Unidas iniciado <strong>em</strong> 1572 e seus <strong>de</strong>sdobramentos no<br />

século XVII. Esta visão é recorrente <strong>em</strong> outras crônicas <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> espanhola, como na<br />

obra <strong>de</strong> D. Tomás <strong>de</strong> Tamayo Vargas, mas inédita, contudo, aos autores portugueses<br />

que enten<strong>de</strong>ram a perda da Bahia apenas como um episódio particular <strong>de</strong> agressão dos<br />

neerlan<strong>de</strong>ses a um território ultramarino <strong>de</strong> Portugal.<br />

A interpretação dos fatos por este viés político obviamente cumpria uma função<br />

prática. Colocando-se na condição <strong>de</strong> ofendidos, os portugueses pu<strong>de</strong>ram legitimar sua<br />

reação militar. Dentre os autores portugueses que escreveram sobre a Jornada <strong>de</strong> 1625<br />

Ataí<strong>de</strong> foi uma excessão por apresentar no seu texto a tentativa <strong>de</strong> heg<strong>em</strong>ônia da<br />

monarquia espanhola na política européia, ainda que coadunando-se a esta i<strong>de</strong>ia, afinal<br />

escrevia para o próprio rei. O autor chegar a utilizar, à folha 154, a expressão “nuestra<br />

44<br />

TAMAYO DE VARGAS, Tomás. Restauracion <strong>de</strong> la Ciudad <strong>de</strong>l Salvador, i Baia <strong>de</strong> Todos Sanctos,<br />

en la Provincia <strong>de</strong>l Brasil. Pos las Armas <strong>de</strong> Don Philippe IV. El Gran<strong>de</strong> Rei Catholico <strong>de</strong> las Españas<br />

i Indias. Madrid: Viuda <strong>de</strong> Alonso Martin, 1628.<br />

45<br />

VALENCIA Y GUZMAN, Juan <strong>de</strong>. Compendio Historial <strong>de</strong> la Jornada <strong>de</strong>l Brasil, ano 1625. Recife:<br />

Editorial Pool, 1984. 2. a ed.<br />

46<br />

ZUÑIGA, Eugenio <strong>de</strong> Narbona. Historia <strong>de</strong> la recuperacion <strong>de</strong>l Brasil por la armas <strong>de</strong> España y<br />

Portugal el año <strong>de</strong> 1623. In: Anais da Biblioteca Nacional, Vol. LXIX, pp.161-330. Rio <strong>de</strong> Janeiro: 1955.<br />

33


España”. No verso <strong>de</strong>sta mesma folha, contudo, o autor questiona as implicações da<br />

soberania castelhana utilizando, habilmente, a metáfora do aqueduto:<br />

No se les niega a los Portugueses rason en lo que sienten la falta <strong>de</strong> sus Reyes, no<br />

porque hoy les falte en Su Magestad el arrimo que antes tenian, pero es la diferencia que<br />

va <strong>de</strong> beber el agua en la fuente, o por acuadutos que talves nos truxo salitre si no<br />

gusanos.<br />

Outro ponto comum aos autores <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> portuguesa é não atribuir aos cristão-<br />

novos e cripto-ju<strong>de</strong>us a culpa pela tomada <strong>de</strong> Salvador <strong>em</strong> maio <strong>de</strong> 1624. Entre os<br />

autores espanhóis, não obstante, é recorrente acusar os judaizantes <strong>de</strong> traição política e<br />

colaboracionismo com os invasores, alegando que isto ocorreu por t<strong>em</strong>or ou ódio <strong>de</strong>stes<br />

ao Santo Ofício. Neste aspecto, a Relação <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> se alinha às dos seus compatriotas,<br />

visto que <strong>em</strong> nenhum momento os judaizantes são apontados como traidores<br />

responsáveis pela entrada dos neerlan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> Salvador.<br />

Nenhum texto sobre a Jornada dos Vassalos aborda a questão dos saques levados<br />

à cabo na Bahia pelos próprios expedicionários católicos. Caso esta informação fosse<br />

publicada, seria dirimido gran<strong>de</strong> parte do discurso e da “nobreza” da <strong>em</strong>presa militar.<br />

Uma carta do Cabido da Sé da Bahia apontou a <strong>de</strong>sconfiança <strong>de</strong> que parte do saque dos<br />

neerlan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> 1624 foi trazido clan<strong>de</strong>stinamente pelos soldados que foram socorrer a<br />

cida<strong>de</strong> do Salvador <strong>em</strong> 1625. Felipe IV encarregou à Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns<br />

investigar esta afirmação, mas as investigações nunca foram aprofundadas, talvez por<br />

conta da influência política <strong>de</strong> supostos envolvidos. 47<br />

É necessário esclarecer quais as fontes utilizadas por D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> para<br />

escrever a Relação, redigida ainda no calor do combate, visto que a folha 153 indica<br />

“este ano <strong>de</strong> 1625”. O autor estava preparado para <strong>em</strong>barcar para o Brasil, mas na<br />

ocasião, como afirma no verso da folha 167, foi obrigado a seguir para Madrid acudir ao<br />

seu pai que estava preso. Segundo ele próprio, <strong>de</strong>veria <strong>em</strong>barcar na nau almiranta ao<br />

lado <strong>de</strong> D. Francisco <strong>de</strong> Almeida.<br />

De modo que Ataí<strong>de</strong> não <strong>em</strong>barcou na expedição para a Bahia, então quais<br />

seriam suas fontes <strong>de</strong> informação? Primeiro, ele foi test<strong>em</strong>unha da organização da<br />

expedição e <strong>em</strong> 1624-1625 circulou tanto por Portugal quanto por Madrid. Os fatos<br />

apresentados até a armada <strong>de</strong> restauração zarpar <strong>de</strong> Cadiz <strong>em</strong> janeiro <strong>de</strong> 1625 foram<br />

vivenciados pelo autor. Em segundo, a principal fonte das notícias dos acontecimentos<br />

na Bahia e dos dados dos combates entre neerlan<strong>de</strong>ses e brasílicos foram extraídos da<br />

47 ANTT. Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns, Consultas, Livro 30 (1625-1630), fl. 26v. “Em Carta <strong>de</strong> SMg. <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1626” .<br />

34


Jornada dos Vassalos, do Padre Bartolomeu Guerreiro, publicada <strong>em</strong> fins <strong>de</strong> 1625. Isto<br />

fica óbvio com a comparação dos dois textos e, adiante, será indicado na Relação <strong>de</strong><br />

Ataí<strong>de</strong> as notícias copiadas da obras <strong>de</strong> Guerreiro.<br />

Outros fatos foram tão divulgados que aparec<strong>em</strong> <strong>de</strong> maneira uniforme <strong>em</strong> todos<br />

os autores da Jornada dos Vassalos. Os donativos <strong>em</strong> dinheiro, material bélico, soldados<br />

e <strong>em</strong>barcações feitas pela nobreza <strong>de</strong> Portugal que é ponto pacífico nos textos <strong>de</strong><br />

Guerreiro e Manuel <strong>de</strong> Meneses também é relatado no verso da folha 165 da Relação <strong>de</strong><br />

Ataí<strong>de</strong>. O mesmo para os donativos levados a cabo pelo episcoapdo português.<br />

Há ainda uma terceira fonte para a Relação <strong>de</strong> Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, visto que<br />

algumas informações não constam <strong>em</strong> qualquer outro autor. S<strong>em</strong> dúvida, trata-se <strong>de</strong><br />

algum soldado ou religioso que <strong>em</strong>barcou para a Bahia e ao retornar para a Europa lhe<br />

narrou alguns acontecidos.<br />

A invasão da Bahia ameaçava também uma proprieda<strong>de</strong> dos Con<strong>de</strong>s da<br />

Castanheira: a ilha <strong>de</strong> Itaparica. O primeiro governador geral do Brasil, Tomé <strong>de</strong><br />

Souza, doou a ilha <strong>em</strong> sesmaria ao primeiro Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castanheira, avô <strong>de</strong> D. Jerônimo<br />

<strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, <strong>em</strong> 1552. D. Jerônimo revela no verso da folha 155 um plano <strong>de</strong> invasão dos<br />

neerlan<strong>de</strong>ses que consistia não <strong>em</strong> atacar Salvador, mas tomar e fortificar a ilha <strong>de</strong><br />

Itaparica. O objetivo dos neerlan<strong>de</strong>ses com esta manobra seria utilizar os 35 kilômetros<br />

da ilha para fechar militarmente a entrada da baía aos navios <strong>de</strong> mercadorias. Com isto,<br />

obrigaria os moradores a estabelecer comércio com a Companhia das Índias ou sofrer<br />

com crises <strong>de</strong> carestia. Esta manobra só seria utilizada, <strong>de</strong> fato, <strong>em</strong> 1647 por Sigmund<br />

von Schkoppe.<br />

A elaboração dos Capítulos da Relação teve um objetivo pragmático: a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong><br />

D. Antônio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>. Na folha 184 o autor torna explícito que o principal intento da<br />

Relação era nomear as pessoas que ocupavam os principais postos na Armada,<br />

especialmente D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, seu pai, a qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> Capitão General<br />

Perpétuo da Real Armada <strong>de</strong>sta Coroa, dando a razão porque não se <strong>em</strong>barcou na<br />

jornada exercendo seu ofício. Deste modo, a ausência <strong>de</strong> pai e filho na armada <strong>de</strong><br />

restauração da Bahia <strong>de</strong>veria ser justificada através <strong>de</strong>ste escrito. O objetivo político do<br />

texto levou o autor a escrevê-lo <strong>em</strong> castelhano, visto que o <strong>de</strong>stinatário seria o Rei<br />

Felipe IV.<br />

35


A história <strong>de</strong> Dom Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> foi objeto <strong>de</strong> estudo por Charles Ralph<br />

Boxer. 48 Nascido <strong>em</strong> 1567, D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, 5º con<strong>de</strong> da Castanheira, foi o<br />

terceiro filho do 2º casamento do 2º con<strong>de</strong> da Castanheira, igualmente chamado D.<br />

Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, morto <strong>em</strong> 1603. Sua mãe D. Maria <strong>de</strong> Vilhena era filha <strong>de</strong> D. Luís<br />

<strong>de</strong> Meneses e Vasconcelos e D. Branca <strong>de</strong> Vilhena. Casou-se com D. Maria <strong>de</strong> Lima,<br />

filha e her<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Lima, senhor <strong>de</strong> Castro Daire, e <strong>de</strong> Dona Maria <strong>de</strong><br />

Vilhena. Daí se tornar o 1 o Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro Daire. Foram pais <strong>de</strong> D. Jeronimo <strong>de</strong><br />

Ataí<strong>de</strong>, que suce<strong>de</strong>u ao pai como 2º con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro Daire e 6º con<strong>de</strong> da Castanheira.<br />

Após a morte do Car<strong>de</strong>al-Rei <strong>em</strong> 1580 e inciado o processo <strong>de</strong> anexação <strong>de</strong><br />

Portugal pela Coroa da Espanha, D. Antonio tomou o partido da monarquia espanhola,<br />

participando da expedição do Marquês <strong>de</strong> Santa Cruz contra a Ilha Terceira. Serviu sob<br />

as or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> D. Martinho <strong>de</strong> Ribera, general das galés <strong>de</strong> Espanha e por seus serviços<br />

foi nomeado sucessivamente capitão <strong>de</strong> cavalos, fronteiro-mor dos coutos <strong>de</strong> Alcobaça,<br />

general <strong>de</strong> uma armada da costa, coronel <strong>de</strong> Infantaria, capitão-mor das naus da Índia,<br />

general das armadas <strong>de</strong> Portugal. Do período <strong>em</strong> que atuou como capitão-mor, Dom<br />

Antônio colecionou uma série <strong>de</strong> notícias ultramarinas e roteiros <strong>de</strong> viag<strong>em</strong>, inclusive<br />

documentos <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> viria a ser seu substituto na Armada <strong>de</strong> 1624, Dom Manuel <strong>de</strong><br />

Menezes. 49<br />

Os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> junto a Coroa começariam <strong>em</strong> 1621.<br />

Neste ano, a nau Nossa Senhora da Conceição regressava da India, com valioso<br />

carregamento. Ao chegar à ilha Terceira, o capitão da nau Nossa Senhora da Conceição<br />

recebeu instruções para navegar <strong>em</strong> direcção à costa portuguesa pelos 39,5° <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong>,<br />

o que <strong>de</strong> facto fez, mas, ao invés da armada da costa que o <strong>de</strong>veria esperar, <strong>de</strong>parou com<br />

<strong>de</strong>zassete vasos argelinos ao largo <strong>de</strong> Peniche. Seguiu-se o combate que durou dois dias<br />

e a nau foi perdida <strong>de</strong>pois da explosão que se seguiu a um incêndio, eventualmente<br />

posto pela própria tripulação, já s<strong>em</strong> hipóteses <strong>de</strong> continuar a <strong>de</strong>fesa do navio. João<br />

Carvalho Mascarenhas, que seguia a bordo e foi levado para o cativeiro <strong>em</strong> Argel,<br />

escreveu um relato pormenorizado do que se passou. 50<br />

48<br />

BOXER, Chales Ralph. The naval and colonial papers of Dom António <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>. In: Harvard Library<br />

Bulletin, vol. V, n. 1, Cambridge (Mass.), 1951, pp. 24-50; e Um roteirista <strong>de</strong>sconhecido do século XVII.<br />

D. António <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, capitão geral da Armada <strong>de</strong> Portugal, Arquivo Histórico da Marinha, vol. I, nº 1,<br />

1934, pp. 189-200.<br />

49<br />

LEITÃO, Humberto (Org.) Viagens do Reino para a Índia e da Índia para o Reino: (1608-1612).<br />

Lisboa: Ag. Geral do Ultramar, 1957-58. 3v.<br />

50<br />

MASCARENHAS, Joam Carvalho. M<strong>em</strong>oravel Relaçam da Perda da Nao Conceiçam. Lisboa: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Antonio Alvares, 1627.<br />

36


D. Antonio <strong>de</strong> Atai<strong>de</strong>, no cargo <strong>de</strong> capitão da armada, foi acusado pelo governo<br />

felipino <strong>de</strong> não executar seus encargos <strong>de</strong>fensivos. Na Egerton Library do Museu<br />

Britânico existe outra relação que trata do procedimento <strong>de</strong> D. Antonio no caso da nau<br />

Conceição. 51 Para sua <strong>de</strong>fesa publicou o panfleto Cargos que resultaraõ da <strong>de</strong>vassa que<br />

os governadores <strong>de</strong> Portugal mandarão tirar <strong>de</strong> Dom Antonio <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong>, capitaõ geral<br />

da armada <strong>de</strong> Portugal, acerca da perda da nao da India Nossa Senhora da<br />

Conceissaõ, que os inimigos queimaraõ o anno <strong>de</strong> 1621. e resposta <strong>de</strong> Dom Antonio<br />

aos cargos. Lisboa, 23 <strong>de</strong> Iunho <strong>de</strong> mil & seiscentos & vinte dous. 52<br />

A conquista da Bahia pelos neerlan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> 1624 impeliu a nobreza ibérica a<br />

recorrer às armas, mas, preso, D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> foi excluído <strong>de</strong>sta comoção<br />

política. Foi neste contexto que D. Jerônimo escreveu os Capítulos da Relação, que teria<br />

por fim auxiliar a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seu pai <strong>em</strong> Madrid.<br />

Após ser julgado e absolvido contra as acusações que o impediram <strong>de</strong> comandar<br />

a almiranta da Jornada dos Vassalos, ficou reconhecido que D. Antonio cumprira suas<br />

or<strong>de</strong>ns, <strong>em</strong>bora mal sucedido. Filipe IV, querendo marcar tal circunstância, nomeou-o<br />

gentil-hom<strong>em</strong> <strong>de</strong> sua Câmara, mordomo-mor da Rainha D. Isabel, conselheiro <strong>de</strong><br />

Estado do Conselho <strong>de</strong> Portugal e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Aragão. Foi por esta época<br />

enviado à Al<strong>em</strong>anha como <strong>em</strong>baixador extraordinário. O título <strong>de</strong> con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro<br />

Daire lhe foi concedido por alvará <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1625, assinado <strong>em</strong> Aranjuez por<br />

Filipe IV. Suce<strong>de</strong>u ao sobrinho D. João <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> e veio a ser 5º con<strong>de</strong> da Castanheira.<br />

Em 1631 D. Antonio foi nomeado governador <strong>de</strong> Portugal com o Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vale<br />

<strong>de</strong> Reis. Cargo que ocupou sozinho <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1632 a Abril <strong>de</strong> 1633, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> do<br />

falecimento <strong>de</strong> Nuno Mendonça, Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vale <strong>de</strong> Reis. O fundo documental guardado<br />

na Biblioteca da Ajuda <strong>de</strong>riva, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> medida, <strong>de</strong>ste período. Adiante, foi presi<strong>de</strong>nte<br />

da Mesa da Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Quando <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1640 teve início a<br />

Restauração Portuguesa, D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> permaneceu alinhado aos Habsburgos,<br />

falecendo a 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1647, com cerca <strong>de</strong> 80 anos.<br />

51 British Museum. Ergeton Library. Códice n o 1136, Tomo VI. Fls. 474-525v. Consultas, pareceres,<br />

cartas, m<strong>em</strong>oriaes, e outros papeis, tocantes ao caso da nau queimada <strong>em</strong> 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1621 <strong>em</strong> frente<br />

da Ericeira pelos Turcos, sendo D. Antonio <strong>de</strong> Attai<strong>de</strong>, Capitão General, e D. Francisco <strong>de</strong> Almeida,<br />

Almirante da armada, o que <strong>de</strong>u logar a que estes dous Officies foss<strong>em</strong> processados, etc. Entre estes<br />

papeis há um (fol. 481 a 497) com o seguinte titulo: relação <strong>de</strong> como procedio D. Antonio <strong>de</strong> atay<strong>de</strong><br />

Capitan General <strong>de</strong> la armada <strong>de</strong><strong>de</strong> portugal el año <strong>de</strong> 1621en que se qu<strong>em</strong>ó una nao <strong>de</strong> la yndia en frente<br />

<strong>de</strong> la Ericera estando la armada en el cavo <strong>de</strong>spichel 12 legoas <strong>de</strong>lla, con calmeria y sin berla ni tener<br />

recado alguno <strong>de</strong> que alli estubiere, ni que peleava. Datados <strong>de</strong> 1622.<br />

52 MACHADO, Barbosa. Bibliotheca Lusitana. Tomo I. p. 208. SILVA, Innocencio Francisco da.<br />

Diccionario Bibliographico Portuguez. Vol. I, p. 91.<br />

37


É lamentável que D. Jerônimo não tenha concluído o texto da Relação. É<br />

impossível dizer o que o levou a <strong>de</strong>ixar o texto inconcluso. Uma folha que continha a<br />

conclusão do nono capítulo foi subtraída, talvez pelo próprio autor, mas certamente<br />

antes <strong>de</strong> ser anexada ao códice. Apesar disto, cerca <strong>de</strong> 70% do projeto inicial do texto<br />

foi concluído, sendo estas as partes mais importantes da organização da expedição, <strong>de</strong><br />

que o autor foi test<strong>em</strong>unha presencial, e das notícias da Bahia, <strong>de</strong> que o autor utilizou<br />

outras fontes <strong>de</strong> informação.<br />

O capítulo 10 <strong>de</strong>veria abordar a capitulação dos neerlan<strong>de</strong>ses na Bahia <strong>em</strong> maio<br />

<strong>de</strong> 1625, o que, não obstante, já é <strong>de</strong>masiado conhecido e teve seus pormenores<br />

divulgados por outros escritores e até nas curtas relações publicadas <strong>em</strong> diferentes<br />

idiomas e países. 53 A inexistência dos capítulos 11 e 12, por outro lado, é mais sentida<br />

porque abordaria os meses seguintes à vitória sobre os neerlan<strong>de</strong>ses e a chegada da<br />

armada <strong>de</strong> socorro <strong>de</strong> Bou<strong>de</strong>wijn Hendriksz. Os capítulos 13, 14 e 15 já não interessam<br />

diretamente às guerras do Brasil, visto que tratariam dos ingleses <strong>em</strong> Cádiz e da retirada<br />

da armada inglesa, além <strong>de</strong> outras notícias da Itália e <strong>de</strong> Flandres.<br />

Algumas consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser feitas para a publicação dos Capítulos da<br />

Relação. O texto será mantido, como queria o autor, na língua castelhana. Apesar <strong>de</strong><br />

afirmar escrever <strong>em</strong> castelhano, encontramos no manuscrito palavras <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> galega e<br />

até mesmo expessões portuguesas. As palvaras galegas e portuguesas foram vertidas <strong>em</strong><br />

castelhano, assim “execución”, “<strong>de</strong>xar” e “praça” assum<strong>em</strong> as formas castelhanas <strong>de</strong><br />

“ejecucíon”, “<strong>de</strong>jar” e “plaza”. Outras palavras que formam misturas <strong>de</strong> português e<br />

galego, como “fuerça” e “forçozo” foram vertidas para castelhano, ficando “fuerza” e<br />

“forsozo”.<br />

A atualização vernacular foi necessária para tornar o texto mais acessível. A<br />

antiga letra “u” será substituída pelo “v” nas palavras <strong>em</strong> que ocorrer<strong>em</strong>, b<strong>em</strong> como<br />

foram suprimidas as cedilhas prece<strong>de</strong>ndo “i” e “e”. A grafia dos substantivos próprios<br />

53 RODRIGUES, José Honório. Historiografia e Bibliografia do Domínio Holandês no Brasil. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1949. Algumas das relações que tratam das capitulações ão: LA<br />

DEFAITE Navale <strong>de</strong> Trois Mil, Tant Espagnols que Portugais,mis taillez en pieces par les Hollandois,<br />

à la Baya <strong>de</strong> Todos los Sanctos. Traduite <strong>de</strong> Flamand en François. Paris: Iean Martin, 1625.<br />

AVENDAÑO Y VILELA, Francisco <strong>de</strong>. Relacion <strong>de</strong>l viage, y svceso <strong>de</strong> la armada, qve por mandado <strong>de</strong><br />

Sv. Magestad partio al Brasil a echar <strong>de</strong> alli los en<strong>em</strong>igos, que lo ocupauan. Dase cuenta <strong>de</strong> su<br />

entrega, y <strong>de</strong> las capitulaciones, con que salio el en<strong>em</strong>igo, y valia <strong>de</strong> los <strong>de</strong>spojos. Hecha por don<br />

Francisco <strong>de</strong> Auendaño y Vilela, que se halló en todo lo sucedido; assi en la Mar, como en la Tierra.<br />

Cordova: Salvador <strong>de</strong> Cea Tesa, 1625. RELAÇÃO Verda<strong>de</strong>ira. In: Revista do Instituto Histórico<br />

Brasileiro, Vol. 5. pp. 473-490. Rio <strong>de</strong> Janeiro: 1843.<br />

38


continua como no original, mas com letras maiúsculas <strong>em</strong> vista da variação maiúscula /<br />

minúscula usada pelo autor. As palavras abreviadas foram extendidas.<br />

Os parágrafos originais continuam, mas as vígulas inclusas serv<strong>em</strong> para organizar<br />

melhor a disposição do texto. O “NM:” significa notas marginais do manuscrito, que<br />

comumente aparece <strong>em</strong> português no original, assim como o índice e o próprio título<br />

dos Capítulos da Relação.<br />

1. Discurso sobre Holanda.<br />

2. Jornada dos holan<strong>de</strong>ses a Bahia.<br />

Capítulos da Relação<br />

[151]<br />

3. Or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> e donativos.<br />

4. Lista dos fidalgos, serviços <strong>em</strong> suma.<br />

5. Oficiais <strong>de</strong> guerra, causa <strong>de</strong> meu pai, e <strong>de</strong> D. Francisco <strong>de</strong> Almeida<br />

6. Socorros das caravelas, e guerra do Recôncavo.<br />

7. Partida da Armada, pauta <strong>de</strong>lla, chegada ao Cabo Ver<strong>de</strong>, perdição <strong>de</strong> Moniz<br />

8. Discurso e pauta da Armada <strong>de</strong> Castela, e perdição <strong>de</strong> Lançarote.<br />

9. Junta das Armadas, chegada a Bahia, fortificação do inimigo e sítio que se pôs<br />

10. Sucessos do sítio, capitulações, entrada da cida<strong>de</strong>, quando D. Francisco se<br />

<strong>em</strong>barcou logo se entrou.<br />

11. Enquanto se refaz a armada, os aprestos <strong>de</strong> guerra <strong>em</strong> Lisboa, trincheiras,<br />

coronéis, capitães.<br />

12. Chegada do socorro holandês, volta da Armada, pelejas e perdas, e a <strong>de</strong><br />

D.Francisco.<br />

13. Ingleses <strong>em</strong> Cádis, socorro dos portugueses, os do Caminho, e os <strong>de</strong> Madrid, e<br />

como queriam ir <strong>de</strong> Lisboa capitães <strong>de</strong> aventureiros e das nações.<br />

14. Retirada da Armada inglesa, entrada da frota, graças da Bahia, aviso que se <strong>de</strong>u<br />

ao coletor, graças que se <strong>de</strong>ram, mercês que el Rey fez.<br />

15. Fim da Relação e do Ano <strong>de</strong> 625. E aqui se ponham alguns bons sucessos <strong>de</strong><br />

Itália, Flandres e outras partes nossas.<br />

[Fl. 152]<br />

La obligación <strong>de</strong> portugues me la ponia <strong>de</strong> sacar a luz esta relación, y el<br />

conocimiento proprio me enfrenava este <strong>de</strong>seo las dudas el ver que si la falta <strong>de</strong>l caudal<br />

discubriere <strong>de</strong>fetos en el entendimiento tanto mas acreditara la voluntad, no podra<br />

(pero) ella ni alguna lisonja a que finja alabanzas ni acarre <strong>de</strong>fetos. Cornelio Tacito en<br />

sus Anales prueva la verdad con que promete escrivir, disiendo que no tiene causas para<br />

ira o afición, y Aristoteles, en suas sentencias dice que el amor, y el odio haser que no<br />

se conosca la verdad, y aunque yo no soy tan pequeño gusano que no halle en ovi<br />

respetos para aficionarme o para satisfaserme o y que la pluma <strong>em</strong>pieza aser nivel <strong>de</strong><br />

39


tantas acciones espero con el favor <strong>de</strong> Dios, no <strong>de</strong>ixar queixosos (con razón) porque si<br />

el lenguaje no llegare a lo que se <strong>de</strong>ve a este suceso y a lo mucho que yo <strong>de</strong>seo, sera la<br />

culpa <strong>de</strong>l juicio, no <strong>de</strong> la intención.<br />

Escrivo en castellano así porque pueda llegar a las reales manos <strong>de</strong> Su Magestad,<br />

como porque es lengua mas comun a todas naciones, y en lo que faltare <strong>de</strong> algun<br />

particular <strong>de</strong> aquella corona, tendra la culpa la falta <strong>de</strong> noticias, si bien [Fl. 152v] las<br />

procure, pero <strong>de</strong>ixando esta obligación a sus escritores <strong>de</strong> tan diferentes ingenios, fio<br />

que lo haran tanto mejor que su nación me que<strong>de</strong> mas obligada por <strong>de</strong>ixalles este<br />

cuidado, que lo estuviera por mis escritos, que no es esta mi profision, y trate si<strong>em</strong>pre<br />

mas <strong>de</strong> ver si podia <strong>de</strong>ixar m<strong>em</strong>oria a escritores que <strong>de</strong> certo aunque viendo que no lo<br />

consigo no me sirve la <strong>em</strong>ulación <strong>de</strong> en bidia viciosa sino <strong>de</strong> mas <strong>de</strong>seos <strong>de</strong> imitar los<br />

que intente competir.<br />

[Fl. 153]<br />

Aviendo <strong>de</strong> tratar <strong>de</strong> la feliz restauración <strong>de</strong> la Bahia <strong>de</strong> Todos los Sanctos que<br />

este año <strong>de</strong> 1625 fue Nuestro Señor servido <strong>de</strong> bolver al manos <strong>de</strong> los catholicos siendo<br />

el pasado tomada <strong>de</strong> olan<strong>de</strong>ses ereges, me parecio, (aunque <strong>de</strong> paso) haber un poco<br />

<strong>de</strong>sta nación, tomando el principio <strong>de</strong> mas atras para fundar la reprobación <strong>de</strong> su<br />

rebelion y intentos. Y que se vea quan por <strong>de</strong>recha succeción entro el vasallaje <strong>de</strong> los<br />

olan<strong>de</strong>ses en la Casa Real <strong>de</strong> España y quan contra razón faltar a la sujeción que<br />

tevieran a sus naturales Reyes.<br />

Por la repartición que El Phelipe el atrevido Duque <strong>de</strong> Borgoña, hiso <strong>de</strong> sus<br />

estados le cupo a Juan su hijo mayor (que <strong>de</strong>spues dixeron el intrepido) la Borgoña<br />

Flandres y Artois. Ya su hijo segundo, Antonio, los Ducados <strong>de</strong> Barbante y Limburgh,<br />

el qual tuvo dos hijos que muriendo sin succeción <strong>de</strong>ixaron la erencia a Phelipe el 3. o<br />

Duque <strong>de</strong> Borgoña su primo hermano, hijo <strong>de</strong> Juan, con lo qual se juntaron otra ves los<br />

Ducados en que succedio Carlos que llamaron el belicoso, que caso su hija Maria, con<br />

el <strong>em</strong>perador Maximiliano y truxo en dote el Ducado <strong>de</strong> Lotharingia y Barbante con las<br />

<strong>de</strong>mas provincias <strong>de</strong> la Belgica a la si<strong>em</strong>pre Augusta casa <strong>de</strong> Austria <strong>de</strong> que gosaron<br />

Phelipe el [Fl. 153v] hermoso Rey <strong>de</strong> las Españas, el <strong>em</strong>perador Carlos quinto, y el Rey<br />

Don Phelipe segundo, que transfirio los mismos estados a la señora Infanta D. Isabel<br />

Clara Eugenia en dote con el serenisimo Archiduque Alberto, hijo <strong>de</strong>l <strong>em</strong>perador<br />

Maximiliano.<br />

Este nombre general <strong>de</strong> Olanda conprehen<strong>de</strong> en si diferentes Islas que se divi<strong>de</strong>n<br />

por los muchos brazos <strong>de</strong>l mar oceano que por ella entran por la parte, <strong>de</strong>l setentrión y<br />

occi<strong>de</strong>nte y por los canales <strong>de</strong>l Rin, y el Rio Mosa a la parte <strong>de</strong>l medio dia, y el Golfo<br />

que llaman <strong>de</strong> Zui<strong>de</strong>rzee al oriente, Tendra <strong>de</strong> circuito cosa <strong>de</strong>, 60 leguas sin que<br />

anchura sea tanta que por qualquiera parte atraviesse en seis oras, en cuyos limites se<br />

hallan 29 villas <strong>de</strong> que las principales son Dordrech, Haarl<strong>em</strong>, Deft, Lei<strong>de</strong>n, Gouda, y<br />

Amsterdam [Fl. 154] y otras Islas mas al Norte, como Vielant, Texele, y Vueringher,<br />

Ay mas el hermoso Burgo <strong>de</strong> la Haya en que resi<strong>de</strong>n los estados y tenia su Casa el<br />

Con<strong>de</strong> Mauricio <strong>de</strong> Nasau Capitan General suyo.<br />

Los habitadores <strong>de</strong> unas y otras Islas si uvieran sido leales como caprichosos, y<br />

si en servicio <strong>de</strong> su Rey hizieran lo que na intentado en ofensa suya, no se les pudiera<br />

negar si no ventaja igualdad con todas las naciones <strong>de</strong>l mundo, pero esta diferencia va<br />

40


<strong>de</strong> conquistas a ladronisios, que aquellas dan gloria y estos interesses, y así son mas<br />

faciles por que se intentan con señala da ventaja. Menos basta para asechar <strong>de</strong> servir<br />

dados que para resistir codisiosos <strong>de</strong>sestima el leon lo que solicita el lobo este se<br />

sustenta <strong>de</strong> valor proprio aquel <strong>de</strong> <strong>de</strong>scuidos agenos, esto succe<strong>de</strong> a nuestra España tiras<br />

tanta gloria, adquirida por tan gloriosos medios que dilato su Imperio a los mas ocultos<br />

rincones <strong>de</strong>l Universo, y esta misma gran<strong>de</strong>sa y señorio tan dilatado da a mayores [Fl.<br />

154v] fuerzas a qualquiera que se nos <strong>de</strong>clara por en<strong>em</strong>igo y no las grangea a nuestras<br />

conquistas, <strong>de</strong>mas que ocasiono en bidia a todos los Reyes y potentados <strong>de</strong>l mundo, y<br />

algun exceso <strong>de</strong> crueldad que (necesariamiente) se executo con los <strong>de</strong>sta nación sirvio<br />

<strong>de</strong> motivo, o <strong>de</strong> achaque a los olan<strong>de</strong>ses (ya dispuestos) para su rebelion no advirtiendo<br />

que la lealtad no se exercita en lo que se agra<strong>de</strong>se si no en lo que se sufre: llamaron los<br />

Egipcios, al perro por simbolo <strong>de</strong> la lealtad no tanto por el conosimiento <strong>de</strong>l bien que<br />

recibes como por que a sotado buelve a los pies <strong>de</strong>l que reconose por su legitimo señor.<br />

Apoyaron la resolución <strong>de</strong> los olan<strong>de</strong>ses los <strong>em</strong>ulos <strong>de</strong> España cuidadosos <strong>de</strong> ver<br />

ensanchada la monarchia quanto <strong>de</strong> ver propagada la religion, y así provocados por<br />

Guillelmo <strong>de</strong> Nasau Principe <strong>de</strong> Oranges, hizieron en Dordrecht una junta en 19 <strong>de</strong> Julio<br />

<strong>de</strong> 1572 y en ella resolvieron <strong>de</strong> tomar das armas contra su magestad <strong>de</strong>l Rey D.<br />

Phelipe, 2. o nombrado por su governador, al mismo Guillelmo <strong>de</strong> Nasau si la resolución<br />

fue asertada, no lo pu<strong>de</strong>mos jugar los leales porque no sab<strong>em</strong>os en que consistan las<br />

conveniencias <strong>de</strong> no serlos y asi se <strong>de</strong>clararon por en<strong>em</strong>igos rebel<strong>de</strong>s los que <strong>de</strong>vieran<br />

continuar vasallos sujetos.<br />

No se les niega a los portugueses razón en lo que sienten la falta <strong>de</strong> sus Reyes,<br />

no porque hoy les falte en Su Magestad el arrimo que antes tenian, pero es la diferencia<br />

que va <strong>de</strong> beber el agua en la fuente, o por acuadutos que talues nos truxo salitre si no<br />

gusanos, ya un así <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> una ves sujetos a la corona <strong>de</strong> Castilla no faltaran un<br />

punto <strong>de</strong> la lealtad jurada.<br />

[Fl. 155]<br />

Fresca estava la llaga rebueltos los humores, divididos los pareceres dudosos los<br />

animos cuando a las puertas <strong>de</strong>l primero llamo Don Antonio Prior <strong>de</strong>l Crato que avia<br />

aspirado a la Corona, y no tan <strong>de</strong>sacompañado, que no truxesse mui po<strong>de</strong>roso exercito,<br />

y armada <strong>de</strong> Inglaterra; y aviendo ostentado confianza <strong>de</strong> que los portugueses le<br />

recibirian por su Rey por lo que sentian no ter elle a la vista, lo salio tan al contrario<br />

que bolvio menos ayroso.<br />

Lo cierto es que lo mucho que ay que alabar en esta nación, hase que no se les<br />

atribuyan antonomasias <strong>de</strong> leales, por lo que tienen <strong>de</strong> valerosos, ni <strong>de</strong> valientes, por lo<br />

que son <strong>de</strong> leales, y elles mismos jusgam obligación propria, lo que en otras naciones<br />

estiman por milagros <strong>de</strong> que pudiera apuntar muchos ex<strong>em</strong>plos que se hllan en las<br />

Chonicas <strong>de</strong>ste Reino, y en las <strong>de</strong>cadas <strong>de</strong> la India Oriental, y otros <strong>de</strong> nuestros ti<strong>em</strong>pos,<br />

pero intento brevedad en esta Relación, y faltara yo al mio, y a sus alabanzas si me<br />

<strong>de</strong>tuviera en alguna.<br />

Declarados pues los olan<strong>de</strong>ses, y aborecidos <strong>de</strong> los que no sufren tanta España,<br />

intentaron Comercio en las Indias Orientales, En Guinea, Angola, Congo, y en la Mina<br />

(si diferentes en el modo, como en el caudalo) conformes en el trato mas o menos segun<br />

la <strong>de</strong>sposición <strong>de</strong>l lugar, no tratando ya mas <strong>de</strong> conquistar plazas si no <strong>de</strong> grangear<br />

41


intereses; pruevasea que no se hallara cosa digna <strong>de</strong> m<strong>em</strong>oria en razón <strong>de</strong> valor; <strong>de</strong><br />

ardi<strong>de</strong>s si que les van sustentando <strong>de</strong> suerte, que el año <strong>de</strong> 623 a un mismo ti<strong>em</strong>po<br />

infeccionavam sus Armadas las Costas <strong>de</strong> la India Oriental, <strong>de</strong> Africa, <strong>de</strong> España, y <strong>de</strong><br />

las Indias Occi<strong>de</strong>ntales (segun se observo <strong>de</strong>spues por los avisos) que como viven solo<br />

<strong>de</strong> navegar [Fl. 155v] y esto se hase <strong>de</strong> comun acuerdo, y compañia, y no particular<br />

po<strong>de</strong>r, viene a ser grangeria <strong>de</strong>sta Republica, lo que es a los principales <strong>de</strong> tanto<br />

dispendio.<br />

Gloriosos pues <strong>de</strong> aver fundado el comercio en tantas partes, jusgaron a falta<br />

suya no intentar el Brasil y cuestas <strong>de</strong> Nueva España; cuyo arbitrio se presento al<br />

Con<strong>de</strong> Mauricio <strong>de</strong> Nasau Capitan General <strong>de</strong> los Estados Rebel<strong>de</strong>s, (segun se afirma)<br />

por un Andres Moertecan <strong>de</strong> nación olan<strong>de</strong>s. 54<br />

Procurosse en el consejo que gobierna aquella Republica y uvo diferentes<br />

opiniones en el modo <strong>de</strong> la execución si bien se conformaran todos en que se<br />

<strong>em</strong>prendiesse la Jornada.<br />

Ofereciosse el primer medio, y fue que se tomasse puerto en la Isla <strong>de</strong> Taparica<br />

que esta en frente <strong>de</strong> la Bahia <strong>de</strong> que es señor el Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castanheira, y que <strong>de</strong> así<br />

hasiendo una fortificación, y siendo señores <strong>de</strong> la mar obligarian a los naturales al<br />

comercio, que a nuestras flotas seria imposible, y que necesitados los <strong>de</strong> aquel estado,<br />

darian lugar a trato, y la obediencia al gusto <strong>de</strong> su licenciosa vida.<br />

Por outra parte se diseria que a vista <strong>de</strong> tantos ex<strong>em</strong>plos como aviam logrado <strong>de</strong><br />

fundar comercio sin asaltos, sin fortificaciones, y sin estruendos, pera que era provar<br />

nueva fortuna, que la mas gloriosa victoria era conseguir el fin a que la acción se dirige,<br />

que elles no <strong>de</strong>vian aspirar a conquistas, si no a ganancias, y que pera estas no eram<br />

buenos caminos los <strong>de</strong> la guerra, que ya no estavamos en los ti<strong>em</strong>pos que al estruendo<br />

<strong>de</strong> un arcabus se ganava un lugar que todos ya sabian <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r sus casas, y que era [Fl.<br />

156] menester muchas buenas fortunas para sustentar con violencia estado tan gran<strong>de</strong><br />

tan sujeto, y entregue a portugueses, que se acordasen <strong>de</strong> cuando el año <strong>de</strong> 607 Pablo<br />

Vancar<strong>de</strong>n intento tomar Mozambique, jusgando lo por tan facil que diera homenage en<br />

Olanda por lo que a un no avia conquistado en la India, y que pensando hallar ela sin<br />

<strong>de</strong>fensa, saliera <strong>de</strong>l Puerto apesar suyo por el valor <strong>de</strong> Don Estevam <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> 55<br />

general que era <strong>de</strong> aquella plaza, y que no era bastante <strong>de</strong>sculpa ser persona <strong>de</strong> tal valor<br />

* ; que viessen que era menester muchos socorros para poblar un <strong>de</strong>sierto, y que se<br />

succediesse diferente, seria mayor el daño <strong>de</strong> su perdida, que prometia el interes <strong>de</strong> lo<br />

conquista lo por mas que fuesse, pues sin el se conservavan aquelles estados, y con una<br />

perdida gran<strong>de</strong> junta a las otras que ivan teniendo en las Indias se acabarian <strong>de</strong>l todo:<br />

que la pru<strong>de</strong>ncia era <strong>em</strong>pren<strong>de</strong>r por ardid, lo que as fuerzas no podian conservar, que se<br />

fuesse ella, y tratassen al principio con mo<strong>de</strong>radas ganancias, y que siendo sin tributos<br />

el particular interes <strong>de</strong> cada uno, pondria en sus manos la libertad <strong>de</strong> todos.<br />

54 MOERBEECK, Jan Andries. Re<strong>de</strong>nen Waeromme <strong>de</strong> West Indische Compagnie dient te trachten het<br />

Landt van Brasilia <strong>de</strong>n Coninck van Spangien te ontmachtigen, en dat ten eersten. Amsterdam: 1624.<br />

Traduções manuscritas do panfleto <strong>de</strong> Moerbeeck foram divulgadas na Península Ibérica. Biblioteca<br />

Nacional <strong>de</strong> España. Ms. 3015, fl. 127, “Razones porque la Compañia <strong>de</strong> las Indias occi<strong>de</strong>ntales avia <strong>de</strong><br />

escuxar <strong>de</strong> quitar al rey <strong>de</strong> Hispaña la terra <strong>de</strong>la Brazil, traduzido <strong>de</strong> un papel impreso <strong>em</strong> Amsterdam<br />

hecho por Juan Andrea Moerbeceq”.<br />

55 DURAN, Antonio. Cercos <strong>de</strong> Moçambique, <strong>de</strong>fendidos por Don Estevan <strong>de</strong> Atay<strong>de</strong>. En Madrid : por la<br />

viuda <strong>de</strong> Alonso Martin, 1633. Existe segunda edição <strong>de</strong>sta obra anotada por Antonio Durão e prefaciada<br />

por Edgard Prestage, publicada <strong>em</strong> Lisboa, na Tipografia Silvas, <strong>em</strong> 1937.<br />

42


NM: * Aqui se diga algo <strong>de</strong> Don Estevan<br />

Otras mas a lo bizarro que a lo pru<strong>de</strong>nte disian que ya era mucho anelar por<br />

intereses, hombres somos para tomar aquel estado como ellos le an tomado, y la<br />

diferencia <strong>de</strong> la contienda, hara nuestra gloria mayor, una ves tragada la vos <strong>de</strong> mal<br />

sofridos, por no disir <strong>de</strong>sleales: para cuando guardamos dar que disir a la fama, ni<br />

si<strong>em</strong>pre av<strong>em</strong>os <strong>de</strong> estar tan sujetos a este <strong>de</strong>coro <strong>de</strong> España ya pasadas las calunias que<br />

nos imponen, no todas enfermida<strong>de</strong>s requieren una misma cura, en la India hallansse<br />

otros Reyes con que liarnos, en Africa [Fl. 156v] otros puertos para el rescate <strong>de</strong>l oro,<br />

aqui don<strong>de</strong> todo es labranza 56 <strong>de</strong>llos proprios no ay si no <strong>em</strong>pezar con estruendo, y el<br />

miedo, y el buen trato nos asegurara lo que una ves posseyer<strong>em</strong>os.<br />

Asetosse esta ultima propuesta <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> representados, y discorridos muchos<br />

otros inconvenientes que los <strong>de</strong> la dificultad, riesgo, o trabajo, no repara tanto en elles,<br />

quien no ha <strong>de</strong> <strong>em</strong>pren<strong>de</strong>r y el mandar ariesgado, es mas facil, que executar t<strong>em</strong>erario.<br />

Tomada esta Resolución, el Con<strong>de</strong> Mauricio <strong>de</strong> Nassau a quien por razón <strong>de</strong> su<br />

oficio tocava mandar executar las <strong>de</strong>terminaciones, y or<strong>de</strong>nes <strong>de</strong>l consejo, las <strong>de</strong>spuso<br />

en esta manera.<br />

Fundosse nueua Compañia para las Indias Occi<strong>de</strong>ntales como se avia hecho para<br />

las Orientales, por cuya cuenta se apresto una Armada <strong>de</strong> veinte y seis navios, trese<br />

<strong>de</strong>los <strong>de</strong>l estado, y trese <strong>de</strong> mercadores fretados, a cargo <strong>de</strong> Jaques Guilhelmo olan<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> nación que fue general <strong>de</strong> toda la Armada, hombre mayor <strong>de</strong> edad, y en reputación <strong>de</strong><br />

gran soldado; y <strong>de</strong> los trese nauios fretados era cabo Juan Dort; Era Almirante <strong>de</strong> la<br />

Armada Pedro Peres <strong>de</strong> nación ingles, <strong>de</strong> cuja experiencia se podrian fiar mayores<br />

funcciones.<br />

NM: Aqui se ponhão as particularda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta Armada<br />

[Fl. 157]<br />

Lleuava esta Armada 3 mil hombres <strong>de</strong> mar y guerra escogidos, experimentados,<br />

y interesados que son gran<strong>de</strong>s simientos para gran<strong>de</strong>s esperanzas.<br />

Salio <strong>de</strong> Olanda a 21 <strong>de</strong> Dezi<strong>em</strong>bre <strong>de</strong> 623 con publica bos <strong>de</strong> que iuan a Nueva<br />

España a fin <strong>de</strong> que solo aquel estado se preveniesse, y se afirma que el mismo Jaques<br />

Guilhelmo no sabia lo cierto <strong>de</strong> la Jornada, hasta que abrio el Regimento en el parage<br />

que lo llevava or<strong>de</strong>nado, y fue en Isla <strong>de</strong> S. Vicente iunto al Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />

NM: Aqui se hable quanto se requiere secreto<br />

[Fl. 158]<br />

La fortificación <strong>de</strong>l en<strong>em</strong>igo sigun se hallo <strong>de</strong>spues estava fortificado en la<br />

forma seguiente.<br />

56 Labranza. Campos ou terras cultiváveis.<br />

43


NM: aqui ponha a fortificação do en<strong>em</strong>igo<br />

[Fl. 163] 57<br />

Llego la Armada olan<strong>de</strong>sa a la Bahia a seis, <strong>de</strong> mayo <strong>de</strong> 624, hallo un lugar<br />

poblado <strong>de</strong> mercadores y <strong>de</strong> <strong>de</strong>sterrados los unos y los otros mas avezados a solicitud <strong>de</strong><br />

intereses que a ejercicios militares, lleno todo mas <strong>de</strong> prevensiones <strong>de</strong> grangerias que <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fensas, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaron mil y quinhentos hombres <strong>de</strong> guerra con algunas piezas <strong>de</strong><br />

artilheria [Fl. 163v] a cuyo estruendo y sobresalto ni uvo acuerdo para la <strong>de</strong>fensa ni<br />

cada uno trato <strong>de</strong> mas que <strong>de</strong> salvar sus mujeres y hijas <strong>de</strong> la primera licencia, no se<br />

pue<strong>de</strong> llamar covardia lo que fue <strong>de</strong>sacuerdo por que estos mismos hombres sustentaron<br />

si<strong>em</strong>pre la guerra con la cara al en<strong>em</strong>igo hasta bolver a poblar sus mismas casas, lo<br />

sierto es que ello fue castigo <strong>de</strong> Dios, o amago para que est<strong>em</strong>os mas recatados y a lo<br />

t<strong>em</strong>poral con mas respeto a las censuras eclesiasticas y con mas miramiento en los<br />

vicios a que se atribuye la perdida <strong>de</strong> aquella ciudad sigun el estado <strong>de</strong> las cosas <strong>de</strong>lla.<br />

Así lo dixo el predicante que entre los renditos se hallaran <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> restituida la Bahia<br />

que perguntando le un religioso <strong>de</strong> la or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> S. Benito como faltavan así a la<br />

obediencia <strong>de</strong> su natural señor, no solo con resistirse si no tambien ofendiendola y<br />

conquistando plazas suyas respondio: sumus flagelum Dei; somos la suerte <strong>de</strong> Dios. 58<br />

Diego <strong>de</strong> Mendonza Hurtado gobiernador que era <strong>de</strong> aquel estado y que lo<br />

pudiera ser <strong>de</strong> otros mayores, digna persona <strong>de</strong> la estimación que sus servicios na<br />

adquirido, viendo que el en<strong>em</strong>igo iua entrando por un lugar abierto sin reparo, sin gente,<br />

y sin <strong>de</strong>fensa, aviendo antes salido a impedir la entrada con sus criados, y algunos<br />

llegados a su casa, no quiso que el tropel <strong>de</strong>l primer encuentro hizisse que por no<br />

conosido le perdonasen la vida y se bolvio a su casa don<strong>de</strong> fue hallado, y cativo le<br />

llevaron a la capitana en<strong>em</strong>iga y <strong>de</strong> alli a Olanda don<strong>de</strong> todavia esta.<br />

2 o Capitulo<br />

Tomada asi la Ciudad <strong>de</strong> la Bahia se iuntaron los moradores <strong>de</strong>lla y trataron <strong>de</strong><br />

encerrar la <strong>de</strong>sgracia pasada y que por lo menos no se <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> inquietar si<strong>em</strong>pre al<br />

en<strong>em</strong>igo, ni le <strong>de</strong>ixassen que se hiresse señor <strong>de</strong>l Arabal como lo estava <strong>de</strong> la ciudad<br />

nombrando por Capitan Major <strong>de</strong> aquella gente que estava [Fl. 164] junta (don<strong>de</strong> llaman<br />

el Reconcavo <strong>de</strong> la Bahia) Anton <strong>de</strong> Mesquista <strong>de</strong> Oliveira, oydor general que era <strong>de</strong><br />

aquel estado, que luego <strong>de</strong>spacho abisos a su Magestad y otros 59 a Mathias <strong>de</strong><br />

Albuquerque Capitan que era <strong>de</strong> Pernambuco y gobiernador que quedava siendo <strong>de</strong> todo<br />

el estado por las vias que se abrieron.<br />

De Pernambuco se <strong>de</strong>spacho el primer aviso que llego a Su Magestad el postre<br />

dia <strong>de</strong> julio <strong>de</strong> 624, y lo sintio como <strong>de</strong>via al caso y a las consecuensias <strong>de</strong>l por que era<br />

una puerta para total perdición <strong>de</strong> todo el Occi<strong>de</strong>nte.<br />

Y como tan cristiano principe, consi<strong>de</strong>rando que en castigo tan gran<strong>de</strong>, el mas<br />

eficaz r<strong>em</strong>edio era <strong>em</strong>endar las culpas porque se avia merecido, y fue la primera<br />

Resolución escribir una y muchas cartas a los governadores Don Diego <strong>de</strong> Castro, y<br />

57 Na folha 163 estava a <strong>de</strong>scrição da fortificação dos holan<strong>de</strong>ses na Bahia, mas o autor rasurou<br />

propositalmente, <strong>de</strong>ixando esse trecho ilegível.<br />

58 Essa afirmação <strong>de</strong>ve-se a fontes anônimas, visto que nenhum outro autor escreveu sobre isto.<br />

59 A expressão “su Magesta<strong>de</strong> y otros” está riscada pelo autor no original.<br />

44


Don Diego da Silva, Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Portalegre, y meritisimo governador <strong>de</strong>ste Reino,<br />

encargando en ellas que solo se tratasse por entonces <strong>de</strong> enmendar los pecados publicos,<br />

y se procediesse contra los culpados, <strong>de</strong> manera que Dios Nuestro Señor aplacasse la ira<br />

<strong>de</strong> sus castigos, y tiviessen lugar los medios humanos que <strong>de</strong>tr<strong>em</strong>inaba poner en<br />

restauración <strong>de</strong> la Bahia; mandando mas Su Magestad se hiressen procesiones publicas,<br />

y se encomendasse mucho el negocio a Dios, pera lo qual se [Fl. 164v] <strong>de</strong>spachass<strong>em</strong><br />

luego cartas a los Bispos, y prelados <strong>de</strong>l Reino y <strong>de</strong> las Religiones, para que en todas<br />

partes y en un mismo ti<strong>em</strong>po se hiziessen las mismas plegarias: y estavan los animos <strong>de</strong><br />

todo el Reino tan <strong>de</strong>spuestos al socorro, y lastimados <strong>de</strong>l caso, que fue arbitrio para los<br />

religiosos, y prelados po<strong>de</strong>r serbir con oraciones, ya que la perfección <strong>de</strong> sus estados,<br />

les impedia que lo hiziessen con las armas. Y así se executo, que cuando las<br />

Resoluciones <strong>de</strong> los principes son tan catolicas, no son preceptos para los que las<br />

executan: como se vio en esta ocazión en que cada uno hizo la causa propria, y<br />

particular sin aver otras competencias, si no <strong>de</strong> quien mejor haria lo que le tocava, y a<br />

un mas <strong>de</strong>l lo que se pudiera pedir.<br />

Pasadas estas diligencias, se trato <strong>de</strong> los r<strong>em</strong>edios humanos, y <strong>de</strong> poner en efeito<br />

el socorro y restauración <strong>de</strong> la Bahia, y fue el primer acuerdo <strong>de</strong> Su Magestad por carta<br />

suia a los Gouernadores escrita en 7 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 624 que <strong>de</strong> la Armada <strong>de</strong> Castilla se<br />

juntaria la mayor fuerza que fuesse posible, respeto <strong>de</strong> que avian <strong>de</strong> quedar dies o doze<br />

navios pera guarda el a costa, y que en los <strong>de</strong>mas irian tres mil infantes; y <strong>de</strong>sta Corona<br />

se juntassen las mayores fuerzas, encargando la brevedad la diligencia, y las<br />

prevenciones necesarias, añadiendo renglones 60 <strong>de</strong> su Real mano para mas provocar, y<br />

para significar por ellas el cudado con que estava.<br />

[Fl. 165]<br />

Llego esta carta en ocasión, que la Armada <strong>de</strong> Portugal andava navegando; y era<br />

fuerza esperar a que se recogiesse, y bolviesse aprestar <strong>de</strong> nuevo, como se hizo en la<br />

brevidad, y diligencia que a<strong>de</strong>lante se dira.<br />

Declarada la miserable perdición <strong>de</strong> la Bahia, y como Su Magestad mandava<br />

socorrella, y restituilla, y que con ser así que la Real hazienda <strong>de</strong> Su Magestad estaba<br />

imposibilitada para lo que requeria esta jornada, contodo no reparava en cosa alguna<br />

afin <strong>de</strong> que se conseguiesse la <strong>em</strong>presa; como se fuera <strong>de</strong> comun acuerdo se dispuso<br />

todo este Reino a oferecer las vidas, las personas, y las haziendas al serbicio <strong>de</strong> Su<br />

Magestad; tan criados estan todos con la lucha <strong>de</strong>sta vasallaje, y <strong>de</strong>sta servidumbre, que<br />

solo en esto se asenta esta nación <strong>de</strong> la calumnia general que se le impone <strong>de</strong> poco<br />

unidos. Bien lo atestiguaran muchos otros sucesos que pudiera referir a no estar tan<br />

presentes las <strong>de</strong>monstraciones <strong>de</strong>ste que en tierras tan <strong>de</strong>vedidas sin que pudiessen los<br />

particulares provocaresse <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plos, si no <strong>de</strong> su natural inclinación al serbicio <strong>de</strong> su<br />

Rey, se oferecio a Su Magestad un donativo <strong>de</strong> que resulto, que tratando cada uno <strong>de</strong><br />

aliviar la costa <strong>de</strong> la Real hazienda, vino a ser mayor la suma <strong>de</strong>l donativo, que el gasto<br />

<strong>de</strong> la Armada: <strong>de</strong>viendosse a Su Magestad la disposición, y las <strong>de</strong>monstraciones <strong>de</strong><br />

amor, y <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimiento que en esta jornada fue servido <strong>de</strong> hazer, no ser a razón, que<br />

falt<strong>em</strong>os a sus vasallos, con lo que se <strong>de</strong>ve a lo que <strong>de</strong> su parte hizieron, pues paresse<br />

[F. 165v] que a porfía estavan, Su Magestad a querer hazerllo todo suo vasallos a querer<br />

que todo cargasse sobre sus ombros reselosos todos <strong>de</strong> que pareciesse poco lo que sus<br />

60 Renglón, no singular significa uma série <strong>de</strong> caracteres escritos en linha reta; no plural, renglones,<br />

significa qualquer escrito ou impresso.<br />

45


fuerzas podrian, Respeto <strong>de</strong> lo que sus volunta<strong>de</strong>s les obligava y así dir<strong>em</strong>os lo que se<br />

ofereccio en particular por gloria <strong>de</strong> los presentes y ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> los veni<strong>de</strong>ros.<br />

El Duque <strong>de</strong> Bragança D. Theodosio veinte mil cruzados en Reales; El Duq <strong>de</strong><br />

Camiña Marques <strong>de</strong> Villa Real Don Miguel <strong>de</strong> Meneses diesaseis mil, y quiñientos<br />

cruzados que vendio <strong>de</strong> juro sobre su casa. El Duque <strong>de</strong> Villa Hermosa Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Ficalho, Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Portugal en la Corte <strong>de</strong> Madrid Don Carlos <strong>de</strong> Borja<br />

dio dous mil y quinientos cruzados, que <strong>em</strong>porto el pagamiento <strong>de</strong> duzentos soldados<br />

que mando a su costa, el Marques <strong>de</strong> Castel Rodrigo Don Manoel <strong>de</strong> Moura Corte Real,<br />

gentil hombre <strong>de</strong> la Camara <strong>de</strong> Su Magestad su veador <strong>de</strong> hazienda, y <strong>de</strong> su Consejo <strong>de</strong><br />

Estado en el <strong>de</strong> Madrid, tres mil, y trezientos y sincuenta cruzados. 61<br />

El Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> la Castañeira Don Juan <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> 62 dos mil y quinientos cruzados<br />

que vendio <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> su casa, Don Pedro Coutiño gobernador que fue <strong>de</strong> Ormus dos<br />

mil cruzados, Don Luis <strong>de</strong> Sosa Alcai<strong>de</strong> Mayor <strong>de</strong> Beja, señor <strong>de</strong> Beringel y<br />

Gobernador que fue <strong>de</strong>l estado <strong>de</strong>l Brasil, y quatrocientas, y sincoenta hanegas 63 <strong>de</strong><br />

trigo para biscocho, que son trinta moyos por la medida <strong>de</strong> Portugal, aviendo en el<br />

mismo año oferecido a Su Magestad en Madrid don<strong>de</strong> tiene su casa, en el donativo que<br />

por aquella corona se oferecio a Su Magestad tres mil ducados castellanos, Don Pedro<br />

<strong>de</strong> Alcaçova mil y quinientos cruzados, Francisco Soares mil cruzados, el Correo Mayor<br />

dos mil cruzados, Constantino <strong>de</strong> Magalhães señor <strong>de</strong> la Puente <strong>de</strong> Barca quinientos<br />

cruzados, Tristan <strong>de</strong> Mendonza Hurtado vino a serbir en persona en un nabio <strong>de</strong> 300<br />

tonenalas 20 piezas <strong>de</strong> artelheria 200 hombres <strong>de</strong> mar y guerra, bast<strong>em</strong>ientos, y<br />

municiones todo a su costa, que importo nueve mil, y quinientos cruzados.<br />

NM: El cabildo 64 <strong>de</strong> la ciudad <strong>de</strong> Lisboa por tributo impuesto en el pueblo servio con<br />

cien mil cruzados.<br />

[Fl. 166]<br />

El Arzobispo <strong>de</strong> Braga Primas <strong>de</strong> España Don Alfonso Hurtado <strong>de</strong> Mendonza,<br />

envio dies mil cruzados, el Arzobispo <strong>de</strong> Lisboa Don Miguel <strong>de</strong> Castro dos mil<br />

cruzados, el Arzobispo <strong>de</strong> Evora Don Joseph <strong>de</strong> Melo quatro mil cruzados, el Obispo <strong>de</strong><br />

Coimbra Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Argamil Don Francisco <strong>de</strong> Castro dos mil cruzados, el Obispo do<br />

Porto Don Rodrigo da Cuña mil y quinientos cruzados, el Obispo <strong>de</strong>l Algarbe Don Juan<br />

Coutiño mil cruzados, <strong>de</strong> mas <strong>de</strong>sto ubo personas particulares que mal sofrieron que su<br />

pequeño caudal faltasse en este serbicio <strong>de</strong> que se diran sus nombres mas para gloria y<br />

prueva <strong>de</strong> la afección general, que para particular satisfación. El Capitan Jeronimo<br />

Ferreira <strong>de</strong> Lima provedor <strong>de</strong> la hazienda <strong>de</strong>l Brasil, <strong>de</strong>mas <strong>de</strong> ir en persona en la<br />

Jornada, oferecio para ella un nabio que tenia <strong>de</strong> suyo <strong>de</strong> que fue por Capitan que a ser<br />

fretado, costara mil, y ciento, y viente sinco cruzados. Domingos Gil <strong>de</strong> Siqueira que se<br />

hallo en esta ocasión con moniciones bastimiento, y armas para otros fines, oferecio lo<br />

todo para la Jornada, que importava valor <strong>de</strong> mil y quatrocientos y sincoenta cruzados.<br />

61 GUERREIRO, Bartolomeu, S.J. Jornada dos Vassalos da Corôa <strong>de</strong> Portugal. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Biblioteca Nacional, 1966. 2. a ed. p. 35 e MENEZES, Manuel <strong>de</strong>. A Recuperação da Cida<strong>de</strong> do Salvador.<br />

In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo22. pp. 357- 411e 527 - 633. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro: 1859. p. 375.<br />

62 D. João <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, 4. o Con<strong>de</strong> da Castanheira, era primo <strong>de</strong> D. Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>. João era filho <strong>de</strong> D.<br />

Manuel <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, 3. o Con<strong>de</strong> da Castanheira, irmão <strong>de</strong> D. Antonio <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>.<br />

63 14 hanegas equival<strong>em</strong> a um hectare.<br />

64 Câmara <strong>de</strong> Lisboa.<br />

46


Manoel Dias Gue<strong>de</strong>s, oferecio un nabio que tenia <strong>de</strong> suyo que a ser fretado valiera mil<br />

cruzados, Alfonso <strong>de</strong> Barros otro nabio que valiera seiscientos, y veinte sinco cruzados,<br />

Antonio Brabo <strong>de</strong> Tavera veinte hombres pagos a su costa que valieron duzentos<br />

cruzados, los Al<strong>em</strong>anes dos mil y cien cruzados, en polvoras, todos hijos <strong>de</strong> Hector<br />

Men<strong>de</strong>s mercador [Fl. 166v] <strong>de</strong> Lisboa ya <strong>de</strong>funto dieron quatro mil cruzados, los<br />

<strong>de</strong>mas mercadores <strong>de</strong> Lisboa trienta y tres mil y setecientos, los mercadores franceses<br />

trezientos cruzados, que por todo importo 200.343,00 cruzados que fue el gasto <strong>de</strong> la<br />

Armada, sin que la Real hazienda <strong>de</strong> Su Magestad se <strong>de</strong>spendisse para esta Jornada ni<br />

<strong>em</strong>peñasse en cosa alguna<br />

3 o Capitulo<br />

Los <strong>de</strong>mas cavalleros y señores particulares <strong>de</strong>l Reyno se fueron personalmente<br />

alistar en las listas ordinarias <strong>de</strong> la Armada, <strong>de</strong>monstración que hasta entonces no se<br />

avia visto en personas <strong>de</strong> tan gran parte, a que dio principio, ex<strong>em</strong>plo y calor Don<br />

Alfonso <strong>de</strong> Noronha <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Su Magestad que avia occupado los<br />

puestos <strong>de</strong> Capitan Mayor <strong>de</strong> Armadas <strong>de</strong> la Costa y <strong>de</strong> la India Oriental, Capitan<br />

General <strong>de</strong> Ceuta, y <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> Tangar fronteras <strong>de</strong> Africa Capitan General <strong>de</strong> la<br />

Armada Real <strong>de</strong>sta Corona, Gobernador <strong>de</strong>l Reino <strong>de</strong>l Algarbe, ultimamente nombrado<br />

Vis Rey <strong>de</strong> la India, primer puesto, ultimo fin y pr<strong>em</strong>io <strong>de</strong> los serbicios <strong>de</strong>sta Corona. El<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. Juan, Luis Albares <strong>de</strong> Tavora, y su hijo mayor y her<strong>de</strong>ro Antonio Luis da<br />

Tavora, se alistaron tambien por soldados y fueron en la Jornada, gloriosa<br />

<strong>de</strong>monstración, por ser el padre hombre mayor <strong>de</strong> edad, y el hijo her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> una <strong>de</strong> las<br />

mayores casas <strong>de</strong>l Reino. Acuerdo fuen entre los dos, que cada [Fl. 167] uno sofriesse el<br />

riesgo <strong>de</strong>l otro, por no ariesgasse a sofrir el que quedasse las <strong>em</strong>bidias <strong>de</strong>l que fuesse los<br />

<strong>de</strong>mas cavalleros se nombraran con sus capitanes cuando, se haga mencion <strong>de</strong> la<br />

primera plana <strong>de</strong> la Armada.<br />

El Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vimioso <strong>de</strong>xo la Corte <strong>de</strong> Madrid don<strong>de</strong> estava <strong>em</strong> particulares<br />

pretenciones por no faltar en esta Jornada en que serbio con aprovechado lusimiento, El<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> la Roca Don Duarte <strong>de</strong> Meneses no se valio <strong>de</strong> estar rasado <strong>de</strong> pocos años<br />

para <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> imitar a sus pasados: Alistaronsse mas Martin Alfonso <strong>de</strong> Oliveira<br />

comumiente llamado <strong>de</strong> Mayorasgo <strong>de</strong> Oliveira que <strong>de</strong> muchos años a esta parte porfia<br />

por llegar a las cumbres <strong>de</strong>l mayor serbicio, al glorioso fin aunque lastimoso que esta<br />

Jornada le dio <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> aver gobiernado Armadas, y serbido en otras muchas <strong>de</strong><br />

Portugal, y Castilla. Don Henrique <strong>de</strong> Menezes señor <strong>de</strong> Loriçal soldado que avia<br />

serbido en otras ocaziones. Don Alvaro Cotinho señor <strong>de</strong> Almourol, Antonio Correa<br />

señor <strong>de</strong> Bellas, Don Antonio <strong>de</strong> Castelbranco señor <strong>de</strong> Pombreiro, Don Lopo <strong>de</strong> Acuña<br />

señor <strong>de</strong> Cantar, Ruy <strong>de</strong> Moura Telles señor <strong>de</strong> la Povoa, Don Juan <strong>de</strong> Sosa Alcay<strong>de</strong><br />

mayor <strong>de</strong> Tomar, Duarte <strong>de</strong> Albuquerque Coello, Don Francisco <strong>de</strong> Portugal<br />

Comendador <strong>de</strong> Frontera <strong>de</strong> la Or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> Avis, persona <strong>de</strong> particulares lusidos, y<br />

continuos serbicios, Juan da Silva Telles <strong>de</strong> Meneses que avia sido Coronel en Lisboa,<br />

Alvaro Piz <strong>de</strong> Tavora hijo <strong>de</strong> Ruy Lorenço <strong>de</strong> Tavora, que fue <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong><br />

Su Magestad gobernador <strong>de</strong>l Algarbe y Vis Rey <strong>de</strong> la India, <strong>de</strong> quien a<strong>de</strong>lante dir<strong>em</strong>os,<br />

que se fue esta la primera ocasión en que se allo, serbio este cavallero en ella <strong>de</strong> manera<br />

que se pue<strong>de</strong> nombrar entre los primeros <strong>de</strong>lla [Fl. 167v] Luis Cesar <strong>de</strong> Meneses, Pedro<br />

Cesar <strong>de</strong> Eça cavallero mayor <strong>de</strong> edad, que bien abia serbido, E avia estado en otra<br />

Francisco <strong>de</strong> Melo <strong>de</strong> Castro que ya se avia hellado en otra refriega con olan<strong>de</strong>zes <strong>de</strong><br />

que sallio valerosamiente señallado en el rosto, y en todo su cuerpo en un encuentro que<br />

tubo en la Isla <strong>de</strong> Santa Elena, en compañia <strong>de</strong> su padre Antonio <strong>de</strong> Melo <strong>de</strong> Castro que<br />

47


viene <strong>de</strong> la India por Capitan Mayor <strong>de</strong> las naos, Don Rodrigo da Costa, hijo <strong>de</strong> Don Gil<br />

Yañes <strong>de</strong> Acosta, gobernador <strong>de</strong> Ceuta, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> la ciudad <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>l Consejo<br />

<strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Su Magestad y presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>l <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargo <strong>de</strong> Palacio, Estevan <strong>de</strong> Brito<br />

Freire, Jeronimo <strong>de</strong> Melo <strong>de</strong>recho sucesor <strong>de</strong> la Casa <strong>de</strong> Santo Thome que possea la<br />

Corona Real, que ha servido en muchas y mui diferentes ocasiones en las armadas <strong>de</strong><br />

ambas coronas <strong>de</strong> muchos años a esta parte, Antonio Telles da Silva hijo <strong>de</strong> Luis da<br />

Silva <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Su Magestad y su veador <strong>de</strong> hazienda, y su hermano<br />

mayor Juan Gomes da Silva que <strong>de</strong>xo <strong>de</strong> ir en la Jornada por no se concluir a ti<strong>em</strong>po los<br />

negocios <strong>de</strong> su padre que le tenian en la corte, lo que tambien succedio a Don Jeronimo<br />

<strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> hijo mayor <strong>de</strong> Don Antonio <strong>de</strong> Attay<strong>de</strong> Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro por estar en esta<br />

ocasión su padre preso, y ser fuerza acodir a Madrid <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> prevenido para la<br />

Jornada, y senallado lugar en la Almiranta en compañia <strong>de</strong> Don Francisco <strong>de</strong> Almeida,<br />

Ruy Barreto <strong>de</strong> Moura, Nuño <strong>de</strong> Acuña, [Fl. 168] 65 Lorenço Pires Carvalho, hijo unico,<br />

y her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> la casa <strong>de</strong> Gonçalo Piris Carvalho provedor <strong>de</strong> las obras <strong>de</strong> Su Magestad,<br />

Martin Alfonso <strong>de</strong> Tavora, hijo <strong>de</strong> Ruy Piris <strong>de</strong> Tavora Reposllero Mayor 66 <strong>de</strong> Su<br />

Magestad que <strong>de</strong>xo por esta ocasión los abitos clericales en que se avia criado, Don<br />

Alfonso <strong>de</strong> Meneses herdado <strong>de</strong> la casa <strong>de</strong> su padre Don Fadrique <strong>de</strong> Meneses a que no<br />

valio aver venido enfermo <strong>de</strong> la Armada <strong>de</strong>l verano, y estarlo cuando partio esta para<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ir en ella, Don Francisco <strong>de</strong> Faro hijo <strong>de</strong>l Con<strong>de</strong> Don Estevan <strong>de</strong> Faro <strong>de</strong>l<br />

Consejo <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Su Magestad y su veador <strong>de</strong> hasiendas, Don Juan <strong>de</strong> Lima hijo<br />

segundo do Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Villa Nova <strong>de</strong> Cerveira, Don Juan <strong>de</strong> Portugal hijo <strong>de</strong> Don<br />

Nuño Aluares <strong>de</strong> Portugal gobernador que fue <strong>de</strong>ste Reino, Antonio da Silva hijo <strong>de</strong><br />

Pedro da Silva, el Capitan Ruy Correa Lucas, Alvaro <strong>de</strong> Souza hijo her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> la casa<br />

<strong>de</strong> Gaspar <strong>de</strong> Sousa <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Su Magestad, y gobernador que fue <strong>de</strong>l<br />

Reino <strong>de</strong>l Brasil, Antonio Carneiro <strong>de</strong> Aragão hijo <strong>de</strong> Francisco Carneiro <strong>de</strong> Aragão,<br />

Don Juan <strong>de</strong> Meneses hijo <strong>de</strong> Don Diego <strong>de</strong> Meneses, Rodrigo <strong>de</strong> Miranda Anrriques<br />

hijo <strong>de</strong> Aires <strong>de</strong> Miranda Anrriques, Pedro da Silva <strong>de</strong> Acunha hijo <strong>de</strong> Duarte <strong>de</strong> Acuña<br />

da Silva, Manoel <strong>de</strong> Souza Coutiño hijo <strong>de</strong> Cristovan <strong>de</strong> Souza Coutuiño guarda mayor<br />

<strong>de</strong> las naves <strong>de</strong> la India y señor <strong>de</strong> la casa <strong>de</strong> Bayão, Ruy <strong>de</strong> Figeredo her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> la casa<br />

<strong>de</strong> su padre Jorge <strong>de</strong> Figeredo, Luis Gomes <strong>de</strong> Figeredo, y Antonio <strong>de</strong> Figeredo [Fl.<br />

168v] sus hermanos, Don Diego <strong>de</strong> Vasconcellos <strong>de</strong> Meneses y su Hermano Don<br />

Sebastian hijos <strong>de</strong> Don Alfonso <strong>de</strong> Vasconcellos <strong>de</strong> la casa <strong>de</strong> Penella, Don Nuño<br />

Mascareñas da Costa hijo <strong>de</strong> Don Juan Mascareñas, Nuno Gonçalves <strong>de</strong> Faria hijo <strong>de</strong><br />

Niculao <strong>de</strong> faria Almotace mayor, Pedro Lopes Lobo hijo <strong>de</strong> Luis Lopes Lobo,<br />

Sebastiam <strong>de</strong> Saa <strong>de</strong> Meneses hijo y her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> Francisco <strong>de</strong> Saa <strong>de</strong> Meneses hermano<br />

<strong>de</strong>l Con<strong>de</strong> <strong>de</strong>l Matociños, Simon Mascareñas <strong>de</strong>l habito <strong>de</strong> S. Juan, Don Lorenço <strong>de</strong><br />

Almada, hijo mayor <strong>de</strong> Don Antonio <strong>de</strong> Almada, Francisco Monis, Fernando Alvares<br />

<strong>de</strong> Toledo, Antonio <strong>de</strong> Abreu su hermano hijos <strong>de</strong> Pedralvares <strong>de</strong> Abreu, Gonçalo<br />

Tavares <strong>de</strong> Souza hijo <strong>de</strong> Barnardin <strong>de</strong> Tauora, Simon <strong>de</strong> Miranda, Don Diego da<br />

Silveira hijo her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong> Don Alvaro da Silveira y nieto <strong>de</strong>l Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> la Sortella, Juan<br />

Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Vasconcellos hijo <strong>de</strong> Luis Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Vasconcellos Gobernador que fue <strong>de</strong>l<br />

Reino <strong>de</strong> Angola, Don Rodrigo da Silveira, Don Anrrique Anrriques hijo her<strong>de</strong>ro <strong>de</strong><br />

Don Jorge Anrriques señor das Alcaçovas, Don Diego <strong>de</strong> Noroña, Antonio <strong>de</strong> Sampayo<br />

hijo <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Sampayo señor <strong>de</strong> Villa Flor, Lopo <strong>de</strong> Souza hijo <strong>de</strong> Aires <strong>de</strong> Souza,<br />

Ruy Dias <strong>de</strong> Acuña, Don Manuel Lobo hijo <strong>de</strong> Don Pedro Lobo, Jorge <strong>de</strong> Melo hijo <strong>de</strong><br />

Manuel <strong>de</strong> Mello Montero Mayor, Don Francisco <strong>de</strong> Eça hijo <strong>de</strong> Don Jorge <strong>de</strong> Eça,<br />

Duarte <strong>de</strong> Melo Pereira, Martin Alfonso <strong>de</strong> Melo, Joseph <strong>de</strong> Melo su hermano, Estevan<br />

65<br />

GUERREIRO. Jornada. p. 42-43. Os nomes dos aventureiros solteiros segue a mesma disposição<br />

publicada no livro do jesuíta <strong>em</strong> 1625.<br />

66<br />

Port. Reposteiro. Indivíduo que tinha a seu cargo o reposte da casa real; tesoureiro.<br />

48


Soares <strong>de</strong> Melo señor <strong>de</strong> la casa <strong>de</strong> Melo, Pedro Cardoso Coutiño, Antonio Pinto<br />

Coelho señor <strong>de</strong> Filgeiras, Anrrique Anrriques hijo mayor <strong>de</strong> [Fl. 169] <strong>de</strong> Luis <strong>de</strong><br />

Miranda Anrriques, dos hijos <strong>de</strong>l Marichal Don Fernando Coutiño, Alvaro <strong>de</strong> Souza<br />

hijo e Simon <strong>de</strong> Sousa, Simon Freire <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> hijo <strong>de</strong> Diego Freire <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>,<br />

Pedro Correa da Silva, Antonio <strong>de</strong> Freitas da Silva hijo <strong>de</strong> Juan Rodrigues <strong>de</strong> Freitas da<br />

Isla da Ma<strong>de</strong>ira, Antonio Taveira, Francisco <strong>de</strong> Mendonça Hurtado, Cristovan <strong>de</strong><br />

Mendonça Hurtado, Anrrique Correa da Silva, Gaspar <strong>de</strong> Payva <strong>de</strong> Magallães, Don<br />

Antonio <strong>de</strong> Melo, Garcia Velles <strong>de</strong> Castelbranco, Jorge Mexia, Don Manuel Coutiño<br />

Juan Machado <strong>de</strong> Brito, Paulo Soares, Blas Soares <strong>de</strong> Sosa, Duarte Peixoto da Silva,<br />

Jose <strong>de</strong> Sosa <strong>de</strong> Sampayo, Cristoval Cabral <strong>de</strong>l habito <strong>de</strong> S. Juan y otros muchos<br />

Cavalleros que por ir occupados en puestos <strong>de</strong> la Armada se nombraran en su lugar.<br />

La <strong>de</strong>mas gente acudio con tanto <strong>de</strong>seo a alistaresse para esta Jornada, que ni fue<br />

menester para ella, pren<strong>de</strong>rsse gente, ni soltar mal hechores, y así apuntar<strong>em</strong>os algunos<br />

casos que en razón <strong>de</strong>sto succedieron porque no que<strong>de</strong>n sin m<strong>em</strong>oria hastalo tan<br />

particular.<br />

En la Villa <strong>de</strong> Viana tan notable neste Reino portantas gran<strong>de</strong>sas suyas,<br />

quisieron los naturales <strong>de</strong>lla continuar en esta ocasión lo que en tantas otras han hecho,<br />

y así succedio que entre la gente noble <strong>de</strong> aquel lugar avia tres hermanos, y<br />

contendiendo todos sobre qual era justo que quedasse con la administración <strong>de</strong> las<br />

haziendas y familias <strong>de</strong> los otros, ninguno quiso ser el que lograsse el accio <strong>de</strong> la pax en<br />

su tierra, y siendo [Fl. 169v] totalmiente forzoso que quedasse alguno, lo r<strong>em</strong>etieron a la<br />

<strong>de</strong>terminación <strong>de</strong>l Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Miranda Gobernador do Porto, que asistia por or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> Su<br />

Magestad al apresto <strong>de</strong> la esquadra <strong>de</strong> la Provincia, <strong>de</strong> Entreduero y Miño señallandosse<br />

<strong>de</strong> manera en esta ocasión, que por ella, y por las que se han oferecido en su gobierno, y<br />

por su tan ordinaria y en a esta pru<strong>de</strong>ncia, y zelo en el servicio <strong>de</strong> Su Magestad bien<br />

comun <strong>de</strong> particulares, y administración <strong>de</strong> justicia gosa dignamiente <strong>de</strong> la fama que ha<br />

adquerido, bastante pr<strong>em</strong>io, a no ser mucho mayor la estimación, y confianza que Su<br />

Magestad haze <strong>de</strong> su persona. Aviendo pues <strong>de</strong> resolver el caso, por no <strong>de</strong>ixar mas<br />

<strong>de</strong>sconsolado al que <strong>de</strong> los hermanos quedasse atado a la asistencia <strong>de</strong> las haziendas <strong>de</strong><br />

todos; lo <strong>de</strong>jó a la disposición <strong>de</strong> la suerte <strong>de</strong> cada uno, mandando que se jugasse a los<br />

dados: fueron los dos el Capitan Juan Ferreira, y el Capitan Diego Ferreira que<br />

entrambos murieron en la Jornada, y aun así aseguro que fue mayor en bidia <strong>de</strong>l que se<br />

vio quedar, que la compasion <strong>de</strong> vellos muertos. 67<br />

Estava para alistaresse Gaspar Camiña Rego, cuando entro para el mismo fin su<br />

hijo Alfonso Camiña, porfio el padre que avia <strong>de</strong> ser el que fuesse, apreto el hijo que a<br />

su edad era <strong>de</strong>vido a lo que a las canas <strong>de</strong>l padre era <strong>de</strong>masía, y llego a estado <strong>de</strong><br />

contienda, que como se fuera sobre la succeción <strong>de</strong> algun mayorasgo allegavan su<br />

<strong>de</strong>recho <strong>de</strong>llante el Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Miranda que cuerdamiente resolvio que fuesse el hijo.<br />

Mujer uvo y <strong>de</strong> las principales <strong>de</strong> aquel lugar, que teniendo solo un hijo que era el<br />

arimo, consolación, y gobierno <strong>de</strong> su casa lo venieron a consolar sus parentes, por que<br />

el hijo se avia alistado por soldado, y ella <strong>de</strong>sechando el consuello, abrazo al hijo<br />

alabando la <strong>de</strong>terminación, no <strong>de</strong>ixando para la humanidad <strong>de</strong> sacar a lux por los ojos<br />

señales <strong>de</strong>l apartamiento llamavasse el hijo Juan Casado Jacome <strong>de</strong> quien a<strong>de</strong>lante se<br />

dira. 68 De un Pedro Lopes Mariante se afirma que hiendosse alistar, y tiendo perguntado<br />

en que navio queria ir, respondio que el era buen marinero, buen piloto, y buen soldado,<br />

67 GUERREIRO. Jornada. p. 50.<br />

68 GUERREIRO. Jornada. p. 51. Trata-se do Capitão João Casado Jacome.<br />

49


y que segun esto <strong>de</strong>spuisessen <strong>de</strong> su persona en el navio, y oficio que ente<strong>de</strong>ssen que<br />

mas convenia al servicio <strong>de</strong> Su Magestad, <strong>de</strong>sta manera se alisto la gente para esta<br />

Armada sin ser necesario, bandos, persuaciones ni ex<strong>em</strong>plos. 69<br />

[Fl. 184] 70<br />

4. o Capitulo<br />

Como el principal intento <strong>de</strong>sta relasión sea la gloria <strong>de</strong> lo general y particular<br />

<strong>de</strong>ste Reino y <strong>em</strong>pezamos a nombrar las personas que llevaron los mas principales<br />

puestos <strong>de</strong>sta Armada, paresio que <strong>de</strong>viamos a la calidad y servicios <strong>de</strong> Don Antonio<br />

<strong>de</strong> Atay<strong>de</strong> (Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro y Capitan General perpetuo <strong>de</strong> la Real armada <strong>de</strong>sta<br />

corona) dar la razón <strong>de</strong> porque no fue en esta jornada exerciendo su oficio, y aunque<br />

para ello nos apart<strong>em</strong>os <strong>de</strong>l hilo <strong>de</strong> la historia ni por eso <strong>de</strong>ixar<strong>em</strong>os <strong>de</strong> bolver a ella a su<br />

ti<strong>em</strong>po.<br />

Governava la Real armada <strong>de</strong>sta corona Don Antonio <strong>de</strong> Atay<strong>de</strong> como Capitan<br />

General que es <strong>de</strong>lla aviendo grangeado el oficio por muchos, y mui caleficados<br />

servicios en el discurso <strong>de</strong> 40 anos, en las galeras <strong>de</strong>l a<strong>de</strong>lantado, en las armadas <strong>de</strong>l<br />

Marques <strong>de</strong> Sancta Cruz, y en las <strong>de</strong> Portugal, y aviendo sido capitan mayor <strong>de</strong><br />

Armadas <strong>de</strong> la Costa y <strong>de</strong> la India [Fl. 184v] si<strong>em</strong>pre con felicisimos y <strong>em</strong>bidiados<br />

sucesos, <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> nombrado por capitan General <strong>de</strong> la Armada Real <strong>de</strong>ste Reino fue<br />

el primer servicio que hiso a la corona averiguar la competencia <strong>de</strong> los estandartes y<br />

fueron los suyos los primeros q estuvieron sueltos en el puerto <strong>de</strong> Lisboa por las dudas<br />

que en ello avia con la corona <strong>de</strong> Castilla con lo qual creció el ofisio en gran<strong>de</strong>s<br />

preh<strong>em</strong>inencias que hoy tiene para que a su capitania se abatiessen como se hase todos<br />

los estandartes <strong>de</strong> todas las armadas <strong>de</strong> España como no sea <strong>de</strong> la Real <strong>de</strong> Castilla<br />

capitania o Almiranta, el año <strong>de</strong> 618 que fue el primero que salio por general truxo a su<br />

or<strong>de</strong>n en el Estrecho <strong>de</strong> Gibraltar las dos Armadas sus <strong>de</strong> Portugal, y Castilla, por or<strong>de</strong>n<br />

<strong>de</strong> Su Magestad dio guarda a todas flotas, truxo <strong>de</strong> presa un navio ingles, y otro olan<strong>de</strong>s.<br />

En el <strong>de</strong> 619 y 620, que anduvo en nuestros mares recojido, las flotas y naos, y traxo<br />

presas y <strong>de</strong> turcos, <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> haser huir a rienda suelta Tabac Arraes General <strong>de</strong>l<br />

Turco 71 a quien siguio el alcansse tres dias estando en el postrero los turcos con<br />

señalada ventaja [Fl. 185] ya estos sucesos avian criados malos humores a los mal<br />

afectos y a los <strong>em</strong>bidiosos cuando el año <strong>de</strong> 621 sucedio la perdida <strong>de</strong> la nao Nuestra<br />

Señora <strong>de</strong> la Concepción que los turcos qu<strong>em</strong>aron a vista <strong>de</strong> la Ericeira, sin que la<br />

armada que en aquel dia estava <strong>de</strong> alli a quinse leguas y con la punta <strong>de</strong> la Rocha en<br />

medio y executando or<strong>de</strong>nes <strong>de</strong>l govierno supiesse <strong>de</strong> la pelea ni da perdida, como<br />

<strong>de</strong>spues se provo largamiente, <strong>de</strong>sto se intento haser cargo a Don Antonio sin mas otro<br />

fundamento publico que el <strong>de</strong> averse le <strong>em</strong>biado aviso con un barco por un barquero<br />

que juro en la pesquisa que no avia osado llegar a la armada <strong>de</strong> miedo <strong>de</strong> enmararsse y<br />

69 Ib<strong>de</strong>m. p. 51.<br />

70 O Capítulo 4, originalmente, foi escrito no fim da Relação. Para posicionar o texto na or<strong>de</strong>m correta foi<br />

necessário passar da folha 169v para a folhas 184 a 185v e <strong>de</strong>pois retonar para a folha 170.<br />

71 Sobre a <strong>de</strong>rrota da nau Conceição <strong>em</strong> 1621, ver: QUINTELLA, Ignacio da Costa. Annaes da marinha<br />

portugueza. Lisboa: Typografia Real das Sciencias, 1839. p.195-.202. O General turco Tabac Arrais <strong>de</strong>u<br />

muito trabalho aos navios ibéricos na primeira meta<strong>de</strong> do século XVII. Junto com Suleiman, atacaram<br />

Lanzarote <strong>em</strong> 1618, com 37 navios, 4000 soldados e marinheiros. Saíram <strong>de</strong> Argel a 6 <strong>de</strong> Abril e<br />

avistaram as Canárias a 30 do mesmo mês. Des<strong>em</strong>barcaram 3 mil homens perto do porto <strong>de</strong> Arrecife a 1<br />

<strong>de</strong> Maio. A capital, Teguise, foi saqueada e incendiada, as imagens religiosas foram quebradas. Os<br />

habitantes fugiram, alguns para Fuerteventura <strong>de</strong> barco e cerca <strong>de</strong> mil refugiaram-se <strong>de</strong>ntro da gruta <strong>de</strong><br />

Los Ver<strong>de</strong>s Arraes encontrou a entrada <strong>de</strong>sta gruta graças a um colaborador chamado Francisco Amado,<br />

levando 900 cativos para Argel.<br />

50


se pusiera a pescar vesugos, 72 ni uvo persona que dixese que le avia avisado, no basto<br />

esta averiguación echa primero que la Armada llegasse a Lisboa ni la bos <strong>de</strong> dos mil<br />

hombres que en ella venian para que no se procediesse con la acusación, y como las mas<br />

veces suce<strong>de</strong> que los ministros a que se comete una diligencia <strong>de</strong>stas jusgara discredito<br />

suyo la inossencia <strong>de</strong>l sindicato y tratan por lo menos <strong>de</strong> enlodalle, el que hiso esta<br />

información busco para testigos <strong>de</strong> lo que avia pasado en la mar canteros y arrieros <strong>de</strong><br />

la Villa <strong>de</strong> Cascais y aun así no hallo cosa contra D. Antonio, y <strong>de</strong> toda la armada no<br />

[Fl. 185v] llamo persona alguna como todo consta <strong>de</strong>l proceso fiado pues D. Antonio <strong>de</strong><br />

su verdad, sin aver visto <strong>de</strong> cosa alguna <strong>de</strong> la pesquisa, pidio a Su Magestad mandasse<br />

ver la causa por juezes soldados, hisose para ello una junta, en que entraron D. Manuel<br />

<strong>de</strong> Castelblanco Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vila Nueva <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Su Magestad, y que lo<br />

fue en el supr<strong>em</strong>o <strong>de</strong> Madrid, y Don Jeronimo Coutinho, que avia navegado muchos<br />

anos y era tambien <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Estado, y tres oydores <strong>de</strong> diferentes tribunales; no se<br />

hallo culpa al General, fueron los votos a Madrid, hisose otra junta, <strong>de</strong> consejeros <strong>de</strong><br />

guerra <strong>de</strong> Castilla y los <strong>de</strong>l Consejo <strong>de</strong> Portugal, tampoco hallaron culpa al General,<br />

pero viendo que por ser Cavallero <strong>de</strong>l habito <strong>de</strong> Christo no podian ni absolver, ni<br />

con<strong>de</strong>nar, r<strong>em</strong>itieron el proceso al Consejo <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> Portugal en esta ciudad,<br />

asistiendo contra D. Antonio el fiscal <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nes, y otros dos fiscales que fueron los<br />

procuradores <strong>de</strong> hasienda y <strong>de</strong> la corona Real, que todos vinieron con sus accusasiones,<br />

presento D. Antonio en su <strong>de</strong>scarga, ochenta testigos, <strong>de</strong> los mas principales <strong>de</strong> toda la<br />

Armada capitanes, y cavalleros y oficiales <strong>de</strong> mar y guerra, or<strong>de</strong>nes <strong>de</strong> los<br />

Gobernadores <strong>de</strong>ste Reino y instrucciones <strong>de</strong> Su Magestad con que se apuro <strong>de</strong> manera<br />

la [Fl. 170] inocencia <strong>de</strong> D. Antonio, que le dieron por libre en las dos instancias, con<br />

tan honrada sentencias que quedo por ellas restituido a su oficio y <strong>em</strong>peñado Su<br />

Magestad en la restituición <strong>de</strong> la honra <strong>de</strong> D. Antonio a que Su Magestad acudio por su<br />

gran<strong>de</strong>sa con <strong>de</strong>monstraciones gran<strong>de</strong>s, siendo la principal que en llegando las<br />

sentencias, a las Reales manos <strong>de</strong> Su Magestad, y constando por ellas <strong>de</strong> su justificación<br />

mando Su Magestad perguntar a D. Antonio se bastava para satisfación <strong>de</strong> los trabajos<br />

pa<strong>de</strong>cidos que Su Magestad le mandasse cubrir con el titulo <strong>de</strong> con<strong>de</strong> <strong>de</strong> un lugar suyo,<br />

sin que para esto se pasasien mas <strong>de</strong> tres dias <strong>de</strong> pretención hisose mas merced a D.<br />

Antonio <strong>de</strong> la futura succeción <strong>de</strong> una encomienda <strong>de</strong> su or<strong>de</strong>n que vale 3 mil cruzados<br />

y que pue<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r una fortalesa <strong>de</strong> la India que tenia, que vale 20 mil y una calongia<br />

<strong>de</strong>l patronasgo para un hijo, felices ti<strong>em</strong>pos en que halla en la mano real, la inossencia<br />

arrimo, satisfacción los trabajos y pr<strong>em</strong>io los servicios. *<br />

NM: * aqui ha <strong>de</strong> aver algum ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> principes comparativo.<br />

5. o Capitulo<br />

No avian llegado a este fin que diximos las cosas <strong>de</strong> Antonio <strong>de</strong> Atay<strong>de</strong> Capitan<br />

General <strong>de</strong> la armada Real <strong>de</strong>sta corona cuando se apresto, y partio la <strong>de</strong> la restauración<br />

<strong>de</strong> la Bahia y servia el oficio con titulo <strong>de</strong> Governador <strong>de</strong> la Armada, Don Manuel <strong>de</strong><br />

Meneses persona <strong>de</strong> la calidad y servicios que es notoria, y esta fue la causa porque no<br />

fue D. Antonio, en esta Jornada y fue por general <strong>de</strong>lla armada <strong>de</strong>sta corona D. Manuel<br />

<strong>de</strong> [Fl. 170v] Meneses a quien para esta ocasión se dio titulo <strong>de</strong> General Del Socorro, y<br />

Restauración <strong>de</strong> la Bahia. Juan Tello <strong>de</strong> Meneses, hijo <strong>de</strong>l Ganeral D. Manuel Capitan<br />

<strong>de</strong> Infanteria fue por Almirante D. Francisco <strong>de</strong> Almeida, que lo es en propriedad <strong>de</strong> la<br />

Armada Real <strong>de</strong>ste Reino ya Maese <strong>de</strong> Campo <strong>de</strong>l tercio <strong>de</strong>lla y aviendo acompanhado<br />

72 Espécie <strong>de</strong> peixe.<br />

51


a su General en las calumnias, tuvo el mismo suceso en apurar su honra, y porque por el<br />

oficio <strong>de</strong> Almirante General que le tocava el govierno <strong>de</strong> la armada en ausencia <strong>de</strong>l<br />

General, y se avia dado en la armada <strong>de</strong>l verano <strong>de</strong> 624 a D. Manuel <strong>de</strong> Meneses como<br />

se ha dicho, <strong>de</strong>xo D. Francisco <strong>de</strong> <strong>em</strong>barcasse y <strong>de</strong> exercer su oficio, y estando sentido<br />

<strong>de</strong>sto en Madrid tanto que se oferesio esta ocasión <strong>de</strong>sistio <strong>de</strong> todas las competencias y<br />

vino a servir su oficio y sirvio <strong>de</strong> manera que justamiente pue<strong>de</strong> llamar dichosos los<br />

trabajos que paso en esta jornada por la gloria que <strong>de</strong>lla ha sacado.<br />

Fue por Maese <strong>de</strong> Campo <strong>de</strong> otro tercio Antonio Monis Barreto, cavallero <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s meritos y servicios <strong>de</strong> muchos anos en Africa y en las armadas <strong>de</strong> entrambas<br />

coronas. D. Antonio <strong>de</strong> Meneses hijo unico <strong>de</strong> D. Carlos <strong>de</strong> Noroña [Fl. 171] Don<br />

Rodrigo Lobo, cavallero mayor <strong>de</strong> edad, y <strong>de</strong> muchos servicios y que ya governo<br />

Armadas <strong>de</strong>sta corona fue por Capitan <strong>de</strong> un Galeon. Tristan <strong>de</strong> Mendonça Hurtado <strong>de</strong><br />

quien atras diximos, que si viera con un navio a su costa, fue por Capitan Mayor <strong>de</strong> la<br />

escoadra <strong>de</strong> Entreduero y Miño. Constantino <strong>de</strong> Mello Pereira, Capitan <strong>de</strong> Infanteria <strong>de</strong><br />

la Armada Real <strong>de</strong>ste Reino; Lancarote <strong>de</strong> França <strong>de</strong> Mendonça fue por Capitan <strong>de</strong> un<br />

navio. Manuel Dias <strong>de</strong> Andrada que vive en la Isla <strong>de</strong> la Ma<strong>de</strong>ra y vino a preten<strong>de</strong>r<br />

satisfacción <strong>de</strong> servicios, cuando pudiera querer bolverse a su casa, quiso haser mas<br />

largo el camino, fue capitan <strong>de</strong> un navio. Rui Barreto <strong>de</strong> Moura persona que ni le<br />

<strong>em</strong>bota la espada la aplicación <strong>de</strong> los libros, ni en ellos cria polilla el servicio <strong>de</strong> las<br />

armas que <strong>de</strong> lo uno y <strong>de</strong> lo otro sabe dar la cuenta que se <strong>de</strong>ve a su calidad, fue por<br />

Capitan <strong>de</strong> un navio. Christoval Cabral <strong>de</strong>l habito <strong>de</strong> San Juan hijo <strong>de</strong> Antonio Cabral<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargador do Pazo, que es lo [Fl. 171v] mismo que <strong>de</strong> Consejo <strong>de</strong> Camara <strong>de</strong><br />

Castilla, fue por Capitan <strong>de</strong> un navio. Gil <strong>de</strong> Afonseca Capitan <strong>de</strong> un navio, Gonçalo<br />

Lobo Barreto Capitan <strong>de</strong> un navio, Domingos da Camara Capitan <strong>de</strong> un navio, Diego<br />

Ferreira Capitan <strong>de</strong> un navio, Grogorio Soares Capitan <strong>de</strong> un navio, Domingos Varejão<br />

Capitan <strong>de</strong> un navio, Benito do Rego Barbosa Capitan <strong>de</strong> un navio, Juan Casado Jacome<br />

Capitan <strong>de</strong> un navio, Sebastian Marques Capitan <strong>de</strong> una caravela, Manuel Pallares<br />

Lobato Capitan <strong>de</strong> una caravela, Roque <strong>de</strong> Monterey Capitan <strong>de</strong> una caravela, Cosme <strong>de</strong><br />

Couto Capitan <strong>de</strong> una caravela, Gonçalo <strong>de</strong> Sousa, D. Alvaro <strong>de</strong> Abranches, D. Sancho<br />

<strong>de</strong> Faro.<br />

[Fl. 172]<br />

6. o Capitulo<br />

Previnianse las cosas mientras que navegava la armada (en guarda <strong>de</strong> las naos)<br />

para que fuesse <strong>de</strong>spues menor la dilación por el cuidado con que Su Magestad estava,<br />

por nessesidad que lo requeria y por el zelo con que los ministros mayores y menores<br />

aposta servian en este apresto, en que se <strong>de</strong>ve el primer lugar entre todos al Con<strong>de</strong><br />

Gobernador Don Diego <strong>de</strong> Silva, sobre cuyos hombros cargo el mayor trabajo <strong>de</strong>l<br />

cuidado y <strong>de</strong> la asistencia corporal.<br />

Y por que mientras no se executava el mayor r<strong>em</strong>edio no faltasse por lo menos<br />

consuelo a los <strong>de</strong> la Baya que a vista <strong>de</strong>l en<strong>em</strong>igo estavan sustentando la guerra, y<br />

supiessen que no por <strong>de</strong>scuido o <strong>de</strong> ración, les tardava lo que esperavan y lo que<br />

<strong>de</strong>seavan parecio conveniente les fuessen <strong>de</strong>spachado caravelas que fuessen llevando<br />

alguna gente que ayudasse a los <strong>de</strong>l arrabal y con las esperanzas <strong>de</strong> socorro les<br />

entretuviesse mientras que no llegaua el principal r<strong>em</strong>edio, por que la tardanza no<br />

hiziese <strong>de</strong>sistir <strong>de</strong> la inquietud que se dava el en<strong>em</strong>igo y como lo mejor <strong>de</strong>stas<br />

resoluciones consiste en la brevedad, tiene primores <strong>de</strong> mejor socorro el que llega mas a<br />

52


ti<strong>em</strong>po, y mientras que no llega el mayor basta para animar al que espera la sertificación<br />

<strong>de</strong> que no le faltara, fue asertadisimo acuerdo el <strong>de</strong> ir <strong>de</strong>spachando estas caravelas como<br />

[Fl. 172v] se hiso y partieron las primeras dos a ocho <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 624, la una se<br />

llamava San Juan y llevava ochenta soldados <strong>de</strong> que fue por Capitan Pedro Ca<strong>de</strong>na,<br />

persona <strong>de</strong> valor y <strong>de</strong> noticia <strong>de</strong> aquellas partes.<br />

La otra se llamava Nuestra Señora <strong>de</strong>l Rosario <strong>de</strong> que fue por Capitan Francisco<br />

Gomes <strong>de</strong> Mello, tambien persona <strong>de</strong> servicios y que sabia aquellas partes, llevava 40<br />

soldados. 73 Y en estas dos caravellas se <strong>em</strong>biaron aquellas municiones que van<br />

pequeños baretes, (y que solo iuan como <strong>de</strong> aviso) podian comodamiente llevar.<br />

Partieron estas caravelas con or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> que fuessen <strong>de</strong>rechos a Pernambuco<br />

don<strong>de</strong> fueron recividas con aquel alborozo que se <strong>de</strong>via a la nessesidad que avia en todo<br />

aquel estado <strong>de</strong>l Brasil y a la sertidumbre <strong>de</strong> lo que tras las nuevas q llevavan se podia<br />

esperar, y así se hizieron <strong>de</strong>monstraciones <strong>de</strong> gran regosijo en todo aquel lugar con<br />

Francisco Gomes <strong>de</strong> Mello que fue al que llego [Fl. 173] primero en los postreros dias<br />

<strong>de</strong> Septi<strong>em</strong>bre. Tanto pue<strong>de</strong> la nessecidad tanto la esperanza que una caravela anima lo<br />

que para socorrer no bastavan muchos galeones, <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plo sirva esto en casos<br />

s<strong>em</strong>ejantes que adon<strong>de</strong> no se pudiere <strong>em</strong>biar luego socorro se <strong>em</strong>bien avisos y<br />

esperanzas <strong>de</strong> que ira a su ti<strong>em</strong>po.<br />

Añadir a lo inventado es mas facil que discurrillo, parecio bien el <strong>de</strong>spacho<br />

<strong>de</strong>stas dos caravelas, siguiose luego la duda <strong>de</strong> la contingencia <strong>de</strong>l suceso <strong>de</strong> dos<br />

mariposas expuestas, a una ola que las sosobre, a un soplo que las trabuque, y a una bala<br />

que las <strong>de</strong>scarga, pues qualquiera <strong>de</strong>stas cosas bastava, a no enseñarnos Dios por el<br />

suceso <strong>de</strong> toda esta <strong>em</strong>presa que cuando para las operaciones se <strong>em</strong>piezan el, los fines<br />

son milagros, paresiendo pues que las caravelas podian no llegar, y aunque llegassen,<br />

era bien ir continuando avisos y socorros, se <strong>em</strong>biaron otras tres caravelas, y en ellas<br />

Don Francisco <strong>de</strong> Mora, Cavallero <strong>de</strong> gran satisfación y <strong>de</strong>l valor y diligencia que se<br />

requeria para que fuesse a ser Capitan Mayor <strong>de</strong> la gente que estava junta en el arrabal<br />

<strong>de</strong> la ciudad.<br />

Partieron estas caravelas a 7 <strong>de</strong> septi<strong>em</strong>bre <strong>de</strong> 624, 29 dias <strong>de</strong>spues que las<br />

primeras. En la una que llamava [Fl. 173v] Nuestra Señora <strong>de</strong>l Buen Viag<strong>em</strong>, que iua el<br />

Capitan Mayor D. Francisco <strong>de</strong> Mora, y lleuava 70 soldados. En la caravela San<br />

Antonio iua por Capitan Jeronimo Serrão, persona <strong>de</strong> gran confianza y señalado valor,<br />

llevava 40 soldados. En la caravela Spiritu Santo, iua por Capitan Francisco Pereira<br />

Vargas, persona tambien <strong>de</strong> servicios y meritos llevava 40 soldados. Y en todas tres<br />

iuan las municiones que sus tamaños sufrian, a saber.<br />

D<strong>em</strong>as <strong>de</strong>sto se acudio a Angola y al Rio <strong>de</strong> Janeiro con gente y municiones,<br />

mui atinado acuerdo no <strong>em</strong>plear tanto en el cuidado <strong>de</strong> una plaza que, por no cuidar <strong>de</strong><br />

las <strong>de</strong>mas, se pierdan otras o se arriesguen.<br />

Llego Don Francisco a Pernambuco y <strong>de</strong> alli en <strong>em</strong>barcaciones <strong>de</strong> la tierra se fue<br />

a la Bahia y <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barco en la Torre que llaman <strong>de</strong> Garcia <strong>de</strong> Avila don<strong>de</strong> se fue juntar<br />

con los <strong>de</strong>l arrabal, que estava governando Francisco Nunes Marinho [Fl. 174] <strong>de</strong> Saa<br />

que succedio al Obispo D. Marcos Teixeira, por provisión <strong>de</strong> Mathias <strong>de</strong> Albuquerque.<br />

73 GUERREIRO. Jornada. p. 32-33 e MENEZES, A Recuperação. In: RIHGB Tomo22. p. 367.<br />

53


7. o Capitulo<br />

Estava esta gente junta serca <strong>de</strong> la ciudad don<strong>de</strong> el en<strong>em</strong>igo no osava a salir por<br />

el daño que recivia cuando lo intentava, sin que le valiesse cortar el mato <strong>de</strong> junto a la<br />

ciudad por que la buena diligencia <strong>de</strong> los nuestros les puso en estado que echaron bando<br />

que pena <strong>de</strong> la vida no saliesse alguno fuera y eran los nuestros executores <strong>de</strong>ste vando<br />

por que no aventurava menos que la vida quien salia un paso <strong>de</strong> las murallas. Formava<br />

nuestra gente seis compañias <strong>de</strong> que eran capitanes, Lorenço <strong>de</strong> Brito, Lorenço<br />

Cavalgante <strong>de</strong> Albuquerque, Francisco <strong>de</strong> Barbuda, Belchior <strong>de</strong> Fonseca, Belchior<br />

Brandão, Diego <strong>de</strong> Silva, y en otras partes avia otros capitanes aunque con poca gente<br />

<strong>de</strong> cuyos nombres y echos se dira a<strong>de</strong>lante.<br />

Era su Capitan Mayor <strong>de</strong> todos, en los primeros dias, el oidor general, y por su<br />

vejes y achaques <strong>de</strong>jó el oficio y eligieron al Obispo Don Marcos Teixeira, que<br />

<strong>de</strong>poniendo su recogimiento, sin alterar su mo<strong>de</strong>stia, aseto el oficio y le sirvio, avista<br />

<strong>de</strong>l corral <strong>de</strong> sus ovejas, que habitavan lobos. 74 En ti<strong>em</strong>po <strong>de</strong>l Rey Don Alfonso,<br />

primero Rey <strong>de</strong>ste Reino, en el año <strong>de</strong> 1145, aviendo dado la ciudad <strong>de</strong> Leirea al Prior<br />

<strong>de</strong> Sancta Cruz <strong>de</strong> Coimbra Teotonio, hombre <strong>de</strong> sancta vida y ante el Rey persona <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> veneración, succedio que se la tomaron los moros y el prior sentido <strong>de</strong>l suceso<br />

tomo las Armas y fue a haser guerra a los moros con exersito suyo, y sitio y tomo la<br />

Villa <strong>de</strong> Arronches que en guerra justa, conta los infieles, en <strong>de</strong>fensa <strong>de</strong> la Iglesia justa<br />

cosa es que el Pastor haga <strong>de</strong>l cayado lanza o baston.<br />

[Fl. 174v]<br />

De socorro <strong>em</strong>bio a Italia el Rey Don Alfonso el quarto <strong>de</strong> Portugal al Obispo <strong>de</strong><br />

Evora Don Garcia <strong>de</strong> Meneses, Generales <strong>de</strong>l pueblo <strong>de</strong> Dios eran los patriarcas y<br />

sacerdotes y a los angeles mando Dios a la tierra a ser soldados en causas que tocavan a<br />

su pueblo no lo era menos esta don<strong>de</strong> las Iglesias que hospedaron tantas veses a su<br />

divina magestad estavan echas cavallerizas. 75<br />

Llevanto pues el consagrado General su estandate con la insignia <strong>de</strong> la Cruz a<br />

cuya vista quien aunque repare en sufrir trabajos ni <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> morir por un Dios que os<br />

dio primero su vida, que los diesse la vuestra, pues ya en lo presente <strong>de</strong> su eternidad la<br />

estava oferesiendo al rescate <strong>de</strong>l que no estava criado.<br />

Trato en primer lugar el Obispo <strong>de</strong> impedir que no uvisse trato alguno con el<br />

en<strong>em</strong>igo, y por que se consiguiesse mando que ni se lavrasse azúcar ni tabaco, alojo su<br />

campi una legua <strong>de</strong> la ciudad, junto al Rio Vermejo, tenia 1400 soldados portugueses y<br />

250 <strong>de</strong> los indios <strong>de</strong> la tierra, fortificose con cavas y trincheras, y por que su ex<strong>em</strong>plo<br />

obligase a los soldados fue el primero que tomo la azada, puso en torno a trechos seis<br />

piezas <strong>de</strong> artilleria, seis roqueras, tres falconetes <strong>de</strong> bronse, que todo avia sacado <strong>de</strong> un<br />

navio portugues que apesar <strong>de</strong>l en<strong>em</strong>igo [Fl. 175] entro por medio <strong>de</strong> su armada y paso<br />

arrecojerre por un rio arriba.<br />

74<br />

GUERREIRO. Jornada. p. 69-70. Parágrafos extraídos da Jornada <strong>de</strong> Bartolomeu Guerreiro, como<br />

<strong>de</strong>monstra a exepressão “velhice e achaques”.<br />

75<br />

GUERREIRO. Jornada. p. 71. A referência a D. Garcia <strong>de</strong> Meneses existe na obra <strong>de</strong> Guerreiro, a do<br />

Prior <strong>de</strong> Santa Cruz <strong>de</strong> Coimbra não proce<strong>de</strong> na mesma.<br />

54


Y por que se justifique que no fue covardia el suceso <strong>de</strong> la perdida <strong>de</strong>sta ciudad<br />

si no solo <strong>de</strong>sacuerdo <strong>de</strong> gente que no estava aversada a guerras, y dislumbrados <strong>de</strong><br />

sobresalto <strong>de</strong> tan po<strong>de</strong>rosa armada en parte tan sin <strong>de</strong>fensa ni reparo, dir<strong>em</strong>os algo <strong>de</strong> lo<br />

que esta misma gente hiso cuando trataron <strong>de</strong> resistir al en<strong>em</strong>igo y lo hizieron <strong>de</strong><br />

manera que era un año que los olan<strong>de</strong>ses estuvieron en posesión <strong>de</strong> aquella ciudad, no<br />

uvo encuentro en que no llevasen los nuestros la victoria.<br />

No <strong>de</strong>ixando para otro lugar tan gloriosa <strong>de</strong>terminación como fue la <strong>de</strong>l Prior <strong>de</strong><br />

San Benito y dos Religiosos que se resolvieron aquedar en el convento, sin reparar en el<br />

evi<strong>de</strong>nte peligro a que se oponian, fue Nuestro Señor servido <strong>de</strong> guardarlles la vida, y lo<br />

sera reponelles en libertad <strong>de</strong>l cautiverio <strong>de</strong> Olanda, on<strong>de</strong> todavia estan. 76<br />

Pasados cinco dias <strong>de</strong> la miserable perdida provaron a salir <strong>de</strong> la ciudad cuarenta<br />

olan<strong>de</strong>ses, con guia <strong>de</strong> la tierra, con intento <strong>de</strong> llegar a una granga 77 <strong>de</strong> los padres<br />

Teatinos 78 don<strong>de</strong> estava recogida la plata <strong>de</strong>l culto divino, salieron los nuestros a ellos<br />

con algunos esclavos <strong>de</strong> los padres y bolvio el en<strong>em</strong>igo a entrar en la ciudad con muerte<br />

<strong>de</strong> algunos que luego quedaron en el campo muchos heridos que murieron en la ciudad<br />

y todos hayendo.<br />

NM: aqui se pora o caso do fra<strong>de</strong> que matou o olan<strong>de</strong>s. 79<br />

Igual suceso tuvieron cuando en quince <strong>de</strong> julio salio el coronel Juan Dort. O<br />

con el orgullo <strong>de</strong> vencedor, o que le obligassen los muchos que bolvian quejosos, salio<br />

le al encuentro el Capitan Francisco <strong>de</strong> Padilla, que matandole el cavallo, y viniendo<br />

entrambos [Fl. 175v] a poner manos a las espadas fue reñida la contienda y puesto el<br />

suceso en gran suspensión por que cada uno hallo resistencia en su contrario tal que si<br />

no le hasia faltar a la batalla, hasia dudar a entrambos <strong>de</strong> la victoria, pero a poco espacio<br />

se <strong>de</strong>claro por nuestro Capitan Padilla, que mato al coronel Juan Dort, y no satisfecho<br />

siguio tras los que le acompañavan, con su gente y fueron matando y hiriendo hasta las<br />

puertas <strong>de</strong> la ciudad.<br />

Con la ocasión <strong>de</strong>sta muerte elegieron los olan<strong>de</strong>ses por su coronel a un capitan<br />

suyo llamado Alberto Scolt, que por vengar la muerte <strong>de</strong> su antecesor hiso que saliessen<br />

por otra parte algunos olan<strong>de</strong>ses y encontandose con unos criados y esclavos <strong>de</strong> Antonio<br />

Cardoso <strong>de</strong> Barros, les hizieron bolver con mayor prisa y quedaron nueve muertos y tres<br />

cativos.<br />

En primero <strong>de</strong> Agosto tuvieron otro encuentro en que mataron y cautivaran los<br />

nuestros a muchos olan<strong>de</strong>ses, entre los cuales se tomo a las manos al capitan <strong>de</strong>l fuerte<br />

<strong>de</strong> Tapagipe, <strong>de</strong> que el nuevo Coronel mostro gran sentimiento, y lo tuvo por aguero<br />

que confirmo mas que junto ao Monasterio <strong>de</strong>l Carmen tuvo otro encuentro el Capitan<br />

76 O “Prior <strong>de</strong> São Bento” <strong>de</strong>ve ser, <strong>de</strong> fato, o Provincial Fr. Bernardino <strong>de</strong> Oliveira , companheiro <strong>de</strong> Fr.<br />

Paulo do Rosário. Ver: Biblioteca Publica <strong>de</strong> Évora. Códice CV / 3-17 . 179 (3.fls) ”Catálogo dos<br />

Prelados, e mais cargos da Província dos Monges do Brazil”. <strong>Documento</strong> s<strong>em</strong> autorou data, mas é<br />

anterior a 1739. fl. 179. Esta informação é inédita e não há notícia <strong>de</strong> beneditinos r<strong>em</strong>etidos para a<br />

Holanda, apenas <strong>de</strong> jesuítas. É afirmado, por um autor anônimo, que dois benditinos estavam com o<br />

Governador Mendonça Furtado quando este foi aprisionado. Ver: BRASIL Holandês: Dois Manuscritos.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: In<strong>de</strong>x, 1999. p 60.<br />

77 A Quinta dos Padres nos arredores <strong>de</strong> Salvador; atualmente Arquivo Público do Estado da Bahia.<br />

78 Aqui há um equívoco do autor. Não eram padres teatinos , mas jesuítas.<br />

79 Esta informação é inédita, mas o nome do religioso foi omitido.<br />

55


Manuel <strong>de</strong> Gonsales, en que mato ocho olan<strong>de</strong>ses y los <strong>de</strong>mas se recogieron con<br />

muchos heridos y paresiendo el sitio a proposito hizieron los nuestros una <strong>em</strong>boscada en<br />

24 <strong>de</strong> agosto para esperar al en<strong>em</strong>igo y siendo sentidos <strong>de</strong>l, salio una lusida campaña <strong>de</strong><br />

olan<strong>de</strong>ses con mucha mas gente ella sola q tenian las dos nuestras <strong>de</strong> la <strong>em</strong>boscada [Fl.<br />

176] <strong>de</strong> que eran capitanes Manuel Gonzales, y Luis Pereira <strong>de</strong> Aguiar. 80<br />

Empeñados los nuestros en el intento con que se avian apartado <strong>de</strong> sus<br />

compañeros y el en<strong>em</strong>igo sentido <strong>de</strong> los encuentros pasados procuro cada cual llevar la<br />

gloria <strong>de</strong>ste, no sin gran costa <strong>de</strong> sangre <strong>de</strong> entrambas partes y entrambas pudieran<br />

dudar <strong>de</strong>l suceso, si bien se conformaron unos y otros en procuralle cresciendo las<br />

dilegencias, y animando las fuerzas, era el partido tan <strong>de</strong>sigual que mas parecia que los<br />

dos capitanes nuestros porfiavan a qual moriria primero que no a quien primero<br />

<strong>de</strong>clararia por su parte la victoria gloriosa <strong>em</strong>ulación y en bidia honrosa, que en cada<br />

paso que el uno se mejorava, jusgava el otro, discredito suyo y así gañaron tantos que<br />

aviendo durado la batalla espacio gran<strong>de</strong> bolvieron la cara los en<strong>em</strong>igos con tal<br />

<strong>de</strong>sacuerdo que cada uno trato solo <strong>de</strong> salvar su vida, y repararse con la artilleria <strong>de</strong> la<br />

ciudad <strong>de</strong>baxo <strong>de</strong> cuyo amparo se recogieron <strong>de</strong>ixando entre otros muertos al sargento<br />

<strong>de</strong> la compañia y llevando muchos heridos, algunos <strong>de</strong> los quales murieron en la ciudad.<br />

Y a estos sucesos, parecian muchos a los olan<strong>de</strong>ses soberbios <strong>de</strong>l primer suceso<br />

y se <strong>de</strong>terminaron a castigallos o a competillos, para lo qual [Fl. 176v] salio <strong>de</strong> la ciudad<br />

un tropel <strong>de</strong> gente, tan soberbios y tan colericos, q se pudiera esperar mayor efeto <strong>de</strong> la<br />

saña que mostravan, mando el obispo que saliessen al encuentro coatro compañias<br />

cuyos capitanes eran Francisco <strong>de</strong> Padilla, Antonio <strong>de</strong> Morais, y Francisco Brandão y<br />

aunque la <strong>de</strong> los olan<strong>de</strong>ses era doblado numero <strong>de</strong> gente la nuestra no <strong>de</strong>jó por eso, <strong>de</strong><br />

salir a campo raso, Animo Padilla a sus tres compañeros porque los soldados viessen el<br />

animo y la <strong>de</strong>terminación <strong>de</strong> todos coatro, y no porque a alguno le faltasse el esfuerso y<br />

el acuerdo, que el apierto requeria, a las primeras vistas se sentieron en los dos campos<br />

balas y flechas contrarias y se <strong>em</strong>pezaran a ver los efetos <strong>de</strong>llas en los muchos que<br />

cahieron heridos, cargo la mayor fuerza sobre el capitan morais que valerosamiente<br />

resistio la furia, a que con igual valor ayudaron sus tres compañeros a costa <strong>de</strong> su sangre<br />

y <strong>de</strong> la <strong>de</strong> sus soldados bien pagada con la gloria <strong>de</strong>l suceso que por la disparidad <strong>de</strong> la<br />

gente fue <strong>de</strong> mayor estimación <strong>de</strong>clarose la victoria por nuestra gente, con [Fl. 177]<br />

muerte <strong>de</strong> 25 olan<strong>de</strong>ses y muchos heridos y <strong>de</strong> los nuestros solo seis personas, <strong>de</strong> que<br />

glorioso el Obispo y <strong>de</strong>seando con alguna <strong>de</strong>monstración publica pr<strong>em</strong>iar a los coatro<br />

capitanes, les armo cauvlleros como su Capitan Mayor que era en presencia <strong>de</strong> muchos<br />

a que las cer<strong>em</strong>onias <strong>de</strong>l acto provocavan aun mas al <strong>de</strong>seo <strong>de</strong> imitar los pasos que lo<br />

avian alcansado. 81<br />

Quedaron los olan<strong>de</strong>ses tan <strong>de</strong>sayrados <strong>de</strong>ste suceso que <strong>de</strong>terminaron no bolver<br />

a salir <strong>de</strong> sa ciudad tan presto y porque en todos los pasos hallavan estorvos, y les era<br />

forzoso buscar provimiento <strong>de</strong> algunas carnes acordaron ser el mas seguro r<strong>em</strong>edio<br />

pasar a la isla <strong>de</strong> Taparica que es en frente <strong>de</strong> la Bahia a buscallas, en los barcos y<br />

lanchas <strong>de</strong> los navios, <strong>de</strong> que avisados los capitanes Alonso Rois adorno 82 , y Pedro <strong>de</strong><br />

80 GUERREIRO. Jornada. p. 73 e MENEZES, A Recuperação. In: RIHGB Tomo22. p. 400. Até a grafia<br />

<strong>de</strong> Alberto Scolt, variável entre os diversos autores ibéricos, é idêntica a utilizada por Guerreiro.<br />

81 GUERREIRO. Jornada. p. 73. Deste combate, a 3 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1624, Guerreiro afirma que sairam<br />

mortos 45 holan<strong>de</strong>ses e não menciona mortos luso-brasílicos. Os números <strong>de</strong> apontados por Ataí<strong>de</strong><br />

parec<strong>em</strong> mais verossímeis.<br />

82 Afornso Rodrigues Adorno.<br />

56


Campos salieron a ellos que sin sospecha <strong>de</strong> tal suceso camiñavan seguros por la Isla, y<br />

dieron en ellos con tanto esfuerzo que a pesar suyo les hizieron <strong>em</strong>barcar metiendose<br />

por el agua hasta los pechos <strong>de</strong>ixando trese muertos [Fl. 177] en tierra y dos cativos,<br />

hun barco, y dos lanchas, la una con dos roqueras, y el barco con tres.<br />

Con estos felices sucesos governava su pueblo el Obispo D. Marcos Teixeira, ya<br />

exortando los soldados, ya orando por ellos, como General provocandoles a los riesgos<br />

que antevia como pastor encomendandole a Dios la guarda <strong>de</strong> sus ovejas y así acudia a<br />

estas dos obligaciones como si tratara solo <strong>de</strong> cada una <strong>de</strong>llas. Cuando llego Francisco<br />

Nuñes Marinho <strong>de</strong> Saa cavallero <strong>de</strong>l abito <strong>de</strong> Christo y persona <strong>de</strong> muchos años <strong>de</strong><br />

servicio <strong>de</strong> la India, nombrado por Mathias <strong>de</strong> Albuquerque por Capitan Mayor <strong>de</strong><br />

aquella gente por aliviar al Obispo <strong>de</strong>l continuo trabajo a que acudia, <strong>de</strong> que el Obispo<br />

resibio plaser no por aliviarse <strong>de</strong> la molestia mas por tener quien le ayudasse a trabajar<br />

mas, y así entregando el govierno a Francisco Nuñes lo quedo acompañado. 83<br />

Llegado el nuevo Capitan Mayor, mando haser otro camino para la ciudad, con<br />

lo qual se aserco mas gran trecho, sino por distancia, por camino mas <strong>de</strong>recho;<br />

continuando en los asaltos, y enquietud que se dava al inimigo con el cuidado, y<br />

vigilancia que se requeria, y fueron los primeros sucesos <strong>de</strong> su ti<strong>em</strong>po que el Capitan<br />

Manuel Gonçales, mato por vezes en el mes <strong>de</strong> Octubre diezeseis olan<strong>de</strong>ses: y siendo<br />

avisado que salia una compañia <strong>de</strong>l inimigo, a robar un engenio (llaman los molinos,<br />

que es don<strong>de</strong> se hase el asucar) acudio atarjales el paso, y encontrandosse con el inimigo<br />

[Fl. 178] venieron a las manos; procuravan los nuestros, estorvarles el camino,<br />

porfiavan ellos a continualle por fuerza, hasta que <strong>de</strong>sengañados ya, y <strong>de</strong>sanimados por<br />

la muerte <strong>de</strong>l Capitan se recogieron con perdida <strong>de</strong> muertos y heridos. 84<br />

El Capitan Padilla, o por mostrarsse airoso al nuevo Capitan Mayor, o porque los<br />

olan<strong>de</strong>ses se <strong>de</strong>sengañaser por una ves, y conociessen, que a no ser acaso no uvieron<br />

echo el efecto que hizieron en la ciudad, hiso un publico <strong>de</strong>safio pera dia señallado solo<br />

con su compañia, que asetada por los olan<strong>de</strong>ses, salieron 200 al campo, y una compañia<br />

<strong>de</strong> 100 negros. Eran los nuestros por todos 150 y aun así travaron la escaramuza que<br />

durando algun espacio en que si<strong>em</strong>pre el inimigo fue per<strong>de</strong>ndo tierra, hasta que<br />

reconociendo la ventaja, la <strong>de</strong>ixaron toda, recogiendosse a la ciudad con muerte <strong>de</strong><br />

quatro, y heridos mas <strong>de</strong> sincoenta.<br />

Por otra parte, dio algunos asaltos el capitan Lorenço <strong>de</strong> Brito Correa, Junto al<br />

Monasterio <strong>de</strong> San Benito, en que mato por veses 19 olan<strong>de</strong>ses.<br />

Y en dos <strong>de</strong> Octubre, junto a Villa Vieja, mato el Capitan Antonio <strong>de</strong> Morais 17<br />

olan<strong>de</strong>ses y ochenta negros <strong>de</strong> la tierra a que llaman Tapanunhos y cautivo un sargento.<br />

85<br />

A este ti<strong>em</strong>po que era en los postreros dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>si<strong>em</strong>bre llego a la Bahia Don<br />

Francisco <strong>de</strong> Mora, que <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barco en la Torre que llaman <strong>de</strong> Garcia <strong>de</strong> Avila, y se fue<br />

ajuntar con nuestra gente que Francisco [Fl. 178v] Nunes Mariño le entrego y Don<br />

Francisco <strong>de</strong>spues <strong>de</strong> averla tomado a su cargo, trato <strong>de</strong> fortificar los puestos que le<br />

paresieron mas a proposito y continuo con el cuidado y vigilancia que <strong>de</strong>l se esperava<br />

hasta que llego nuestra Armada cuyo feliz suceso se dira en su lugar.<br />

83 GUERREIRO. Jornada. p. 75.<br />

84 GUERREIRO. Jornada. p. 76.<br />

85 GUERREIRO. Jornada. p. 76-78. Os números indicados são idênticos aos <strong>de</strong> Guerreiro.<br />

57


Jornada athe o Cabo Ver<strong>de</strong> 86<br />

En este ti<strong>em</strong>po se dava en Portugal la mayor prisa por <strong>de</strong>spachar la armada <strong>de</strong>l<br />

socorro, a que Su Magestad (Dios le guar<strong>de</strong>) dava calor con cada ordinario y con<br />

muchos estraordinarios que solo a este fin se <strong>de</strong>spacharan, y aviendose antes entedido<br />

que la armada <strong>de</strong> Castilla estava mas a<strong>de</strong>lante en su apresto, mando Su Magestad que el<br />

General D. Fradique viniesse con ella a Lisboa juntarse con la nuestra, pero viendose<br />

que la diligencia avia excedido la limitación <strong>de</strong>l ti<strong>em</strong>po, mando Su Magestad que<br />

nuestra armada fuese ayuntarse con la <strong>de</strong> Castilla a Cadis, a cuya <strong>de</strong>terminación se<br />

representaron inconvenientes que bastaron a se variar y darse al General Don Manuel <strong>de</strong><br />

Meneses or<strong>de</strong>n que fuesse a las Islas <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>, don<strong>de</strong> esperasse por la Armada <strong>de</strong><br />

Castilla a que se avisaria que alli fuesse a buscalle con lo qual salio la Armada <strong>de</strong>l<br />

Puerto <strong>de</strong> Lisboa en viernes 22, <strong>de</strong> novi<strong>em</strong>bre <strong>de</strong> 624, aprestada en la forma que se vera<br />

en la [Fl. 179] Pauta siguiente que es copia <strong>de</strong> la original que se <strong>em</strong>bio a Su Magestad.<br />

Aqui se pora o mapa da Armada <strong>de</strong> Portugal 87<br />

Salio la Armada y sin encarecimiento se pue<strong>de</strong> afirmar que aun <strong>de</strong>jó mas en<br />

bidias que soleda<strong>de</strong>s, llevava tras solos ojos <strong>de</strong> todos, y llevava consigo las bendiciones<br />

y oraciones <strong>de</strong> todos, en el viento leste y alguna niebla fue causa que sin apartarse tanto<br />

perdiessen <strong>de</strong> vista la tierra a oras que se ponia el sol con la proa al sudueste. A 28 <strong>de</strong><br />

novi<strong>em</strong>bre, vieron las Islas <strong>de</strong> la Ma<strong>de</strong>ra y la Desierta y a 29 pasaron estas dos islas, a 6<br />

<strong>de</strong> dici<strong>em</strong>bre las Canarias, y a 10 se apartaron <strong>de</strong> la Armada el navio Charidad <strong>de</strong> que<br />

era Capitan Lançarote <strong>de</strong> Franca <strong>de</strong> Mendonça y hiso su jornada a Pernambuco don<strong>de</strong><br />

tuvo el suceso que a<strong>de</strong>lante se dira.<br />

NM: A Perdissão <strong>de</strong> Monis 88<br />

[Fl. 179]<br />

NM: Derrota <strong>de</strong> Lançarote e perdição <strong>de</strong> seu navio e como João <strong>de</strong> Melo foi por terra a<br />

Bahia. 89<br />

[Fl. 180]<br />

Capitulo 8 – Discurso e pauta da Armada <strong>de</strong> Castela que salio <strong>de</strong> Cadis a 14 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 625. 90<br />

[Fl. 180v]<br />

Capitulo 9 – Junta das armadas chegada a Bahia, fortificasão do en<strong>em</strong>igo, sitio que se<br />

pôs. 91<br />

86 No texto original, Ataí<strong>de</strong> apontou aqui o oitavo capítulo. Segundo o índice, este paraágrafo compõe<br />

ainda o capítulo sete, sendo o Discurso da Armada <strong>de</strong> Castela o oitavo.<br />

87 O mapa a que se reporta Jerônimo <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser idêntico ao que foi publicado na obra <strong>de</strong><br />

Guerreiro, da autoria <strong>de</strong> Benedictus Mealius: PHILIPPO AVGVSTO LVSITANO MONARCHAE AFRICO<br />

AETHIOPICO ARABICO PERSICO INDICO BRASILICO FELICITAS ET GLORIA.<br />

88 GUERREIRO. Jornada. p. 58.<br />

89 MENEZES, A Recuperação. In: RIHGB Tomo22. p. 529.<br />

90 O autor não escreveu este capítulo, mas a pauta da Armada <strong>de</strong> Castela está publicada <strong>em</strong> MENEZES,<br />

A Recuperação. In: RIHGB Tomo22. p. 406 a 409.<br />

58


Con cuidado y con trabajo pasava nuestra Armada en el Cabo Ver<strong>de</strong> aguardando<br />

la <strong>de</strong> Castilla, cuando en Domingo 22 <strong>de</strong> dici<strong>em</strong>bre llego una caravela con aviso <strong>de</strong> que<br />

era partido Don Fradique <strong>de</strong> Toledo, y aviendo le dado al General Don Manuel, paso a<br />

Pernambuco y <strong>de</strong> ahi a Bahia, y al miercoles siguiente se vio a la mar una nao gran<strong>de</strong><br />

que por aver reconosido la Armada, y no llegar a tierra se sopecho ser olan<strong>de</strong>sa <strong>de</strong> las<br />

que suelen 92 venir a la Isla <strong>de</strong>l Mayo a una salina que alli ay natural <strong>de</strong> excelentisima<br />

sal, que dio ocasión a que algunas personas y capitanes fuesse avella, y hallaron algunas<br />

carretas y una gran puente <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ra que venia hasta la Mar que se <strong>de</strong>cia ser para la<br />

carga <strong>de</strong> la sal se haser con mas comodidad en los navios, y a los capitanes paresio<br />

<strong>de</strong>shasello todo y la ma<strong>de</strong>ra echa rajas, se truxo para qu<strong>em</strong>arse duplicavanse los avisos<br />

<strong>de</strong> que D. Fradique se asercava y con cada uno avia nuevo alborozo por lo qque todos<br />

sentian que se les dilatasse a los unos la gloria <strong>de</strong> la victoria, y a los otros la <strong>de</strong> morir<br />

[Fl. 181] por alcanzalla y así fueron festejados los navios que davan estas nuevas, llego<br />

uno en 23 <strong>de</strong> enero <strong>de</strong> 625 y otro que vino <strong>de</strong> Sevilla con mercadurias.<br />

Domingo dos <strong>de</strong> ebrero, mando el General Don Manuel que saliesse en tierra la<br />

mitad <strong>de</strong> la infanteria <strong>de</strong> los navios, en una Isleta que tendra <strong>de</strong> sircuito poco mas <strong>de</strong><br />

media legua que esta junto a la Isla que llaman La Playa y se entretuvo aquel dia en esta<br />

muestra y ejercicio ya formando escoadron, ya divididos en trozos o mangas para que se<br />

ejercitase la jente, y lo mismo se hizo el miercoles siguiente con la otra mitad <strong>de</strong> la<br />

infanteria.<br />

Cuando en seis <strong>de</strong> febrero vino nueva por tierra <strong>de</strong> la vigia que se discubria una<br />

gruesa Armada, con cuyo alborozo no <strong>de</strong>jó <strong>de</strong> se discurrir que se podia ser en<strong>em</strong>iga, y<br />

así se <strong>de</strong>seava mas que fuesse sigun los animos estavan dispuestos a la venganza o al<br />

castigo <strong>de</strong>l estado <strong>de</strong> la Bahia, certifico las nuevas una caravela <strong>de</strong> nuestra Armada que<br />

andava aguardando a la <strong>de</strong> Castilla que en el mismo dia entro llena <strong>de</strong> gallar<strong>de</strong>tes en<br />

<strong>de</strong>monstración <strong>de</strong> que se asercava el plaso que tanto <strong>de</strong>seavan y a poco espacio se vio la<br />

capitana Real <strong>de</strong> Castilla que fue entrando con la <strong>de</strong>mas Armada que <strong>de</strong> la nuestra fue<br />

recivida [Fl. 181v] con todas las <strong>de</strong>monstraciones <strong>de</strong> regosijos y salvas <strong>de</strong> Artilleria que<br />

<strong>de</strong> una y otra parte así atestiguavan la union en que <strong>de</strong>spues se continuo la jornada que<br />

bien fue anuncio <strong>de</strong>l feliz suceso que tuvo. Juntaronse los capitanes para acompañar al<br />

General D. Manuel que en una chalupa se previnia a no dilatar mas el dar la bien venida<br />

al General Don Fradrique acompañado <strong>de</strong> muchos cavalleros, no le parecio a Don<br />

Fradique <strong>de</strong>ixarse vencer ni aun en cortesía que por recien llegado pudiera dispensar, y<br />

así sabiendo que venia el General Don Manuel se entro en outra chalupa y por entre los<br />

navios se fue a nostra Capitana, a ti<strong>em</strong>po que el General D. Manuel llegava tambien a la<br />

<strong>de</strong> Castilla, y sabiendo que se avian <strong>de</strong>sencontrado se bolvio a buscalle, y le hallo en la<br />

Real <strong>de</strong> Portugal don<strong>de</strong> y en todos los navios se hizieron gran<strong>de</strong>s salvas <strong>de</strong> artilleria, y<br />

con trompetas y clirimias, y otras <strong>de</strong>monstraciones <strong>de</strong> alegria salieron los dos Generales<br />

a ver las dos Armadas aunque ya las po<strong>de</strong>mos llamar una sola por la conformidad <strong>de</strong> los<br />

animos por ser los fines a que entrambas se dirigian una misma faccion, y por quedar<br />

<strong>de</strong>ste punto en a<strong>de</strong>lante todo a la or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> Don Fradique <strong>de</strong> Toledo General <strong>de</strong> la<br />

Armada <strong>de</strong> Castilla por ser así conveniente y nesesario que [Fl.182] juntandose dos<br />

Generales 93 para una misma facción este el uno a la or<strong>de</strong>n <strong>de</strong>l otro entendiendo or<strong>de</strong>n en<br />

91<br />

Esse capítulo foi escrito com fonte anônima, pois as informações apresentadas não constam <strong>em</strong> outros<br />

autores.<br />

92<br />

Port. Freqüent<strong>em</strong>ente.<br />

93<br />

MENEZES, A Recuperação. In: RIHGB Tomo22. p. 403-404. No texto da Jornada não consta o<br />

encontro <strong>de</strong> D. Fradique <strong>de</strong> Toledo e D. Manuel <strong>de</strong> Menezes<br />

59


lo comun <strong>de</strong> la <strong>de</strong>rrota que se a <strong>de</strong> tomar, surgir, sitiar, combatir, asetar partido a los<br />

rendidos, o canonear la fuerza hasta rendilla, o por asalto o por escala, que en lo <strong>de</strong>mas<br />

particular <strong>de</strong>l govierno <strong>de</strong> cada una <strong>de</strong> las armadas no paresse que se dilata a tanto la<br />

jurisdicción ni los Generales a cuyo cargo va la facción, <strong>de</strong>ven aten<strong>de</strong>r a esto por los<br />

inconvenientes que se <strong>de</strong>ixan consi<strong>de</strong>rar no siendo el menor, no disgustar al compañero<br />

que se dio aquella subordinación por aver <strong>de</strong> ser una sola la bos <strong>de</strong> lo que se dispone por<br />

que no suceda que se encuentren en los medios aunque en el intento estan conformes;<br />

así lo hiso el Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro, capitan General que lo es en propriedad <strong>de</strong> la Real<br />

Armada <strong>de</strong> Portugal, cuando el año <strong>de</strong> 618 tuvo a su or<strong>de</strong>n para la guarda <strong>de</strong>l Estrecho<br />

<strong>de</strong> Gibraltar la Armada Real <strong>de</strong> Castilla que estava a cargo <strong>de</strong>l Almirante Miguel <strong>de</strong><br />

Vidasaval, que en juntandose las dos Armadas, or<strong>de</strong>no al Almirante corriesse con su<br />

Armada la costa <strong>de</strong> España y el General tomo a su cuenta guardar la <strong>de</strong> berberia [Fl.<br />

182v] y anduvieron divididos hasta que el Almirante aviso con una caravela que<br />

enbocava el Estrecho una Armada <strong>de</strong> Olanda y por que po<strong>de</strong>ria ser la que en aquel<br />

mismo año avia <strong>de</strong>strozado (<strong>de</strong> que alcanzo una tan honrosa victoria como se sabe) le<br />

pedia viniesse ajuntarse con el para esperallos, cuio aviso el arbitrio pago el general con<br />

darse tal prisa que con sola su capitana llego a la Armada <strong>de</strong> Castilla y lo restante <strong>de</strong> la<br />

<strong>de</strong> Portugal fue llegando como pudo, sigun podia cada Galeon, y en las veses que se<br />

juntaron no uvo cosa <strong>de</strong> los que algunos piensan que adquieren jurisdicción en que el<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro quisiese disponer si no r<strong>em</strong>itillo todo al almirante.<br />

En esta conformidad trataron los dos generales <strong>de</strong> partise luego, en haziendo<br />

aguada la armada <strong>de</strong> Castilla, que se ejecuto con toda brevedad, <strong>de</strong> suerte que en martes<br />

<strong>de</strong> carnes tollendas 94 a onse <strong>de</strong> febrero aviendose ya dispuesto así el dia antes y estando<br />

todo apunto al amaneser se hizieron a la vela, viento a popa y ti<strong>em</strong>po claro y navegaron<br />

así hasta los 20 en que entraron las calmarias que duraron hasta los 26, en cuya noche<br />

uvo ti<strong>em</strong>po resio escuro con aguaseros truenos y relampagos que talves [Fl. 183] suele<br />

Dios dar ruin ti<strong>em</strong>po para r<strong>em</strong>edio como otras por castigo, y en esta noche se paso la<br />

que llaman Linea Equinoctial, imaginada pero conosida por sus efectos, otra ves<br />

bolvieron algunas calmarias que dio lugar a que los capitanes <strong>de</strong> los navios se<br />

socorriessen con agua los unos a los otros no reparando el que se hallaua con mas en la<br />

nesesidad que podia venir a pa<strong>de</strong>ser, por socorrer a la que <strong>de</strong> presente se le representava<br />

<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> qualquiera otro aunque <strong>de</strong> diferentes naciones bien es uerdad que la Armada<br />

<strong>de</strong> Portugal fue la que se hallo con mas agua y así pudo acudir a mas.<br />

En 12 <strong>de</strong> marzo rebento el masteleo gran<strong>de</strong> a la Capitana <strong>de</strong> Napoles que fue<br />

causa <strong>de</strong> que toda a Armada fue con menos paño esperado que se boluiesse arreparar, lo<br />

que echo siguieron su <strong>de</strong>rrota hasta que Jueves Santo, las entre ocho y 9 <strong>de</strong> la mañana,<br />

tuvieron vista <strong>de</strong> tierra <strong>de</strong> la Bahia, la Torre <strong>de</strong> Garcia <strong>de</strong> Avila que esta quasi dose<br />

leguas <strong>de</strong>lla don<strong>de</strong> luego que tuvieron vista <strong>de</strong> la Armada <strong>de</strong>spacharon aviso a la Bahia<br />

que llego por la tar<strong>de</strong> a ti<strong>em</strong>po que en nuestro campo se estava predicando el Sermon<br />

<strong>de</strong>l Mandado, fue gran<strong>de</strong> alborozo, gran<strong>de</strong>s las gracias que se dieron a Dios Nuestro<br />

Señor por la sertidumbre que les asegurava r<strong>em</strong>edio que llegava en dia que por el<br />

r<strong>em</strong>edio [Fl. 183v] <strong>de</strong>l hombre se vio puesto en una cruz, ya se davan los unos a los<br />

otros la nova buena <strong>de</strong>l socorro <strong>de</strong> la armada y en la Armada se davan las mismas<br />

gracias a Nuestro Señor y entre si los mismos parabienes, y vino llegando mas a tierra, y<br />

el viernes por la tar<strong>de</strong> tomaron la boca <strong>de</strong> la Barra <strong>de</strong> la Bahia que para principio <strong>de</strong> lo<br />

que a<strong>de</strong>lante se dira pareció <strong>de</strong>scrivir aqui en la planta que se sigue.<br />

94 Supressão da Carne; Quaresma.<br />

60


NM: aqui se ponha <strong>em</strong> ponto pequeno a boca da Barra da Bahia e a costa como corre a<br />

Bahia, e a armada na Boca da Barra.<br />

El Sabado Santo amanesio la Armada mas a <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> la barra esperando si <strong>de</strong><br />

nuestro campo venia algun aviso que no pudo ser por estar el en<strong>em</strong>igo señor <strong>de</strong> la mar,<br />

pero vino por la costa un nauio y tres barcos con gente <strong>de</strong> Pernambuco y los q se auian<br />

perdido en el navio Charidad que atras diximos, y dieron nuevas confusas <strong>de</strong> (...) 95<br />

95 Existia aqui uma folha frente e verso que fora arrancada do códice antes <strong>de</strong> se colocar a numeração das<br />

folhas.<br />

61


ANEXO IV<br />

A RELAÇÃO DO BISPO D. JUAN DE PALAFOX Y MENDONZA EM 1638<br />

O sítio imposto pelo Con<strong>de</strong> Nassau a Salvador <strong>em</strong> abril e maio <strong>de</strong> 1638,<br />

resultando na vitória das forças católicas, causou comoção pública <strong>em</strong> Portugal e na<br />

Espanha. Pela primeira vez os neerlan<strong>de</strong>ses foram <strong>de</strong>rrotados no seu processo <strong>de</strong><br />

conquista dos territórios ibéricos no Brasil, iniciado <strong>em</strong> 1630 com a invasão <strong>de</strong><br />

Pernambuco.<br />

Essa comoção causada pela vitória contra os neerlan<strong>de</strong>ses po<strong>de</strong> ser percebida<br />

pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> relatos, informes e correspondências que <strong>de</strong>screv<strong>em</strong> os quarenta<br />

dias que durou o Cerco <strong>de</strong> Nassau. Um <strong>de</strong>sses relatos, publicado <strong>em</strong> Madrid ainda no<br />

século XVII, passou <strong>de</strong>spercebido pelos historiadores das guerras neerlan<strong>de</strong>sas. Trata-se<br />

<strong>de</strong> dois capítulos escritos por Juan <strong>de</strong> Palafox y Mendoza (1600-1650). 96<br />

Nenhum dos catálogos <strong>de</strong> publicações referentes às guerras neerlan<strong>de</strong>sas aponta<br />

a existência <strong>de</strong>sse texto, a ex<strong>em</strong>plo do A Bibliographical and Historical Essay on the<br />

Dutch Books and Pamphlets Relating to New Netherland and to the Dutch West India<br />

Company and to its Possessions in Brazil and Angola, <strong>de</strong> G. M. Asher, professor <strong>de</strong><br />

direito romano da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Hei<strong>de</strong>lberg, que o publicou <strong>em</strong> Amsterdam <strong>em</strong> 1854.<br />

O livro <strong>de</strong> José Honório Rodrigues, Historiografia e Bibliografia do Domínio Holandês<br />

no Brasil, publicado o Rio <strong>de</strong> Janeiro <strong>em</strong> 1949, também não aponta a existência dos<br />

capítulos <strong>de</strong> Juan Palafox.<br />

A biografia <strong>de</strong> Juan <strong>de</strong> Palafox y Mendoza é bastante conhecida, mas cabe<br />

algumas observações. Palafox nasceu <strong>em</strong> Fitero (Navarra), filho <strong>de</strong> Dom Jaime Palafox,<br />

Marquês <strong>de</strong> Ariza. Estudou <strong>em</strong> Alcalá <strong>de</strong> Henares e <strong>em</strong> Salamanca. Em 1626 era<br />

<strong>de</strong>putado da nobreza nas cortes <strong>de</strong> Monzón e, pouco <strong>de</strong>pois, fiscal dos Conselhos <strong>de</strong><br />

Guerra e Índias, on<strong>de</strong> inciou sua vasta produção intelectual. 97 Foi or<strong>de</strong>nado sacerdote e<br />

96 PALAFOX Y MENDOZA, Juan <strong>de</strong>. Sitio, y socorro <strong>de</strong> Fuente-Rabia y sucessos <strong>de</strong>l año <strong>de</strong> treinta y<br />

ocho. la Imprenta <strong>de</strong> Catalina <strong>de</strong>l Barrio, 1639. 2. Ed. Sitio, y socorro <strong>de</strong> Fuente-Rabia y sucessos <strong>de</strong>l<br />

año <strong>de</strong> treinta y ocho. In: Obras <strong>de</strong>l Ilmo. Iuan <strong>de</strong> Palafox y Mendoza, Obispo <strong>de</strong> Osma. Tomo VI.<br />

Madrid: por Melchor Alegre, 1667. Esse texto teve terceira edição: Obras <strong>de</strong>l Ilustrissimo,<br />

Excelentissimo, y Venerable Siervo <strong>de</strong> Dios Don Juan <strong>de</strong> Palafox y Mendoza. Tomo X. Madrid: En la<br />

Imprenta <strong>de</strong> Don Gabriel Ramirez, 1762. Segundo Palau, a segunda edição das Obras <strong>de</strong> Palafox “es<br />

preferible por su belleza tipográfica y corrección”. Por essa rezão, o texto fac-símile aqui apresentado é<br />

o da edição <strong>de</strong> 1762.<br />

97 ROSENDE, Antonio Gonzalez <strong>de</strong>. Vida <strong>de</strong>l Ilustrissimo y Excelentissimo Señor don Juan <strong>de</strong> Palafox<br />

y Mendoza. Madrid: Imprenta <strong>de</strong> Don Gabriel Ramirez, 1762. p. 21 a 27. Dessa obras foram recolhidos<br />

os dados biográficos <strong>de</strong> Palafox.<br />

62


logo se tornou capelão <strong>de</strong> Maria Ana <strong>de</strong> Austria, irmã <strong>de</strong> Felipe IV, a qu<strong>em</strong><br />

acompanhou <strong>em</strong> diversas viagens pela Europa.<br />

Por seus serviços prestados, <strong>em</strong> 1639 foi apresentado <strong>em</strong> Madrid, por El Rey,<br />

como Bispo <strong>de</strong> Puebla <strong>de</strong> los Angeles, no Vice Reino <strong>de</strong> Nova Espanha. Foi confirmado<br />

pelo Papa Urbano VIII, a 27 <strong>de</strong> outubro daquele mesmo ano. A nomeação <strong>de</strong> Palafox<br />

para a diocese <strong>de</strong> Puebla também possuía objetivos políticos específicos, pois fora<br />

comissionado para investigar o Vice-rei <strong>de</strong> Nova Espanha Dom Diego López <strong>de</strong><br />

Pacheco Cabrera y Bobadilla, Duque <strong>de</strong> Escalona e Marquês <strong>de</strong> Villena, <strong>de</strong> cuja<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> Felipe IV levantava suspeitas. Palafox chegou, <strong>em</strong> segredo, na Cida<strong>de</strong> do<br />

México na noite <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1642 e or<strong>de</strong>nou que Pacheco Cabrera fosse preso,<br />

confinando-o no Convento <strong>de</strong> Churubusco, confiscando e arr<strong>em</strong>atando seus bens e, por<br />

fim, r<strong>em</strong>etendo-o a Espanha.<br />

Entre 10 <strong>de</strong> junho e 23 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1642, Juan <strong>de</strong> Palafox ocupou<br />

interinamente o cargo <strong>de</strong> Vice-rei <strong>de</strong> Nova Espanha. Neste curto período compôs<br />

or<strong>de</strong>nanças para a Universida<strong>de</strong>, a Audiência e os advogados, organizando 12 milícias<br />

para a <strong>de</strong>fesa do território, visto que t<strong>em</strong>ia que as revoluções <strong>de</strong> Portugal e da Catalunha<br />

se propagass<strong>em</strong> pela colônia. Por conta da Restauração <strong>de</strong> Portugal, expulsou todos os<br />

portugueses do Porto <strong>de</strong> Vera Cruz. 98<br />

Em Puebla fundou o convento <strong>de</strong> religiosas dominicanas <strong>de</strong> Santa Inês; redigiu<br />

as Constituições para o S<strong>em</strong>inário <strong>de</strong> San Juan e erigiu os colégios <strong>de</strong> San Pedro (para<br />

gramática, retórica e canto chão) e o <strong>de</strong> San Pablo (para graus acadêmicos), dotando-lhe<br />

com uma excelente biblioteca, atualmente chamada <strong>de</strong> Palafoxiana. Criou o colégio <strong>de</strong><br />

meninas <strong>de</strong>dicado a Purísima Concepción, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar parte dos seus esforços para<br />

concluir as obras da Sé Catedral, que consagrou a 18 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1649.<br />

Vacante a Sé Metropolitana por falecimento do Arcebispo Dom Feliciano <strong>de</strong><br />

Vega y Padilla (1641), o Cabido eclesiástico elegeu Palafox Arcebispo do México a 12<br />

<strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bre <strong>de</strong> 1643. Na <strong>de</strong>fesa da sua jurisdição episcopal entrou <strong>em</strong> atrito com<br />

religiosos regulares, principalmente com a Companhia <strong>de</strong> Jesus. Devido ao seu<br />

protagonismo nessas contendas, encontrou a hostilida<strong>de</strong> dos jesuitas (1645), motivando<br />

sua gran<strong>de</strong> aversão a esta Congregação. Em duas ocasiões (1647 e 1649) a representou,<br />

mediantes queixas formais, perante Inocêncio X. O Papa, sin <strong>em</strong>bargo, não aceitou as<br />

censuras apresentadas e tudo o que Palafox obteve foi um informe <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />

98 ROSENDE. Vida <strong>de</strong>l Ilustrissimo. p.550.<br />

63


1648 que instava os jesuitas a respeitar a jurisdição episcopal, mas 1653 os jesuítas<br />

conseguiram a transferência <strong>de</strong> Palafox para a España. No Reino foi nomeado Bispo <strong>de</strong><br />

Osma, on<strong>de</strong> morreu a 1 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1659, sendo sepultado na Capela do Venerável<br />

Palafox, projetada por Juan <strong>de</strong> Villanueva, <strong>em</strong> sua Sé Catedral.<br />

Palafox nunca foi ao Brasil e os dois capítulos intitulados Guerra <strong>em</strong> la parte <strong>de</strong>l<br />

Brasil são idênticos a um anônimo panfleto intitulado RELACION DE LA VITORIA<br />

QVE ALCANZARON LAS ARMAS Catolicas en la Baia <strong>de</strong> Todos Santos, contra<br />

Olan<strong>de</strong>ses, que fueron a sitiar aquella Plaça, en 14. <strong>de</strong> Iunio [sic] <strong>de</strong> 1638. Siendo<br />

Gouernador <strong>de</strong>l Estado <strong>de</strong>l Brasil Pedro <strong>de</strong> Silua. Impressa con licencia <strong>de</strong>l Real<br />

Consejo <strong>de</strong> Castilla, y conferida y ajustada en el Supr<strong>em</strong>o <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Portugal. 1638.<br />

O impressor foi Francisco Martinez, <strong>em</strong> Madrid, ainda <strong>em</strong> 1638. No ano seguinte, <strong>em</strong><br />

1639, a RELACION DE LA VITORIA foi novamente publicada com a autoria <strong>de</strong> Juan<br />

Palafox, dividida <strong>em</strong> dois capítulos, inclusa <strong>em</strong> uma obra maior intitulada Sitio, y<br />

socorro <strong>de</strong> Fuente-Rabia y sucessos <strong>de</strong>l año <strong>de</strong> treinta y ocho, na Imprenta <strong>de</strong> Catalina<br />

<strong>de</strong>l Barrio.<br />

Como explicar a gran<strong>de</strong> s<strong>em</strong>elhança entre os capítulos <strong>de</strong> Juan <strong>de</strong> Palafox<br />

publicados <strong>em</strong> 1639 e a Relación <strong>de</strong> 1638? Seria apenas um caso <strong>de</strong> plágio?<br />

Provavelmente, não! Na época <strong>em</strong> que a Relación foi publicada, Palafox ainda era um<br />

oficial do Consejo <strong>de</strong> Indias, local on<strong>de</strong> tramitavam consultas e informes oriundos do<br />

Ultramar ibérico, incluído o Brasil. Enquanto ocupava cargos no Consejo <strong>de</strong> Indias,<br />

Palafox redigiu seus primeiros <strong>de</strong> relevo político, que, segundo Rosen<strong>de</strong>, “estos papeles<br />

se imprimieron unos, se perdieron otros”. 99 A Relación <strong>de</strong>ve ser um <strong>de</strong>sses que se<br />

imprimiram sob anonimato. Não há dúvida, contudo, <strong>de</strong> que a Relación foi escrita por<br />

um oficial do Consejo <strong>de</strong> Indias, que <strong>de</strong>ve ter sido o próprio Palafox, para <strong>em</strong> seguida<br />

ser “conferida” com o Conselho Real e o Conselho <strong>de</strong> Portugal.<br />

Além disso, Francisco Martinez (1619-1645), que imprimiu a Relación 1641,<br />

editou também outros textos da autoria <strong>de</strong> Palafox. Da mesma imprensa foi publicado,<br />

<strong>em</strong> 1641, os Discursos espirituales <strong>de</strong>l Ilustrissimo Señor Don Iuan <strong>de</strong> Palafox y<br />

Mendoza recogidos por el R.P. Iuan Antonio Velazquez.<br />

O texto <strong>de</strong> Palafox diminuiu os el<strong>em</strong>entos nacionais <strong>em</strong> prol <strong>de</strong> uma “causa<br />

católica”. Não seriam portugueses, espanhóis e napolitanos que lutavam contra<br />

neerlan<strong>de</strong>ses; eram as forças católicas. Palafox afirma que a notícia <strong>de</strong> que o ataque <strong>de</strong><br />

99 ROSENDE. Vida <strong>de</strong>l Ilustrissimo. p.22.<br />

64


Nassau foi confirmado na noite <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> abril quando foram avistadas velas na altura <strong>de</strong><br />

Itapoã. Além disso, Palafox foi o primeiro a utilizar, segundo pu<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar, a<br />

expressão “Arrayal Viejo”, ou Arraial Velho. Trata-se do antigo Arraial do Rio<br />

Vermelho mandado construir pelo Bispo D. Marcos Teixeira <strong>de</strong> Mendonça, durante a<br />

Invasão <strong>de</strong> 1624. Isso ratifica o fato, <strong>de</strong>monstrado no primeiro capítulo <strong>de</strong>sta tese, <strong>de</strong><br />

que, ao contrário do que se afirmava, o referido local não estava sediado no atual bairro<br />

do Rio Vermelho, mas no atual Largo do Tanque, por on<strong>de</strong> passava o rio Camurujipe. O<br />

trajeto feito pelas tropas nassovianas comprova a localização do arraial porque essas<br />

foram <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcadas na Barra <strong>de</strong> Pirajá. Dali, a 18 <strong>de</strong> abril, informa Palafox no quinto<br />

parágrafo, os neerlan<strong>de</strong>ses marcharam “por las campiñas, camiño <strong>de</strong>l Arrayal Viejo”.<br />

As “campiñas”, não restam dúvidas, trata-se do atual bairro <strong>de</strong> Campinas <strong>de</strong> Pirajá. Até<br />

hoje existe a Estrada das Campinas, que segue <strong>em</strong> direção ao Largo do Tanque. 100<br />

Essa estratégia comprova que Nassau conhecia b<strong>em</strong> os locais que po<strong>de</strong>riam<br />

servir para a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Salvador. Primeiro <strong>de</strong>struiu o al<strong>de</strong>amento do Espírito Santo e, já<br />

nas imediações da capital, ocupou a se<strong>de</strong> do antigo Arraial do Rio Vermelho, que por<br />

volta <strong>de</strong> 1638, não <strong>de</strong>veria ter mais do que algumas cabanas ocupadas por africanos que<br />

fugiam do regime escravista. As tropas <strong>de</strong> Nassau não <strong>de</strong>moraram no Arraial e passaram<br />

a para a “colina do Padre Ribeiro”, na Soleda<strong>de</strong>. Por isso, o Bairro <strong>de</strong> Santo Antonio<br />

Além do Carmo tornou-se o último ponto <strong>de</strong>fensável pelo norte <strong>de</strong> Salvador.<br />

No sexto parágrafo, a relação <strong>de</strong> Palafox dá voz a uma mulher, “natural do<br />

Brasil”, que ao saber que o seu marido, um oficial militar, havia <strong>de</strong>serdado seu posto,<br />

não lhe permitiu que entrasse <strong>em</strong> casa, trancando a porta. A referida mulher afirmou<br />

“Que no habria puerta a hombre, que tan bajamente habia entregado el puesto que le<br />

estaba encargado, y que quando viniera hecho pedazos, por haber sido en <strong>de</strong>fensa <strong>de</strong> la<br />

Religion Catolica, y <strong>de</strong> su Rey, alegre, y gustosa le recibiera”.<br />

O texto <strong>de</strong>screve o primeiro ataque neerlandês às 20 horas do dia 21 <strong>de</strong> abril,<br />

b<strong>em</strong> como a utilida<strong>de</strong> das trincheiras construídas <strong>em</strong> menos <strong>de</strong> quinze dias, “acudiendo<br />

a la obra los Religiosos, los Clerigos, Estudanties, mugeres, y muchachos con gran<strong>de</strong><br />

conformidad”. Após o fracasso do dia 21, Nassau “hizo um parlamento al Egercito”,<br />

prometendo-lhes que não haveria dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> tomar Salvador e que os soldados<br />

po<strong>de</strong>riam ficar com o saque. Nassau precisava conquistar as trincheiras <strong>de</strong> Santo<br />

100 A estrada das Campinas possui uma bifurcação, as atuais Rua Engenheiro Austricliano e a Avenida<br />

Nestor Duarte, que, <strong>em</strong> seguida, tornam-se novamente uma única via, já nas proximida<strong>de</strong>s do Largo do<br />

Tanque.<br />

65


Antonio Além do Carmo, mas dividiu seu exército, mantendo 1600 homens na linha <strong>de</strong><br />

frente, para tomar a referida trincheira, mantendo o resto na retaguarda, a “cerca <strong>de</strong> la<br />

Casa Qu<strong>em</strong>ada”, <strong>de</strong>certo o atual Largo do Queimado, próximo a Soleda<strong>de</strong>. É<br />

excepcional o conhecimento que Palafox <strong>de</strong>monstra ter do entorno <strong>de</strong> Salvador, incluído<br />

no seu texto os nomes <strong>de</strong> localida<strong>de</strong>s extramuros, pois que autores espanhóis e<br />

portugueses apresentavam gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> reconhecer esses pontos periféricos<br />

da urbe. Isso confirma que Palafox teve acesso a escritos elaborados por pessoas que<br />

conheciam b<strong>em</strong> a geografia <strong>de</strong> Salvador, mas que pouco conhecia do Recôncavo baiano,<br />

visto que não o autor se limita a escrever os acontecimentos na capital. Sua fonte <strong>de</strong>ve<br />

ter sido algum militar castelhano oriundo do Exército <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

Palafox <strong>de</strong>screve também o segundo e último ataque neerlandês, efetuado às 20<br />

horas do dia 18 <strong>de</strong> maio, contra as trincheiras <strong>de</strong> Santo Antonio. Nesse momento as<br />

forças <strong>em</strong> contenda chegaram a um impasse, mas a vantag<strong>em</strong> geográfica estava com os<br />

<strong>de</strong>fensores, <strong>em</strong> conta dos neerlan<strong>de</strong>ses ser<strong>em</strong> obrigados a se posicionar numa parte<br />

baixa, entre a Soleda<strong>de</strong> e o Santo Antonio, precisando escalar um fosso que levava às<br />

trincheiras portuguesas. No Santo Antonio estavam o Governador Pedro da Silva, o<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bagnuoli e os contingentes <strong>de</strong> Luiz Barbalho, Lourenço <strong>de</strong> Brito, Francisco<br />

<strong>de</strong> Souto, além <strong>de</strong> outros capitães.<br />

Para tentar acabar com o impasse e assumir alguma vantag<strong>em</strong>, Nassau or<strong>de</strong>nou<br />

que o contingente estacionado <strong>em</strong> Queimado avançasse. Nesse momento os<br />

contingentes dos Sargentos-mores Antonio <strong>de</strong> Freitas da Silva e Francisco Duarte, junto<br />

com o do Mestre <strong>de</strong> Campo Heitor <strong>de</strong> la Calce, que retirou suas forças da região das<br />

Palmas, saíram pelo Dique e surpreen<strong>de</strong>ram as tropas neerlan<strong>de</strong>sas pelo flanco direito.<br />

Essa investida resultou na morte <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> trezentos neerlan<strong>de</strong>ses. Foi essa batalha<br />

que <strong>de</strong>finiu a vitória das “forças católicas”. Ao Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nassau coube retirar seus<br />

contingentes para Pernambuco.<br />

66


ANEXO V<br />

REGISTROS DAS ENTRADAS NO LIVRO DE TOMBO DA ORDEM DO<br />

CARMO DE SALVADOR (1630-1658)<br />

76


Tipo <strong>de</strong><br />

<strong>Documento</strong><br />

Escrituras<br />

<strong>de</strong> Compra<br />

e Venda<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Instrument<br />

o <strong>de</strong> Carta<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

<strong>de</strong> Bens <strong>de</strong><br />

raiz<br />

(escritura<br />

pública)<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Folhas/<br />

Data<br />

Fls. 5 a 6 /<br />

26.07.1636<br />

.<br />

Fls. 8 a 9 /<br />

09.01.1637<br />

Fls. 18 a<br />

19 /<br />

18.04.1644<br />

Fls. 20v a<br />

21v /<br />

09.11.1648<br />

Fls. 30 a<br />

31 /<br />

31.01.1650<br />

Fls. 31v a<br />

34v /<br />

26.10.1650<br />

Conteúdo<br />

Foram os Outorgantes os Padres do Convento do Carmo e o Outorgado, o<br />

Capitão Antonio <strong>de</strong> Brito <strong>de</strong> Castro. Foi objeto <strong>de</strong>sta transação uma sorte<br />

<strong>de</strong> terras para canas na Pitanga, freguezia <strong>de</strong> Passé, que lhes coubera pela<br />

partilha dos bens <strong>de</strong>ixados por Francisco Sotil <strong>de</strong> Siqueira a seu filho, Frei<br />

Francisco da Madre <strong>de</strong> Deus. Como constava do formal <strong>de</strong> partilha, que o<br />

referido fra<strong>de</strong> ficara a <strong>de</strong>ver ao seu irmão e a Gaspar <strong>de</strong> Barros a quantia<br />

<strong>de</strong> seiscentos mil réis, que era o preço <strong>de</strong> venda da referida terra, foi<br />

formalizada assim a quitação da dívida.<br />

Foram os Ven<strong>de</strong>dores os Padres do Carmo e o Comprador, Manoel<br />

Pinheiro <strong>de</strong> Carvalho. Foi objeto <strong>de</strong>sta transação uma sorte <strong>de</strong> terras nos<br />

limites <strong>de</strong> Nossa Senhora do Socorro, a qual lhes coubera por herança do<br />

Fra<strong>de</strong> Francisco da Madre <strong>de</strong> Deus. Estas terras haviam sido adquiridas<br />

por Francisco Sotil <strong>de</strong> Siqueira a Helena d’Argollo.<br />

Foram Outorgantes os Padres do Convento do Carmo e o Outorgado<br />

Comprador, João Dias, morador na Patatiba. Foi objeto <strong>de</strong>sta transação,<br />

uma sorte <strong>de</strong> terras com canas, havidas por herança do Padre Frei André <strong>de</strong><br />

Santa Maria, filho <strong>de</strong> Paulo Fernan<strong>de</strong>s Chaves e <strong>de</strong> sua mulher, Maria<br />

Correa.<br />

Foram Outorgantes Ven<strong>de</strong>dores Balthazar <strong>de</strong> Barbuda e Gaspar Maciel e<br />

Outorgantes Compradores os Fra<strong>de</strong>s do Carmo. Foram objeto <strong>de</strong>sta<br />

transação três léguas <strong>de</strong> terras sitas nos limites <strong>de</strong> Serigipe <strong>de</strong>l Rei , local<br />

<strong>de</strong>nominado (quatorze ou quinze léguas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Cristovão). As<br />

terras haviam sido recebidas <strong>de</strong> herança <strong>de</strong> Balthazar <strong>de</strong> Barbuda (Alcai<strong>de</strong>mor<br />

da capitania <strong>de</strong> Sergipe) por seu sobrinho homônimo e sua sobrinha,<br />

Dona Escolastiqua <strong>de</strong> Sá, mulher <strong>de</strong> Gaspar Maciel. É importante frisar<br />

que as esposas dos ven<strong>de</strong>dores, respectivamente Dona Angella <strong>de</strong> Menezes<br />

e Dona Escolastiqua, não estavam presentes no Convento, criando-se então<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer um <strong>de</strong>sdobramento <strong>de</strong>sta escritura, <strong>de</strong>nominado<br />

“Outorga”, à fl. 21v, na qual as mulheres aceitaram a transação acima.<br />

Como as duas não sabiam escrever, assinaram “a rogo <strong>de</strong>”, pela pessoa <strong>de</strong><br />

Dona Escolastiqua o seu filho Diogo da Rocha <strong>de</strong> Sá e pela pessoa <strong>de</strong><br />

Dona Angella, Francisco <strong>de</strong> Sousa. Po<strong>de</strong>-se ler <strong>em</strong> nota marginal, adjunta<br />

ao início da escritura: "Terra dos Palmares". A posse da terra está<br />

transcrita à fl. 21v, datada <strong>de</strong> 14/01/1649, dada ao Frei Domingos <strong>de</strong> Jesus,<br />

irmão e procurador da Or<strong>de</strong>m. Esta posse difere das outras transcritas no<br />

Livro, porque existe um “<strong>em</strong>bargo”.<br />

Foram os Outorgantes Ven<strong>de</strong>dores, Balthazar <strong>de</strong> Barbuda e sua mulher,<br />

Dona Angella e Outorgantes Compradores os Fra<strong>de</strong>s do Carmo. Foi objeto<br />

<strong>de</strong>sta transação uma sorte <strong>de</strong> terras nos limites <strong>de</strong> Sergipe <strong>de</strong>l Rei, local<br />

<strong>de</strong>nominado Lagartos, nas cabeceiras das terras que haviam sido do Bispo<br />

Dom Constantino Barradas, advindas por herança <strong>de</strong> seu tio, pelo preço <strong>de</strong><br />

oitenta mil réis pagos <strong>em</strong> novilhas, a ser<strong>em</strong> entregues nos currais do<br />

Piogui. A ausência da esposa <strong>de</strong> Balthazar <strong>de</strong> Barbuda, também<br />

Outorgante Ven<strong>de</strong>dora, criou a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fazer a “outorga”.<br />

Foram os Outorgantes Ven<strong>de</strong>dores João <strong>de</strong> Barros Cardozo e sua mulher,<br />

Dona Brites <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Barros e os Outorgantes Compradores os Fra<strong>de</strong>s<br />

do Carmo. Foi objeto <strong>de</strong>sta transação uma data <strong>de</strong> terras e seis sítios <strong>de</strong><br />

currais, sitos entre os rios <strong>de</strong> São Francisco e <strong>de</strong> Sergipe <strong>de</strong>l Rei,<br />

começando do Rio Japaratuba, na Barra Doce, junto ao mar, a saber: Sítio<br />

do Catu, Sítio <strong>de</strong> Santa Izabel, Sítio <strong>em</strong> que “esteve o Silveira”, Sítio <strong>de</strong><br />

Suasubponima, Sítio dos Triupares dos Tapujas, Sítio do Ipioqua. Há uma<br />

nota marginal posterior, adjunta ao início da escritura, on<strong>de</strong> está escrito:<br />

"Sta Izabel no Rio <strong>de</strong> S.Francisco; escritura é do Silveira". Sendo a<br />

Outorgante Ven<strong>de</strong>dora, Dona Brites, menor <strong>de</strong> vinte e cinco anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />

houve “suprimento do juiz ordinário” isto é, foi preciso uma intervenção<br />

do juizado <strong>de</strong> menores para autorizar a venda <strong>de</strong> patrimônio <strong>de</strong> menor. O<br />

traslado da sentença do Juiz Ordinário, Capitão Cosmo <strong>de</strong> Sá Peixoto, está<br />

transcrito às fls. 35 e 35v, na qual se lê que foi nomeado o Licenciado<br />

77


Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Traslado<br />

da<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Fls. 46v a<br />

50 /<br />

30.04.1652<br />

.<br />

Fls. 62 a<br />

65 /<br />

16.10.1653<br />

Fls. 66 à<br />

69 /<br />

26.03.1658<br />

Gaspar <strong>de</strong> Brito da Silva, como curador da menor. Segue-se, à fls. 36 e<br />

36v, a reprodução da posse dos sítios, on<strong>de</strong> se constata a existência <strong>de</strong> uma<br />

igreja <strong>de</strong>ntro das terras adquiridas:<br />

Eu tabaliam tomey pella mão aos ditos Religiozos E lhes mostrey a terra e<br />

por Ella pasearam E com os olhos por on<strong>de</strong> nam podiam chegar E foram as<br />

lagoas e Rios E beberam agua <strong>de</strong>lles E lavaram as mãos Em sinal <strong>de</strong><br />

senhorio E foram à igreja <strong>de</strong> santa Izabel E selebraram missa nella<br />

Entrando para <strong>de</strong>ntro E saindo para fora. 101<br />

Foi o Ven<strong>de</strong>dor, Pero <strong>de</strong> Abreu <strong>de</strong> Lima e os Compradores, os Padres do<br />

Carmo. Foram objeto <strong>de</strong>sta transação três léguas (pouco mais ou menos)<br />

<strong>de</strong> terras, sitas no Rio Pochim, <strong>em</strong> Sergipe <strong>de</strong>l Rei, que seriam: toda a terra<br />

que se achasse da Estrada Real, que vinha <strong>de</strong> Penedo, pelo sertão para<br />

Sergipe para baixo, até a lagoa que ficava por <strong>de</strong>trás da casa <strong>em</strong> que vivera<br />

Antonio das Neves. Pero <strong>de</strong> Abreu <strong>de</strong> Lima recebeu essa terra <strong>em</strong> doação<br />

<strong>de</strong> sua sogra, Dona Guiomar <strong>de</strong> Mello, cujo traslado está transcrito a seguir<br />

às fls. 48 e 48v. Há uma nota marginal posterior adjunta ao início da<br />

escritura: “Terra <strong>de</strong> Sergipe”. Logo <strong>em</strong> seguida, consta a transcrição <strong>de</strong><br />

uma Escritura <strong>de</strong> Ratificação e Aprovação <strong>de</strong> outro e Obrigação (fls. 48v a<br />

50) , datada <strong>de</strong> 18/10/1650, feita no Colégio dos Padres da Companhia,<br />

tendo como partes: João <strong>de</strong> Barros Cardozo, representando, por procuração<br />

adiante transcrita (fl. 50 e 50v) , sua mulher Dona Brites <strong>de</strong> Lima; Pedro<br />

<strong>de</strong> Abreu <strong>de</strong> Lima e o Reverendo Padre Reitor do dito Colégio, Joseph da<br />

Costa. Mediante este documento é ajustado um acordo entre essas partes,<br />

referente à legítima da mulher <strong>de</strong> Pedro <strong>de</strong> Abreu e Lima, Dona Mariana,<br />

herança recebida <strong>de</strong> seu pai Antonio Cardozo <strong>de</strong> Barros. A posse da<br />

referida terra está transcrita às fls. 61 a 61v.<br />

Foi o Outorgante Ven<strong>de</strong>dor João <strong>de</strong> Barros Cardozo, <strong>em</strong> seu nome, e como<br />

Procurador <strong>de</strong> sua mulher Dona Brites <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Barros. Foram os<br />

Outorgantes Compradores os Padres do Carmo. Foram objeto <strong>de</strong>sta<br />

transação quatro sítios <strong>de</strong> currais, a saber: Ponte dos Mangues, Agaratuba,<br />

Perauna e da Barra, entre os rios Japaratuba e São Francisco, <strong>em</strong> Sergipe.<br />

Segue-se o auto <strong>de</strong> posse (fls. 65, 65vº), datado <strong>de</strong> 1653 (s<strong>em</strong><br />

compl<strong>em</strong>ento da data), no qual é mencionado que o Prior, Frei Lourenço<br />

do Espírito Santo, e um seu escravo tomaram a posse das terras: "...e<br />

tomey terra e erva e Ramos e lhe meti na mão ao dito Reverendo Padre<br />

Prior, o qual por hum escravo seu mandou tosar e cortar e cavar o que<br />

tamb<strong>em</strong> fez por suas proprias mãos dizendo <strong>em</strong> altas vozes”...<br />

São várias as notas marginais posteriores, adjuntas a esta escritura:<br />

1 – terras do Rio <strong>de</strong> S. Francisco; 2 – o Sitio Pareauna e o Sitio da Barra<br />

chamado Saramenho, foram vendidos a Alfredo Leite Martins , <strong>em</strong> 2 <strong>de</strong><br />

Abril <strong>de</strong> 1909, sendo o Tabelião N<strong>em</strong>ésio Diógenes; 3 – os sítios Ponte<br />

dos Mangues e Garatuba foram vendidos <strong>em</strong> 8 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1911, a Manoel<br />

Gonçalves sendo o Tabelião N<strong>em</strong>ésio Diógenes. à fl.65 : Vendidas <strong>em</strong><br />

1911, vi<strong>de</strong> fls. 63 e 64.<br />

Foi o Ven<strong>de</strong>dor João <strong>de</strong> Barros Cardozo, <strong>em</strong> seu nome e como procurador<br />

<strong>de</strong> sua mulher, Dona Brites <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Barros e como Compradores os<br />

Padres do Carmo. Foi objeto <strong>de</strong>sta transação uma fazenda <strong>de</strong> canas <strong>em</strong><br />

Jacaracanga, havida por herança <strong>de</strong> Cristovão <strong>de</strong> Barros, bisavô <strong>de</strong> Dona<br />

Brites. Além do pagamento estipulado (doze mil e quinhentos cruzados),<br />

havia um encargo real, abaixo transcrito, que eles passavam aos<br />

compradores: ... encargo real que elles ven<strong>de</strong>dores seram obriguados a dar<br />

pera o Engenho <strong>de</strong> Cornubuçu tanto que a cana da dita fazenda estiver <strong>de</strong><br />

vez, e sazoada pera se cortar, duas tarefas <strong>de</strong>llas cada s<strong>em</strong>ana pera se<br />

moer<strong>em</strong> no dito Engenho, E nelle ven<strong>de</strong>dor como direito senhorio do dito<br />

engenhose obrigua a que a pesoa que estiver nelle moerá e fará as ditas<br />

duas tarefas <strong>de</strong> cana da dita fazenda cada somana no dito engenho, com<br />

pena e obriguação que o que faltar por sua parte a Senhores elles<br />

compradores como a pesoa que estiver no dito engenho <strong>de</strong> não cumprir<br />

esta obriguação e encargo real, pagara ao outro toda a perda e dano que<br />

por essa causa lhe <strong>de</strong>re toda a mais cana que sobrar aos compradores<br />

78


Escritura<br />

<strong>de</strong> Venda<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Partido,<br />

Entrega e<br />

Obrigação<br />

Escritura<br />

<strong>de</strong> Doação<br />

Fls. 71 a<br />

72v /<br />

15.05.1660<br />

Fls. 17 a<br />

17v /<br />

26.10.1635<br />

Fls. 45v a<br />

46v /<br />

04.12.1638<br />

.<br />

Quitação Fls. 2 e 2v<br />

/<br />

09.10.1628<br />

Quitação Fls. 3 a 3v<br />

/<br />

21.02.1630<br />

Quitação Fls. 13 a<br />

14 /<br />

07.05.1639<br />

Quitação Fls. 13 a<br />

14 /<br />

07.05.1639<br />

Quitação,<br />

composiçã<br />

o e<br />

obrigação<br />

Fls. 16 a<br />

16v /<br />

20.09.1635<br />

tiradas estas duas atarefas po<strong>de</strong>rão livr<strong>em</strong>ente moer nos engenhos que lhes<br />

pareser E quiser<strong>em</strong>...<br />

Consta também da escritura que os Padres po<strong>de</strong>riam colocar vinte bois<br />

para pastar no pasto <strong>de</strong> Jacaracangua, e que po<strong>de</strong>riam tirar das matas toda<br />

a ma<strong>de</strong>ira que precisass<strong>em</strong> para fazer<strong>em</strong> “casas <strong>de</strong> vivenda da dita fasenda,<br />

senzallas dos negros, estacaria e varame pera as sercas e pêra consertos <strong>de</strong><br />

carros rodas ou vejos”. Assina a escritura, entre outros, o Licenciado<br />

Manoel Correa Ximenez, como curador <strong>de</strong> Dona Brites, menor <strong>de</strong> vinte e<br />

cinco anos. A seguir, às fls. 69 a 70 vº, encontramos o traslado da sentença<br />

<strong>de</strong> licença e <strong>de</strong>creto Judicial para a autorização da venda acima. O<br />

Curador, nomeado pelo Juiz dos Órfãos , Sargento-Mor Antonio Pereira,<br />

aceitou a alegação <strong>de</strong> João <strong>de</strong> Barros Cardozo e sua mulher <strong>de</strong> estar<strong>em</strong><br />

muito endividados, e autoriza a venda <strong>em</strong> 18.03.1658. Há uma nota<br />

marginal posterior: Terra <strong>de</strong> Jacaracanga.<br />

Foi o Outorgante Ven<strong>de</strong>dor Miguel Pacheco <strong>de</strong> Britto e sua mulher, Maria<br />

Rangel do Rego e foram Compradores os Religiosos <strong>de</strong> Nossa Senhora do<br />

Carmo (está no Livro <strong>de</strong> Notas do tabelião Martim <strong>de</strong> Sá Sotto Mayor, à<br />

fl.76. Foram objeto <strong>de</strong>sta transação quarenta e duas braças e meia <strong>de</strong><br />

terras, junto à horta dos padres, por baixo do muro do Convento, que<br />

receberam <strong>de</strong> herança <strong>de</strong> seu pai e sogro, o Licenciado Manoel Pacheco <strong>de</strong><br />

Sousa, por vinte e cinco mil réis, pagos à vista <strong>em</strong> moedas <strong>de</strong> prata “das<br />

correntes neste Reino”.<br />

Foi Outorgante o Convento do Carmo, e o Outorgado Francisco Ramos,<br />

resi<strong>de</strong>nte na Capitania <strong>de</strong> Sergipe <strong>de</strong>l Rei. Os padres haviam recebido <strong>de</strong><br />

herança <strong>de</strong> Antonio Gue<strong>de</strong>s uns currais <strong>de</strong> gado ( trezentas e sete fêmeas,<br />

vinte e quatro bezerras e uma prenhe e três cavalos mansos) on<strong>de</strong> estão os<br />

negros Paulo, sua mulher Catarina, Pedro Malabar e sua mulher Luzia e<br />

seus filhos. Davam <strong>de</strong> partido ao Outorgado ao “quinto das multiplicações<br />

que houver, com a condição <strong>de</strong> entregar tudo vivo ao fim <strong>de</strong> cinco anos”.<br />

Esta foi lavrada no Cartório <strong>de</strong> Francisco Ramos, Liv. 13, fl. 72vº.<br />

Doação que fez Luzia <strong>de</strong> Goes ao Convento do Carmo, para as obras <strong>de</strong><br />

sua Igreja, datada <strong>de</strong> 04/12/1638, <strong>de</strong> duas mil braças <strong>de</strong> terra nos campos<br />

<strong>de</strong>nominados Cururuipe. D. Luzia era irmã <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo e,<br />

como suas três filhas já haviam recebido seus dotes e a Igreja do Carmo<br />

estava com muitas <strong>de</strong>spesas, ela doava as terras, com a condição dos<br />

padres rezar<strong>em</strong>, a cada ano, uma capela <strong>de</strong> missas.<br />

Quitação, tendo como Outorgante os Religiosos do Carmo e como<br />

Outorgado, Antonio Gomes, morador no Trocifal. Este <strong>de</strong>via ao Convento<br />

trezentos e cinqüenta mil réis, como her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> seu irmão Nuno Franco<br />

Calvo.<br />

Quitação, tendo como Outorgante os Religiosos do Carmo e como<br />

Outorgado Domingos Alves Serpa. As casas <strong>em</strong> que residia Domingos na<br />

Rua <strong>de</strong> São Francisco, foram adquiridas ao Convento, por trezentos e<br />

cinqüenta mil réis, pagáveis <strong>em</strong> duas prestações, já quitadas.<br />

Quitação, tendo como Outorgantes os Religiosos do Carmo e como<br />

Outorgada, Dona Catherina <strong>de</strong> Sousa. Pelo falecimento <strong>de</strong> Eusebio<br />

Ferreira, o Convento herdou “as legítimas” do Frei Jeronimo <strong>de</strong> Sousa e<br />

Frei Francisco <strong>de</strong> Sousa, seus filhos <strong>em</strong> partilha com Dona Catherina.<br />

Total: r$ 900.356.<br />

Quitação e obrigação, tendo como Outorgantes os Fra<strong>de</strong>s do Carmo e<br />

como Outorgado Manoel Pinheiro <strong>de</strong> Carvalho, referente a terras nos<br />

limites <strong>de</strong> Nossa Senhora do Socorro, herdadas <strong>de</strong> Frei Francisco Sotil e a<br />

ele vendidas.<br />

Quitação, composição e obrigação, tendo como Outorgante Manoel Lucas<br />

e sua mulher, Brites João e seu genro, Domingos Men<strong>de</strong>s, referente às<br />

partilhas amigáveis dos bens <strong>de</strong>ixados por D. Brites ao Convento, através<br />

<strong>de</strong> Frei Manuel Luis. Bens recebidos pelo Convento, no valor <strong>de</strong> oitenta<br />

mil e novecentos réis: 1 – duas peças <strong>de</strong> escravos <strong>de</strong> Guiné, por nomes<br />

João e Maria Arsequa;2 – sete vacas, seis com filhos ao pé <strong>de</strong> dois meses,<br />

e uma vazia; 3 – um “lambel” e dois “lansões” (uma colcha e dois lençóis);<br />

79


Quitação Fls. 53v a<br />

54v /<br />

20.06.1652<br />

Completar-se-ia o legado ao Convento, quando do pagamento da dívida <strong>de</strong><br />

Antonio Cardozo <strong>de</strong> Barros e Mateus Nunes, pois quando foss<strong>em</strong><br />

cobradas, dariam parte ao Convento, como her<strong>de</strong>iros que eram.<br />

Quitação, sendo Outorgante João <strong>de</strong> Barros Cardozo e os Outorgados, os<br />

Religiosos do Carmo. Quitação do pagamento referente à compra das<br />

terras <strong>de</strong> pastos no Rio São Francisco, Capitania <strong>de</strong> Sergipe <strong>de</strong>l Rei (<br />

escritura mencionada no it<strong>em</strong> 5 do capítulo Escrituras). Há duas notas<br />

posteriores, adjuntas ao início da quitação: 1 – a mais antiga: “terras do<br />

Rio <strong>de</strong> S.Francisco compradas por 9 mil cruzados e s<strong>em</strong> mil reis”. 2 – a<br />

mais recente: “Vendidas <strong>em</strong> 1911 - Vi<strong>de</strong> fl. 32”.<br />

80


ANEXO VI<br />

CARTAS GEOGRÁFICAS<br />

Ilustração 1 Recôncavo Baiano<br />

81


Ilustração 2 Península <strong>de</strong> Itapagipe<br />

82


Ilustração 3 Urbe<br />

83


Ilustração 4 Barra <strong>de</strong> Santo Antônio<br />

84


Ilustração 5 Arraial do Bispo<br />

85


IMAGENS<br />

Ilustração 6 Pietro da Cortona (Pietro Berrettini, Cortona 1597 - Roma 1669).<br />

Ritratto di Urbano VIII, 1627 ca., Olio su tela, cm 199 x 128.<br />

Sala Pietro da Cortona, inv. PC 153.<br />

86


Ilustração 7 O Provincial Domingos Coelho e o Governador Geral cativos <strong>em</strong> 1624.<br />

87


Ilustração 8 Planta das Al<strong>de</strong>ias do Espírito Santo e <strong>de</strong> São João<br />

88


Ilustração 9 A Descrição da Baía <strong>de</strong> Todos os Santos por Alardo Popma <strong>em</strong> 1625<br />

89


Ilustração 10 Anonimo madrileño, Padre Lope <strong>de</strong> Vega, siglo XVII.<br />

Madrid, Casa Museo Lope <strong>de</strong> Vega. Autor <strong>de</strong> El Brasil Restituído.<br />

Ilustração 11 Padre Antonio Vieira<br />

90


Ilustração 12 D. Juan <strong>de</strong> Palafox y Mendoza- Autor da<br />

Relacion <strong>de</strong> la Vitoria qve Alcanzaron las Armas Catolicas <strong>em</strong> 1638.<br />

91


Ilustração 13 Detalhe do Painel da Segunda Batalha dos<br />

Guararapes. Representação <strong>de</strong> Frei Luiz dos Arraiaes.<br />

Ilustração 14 Detalhe do Painel da Segunda Batalha dos Guararapes.<br />

Representação <strong>de</strong> Frei João da Ressurreição (o Poeira).<br />

92


Ilustração 15 O Manuscrito da Expedito Brasilica do Padre Francisco <strong>de</strong> Santo Agostinho Macedo.<br />

Real Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Historia <strong>de</strong> Madrid, Collecion Jesuitas.<br />

94


Ilustração 16 O Luci<strong>de</strong>no <strong>de</strong> Fr. Manoel Calado e o Castrioto <strong>de</strong> Fr. Rafael <strong>de</strong> Jesus<br />

95


Ilustração 17 Sermões <strong>de</strong> Frei Bernardo <strong>de</strong> Braga, O. S. B.<br />

96


Ilustração 18 Os El<strong>em</strong>entos Math<strong>em</strong>aticos do Engenheiro jesuíta<br />

Padre Ignacio Stafford, publicado <strong>em</strong> 1634.<br />

97


Ilustração 19 Maurício <strong>de</strong> Nassau: Qua Patet Orbis<br />

Ilustração 20 A Chronica da Companhia: Unus Non Sufficit Orbis<br />

98


Ilustração 21 Planta do S<strong>em</strong>inário da Bahia <strong>em</strong> 1621<br />

99


Ilustração 22 Representação <strong>de</strong> Santo Antonio <strong>em</strong><br />

Sermão pregado na Bahia no século XVII<br />

Ilustração 23 Detalhe <strong>de</strong> Intercessão Celestial<br />

na Batalha dos Guararapes<br />

100


Ilustração 24 Mapa do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barque neerlandês na península <strong>de</strong> Itapagipe <strong>em</strong> abril <strong>de</strong> 1638<br />

101


Coleção do autor<br />

FONTES MANUSCRITAS<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

___<br />

CARTAS do Padre Antonio Vieyra da Companhia <strong>de</strong> Jesus. 73<br />

folhas. Datadas do período compreendido <strong>em</strong> 1647-1697. Com<br />

ex-líbris <strong>de</strong> Salvador <strong>de</strong> Mendonça. Códice do século XVIII que<br />

<strong>de</strong>ve ter pertencido à família real, contendo cartas inéditas.<br />

Arquivo Geral <strong>de</strong> Simancas<br />

Padre Antonio<br />

Vieira / 1647 -<br />

1697<br />

Secretarias Provinciales – Portugal<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

___<br />

Livro 1477<br />

(1631)<br />

___ Livro 1478 (1635)<br />

___ Livro 1527 (1631)<br />

___ Livro 1583 (1636)<br />

Arquivo da Or<strong>de</strong>m do Carmo – Belo Horizonte - MG<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

___<br />

___<br />

___<br />

LIVRO <strong>de</strong> m<strong>em</strong>órias da Província Carmelitana da Bahia<br />

Frei José<br />

Libório <strong>de</strong><br />

Santa Thereza,<br />

O.C. / 1798<br />

LIVRO <strong>de</strong> várias notícias e clarezas do Convento do Carmo s.I / s.d.<br />

CADERNO <strong>de</strong> apontamentos <strong>de</strong> Frei André Prat, O.C.<br />

Frei André Prat,<br />

O.C / s.d.<br />

(século XX).<br />

102


___<br />

___<br />

___<br />

CATÁLOGOS ou Or<strong>de</strong>m Chronológica dos Superiores maiores<br />

do Carmelo Bahiano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação até o presente (1580 -<br />

1936)<br />

1 o Livro do Tombo do Mosteiro <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo da<br />

Bahia<br />

2 o Livro do Tombo do Mosteiro <strong>de</strong> Nossa Senhora do Carmo da<br />

Bahia<br />

Arquivo da Or<strong>de</strong>m Terceira do Carmo da Bahia<br />

Frei André Prat,<br />

O.C / s.d<br />

(século XX).<br />

Vários / a partir<br />

<strong>de</strong> 1649.<br />

Vários<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

___<br />

LIVRO 1 <strong>de</strong> entradas e profissões <strong>de</strong> irmãos. 1636-1696<br />

Arquivo Nacional da Torre do Tombo<br />

Inquisição <strong>de</strong> Lisboa – Ca<strong>de</strong>rnos do Promotor<br />

Localização Ca<strong>de</strong>rno / Período Livro<br />

___<br />

___<br />

___<br />

___<br />

Ca<strong>de</strong>rno 15<br />

(1632-1637)<br />

Ca<strong>de</strong>rno 18<br />

(1628-1639)<br />

Ca<strong>de</strong>rno 19<br />

(1634-1642)<br />

Ca<strong>de</strong>rno 29<br />

(1641-1648)<br />

Inquisição <strong>de</strong> Lisboa – Papéis Vários<br />

Cartório Jesuítico<br />

Livro n. 216<br />

Livro n. 219<br />

Livro n. 220<br />

Livro n. 228<br />

Localização Livro Período<br />

___ 7325 (1617)<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor / Período<br />

Maço 70,<br />

<strong>Documento</strong> 91.<br />

Carta do Padre Manoel do Couto ao Padre<br />

Estevão <strong>de</strong> Castro. 2 folhas<br />

Vários / a partir<br />

<strong>de</strong> 1636.<br />

COUTO, Manoel do /<br />

Pernambuco,<br />

103


Maço 19,<br />

<strong>Documento</strong> 12<br />

Maço 16, Doc. 29.<br />

Maço 46, Doc. 10,<br />

Maço 46, Doc. 10<br />

Maço 46, Doc. 10<br />

Maço 46, Doc.<br />

83<br />

Maço 31, Doc. 1<br />

Cartório da Província <strong>de</strong> Santo Antonio<br />

Compromiço entre os P. es do Coll. o da<br />

Baya, e o Coll. o <strong>de</strong> S. Antão sobre a<br />

<strong>de</strong>manda, q traz<strong>em</strong> da terça do gouernador<br />

Men <strong>de</strong> Sáa<br />

[Lisboa, c.1642]. “Rezões do Coll. o <strong>de</strong> S. to<br />

Antão”. Autoria do Padre Antonio<br />

Barradas. (Excelente resumo das sentenças<br />

do Século XVII sobre o engenho com 24<br />

folhas).<br />

fl. 115. [Madrid, 1631]. “Treslado da<br />

prouizão que se pe<strong>de</strong>.” Códice com 258<br />

Folhas.<br />

, fl. 23v e 24. [Bahia, 16.10. 1631 à<br />

26.11.1634]. “Auto <strong>de</strong> diligencias E<br />

medissão que fes o Doutor Miguel Cisne<br />

<strong>de</strong> faria a Requerimento do Padre<br />

francisquo <strong>de</strong> Arauio, nas terras que<br />

fiquarão Da con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> Linhrares <strong>em</strong> que<br />

são partes os Reuerendos padres <strong>de</strong> sancto<br />

An tão da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lx. a .”<br />

, fl. 23v e 24. [Bahia, 27.09.1631].<br />

“Embarguos do P. e fran. co Darauio”.<br />

, fl. 2v [Bahia, 1638]. “Carta do Padre<br />

Sebastião Vaz ao Padre Diogo Cardim.<br />

Bahia”<br />

Lisboa, 23.03.1647]. “Petição <strong>de</strong> Revista<br />

do Reytor e P. es da Companhia <strong>de</strong> IESU do<br />

Collegio <strong>de</strong> Santo Antão <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong><br />

contra o Prouedor E Irmãos da caza <strong>de</strong><br />

Mya da cida<strong>de</strong> do Saluador da Bahia <strong>de</strong><br />

todos os Santos”. (Códice com mais <strong>de</strong><br />

700 folhas).<br />

07/12/1624<br />

VIEIRA, Antonio;<br />

VASCONCELLOS,<br />

Simão <strong>de</strong>; CUNHA,<br />

Nuno da;<br />

BARRADAS,<br />

Antonio. / Lisboa,<br />

16/06/1642<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor / Período<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 16.<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> S/n. o<br />

Estatutos pera o Brasil feitto no capitolo <strong>de</strong><br />

fr. Gaspar <strong>de</strong> Carnota. 1610<br />

Sentença <strong>de</strong> Limpeza E habilitação do Ir. Fr.<br />

Pedro <strong>de</strong> s. Paulo<br />

CARNOTA, Fr.<br />

Gaspar <strong>de</strong> / 1610<br />

Diversos / 1639<br />

104


Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 20<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 8<br />

(outra via:<br />

<strong>Documento</strong> 96)<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 9<br />

(outra via:<br />

<strong>Documento</strong> 95)<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 10<br />

(outra via:<br />

<strong>Documento</strong> 93)<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 11<br />

(outra via:<br />

<strong>Documento</strong> 94)<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 97<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 98<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 99<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 100<br />

Treslado das prouizois <strong>de</strong>l Rej do q se manda<br />

dar aos Custodios do Brasil por on<strong>de</strong> se<br />

po<strong>de</strong>m buscar no liuro do Resisto.<br />

Luis <strong>de</strong> melo pinto Capitão<strong>de</strong> hũa cõpanhia<br />

<strong>de</strong> imfantaria do terso do mestre <strong>de</strong> Campo<br />

Luiz Barbalho bezera por sua mg<strong>de</strong> ett. a<br />

An. to jacome Bezerra capitão <strong>de</strong> hũa<br />

companhia <strong>de</strong> imfantaria espanhola do terso<br />

do m tre <strong>de</strong> campo dom urbano doũmada por<br />

sua mg <strong>de</strong> ett. a<br />

Fran. co Tejxeira capp am <strong>de</strong> hũa cõpanhia <strong>de</strong><br />

imfantaria espanhola do terso <strong>de</strong> portugual<br />

ajudante <strong>de</strong> tenente <strong>de</strong> m tre <strong>de</strong> campo<br />

gueneral he serguento mor do Rio gran<strong>de</strong> por<br />

sua mg <strong>de</strong> ett. a<br />

Cristouão <strong>de</strong> Barros Rego capp am <strong>de</strong> hũa <strong>de</strong><br />

hũa (sic) cõpanhia <strong>de</strong> imfantaria do terso do<br />

m tre <strong>de</strong> campo Luiz Barbalho bezera por sua<br />

mg <strong>de</strong> ett. a<br />

NiColao aranha pacheco capp am <strong>de</strong> hũa<br />

companhia <strong>de</strong> imfantaria espanhola do terso<br />

<strong>de</strong> portugual por sua mg <strong>de</strong> ett. a<br />

Filipe prr a <strong>de</strong> freitas capitão <strong>de</strong> hũa cõpanhia<br />

<strong>de</strong> piquas <strong>de</strong> imfantaria do terso do m tre <strong>de</strong><br />

campo Luiz Barbalho Bezera por sua mg <strong>de</strong><br />

ett. a<br />

Ag o Barbalho bezerra cap am <strong>de</strong> hũa cõpanhia<br />

<strong>de</strong> piquas <strong>de</strong> imfantaria espanhola do terso<br />

do m tre <strong>de</strong> cãpo Luis Barbalho bez ra por sua<br />

mg <strong>de</strong> ett. a<br />

João <strong>de</strong> Sousa falcão Caualr. o profeso da<br />

or<strong>de</strong>m De xpõ Capp. am da <strong>em</strong> fantaria<br />

Espanhola por sua mg <strong>de</strong> do terco Do mestre<br />

De Campo Dom fernando ett. a<br />

Lisboa, 23/07/ 1590<br />

Salvador, 18/05 /1640<br />

Salvador, 19 /05/1640<br />

Salvador, 29 /05/1640<br />

Salvador, 17/06/1640<br />

Salvador, 24/05/1640<br />

Salvador, 23/ 05/1640<br />

Salvador, 25/05/1640<br />

Salvador, 29/05/1640<br />

Maço 18, Salvador, 20/05/1640<br />

105


<strong>Documento</strong> 101<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 102<br />

(Outra via:<br />

docu<strong>em</strong>nto 103)<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 104<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 105<br />

Maço 18,<br />

<strong>Documento</strong> 15<br />

Chancelaria da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo<br />

Atilano gliz <strong>de</strong> orelhon capitão <strong>de</strong><br />

arcabuzeiros da imfantaria espanhola do<br />

terso do m tre campo Luis barbalho Bezerra<br />

por Cuia or<strong>de</strong>m uim exersitando ho carguo<br />

<strong>de</strong> sargento mor por cãpanha Inimiga<br />

Manoel <strong>de</strong> fransa <strong>de</strong> castro capitam <strong>de</strong> hũa<br />

companhia <strong>de</strong> Arcabuzeiros do terso do m. tre<br />

<strong>de</strong> campo fernam da silu ra p sua mg <strong>de</strong> ett. a<br />

P o caualgante <strong>de</strong> albuquerq fidalguo <strong>de</strong> sua<br />

mg. <strong>de</strong> cap. am <strong>de</strong> hũa cõpanhia <strong>de</strong> imfantaria<br />

espanhola do terso do m tre campo Luis<br />

barbalho bezerra p sua mg <strong>de</strong> ett. a<br />

Certificamos nos os aBaixo hasinados ho g or<br />

Luis Barbalho Bezerra tenente g. l An. to <strong>de</strong><br />

freitas da silua sarg. to mor Andre uidal <strong>de</strong><br />

nigreiros he mais capitões q neste exersitoda<br />

g te <strong>de</strong> guerra asistimos na <strong>de</strong>fensa <strong>de</strong>sta praça<br />

da bahia<br />

Treslado do q se pe<strong>de</strong><br />

Salvador, 16 /05/1640<br />

Salvador, 28/05/1640<br />

Salvador, 25/ 05/1640<br />

Belém, 09/07/1693<br />

Localização <strong>Documento</strong> Período<br />

___ Livro 12<br />

___ Livro 18<br />

___ Livro 22<br />

___ Livro 23<br />

___ Livro 24<br />

___ . Livro 26<br />

___ Livro 27<br />

___ Livro 28<br />

___ Livro 34<br />

___ Livro 35<br />

___ Livro 36<br />

___ Livro 38<br />

___ Livro 41<br />

___ Livro 63<br />

Consultas Mixtas<br />

106


Localização <strong>Documento</strong> Período<br />

___<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns<br />

Livro 1° <strong>de</strong> Consultas Mixtas<br />

(1643-1646)<br />

Localização <strong>Documento</strong> Período<br />

___<br />

___<br />

___<br />

___<br />

___<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 26<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 28<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 29<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 30<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 31<br />

(1618-1624)<br />

(1623-1625)<br />

(1625-1627)<br />

(1625-1630)<br />

(1628-1630)<br />

___ Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 33 (1634-1637)<br />

___<br />

Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 34<br />

(1636-1640)<br />

___ Mesa <strong>de</strong> Consciência e Or<strong>de</strong>ns. Livro 35 (1637-1638)<br />

Arquivo Público do Estado da Bahia<br />

Seção Colonial e Provincial<br />

Livros <strong>Documento</strong> Período<br />

255<br />

256<br />

257<br />

264<br />

1<br />

Provisões Reais (Provisões Seculares <strong>de</strong> Ofícios,<br />

or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> sua Majesta<strong>de</strong> e dos Governadores Gerais<br />

<strong>de</strong>ste Estado e Provedores Mores da Fazenda). 2°<br />

Livro <strong>de</strong> Registros<br />

Provisões Reais – Não consta o número do livro <strong>de</strong><br />

registros<br />

Provisões Reais (Provisões Seculares <strong>de</strong> Ofícios,<br />

or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> sua Majesta<strong>de</strong> e dos Governadores Gerais<br />

<strong>de</strong>ste Estado e Provedores Mores da Fazenda). °<br />

Livro <strong>de</strong> Registros<br />

Provisões – (Provisões, petições, alvarás,<br />

requerimentos, carta – fiança, proposta,cartas <strong>de</strong><br />

sesmaria, registro, or<strong>de</strong>ns,posses, patentes,<br />

numbramen-tos, portarias, <strong>de</strong>spachos, etc). 1° Livro<br />

<strong>de</strong> Registros.<br />

Livro Primeiro <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>ns Régias<br />

1625-1635<br />

s/d<br />

1654-1664<br />

1625-1642<br />

1642- 1697<br />

107


Arquivo Municipal <strong>de</strong> Salvador<br />

Livros <strong>Documento</strong> Período<br />

122.1<br />

122.2<br />

Provisões e Portarias<br />

Provisões Reais<br />

125.1 Provisões do Governo e Senado (Cópia do Século<br />

XIX)<br />

125.2 Provisões do Governo e Senado<br />

(Cópia do Século XIX)<br />

125.3 Provisões do Governo e Senado<br />

(Cópia do Século XIX)<br />

Arquivo da Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia da Bahia<br />

1624-1642<br />

1626-1642<br />

1642-1648<br />

1642-1657<br />

1649-1656<br />

Livros <strong>Documento</strong> Período<br />

1<br />

2<br />

Livro Primeiro do Tombo, vol. 40<br />

Livro Segundo do tombo, vol. 41<br />

5 Livro Primeiro <strong>de</strong> Acórdãos, vol. 13<br />

1629-1652<br />

1652 -1658<br />

1645-1674<br />

199 Livro <strong>de</strong> Contas Antigas das Instituições 1638 -1773<br />

266<br />

Livro dos Segredos, vol 195<br />

Arquivo Histórico <strong>de</strong> la Província <strong>de</strong> Toledo <strong>de</strong> la Compañía <strong>de</strong> Jesús<br />

1679-1809<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

Estante 2: Caja 88.<br />

Legajo 868.1<br />

Estante 2: Caja 88.<br />

Legajo 846<br />

Relato anônimo <strong>de</strong> la jornada <strong>de</strong> Brasil <strong>de</strong> 1625,<br />

escrito probabl<strong>em</strong>ente por uno <strong>de</strong> los que iban <strong>em</strong><br />

la armada <strong>de</strong> D. Fradique <strong>de</strong> Toledo<br />

Copia <strong>de</strong> dos cartas <strong>de</strong>l padre jesuíta Ignácio<br />

Monforte a otro padre. La primera trata sobre su<br />

viaje a Brasil <strong>em</strong> compañia <strong>de</strong>l marqués <strong>de</strong><br />

Montalvo, la segunda, <strong>de</strong> la victoria <strong>de</strong>l marqués<br />

sobre sus en<strong>em</strong>igos<br />

[S.I]. /<br />

1625<br />

STAFFORD, Pe.<br />

Inácio, S.J. /<br />

18/08/1640<br />

108


Arquivo do Mosteiro <strong>de</strong> São Bento da Bahia<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

Arquivo Secreto do Vaticano<br />

Dietário das Vidas e Mortes dos Monges da Bahia Vários / 1776<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

___<br />

Segr. Stato, Portogallo,<br />

lv. 21, fl. 158<br />

Relação Ad Limina<br />

Carta do colector <strong>em</strong> Lisboa para a secretaria <strong>de</strong><br />

Estado, <strong>em</strong> Roma, Preten<strong>de</strong>-se novo<br />

acrescentamento do real d'água, para a recuperação<br />

<strong>de</strong> Pernambuco. Refere o <strong>de</strong>scontentamento <strong>de</strong><br />

clero e nobreza por se colocar<strong>em</strong> estes impostos, e<br />

<strong>de</strong>pois o dinheiro não ser gasto para o fim que os<br />

justificou.<br />

Bispo D. Pedro da<br />

Silva e Sampaio<br />

(Petrus a Sylva) /<br />

1642<br />

D. Miguel Soares<br />

Pereira.<br />

Lisboa, Julho <strong>de</strong> 1632.<br />

Nunziatura Portuguesa Códice 23 (1630)<br />

Arquivo da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

Dep. V, 3ª sec, Armário<br />

Dep. V, 3ª sec, Armário<br />

Acordãos do Cabido<br />

Actos e graus, vol. 18, 3º<br />

cad., fl. 65, IV/I-<br />

D,1,1,18<br />

Carta <strong>de</strong> Filipe IV ao Cabido <strong>de</strong> Coimbra: o bispo<br />

<strong>de</strong> Viseu, nomeado para Coimbra, fez serviço ao rei<br />

<strong>de</strong> 4 mil cruzados dos caídos das rendas <strong>de</strong>ste<br />

bispado, para ajuda das <strong>de</strong>spesas da armada que se<br />

está a preparar para a restauração da cida<strong>de</strong> da<br />

Baía;<br />

Carta <strong>de</strong> Filipe IV ao Cabido <strong>de</strong> Coimbra dando<br />

conta que uma armada holan<strong>de</strong>sa aportou no Brasil<br />

e tomou Pernambuco, o que obriga a que<br />

rapidamente e com a força necessária se recupere o<br />

perdido.<br />

Em resposta a carta do monarca pedindo ajuda para<br />

a restauração do Brasil, o Cabido <strong>de</strong> Coimbra<br />

assenta que se peça ao clero do bispado a dita<br />

ajuda.<br />

D. Pedro da Silva <strong>de</strong> Sampaio<br />

Assinada por D.<br />

Diogo da Silva e D.<br />

Diogo <strong>de</strong> Castro<br />

Coimbra, 16.10.1624<br />

Coimbra, Junho<br />

<strong>de</strong>.1630<br />

Coimbra, 17.07.1635<br />

109


_<br />

Arquivo da Sé <strong>de</strong> Évora<br />

Sermões do Padre Antonio da Sylva do Cabido da<br />

Bahia<br />

Padre Antonio da<br />

Silva<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

CEC, 13-XXI, fl. 196v<br />

Biblioteca da Ajuda<br />

Assento <strong>em</strong> resposta a carta do monarca pedindo<br />

ajuda para a restauração do Brasil. O Cabido <strong>de</strong><br />

Coimbra assenta que se peça ao clero do bispado a<br />

dita ajuda.<br />

Évora, 09/12/1634<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

51-VI-I Fl.<br />

131v<br />

51-VI-I Fl.<br />

143v<br />

51-V-48<br />

Fl. 52v<br />

51-III-49<br />

Fl. 61v a<br />

70, in 4. o<br />

51-V-48<br />

Fl. 54v<br />

51-VII-44<br />

Fl. 399<br />

51-IX-12<br />

Fls. 151-<br />

185<br />

Carta <strong>de</strong> El- Rei mandando consultar o Des<strong>em</strong>bargador do Paço,<br />

sobre uma petição <strong>de</strong> Luis Lobo, Procurador da Companhia á<br />

cerca <strong>de</strong> se lhe receber pelo Escrivão das Confirmações o<br />

privilégio tocante aos Religiosos da Província do Brasil s<strong>em</strong><br />

<strong>em</strong>bargo do t<strong>em</strong>po que se havia passado para registrar.<br />

Carta <strong>de</strong> El- Rei <strong>em</strong> resposta a uma consulta do Des<strong>em</strong>bargo do<br />

Paço, sobre a pretensão que o Provincial da Companhia do<br />

Estado do Brasil e os Reitores dos Colégios e casas e Residências<br />

<strong>de</strong>le, t<strong>em</strong> <strong>de</strong> que se lhes aceit<strong>em</strong> nas confirmações os Privilégios<br />

tocantes aos ditos Religiosos, s<strong>em</strong> <strong>em</strong>bargo <strong>de</strong> ser passado o<br />

t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que os haviam <strong>de</strong> apresentar, <strong>em</strong> que diz a dúvidas <strong>de</strong><br />

Rui Dias <strong>de</strong> Meneses foi b<strong>em</strong> posta e o Des<strong>em</strong>bargo não <strong>de</strong>verá<br />

or<strong>de</strong>nar que os ditos Privilégios se recebam<br />

Assento <strong>em</strong> que o governador do Pará dar conta da necessida<strong>de</strong><br />

que havia <strong>de</strong> Missionários e que El-Rei mandou à Mesa da<br />

Consciência que consultou que enviasse Padres da Companhia e<br />

Antoninos à custa dos dízimos, pois os Papas os <strong>de</strong>ram por este<br />

respeito e com esta condição aos Reis <strong>de</strong> Portugal.<br />

Relação dos Fidalgos q vão <strong>em</strong>barcados na Armada que vai <strong>de</strong><br />

socorro ao Brasil<br />

Assento sobre a resolução que tomou a Mesa da Consciência, <strong>de</strong><br />

aggra<strong>de</strong>cer a El-Rei o pio afecto do que escreveu para que se<br />

or<strong>de</strong>nasse aos governadores do Brasil e Ultramar, procurass<strong>em</strong><br />

castigar e evitar os pecados públicos e escandalosos.<br />

Relação dos Navios gentes <strong>de</strong> mar e guerra, provisão <strong>de</strong><br />

mantimentos, artelharia e munições com q foi provida a Armada<br />

q se aprestou pera a restauração da Bahia, <strong>de</strong> que he Capitão<br />

geral Dom Manuel <strong>de</strong> Meneses, que partiu <strong>em</strong> 22 <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro<br />

<strong>de</strong> 1624. É EM FORMA DE MAPA, FOLHA GRANDE.<br />

Capítulos <strong>de</strong> uma Relação que diz<strong>em</strong> respeito à Armada do<br />

Brasil e Restauração da Baía<br />

08/ 08/ 1613<br />

16/ 10/ 1613<br />

26/ 07/ 1621<br />

1624<br />

24/ 10/ 1624<br />

22/ 11/ 1624<br />

1625<br />

110


51-VI-22<br />

Fls. 278<br />

51-III-49<br />

Fls. 59 a 61<br />

54-XI-26<br />

Fls. 1-7<br />

(n. o 3)<br />

51-VIII-22<br />

Fls. 26-26v<br />

49-X-10<br />

Fls. 136<br />

49-X-10<br />

Fls. 143<br />

49-X-10<br />

Fls. 148-<br />

148v<br />

51-VI-33<br />

Fls. 154-<br />

155v<br />

51-X-1 Fls.<br />

12v<br />

51-X-1 Fls.<br />

64v<br />

Cédula <strong>de</strong> Felipe IV confirmando os privilégios dos Jesuítas <strong>de</strong><br />

não pagar<strong>em</strong> direitos do que exportass<strong>em</strong> para o Brasil, para uso<br />

das suas casas. IMPRESSA<br />

L<strong>em</strong>brança das primeiras caravelas q forão <strong>de</strong> socorro a<br />

Pernãobuco, antes da partida da Armada e das pessoas que<br />

levarão por capitães, tpõ <strong>em</strong> q partirão, gente <strong>de</strong> guerra que<br />

levarão e da pólvora e monição q foi nellas pera seu provim. to<br />

Enformassão da Capitania dos ilheos dada por An. to Simõis<br />

procurador da snr. Dom João <strong>de</strong> Castro, Snr. Dela<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei or<strong>de</strong>nando se consulte o Rei das Armas, sobre a<br />

pretensão que Manuel Dias <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, t<strong>em</strong> <strong>de</strong> que se lhe dê por<br />

timbre <strong>de</strong> Armas a Imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Nossa Senhora da Conceição, <strong>em</strong><br />

m<strong>em</strong>ória do sucesso que teve no Galeão Santa Isabel da Armada<br />

da Coroa na jornada da Baía.<br />

Relação e Recenciam to <strong>de</strong> toda a gente <strong>de</strong> guerra do terço do<br />

Mestre <strong>de</strong> Campo Dom Vasco Mascarenhas q <strong>de</strong> presidio asist<strong>em</strong><br />

na cida<strong>de</strong> da Bahya do Brazil e outras praças agregadas a elle, <strong>em</strong><br />

que se acharão 887 praças na mostra geral q se fez <strong>em</strong> 22 <strong>de</strong><br />

junho <strong>de</strong> 1629, conforme a lista q mandou tirar o Provedor Mor<br />

Fran. co Soares daBreu dos ca<strong>de</strong>rnos da matrícula e livros dos<br />

Registos, pellos coais E pella Reformação q fez o G. dor Geral<br />

Dioguo Luis <strong>de</strong> Oliveira, <strong>em</strong> último dagosto <strong>de</strong> 627, por carta <strong>de</strong><br />

S. Mag. De 12 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 626 Vence o sobredito presidio por<br />

mês e por Anno<br />

Despacho (cópia do último) que Francisco Soares <strong>de</strong> Abreu,<br />

Provedor-mor da Fazenda, <strong>de</strong>u na causa do Reverendo Cabido da<br />

Santa Sé da cida<strong>de</strong> da Baía, para se po<strong>de</strong>r fazer folha para que<br />

haja pagamento dos or<strong>de</strong>nados <strong>de</strong> seus benefícios<br />

Carta <strong>de</strong> Francisco Soares <strong>de</strong> Abreu a S. Mag. tocante a perda do<br />

livro dos Registros das Provisões <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>nados dos Ministros<br />

Eclesiásticos, pelas quais se faziam as folhas e se per<strong>de</strong>ram na<br />

ocasião da tomada dos Holan<strong>de</strong>ses e por essas razões se fizerão<br />

novos e se mandou que todos apresentass<strong>em</strong> suas Provisões. E<br />

por ser informado que o Cabido não trata <strong>de</strong> satisfazer o<br />

<strong>de</strong>spacho, mas sim <strong>de</strong> excomungar por o obrigar ao referido,<br />

pe<strong>de</strong> a S. Mag. man<strong>de</strong> r<strong>em</strong>ediar esta <strong>de</strong>savença.<br />

M<strong>em</strong>oria <strong>de</strong> como se pue<strong>de</strong>m fabricar en el Brasil 68 galleones<br />

<strong>de</strong> mil toneladas cada uma<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei sobre o <strong>em</strong>préstimo <strong>de</strong> quinhentos mil cruzados,<br />

para se reformar a Armada <strong>de</strong> cinqüenta galeões <strong>de</strong> ambas as<br />

Coroas, para a Restauração <strong>de</strong> Pernambuco<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei or<strong>de</strong>nando se diga ao Bispo do Brasil, que trate<br />

<strong>de</strong> <strong>em</strong>barcar para aquele estado.<br />

Madrid,<br />

29/04/1625<br />

Lisboa,<br />

01/08/1625<br />

06/12/1625<br />

11/01/1628<br />

22/06/1629<br />

Bahia,<br />

14/11/1629<br />

Bahia,<br />

08/01/1630 e<br />

01/12/1630<br />

Madrid,<br />

15/04/1630<br />

21/05/1631<br />

25/05/1631<br />

111


51-X-1<br />

Fls. 186v<br />

51-X-1<br />

Fls. 187<br />

51-X-1<br />

Fls. 251v-<br />

252<br />

51-X-1<br />

Fls. 92<br />

51-X-1<br />

Fls. 268<br />

51-X-1<br />

Fls. 309v-<br />

310v<br />

51-X-2<br />

Fls. 154<br />

51-X-2<br />

Fls. 14v-<br />

15v<br />

51-X-2<br />

Fls. 26-26v<br />

51-X-2<br />

Fls. 234v-<br />

235<br />

Carta do Governo <strong>de</strong> Portugal a S. Mag. sobre o <strong>em</strong>préstimo dos<br />

quinhentos mil cruzados para o apresto da Armada do Brasil.<br />

Carta do Governo <strong>de</strong> Portugal a S. Mag. sobre a petição que o<br />

Bispo eleito do Brasil fez acerca da mercê <strong>de</strong> 200$000 rs <strong>de</strong><br />

pensão nos bispados vagos<br />

Consulta do Conselho <strong>de</strong> Estado para S. Mag. <strong>em</strong> que comunica<br />

ter visto a relação que fez o capitão Antonio da Cruz, da jornada<br />

da Armada <strong>de</strong> D. Antonio Oquendo e do sucesso da peleja que<br />

teve com o inimigo, e carta do governador da Baía Diogo Luís <strong>de</strong><br />

Oliveira <strong>em</strong> que dá conta da gente que ali <strong>de</strong>ixou D. Antonio e<br />

que Matias <strong>de</strong> Albuquerque avisou do intento <strong>de</strong> o inimigo se<br />

querer ir fortificar no Morro distante <strong>de</strong>z léguas e <strong>em</strong> Taparica, e<br />

a do sargento-mor Francisco Serrano <strong>em</strong> que avisa as<br />

companhias que ficaram na Baía e do que vão a Pernambuco.<br />

Com o parecer do Conselho<br />

Carta <strong>de</strong> El- Rei sobre a pretensão que os Familiares do Santo<br />

Oficio têm <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> escusos por privilégios do <strong>em</strong>préstimo <strong>de</strong><br />

quin tos mil Cruzados, mandando que se lhes faça ver que o<br />

privilégio <strong>de</strong> que se trata não fala nos termos do caso presente e<br />

que quando o compreenda é <strong>de</strong> tal qualida<strong>de</strong> o <strong>em</strong>préstimo e<br />

forçoso para a conservação do Reino e suas conquistas que se<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>rrogar.<br />

Carta do Governo <strong>de</strong> Portugal a S. Mag. sobre se ter or<strong>de</strong>nado ao<br />

Bispo eleito do Brasil que trate <strong>de</strong> <strong>em</strong>barcar com toda a<br />

brevida<strong>de</strong> com o <strong>de</strong>stino àquele Estado para acudir ao governo da<br />

sua Igreja que há muito t<strong>em</strong>po está s<strong>em</strong> prelado<br />

Sobre a cobrança dos donatiuos ecleziasticos<br />

Consulta do Des<strong>em</strong>bargo do Paço a S. Mag. sobre o Bispo eleito<br />

do Brasil que pe<strong>de</strong>-se lhe entregue, sob fiança, tudo o que consta<br />

que se <strong>de</strong>va a Mitra daquele Bispado, com o paracer dos<br />

Governadores<br />

Carta <strong>de</strong> El- Rei acerca das diligências que o Agente <strong>de</strong> Roma,<br />

Dom Miguel Soares Pereira avisa ter feito com S. Santida<strong>de</strong><br />

tocante à graça do socorro <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei respon<strong>de</strong>ndo a uma consulta do Des<strong>em</strong>bargo do<br />

Paço, sobre o que pe<strong>de</strong> o Bispo eleito do Brasil acerca da<br />

<strong>de</strong>manda que traz pelos bens que pertenc<strong>em</strong> à Mitra daquele<br />

Bispado, <strong>em</strong> que manda que a causa corra breve e sumariamente<br />

para o Bispo se <strong>em</strong>barcar e não haja ocasião <strong>de</strong> se <strong>de</strong>ter mais<br />

t<strong>em</strong>po<br />

Carta do Governo <strong>de</strong> Portugal a S Mag. sobre o que respon<strong>de</strong>u o<br />

Coletor ao que se lhe disse da parte <strong>de</strong> S. Mag. acerca <strong>de</strong> escrever<br />

a S. Santida<strong>de</strong>, e favor da graça para o socorro <strong>de</strong> Pernambuco.<br />

Lisboa,<br />

06/09/1631<br />

Lisboa,<br />

20/09/1631<br />

Lisboa,<br />

15/11/1631<br />

19/11/1631<br />

Lisboa,<br />

29/11/1631<br />

28/12/1631<br />

Lisboa,<br />

17/01/1632<br />

22/01/1632<br />

04/02/1632<br />

Lisboa,<br />

28/02/1632<br />

112


51-X-2<br />

Fls. 63v-64<br />

51-X-2<br />

Fls. 64<br />

51-X-2<br />

Fls. 285<br />

51-X-2<br />

Fls. 298-<br />

298v<br />

51-VI-4<br />

Fls. 93<br />

51-X-2<br />

Fls. 108-<br />

108v<br />

51-X-4<br />

Fls.130-<br />

130v<br />

51-X-4<br />

Fls..130v-<br />

131<br />

51-X-4<br />

Fls.131v<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei sobre o se <strong>em</strong>barcar o Bispo do Brasil <strong>em</strong><br />

Companhia do socorro que se envia àquele Estado<br />

Carta <strong>de</strong> El- Rei sobre o que respon<strong>de</strong>u o colector acerca <strong>de</strong><br />

escrever a S. Santida<strong>de</strong> <strong>em</strong> favor da graça para o socorro <strong>de</strong><br />

Pernambuco<br />

Consulta do Conselho da Fazenda a S. Mag, sobre o pedido dos<br />

testamenteiros do Bispo do Brasil, D. Miguel Pereira, querer<strong>em</strong> se lhe<br />

pagu<strong>em</strong> os mil cruzados que se tinha feito mercê para pagamento das<br />

dívidas do Bispo. Com o parecer dos Governadores<br />

Carta do Governo <strong>de</strong> Portugal a S. Mag. sobre o Bispo eleito do<br />

Brasil não ter partido para aquele Estado, por ainda não haver<br />

recebido as Bulas para se po<strong>de</strong>r sagrar.<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei mandando informar o Bispo di Brasil, Pedro da<br />

Silva, que por enquanto não há lugar <strong>de</strong> se lhe <strong>de</strong>ferir a pensão e<br />

or<strong>de</strong>nando que <strong>em</strong>barque para aquele Estado na primeira ocasião<br />

que se ofereça, por assim convir ao serviço <strong>de</strong> Deus.<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei sobre a resposta que <strong>de</strong>u Pedro da Silva <strong>de</strong><br />

Sampaio, Bispo eleito do Brasil, acerca <strong>de</strong> se haver <strong>de</strong> <strong>em</strong>barcar,<br />

e pretensão que t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser provido <strong>de</strong> alguma pensão<br />

eclesiástica, mandando se lhe dê toda a pressa e se faça ver e<br />

consultar nos tribunais as petições, para que chegando as outras<br />

<strong>de</strong> não <strong>de</strong>tenha uma só hora por nenhum respeito<br />

Consulta do Conselho da Fazenda a S Mag. sobre a pretensão do<br />

Bispo do Brasil <strong>em</strong> querer quando a guerra acabar naquele<br />

Estado continuar com a obra da Sé da Baía. Com o parecer do<br />

Con<strong>de</strong> Governador<br />

Consulta do Conselho da Fazenda a S. Mag. <strong>em</strong> que D. Pedro da<br />

Silva <strong>de</strong> Sampaio Bispo eleito do Brasil, pe<strong>de</strong> se lhe passe<br />

provisão para não pagar direitos na Chancelaria do Reino, das<br />

Cartas e Provisões que se lhe passaram. Com o parecer do Con<strong>de</strong><br />

Governador.<br />

.<br />

Consulta do Conselho da Fazenda a S Mag. <strong>em</strong> que o Bispo<br />

eleito do Brasil pe<strong>de</strong> se lhe passe provisão para que naquele<br />

Estado se lhe pagu<strong>em</strong> os or<strong>de</strong>nados caídos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia da morte<br />

do Bispo D. Miguel Pereira seu imediato antecessor. Com o<br />

parecer do Con<strong>de</strong> Governador.<br />

16/03/1632<br />

16/03/1632<br />

27/03/1632<br />

Lisboa,<br />

17/04/1632<br />

21/04/1632<br />

13/05/1632<br />

Lisboa,<br />

16/10/1632<br />

Lisboa,<br />

16/10/1632<br />

Lisboa,<br />

16/10/1632<br />

113


51-X-4<br />

Fls.173v-<br />

174<br />

51-X-4<br />

Fls.43v<br />

51-X-4<br />

Fls.192v<br />

51-X-5.<br />

Fls. 116-<br />

116v<br />

51-X-5. Fl.<br />

15<br />

51-X-5. Fl.<br />

18<br />

51-X-5. Fl.<br />

213-213v<br />

51-VI-52.<br />

Fl. 56<br />

51-VI-52.<br />

Fl. 53-54<br />

Consulta da Mesa da Consciência a S. Mag. acerca dos três mil<br />

cruzados que pe<strong>de</strong> o Bispo eleito do Brasil para se ornar a Sé do<br />

Salvador da Baía. Com o parecer do Con<strong>de</strong> Governador.<br />

Carta <strong>de</strong> El-Rei ao Governo <strong>de</strong> Portugal, mandando que acerca<br />

da resolução que se <strong>de</strong>ve tomar na consulta da Mesa da<br />

Consciência sobre o provimento da Igreja <strong>de</strong> Nossa Senhora das<br />

Neves da Paraíba, que vagou por falecimento do Dr. Bartolomeu<br />

Ferreira Lagarto, se informe sobre Simão Rodrigues Fagun<strong>de</strong>s<br />

um dos propostos é criado atual <strong>de</strong> D. Antonio Mascarenhas,<br />

Deputado daquele Tribunal, ou pessoa da sua obrigação.<br />

Consulta da Mesa da Consciência a S. Mag. <strong>em</strong> que o Bispo<br />

eleito do Brasil pe<strong>de</strong> se lhe dê<strong>em</strong> casas para viver no dito<br />

Bispado. Com o parecer do Con<strong>de</strong> Governador.<br />

Sobre o Bispo elleito do Brasil<br />

N. o 7 Sobre os Religiosos da Comp. a <strong>de</strong> Jesus da Pro / uincia do<br />

Brazil<br />

Por me hauer Representado por parte dos Relg. os / da Comp. a <strong>de</strong><br />

Jesus da Prouincia do Brazil q ainda / se não auia dado<br />

cumprim. to ao q se mandou por Carta <strong>de</strong> / 15 <strong>de</strong> Dez. ro pasado<br />

sobre o pagam. to do Dotte do Colegio / do Brazil da Bahia, E asy<br />

me pareçeo or<strong>de</strong>nar uos / façais q se cumpras <strong>em</strong> todo a or<strong>de</strong>m q<br />

sobre isso <strong>de</strong>y / auisandosse plo prim. ro Correo <strong>de</strong> como fica<br />

executado.<br />

N. o 3 Sobre o Bispo <strong>de</strong> Miliapor<br />

Sobre o Bispo do Brazil<br />

Meza da Consciencia. Decretos, Rezoluções <strong>de</strong> Consultas E<br />

Assentos <strong>de</strong>lla, Des<strong>de</strong> sua creação athe o anno <strong>de</strong> 1726. Por D.<br />

Lazaro Leitão Aranha do Conselho <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Conego<br />

da Sancta Igreja Patriarchal Deputado da Meza da Consciencia<br />

e Or<strong>de</strong>ns.<br />

16 Tomando os Olan<strong>de</strong>ses Pernambuco Se mandou estranhar ao<br />

Bispo da Bahia o man dar Retirar <strong>de</strong> lá os Parrochos 5 <strong>de</strong><br />

Set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1635.<br />

7 Escrevendo El Rei que se or<strong>de</strong>nasse aos Gouernadores<br />

Gouernadores do Brazil, e Ultramar, procuras<strong>em</strong> castigar, e<br />

euitar os peccados públicos, e escandalozos: agra<strong>de</strong>ceo a Meza a<br />

El Rey este pio affecto <strong>em</strong> 14 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1624.<br />

Lisboa,<br />

13/11/1632<br />

17/11/1632<br />

Lisboa,<br />

11/12/1632<br />

Lisboa,<br />

08/01/1633<br />

Lisboa,<br />

15/12/16 ?<br />

Lisboa,<br />

nov<strong>em</strong>bro<br />

/1633<br />

Lisboa,<br />

18/03/1633<br />

114


51-VI-52.<br />

Fl. 72<br />

51-VI-52.<br />

Fl. 54<br />

51-VI-52.<br />

Fl. 487<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 298-301<br />

DECRETA<br />

Sacrae<br />

Congregati<br />

onis<br />

Episcoporu<br />

m et<br />

Regulariu<br />

m Negocys<br />

et<br />

Consultatio<br />

nibus<br />

Praeposita<br />

e Ad<br />

Episcopos<br />

Lusitanos<br />

Tomus III<br />

Ab An:<br />

1660-1661.<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 462-471<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 295-296<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 365-386<br />

28 Dando El Rey noticia á Meza do / bom sucesso <strong>de</strong><br />

Pernambuco lhe agra<strong>de</strong>ceo a / Meza, 11 <strong>de</strong> Nou<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1633.<br />

9 Dando o Bispo do Brazil Conta <strong>de</strong> que na procissão <strong>de</strong> Corpus<br />

a Camera queria leuar a Ban<strong>de</strong>ira atraz do Palio, e que o<br />

Gouernador,e Capellão mor o queria preferir: se consultou que a<br />

Ban<strong>de</strong>ira fosse a diante, e que o Bispo <strong>em</strong> tudo prece<strong>de</strong>sse ao<br />

Gouernador 29 <strong>de</strong> Nou<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1623.<br />

Resgates Particularez<br />

8 Na occazião que os Holan<strong>de</strong>ses tomarão a Bahia, pren<strong>de</strong>rão<br />

doze Padres da Companhia, e os levarão a Holanda on<strong>de</strong><br />

estiverão dous annos prezos, e pagarão aos Holan<strong>de</strong>ses 4 mil<br />

cruzados, <strong>de</strong> que pedião pella Re<strong>de</strong>mpção dos Captivos esmolas,<br />

e se lhes não <strong>de</strong>ffirio.<br />

Supplica <strong>de</strong>lla Prov. a <strong>de</strong>gl Osservanti Ri- / formati di S. Ant. o <strong>de</strong>l<br />

Brasile perl a Depu- / taz. e d´un Comm. rio Gnle colle facoltá<br />

consuete / Si soggiunge L´informaz. e contraria <strong>de</strong>l Comm. rio /<br />

Gnle in Curia, e til Decreto <strong>de</strong> 8; e 25 giugno 1660. pro<br />

advertentia, et nova informatione<br />

E<br />

Supplica di Frá Giovanni a Matre Dei / Professo, e Lettore di<br />

Teologia <strong>de</strong>ll´Ord. e <strong>de</strong> Min. / Osserv. Di Portog. o per la facoltá<br />

di poter as- / sistere alla sua Madre povera colle limosine / <strong>de</strong>lle<br />

Messes, e Prediches Si soggiunge Lin- / formaz. e favorevole <strong>de</strong>l<br />

Comm. rio Gnle, e il <strong>de</strong> / creto <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Giugno 1660 pro gratia.<br />

Fr. Alessio <strong>de</strong>lla Madre di Dio Custo<strong>de</strong>, e Procuratore<br />

<strong>de</strong>gl´Obseruanti Riformati <strong>de</strong>lla Prouincia di S. Antonio <strong>de</strong>l<br />

Brasile<br />

Supplica <strong>de</strong>l P. Fr. Matteo <strong>de</strong>lla Prov. a / di Portog. o <strong>de</strong>l 3. o Ord. e<br />

di S. Fran. co per ottenere / la dilaz. e d´un mese nella causa<br />

d´appellaz. e / contro il Capitolo Provinciale p. si soggiunge il<br />

Decreto <strong>de</strong> 9 Apte 1660 pro grazia<br />

Supplica <strong>de</strong>l P. Fr. Matteo di S. Fran. co / <strong>de</strong>lla Prov. a di Portog. o<br />

<strong>de</strong>l 3. o Ord. e di S. Fran. co / Isla nullitá <strong>de</strong>ll´Elezz. e <strong>de</strong>l P. F.<br />

Emanuele / <strong>de</strong>lla Trinitá in Prov. e , e Isla restituz. e <strong>de</strong>ll / Orat. e<br />

alla carica <strong>de</strong>l Provincialato conferi- / tagli da sua Santitá con<br />

Breve Apcõ, che qui / s´inserise soggiungorsi uarij attestati sopra<br />

/ li meriti <strong>de</strong>l d. o F. Matteo com il Decreto <strong>de</strong>lla S. Cong. ne <strong>de</strong> 23<br />

Lug. o 1660 pro gratia.<br />

03/09/1660<br />

115


47-VIII-7.<br />

Fl. 462-466<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 466-467<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 467-473<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 519-521<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 523-562<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 588-589<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 633-634<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 647-649<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 701-702<br />

47-VIII-7.<br />

Fl. 719-721<br />

47-VIII-2<br />

Fl. 539<br />

Istanza di Fr. Alessio <strong>de</strong>lla Madre di / Dio, Custo<strong>de</strong>, Procuratóre<br />

<strong>de</strong>ll Osservanti Ri- / formati <strong>de</strong>lla Provincia di S. Ant. o <strong>de</strong>l<br />

Brasile Isla conferma <strong>de</strong>lla dichiarz. e fatta dal Pre / Gnle <strong>de</strong>l<br />

Breve ottenuto ad istanza <strong>de</strong>lla Pro- / vincia di Portog. o , in cui si<br />

ordina, che non si / possano li vocali privare, o sospen<strong>de</strong>re dal<br />

vo- / to, ed officio avanti la celebraz. e <strong>de</strong>l Capitolo / che non sis<br />

stenda d. o Breve alla Prov. cia <strong>de</strong>l Bra- / sile si soggiunge la Copia<br />

di d. a Dichiaraz. e , et / il Decreto <strong>de</strong> 3 7bre 1660 rimessivo <strong>de</strong>lla<br />

suplica al Papa.<br />

Istanza <strong>de</strong>l med. o , che non si spedisca / cosa alcuna nella S.<br />

Cong. ne spettante a Religiosi di d. a Prov. cia senza che sia prima<br />

citato, / e sentito L´Ore si soggiunge il Decreto in / data, come<br />

sopra, Pro advertentia<br />

Supplica <strong>de</strong>l Gnle <strong>de</strong>lli Ord. e di S. Fran. co / perl a conferma <strong>de</strong>lla<br />

<strong>de</strong>putaz. e di Fr. Alessio <strong>de</strong>lla /Madre di Dio in Visitatore <strong>de</strong>lla<br />

Prov. a / di S. Ant. o <strong>de</strong>gl Osservanti Riformati <strong>de</strong>l Bra- / sile<br />

approvata dal Card. e Barberini Protett. e / si soggiugano le Patenti<br />

<strong>de</strong>l d. o Gnle, e <strong>de</strong>l / Cardinal Protett. e con il rescritto <strong>de</strong> 3 7bre <strong>de</strong><br />

1660, / in Cui si dichiara non esservi bisogno di confer- / ma<br />

Supplica <strong>de</strong> PP. Riformati osservanti / <strong>de</strong>lla Prov. cia di S. Ant. o<br />

<strong>de</strong>l Brasile Is l´ord. e / che si prendano le giuridiche informaz. ni di<br />

quello / espongano contro fr. Alessio <strong>de</strong>lla Madre di Dio, che<br />

preten<strong>de</strong> esser farro Giuduce soprain- / ten<strong>de</strong>nte, e Provle di d. a<br />

Prov. cia con mezzi il / leciti si soggiunge il <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>l primo<br />

Ottobre / 1660 pro gratia<br />

Ricorso <strong>de</strong>lla Prov. cia <strong>de</strong>l 3. o Ord. e di S. Fran. co / di Portog. o<br />

contro il P. Fr. Matteo (…) perl a manutenz. e <strong>de</strong>l med. o nel<br />

Provincialato.<br />

Suplica <strong>de</strong>l P. Gio di S. Tereza Carmelitano (…) con <strong>de</strong>creto<br />

negativo.<br />

Decreto <strong>de</strong>lla med. a <strong>de</strong> 21 Genn. o 1661, in / cui si conce<strong>de</strong> facoltá<br />

al P. F. Emanuele di Christo / osservante di passare dalla Prov. cia<br />

<strong>de</strong>l / Brasile aquella di portog. o<br />

Supplica di frá Matteo di S. Fran. co Pro- / vinciale <strong>de</strong>l 3. o Ord. e di<br />

Portog. o<br />

Supplica <strong>de</strong>lla Prov. cia <strong>de</strong> Min. Osserv. ti di S. / Ant. o <strong>de</strong>l Brasile,<br />

accio non s´inovi cos´alcuna / intorn all´elezzioni <strong>de</strong>gli<br />

Definitori contrastate / dal P. Alessio <strong>de</strong>lla Madre <strong>de</strong> Dio Presid. e<br />

<strong>de</strong>l / Capitolo, senz´esser´intese le Ragioni di d. a Prov. cia / si<br />

soggiunge il Dec. o <strong>de</strong> 26 Agosto 1661. Negativo.<br />

Deputaz. e <strong>de</strong>l Prou. le e superiori <strong>de</strong>ll / Osservanti Riformati <strong>de</strong>l<br />

Brasile fatti Is / Breve li 9 7bre 1661<br />

DECRETA Sacrae Congregationis Episcoporum et Regularium<br />

Negocys et Consultationibus Praepositae Ad Episcopos<br />

Lusitanos Tomus Primus Ab An: 1591-1680.<br />

12 / 11 / 1660<br />

21 / 01 / 1661<br />

26 / 08 / 1661<br />

09 / 09 / 1661<br />

03 / 12 / 1660<br />

116


51-IX-7<br />

Fl. 302-<br />

303v<br />

51-VII-48<br />

por 51-v-<br />

17 Fls.<br />

110-114<br />

47-VIII-10<br />

F. 330-938<br />

47-VIII-10<br />

F. 218<br />

51-VI-52<br />

F. 24<br />

51-VIII-18<br />

n. 324<br />

54-VIII-27<br />

n. 52<br />

51-VI-21<br />

Fl. 48-50<br />

Pietro Garcia <strong>de</strong> Archugo Nobile laico <strong>de</strong>lla Cittá, ouuero<br />

Diocesi <strong>de</strong>l Brasile<br />

Carta <strong>de</strong> Fr. Gabriel do Espírito Santo acusando Fr. Pantaleão<br />

Batista.<br />

Em Caso que os Holan<strong>de</strong>zes<br />

Cometão a Bahia<br />

DECRETA Sacrae Congregationis Episcoporum et Regularium<br />

Negocys et Consultationibus Praepositae Ad Episcopos<br />

Lusitanos Tomus VI Ab An: 1671-1676.<br />

Supplica <strong>de</strong>l Generale, e Monaci <strong>de</strong>lla Congr. e di S. Bene<strong>de</strong>tto di<br />

Portogalo, perl a proibizione <strong>de</strong>lla dism<strong>em</strong>brazione, che<br />

preten<strong>de</strong>si fare da alcuni Monaci, <strong>de</strong>lla Prov. a <strong>de</strong>l Brasile<br />

daquella di Portogallo. Si soggiungono varie scritture con<br />

documenti sopra questa materia per l´una e l´altra parte: e li<br />

<strong>de</strong>creti <strong>de</strong>lla S. Congr. proibitivi di dita dism<strong>em</strong>brazione e<br />

rivocatori <strong>de</strong>l Breve ottenuto ad instanza di D. Leone di S.<br />

Bene<strong>de</strong>tto e di D. Ignazio da Purificazione per la celebrazione <strong>de</strong>l<br />

Capitolo nella Provincia <strong>de</strong>l Brasile, con ord. e pero che li<br />

superiori di dita Prov. <strong>de</strong>bbano essere in avuenire naturali di quel<br />

Regno. 16 di Maii 1673<br />

Supplica <strong>de</strong>l Senato, ex officiali <strong>de</strong>lla Camera di Bay anel<br />

Brasile, per la mo<strong>de</strong>razione di alcune clausoles, conrenure nel<br />

Breve di Cl<strong>em</strong>ente IX che qui s´inserisce, sopra la fondaz. e <strong>de</strong>l<br />

monast. o <strong>de</strong>lle monache francescane di Baya, e la translaz. e da<br />

Portog. o <strong>de</strong>lle Monache Istitutici soggiungesi il <strong>de</strong>creto <strong>de</strong>lla S.<br />

Cong. e <strong>de</strong> 16 7bre 1672. Confermato da sua Santitá, Pro gratia.<br />

Consulta para se mandar s Pernambuco Religiosos da Companhia<br />

para combater a heresia.<br />

Sobre a pretensão que têm os Religiosos <strong>de</strong> S. Bento do Brasil <strong>de</strong><br />

possuír<strong>em</strong> as terras que têm naquelas partes<br />

Petição <strong>de</strong> Fr. Antonio da Purificação, Provincial da Provincia da<br />

Arrábida, e <strong>de</strong> Fr. Simão da Nativida<strong>de</strong>, Provincial <strong>de</strong> St.<br />

Antonio a S.M. para mandar recolher aos respectivos ,osteiros os<br />

fra<strong>de</strong>s que estão no Reino e são das Ilhas, Brasil ou India<br />

Consulta sobre 4 religiosos cónegos Regulares <strong>de</strong> Santo<br />

Agostinho, rsi<strong>de</strong>ntes no convento <strong>de</strong> S. Vicente, que se<br />

ofereceram para ir na Armada para confessar a gente <strong>de</strong>la<br />

c.1648<br />

C. 1640<br />

01/09/1673<br />

a<br />

11/ 04 / 1687<br />

01/06/1656<br />

24/02/1607<br />

1659<br />

Lisboa<br />

25/08/1638<br />

117


51-VI-22<br />

Fl. 278-279<br />

51-VI-28<br />

Fl. 77v-78<br />

47-VIII-8<br />

F. 458-459<br />

.<br />

47-VIII-8<br />

F. 486-488<br />

E<br />

183<br />

47-VIII-7<br />

F. 297-301,<br />

462-470.<br />

519-520,<br />

701-702 e<br />

720<br />

47-VIII-9<br />

F. 13-346<br />

47-VIII-14<br />

F. 678-684<br />

51-VII-48<br />

241v-253<br />

Confirmação dos previlégios dos jesuítas para não pagar<strong>em</strong><br />

direitos do que exportare, para o Brasil para uso <strong>de</strong> suas casas,<br />

por Felipe III<br />

Para servir <strong>de</strong> Capelão-mor da Armada, Fr. Paulo da Estrela, da<br />

3. Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Francisco<br />

DECRETA Sacrae Congregationis Episcoporum et Regularium<br />

Negocys et Consultationibus Praepositae Ad Episcopos<br />

Lusitanos Tomus IV Ab An: 1661-1662<br />

Suplica <strong>de</strong> Dr. Miguel <strong>de</strong> S. Boaventura , da província do Brasil<br />

dos menores observantes<br />

Sobre a Provincia <strong>de</strong> Santo Antonio do Brasil<br />

Sobre a Provincia <strong>de</strong> Santo Antonio dos Observantes<br />

Reformados do Brasil<br />

Sobre a suspensão do P. Fr. Sebastião do Espirito Santo <strong>de</strong><br />

Comissario Geral da Província <strong>de</strong> St. Antonio dos observantes<br />

reformados do Brasil<br />

Sobre a Provincia <strong>de</strong> Santo Antonio dos Observantes<br />

Reformados do Brasil<br />

Carta do P. Antonio do Couto da Companhia <strong>de</strong> Jesus<br />

Biblioteca Pública <strong>de</strong> Évora<br />

Madrid<br />

29/04/1625<br />

Lisboa<br />

12/06/1624<br />

1662<br />

Lisboa<br />

10/09/1662<br />

1662<br />

Luanda,<br />

05/09/1648<br />

<strong>Documento</strong> Título Autor/Período<br />

Cod. CXVI/ 2-3 a fol.<br />

85-86v<br />

Cod. CXVI/ 2-3 a fol.<br />

87-88v<br />

Cod. CXVI/ 2-3 as fols.<br />

89-90v<br />

Cod. CXVI/ 2-3 a fol.<br />

91-92v<br />

RELAÇÃO Por Maior das cousas sobre que escrevi<br />

a S. Magesta<strong>de</strong> e seus Ministros na Caravella do<br />

Pachão, que partiu <strong>de</strong> Lisboa <strong>em</strong> 26 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong><br />

1636<br />

Outra Relação, com alguma diferença da<br />

antece<strong>de</strong>nte (mesma letra e data)<br />

CARTA do Bispo do Brasil ao snr. es Urbano da<br />

Silva, e D. Antonio<br />

CÓPIA <strong>de</strong> uma Carta do P. e Simão <strong>de</strong><br />

Vasconcellos, da Companhia <strong>de</strong> Jesus, Mestre <strong>em</strong><br />

Theologia<br />

S.I / 26.04.1636<br />

S.I / 26.04.1636<br />

SAMPAIO, D. Pedro<br />

da Silva e /<br />

03.05.1638<br />

VASCONCELLOS.<br />

Pe. Simão <strong>de</strong> /<br />

27.05.1638<br />

Cod. CXVI/ 2-3 a CARTA <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Vasconcellos ao seu VASCONCELLOS,<br />

118


fol.93-96v tio...dando novas do que t<strong>em</strong> sucedido com os<br />

Hollan<strong>de</strong>zes<br />

Manoel / 05.06.1638<br />

Cod. CXVI/ 2-3 a CÓPIA da Carta <strong>de</strong> D. Fernando Mascarenhas, TORRE, Con<strong>de</strong> da /<br />

fol.97-98v<br />

Con<strong>de</strong> da Torre.<br />

26.05.1639<br />

Cod. CV / 3-17 (?) a fol.<br />

179 (3.fls)<br />

CATALOGO dos Prelados, e mais cargos da<br />

Província dos Monges do Brazil<br />

S.I / Anterior a 1739<br />

Cod. CXV / 2-11 a fol.<br />

209 (69.fls)<br />

CHRONICA da Companhia <strong>de</strong> Jesus da Missão do<br />

Maranhão., pelo P. e Domingos <strong>de</strong> Araújo (Ver<br />

especialmente o Livro Segundo)<br />

1720<br />

Cod. CXV / 2-13 a fol.<br />

478<br />

CATALOGO <strong>de</strong> sugeitos (da Companhia) que<br />

foram para o Maranhão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1615 até 1748<br />

S.I/ s.d<br />

Cod. CXV / 2-14 a n. 7<br />

CATALOGO dos Religiosos da Companhia no<br />

Maranhão, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1615 até 1748.<br />

Letra do P. e PAPEIS sobre o<br />

Bento da<br />

Fonseca / s.d<br />

levantamento <strong>de</strong><br />

Pernambuco contra os<br />

Hollan<strong>de</strong>zes Cod. CVI /<br />

2-2 a Fol. 180<br />

Treslado do Assento que se fez sobre as couzas <strong>de</strong><br />

Pernambuco (Antonio Teles da Silva reuniu<br />

Ministros e Religiosos)<br />

SILVA, Antonio<br />

Telles da / 18.06.1645<br />

LIVRO Dourado da Alvará para que os Custódios <strong>de</strong> Santo Antonio do<br />

Relação da Bahia Cód<br />

CXV / 2-3 Fol. 622v-<br />

Brazil possam edificar mais conventos, consentindo<br />

nisto as Câmaras, e com aprovação do Governador<br />

28.11.1624<br />

623v<br />

do Estado<br />

CARTA e VERDADEIRA RELAÇÃO dos<br />

Cod. CXVI / 2-4 (40 Sucessos do Padre Pedro Tavares da Companhia <strong>de</strong> TAVARES, Pe Pedro,<br />

fls.)<br />

Jesus <strong>em</strong> suas missões dos Reinos <strong>de</strong> Angola e<br />

Congo.<br />

MEMORIAL que por or<strong>de</strong>m d’El Rey escreveu do<br />

que viu, sabe, e passou P.<br />

S.J. Cerca <strong>de</strong> 1630<br />

Cod. CIII / 3-10 a fl.4<br />

e ...que da Bahia foi como<br />

o socorro <strong>de</strong> Angola, quando estava <strong>em</strong> po<strong>de</strong>r dos<br />

Hollan<strong>de</strong>zes. Com arbítrios para o melhoramento<br />

das nossas possessões Africana.<br />

S.I / s.d<br />

Cod. CXVI / 1-59 a n. 6<br />

(5 fls.)<br />

VIDA DE FRANCISCO SOVERAL, Bispo do<br />

Congo e Angola, sua felix morte, e translação <strong>de</strong><br />

Massangano a esta cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Asssumpção<br />

RAZÕES sobre a controvérsia que se moveo acerca<br />

S.I / Século XVII<br />

Cod. CVI/ 2-10 a fl. 190<br />

da erecção <strong>de</strong> uma nova Parochia na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S.<br />

Paulo <strong>de</strong> Loanda, <strong>em</strong> Angola (..) no t<strong>em</strong>po do Bispo<br />

D. Francisco Soveral<br />

S.I / s.d<br />

S.N, Est. 38, C. 4, Vol.<br />

11, a fl. 266<br />

CARTA <strong>de</strong> Fr. Gaspar do Salvador, religioso<br />

capucho, confessor do Con<strong>de</strong> Alegrete, escripta do<br />

exercito a 24 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1646<br />

SALVADOR, Pe.<br />

Gaspar do /<br />

24.09.1646<br />

Biblioteca Nacional <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>Documento</strong> Título Autor/Período<br />

NCB<br />

561099<br />

F. 329-355 ; In fol.<br />

NCB 560920<br />

F. 119<br />

NCB 561104<br />

Relação dos sucessos que houve na Baía<br />

<strong>de</strong> S. Salvador contra os holan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong><br />

1638<br />

Carta circular que D. Manuel <strong>de</strong> Meneses<br />

enviou, pelo ajudante Alonso Rodrigues,<br />

com instruções a todos os capitães da sua<br />

armada, após a recuperação da praça da<br />

Baía<br />

[Mesa da Consciência e Or<strong>de</strong>ns<br />

Manuscrito] Consultas <strong>de</strong>ste tribunal sobre<br />

a isenção dos cavaleiros da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

[S.I], 1638<br />

MENESES, Manuel <strong>de</strong><br />

02/06/1625<br />

Letra do século XVII<br />

Há entre os documentos<br />

que acompanham as<br />

119


NCB 561088<br />

Coleção Pombalina<br />

n.240<br />

F. 5-364<br />

Cristo <strong>de</strong> servir<strong>em</strong> na armada que <strong>em</strong> 1635<br />

se aprontou para restauração das terras que<br />

os inimigos haviam tomado no Brasil e<br />

sobre a dos comendadores das três or<strong>de</strong>ns<br />

militares <strong>de</strong> ir<strong>em</strong> pessoalmente naquela<br />

armada, ou <strong>de</strong> Contribuír<strong>em</strong> para a guerra<br />

com parte dos rendimentos <strong>de</strong> suas<br />

comendas<br />

Relação da guerra <strong>de</strong> Pernambuco com os<br />

Holan<strong>de</strong>ses, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Março a Dez<strong>em</strong>bro<br />

Manuscrito Matias <strong>de</strong> Albuquerque<br />

Varias Obras Math<strong>em</strong>aticas compuestas<br />

por el P. Ignacio Stafford mestre <strong>de</strong><br />

math<strong>em</strong>atica en el Colegio <strong>de</strong> S. Anton <strong>de</strong><br />

la Compañia <strong>de</strong> Jesus, y no acavadas por<br />

causa <strong>de</strong> la muerte <strong>de</strong>l dicho Padre.<br />

Lisboa, año 1638. Ms. In-fol. De 642 pag.,<br />

com <strong>de</strong>senhos e índice<br />

Biblioteca Nacional <strong>de</strong> Madrid<br />

Varieda<strong>de</strong>s [ Manuscrito] Instrucção que<br />

<strong>de</strong>u El Rey D. J.o o 4º ao P.e An.o V.a p.<br />

seguir nos neg.os a Åq foi a Roma [<strong>em</strong><br />

1649] (f. 98 v.-106); e Carta [<strong>de</strong> D. João<br />

IV] p.a o P.e An.o Vieyra. – Datada <strong>de</strong><br />

1650 (f. 106-108);<br />

consultas, algumas cópias<br />

autênticas <strong>de</strong> Bulas<br />

Enc. Em perg.<br />

ALBUQUERQUE, Matias<br />

1636<br />

STAFFORD, Pe. Inácio<br />

Lee<br />

D. João IV<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

Ms. 938<br />

Ms. 938<br />

Ms. 1630<br />

Ms. 2355<br />

Ms. 2357<br />

Ms. 2364<br />

Ms. 2365<br />

[<strong>Documento</strong>s <strong>de</strong> la Or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong> Portugal]<br />

Párrafo <strong>de</strong> uma carta <strong>de</strong> Felipe IV sobre que los<br />

caballeros <strong>de</strong> las tres or<strong>de</strong>nes militares se<br />

<strong>em</strong>barcassen <strong>em</strong> la armada <strong>de</strong> recuperación <strong>de</strong><br />

Brasil o contribuyesen a los gastos <strong>de</strong> la misma.<br />

Fl. 200-201v<br />

[<strong>Documento</strong>s <strong>de</strong> la Or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> Cristo <strong>de</strong> Portugal]<br />

Consulta <strong>de</strong> la Junta <strong>de</strong> Des<strong>em</strong>peño sobre la or<strong>de</strong>n<br />

<strong>de</strong> su Majestad para que los caballeros <strong>de</strong> Cristo se<br />

<strong>em</strong>barcasen <strong>em</strong> la armada <strong>de</strong> recuperación <strong>de</strong>l<br />

Brasil Fl. 202<br />

Distinta documentación sobre la particpación <strong>de</strong>l<br />

marqués <strong>de</strong> Torrecuso, D. Carlos Andrés <strong>de</strong><br />

Caracciolo, <strong>em</strong> la Jornada <strong>de</strong>l Brasil Fls. 19-24.<br />

Antes que se trate <strong>de</strong> la entrada <strong>de</strong> los Olan<strong>de</strong>ses<br />

<strong>em</strong> el Brasil que fue <strong>em</strong> el año <strong>de</strong> 1624, quando<br />

tomaron la Bahia <strong>de</strong> Todos los Santos (...) Fls. 51-<br />

56.<br />

Discurso y relación sobre la inpresa <strong>de</strong> la Vaya <strong>de</strong><br />

San Salvador <strong>de</strong>l Brasil, hecho por el Governador<br />

Juan Vivencio San Feliche<br />

Vários progresos <strong>de</strong> los Olan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> el Brasil.<br />

Pásase a ellos el mulato Calabar y hacen gran<strong>de</strong>s<br />

daños <strong>em</strong> aquel estado por su industria Fls. 363-364<br />

Relación <strong>em</strong> la que se pue<strong>de</strong> constatar como<br />

pudieron tomar los holan<strong>de</strong>ses la Parayba y el<br />

fuerte <strong>de</strong> Nazareth Fls. 9 -12<br />

Vários / 1636<br />

Vários / 1636<br />

Torrecuso / 1624-1625<br />

Século XVIII<br />

BAGNUOLI, Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> /<br />

1625<br />

1633<br />

1634<br />

120


Ms. 2366<br />

Ms. 2367<br />

Ms. 2369<br />

Ms. 2369<br />

Ms. 2369<br />

Ms. 2376<br />

Ms. 2396<br />

Ms. 3014<br />

Ms. 3015<br />

Ms. 3207<br />

Ms. 17.533<br />

Ms. 18719<br />

Relación <strong>de</strong> la entrada <strong>de</strong> D. Luis <strong>de</strong> Roxas <strong>em</strong> la<br />

guerra <strong>de</strong>l Brasil, <strong>de</strong> su encuentro com los<br />

Holan<strong>de</strong>ses, <strong>de</strong> su muerte y <strong>de</strong>más acontecimientos.<br />

Fls. 41- 44<br />

Relación sobre el sitio a Bahia <strong>de</strong> todos los Santos,<br />

comandado por el con<strong>de</strong> Mauricio <strong>de</strong> Nassau. Fls.<br />

105 – 106.<br />

Relación <strong>de</strong> los suceso <strong>de</strong> Brasil bajo la<br />

gobernación <strong>de</strong>l con<strong>de</strong> <strong>de</strong> la Torre. Fls. 5-6.<br />

M<strong>em</strong>orial <strong>de</strong>l prelado <strong>de</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro sobre los<br />

daños que les causaban las entradas que se<br />

realizaban <strong>em</strong> su diocésis. Impreso <strong>em</strong> Madrid. Fls.<br />

296 – 301.<br />

Relación que veo da Bahia <strong>de</strong> Todos os Santos. Fls.<br />

308 -310<br />

Justificación y saisfecho <strong>de</strong> obispo <strong>de</strong>l Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>em</strong> razón <strong>de</strong> su ida para Roma, que<br />

humil<strong>de</strong>mente presenta a S. M. Fls. 277-280<br />

Relación <strong>de</strong> la Bahia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> marzo hasta 29 <strong>de</strong><br />

abril que se imbió a Pernambuco. Fls. 47-49<br />

Cartas <strong>de</strong> los reyes Felipe II, III y IV que se referien<br />

al gobierno <strong>de</strong> Portugal y sus posesiones<br />

Apuntamientos a un papel <strong>de</strong> advertencias tocantes<br />

al socorro <strong>de</strong>l estado <strong>de</strong>l Brasil por el Dr.<br />

Bartolomé Ferreira Lagarto administrador que fue<br />

<strong>de</strong> aquel Distrito. 27 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1639. Fima<br />

autógrafada. Fls. 9-14.<br />

Relación <strong>de</strong> la jornada <strong>de</strong> la armada (...) cuyo<br />

Capian general es Don Antonio <strong>de</strong> Oquendo (...).<br />

p.501<br />

Da tomada da cida<strong>de</strong> da Bahia e o que mais<br />

soce<strong>de</strong>o ate morte do señor Bispo, por f. Francisco<br />

<strong>de</strong> São João, <strong>de</strong>scalço da Or<strong>de</strong>n <strong>de</strong> San Francisco<br />

Fls. 21 – 31.<br />

Doc. n. 36; Relación <strong>de</strong> los serbicios que hiço <strong>em</strong> el<br />

Brazil Diego Luis <strong>de</strong> Oliveira en discurso <strong>de</strong> nueve<br />

años y médio que gobernó aquel Estado (...).<br />

Biblioteca Nacional do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Divisão <strong>de</strong> Manuscritos<br />

1635<br />

1638<br />

1638<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 1638<br />

3 <strong>de</strong> junio <strong>de</strong> 1638<br />

1644<br />

Século XVII<br />

1609-1641<br />

LAGARTO, Bartolomeu<br />

Ferreira / 27/10/1639<br />

1632<br />

SÃO JOÃO, Frei<br />

Francisco <strong>de</strong>, O.F.M /<br />

Século XVIII<br />

Século XVII<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Data<br />

I-33,33,030<br />

I-33,33,024<br />

Treslado d huã carta do [Pedro] Antonio <strong>de</strong> Sousa que foi na armada<br />

da Bahia.<br />

RELAÇÃO q se [...] <strong>de</strong> uma carta <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> abril, [queicha] eu la<br />

Bahia <strong>de</strong> todos os Santos <strong>de</strong> la Ciudad <strong>de</strong> Salvador província Del<br />

Brazil 1625<br />

SOUZA, Pedro<br />

Antônio <strong>de</strong><br />

30/05/[1625]<br />

[S.I.]<br />

24/04/1625<br />

121


I-46,21,6<br />

Relação do sucesso que teve no Brazil a armada que sua mejesta<strong>de</strong><br />

mandou a cargo <strong>de</strong> D. Fernando Mascarenhas, Con<strong>de</strong> da Torre<br />

TORRE, Fernando<br />

Mascarenhas<br />

1638<br />

I-33,33,023 Relação do Sucesso da Bahia [S.I], s/d<br />

I-33,33,026 Relação da armada da Baya [S.I], s/d<br />

+I-33,33,028<br />

I-33,33,031<br />

I-33,33,006<br />

I-33,33,033<br />

I-33,33,029<br />

I-33,33,022<br />

I-33,33,027<br />

II-31,28,004<br />

I-33,33,025<br />

I-33,33,005<br />

n§004<br />

COPIAS <strong>de</strong> lãs cartas e respuestas que vão <strong>de</strong> parte dos olan<strong>de</strong>ses a<br />

Dom Fradique <strong>de</strong> Toledo Ozório <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> abril asta que se<br />

[rendio] las Plaza<br />

Carta a <strong>de</strong>stinatário não <strong>de</strong>clarado dando notícias dos holan<strong>de</strong>ses na<br />

Bahia e comunicando ocorrências <strong>em</strong> diversos pontos da Europa<br />

Carta a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria, dando notícias <strong>de</strong> diversos lugares,<br />

mencionado navios do Brasil e a armada que foi socorrer a Bahia e<br />

transmitindo notícia do nascimento da princesa<br />

Fragmento <strong>de</strong> Carta a <strong>de</strong>stinatário não <strong>de</strong>clarado dando notícias <strong>de</strong><br />

holan<strong>de</strong>ses na Bahia<br />

Fragmento q particular enviou a Pernambuco ao [governador]<br />

Mathias <strong>de</strong> Albuquerque do sucesso da armada até estar avistada ilha<br />

<strong>de</strong> Santiago <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong> doni<strong>de</strong> se enviou a dita Rellação <strong>em</strong> hua<br />

caravella q <strong>de</strong> Cádiz <strong>de</strong>spachou Dom Fradique<br />

Discurso Del sucesso, q hau tenido has armadas <strong>de</strong> su [Magesta<strong>de</strong>]<br />

<strong>em</strong> la jornada Del Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> q salierõ <strong>de</strong> Espana, hasta la<br />

restauracion <strong>de</strong> la ciudad <strong>de</strong>l Salvador, q tomaro los olan<strong>de</strong>ses<br />

MEMORIA dos mortos do terço do mestre <strong>de</strong> Campo Dom [Pedro]<br />

Ozório que morrerão na saída q fizerão os olan<strong>de</strong>ses no 4 el <strong>de</strong> São<br />

Bento<br />

M<strong>em</strong>ória sobre a situação da Bahia e do Brasil, sob o domínio<br />

espanhol e a ameaça holan<strong>de</strong>sa e artigos do estatuto da Companhia<br />

das Índias Oci<strong>de</strong>ntais<br />

Treslado <strong>de</strong> hua carta q <strong>de</strong>la Bahia E envio Al [senhor] Matias <strong>de</strong><br />

Albuquerque [governador] e capitan general <strong>de</strong>l estado <strong>de</strong>l Brazil<br />

Carta a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria (...) informando sobre (...) a<br />

tomada da Bahia e <strong>de</strong> Breda. Enviando rol dos mortos e feridos<br />

[S.I], 28/04/[16...]<br />

MELO, Francisco<br />

<strong>de</strong><br />

22/04/[1624]<br />

COELHO, Antônio<br />

06/12/[1625]<br />

VIEIRA, Manuel<br />

26/07/[1624]<br />

[S.I], s/d<br />

[S.I], 20/05/[1624]<br />

[S.I], s/d<br />

[S.I], 1644<br />

AGUIAR, Manuel<br />

Pacheco <strong>de</strong><br />

O4/07/[1625]<br />

GOST, Bernado<br />

11/07/[1625]<br />

122


I-33,33,005<br />

n§004<br />

I-33,33,012<br />

n§003<br />

I-46,20,2<br />

I-33,33,035<br />

I-33,33,008<br />

n§001<br />

I-33,33,010<br />

I-33,33,005<br />

n§003<br />

I-33,33,005<br />

n§006<br />

I-33,33,012<br />

n§002<br />

I-33,33,056<br />

II-31,28,026<br />

II-32,13,018<br />

25,1,001 n°051<br />

Carta a <strong>de</strong>stinatário não <strong>de</strong>clarado comentando a festa do Santo<br />

Patriarca e dando noticias (...) das armadas da Bahia e <strong>de</strong> Fradique<br />

<strong>de</strong> Toledo Osório que se encontra <strong>em</strong> Cádiz<br />

Carta a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria (...) transmitindo notícias <strong>de</strong><br />

holan<strong>de</strong>ses na Bahia<br />

Carta <strong>de</strong> El –Rei Filipe IV <strong>de</strong> Espanha para o Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Figueiro,<br />

dando-lhe conta da grave situação no Brasil e or<strong>de</strong>nando-lhe<br />

concorra para o apresto <strong>de</strong> armadas <strong>de</strong> socorro<br />

Carta a <strong>de</strong>stinatário não <strong>de</strong>clarado dando noticia dos holan<strong>de</strong>ses na<br />

Bahia<br />

Carta a <strong>de</strong>stinatário não <strong>de</strong>clarado, dando notícias <strong>de</strong> holan<strong>de</strong>ses na<br />

Bahia e comunicando ocorrências <strong>em</strong> diversos lugares<br />

Carta a <strong>de</strong>stinatário não <strong>de</strong>clarado comunicando a espera da ramada<br />

e a alta t<strong>em</strong>peratura. Fazendo referências a Pernambuco e a Bahia, e<br />

pe<strong>de</strong> notícias<br />

Carta a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria (...) comunicando a tomada da<br />

Bahia e <strong>de</strong> Breda<br />

Carta a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria (...) comentando a festa do padre<br />

San Bruno (...) e referindo-se a uma possível ida da armada da<br />

Inglaterra para o Brasil<br />

Carta a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria (...) menciona o Brasil, fazendo<br />

referência a holan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> diversos pontos.<br />

Trechos <strong>de</strong> cartas mencionando presença <strong>de</strong> holan<strong>de</strong>ses no Brasil e<br />

<strong>em</strong> Breda; guerras <strong>em</strong> Gênova, na Rota <strong>de</strong> Gavi (Pi<strong>em</strong>onte) e <strong>em</strong><br />

Anbers e rendição <strong>de</strong> Breda<br />

Cartas holan<strong>de</strong>sas, fotografadas, com tradução para espanhol,<br />

<strong>de</strong>screvendo chegada dos holan<strong>de</strong>ses ao Brasil<br />

Ofício ao presi<strong>de</strong>nte da Conselho <strong>de</strong> Índias, avisando que os<br />

holan<strong>de</strong>ses preten<strong>de</strong>m povoar as terras <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maranon até a Ilha <strong>de</strong><br />

Santa Margarida<br />

OFïCIO aos inquisidores <strong>de</strong> Goa e partes da índia alertando sobre<br />

Bíblias e livros impressos por holan<strong>de</strong>ses contendo as suas heresias,<br />

com o interesse <strong>de</strong> entrar<strong>em</strong> na Índia<br />

GOST, Bernado<br />

29/10/[1625]<br />

CARDOSO,<br />

Matheus<br />

10/12/[1624]<br />

Dom Filipe IV<br />

13/03/1636<br />

Vimioso<br />

23/04/[16...]<br />

VILLASBOAS,<br />

Martim Vaz<br />

08/07/[1625]<br />

MADEIRA, André<br />

23/10/[1625]<br />

GOST, Bernardo<br />

07/07/[1625]<br />

GOST, Bernardo<br />

02/11/[1625]<br />

A CARDOSO,<br />

Matheus<br />

09/08/[1624]<br />

[S.I], 28/04/[1625]<br />

[S.I], 1631-1634<br />

[S.I], 1615<br />

[S.I], 03/04/1603<br />

123


25,1,001 n°052<br />

25,1,002 n°201-<br />

203<br />

Ofício aos inquisidores <strong>de</strong> Goa alertando sobre as bíblias e livros<br />

impressos pelos holan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> língua espanhola, trazendo muitos<br />

erros e heresias<br />

Ofício aos inquisidores <strong>de</strong> Goa tratando [...]das visitações, da<br />

circulação <strong>de</strong> livros holan<strong>de</strong>ses, dos castigos imputados, entre outros<br />

assuntos.<br />

TEIXEIRA,<br />

Marcos & VEIGA,<br />

Rui Pires da,<br />

03/04/1603<br />

[S.I], 24/03/1618<br />

I-15,02,044 <strong>Documento</strong>s relativos à Companhia <strong>de</strong> Jesus. S.l., s.d.<br />

I-34,32-34<br />

II-31,28,007<br />

II-31,28,005<br />

II-31,28,032<br />

II-31,28<br />

<strong>Documento</strong>s oficiais, como cartas régias, certidões e representações<br />

referentes sobretudo à Restauração <strong>de</strong> Pernambuco e vários conflitos<br />

com os holan<strong>de</strong>ses.<br />

Carta do padre da Cia. De Jesus, elogiando o bispo da Bahia,<br />

D.Pedro da Silva, por sua clarividência e seu patriotismo, ante o<br />

inimigo holandês<br />

Descrição do ataque holandês às trincheiras <strong>de</strong> Santo Antônio,<br />

<strong>de</strong>fendidas pelo marechal <strong>de</strong> campo D.Fernando <strong>de</strong> Lo<strong>de</strong>nha e pelo<br />

capitão Felipe <strong>de</strong> Moura e Albuquerque, e relação dos prêmios<br />

concedidos pela vitória, aos comandantes, seus oficiais e soldados<br />

<strong>Documento</strong>s referentes: as intenções <strong>de</strong> D.Manoel e dos holan<strong>de</strong>ses<br />

– a in<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> Portugal e Brasil da Holanda – restauração <strong>de</strong><br />

Portugal – capitão Paes <strong>de</strong> Carvalho e os tumultos <strong>em</strong> Portugal – e<br />

levantamento do Brasil<br />

Cópias <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> holan<strong>de</strong>ses oferecendo perdão aos rebel<strong>de</strong>s<br />

brasileiros; relatos <strong>de</strong> fugas <strong>de</strong> soldados holan<strong>de</strong>ses. Cópias <strong>de</strong> cartas<br />

<strong>de</strong> Diogo Pinheiro Camarão. <strong>Documento</strong>s sobre a chegada e o ataque<br />

dos holan<strong>de</strong>ses ao Brasil. M<strong>em</strong>ória sobre o Brasil sob o domínio<br />

espanhol e a ameaça holan<strong>de</strong>sa.<br />

[S.I], 1634-1732<br />

VASCONCELOS,<br />

padre Simão <strong>de</strong>,<br />

1638<br />

[S.I], 18/05/1638.<br />

[S.I], 1622-1641<br />

[S.I], 1622-1655<br />

+II-33,31,11 Relação a respeito do ataque aos holan<strong>de</strong>ses na Bahia. [S.I], 29/03/1624<br />

II-34,8,31<br />

Treslado <strong>de</strong> uma carta do Pe. Antonio <strong>de</strong> Souza que foi na armada da<br />

Bahia<br />

SOUSA, Pe.<br />

Antonio,<br />

30/05/1625<br />

I-3,3,33 Aviso falso <strong>de</strong> 30 caravelas. [S.I], 7/09/1628<br />

I-3,3,33 Holan<strong>de</strong>ses na Bahia. [S.I], 3/06/1638<br />

I-33,33,036<br />

Fundo/Coleção:<br />

Moreira da<br />

Fonseca fl. 279<br />

COPIA do Capítulo da carta <strong>de</strong> Mathias d’Albuquerque <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> 1625<br />

ALBUQUERQUE,<br />

Mathias <strong>de</strong><br />

09/03/1625<br />

124


33,33,052<br />

n°002<br />

Fundo Moreira<br />

da Fonseca<br />

fls.404 e 405<br />

II-31,28,005<br />

Fundo/Coleção:<br />

Guerra<br />

Holan<strong>de</strong>sa<br />

I-32,29,05<br />

Fundo/Coleção:<br />

Portugal<br />

II -34,4,2<br />

DE varias cartas <strong>de</strong> Roma <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1625 [...]/08/[1625]<br />

Descrição do ataque holandês às trincheiras <strong>de</strong> Santo Antônio,<br />

<strong>de</strong>fendidas pelo marechal <strong>de</strong> campo D.Fernando <strong>de</strong> Lo<strong>de</strong>nha e pelo<br />

capitão Felipe <strong>de</strong> Moura e Albuquerque, e relação dos prêmios<br />

concedidos pela vitória, aos comandantes, seus oficiais e soldados.<br />

MEMÓRIA tratando da confirmação dos bispos portugueses no<br />

Vaticano por ocasião da coroação <strong>de</strong> dom João IV.<br />

Certidão <strong>de</strong> Gonçalo Pinto <strong>de</strong> Freitas, <strong>de</strong> que reunidos os três<br />

governadores do Brasil, resolveram sequestrar e ven<strong>de</strong>r <strong>em</strong> hasta<br />

publica a fragata que <strong>de</strong> Servilha chegara com or<strong>de</strong>ns d’ El-Rei <strong>de</strong><br />

Castela<br />

18/05/1638<br />

[S.l.], [s.d.]<br />

06/06/1641<br />

I-31,28,7 Carta <strong>de</strong> Simão <strong>de</strong> Vasconcellos a Manuel Severim <strong>de</strong> Faria [S.l.], [s.d.]<br />

Arquivo Histórico Ultramarino<br />

Bahia - Catálogo Luísa da Fonseca<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

1 22<br />

Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1611<br />

sobre a censura que o vigário Geral do Brasil<br />

t<strong>em</strong> feito contra os ministros da fazenda daquele<br />

estado por não pagar<strong>em</strong> aos eclesiásticos o que é<br />

<strong>de</strong>vido<br />

03.08.1611<br />

1 56 Carta do Bispo do Brasil para S. Mag. <strong>de</strong> que se<br />

intrometia na matéria dos dízimos<br />

28.02.1614<br />

1 70 Carta do Bispo do Brasil para S. Mag. <strong>de</strong> , sobre o<br />

pagamento do dinheiro que se <strong>de</strong>ve ao clero<br />

17.06. 1614<br />

2 161 Carta <strong>de</strong> Gaspar <strong>de</strong> Sousa 1616<br />

2 214 Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia (...) acerca do Bispo<br />

eleito do Brasil D. Marcos Teixeira<br />

2 221- 222 Requerimento <strong>de</strong> D. Marcos Teixeira que está<br />

nomeado para uma Igreja no Brasil<br />

21-12-1619<br />

09-04-1620<br />

2 240<br />

Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia sobre uma petição do<br />

Bispo do Brasil, para que se lhe pagu<strong>em</strong> os<br />

or<strong>de</strong>nados que tiver vencido<br />

23-02-1622<br />

3 256 -260 Requerimentos do bispo do Brasil 29-10-1622<br />

3 281<br />

Carta para sua Majesta<strong>de</strong> (...) <strong>de</strong> um engenho <strong>em</strong><br />

Sergipe do Con<strong>de</strong> que herdaram os padres da<br />

Companhia <strong>de</strong> Jesus<br />

29-09-1623<br />

3 326<br />

Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia sobre Luis Lobo,<br />

jesuíta, pedir pagamento aos colégios que a<br />

Companhia t<strong>em</strong> no Brasil<br />

23-09-1614<br />

3 365-383 Or<strong>de</strong>m para se ver<strong>em</strong> no Conselho da Fazenda<br />

(vários anexos)<br />

07-11-1625<br />

3 393 Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 11-09-1625<br />

125


3 394<br />

3 405<br />

3 413<br />

1625 para o Conselho da Fazenda, resposta a<br />

uma consulta sobre o sustento do Presídio da<br />

Bahia<br />

Anexo: “Parecer dos governadores do reino<br />

sobre os 20.000 cruzados que se hão <strong>de</strong> mandar<br />

para a Bahia”.<br />

Capítulo <strong>de</strong> carta régia <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1626<br />

<strong>em</strong> resposta a uma consulta sobre provimentos<br />

para a Bahia<br />

Provisão Régia sobre Manuel <strong>de</strong> Araújo e<br />

Aragão (...) questão que têm com os padres <strong>de</strong><br />

São Bento<br />

4 418<br />

Consulta do Conselho da Fazenda (...) para se<br />

não pagar<strong>em</strong> os or<strong>de</strong>nados dos Ministros da<br />

Relação<br />

4 460 Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia sobre petições do Bispo<br />

do Brasil, D. Miguel Pereira<br />

4 473 Requerimento do Bispo do Brasil D. Miguel<br />

4 474<br />

4 481<br />

Pereira (...)<br />

Requerimento do Bispo D. Miguel Pereira<br />

pedindo dinheiro para restaurar a Sé da Bahia<br />

que foi saqueada pelos holan<strong>de</strong>ses<br />

Requerimento <strong>de</strong> Frei Manuel do Salvador que<br />

foi capelão e confessor no Galeão Prazeres (...) e<br />

teve luta com os holan<strong>de</strong>ses<br />

4 508<br />

Portaria do Governo (...) do dinheiro que se hão<br />

<strong>de</strong> entregar dos 100:000 cruzados (...) dos<br />

cabidos dos arcebispados <strong>de</strong> Lisboa, Évora e<br />

Coimbra (...)<br />

4 527 Consulta do Conselho da Fazenda sobre o<br />

5 554<br />

dinheiro que o coletor <strong>de</strong>ve entregar (...)<br />

Carta <strong>de</strong> D. Pedro, Bispo do Brasil, para sua<br />

Majesta<strong>de</strong>. Refere-se a reencontros com<br />

holan<strong>de</strong>ses <strong>em</strong> Pernambuco<br />

c.1625<br />

26-03-1626<br />

04-04-1626<br />

22-04-1626<br />

20-10-1627<br />

04-01-1629<br />

13-02-1629<br />

12-04-1633<br />

11-12-1634<br />

01-02-1635<br />

12-04-1635<br />

5 586<br />

Capítulo <strong>de</strong> Carta Régia sobre o viático que o<br />

provincial do Carmo pe<strong>de</strong> para dois religiosos<br />

que vão ao Brasil<br />

23-05-1635<br />

5 607 Consulta do Conselho da Fazenda sobre D.<br />

Rodrigo Lobo pedir Capelão-Mor<br />

16-06-1635<br />

5 655 Decreto da princesa Margarida (...) 29-08-1635<br />

5 680<br />

Minuta <strong>de</strong> Consulta do Conselho da Fazenda<br />

sobre duas cartas do Bispo do Brasil, D. Pedro<br />

da Silva e Sampaio<br />

5 681 Carta do Bispo do Brasil para Felipe IV” (Cópia<br />

Mutilada).<br />

6 713 Requerimento do Padre Manuel Delgado que<br />

7 799-800<br />

7 837 - 840<br />

veio do Brasil (...)<br />

Carta do Governador Pedro da Silva para Sua<br />

Majesta<strong>de</strong> (...) do <strong>em</strong>préstimo que fizeram o<br />

Bispo e Lourenço <strong>de</strong> Brito Correia<br />

Requerimento do Licenciado Amador Antunes<br />

<strong>de</strong> Carvalho, Capelão-Mor do Terço Velho da<br />

Bahia (...)<br />

26-03-1635<br />

c.1635<br />

19-01-1637<br />

12-06-1638<br />

14-08-1638<br />

8 927<br />

Certidões abonando o procedimento dos jesuítas<br />

(...) [Publicado <strong>em</strong> anexo a Relação Diária do<br />

Cerco da Bahia <strong>em</strong> 1638]<br />

15-03-1641<br />

8 947 Certidão <strong>de</strong> D. Pedro da Silva <strong>de</strong> Sampaio 13-09-1641<br />

8 949 Carta <strong>de</strong> Frei Manuel <strong>de</strong> Santa Maria para S. 15-01-1642<br />

126


8 955<br />

Majesta<strong>de</strong> (...)<br />

Requerimento <strong>de</strong> Simão <strong>de</strong> Vasconcellos, jesuíta<br />

(...)<br />

22-03-1642<br />

8 966 Requerimento do jesuíta Paulo da Costa (...) 12-06-1642<br />

8 970 Carta <strong>de</strong> Antonio teles da Silva para S. Mag 10-09-1642<br />

8 975 Carta <strong>de</strong> Antonio Teles da Silva para sua Magesta<strong>de</strong><br />

sobre a falta <strong>de</strong> escravos<br />

22-09-1642<br />

8 976-977 Carta do Governador do Brasil Antonio Teles da<br />

Silva (...)<br />

23-09-1642<br />

8 992 Auto que mandou fazer o Governador Antonio<br />

Teles da Silva<br />

19-11-1642<br />

8 1000 Carta do provedor da Fazenda Sebastião Parvi<br />

<strong>de</strong> Brito para S. Magesta<strong>de</strong><br />

28-01-1643<br />

8 1003 Carta do Governador do Brasil Antonio Teles da<br />

Silva (...) sobre o or<strong>de</strong>nado do Bispo<br />

31-01-1643<br />

8 1006 Carta do Padre Amador Antunes <strong>de</strong> Carvalho<br />

para S. Majesta<strong>de</strong><br />

24-04-1643<br />

8 1007-1008 Requerimento <strong>de</strong> Frei Lourenço <strong>de</strong> Brito Correia 02-05-1643<br />

8 1010-1016 30 mil cruzados a título <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimo a<br />

Manuel Garcia Franco<br />

8 1020-1022<br />

Consulta do Conselho da Fazenda sobre os<br />

papéis tocantes ao procedimento <strong>de</strong> Lourenço <strong>de</strong><br />

Brito Correia<br />

8 1026 Consulta do Conselho da Fazenda sobre o<br />

governador do Brasil Antônio Teles da Silva (...)<br />

Requerimento do Sacerdote Miguel <strong>de</strong><br />

8 1027-1028 La<strong>de</strong>sman, sacerdote do hábito <strong>de</strong> São Pedro,<br />

que t<strong>em</strong> alvará para a vigária <strong>de</strong> Santo Antonio<br />

do Carmo (...)<br />

8 1030 Carta do Governador Antonio Teles da Silva<br />

para D. João IV<br />

9 1042<br />

Cópia <strong>de</strong> outra carta <strong>de</strong> um morador <strong>de</strong><br />

Pernambuco para o Governador Antonio Teles<br />

da Silva<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre o<br />

9 1047 Padre Frei Estevão <strong>de</strong> Jesus que pe<strong>de</strong> o cargo <strong>de</strong><br />

Administrador Geral da gente <strong>de</strong> guerra do<br />

Brasil<br />

9 1053 Sobre a fortificação da cida<strong>de</strong> da Bahia<br />

9 1062<br />

9 1079<br />

9 1088-1092<br />

9 1096<br />

Minuta <strong>de</strong> Consulta do Conselho Ultramarino<br />

sobre o modo como o Bispo do Brasil provê e<br />

cola os benefícios<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre a<br />

prisão e suspensão que o Governador Antonio<br />

Teles da Silva<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre os<br />

navios que enviou o Governador Antonio Teles<br />

da Silva (...)<br />

Informação do Governador do Brasil e mais<br />

papéis relativos ao or<strong>de</strong>nado do Bispo, obras e<br />

fábrica da Sé (...)<br />

10 1111<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre o que<br />

escreve o Governador Antonio Teles da Silva,<br />

acerca do <strong>em</strong>préstimo <strong>de</strong> 30:000 cruzados que se<br />

pediu ao Bispo D. Pedro da Silva<br />

10 1119 Consulta do Conselho Ultramarino sobre os<br />

200$000 reis que se dão ao Bispo do Brasil (...)<br />

?-06-1643<br />

20-11-1643<br />

16-01-1644<br />

23-05-1643<br />

28-01-1644<br />

07-08-1644<br />

18-03-1644<br />

13-05-1644<br />

20-06-1644<br />

25-10-1644<br />

16-12-1644<br />

1644<br />

15-04-1645<br />

30-05-1645<br />

127


10 1120<br />

Minuta <strong>de</strong> Consulta do Conselho Ultramarino<br />

sobre o socorro <strong>de</strong> 500 soldados quês e mandam<br />

a Bahia<br />

10 1128-1129 Carta Régia para o Governador Antonio Teles<br />

da Silva (...)<br />

10 1132<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre o<br />

Bispo D. Pedro da Silva e or<strong>de</strong>nados que o<br />

Governador (...) lhe t<strong>em</strong> <strong>em</strong>patado<br />

10 1134 -1137 Representação que os Oficias da Câmara <strong>de</strong><br />

10 1155-1158<br />

10 1164<br />

10 1240-1241<br />

Porto Seguro (...)<br />

Minuta <strong>de</strong> Consulta do Conselho Ultramarino<br />

sobre cartas do Bispo (...) relativas as obras da<br />

Sé, e a queixas contra o Governador<br />

Pareceres dos conselheiros do Conselho<br />

Ultramarino Jorge <strong>de</strong> Albuquerque, Jorge <strong>de</strong><br />

Castilha e do Marquês <strong>de</strong> Montalvão<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre a<br />

extinção do Vinho <strong>de</strong> Mel e Aguar<strong>de</strong>nte da<br />

Bahia<br />

30-05-1645<br />

25-07-1645<br />

17-08-1645<br />

23-08-1645<br />

09-06-1645<br />

07-12-1645<br />

17-02-1647<br />

11 1245<br />

Requerimento <strong>de</strong> Manuel Lopes que levou a<br />

Angola no seu navio , quatro capuchinhos (...) e<br />

sendo atacado por três naus holan<strong>de</strong>sas <strong>de</strong>u com<br />

o navio à costa para não ser tomado o aviso que<br />

levava (...)<br />

02-03-1647<br />

11 1252 Consulta do Conselho Ultramarino sobre o<br />

Padre Frei Mateus <strong>de</strong> São Francisco (...)<br />

13-03-1647<br />

11 1282 Carta dos oficiais da Câmara da Bahia (...) 07-01-1648<br />

11 1293 Consulta do Conselho Ultramarino sobre o<br />

Padre Frei Mateus <strong>de</strong> São Francisco (...)<br />

24-04-1648<br />

11 1307 Vigário Gaspar Ferreira 11-01-1648<br />

11 1310-1311 Consulta do Conselho Ultramarino sobre o<br />

Padre Manuel Rodrigues (...)<br />

19-10-1648<br />

11 1332<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre queixa<br />

que fez o Governador do Brasil Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vila<br />

Pouca <strong>de</strong> Aguiar (...)<br />

03-07-1649<br />

11 1355 Consulta do Conselho Ultramarino sobre o que<br />

pe<strong>de</strong> Lourenço <strong>de</strong> Brito Correia (...)<br />

19-11-1649<br />

11 1374 Vintena do Vinho 17-10-1650<br />

11 1384<br />

Carta do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Castelo Melhor, governador<br />

do Brasil sobre a armada a cargo do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Vila Pouca <strong>de</strong> Aguia<br />

08-03-1651<br />

12 1395<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre o que<br />

escreve da Bahia Antonio <strong>de</strong> Couros Carneiro<br />

acerca das injustiças, roubos e insolências que<br />

ali houve<br />

19-11-1649<br />

12 1459 Consulta do Conselho Ultramarino sobre os<br />

religiosos do Carmo da província do Brasil (...)<br />

30-01-1652<br />

12 1464-1465 Assento que se tomou <strong>em</strong> Câmara com os três<br />

estados (...)<br />

24-05-1652<br />

12 1481 Frei Pantaleão Batista 10-12-1652<br />

13 1532-1533 Consulta do Conselho Ultramarino sobre (...) o<br />

mau procedimento do clero<br />

11-09-1653<br />

13 1557<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre a nova<br />

imposição dos vinhos que se fez <strong>em</strong> lugar da<br />

vintena<br />

20-07-1654<br />

13 1609 Baixa da Moeda (cópia) 01-08-1643<br />

128


14 1665<br />

15 1723<br />

Carta do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Atouguia sobre o contrato<br />

dos dízimos. (A carta <strong>de</strong> Secco <strong>de</strong> Macedo segue<br />

<strong>em</strong> anexo)<br />

12-12-1656<br />

15 1727 Informação sobre as perdas que o Dique <strong>de</strong>u aos<br />

padres do Carmo daquella Cida<strong>de</strong><br />

06-06-1658<br />

15 1732 Padre Manoel Rodrigues 12-02-1659<br />

15 1776 Frei Francisco Salas 02-09-1660<br />

16 1797 Carta do governador Francisco Barreto para S.<br />

Magesta<strong>de</strong> (anexo)<br />

16 1808 Carta <strong>de</strong> Lourenço <strong>de</strong> Brito Correia, Provedor da<br />

fazenda, para S. Mag. <strong>de</strong><br />

M<strong>em</strong>oria dos <strong>em</strong>gg.<br />

16 1863<br />

os que ouue no Reconcavo<br />

da B. a , e os que oie esta <strong>de</strong>sfabricados, e<br />

juntamente os que se fizerão <strong>de</strong> nouo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

16 1896<br />

estinttos os outros<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre os<br />

religiosos <strong>de</strong> São Bento da província do Brasil<br />

que pe<strong>de</strong> provisão s<strong>em</strong>elhante à que se passou<br />

aos jesuítas, para não pagar<strong>em</strong> direitos nas<br />

alfân<strong>de</strong>gas, das fazendas que mandar<strong>em</strong> e lhes<br />

for<strong>em</strong> enviadas<br />

17 1899<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre os<br />

oficiais da Câmara da Bahia e o governador<br />

Francisco <strong>de</strong> Barreto pediram a S. Mag. <strong>de</strong> passe<br />

nova provisão <strong>em</strong> que se <strong>de</strong>clare que<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargadores, clérigos e religioso pagu<strong>em</strong><br />

donativos e contribuições, para sustento da<br />

infantaria<br />

17 1913 Carta do provedor-mor da fazenda Lourenço <strong>de</strong><br />

Brito Correia para SMag. <strong>de</strong><br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre as<br />

17 1973<br />

razões e causas que o vice-rei Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Obidos<br />

teve para não dar execução a reformação dos<br />

tenentes generais e capelães do presídio da praça<br />

18 2093<br />

20 2294<br />

da Bahia<br />

Provisão para o Vice-Rei Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Obidos<br />

pagar a D. Micaela da Silva dinheiro por conta<br />

do que se ficou <strong>de</strong>vendo a seu tio o Bispo D.<br />

Pedro da Silva<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre a<br />

reformação da provisão que pe<strong>de</strong> Silvério da<br />

Silva da Fonseca, sobre o pagamento do<br />

dinheiro que se lhe tomou por <strong>em</strong>préstimo do<br />

vínculo e herança do Bispo do Brasil, D. Pedro<br />

da Silva<br />

17-08-1662<br />

12-06-1661<br />

23-05-1662<br />

03-10-1662<br />

10-11-1662<br />

01-03-1662<br />

23-11-1663<br />

02-07-1665<br />

27-02-1669<br />

20 2356<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre frei<br />

Antonio Gallante, religioso da Santíssima<br />

Trinda<strong>de</strong> e catalão <strong>de</strong> nação, que pe<strong>de</strong> o cargo<br />

<strong>de</strong> administrador no Brasil<br />

08-05-1670<br />

21 2428 Alvará sobre as obras da Sé da Bahia. 17-11-1633<br />

21 2440 Cópia da provisão que se <strong>de</strong>u ao Bispo D. Pedro<br />

da Silva, para não pagar direitos. Anexo.<br />

02-10-1632<br />

34 4339 Carta <strong>de</strong> Pero <strong>de</strong> Sousa Pereira para S. Mag. <strong>de</strong> c.1642<br />

34 4361<br />

Parecer <strong>de</strong> Salvador Correia <strong>de</strong> Sá sobre o<br />

cativeiro dos índios e as religiões po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> ter a<br />

administração <strong>de</strong> uma al<strong>de</strong>ia que não passe <strong>de</strong><br />

c.1663<br />

129


Bahia – Não Catalogados<br />

100 casais, <strong>em</strong> cada mosteiro, para benefício <strong>de</strong><br />

sua fazenda<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

1 40<br />

Regimento do Governador Antonio Teles da<br />

Silva<br />

16-106-1642<br />

1 46 Carta <strong>de</strong> Antonio Teles da Silva 21-10-1643<br />

1 65 Padre Manuel <strong>de</strong> Castilho 30-10-1645<br />

1 66 Sobre a fundação <strong>de</strong> um convento na Bahia 12-04-1646<br />

1 82 Frei Manuel da Silveira c.1651<br />

1 109<br />

2 117<br />

2 117<br />

2 117<br />

Carta dos oficiais da Câmara da Cida<strong>de</strong> da<br />

Bahia ao Rei [D. Afonso VI] agra<strong>de</strong>cendo a<br />

provisão para que não haja privilegiados que não<br />

pagu<strong>em</strong> as contribuições que se lançam para<br />

sustento da infantaria<br />

Com a Cons. ta inclusa sobre o que pe<strong>de</strong>m os<br />

Relig. os do Conuento <strong>de</strong> nossa s. ra do Monte do<br />

Carmo da Cida<strong>de</strong> da Bahia<br />

[Anexo 2] Sobre o que pe<strong>de</strong>m o Prou. al e<br />

Relegiozos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> nossa s. a do monte do<br />

carmo dos comuentos (sic) do estado do Brazil<br />

[Anexo 3] Sobre o que pe<strong>de</strong> o Prior e<br />

Relegiozos do comuento <strong>de</strong> nossa s. a do monte<br />

do Carmo da B. a <strong>de</strong> todos os santos, e uay a<br />

cons. ta que se acuza<br />

Bahia - Catálogo Eduardo <strong>de</strong> Castro <strong>de</strong> Almeida<br />

03-08-1657<br />

29-01-1661<br />

19-01-1656<br />

17-08-1656<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

1 2-5<br />

1<br />

18.007-<br />

18.012<br />

Pernambuco<br />

Representação <strong>de</strong> Manuel do Rego Siqueira,<br />

como procurador dos Officiais da Câmara da<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. Salvador, Bahia <strong>de</strong> Todos os<br />

Santos (...).<br />

Rellação dos navios que se per<strong>de</strong>rão hindo e<br />

vindo do Estado do Brasil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o anno <strong>de</strong> 1647<br />

athe o fim do anno <strong>de</strong> 1648<br />

Patentes <strong>de</strong> Santo Antonio<br />

s.d / (1626)<br />

c.1648<br />

1705<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

3 213 Gaspar Gomes <strong>de</strong> Mello 1635<br />

3 223 Assinatura do Padre Antonio Veira (clérigo) 15-10-1636<br />

3 275 Petição dos jesuítas cativos 30-05- Anterior a 1638<br />

4 318 Cabo Agostinho Cardoso<br />

23-08-1641 e 18-08-<br />

1642<br />

130


4 325 Consulta acerca das obras da Sé e do pagamento<br />

dos Vigários da Paraíba e Pernambuco<br />

. 19-09-1645<br />

4 327 Carta <strong>de</strong> Cosmo <strong>de</strong> Castro Passos 15-10-1645<br />

5 422 Petição <strong>de</strong> Frei Manoel Calado 03-08-1651<br />

5 429 Frei Manuel da Silveira 03-11-1651<br />

7 626 Petição <strong>de</strong> Fr. Francisco <strong>de</strong> Andrada 09-03-1661<br />

Maranhão - Catálogo Eduardo <strong>de</strong> Castro <strong>de</strong> Almeida<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

1<br />

Pará - Catálogo Eduardo <strong>de</strong> Castro <strong>de</strong> Almeida<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

1 20<br />

1 27<br />

Consulta do Conselho da Fazenda para o rei [D.<br />

Felipe III] sobre a carta do Capitão mor do Pará]<br />

Manuel <strong>de</strong> Sousa <strong>de</strong> Eça, apontando a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> padres da Companhia <strong>de</strong> Jesus e<br />

da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Santo Antônio para doutrinar<strong>em</strong> os<br />

índios e evitar<strong>em</strong> heresias dos estrangeiros<br />

Consulta do Conselho da Fazenda para o rei [D.<br />

Felipe III] sobre a concessão <strong>de</strong> sessenta varas<br />

<strong>de</strong> “buril” para as vestimentas dos religiosos<br />

missionários que vão para o Pará<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro - Catálogo Eduardo <strong>de</strong> Castro <strong>de</strong> Almeida<br />

28-06-1621<br />

29-03-1624<br />

Caixa <strong>Documento</strong> Título Data<br />

602<br />

609<br />

882<br />

Códices das Mercês Gerais<br />

Consulta do Conselho Ultramarino, acerca do<br />

que fizera o Governador do Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong><br />

ter<strong>em</strong> os Padres da Companhia <strong>de</strong> Jesus<br />

abandonado as al<strong>de</strong>ias dos índios, cuja a<br />

administração lhes estava confiada<br />

Carta <strong>de</strong> Duarte Correia Vasqueanes <strong>em</strong> que<br />

pe<strong>de</strong> socorro para a <strong>de</strong>fesa da praça do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro<br />

Consulta do Conselho Ultramarino sobre a<br />

penhora que se mandara fazer <strong>em</strong> mais <strong>de</strong><br />

100.000 cruzados que dois padres biscainhos<br />

haviam dado a guardar aos Religiosos da<br />

Companhia do Rio <strong>de</strong> Janeiro, para ser<strong>em</strong><br />

enviados a Biscaia<br />

24-07-1647<br />

03-05-1647<br />

23-11-1662<br />

Localização <strong>Documento</strong> Período<br />

_____<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 79<br />

(1644-1844)<br />

131


_____<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 80<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 81<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 82<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 83<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 84<br />

Livros <strong>de</strong> Consultas <strong>de</strong> Mercês Gerais <strong>de</strong> todas as partes<br />

ultramarinas – Códice 85<br />

Códices <strong>de</strong> Consultas do Conselho da Fazenda<br />

(1645-1647)<br />

(1647-1650)<br />

(1650-1654)<br />

(1654-1661)<br />

(1661-1672)<br />

(1672-1687)<br />

Localização <strong>Documento</strong> Período<br />

_____ Códice 13 (1644)<br />

_____ Códice 37 (1627)<br />

_____ Códice 38 (1629)<br />

_____ Códice 39 (1631)<br />

_____ Códice 40 (1634)<br />

_____ Códice 41 (1635)<br />

_____ Códice 44 (1640)<br />

Códice 278<br />

Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano<br />

Localização <strong>Documento</strong> Período<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

_____<br />

Dagelijksche Notulen <strong>de</strong>r<strong>em</strong> Hooger Ra<strong>de</strong>n in Brazilië (Nótulas<br />

Diárias do Alto Conselho do Brasil) – Volume 3<br />

Dagelijksche Notulen <strong>de</strong>r<strong>em</strong> Hooger Ra<strong>de</strong>n in Brazilië (Nótulas<br />

Diárias do Alto Conselho do Brasil) – Volume 4<br />

Dagelijksche Notulen <strong>de</strong>r<strong>em</strong> Hooger Ra<strong>de</strong>n in Brazilië (Nótulas<br />

Diárias do Alto Conselho do Brasil) – Volume 5<br />

Dagelijksche Notulen <strong>de</strong>r<strong>em</strong> Hooger Ra<strong>de</strong>n in Brazilië (Nótulas<br />

Diárias do Alto Conselho do Brasil) – Volume 6<br />

Dagelijksche Notulen <strong>de</strong>r<strong>em</strong> Hooger Ra<strong>de</strong>n in Brazilië (Nótulas<br />

Diárias do Alto Conselho do Brasil) – Volume 7<br />

Dagelijksche Notulen <strong>de</strong>r<strong>em</strong> Hooger Ra<strong>de</strong>n in Brazilië (Nótulas<br />

Diárias do Alto Conselho do Brasil) – Volume 10<br />

Instituto Geográfico e Histórico da Bahia<br />

(1637)<br />

(1638)<br />

(1639)<br />

(1640)<br />

(1641)<br />

(1644)<br />

132


Localização<br />

Cx 01<br />

Doc. 55<br />

<strong>Documento</strong><br />

Cópia <strong>de</strong> Carta da Duqueza <strong>de</strong> Matua ao cabido do colegiado <strong>de</strong><br />

Guimaraães<br />

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Fundo <strong>Documento</strong> Título Data<br />

Arquivo<br />

Hélio<br />

Viana<br />

Arquivo<br />

Wan<strong>de</strong>rley<br />

Pinho<br />

Arquivo<br />

Wan<strong>de</strong>rley<br />

Pinho<br />

Arquivo<br />

Wan<strong>de</strong>rley<br />

Pinho<br />

Arquivo<br />

Wan<strong>de</strong>rley<br />

Pinho<br />

Arquivo<br />

Wan<strong>de</strong>rley<br />

Pinho<br />

7<br />

<strong>Documento</strong>s<br />

DL1567.001<br />

DL1592.002<br />

DL1592.003<br />

DL1598.008<br />

DL1616.041<br />

Relación <strong>de</strong> la Bahia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Março hasta<br />

veinte y nuebe <strong>de</strong> Abril que [...] a Pernambuco;<br />

A los Pueblos <strong>de</strong>l Brasil y <strong>de</strong>mas parte en las<br />

Indias oci<strong>de</strong>ntales...; varios progressos <strong>de</strong> los<br />

olan<strong>de</strong>ses en el Brasil...; Treslado da Residência<br />

que se tirou ao Reverendo Padre [...] Frei<br />

Manuel Alvares cujo teor é o seguinte...;<br />

Relação <strong>de</strong> todos os ofícios da fazenda e Justiça<br />

que há neste Estado do Brasil... (<strong>Documento</strong>s da<br />

Biblioteca Nacional - Madri - Espanha). 90 p.<br />

O arraial <strong>de</strong> D. Marcos Teixeira: contestação à<br />

m<strong>em</strong>ória do cônego Manuel Barbosa. 4 doc.<br />

527 p. ms. dat.<br />

Dom Marcos Teixeira. Notas /<br />

José Wan<strong>de</strong>rley <strong>de</strong> Araújo Pinho. 2 doc; 14 p.<br />

Dom Marcos Teixeira. Notas e rascunhos.<br />

Acréscimos e modificações para uma 2ª edição /<br />

José Wan<strong>de</strong>rley <strong>de</strong> Araújo Pinho. 42 p.<br />

O heroismo <strong>de</strong> um prelado, <strong>de</strong> N.C. (Correio da<br />

Manhã, 7/10/1956). Sobre o bispo D. Marcos<br />

Teixeira. Notas e críticas /<br />

José Wan<strong>de</strong>rley <strong>de</strong> Araújo Pinho. 2 doc; 3 p.<br />

Transcrição <strong>de</strong> consulta do marquês vice-rei<br />

sobre uma petição <strong>de</strong> Marcos Teixeira, bispo<br />

eleito do Brasil, sobre o pagamento das bulas da<br />

igreja do Brasil. Lisboa, 10/04/1620 (A.H.C.<br />

códice nº32, fl.48) / José Wan<strong>de</strong>rley <strong>de</strong> Araújo<br />

Pinho. 1 doc;2 p.<br />

Real Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Historia <strong>de</strong> Madrid<br />

Fondo Manuscrito<br />

Autor/Período<br />

D. Margarida <strong>de</strong> Mantua<br />

/ 1635<br />

1500-1749<br />

s.l. / s.d.<br />

s.l. / s.d.<br />

s.l. / s.d.<br />

s.l. / 1956.out.07<br />

s.l. / s.d.<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

9/7117<br />

Traslado do auto que mando façer Diego Luis <strong>de</strong><br />

Oliveira, gobernador <strong>de</strong>l Brasil. Los padres Simão<br />

Maceta y Justo Mancilha d ela Compañia <strong>de</strong> Jesús<br />

<strong>de</strong> la província <strong>de</strong>l Paraguay <strong>de</strong>claram que: manuel<br />

<strong>de</strong> Mello <strong>em</strong>barco <strong>em</strong> la villa dos Santos uma gran<br />

cantidad <strong>de</strong> indios, proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> San Pablo, que<br />

[S.I] / s.d<br />

133


9 /7119<br />

Colección Jesuitas (Tomos)<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>barco casi todos en la capitanía <strong>de</strong>l Espíritu<br />

Santo, y otros en Bahia. Y pi<strong>de</strong>n que se pregunte a<br />

los testigos, cuyos testimonios se insertan<br />

Expedito Brasílica. Cópia <strong>em</strong> Português (Coimbra,<br />

cópia do século XIX)<br />

MACEDO, Pe.<br />

Francisco <strong>de</strong>, S.J. /<br />

1626<br />

Localização <strong>Documento</strong> Autor/Período<br />

Catálogo <strong>de</strong> documentos<br />

sobre América <strong>de</strong> la<br />

Colección Jesuítas.<br />

Tomo IV Col. Jesuítas nº<br />

30. 18 hojas<br />

Doc. 1376<br />

Expedito Brasílica “Prefari pauca mihi opus ontri<br />

licet...// Coninbricae Tertio Kal. Dec<strong>em</strong>bre, 1626.<br />

Paternitatis vestra indignus filius” Fl. 24.<br />

Discurso Del Señor Juan Van Ol<strong>de</strong>nbarneveldt<br />

Cauallero, Abogado, <strong>de</strong> las Provincias <strong>de</strong> Holanda<br />

y Frisia Ocçi<strong>de</strong>ntal, a los altos y po<strong>de</strong>rosos Señores:<br />

los señores Estados <strong>de</strong> lãs ditas Prouiçias. Impresso<br />

<strong>em</strong> La Haya por Hillebrando Jacobs Impressor<br />

ordinário y jurado <strong>de</strong> los señores Estados <strong>de</strong><br />

Holanda y Frisia Occi<strong>de</strong>ntal año <strong>de</strong> 1618<br />

OBRAS DE REFERÊNCIA<br />

MACEDO, Pe.<br />

Francisco <strong>de</strong>, S.J. /<br />

1626<br />

OLDENBARNEVEL<br />

DT, Juan Van<br />

ANDRADE, António Alberto Banha <strong>de</strong>. Dicionário <strong>de</strong> <strong>História</strong> da Igreja <strong>em</strong> Portugal.<br />

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Bahia, na sol<strong>em</strong>nida<strong>de</strong> anniversaria, com que o festeja o nobilissimo Senado da<br />

Camera, pelo beneficio, que fez a todo Estado do Brasil, livrando-o da péste chamada<br />

vulgarmente a Bicha : recitado na Igreja do Real Collegio <strong>de</strong> Jesu a 10 <strong>de</strong> Mayo <strong>de</strong><br />

1742. Lisboa: na Officina dos Her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Antonio Pedrozo Galram, 1743.<br />

ANJOS, Manoel, O.F.M. Sermam que pregou o Bispo <strong>de</strong> Fez Dom Frey Manoel dos<br />

Anjos <strong>em</strong> a festa da beatificaçam do glorioso Sam Franciso [sic] <strong>de</strong> Borja no Collegio<br />

da Companhia <strong>de</strong> Jesu... <strong>de</strong> Evora <strong>em</strong> 26. <strong>de</strong> Nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1624. Évora: Manoel<br />

Carvalho, 1625.<br />

ASCENÇÃO, Gaspar d’. Serman que pregou o padre frei Gaspar Dasceção <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>m<br />

dos Pregadores na Sé da Bahia <strong>de</strong> Todos os Santos na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salvador na primeira<br />

missa que se disse, quando se <strong>de</strong>ram as primeiras graças publicas, entrada a cida<strong>de</strong><br />

pela vitória alcançada dos Holan<strong>de</strong>ses a 5 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1625. Lisboa: Geraldo da Vinha,<br />

1625.<br />

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AYROLO CALAR, Gabriel. Laurentina po<strong>em</strong>a heroico <strong>de</strong> la victoria naval que tuvo<br />

contra los Olan<strong>de</strong>ses Don Fradique <strong>de</strong> Toledo Osorio . Recife: Pool, 1983.<br />

BRAGA, Bernardo <strong>de</strong>, O.S.B. Ao muito alto, e muito po<strong>de</strong>roso Rey... Dom Joaõ o<br />

quarto... Frey Bernardo <strong>de</strong> Braga... offerece este Sermaõ, que prégou na Sé da...<br />

[Bahia]... a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1644. <strong>em</strong> a nova publicaçaõ da Bulla da Sancta Cruzada.<br />

Lisboa: Paulo Craesbeeck, 1649.<br />

BRAGA, Bernardo <strong>de</strong>, O.S.B. Serman, Qve Pregov o Mvito R. P. F. Bernardo <strong>de</strong> Braga<br />

Lente <strong>de</strong> Theologia na Prouincia do Brasil , Dom Abba<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. Bento <strong>de</strong> Pernambuco ,<br />

na festa que fez o Mestre <strong>de</strong> Campo Andrè Vidal <strong>de</strong> Negreiros a N. S. <strong>de</strong> Nazarè a<br />

segunda oitava do Natal <strong>de</strong> 648. estando o Senhor todo dia exposto; pregou pella<br />

manham o muito R. P. F. Mattheus <strong>de</strong> Sam Francisco, da terceyra Hierarchia Serafica,<br />

que renunciou o Bispado <strong>de</strong> Meliapor na India, ora Comissario da Infantaria do Estado<br />

do Brasil: a tar<strong>de</strong> fez este Sermão o P. Dom Abba<strong>de</strong>. OFFERECIDO AO MESTRE DE<br />

CAMPO Andrè Vidal <strong>de</strong> Negreyros, eleito Governador do Maranhão. Lisboa: Paulo<br />

Craesbeeck, 1649.<br />

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CORREIA, Pe. Simão. Sermam na procissam <strong>de</strong> graças que... Villa Real fez pella<br />

restauração da cida<strong>de</strong> do Salvador da Bahia. Prégou o Padre Frey Simão Correa... a<br />

15. <strong>de</strong> Agosto anno <strong>de</strong> 625. Lisboa: Geraldo da Vinha, 1625.<br />

CRUZ, Fr. Bento da, O.S.B. Sermão, que pregou o Padre Fr. Bento da Cruz... dia do<br />

invictissimo martyr Saõ Sebastião, padroeyro do seu mosteiro da Bahia, estando<br />

presente a Camera da dita cida<strong>de</strong>... o anno <strong>de</strong> 1646. Lisboa: Paulo Craesbeeck, 1646.<br />

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