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Roteiro Diversidade e Evolução - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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<strong>Diversida<strong>de</strong></strong> <strong>Evolução</strong><br />

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qu e m ata é essa?<br />

diveRsida<strong>de</strong> e e v o l u ç ã o<br />

n a m ata atlântica<br />

O Bioma Mata Atlântica ocupava à época da chegada <strong>do</strong>s europeus,<br />

aproximadamente 15% <strong>do</strong> território brasileiro, cobrin<strong>do</strong> a costa litorânea<br />

<strong>do</strong> país e apresentan<strong>do</strong> formações vegetais <strong>de</strong> florística e dinâmicas<br />

diferentes. Era um mosaico <strong>de</strong> ecossistemas florestais e outros ecossistemas<br />

associa<strong>do</strong>s (restingas, manguezais, etc.) quan<strong>do</strong> o Brasil foi <strong>de</strong>scoberto.<br />

Nesse espaço geográfico hoje vivem cerca <strong>de</strong> 120 milhões <strong>de</strong> habitantes,<br />

em cida<strong>de</strong>s. É on<strong>de</strong> encontramos pólos industriais, químicos, petroleiros,<br />

portuários e turísticos <strong>do</strong> Brasil.<br />

O <strong>Jardim</strong> <strong>Botânico</strong> <strong>do</strong> <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> <strong>Janeiro</strong> possui 83 ha. <strong>de</strong> área <strong>de</strong><br />

Floresta Pluvial Atlântica Secundária, em regeneração, por isso é uma<br />

área protegida e consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como Zona Núcleo da Reserva da Biosfera<br />

da Mata Atlântica. O “Caminho da Floresta Tropical” é local privilegia<strong>do</strong><br />

para observação da diversida<strong>de</strong>, fruto da evolução ao longo <strong>do</strong> tempo.<br />

A biodiversida<strong>de</strong> ou a diversida<strong>de</strong> biológica traduz a riqueza e a<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> natural. É a partir das plantas, <strong>do</strong>s animais e <strong>do</strong>s<br />

microrganismos que conseguimos obter os alimentos por nós consumi<strong>do</strong>s,<br />

produzir os remédios e abastecer com matéria-prima o setor industrial.<br />

O termo biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar <strong>do</strong>is diferentes níveis: as<br />

formas <strong>de</strong> vida e os genes conti<strong>do</strong>s nos indivíduos e ainda perceber as<br />

inter-relações, os ecossistemas, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que cada espécie interfere<br />

diretamente na existência das outras. A diversida<strong>de</strong> biológica é encontrada<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sertos às tundras congeladas. E foi a diversida<strong>de</strong> genética que tornou<br />

possível a adaptação da vida por to<strong>do</strong> o planeta. As plantas florescem com<br />

mais intensida<strong>de</strong> na presença <strong>de</strong> calor e umida<strong>de</strong> e sen<strong>do</strong> elas a base <strong>do</strong><br />

ecossistema a maior diversida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser observada nos trópicos. É o caso<br />

da Mata Atlântica, a floresta tropical pluvial.<br />

É importante ressaltar que o ambiente em observação, na trilha da<br />

Mata Atlântica, já foi altera<strong>do</strong>, com plantio <strong>de</strong> plantas exóticas como<br />

o café (Coffea arabica L.) e a jaqueira (Artocarpus heterophyllus). Estas<br />

plantas encontram-se aqui por motivos distintos. O café é remanescente<br />

<strong>de</strong> antigos plantios que ocuparam esta região. A jaqueira foi uma das<br />

espécies utilizadas para recuperação da cobertura vegetal da área e<br />

<strong>de</strong>senvolve-se com vitalida<strong>de</strong> concorren<strong>do</strong> com as espécies nativas.<br />

Nas plantas com flores a interação com os poliniza<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sempenham<br />

papel fundamental. A participação <strong>de</strong> insetos e outros animais no<br />

processo <strong>de</strong> polinização é uma característica básica. Os animais visitantes<br />

têm relação direta com características florais como visão, olfato e paladar.<br />

Besouros polinizam flores que exalam o<strong>do</strong>r semelhante ao <strong>do</strong> fruto e<br />

apresentam cor marrom, cinza ou branca; moscas polinizam flores que<br />

exalam o<strong>do</strong>res semelhante a carniça ou estrume; abelhas polinizam<br />

flores que apresentam pétalas com cores vivas , azuis ou amarelas, que<br />

apresentam um padrão conheci<strong>do</strong> como “guias <strong>de</strong> néctar”, indican<strong>do</strong><br />

a posição <strong>do</strong> néctar para que a abelha possa reconhecer eficientemente;<br />

borboletas e mariposas diurnas polinizam flores que oferecem “plataformas<br />

<strong>de</strong> pouso”, enquanto as mariposas noturnas polinizam flores claras <strong>de</strong><br />

perfume a<strong>do</strong>cica<strong>do</strong> exala<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> pôr-<strong>do</strong>-sol; aves polinizam flores<br />

<strong>de</strong> cor vermelha ou amarela, que produzem gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> néctar<br />

exalan<strong>do</strong> pouco o<strong>do</strong>r; morcegos polinizam flores que produzem muito<br />

néctar sem coloração atraente, que se abrem à noite. O o<strong>do</strong>r é semelhante<br />

aos <strong>do</strong>s frutos ou <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s para atraírem uns aos outros.<br />

O vento também atua em alguns casos e algumas aquáticas submersas<br />

são polinizadas pela água.<br />

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