CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER - Valter Borges
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Subsídios para Escola Bíblica Dominical<br />
Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério de SBCampo<br />
homem que nele está? assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu,<br />
senão o Espírito de Deus” (1 Coríntios 2:11). Mais adiante voltaremos a tocar nesse<br />
ponto. Veja, então, em primeiro lugar, o que a oração é. (JOHN BUNYAN) 16<br />
O que não é oração (por Jairo Filho) 17<br />
Orar não é uma relação utilitária nem funcional – ou seja, Deus só serve quando é<br />
útil; ou, Deus é conhecido e procurado exclusivamente por exercer uma função de realizador<br />
de meus desejos. Ex: Às vezes, nossas orações transformam Deus num eletrodoméstico usado<br />
para resolver nossos problemas ou para fazer mais rápido aquilo que não consigo fazer. E<br />
quando esse eletrodoméstico não funciona, descartamos e jogamos no lixo. Assim,<br />
conhecemos Deus apenas pelo que ele faz. E quando ele não funciona como nós desejamos,<br />
descartamos Deus de nossas vidas.<br />
Orar não é um instrumento usado para transformar a realidade da minha vida, a fim<br />
de extrair o máximo do poder de Deus, nem é um meio ou recurso para mover a mão de Deus<br />
ou colocá-lo em movimento, como se Deus fosse um preguiçoso irresponsável, indolente e<br />
emburrado, sentado sobre um trono de má-vontade. Jesus disse: “Meu Pai continua<br />
trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando”. (Jo 5:17).<br />
Orar não é um meio de consumo onde transforma a fé daquele que ora em moeda de<br />
troca e compra. Não podemos resumir a oração num negócio, barganha ou troca. Às vezes,<br />
nossas orações são transformadas em comércio, onde aquele que ora é o consumidor<br />
compulsivo e Deus é transformado em vendedor carente que vende favores em troca de amor.<br />
Ou, quando oramos somos como aquela mulher de 20 anos interesseira que casa com um<br />
bilionário de 95 anos com a intenção exclusiva de herdar toda a sua fortuna. Ou ainda, antes,<br />
muitas crianças oravam para ganhar de presente uma bola; hoje, toda criança ora desejando<br />
um computador. Infelizmente, o conteúdo de nossas orações é determinado pela tecnologia do<br />
mundo consumista e capitalista.<br />
Orar não é uma ferramenta de manipulação divina. A oração não pode ser definida<br />
numa relação de manipulação da vontade de Deus ao meu favor, como se Deus fosse<br />
convencido a mudar de idéia e atitude para conosco, quando é iludido pelos nossos mais<br />
inteligentes argumentos de persuasão. Isso significa que orar não é um amontoado de palavras<br />
decoradas, repetitivas e vazias ditas com a intenção de convencer Deus a responder a petição<br />
do fiel.<br />
Orar não é um ritual religioso verbalizado com palavras decoradas resumidas num<br />
monólogo inerte e vazio que mascara a sinceridade do coração. Porque orar não é um evento<br />
nem uma realização que tem um intervalo de tempo com início, meio e fim e nos induz a<br />
definir uma dicotomia em nossa agenda – onde "oração" é hora sagrada e "não orar" é uma<br />
16 Capítulo 2 do livro “I Will Pray With the Spirit and With the Understanding Also- or, A discourse touching<br />
prayer”, de John Bunyan (1628-1688). Escrito quando Bunyan estava na prisão em 1662, e publicado em 1663.<br />
17 Disponível em http://blogdojairofilho.blogspot.com/2010/09/o-que-nao-e-oracao.html, acessado em<br />
28/09/2010, às 11h31<br />
www.iead-msbc.com.br - 16