20.04.2013 Views

EBD - 2º Tri - 2010 - Lição 12 - 20062010 - Subsídio - Valter Borges

EBD - 2º Tri - 2010 - Lição 12 - 20062010 - Subsídio - Valter Borges

EBD - 2º Tri - 2010 - Lição 12 - 20062010 - Subsídio - Valter Borges

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Resumo<br />

<strong>Subsídio</strong>s para Escola Bíblica Dominical<br />

Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério de SBCampo<br />

A OPÇÃO PELO POVO DE DEUS<br />

O subsídio desta semana (<strong>Lição</strong> <strong>12</strong> – <strong>2º</strong> <strong>Tri</strong>mestre <strong>2010</strong> de 20/06/<strong>2010</strong>) da Revista<br />

“Lições bíblicas” de Jovens e Adultos, que está abordando o tema Jeremias – Esperança em<br />

tempos de crise (um estudo no livro do profeta Jeremias), traz o assunto da Escolhas, com o<br />

título “A Opção pelo Povo de Deus”. O texto áureo desta lição está registrado no livro de Hb<br />

11.25, 26 “Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de<br />

tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo”. O Pr.<br />

Claudionor de Andrade tirou a seguinte verdade prática do texto base da aula (Jr 40. 1-6):<br />

“Como homens de Deus, esta é a única alternativa: optar em permanecer com o povo de<br />

Deus, ainda que isto nos custe sacrifícios, perdas e até a própria vida”. Este subsídio tem<br />

como objetivo explorar profunda e exaustivamente este assunto; não sendo, de forma alguma,<br />

a última palavra em um assunto tão amplo. Espera-se contribuir assim com os objetivos<br />

listados na lição bíblica que é: “identificar na história de Israel o cumprimento das profecias<br />

de Jeremias; comparar a vida de Jeremias a de outros personagens bíblicos que se<br />

sacrificaram pelo povo; refletir a respeito de suas escolhas ao longo da jornada cristã aqui na<br />

terra”. 1 Bons estudos!!!<br />

Palavras-Chaves: Profecias; Escolhas<br />

Introdução<br />

O Senhor Deus jamais força o homem a aceitar o seu plano redentivo. A teocracia é o<br />

sistema de governo que o homem pode ou não submeter-se a ele, dependendo de sua escolha.<br />

Desde o Éden, Deus sempre proporcionou ao homem a liberdade de escolha. O Criador disse<br />

a Adão: “das árvores do Jardim comerás, mas da árvore da ciência do bem e do mal não<br />

comerás”; porém não foi colocado nenhum impedimento físico, tais como: cerca, muro etc.,<br />

para impedir o acesso do homem à árvore. Adão, sendo um ser racional criado à semelhança<br />

de Deus, deveria observar as leis morais, tais como “faça ou não faça”, visto que Deus já<br />

havia mostrado as conseqüências, se desobedecesse: “o dia que dela comeres certamente<br />

morrerás”. Adão podia ou não, tocar na árvore, era uma opção sua. Na lição em foco foi dado<br />

1 LIÇÕES BÍBLICAS. Jovens e Adultos. <strong>2º</strong> <strong>Tri</strong>mestre de <strong>2010</strong>. CPAD, <strong>2010</strong>. 70 p.<br />

www.iead-msbc.com.br - 1


<strong>Subsídio</strong>s para Escola Bíblica Dominical<br />

Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério de SBCampo<br />

a Jeremias a opção, após ser livre das cadeias babilônicas, ir a Babilônia, não como cativo,<br />

mas como protegido do capitão Nebuzaradã, ao passo que os seus compatriotas iriam como<br />

escravos, ou ficar na terra de Judá.<br />

Como foi lhe dada esta oportunidade, ele optou por ficar com aqueles que ficaram na<br />

terra de Judá; Jeremias optou por ficar com o remanescente de Jerusalém, pois era o porta-voz<br />

de Deus para o restante que ficou. Nebuzaradã o soltou, porque reconheceu nele um homem<br />

de Deus, porque tudo aquilo que Jeremias dissera sobre a tomada de Judá pela Babilônia, teve<br />

o seu cumprimento fiel. Por isso Nebuzaradã o soltou, dando-lhe a opção de escolha entre ir<br />

com ele a Babilônia ou ficar com o restante do povo na terra de Judá (Jr 40.6). Jeremias,<br />

usado por Deus, certamente nunca apregoou contra as incursões de Nabucodonosor e a<br />

conseqüente tomada de Jerusalém por aquele monarca, e isso mereceu a complacência do<br />

comandante babilônico que, provavelmente, veio a saber do fato. O profeta poderia ter ido a<br />

Babilônia sob a proteção de Nebuzaradã, e não como cativo, porém lá estava o seu povo,<br />

inclusive dois profetas (Daniel e Ezequiel) sob a clava da servidão.<br />

As escolhas dos servos de Deus<br />

A opção de Moisés – o Faraó que procurara matar Moisés certamente já havia morrido<br />

quando o Senhor o ordenou que fosse ao Egito libertar os hebreus. Possivelmente Moisés<br />

tivesse o direito de reivindicar e usurpar a condição de príncipe daquela corte onde fora criado<br />

e educado como tal, deixando o seu povo à mercê da própria sorte. Segundo o escritor aos<br />

Hebreus, capítulo 11, ele optou por sofrer com o povo de Deus, que era o seu povo, do que,<br />

por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado, isto é, viver na libertina e dissoluta corte<br />

egípcia.<br />

A opção de Ester – Ester, a judia que se tornou rainha da Pérsia, alcançou uma<br />

posição, privilegiadíssima, sendo do povo que estava cativo. Ester poderia ter usufruído da<br />

sua posição como rainha do Império Persa, o mais poderoso da época, e deixado seu povo<br />

entregue à maldade do infame Hamã. No entanto, Ester arriscou a sua própria vida,<br />

objetivando salvar o seu povo da destruição total. Mordecai havia lhe dito: “pode ser que foste<br />

colocada onde estás, para este momento”. Ester optou por correr o risco da própria vida, para<br />

preservar o seu povo da destruição cabal.<br />

O povo de Israel sempre foi rebelde, indo após outros deuses, quando o Senhor os<br />

entregava na mão de seus inimigos até que pagasse pelos erros cometidos. O líder Josué, já<br />

desgastado por consertar os erros de Israel, conduz o povo a um concerto com Deus, e diz:<br />

“escolhei hoje a quem sirvais”; Josué deixou o povo livre para uma opção ou escolha, o que<br />

chamamos de livre arbítrio; porém a opção dele já estava feita: “eu e a minha casa serviremos<br />

ao Senhor”. Observamos que a opção de escolha sempre foi dada. Paulo, ao escrever aos<br />

Filipenses (Fp 2.1-7), afirma que, Jesus, sendo Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,<br />

ou abriu mão desse direito, tomando a forma e a condição de servo. Ninguém o obrigou a<br />

isso, foi uma opção sua em favor do povo de Deus, Israel; e de todos aqueles que viriam a ser<br />

povo de Deus espiritualmente. Na expressão de Jesus: “Se alguém quiser vir após mim…”,<br />

vemos claramente como o Senhor deixa o homem totalmente à vontade para fazer a sua opção<br />

www.iead-msbc.com.br - 2


<strong>Subsídio</strong>s para Escola Bíblica Dominical<br />

Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Ministério de SBCampo<br />

(Mc 8.34). Em Jo 7.37 o Senhor diz: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba”. Estas<br />

referências nos ajudam a entender que a salvação não é constituída de obrigatoriedade, mas de<br />

ensino e de livre arbítrio; se a pessoa não entender o plano de Deus para a salvação através de<br />

Jesus Cristo, obrigá-la a guardar normas não vai resolver a questão; lembrando que as normas<br />

são necessárias para a boa ordem de uma organização eclesiástica, mas não para a salvação.<br />

Jesus deixou os homens livres para fazer suas opções, e até no Gólgota aceitou a opção<br />

de um dos malfeitores que estavam ao seu lado, o qual optou pelo povo de Deus. No caso de<br />

Abraão, a expressão “sai-te da tua terra…”, parece-me não ter sentido de opção, e sim de<br />

ordem, visto que o verbo “sair” está no modo imperativo, ainda que Abraão poderia obedecer<br />

ou não (Gn <strong>12</strong>.1-4). Portanto, a opção estava em obedecer a Deus ou não. O mesmo se dá com<br />

José, que foi levado ao Egito vendido por seus irmãos, foi parar no cárcere depois de ser<br />

acusado falsamente; por fim foi elevado ao governo do Egito. De tudo o que aconteceu com<br />

José, nada foi por opção sua, a menos que consideremos como opção o fato de José ter-se<br />

dado a conhecer aos seus irmão, e tê-los levado para viverem no Egito.<br />

Conclusão<br />

Podemos dizer que a opção ou direito de livre escolha é um dos favores de Deus<br />

concedido ao homem, ainda que o Altíssimo pudesse impor sua vontade no ser que criou. E<br />

esse direito nós vemos iniciado no Éden e manifestado através da história veterotestamentária,<br />

culminando com o ministério de Cristo, que optou por ser homem e morrer como malfeitor,<br />

para nos conduzir a Deus.<br />

Referências<br />

BÍBLIA. Português. A Bíblia Vida Nova. Almeida Revista e Atualizada.<br />

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Almeida Revista e Corrigida.CPAD, 1995.<br />

2 Pastor, <strong>2º</strong> Secretário da IEAD-MSBC. E-mail: prdaniel@iead-msbc.com.br<br />

São Bernardo do Campo, 14 de maio de <strong>2010</strong>.<br />

Daniel Perpétua da Silva 2<br />

www.iead-msbc.com.br - 3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!