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AVALIAÇÃO DE TÁTICAS DE MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS ...

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<strong>AVALIAÇÃO</strong> <strong>DE</strong> <strong>TÁTICAS</strong> <strong>DE</strong> <strong>MANEJO</strong> <strong>INTEGRADO</strong> <strong>DE</strong> <strong>PRAGAS</strong> NA CULTURA<br />

DA SOJA<br />

BUENO, R.C.O.F. 1 ; BUENO, A.F. 2 ; GOBBI, A. L. 3 ; VASCO, F. R. 3 ; LOBO, R. S. V. 3 ;<br />

SIQUEIRA, J.R. 4 ; VIEIRA, S.S. 5<br />

1 Bolsista Pós-doutorado CAPES programa PNPD, Universidade de Rio Verde, FESURV, Rio<br />

Verde, GO; 2 Embrapa Soja, Londrina, PR; 3 Centro Universitário Uni-Anhanguera, Goiânia,<br />

GO; 4 Universidade Católica de Goiás, Goiânia, GO; 5 Universidade do Estado de Santa<br />

Catarina/U<strong>DE</strong>SC, Lages,SC;<br />

O experimento foi conduzido em Castelândia, GO em blocos ao acaso com quatro tratamentos<br />

e quatro repetições (20 x 20m) avaliando-se diferentes táticas de manejo de pragas. Os<br />

tratamentos foram: 1) Controle biológico (CB): baculovírus anticarsia seguido de liberação de<br />

Trichogramma pretiosum, aos 29 dias após a emergência (DAE), e aplicação de Bacillus<br />

thuringiensis aos 51 DAE quando foi atingido o nível de ação (NA) de 20 lagartas/metro ou<br />

30% ou 15% de desfolha no período vegetativo e reprodutivo, respectivamente; 2) Manejo<br />

Integrado de Pragas (MIP): inseticidas seletivos seguindo o NA; 3) Tratamento produtor:<br />

inseticidas não seletivos (piretróides) seguindo calendário de aplicação e 4) Testemunha: sem<br />

controle de pragas. A população de lagartas grandes (= 1,5 cm) nunca foi superior a 20 em<br />

nenhum dos tratamentos. Entretanto, no período reprodutivo da soja, a desfolha ultrapassou o<br />

NA de 15%, nos tratamentos CB, MIP e testemunha. Na testemunha a desfolha permaneceu<br />

superior ao NA até a colheita. No CB e MIP, a desfolha reduziu após o controle das lagartas.<br />

O total de aplicações utilizados em cada tratamento foi 5 (inseticidas do grupo dos piretróides),<br />

4 (inseticidas seletivos), 2 (inseticidas biológicos) nos tratamentos Produtor, MIP e CB,<br />

respectivamente. Portanto, mesmo com um maior uso de inseticida e menor desfolha no<br />

tratamento Produtor, a produção foi estatisticamente igual nos tratamentos MIP, CB e<br />

Produtor com 3180,4; 3171,2; 2981,5 kg/ha, respectivamente, que diferiram da testemunha<br />

com 2555,1 kg/ha. Esses resultados confirmam que a adoção do NA, no manejo de lagartas,<br />

evita aplicações desnecessárias que apenas oneram o custo de produção. Ainda, o uso<br />

exclusivo do controle biológico mostrou-se viável, confirmando-se como uma boa alternativa<br />

no manejo de pragas para a agricultura orgânica, por exemplo.<br />

Apoio financeiro: CAPES (Processo 23038.035744/2008-89) e Embrapa Soja<br />

Palavras-chave: Manejo integrado de pragas, Controle biológico, liberação de parasitóides


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS UTILIZADOS NO SISTEMA<br />

ORGÂNICO <strong>DE</strong> PRODUÇÃO SOBRE ADULTOS <strong>DE</strong> CRYPTOLAEMUS<br />

MONTROUZIERI (COLEOPTERA; COCCINELLIDAE), VIA APLICAÇÃO TÓPICA<br />

EFROM, Caio Fábio; MEIRELLES, Rafael N.; OURIQUE, Cláudia; REDAELLI, Luiza R.<br />

UFRGS, PPG Fitotecnia, Depto. Fitossanidade, RS, E-mail: caio.efrom@ufrgs.br<br />

A associação do controle biológico com produtos fitossanitários só é possível se estes<br />

apresentarem alguma seletividade aos inimigos naturais. No sistema orgânico de produção, o<br />

efeito dos produtos utilizados sobre insetos benéficos não tem sido estudado. Entre os inimigos<br />

naturais comercializados mundialmente, destaca-se Cryptolaemus montrouzieri, predador de<br />

várias espécies de cochonilhas e afídeos. Assim, o trabalho objetivou avaliar o efeito de<br />

produtos fitossanitários sobre adultos de C. montrouzieri. Adultos, adquiridos comercialmente<br />

(Gravena Manecol), receberam 0,5 μL de solução inseticida aplicada topicamente, sobre a<br />

porção dorsal do tórax, utilizando seringa acoplada a um micro-aplicador manual. Os produtos<br />

fitossanitários testados foram Organic neem, Natuneem, Rotenat, calda sulfocálcica, Pironat e<br />

Biopirol 7M, em quatro concentrações (0,25x, 0,5x, 1x e 2x da dose recomendada a campo),<br />

tendo como testemunha água destilada e Sevin 480 SC ® (2,25 mL/L). Utilizaram-se três<br />

repetições/tratamento, sendo cada unidade experimental formada por 10 adultos. Após a<br />

aplicação, os insetos foram acondicionados em potes cobertos por tecido voile, mantidos em<br />

câmara (25 ± 2 ºC, U.R. 70 ± 10% e fotofase 12 horas) e alimentados com solução de mel a<br />

15% e dieta sólida composta de sacarose, lêvedo de cerveja, gérmen de trigo e glúten de milho<br />

(3:1:1:1). O número de indivíduos mortos foi avaliado 1, 4, 12, 24, 48, 72 e 96 horas após a<br />

aplicação, corrigido por Abbott e submetido à análise fatorial de variância, comparando-se as<br />

médias pelo teste de Tukey a 5%. Constatou-se que o controle, Sevin, provocou a morte de<br />

100% dos insetos somente 48 horas após a aplicação. Nenhum dos produtos, em todas as<br />

doses testadas, apresentou efeito significativo sobre a sobrevivência de C. montrouzieri. Os<br />

valores de mortalidade foram sempre abaixo de 5%, em todas as observações, para todos os<br />

tratamentos e doses, demonstrando que os produtos testados são seletivos aos adultos dessa<br />

espécie.<br />

Palavras-chave: agricultura orgânica, seletividade, predador<br />

Apoio financeiro: CNPq


SELETIVIDA<strong>DE</strong>, VIA RESIDUAL, <strong>DE</strong> AGROTÓXICOS UTILIZADOS NO<br />

SISTEMA ORGÂNICO SOBRE ADULTOS <strong>DE</strong> CRYPTOLAEMUS MONTROUZIERI<br />

(COLEOPTERA; COCCINELLIDAE)<br />

EFROM, Caio Fábio; MEIRELLES, Rafael N.; REDAELLI, Luiza R.; OURIQUE, Cláudia<br />

UFRGS, PPG Fitotecnia, Depto. Fitossanidade, RS, E-mail: caio.efrom@ufrgs.br<br />

No sistema orgânico de produção, óleos, extratos de plantas e caldas são alternativas para o<br />

controle de pragas. Entretanto, o efeito residual desses produtos sobre organismos benéficos é<br />

pouco conhecido. O estudo objetivou avaliar, através de exposição a resíduos, o efeito de<br />

alguns produtos utilizados no sistema orgânico sobre adultos de Cryptolaemus montrouzieri,<br />

predador utilizado em programas de controle biológico clássico sobre várias espécies de<br />

cochonilhas e afídeos. Os agrotóxicos avaliados foram Organic neem, Natuneem, Rotenat,<br />

calda sulfocálcica, Pironat e Biopirol 7M, em quatro concentrações (0,25x, 0,5x, 1x e 2x da<br />

dose recomendada a campo), tendo como testemunha água destilada e Sevin 480 SC ® (2,25<br />

mL/L), realizando três repetições/tratamento. Dez adultos de C. montrouzieri, por<br />

dose/tratamento, foram acondicionados em gaiolas desmontáveis cujas partes, inferior e<br />

superior, são placas quadradas de vidro (12 cm) e a lateral um cilindro de acrílico, com fluxo de<br />

ar forçado e perfurações para permitir troca gasosa, fornecimento de alimento e água. Os<br />

produtos foram aplicados, utilizando pulverizadores manuais calibrados num volume de<br />

1,5±0,25 mg/cm², nas faces internas das placas, sendo as gaiolas montadas após as placas<br />

secarem. Os insetos foram introduzidos e as gaiolas mantidas em câmara (25±2 ºC, 70±10%<br />

U.R., fotofase 12 horas). O número de indivíduos sobreviventes foi avaliado 1, 4, 12, 24, 48,<br />

72 e 96 horas após a introdução dos insetos. O número de insetos mortos foi corrigido pela<br />

fórmula de Abbott, submetido à análise fatorial de variância e as médias comparadas por Tukey<br />

(5%). Nenhum dos produtos, em todas as doses testadas, apresentou efeito significativo sobre<br />

a sobrevivência de adultos de C. montrouzieri, não diferindo da testemunha água destilada. O<br />

controle, Sevin, provocou a morte de 100% dos insetos 12 horas após a exposição. Os<br />

resultados indicam que os produtos fitossanitários usados no sistema orgânico são seletivos a<br />

C. montrouzieri.<br />

Palavras-chave: agricultura orgânica, seletividade, predador, produtos fitossanitários<br />

Apoio financeiro: CNPq.


INTERAÇÕES <strong>DE</strong> DIFERENTES MÉTODOS <strong>DE</strong> CONTROLE <strong>DE</strong> SPODOPTERA<br />

FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM LABORATÓRIO.<br />

ALVES, Camila Migliavacca 1 ; ALLES, Gabriela Cristina 1 ; PANIZZON, Jeremias<br />

Pakulski 1 & FIUZA, Lidia Mariana 1<br />

1 Lab. de Microbiologia, PPG em Biologia, UNISINOS, São Leopoldo, RS.<br />

gabialles@hotmail.com<br />

Spodoptera frugiperda é um dos principais insetos-praga de lavouras. Esta espécie<br />

caracteriza-se pelo hábito polífago, tendo recebido atenção especial quanto ao desenvolvimento<br />

de métodos alternativos de controle que reduzem a aplicação de inseticidas químicos. A partir<br />

disto, evidencia-se a importância de estudos com: integração de métodos de controle, baixo<br />

impacto ambiental e possível redução da resistência aos ingredientes ativos presentes nos<br />

inseticidas. Esse trabalho objetivou avaliar a eficiência de três inseticidas, utilizados em<br />

associação ou isoladamente, sendo esses: Fipronil, Bacillus thuringiensis aizawai e Mentha<br />

sativa, no controle de S. frugiperda. As lagartas de 2° ínstar foram acondicionadas<br />

individualmente em dieta de Poitout, onde foram aplicados 100µL de cada inseticida, nas<br />

seguintes dosagens: Fipronil a 0,25 ml -2 , B.t. aizawai a 0,5 mg ml -1 e extrato aquoso de folhas<br />

de M. sativa a 10%. Os ensaios foram constituídos de 8 tratamentos (Fipronil; B.t. azawai; M.<br />

sativa; B.t. azawai e Fipronil; B.t. azawai e M. sativa; Fipronil e M. sativa; associação dos três<br />

tratamentos e testemunha), utilizando 30 lagartas por tratamento, totalizando 240 insetos. A<br />

mortalidade foi avaliada aos 7 dias após aplicação do tratamento (DAT) e corrigida pela<br />

fórmula de Abbott (MC%). Os dados mostraram que os produtos Fipronil (30%MC) e B.t.<br />

aizawai (50%MC), quando utilizados individualmente, foram mais eficientes no controle de S.<br />

frugiperda em comparação ao extrato vegetal (10%). Nos resultados das interações dos<br />

tratamentos, a associação do B.t. aizawai e Fipronil (58,62%MC) ou B.t. aizawai e M. sativa<br />

(58,62%MC) mostrou maior atividade inseticida, porém, quando associado os três ingredientes<br />

ativos, Fipronil, B.t. aizawai e M. sativa, (24,07%MC) foi observada uma redução desta<br />

eficiência no controle da espécie-alvo, a qual assemelha-se à associação de Fipronil e M. sativa<br />

(20,76%MC). A partir desses dados, em áreas experimentais vislumbrando uma futura<br />

aplicação a campo recomenda-se o uso integrado dos produto para ensaios.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Spodoptera frugiperda, controle biológico, Fipronil, Bacillus<br />

thuringiensis aizawai, Mentha sativa.


<strong>MANEJO</strong> <strong>DE</strong> Musca domestica EM INDÚSTRIAS <strong>DE</strong> ALIMENTOS<br />

ALVES, Camila Migliavacca e FIUZA, Lídia Mariana<br />

PPG em Biologia, Microbiologia, UNISINOS, São Leopoldo, 93001-970, RS.<br />

E-mail: migli@email.com e fiúza@unisinos.br<br />

Musca domestica é um inseto cosmopolita e conhecido pelo seu comportamento sinantrópico e<br />

endofílico, que é a entrada e a permanência no interior das edificações. Esta característica<br />

representa um grande risco para as indústrias de alimentos, uma vez que moscas são vetores<br />

mecânicos de diversas doenças gastrointestinais causadas por microorganismos que são<br />

carregados por estas. A fim de monitorar os insetos no interior de indústrias de alimentos,<br />

foram realizadas coletas ao longo de um ano em frigorífico de abate de aves, em<br />

Montenegro-RS. Nesse experimento, foi utilizado 40 armadilhas luminosas, para atrair as<br />

moscas, que foram capturadas em placas adesivas. As armadilhas foram instaladas em diversos<br />

setores do frigorífico. Mensalmente foi realizada a contagem de insetos capturados em duas<br />

categorias: A – setores com resíduos sólidos e líquidos (n = 23) e B – setores sem resíduos<br />

sólidos e líquidos (n = 17). Na análise dos dados, foi realizado Teste t e verificou-se que a<br />

diferença entre as médias de captura de moscas das duas categorias de coleta não foi<br />

significativa. Esses resultados mostram que o programa de controle de pragas adotado pelas<br />

indústrias de alimentos deve contemplar ações sistemáticas para o manejo populacional de<br />

moscas em todos os setores da empresa, sejam eles utilizados para o processamento de<br />

alimentos ou não. Recomenda-se o uso de metodologias integradas, como o controle químico,<br />

a higienização contínua e a adaptação da infraestrutura para atender as exigências das Boas<br />

Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF), que enfatizam a utilização de barreiras físicas para<br />

que moscas e demais pragas não acessem o interior das dependências, evitando que estes<br />

animais representem risco de contaminação física e biológica para os alimentos.<br />

Palavras-chave: mosca doméstica, indústria de alimentos, manejo de pragas.<br />

Apoio financeiro: Santander


DISTRIBUIÇÃO <strong>DE</strong> POSTURAS PARASITADAS <strong>DE</strong> SPODOPTERA FRUGIPERDA<br />

(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM PLANTAS <strong>DE</strong> MILHO<br />

CAMERA, Cátia I ; PONCIO, Sônia I ; STURZA, Vinícius Soares II ; RIGO, Dhonatha Santo II ;<br />

RIBEIRO, Leandro do Prado III ; FERREIRA, Fernanda de Figueiredo IV ; <strong>DE</strong>QUECH, Sônia<br />

Thereza Bastos V<br />

I<br />

- UFSM - PPGAgro, Santa Maria, 97105-900, RS. E-mail: catiassac@hotmail.com Autor<br />

para correspondência<br />

II<br />

- UFSM – Curso de Agronomia, Santa Maria, 97105-900, RS<br />

III<br />

- USP/ESALQ - PPG em Entomologia, Piracicaba 13418 -900, SP<br />

IV<br />

- UFSM- PPGP, Santa Maria, 97105-900, RS<br />

V<br />

- UFSM – Departamento de Defesa Fitossanitária, CCR, Santa Maria, 97105-900, RS<br />

A principal praga da cultura do milho no Brasil, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera:<br />

Noctuidae), a lagarta-do-cartucho, carece de informações relativas ao parasitismo, em cultivos<br />

a campo no estado do Rio Grande do Sul. No intuito de gerar informações para o uso em<br />

programas de controle biológico, visando uma redução no uso de inseticidas sintéticos<br />

utilizados no controle dessa espécie, este trabalho objetivou avaliar a distribuição de posturas<br />

parasitadas de S. frugiperda nas faces das folhas e no dossel vegetativo, no decorrer do ciclo<br />

da cultura do milho. Para tanto, três experimentos foram implantados, um em Santa Maria, na<br />

safra 2006/2007 e dois (safra e safrinha) em Santa Bárbara do Sul, na safra 2007/2008, onde<br />

foram cultivadas plantas de milho, cultivar Pioneer 3069. Coletas periódicas de posturas foram<br />

realizadas no período compreendido entre a emergência e a maturação fisiológica das plantas.<br />

As posturas foram avaliadas conforme a localização na superfície da folha (abaxial ou adaxial) e<br />

na planta (extratos superior, mediano ou inferior). No total, foram coletadas 1.442 posturas da<br />

praga, que, posteriormente, foram encaminhadas ao Laboratório de Entomologia do<br />

Departamento de Defesa Fitossanitária da Universidade Federal de Santa Maria, onde foram<br />

observadas quanto à emergência de lagartas ou de parasitóides. Os resultados demonstraram<br />

um maior número de posturas parasitadas na superfície abaxial da folha, representando 94,68%<br />

do total. Já, quanto à distribuição nos extratos da planta, o maior percentual ocorreu no extrato<br />

mediano, com 67,55% do total das posturas parasitadas, seguido dos extratos inferior e<br />

superior, com 27,13% e 5,32% respectivamente.<br />

Palavras-chave: Controle biológico, Parasitismo, Zea mays


AÇÃO <strong>DE</strong> INSETICIDAS SOBRE PREDADORES <strong>DE</strong> INSETOS-<strong>PRAGAS</strong> NA<br />

CULTURA DA SOJA<br />

ÁVILA, Crébio José; OLIVEIRA, Harley Nonato; DUARTE; Marcela Marcelino<br />

Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS. Caixa Postal 661 79804-970 – Dourados, MS.<br />

E-mail: crebio@cpao.embrapa.br<br />

A cultura da soja é atacada por insetos desde a emergência das plantas até a fase de maturação.<br />

No agroecossistema de soja existe também uma grande diversidade de artrópodes que se<br />

alimentam ou se desenvolvem nas pragas da cultura, os quais são denominados coletivamente<br />

de inimigos naturais. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar o efeito de inseticidas sobre<br />

populações de predadores de insetos-praga da soja, quando os mesmos forem aplicados, em<br />

pulverização, na cultura. Os ensaios foram conduzidos no município de Dourados durante a<br />

safra de 2007/2008, sendo avaliados os seguintes tratamentos químicos (em g i.a./ha):<br />

chlorantraniliprole SC (2,0; 8,0 e 10,0), chlorantraniliprole WG (2,1; 8,75 e 10,5), metomil<br />

(215,0), metamidodós (300,0), tiodicarbe (120,0), flubendiamide (7,2 e 12,0), spirotetramat +<br />

imidacloprido (24,0 + 72,0 e 30,0 + 90,0). Estes tratamentos químicos foram aplicados na soja,<br />

utilizando-se pulverizador de pressão constante (CO 2), equipado com bicos do tipo cone vazio,<br />

espaçados de 0,40 m na barra, operando com a pressão de 50 lbf./pol.² e calibrado para liberar<br />

um volume de calda equivalente a 100 Litros/ha. Avaliou-se a população de predadores por<br />

ocasião da instalação do experimento (pré-contagem) e em três épocas após a aplicação dos<br />

tratamentos químicos na cultura da soja. As percentagens de redução populacional de<br />

predadores, em cada tratamento químico e época de amostragem, foram determinadas<br />

utilizando-se a fórmula de Abbott. O complexo de predadores constatado nos ensaios foi<br />

constituído por Tropiconabis sp., Geocoris sp., Callida sp., Lebia concinna e aranhas. Os<br />

tratamentos químicos chlorantraniliprole WG (2,1; 8,75 e 10,5), chlorantraniliprole SC (2,0 e<br />

8,0), metomil (215,0), tiodicarbe (120,0), flubendiamide (7,2) e spirotetramat + imidacloprido<br />

(24,0 + 72,0) foram seletivos para o complexo de predadores encontrados no ensaio. Já<br />

chlorantraniliprole SC (10,0), flubendiamide (12,0) e spirotetramat + imidacloprido (30,0 +<br />

90,0) mostraram-se como moderamente seletivos, enquanto que metamidodós (300,0) foi<br />

pouco seletivo.<br />

Palavras-chave: Inimigos naturais, mortalidade, pulverização, soja.


SELEÇÃO <strong>DE</strong> CLONES <strong>DE</strong> BATATA-DOCE (Ipomoea batatas) RESISTENTES AO<br />

ATAQUE <strong>DE</strong> Euscepes postfasciatus EM CONDIÇÕES <strong>DE</strong> CAMPO NO MUNICÍPIO <strong>DE</strong><br />

IPAMERI-GO<br />

BOTTEGA, Daline Benites 1 ; RODRIGUES, Camila Alves 1 ; PEIXOTO, Nei 2<br />

1 FACULDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS – UNESP, Jaboticabal-SP,<br />

Departamento de Fitossanidades. E-mail: daline4@bol.com.br<br />

2 UEG – UNIVERSIDA<strong>DE</strong> ESTADUAL <strong>DE</strong> GOIÁS, UnU, Ipameri-GO<br />

No mundo, 270 espécies de insetos e 17 espécies de ácaros foram registradas como pragas de<br />

batata-doce em condições de campo ou armazenamento, destas Euscepes postfasciatus<br />

(Fairmaire) (Coleoptera: Curculionidae), a broca-da-raiz da batata-doce é considerada a<br />

principal praga da cultura. Os danos causados por essa praga é resultado da alimentação do<br />

inseto adulto e, principalmente, das larvas que atacam às raízes e ramos influindo muito na<br />

produção. Este trabalho deve como objetivo identificar clones de batata-doce resistentes a<br />

broca-da-raiz da batata-doce. Foi conduzido na Universidade Estadual de Goiás, com o<br />

delineamento experimental de blocos casualizados com 25 tratamentos e três repetições. Foram<br />

feitas avaliações no campo após seis meses do plantio. A incidência de danos causados por<br />

insetos foi medida segundo a escala de nota estabelecida por França (1995). Todos os dados<br />

foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas entre si, pelo teste de<br />

Tukey. Entre os clones avaliados, 7 apresentam resistência aos insetos de solo, CIP 06, CIP 21,<br />

UEG 01, CIP 07, CIP 14, CIP 29 e CIP 35.<br />

Palavras-chave: Resistência de Plantas; broca-da-raiz; Manejo integrado de pragas.


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> EXTRATOS VEGETAIS EMPREGADOS NA AGRICULTURA<br />

ORGÂNICA SOBRE HARMONIA AXYRIDIS (COLEOPTERA, COCCINELLIDAE)<br />

GAZOLA, Diego; SCHERER, William Alexandre; PIETROWSKI, Vanda; BELLON, Patrícia<br />

Paula; RHEINHEIMER, Ana Raquel; MIRANDA, Aline Monsani.<br />

UNIOESTE, Graduação em Engenharia Agronômica, Marechal Cândido Rondon, 85960-000,<br />

PR. E-mail: gazolad@hotmail.com<br />

Em agricultura orgânica, o controle biológico é um dos principais métodos de controle de<br />

insetos pragas. Outro método amplamente utilizado nesse sistema agrícola são os extratos<br />

vegetais, tanto para controle de pragas como de doenças. Objetivou-se com este trabalho<br />

avaliar a seletividade de extratos vegetais utilizados na agricultura orgânica sobre Harmonia<br />

axyridis. Uma criação foi mantida em laboratório a partir de adultos coletados a campo,<br />

alimentados com ovos de Anagasta kuehniella. Foram utilizados os produtos comerciais Plant<br />

Clean, Pironin, Óleo de Neen, Óleo Mineral (Assist®) e extrato de crisântemo na concentração<br />

de 1 %, e extratos alcoólicos preparados de arruda e de tagetis na concentração de 10%. Os<br />

produtos e extratos foram aplicados diretamente sobre os adultos. Foram utilizadas 20<br />

repetições, sendo cada adulto uma repetição. Aplicou-se 01 mL do produto diretamente sobre<br />

os adultos, os quais foram mantidos em gerbox durante 14 dias. As avaliações foram feitas<br />

diariamente, quantificando-se o número de insetos mortos. Verificou-se que os extratos de<br />

arruda e tagetis não diferiram estatisticamente da testemunha, mostrando-se seletivos quando<br />

comparados aos demais extratos. Os produtos comerciais Plant Clean, Pironin, Óleo de Neen,<br />

Óleo Mineral não deferiram entre si, apresentando baixa seletividade. Já o extrato de<br />

crisântemo, mostrou-se não seletivo, diferindo dos demais tratamentos, causando mortalidade<br />

total das joaninhas.<br />

Palavras Chave: controle alternativo, joaninha, agricultura orgânica.<br />

Apoio financeiro: SETI/Fundo Paraná.


Sincobiol2009<br />

EFEITO DO GEL REPELENTE SOBRE INSETOS EM PLANTAS CÍTRICAS<br />

LINK, Dionísio; LINK, Fábio Moreira<br />

UFSM/CCR, Cidade Universitária – Camobi, Santa Maria, 97105-900, RS. E-mail:<br />

dlink@smail.ufsm.br.<br />

Diversas cochonilhas e seus inimigos naturais ocorrem sobre plantas cítricas, em especial, em<br />

laranjeiras e bergamoteiras, associadas à presença de formigas dos gêneros Camponotus e<br />

Azteca. Num pomar doméstico aplicou-se uma cinta de gel repelente no caule, com três<br />

centímetros de largura e cerca de 80 cm do solo em julho de 1999 e renovada anualmente.<br />

Foram tratadas dez laranjeiras e cinco bergamoteiras e, sem a aplicação do gel, cinco plantas de<br />

cada espécie. Avaliou-se a população de cochonilhas ocorrentes no pomar, coletando vinte<br />

ramos da parte mediana da planta, sendo cinco em cada quadrante, nos meses de fevereiro e<br />

julho, de 2000 até 2007, e através da rede de varredura, com 80 cm de diâmetro colocada sob a<br />

copa para coleta de outros artrópodes. Em laboratório foi anotado o número de exemplares de<br />

cochonilhas nas folhas e ramos e, dos predadores nas redadas. Foram identificadas seis espécies<br />

de cochonilhas, destacando-se Lepidosaphes beckii, L. gloveri e Coccus viridis, como as mais<br />

abundantes, com mais de 80% dos exemplares no primeiro levantamento e ocorrendo em todas<br />

as plantas. Inicialmente as cochonilhas ocorreram numa densidade média de 42,5<br />

cochonilhas/ramo, independente da espécie botânica do citros e no final constatou-se<br />

cochonilhas destas três espécies apenas nas plantas não aneladas (testemunhas) e com<br />

densidade média inferior a cinco indivíduos/ramo. Seis espécies de joaninhas foram coletadas<br />

no primeiro levantamento, sendo Calloeneis sp. a mais abundante com mais de 75% dos<br />

exemplares. No último levantamento, apenas duas espécies foram capturadas, Cycloneda<br />

sanguinea e Harmonia axyridis e somente nas plantas testemunhas. O gel impediu a subida<br />

das formigas e a sua ausência sobre a planta cítrica favoreceu o controle natural e eliminação da<br />

infestação das cochonilhas, ao facilitar a ação dos inimigos naturais sobre estas pragas, que são<br />

disseminadas e protegidas pelas formigas doceiras.<br />

Palavras-chave: controle alternativo, cochonilhas, joaninhas, citros, controle natural.


ASPECTOS BIOLÓGICOS <strong>DE</strong> ZABROTES SUBFASCIATUS (BOH.)<br />

(COLEOPTERA: BRUCHIDAE) EM GENÓTIPOS <strong>DE</strong> FEIJOEIRO<br />

SOUZA, Efrain S. 1 ; PEREIRA, Jaqueline M. 1 ; SCHLICK-SOUZA, Eunice C. 1 ; SOLIMAN,<br />

Everton P. 1 ; DACOSTA, Ronelza R. 1 ; BALDIN, Edson L.L. 1 .<br />

1 FCA/UNESP – Dep. De Produção Vegetal / Defesa Fitossanitária, Rua José Barbosa de<br />

Barros, 1780, Caixa Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu-SP. E-mail:<br />

efrainsantana2@yahoo.com.br<br />

No armazenamento de grãos de feijoeiro, Phaseolus vulgaris L., é comum o ataque do<br />

caruncho Zabrotes subfasciatus Boh., 1833 (Coleóptera: Bruchidae), considerado uma das<br />

principais pragas desses grãos em climas tropicais. O uso de materiais resistentes se mostra<br />

uma boa opção para o controle deste inseto, uma vez que pode ser altamente eficiente, é mais<br />

barato, mais estável e menos agressivo que o controle químico. Assim o presente trabalho teve<br />

como objetivo identificar a possível resistência de genótipos de feijão frente ao ataque de Z.<br />

subfasciatus, através do acompanhamento de seu desenvilvimento biológico nesses materiais.<br />

Testes sem chance de escolha foram realizados em laboratório (T= 25±2ºC; UR=70±10% e<br />

fotofase= 12 h) utilizando-se os genótipos Bolinha, Preto, Arc. 5S e Arc. 4. Adotou-se o<br />

delineamento inteiramente casualizado, efetuando-se dez repetições por material. De acordo<br />

com os resultados, Preto e Bolinha foram considerados os mais sucetíveis, favorecendo o<br />

desenvolvimento dos carunchos sobre os grãos. De maneira oposta, Arc. 5S foi o menos<br />

consumido por larvas e também o que mais prolongou o ciclo do caruncho, além de reduzir o<br />

peso e viabilidade dos adultos indicando a ocorrência de resistência dos tipos não-preferência<br />

para alimentação e/ou antibiose.<br />

Palavras-chave: Caruncho-do-feijão, resistência de plantas, antibiose.


TOMADA <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>CISÃO <strong>DE</strong> CONTROLE <strong>DE</strong> SPODOPTERA FRUGIPERDA (J.E. SMITH, 1797)<br />

(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) UTILIZANDO ARMADILHA COM FEROMÔNIO SEXUAL EM<br />

AGROECOSSISTEMA <strong>DE</strong> MILHO SEMENTE 1<br />

CARDOSO, Alexandre Moraes 2 , FERNAN<strong>DE</strong>S, Odair A. 3 & GODÓI, R. Eric Zanovello 4<br />

Parte do Doutorado do primeiro autor desenvolvido na USP/ FFCLRP, Depto. de Biologia, Av. Bandeirantes, 3900, 14040-<br />

01, Ribeirão Preto, SP<br />

UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Unidade Universitária de Cassilândia, Cassilândia, MS. 79540-000.<br />

-mail: acardoso@uems.br<br />

UNESP - Universidade Estadual Paulista - Campus de Jaboticabal, Departamento de Fitossanidade, Jaboticabal, SP. 14884-<br />

00. E-mail: oafernandes@fcav.unesp.br<br />

Gerente de Pesquisa de Produção, Monsanto do Brasil Ltda., Escritório Central - Divisão Sementes, Uberlândia, MG.<br />

8400-174. E-mail: eric.godoi@monsanto.com<br />

lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda, é praga-chave da cultura do milho e a amostragem para estimar sua densidade<br />

opulacional é indispensável antes de adotar qualquer medida de controle, independentemente se for utilização de defensivos<br />

uímicos ou liberação de agentes de controle biológico. Com o objetivo de aprimorar a tomada de decisão de controle deste<br />

seto através do uso de armadilhas com feromônio sexual, foram conduzidos estudos em Miguelópolis, SP. Uma das áreas<br />

denominada de MIP) foi constituída de 36,3 ha e 30 pontos de amostragem e a outra (denominada convencional) possuía 10<br />

a e 10 pontos de amostragem. Foram instaladas armadilhas com feromônio sexual (proporção de uma armadilha/ ha)<br />

istribuídas aleatoriamente nas áreas. Durante o desenvolvimento das plantas, foram realizadas duas avaliações por semana e<br />

s parâmetros avaliados foram: injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas (pequenas, médias e grandes).<br />

s adultos (machos) foram retirados das armadilhas de feromônio também duas vezes por semana. O número de adultos<br />

oletados nas armadilhas foi correlacionado com os níveis de injúrias, número de posturas e densidade larval. O número de<br />

rvas observadas não apresentou diferença entre áreas e pontos de amostragem. A injúria dos insetos às plantas, número de<br />

osturas e de larvas pequenas não apresentaram correlação com os adultos capturados pelas armadilhas. Houve correlação<br />

ignificativa entre o número de larvas grandes (4 o e 5 o ínstares) e o número de plantas apresentando o cartucho furado ou<br />

estruído. Não houve correlação da coleta de adultos nas armadilhas com a infestação ou níveis de injúria. Assim, os<br />

esultados demonstraram que as larvas ainda precisam ser contadas para determinar o momento do seu controle.<br />

alavras-chave: amostragem, lagarta-do-cartucho, produção de sementes, injúria de inseto.<br />

poio financeiro: CNPq e Monsanto do Brasil Ltda. - Divisão Sementes.<br />

Capítulo 2<br />

1


Capítulo 2<br />

1


INFLUÊNCIA <strong>DE</strong> FUNGICIDAS NA VIABILIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> OVOS <strong>DE</strong> CHRYSOPERLA<br />

EXTERNA (HAGEN) ORIUNDAS <strong>DE</strong> LARVAS ALIMENTADAS COM APHIS<br />

GOSSYPII GLOVER<br />

DACOSTA, Ronelza Rodrigues.; ZACHÉ, Bruno.; SOUZA, Efrain de Santana.;<br />

CARVALHO, Geraldo Andrade.; BALDIN, Edson L. Lopes.<br />

FCA/ UNESP, Departamento de Produção Vegetal, Defesa Fitossanitária, PG em Proteção de<br />

Plantas, Fazenda Experimental Lageado, Cx. Postal 237, CEP 18610-307, Botucatu- SP.<br />

E-mail: efrainsantana2@yahoo.com.br<br />

A cultura do pepino é atacada por inúmeros patógenos, sendo o motivo da aplicação rotineira<br />

de fungicidas pelos horticultores, mas pouco se sabe dos efeitos desses produtos sobre os<br />

inimigos naturais. Assim, um experimento foi conduzido em laboratório a 25±2 o C, 70±10% UR<br />

e fotofase de 12 horas, para avaliar a influência de alguns fungicidas recomendados para a<br />

cultura do pepino sobre a viabilidade de ovos de Chrysoperla externa (Hagen), oriundas de<br />

larvas de segundo ínstar tratadas via contato ou ingestão. As larvas foram alimentadas com<br />

Aphis gossypii Glover criadas em plantas de pepino. Os compostos utilizados e suas dosagens<br />

de aplicação em g i.a.L -1 foram: enxofre (1,6); mancozebe (1,6) e oxicloreto de cobre (1,49). O<br />

experimento foi conduzido em condições controladas a 25±2 o C, 70±10% UR e fotofase de 12<br />

horas. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente ao acaso, com seis repetições para<br />

cada tratamento, sendo cada parcela representada por um casal de C. externa. Avaliou-se em<br />

intervalos regulares de três dias a viabilidade dos ovos, coletando-se aleatoriamente 96 ovos, os<br />

quais foram individualizados em compartimentos de placas de teste ELISA e mantidos durante<br />

seis dias para eclosão. O fungicida enxofre aplicado via contato em larvas de segundo ínstar de<br />

C. externa, influenciou na diminuição das viabilidades dos ovos em adultos ao longo do tempo.<br />

Todos os fungicidas aplicados via ingestão a larvas de segundo ínstar apresentaram menor<br />

influência sobre a viabilidade de ovos do que os aplicados via contato.<br />

Palavras-chave: Cucumis sativus L., pulgão-do-algodoeiro, produto fitossanitário, crisopídeo.<br />

Apoio Financeiro: CAPES


<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO <strong>DE</strong> Cycloneda sanguinea (LINNAEUS, 1763) (COLEOPTERA:<br />

COCCINELLIDAE) ALIMENTADA COM Aphis gossypii GLOVER, 1877<br />

(HEMIPTERA: APHIDIDAE) PROVENIENTES <strong>DE</strong> PLANTAS <strong>DE</strong> ALGODÃO<br />

COLORIDO TRATADAS COM SILÍCIO<br />

ALCANTRA, E.; MORAES, J.C.; ANTÔNIO, A.; ALVARENGA, R.; FRANÇOSO, J.<br />

UFLA, PPG em Entomologia, campus universitário, C.P. 3037, CEP – 37200-000,<br />

Lavras-MG. E-mail: lialcantra@yahoo.com.br<br />

Com este trabalho objetivou-se avaliar o desenvolvimento de Cycloneda sanguinea alimentada<br />

com Aphis gossypii provenientes de plantas de algodão colorido tratadas com silício em<br />

condições de casa de vegetação. Plantas das cultivares BRS Verde, BRS Safira e BRS Rubí<br />

foram semeadas em vasos de polietileno em casa de vegetação e tratadas com ácido silício, na<br />

dosagem equivalente a 3 t/ha, quando o primeiro par de folhas estava desenvolvido. A<br />

infestação com pulgões A. gossypii foi realizada dez dias após aplicação do silício. Dez dias<br />

após a infestação das plantas, foi liberada uma larva de C. sanguinea recém-eclodida por<br />

planta/vaso. Cada vaso foi coberto com tecido voil sustentado por quatro estacas de bambu<br />

enterradas no substrato, sendo as extremidades do tecido fechadas com elástico, formando uma<br />

gaiola para evitar a fuga das larvas. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em<br />

esquema fatorial 2 (com e sem silício) x 3 (cultivares) e com 5 repetições, sendo 2<br />

parcelas/repetição. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo os de mortalidade<br />

transformados, antes, em arsen (raiz (x/100)). Os parâmetros avaliados foram duração dos<br />

períodos larval, pré-pupa, pupa e da fase jovem (larva a adulto), mortalidade na fase larval e<br />

razão sexual. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos, bem como<br />

na interação entre eles. Os períodos larval, pré-pupa, pupa e fase jovem duraram 10,0; 1,6; 5,0<br />

e 17 dias, respectivamente. A mortalidade do predador na cultivar Verde foi de 10%, na Safira<br />

5% e não houve mortalidade na cultivar Rubí. Portanto, a aplicação de silício não afetou<br />

indiretamente as características biológicas do predador C. sanguinea em casa de vegetação,<br />

mostrando ser um produto promissor em programas de manejo integrado do algodoeiro.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Entomologia Agrícola, pulgão-do-algodoeiro, joaninha<br />

Apoio financeiro: CNPq e FAPEMIG.


Tabela de vida de fertilidade de Mahanarva fimbriolata em diferentes substratos<br />

alimentares<br />

Grisoto, Eliane 1 ; Vendramim, José Djair 1 ; Lourenção, André Luiz 2<br />

1 ESALQ, PPG em Entomologia, Piracicaba-SP, 13418-900. E-mail: egrisoto@usp.br<br />

2 IAC, Instituto Agronômico, Campinas-SP, 13012-970.<br />

Estudou-se a biologia de M. fimbriolata em sete gramíneas (cana-de-açúcar cv. SP-80 1842 -<br />

testemunha, Setaria anceps cv. Kazungula, Brachiaria brizantha cv. Marandu, ecótipos BB 33<br />

e BB 39 e seleções IAC-BBS 5 e IAC-BBS 8) para verificar através dos parâmetros da tabela<br />

de vida de fertilidade a existência de algum material resistente a essa praga. Ninfas<br />

recém-eclodidas foram inoculadas nas raízes das referidas gramíneas e mantidas até a<br />

emergência dos adultos, avaliando-se a mortalidade e a duração da fase ninfal. Após a<br />

emergência dos adultos, casais oriundos de cada tratamento foram individualizados em gaiolas,<br />

observando-se a razão sexual, período de pré-oviposição, número de ovos por fêmea e<br />

longevidade. Os ovos obtidos foram mantidos em placas de Petri até a eclosão das ninfas,<br />

avaliando-se a duração e a viabilidade da fase embrionária. O menor valor numérico da taxa<br />

líquida de reprodução (Ro) de M. fimbriolata foi observado em cana-de-açúcar cv. SP80-1842<br />

(174,06), diferindo dos demais tratamentos. O maior valor do intervalo médio entre gerações<br />

(T), ocorreu em IAC-BBS 8 (104,00) diferindo também dos constatados nos demais<br />

tratamentos. Os valores da taxa intrínseca de crescimento foram positivos para todos os<br />

tratamentos, sendo o menor valor observado em IAC-BBS 8. A razão finita de aumento (λ)<br />

apresentou diferenças significativas entre os tratamentos, onde em IAC-BBS 8 foi registrado o<br />

menor valor (1,01), diferindo dos demais tratamentos. O principal parâmetro para avaliar a<br />

qualidade de um substrato alimentar para o desenvolvimento do inseto é a taxa líquida de<br />

reprodução, tendo sido registrado neste trabalho uma grande diferença entre a testemunha<br />

(cana-de-açúcar) e a seleção IAC-BBS 8, que se mostrou a menos favorável para o<br />

desenvolvimento de M. fimbriolata, sendo portanto, dentre os materiais testados, aquela com<br />

maior grau de resistência a essa praga.<br />

Palavras-chave: Resistência de plantas, gramíneas, cigarrinhas, cana-de-açúcar.<br />

Apoio financeiro: CNPq


DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL <strong>DE</strong> DIATRAEA SACCHARALIS (FABRICIUS,<br />

1794) (LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE) EM CANA-<strong>DE</strong>-AÇÚCAR<br />

COSTA, Daniele Perassa; SANTOS, Honório Roberto dos; FERNAN<strong>DE</strong>S, Marcos Gino;<br />

PEREIRA, Fabricio Fagundes; GRANCE, Elizangela Leite Vargas; FÁVERO, Kellen<br />

UFGD, PPG em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Dourados, MS, Caixa Postal<br />

533, CEP 79840970. E-mail: eli_vargasgrance@yahoo.com.br<br />

Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) é a principal praga da cana-de-açúcar e pode ocasionar<br />

danos durante todo o ciclo vegetativo desta cultura. O conhecimento da distribuição espacial<br />

dos insetos é primordial ao desenvolvimento de planos de amostragens e técnicas de controle<br />

em sistemas de culturas agrícolas. Este trabalho objetivou determinar a distribuição espacial de<br />

D. saccharalis em cultivo comercial de cana-de-açúcar. O experimento foi conduzido em<br />

talhão de cana-de-açúcar variedade SP-803280, pertencente à Usina Dourados Álcool e Açúcar<br />

S/A, situada em Dourados/MS (latitude 22° 07’ 04” S; longitude 55° 01’ 42” W), no período<br />

de janeiro a outubro de 2008. Foram realizadas 21 amostragens observando-se a variável<br />

colmos com orifício, numa área de aproximadamente 22.500 m 2 dividido em 100 parcelas de<br />

225 m 2 (15 m x 15 m). Os índices de dispersão utilizados para a definição do modelo de<br />

distribuição espacial foram: razão variância/média (I), índice de Morisita (Iσ) e o expoente K da<br />

distribuição binomial negativa. Também se testou os ajustes às distribuições de probabilidade<br />

de Poisson, binomial negativa e binomial positiva. A variável de distribuição espacial, colmo<br />

com orifício, se ajustou a distribuição binomial negativa (agregada) na área de estudo. Com<br />

base na distribuição espacial de D. saccharalis recomenda-se que a amostragem seja realizada<br />

aleatoriamente com maior número possível de amostras no talhão, para que a quantidade<br />

estimada de lagartas seja a mais próxima da real.<br />

Palavras-chave: broca-da-cana, arranjo espacial, amostragem.<br />

Apoio Financeiro: CNPq


EFEITO <strong>DE</strong> BEAUVERIA BASSIANA (BALS.) VUILL. SOBRE O PARASITÓI<strong>DE</strong><br />

TRICHOSPILUS DIATRAEAE (CHERIAN E MARGABANDHU, 1942)<br />

(HYMENOPTERA: EULOPHIDAE)<br />

GRANCE, Elizangela Leite Vargas; LOUREIRO, Elisângela de Souza; PEREIRA, Fabricio<br />

Fagundes; HAYASHIDA, Eduardo Kenji; FÁVERO, Kellen.<br />

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), PPG em Entomologia e Conservação da<br />

Biodiversidade, Dourados, MS, Caixa Postal 533, CEP 79840970. E-mail:<br />

eli_vargasgrance@yahoo.com.br<br />

Fungos entomopatogênicos e parasitóides podem ocorrer simultaneamente nos<br />

agroecossistemas, além de serem largamente utilizados no controle biológico de pragas. Este<br />

trabalho avaliou o efeito de seis isolados do fungo Beauveria bassiana (IBCB 21, IBCB 66,<br />

ESALQ 446, UFGD 1, UFGD 6 e UFGD10) sobre adultos do parasitóide Trichospilus<br />

diatraeae. O experimento foi conduzido à temperatura de 25±1 ºC, UR de 70±10% e fotofase<br />

de 12 horas, conduzido em esquema fatorial 7x5 em delineamento inteiramente casualizado,<br />

com 5 repetições. Foram colocados dez adultos do parasitóide em tubo de ensaio, vedado com<br />

algodão hidrófilo, contendo uma gota de mel e papel filtro (2,5 x 2,5 cm) tratado com 1 mL<br />

das suspensões (1,0 x 10 7 ; 0,5 x 10 8 ; 1,0 x 10 8 ; 0,5x 10 9 ; 1,0 x 10 9 ). Na testemunha foi<br />

adicionado 1 mL de água destilada esterilizada no papel filtro, cada inseto morto foi lavado<br />

com álcool 70%, e água destilada esterilizada. Para obtenção dos valores de TL 50 (em dias) foi<br />

realizada a análise de Probit para os diversos tratamentos. Os isolados que causaram menor<br />

efeito sobre T. diatraeae foram UFGD 10 (1,0 x 10 7 e 0,5 x 10 8 ), UFGD 6 (1,0 x 10 7 e 0,5 x<br />

10 8 ) e ESALQ 446 (1,0 x 10 9 e 0,5 x 10 8 ). De maneira geral, o tempo letal variou de 12,22 a<br />

17,26 dias para esses isolados, não havendo mortalidade do inseto pelo fungo durante o<br />

principal período de parasitismo (primeiros sete dias). A mortalidade confirmada variou de 46 a<br />

98% e 30 a 90% para os isolados IBCB 21 e IBCB 66, respectivamente, não havendo diferença<br />

significativa entre as concentrações. É possível a utilização simultânea de T. diatraeae e B.<br />

bassiana, porém devem-se realizar outros estudos para determinação de isolados seletivos a<br />

este parasitóide.<br />

Palavras-chave: controle biológico, controle microbiano, fungo entomopatogênico,<br />

parasitóide pupal.<br />

Apoio Financeiro: CNPq


OCORRÊNCIA <strong>DE</strong> INSETOS-PRAGA E INIMIGOS NATURAIS NO CULTIVO <strong>DE</strong><br />

QUIABEIRO COM FAIXAS CIRCUNDANTES <strong>DE</strong> GRAMÍNEAS<br />

CARBOGNIN, Ellen Rimkevicius 1 ; SANTOS-CIVIDANES, Terezinha Monteiro dos 2 ;<br />

CIVIDANES, Francisco Jorge 1 ; SANTOS, Natália Ribeiro Pereira dos 2 ; SANTOS, Laís da<br />

Conceição dos 2 ; BORZI, Mariana Monezi 1 , RAMOS, Tatiana de Oliveira 1 .<br />

1 UNESP/FCAV, Departamento de Fitossanidade, Via de Acesso Prof. Paulo Donato<br />

Castellani, s/n. 14884-900. Jaboticabal, SP. 2 Agência Paulista de Tecnologia dos<br />

Agronegócios, Ribeirão Preto, SP. E-mail: carbognin@hotmail.com; terezinha@apta.sp.gov.br;<br />

fjcivida@fcav.unesp.br; nati.rps@ig.com.br; laisc_santos@yahoo.com.br;<br />

mmborzi@gmail.com; tatiorbio@gmail.com<br />

Uma tática de controle biológico conservativo consiste no cultivo de plantas de intenso<br />

florescimento nas proximidades de culturas para incrementar a ação e população de inimigos<br />

naturais. Neste trabalho, avaliou-se a influência do cultivo de faixas de sorgo (Sorghum bicolor<br />

) e milheto (Pennisetum glaucum) nas margens do quiabeiro, sobre a ocorrência de<br />

insetos-praga e inimigos naturais nessa malvácea. Os tratamentos considerados foram: a)<br />

quiabeiro cultivar Santa Cruz 47 sem a presença de faixas circundantes, b) quiabeiro<br />

circundado por sorgo e, c) quiabeiro circundado por milheto. O delineamento foi de blocos<br />

casualizados, com cinco repetições. A amostragem foi quinzenal constando ao acaso de cinco<br />

plantas por parcela que foram vistoriadas para a captura de insetos adultos. O total de 20<br />

espécies e 351 exemplares de insetos-praga foi capturado, 53,8% dos quais ocorreram em<br />

quiabeiro sem faixa de gramínea, 23,7% em quiabeiro com milheto e 22,5% em quiabeiro com<br />

sorgo. A espécie mais freqüente foi Diabrotica speciosa (Chrysomelidae) seguida dos<br />

coleópteros Astylus variegatus (Melyridae), Maecolaspis sp. (Crysomelidae) e da cochonilha<br />

Phenacoccus solenopsis (Pseudococcidae). O maior número do pulgão Aphis gossypii<br />

(Aphididae) foi observado no quiabeiro sem a presença de gramíneas (1.059 exemplares),<br />

enquanto no quiabeiro com faixas de sorgo e de milheto, o pulgão foi menos numeroso<br />

observando-se 924 e 541 exemplares, respectivamente. Com relação aos inimigos naturais, 138<br />

exemplares foram capturados, 60,8% presentes em quiabeiro sem gramíneas, 22,5% em<br />

quiabeiro cultivado com sorgo e 16,7% em quiabeiro com milheto. Das 11 espécies de inimigos<br />

naturais observadas, os coccinelídeos Harmonia axyridis, Scymnus sp., Hippodamia<br />

convergens e Cycloneda sanguinea foram os mais freqüentes. Constatou-se menor incidência<br />

de insetos-pragas em quiabeiro circundado por sorgo ou milheto em relação ao quiabeiro sem<br />

faixas de gramíneas. No entanto, o número de inimigos naturais foi semelhante no quiabeiro<br />

sem bordadura de gramíneas e com bordadura de sorgo.


Palavras-chave: Insecta, Pennisetum glaucum, Sorghum bicolor, controle biológico<br />

conservativo.<br />

Apoio financeiro: FAPESP.


ANÁLISE <strong>DE</strong> DANOS CAUSADOS POR SPODOPTERA FRUGIPERDA<br />

(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM CULTIVOS <strong>DE</strong> MILHO<br />

CAMERA, Cátia I ; PONCIO, Sônia I ; STURZA, Vinícius Soares II ; RIGO, Dhonatha Santo II ;<br />

RIBEIRO, Leandro do Prado III ; FERREIRA, Fernanda de Figueiredo IV ; <strong>DE</strong>QUECH, Sônia<br />

Thereza Bastos V<br />

I - UFSM - PPGAgro, Santa Maria, 97105-900, RS. E-mail: catiassac@hotmail.com Autor<br />

para correspondência; II - UFSM – Curso de Agronomia, Santa Maria, 97105-900, RS; III -<br />

USP/ESALQ - PPG em Entomologia, Piracicaba 13418 -900, SP; IV - UFSM- PPGP, Santa<br />

Maria, 97105-900, RS; V - UFSM – Departamento de Defesa Fitossanitária, CCR, Santa Maria,<br />

97105-900, RS<br />

A principal praga do milho no Brasil, Spodoptera frugiperda, a lagarta-do-cartucho, provoca<br />

sérios danos à cultura. Nos primeiros ínstares, raspam as folhas e, após o terceiro ínstar,<br />

provocam perfurações nas folhas, podendo destruir totalmente o cartucho da planta. Este<br />

trabalho teve por objetivo avaliar os danos causados pela lagarta-do-cartucho no decorrer dos<br />

diferentes estádios de desenvolvimento das plantas de milho, o que pode vir a permitir um<br />

maior planejamento na aplicação de medidas de controle. Assim, três experimentos foram<br />

implantados, um em Santa Maria, na safra 2006/2007 e dois (safra e safrinha) em Santa<br />

Bárbara do Sul, na safra 2007/2008, onde foram cultivadas plantas de milho, cultivar Pioneer<br />

3069. Os tratamentos utilizados foram: a) área sem utilização de métodos de controle<br />

(testemunha), b) área com liberação de Trichogramma pretiosum e c) área com aplicação de<br />

inseticidas (metomil e novaluron). Periodicamente, 96 plantas por área foram avaliadas quanto<br />

à ausência de danos ou à presença de folhas raspadas ou perfuradas. Os resultados foram<br />

submetidos à análise de variância, com as médias comparadas pelo teste Tukey, a 5% de<br />

significância. Nos tratamentos testemunha e com liberação de parasitóide houve predomínio de<br />

ausência de danos dos estádios V1 a V3, de folhas raspadas de V4 e V6, e de folhas perfuradas<br />

de V7 a V10. Já a área com tratamento químico apresentou ausência de danos de V1 a V4 e<br />

um predomínio de folhas raspadas de V5 a V10. Conclui-se que a utilização de controle<br />

químico resulta numa porcentagem menor de folhas perfuradas nos ínstares iniciais da cultura e<br />

maior de folhas raspadas nos ínstares mais avançados, indicando que as lagartas de primeiros<br />

ínstares foram controladas pelos inseticidas nos estádios iniciais, mantendo-se baixo o número<br />

de lagartas de último ínstar, que causam perfurações nas folhas.<br />

Palavras-chave: Lagarta-do-cartucho, Trichogramma pretiosum, Zea mays


CRESCIMENTO, ESPORULAÇÃO E VIABILIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> METARHIZUM<br />

ANISOPLIAE SOB AÇÃO <strong>DE</strong> CARRAPATICIDAS QUÍMICOS<br />

SOARES, Flávia Barbosa; MONTEIRO, Antonio Carlos<br />

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – UNESP, Departamento de<br />

Produção Vegetal, 14884-900, Jaboticabal, SP - E-mail:<br />

flavinha_waris@hotmail.com<br />

Neste trabalho avaliou-se o crescimento, a esporulação e a viabilidade do fungo<br />

Metarhizium anisopliae, sob a ação de carrapaticidas químicos feitos com diferentes<br />

princípios ativos. O fungo foi cultivado em meio BDA contendo 40, 55, 70, 85 e<br />

100% da dose recomendada (D.R.) dos produtos Amiphós ® , Barrage ® , Carbeson ® ,<br />

Colosso ® e Elector ® compostos de vários princípios ativos, formulados em diferentes<br />

composições (amitraz e clorpirifós; cipermetrina; clorfenvinfós e diclorvós;<br />

cipermetrina, clorpirifós e citronelal; spinosad, respectivamente). Foram avaliados o<br />

crescimento radial das colônias, a produção e a viabilidade de conídios. As medidas<br />

do crescimento radial foram efetuadas a cada três dias, do 3° ao 15° dia<br />

pós-inoculação e a produção de conídios foi avaliada no 15° dia de incubação,<br />

coletando-se amostras das colônias, depois transferidas individualmente para tubos de<br />

ensaio. Os conídios foram removidos por agitação em agitador elétrico de tubos e<br />

contados ao microscópio. A viabilidade foi avaliada através de microcultivo por 15<br />

horas em lâminas recobertas com BDA contendo os carrapaticidas nas concentrações<br />

mencionadas. Foram observados 150 conídios em três pontos da lâmina, entre<br />

germinados e não-germinados, e estabelecida uma porcentagem. Com os dados, foi<br />

feita a classificação toxicológica dos produtos. O mais tóxico foi Carbeson ® , que<br />

inibiu completamente o crescimento, a esporulação e a viabilidade em todas as doses.<br />

Colosso ® também foi classificado como tóxico em todas as dosagens, e Amiphós ®<br />

apenas não afetou a viabilidade do fungo, em nenhuma dose. Barrage ® foi classificado<br />

como compatível na dose de 40% da D.R. e moderadamente compatível na dose de


65% porque em ambas teve pequeno efeito na esporulação e não afetou a viabilidade.<br />

Elector ® foi o que menos afetou os parâmetros avaliados, sendo classificado como<br />

moderadamente compatível nas doses de 55 a 100% da D.R. e compatível na dose de<br />

40% da D.R., pois foi o produto menos tóxico ao fungo.<br />

Palavras-chave: Uso associado, compatibilidade, carrapaticidas


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> REGULADORES <strong>DE</strong> CRESCIMENTO E <strong>DE</strong><br />

NEONICOTINÓI<strong>DE</strong>S PARA ADULTOS <strong>DE</strong> TRICHOGRAMMA PRETIOSUM RILEY<br />

CARVALHO, Geraldo Carvalho; PARREIRA, Douglas Silva; GODOY, Maurício Sekiguchi;<br />

REZEN<strong>DE</strong>, Denise Tourino<br />

Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras, C.P. 3037, CEP 37200-000,<br />

Lavras-MG. E-mail: gacarval@ufla.br<br />

O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos residual e subletal dos inseticidas<br />

acetamipride (0,05 g i.a./L), lufenurom (0,04 g i.a./L), imidaclopride (0,14 g i.a./L), novalurom<br />

(0,02 g i.a./L), triflumurom (0,14 g i.a./L) e piriproxifem (0,1 g i.a./L) sobre adultos da geração<br />

maternal de Trichogramma pretiosum Riley e sobre espécimes das gerações F 1 e F 2 desse<br />

parasitóide. Ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) foram aderidos com goma arábica em<br />

cartelas de cartolina, inviabilizados sob lâmpada germicida, tratados por imersão nas caldas<br />

inseticidas e expostos ao parasitismo 1h, 24h e 48h após a aplicação dos compostos, por um<br />

período de 24h, e mantidos a 24±2 o C, UR de 70±10% e 12h de fotofase, até a emergência dos<br />

parasitóides. Avaliaram-se os efeitos dos inseticidas sobre a longevidade e capacidade de<br />

parasitismo de fêmeas da geração maternal, bem como sobre a porcentagem de emergência,<br />

razão sexual, sobrevivência e capacidade de parasitismo de espécimes das gerações F 1 e F 2. Os<br />

compostos foram enquadrados em classes toxicológicas preconizadas pela IOBC. Piriproxifem<br />

foi levemente prejudicial (classe 2) à capacidade de parasitismo de fêmeas de T. pretiosum das<br />

gerações maternal e F 1. Novalurom foi levemente prejudicial à emergência de espécimes da<br />

geração F 1. Os inseticidas acetamipride, imidaclopride, lufenurom e triflumurom foram inócuos<br />

(classe 1) a T. pretiosum, podendo ser recomendados em programas de manejo integrado de<br />

pragas visando à preservação dessa espécie de inimigo natural.<br />

Palavras-chave: Entomologia Agrícola, Solanaceae, pragas, controle, parasitóides<br />

Apoio financeiro: FAPEMIG; CNPq


TOXICIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> INSETICIDAS UTILIZADOS EM TOMATEIRO PARA<br />

TRICHOGRAMMA PRETIOSUM RILEY EM SEUS ESTÁGIOS IMATUROS<br />

CARVALHO, Geraldo Andrade; GODOY, Maurício Sekiguchi; PARREIRA, Douglas;<br />

REZEN<strong>DE</strong>, Denise Tourino<br />

Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras, C.P. 3037, CEP 37200-000,<br />

Lavras-MG. E-mail: gacarval@ufla.br<br />

O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos dos inseticidas acetamipride (0,05<br />

g i.a./L), lufenurom (0,04 g i.a./L), imidaclopride (0,14 g i.a./L), novalurom (0,02 g i.a./L),<br />

triflumurom (0,14 g i.a./L) e piriproxifem (0,1 g i.a./L), sobre Trichogramma pretiosum Riley,<br />

em seus estágios imaturos. Ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) foram expostos ao<br />

parasitismo por 24h. Ovos contendo os parasitóides no período de ovo-larva e nas fases de<br />

pré-pupa e pupa foram tratados por imersão nas caldas inseticidas. Os bioensaios foram<br />

conduzidos a 24±2 o C, UR de 70±10% e 12h de fotofase. Os compostos foram enquadrados<br />

em classes toxicológicas preconizadas pela IOBC. Piriproxifem aplicado em T. pretiosum no<br />

período de ovo-larva foi levemente prejudicial (classe 2) à capacidade de parasitismo dos<br />

espécimes da geração F 1 e à taxa de emergência de parasitóides F 1 e F 2. Aplicado em T.<br />

pretiosum no período de ovo-larva, acetamipride mostrou-se levemente prejudicial à taxa de<br />

parasitismo da geração F 1, e sobre o parasitóide na fase de pupa foi levemente prejudicial ao<br />

parasitismo de F 2. Imidaclopride aplicado sobre o parasitóide no período de ovo-larva foi<br />

levemente prejudicial ao parasitismo das fêmeas da geração F 1. Quando aplicado sobre o<br />

parasitóide na fase de pupa, lufenurom mostrou-se levemente prejudicial à percentagem de<br />

emergência de espécimes da geração F 2. Os inseticidas triflumurom e novalurom aplicados<br />

sobre T. pretiosum em suas fases imaturas foram inócuos (classe 1) aos parasitóides das<br />

gerações F 1 e F 2, podendo ser recomendados em programas de manejo integrado de pragas na<br />

cultura do tomateiro visando à preservação dessa espécie de agente benéfico.<br />

.<br />

Palavras-chave: Entomologia Agrícola, Solanaceae, pragas, parasitóides, pesticidas<br />

Apoio financeiro: FAPEMIG; CNPq


FREQÜÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO <strong>DE</strong> LINHAGENS <strong>DE</strong> WOLBACHIA EM<br />

DIAPHORINA CITRI DO ESTADO <strong>DE</strong> SÃO PAULO<br />

Guidolin, Aline Sartori & Cônsoli, Fernando Luis<br />

Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ /USP<br />

Piracicaba – SP E-mail: guidolin@esalq.usp.br<br />

Diaphorina citri, comum nos pomares cítricos do estado de São Paulo, é vetor do greening,<br />

principal doença limitante à prática da citricultura em países dos continentes asiático e africano.<br />

Este psilídeo carrega Wolbachia, simbionte que manipula a reprodução do hospedeiro em favor<br />

de sua dispersão, nos seus tecidos. A alta mortalidade de juvenis de D.citri questiona a<br />

possibilidade da indução de incompatibilidade citoplasmática por Wolbachia na biologia deste<br />

inseto. Portanto, este estudo visa determinar a freqüência deste simbionte nas populações de<br />

D.citri e caracterizar as linhagens de Wolbachia existentes a partir de análises do gene wsp.<br />

Assim, 10 indivíduos por população, foram avaliados por PCR para confirmar presença de<br />

Wolbachia e sua freqüência nas populações estudadas. Os fragmentos de wsp amplificados<br />

foram seqüenciados bidirecionalmente. As seqüências de wsp destas populações, foram<br />

alinhadas e comparadas utilizando o programa Mega 4, junto a seqüências de wsp depositadas<br />

em banco de dados (GeneBank). A amplificação do gene wsp indicou a ocorrência de<br />

Wolbachia em todas as populações, com freqüência de ocorrência variando de 20 a 100%. As<br />

diferentes freqüências do simbionte entre as populações podem ser resultantes de diferentes<br />

linhagens de Wolbachia presente em cada população, visto que nas análises comparativas, as<br />

populações estudadas formaram dois clados distintos, sendo um deles isolado e muito distante<br />

dos demais, e o outro agrupado com linhagens descritas de Wolbachia, porém com valores de<br />

bootstrap pouco consistentes. Conclui-se então, que as linhagens encontradas são diferentes<br />

entre si, apoiando a hipótese de isolamento entre as populações devido à incompatibilidade<br />

citoplasmática.<br />

Apoio: CNPq


AÇÃO <strong>DE</strong> INSETICIDAS UTILIZADOS NA CULTURA DO MILHO SOBRE<br />

ADULTOS DAS GERAÇÕES MATERNAL E F 1 <strong>DE</strong> Trichogramma atopovirilia<br />

(HYMENOPTERA: TRICHOGRAMMATIDAE)<br />

MAIA, Jader Braga; CARVALHO, Geraldo Andrade; OLIVEIRA, Rodrigo Lopes; LEITE,<br />

Maria Isabella Santos; LASMAR, Olinto; SÂMIA, Rafaella Ribeiro<br />

Departamento de Entomologia Universidade Federal de Lavras. Cx. Postal: 3037.<br />

CEP:37200-000, Lavras, Minas Grais, Brasil. maiajader@yahoo.com.br.<br />

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de imidacloprido/β-ciflutrina<br />

(Connect 100/12,5 SC - 0,33/0,04 g i.a. L -1 ), clorfenapir (Pirate 240 SC - 0,6 g i.a. L -1 ),<br />

clorpirifós (Astro 450 EW - 0,75 g i.a. L -1 ), novalurom (Rimon 100 CE - 0.05 g i.a. L -1 ),<br />

espinosade (Tracer 480 SC - 0,16 g i.a. L -1 ) e triflumurom (Certero 480 SC -0,048 g i.a. L -1 ),<br />

utilizados na cultura do milho (Zea mays L.), sobre adultos das gerações maternal e F 1 de<br />

Trichogramma atopovirilia. Ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae)<br />

foram aderidos a cartelas, inviabilizados e tratados com os produtos que foram aplicados via<br />

torre de Potter. Em seguida, foram expostos ao parasitismo 24h, 48h e 96h após a aplicação<br />

dos compostos por um período de 24h, mantidos a 25±2ºC, UR de 70±10% e 14 hde fotofase.<br />

Usou-se água como testemunha. Avaliou-se a mortalidade ao longo do tempo, número de ovos<br />

parasitados dos insetos da geração maternal e a percentagem de emergência dos insetos da<br />

geração F 1. Na geração maternal, os produtos clorfenapir e clorpirifós causaram alta<br />

mortalidade ao longo do tempo; entretanto, os demais não se mostraram prejudiciais ao<br />

parasitóide. Triflumurom e novalurom não reduziram a capacidade de parasitismo e foram<br />

classificados como inócuos a T. atopovirilia, e os demais como moderadamente prejudiciais.<br />

Quanto à emergência de espécimes da geração F 1, clorfenapir e novalurom foram levemente<br />

prejudiciais, enquanto que os demais foram inócuos.<br />

Palavras-chave: Entomologia Agrícola, Parasitóide, Controle Biológico, Pesticidas,<br />

Seletividade<br />

Apoio Financeiro: FAPEMIG; CNPq


EFEITOS DA APLICAÇÃO <strong>DE</strong> INSETICIDAS EM FÊMEAS DA GERAÇÃO<br />

MATERNAL SOBRE ESPÉCIMES DAS GERAÇÕES F 1 e F 2 <strong>DE</strong> Trichogramma<br />

atopovirilia (HYMENOPTERA: TRICHOGRAMMATIDAE)<br />

MAIA, Jader Braga; CARVALHO, Geraldo Andrade; OLIVEIRA, Rodrigo Lopes; LEITE,<br />

Maria Isabella Santos; LASMAR, Olinto; SÂMIA, Rafella Ribeiro<br />

Departamento de Entomologia Universidade Federal de Lavras. Cx. Postal: 3037. CEP:<br />

37200-000, Lavras, Minas Grais, Brasil. maiajader@yahoo.com.br<br />

O controle de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) é dificultado em função das lagartas<br />

permanecerem dentro dos cartuchos das plantas de milho, evitando o contato com inseticidas, e<br />

isto tem contribuído para avanços em pesquisas alternativas, como o uso de parasitóides do<br />

gênero Trichogramma. Entretanto, existem poucas informações a respeito dos efeitos de<br />

pesticidas usados em milho (Zea mays L.) sobre esses parasitóides. Desta forma, o objetivo<br />

deste trabalho foi avaliar a seletividade fisiológica de inseticidas para Trichogramma<br />

atopovirilia. Os produtos avaliados foram imidacloprido/ß-ciflutrina, clorfenapir, clorpirifós,<br />

novalurom, espinosade e triflumurom. Avaliaram-se os efeitos da aplicação desses inseticidas<br />

em fêmeas da geração maternal sobre espécimes das gerações F 1 e F 2. Ovos de Anagasta<br />

kuehniella (Zeller) foram aderidos a cartelas, inviabilizados, tratados com os produtos via torre<br />

de Potter e expostos ao parasitismo 24h, 48h e 96h após a aplicação dos compostos, por um<br />

período de 24h, e mantidos a 25±2 o C, UR de 70±10% e 14h de fotofase. Registrou-se o<br />

número de ovos parasitados da geração F 1 e a percentagem de emergência dos insetos da<br />

geração F 2. Com relação ao número de ovos parasitados por insetos da geração F 1 verificou-se<br />

que clorfenapir e clorpirifós causaram alta mortalidade no momento da emergência,<br />

incapacitando a avaliação da capacidade de parasitismo da geração F 1; entretanto, espinosade,<br />

triflumurom, imidacloprido/ß-ciflutrina e novalurom foram classificados como inócuos. A<br />

emergência de T. atopovirilia da geração F 2 provenientes de fêmeas da geração maternal que<br />

entraram em contato com ovos de A. kuehniella 24h e 48h após serem contaminados com os<br />

compostos, não foi reduzida; porém 96h após sua aplicação, espinosade e<br />

imidacloprido/ß-ciflutrina diminuíram essa característica biológica.<br />

Palavras-chave: Entomologia Agrícola, Parasitóides, Controle Biológico, Pesticidas,<br />

Seletividade<br />

Apoio Financeiro: FAPEMIG; CNPq


INTERAÇÃO TRITRÓFICA ALGODÃO COLORIDO, SILÍCIO E O PULGÃO<br />

Aphis gossypii GLOVER, 1877 (HEMIPTERA: APHIDIDAE) NO<br />

<strong>DE</strong>SENVOLVIMENTO <strong>DE</strong> Cycloneda sanguinea (LINNAEUS, 1763) (COLEOPTERA:<br />

COCCINELLIDAE) EM LABORATÓRIO<br />

J.C. MORAES; E. ALCANTRA; A. ANTÔNIO; R. ALVARENGA; J. FRANÇOSO<br />

UFLA, PPG em Entomologia, campus universitário, C.P. 3037, CEP – 37200-000,<br />

Lavras-MG. E-mail: jcmoraes@ufla.br<br />

Objetivou-se com este trabalho avaliar a interação tritrófica algodão colorido, silício e o pulgão<br />

Aphis gossypii no desenvolvimento de Cycloneda sanguinea. Vasos contendo 3:1 de terra de<br />

barranco e esterco de curral foram semeados com as cultivares BRS Verde, BRS Safira e BRS<br />

Rubí. Em casa de vegetação esses vasos foram dispostos aleatoriamente em bancada coberta<br />

com tecido voil. Quando o primeiro par de folhas estava desenvolvido (completamente aberto)<br />

foi aplicado, via solo, ácido silício na quantidade equivalente a 3 t/ha. Dez dias após aplicação,<br />

as plantas foram infestadas com cinco pulgões A. gossypii adultos por planta, sendo duas<br />

plantas/vaso. Em laboratório larvas recém-eclodidas de C. sanguinea foram individualizadas<br />

em tubos de vidro (2,5 cm de diâmetro x 8,5 cm de altura), vedados com filme de PVC<br />

perfurados com alfinete, e mantidos em sala climatizada (T = 25±2 o C, UR = 70±10% e fotofase<br />

de 12 horas). Pulgões provenientes das plantas infestadas foram oferecidos ad libitum<br />

diariamente às joaninhas durante toda a fase jovem. Utilizou-se o delineamento inteiramente<br />

casualizado, em esquema fatorial 2 (com e sem silício) x 3 (cultivares) e com 5 repetições,<br />

sendo 2 parcelas/repetição. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% e os dados<br />

de mortalidade foram transformados para arsen (raiz (x/100)). Os parâmetros avaliados foram<br />

duração dos períodos larval, pré-pupa, pupa e da fase jovem, mortalidade e razão sexual. Não<br />

foram observadas diferenças significativas dos tratamentos e da interação entre eles, ou seja,<br />

não houve efeito indireto do silício e/ou das cultivares de algodão colorido nas características<br />

biológicas de C. sanguinea. Somente a razão sexual foi diferente, ocorrendo mais fêmeas nas<br />

cultivares Safira e Rubí e nas plantas tratadas com silício.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Entomologia Agrícola, biologia, pulgão-do-algodoeiro<br />

Apoio financeiro: CNPq e FAPEMIG.


VERIFICAÇÃO DA VIABILIDA<strong>DE</strong> DA UTILIZAÇÃO <strong>DE</strong> CITRUS SINENSIS COMO<br />

INSETICIDA NATURAL CONTRA ACANTHOSCELI<strong>DE</strong>S OBTECTUS<br />

PASTURCZAK Jamile Fernanda 1 . HOL<strong>DE</strong>FER Daniela Roberta 1 .<br />

1 FAFIUV, PPG em Ciências Biológicas: Manejo Integrado de Fauna e Flora, União da Vitória,<br />

84600-000, PR. E-mail: zumileblz@yahoo.com.br, dwoldan@yahoo.com.br<br />

O feijão é cultivado em quase todo o mundo, é um grão muito antigo de grande consumo e<br />

importância nutricional, que depara-se com pragas que lhe causam danos, uma destas é o<br />

Acanthoscelides obtectus. Esta pesquisa então assenta-se sobre o delineamento de novas<br />

propostas para o tratamento desta praga com utilização de inseticidas naturais a base de extrato<br />

alcoólico e aquoso de Citrus sinensis em diferentes concentrações uma vez que o método<br />

apresenta-se menos impactante no meio, com resultados rápidos, significativos, baixo custo e<br />

toxidade. Testou-se em laboratório a resistência da praga e analisou-se a eficiência dos extratos<br />

conduzindo-se um experimento em blocos completamente casualizados compostos de insetos<br />

alvos e extratos, com monitoramento da temperatura ambiente observando-se o número de<br />

indivíduos vivos, a cada 1 hora até se completar 9 horas, após esse período, a cada 12 horas,<br />

completando 72 horas. A obtenção dos extratos foi realizada com 250g de casca de Citrus<br />

maceradas mecanicamente em 500 ml de solvente e aplicado 48 horas depois. A avaliação<br />

estatística utilizou o programa SANEST (1984), com avaliação da eficiência pelo teste de<br />

Tukey e significância de Duncan. Os resultados permitiram concluir que a mortalidade dos<br />

insetos está relacionada ao tipo de extrato e a concentração aplicada, onde o extrato alcoólico<br />

nas concentrações de 40% apresentaram 80% de eficiência até a 4ª hora, concentrações de<br />

60% obtiveram 95% de eficiência até a 3ª hora, concentrações de 75% eficiência de 98% até a<br />

2ª hora e concentrações de 100% eficiência de 100% até a 2ª hora. Sendo, portanto as<br />

primeiras quatro horas as mais significativas para as concentrações acima de 40%. O extrato<br />

aquoso que em qualquer concentração apresentou baixa eficiência durante o experimento,<br />

mostrou-se ineficiente, o que pode estar atrelado a solubilidade baixa do limoneno em água e<br />

ao exoesqueleto dos coleópteros envolvidos.<br />

Palavras-chave: Inseticida, Acanthoscelides obtectus, extrato alcoólico.


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> ETOFENPROXI E OUTROS INSETICIDAS SOBRE LARVAS E<br />

ADULTOS <strong>DE</strong> Cryptolaemus montrouzieri MULSANT (COLEOPTERA:<br />

COCCINELLIDAE)<br />

SILVA, José Luiz da; AMORIM, Luis Carlos de Souza; GRAVENA, S.; GRAVENA, Adriana<br />

Rossini; GRAVENA, Renan; ARAÚJO JR, Nilton.<br />

GRAVENA - PESQUISA, CONSULTORIA E TREINAMENTO AGRÍCOLA LTDA.<br />

Laboratórios da EEGJ - Estação Experimental de Jaboticabal, 14.870-990, Jaboticabal-SP.<br />

E-mail: jlsilva@gravena.com.br<br />

Os testes foram realizados nos Laboratórios da EEGJ, em Jaboticabal, SP, com o objetivo de<br />

avaliar o efeito dos seguintes inseticidas e respectivas doses em mLp.c./100L: Etofenproxi<br />

(Trebon 100 SC)(16,5 e 25), Dimetoato (Tiomet 400 CE)(50), Acephate (Cefanol PM)(25),<br />

Fenpyroximate (Ortus 50 SC)(25), Malathion (Malathion 1000 CE)(150) e Dealtamethrin<br />

(Decis 25 CE)(20) sobre larvas (terceiro instar) e adultos da joaninha Cryptolaemus<br />

montrouzieri Mulsant (Coleoptera: Coccinellidae) predadora da Cochonilha Branca dos Citros,<br />

Planococcus citri Risso (Hemiptera: Psudococcidae). O delineamento experimental foi o de<br />

blocos inteiramente casualizados, com 8 tratamentos e 4 repetições com 5 insetos em cada<br />

uma. Foram usados 2 métodos de aplicação: resíduo seco – placa de Petri, folha de citros<br />

(substrato) imergidas por 5 segundos em calda e pulverização direta de 2 mL de calda com<br />

pulverizador manual na placa de Petri com folha (substrato). As avaliações foram aos 5 e 30<br />

min., 1, 3, 6, 12, 24 e 48 horas após a pulverização e exposição dos insetos. Pela classificação<br />

IOBC (2005) concluiu-se que, após 48h da aplicação: 1. Larvas-Resíduo: Etofenproxi,<br />

Dimetoato, Fenpiroxymate e Deltamethrin - Inócuos; Acephate - Levemente; e Malathion - Moderada;<br />

2. Larvas-Direta: Etofenproxi a 16,5mL e Fenpiroxymate – Inócuo; Etofenproxi a 25, Dimetoato e<br />

Deltamethrin - Levemente; Acephate e Malathion - Moderada; 3. Adultos-Resíduo: Etofenproxi e<br />

Fenpiroxymate - Inócuos; Malathion - Levemente; Dimetoato, Acephate e Deltamethrin - Nocivo; 4.<br />

Adultos-Direta: Fenpiroxymate – Inócuo; Etofenproxi – Moderada; Dimetoato, Acephate, Malathion e<br />

Deltamethrin - Nocivo;<br />

Palavras-chave: Cryptolaemus montrouzieri, Etofenproxi, Inseticidas, Seletividade.


SELETIVIDA<strong>DE</strong> DOS INSETICIDAS USADOS NO <strong>MANEJO</strong> <strong>DE</strong> <strong>PRAGAS</strong> NA<br />

CULTURA DA CANA-<strong>DE</strong>-AÇÚCAR, Saccharum spp. AO PARASITÓI<strong>DE</strong> Cotesia flavipes<br />

(CAMERON) (HYMENOPTERA: BRACONIDAE)<br />

OLIVEIRA, José Rodolfo Guimarães Di; SILVA, Marcelo Tadeu Fardini da; JUNIOR, Gilberto<br />

Aparecido Teciano; AMORIM, Luis Carlos de Souza; GRAVENA, S.; GRAVENA, Adriana<br />

Rossini; GRAVENA, Renan; SILVA, José Luiz da<br />

GRAVENA, PESQUISA, CONSULTORIA E TREINAMENTO AGRÍCOLA LTDA.<br />

EEGJ - Estação Experimental de Jaboticabal, 14.870-990, Jaboticabal -SP. E-mail:<br />

mfardini@gravena.com.br<br />

Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a seletividade à Cotesia flavipes (Cameron) (Hymenoptera:<br />

Braconidae), dos inseticidas químicos e biológicos (microbianos) usados no manejo de pragas na<br />

cultura da cana-de-açúcar, Saccharum spp, comparando o efeito seletivo, em condições de<br />

laboratório. Para a realização do estudo foi selecionada uma população de insetos de mesma<br />

idade, provenientes da criação da Gravena Ltda, divididos em cinco repetições com oito insetos<br />

cada, totalizando quarenta insetos por tratamento. A aplicação dos inseticidas com pulverizador<br />

manual foi realizada no Laboratório de Seletividade da EEGJ, sobre adultos dispostos em um<br />

Becker invertido e em seguida transferidos por meio de um pincel para tubos de ensaios limpos e<br />

mantidos em sala climatizada. As avaliações foram feitas aos 5, 15 e 30 minutos, 1, 3, 6, 9, 12, 24<br />

e 48 horas após a aplicação, quantificando-se o número de adultos de C. flavipes vivas, em cada<br />

tratamento. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com nove tratamentos e cinco<br />

repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F, comparando-se<br />

as médias por Tukey a 5%. A redução dos inseticidas foi calculada por meio da fórmula proposta<br />

por Henderson & Tilton (1955). A classificação dos defensivos agrícolas testados quanto à<br />

seletividade foi realizada de acordo com Boller (2005). Observou-se que Evidence (Imidacloprid)<br />

(1L/ha) e Actara 250 WG (Thiamethoxam) (1 kg/ha), resultaram em efeito tóxicos aos adultos de<br />

C. flavipes. Os inseticidas Biológicos Metanat (1L/ha) (Metarhizium anisopiae), BMNAT (1L/ha)<br />

(Beauveria bassiana + M. anisopiae) e Boveril (Beauveria bassiana) (1kg/ha) foram pouco<br />

tóxicos aos adultos de C. flavipes. Certero (Triflumuron) (50 mL/ha) teve seu efeito similar ao<br />

efeito dos inseticidas biológicos. E o inseticida biológico Dipel (Bacillus thuringiensis) (600g/ha)<br />

foi seletivo aos adultos de C. flavipes, em condições de laboratório.<br />

Palavras-chave: seletividade, Cotesia flavipes, controle biológio, cana-de-açúcar, microbianos


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> LAMBDA-CYHALOTHRIN E THIAMETHOXAM +<br />

LAMBDA-CYHALOTHRIN SOBRE Pentilia egena MULSANT (COLEOPTERA:<br />

COCCINELLIDAE) E Euseius citrifolius <strong>DE</strong>NMARK & MUMA (ACARI:<br />

PHYTOSEIIDAE)<br />

OLIVEIRA, José Rodolfo Guimarães Di; AMORIM, Luis Carlos de Souza; GRAVENA, S.;<br />

GRAVENA, Adriana Rossini; GRAVENA, Renan; SILVA, José Luiz da; ARAÚJO JR.,<br />

Nilton.<br />

GRAVENA - PESQUISA, CONSULTORIA E TREINAMENTO AGRÍCOLA LTDA.<br />

EEGJ - Estação Experimental de Jaboticabal, 14.870-990, Jaboticabal-SP. E-mail:<br />

jroliveira@gravena.com.br<br />

O presente ensaio teve por objetivo avaliar a seletividade de Lambda-Cyhalothrin (Karate Zeon<br />

50 CS e 250 CS), nas doses de 10 e 2 mLp.c./100L e Thiamethoxam + Lambda-Cyhalothrin<br />

(Engeo Pleno) a 15 mL/100L sobre inimigos naturais em citros. O ensaio foi conduzido no<br />

Sitio Nossa Senhora Aparecida, Jaboticabal, SP, em pomar de laranja, Citrus sinensis, var.<br />

Pera. Cada parcela constituiu-se de 2 plantas com presença de Pentilia egena Mulsant<br />

(Coleoptera: Coccinellidae) e de Euseius citrifolius Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae). A<br />

aplicação foi em 08/04/2008 utilizando-se como padrões os inseticidas Decis 25 CE<br />

(Deltamenthrin) a 15 mLp.c./100L e Perfekthion (Dimetoato) a 100 mLp.c./100L. O<br />

delineamento estatístico foi blocos casualizados com 4 repetições. Os resultados indicaram que<br />

Karate Zeon 50 CS teve efeito residual sobre adultos de P. egena até 21 dias; Karate Zeon 50<br />

CS foi seletivo a adultos de P. egena até 3 dias após a aplicação e de moderada seletividade<br />

após 7 dias; Karate Zeon 50 CS foi moderado a larvas de P. egena; Karate Zeon 250 CS foi de<br />

alta toxicidade a larvas de P. egena; Somente Karate Zeon 50 CS foi seletivo ao ácaro<br />

predador E. citrifolius até 3 dias após e de moderado após os 7 dias da aplicação. Pela<br />

classificação da IOBC (2005) sobre os efeitos a 1 dia após os resultados foram: 1. Pentilia-<br />

Larva: Lambda-Cyhalothrin (Karate Zeon 50 CS, 250 CS) – N* (Levemente prejudicial);<br />

Deltamethrin, Dimetoato e Thiamethoxam + Lambda-Cyhalothrin (Engeo Pleno) – T*<br />

(Prejudicial); 2. Pentilia-Adulto: Lambda-Cyhalothrin (Karate Zeon 50 CS) – M*<br />

(Moderadamente prejudicial); (Karate Zeon 250 CS) – N* (Levemente prejudicial);<br />

Deltamethrin, Dimetoato e Thiamethoxam + Lambda-Cyhalothrin (Engeo Pleno) – T*<br />

(Prejudicial); E. citrifolius: Lambda-Cyhalothrin (Karate Zeon 50 CS) – N* (Levemente<br />

prejudicial); Karate Zeon (250 CS), Deltamethrin, Dimetoato e Thiamethoxam +<br />

Lambda-Cyhalothrin (Engeo Pleno) – T* (Prejudicial);<br />

Palavras-chave: Pentilia egena, Euseius citrifolius, Lambda-Cyhalothrin, Seletividade


FLUTUAÇÃO POPULACIONAL <strong>DE</strong> Cinara atlantica (WILSON) (HEMIPTERA,<br />

APHIDIDAE) E <strong>DE</strong> SEUS INIMIGOS NATURAIS EM Pinus taeda L. (PINACEAE).<br />

BARBOSA, LEONARDO RODRIGUES 1 ;<br />

PENTEADO, SUSETE DO ROCIO CHIARELLO 1 ;<br />

LAZZARI, SONIA MARIA NOEMBERG 2<br />

Embrapa Florestas, Estrada da Ribeira, km 111. C. postal 319, 83411-000, Colombo,PR,BR.<br />

e-mail: leonardo@cnpf.embrapa.br.<br />

2 Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, C.<br />

Postal 19020, CEP 81531-980. Curitiba, PR, BR.<br />

O pulgão-gigante-do-pinus, Cinara atlantica, introduzido no Brasil no final da década<br />

de 1990, trouxe grande preocupação ao setor florestal, devido à importância dos danos<br />

ocasionados em plantios de pínus. O presente trabalho teve como objetivo estudar a flutuação<br />

populacional de C. atlantica e de seus inimigos naturais em plantio de Pinus taeda, em Três<br />

Barras, Santa Catarina, de junho de 2003 a maio de 2005. As amostragens nas plantas foram<br />

visuais e realizadas quinzenalmente, para registro da presença do afídeo nas plantas e dos<br />

inimigos naturais. A ocorrência de C. atlantica foi constatada já aos 15 dias após o plantio, em<br />

15,8% das plantas. Os maiores picos populacionais de C. atlantica ocorrem na primavera, mas<br />

também foram observados picos populacionais no verão e outono. O parasitóide Xenostigmus<br />

bifasciatus, introduzido, dos Estados Unidos para o controle da praga no Brasil, encontra-se<br />

estabelecido na área de estudo e apresenta-se como um importante agente de controle para C.<br />

atlantica. Os coccinelídeos Cycloneda sanguinea (Linnaeus, 1763), Hippodamia convergens<br />

(Guérin-Meneville, 1842), Scymnus (Pullus) sp., Olla v-nigrun (Mulsant, 1866) Eriopis<br />

connexa (Germar, 1824) e Harmonia axyridis (Pallas, 1773), foram os predadores mais<br />

abundantes e causaram grande impacto na redução da população do afídeo.<br />

Apoio financeiro: Fundo Nacional de Controle à Vespa-da-Madeitra (FUNCEMA).


Infestação de Leucoptera coffeella e predação por vespas em cafezal tratado e não tratado com<br />

Aldicarb<br />

PIERRE, Leonardo S.R. 1 ; SILVEIRA, Luís Cláudio P. 2 e BERTI FILHO, Evoneo 3<br />

1 Doutorando, Depto. Entomologia ESALQ/USP - Laboratório de Entomologia Florestal.<br />

Avenida Pádua Dias, 11, Caixa-Postal 9, CEP 13.418-900, Piracicaba-SP. E-mail:<br />

lspierre@esalq.usp.br<br />

2 Professor Adjunto, Depto. Entomologia UFLA. Laboratório de Controle Biológico. Campus<br />

Universitário, Caixa-Postal 3037, CEP 37.200-000, Lavras-MG. E-mail: lcpsilveira@ufla.br<br />

3 Professor Titular, Depto. Entomologia ESALQ/USP - Laboratório de Entomologia Florestal.<br />

Avenida Pádua Dias, 11, Caixa-Postal 9, CEP 13.418-900, Piracicaba-SP. E-mail:<br />

eberti@esalq.usp.br<br />

O objetivo deste trabalho foi avaliar a infestação do bicho mineiro Leucoptera coffeella, e a<br />

porcentagem de predação das minas por vespas em cafezal tratado e não tratado com Aldicarb.<br />

O experimento foi realizado em área comercial em Dois Córregos/ SP, em cafezal da variedade<br />

Catuaí com espaçamento de 4 x 1,4 m e idade de oito anos. Foram realizadas cinco<br />

amostragens com intervalo mínimo de 15 dias, observando-se cinco ramos por planta. Em cada<br />

ramo foi avaliado o terceiro ou quarto par de folhas a partir das mais novas. Em cada folha foi<br />

observada a presença de minas, o número de minas/folha e se estas estavam ou não dilaceradas<br />

(predadas por vespas). Na primeira avaliação, não foi detectada a praga na área tratada com<br />

inseticida; na área não tratada a infestação estava em torno de 45% das folhas, com 70% das<br />

minas predadas. Após a primeira avaliação, a infestação da área tratada aumentou (12,5%,<br />

11,5%, 21,5% e 19%) enquanto que na área não tratada diminuiu (37%, 31,5%, 27,5% e<br />

23%). Em relação à predação do bicho mineiro por vespas, a área tratada com inseticida teve<br />

um aumento de 32% para 46% de predação, enquanto que na área não tratada houve queda da<br />

primeira para a segunda avaliação, se mantendo estável nas avaliações seguintes (48 a 58% de<br />

predação). Comparando a porcentagem de infestação, número de minas e porcentagem de<br />

predação nas áreas tratadas e não tratadas com inseticida, foram detectadas diferenças<br />

significativas nas três primeiras avaliações, enquanto que nas duas últimas não foram<br />

observadas diferenças significativas. Desta forma, pode-se concluir que o efeito do controle<br />

biológico natural dessa praga em cafezais tem que ser considerado, pois dependendo do grau<br />

de conservação dos inimigos naturais não há necessidade de uso de inseticidas para o controle


desta praga.<br />

Palavras-chave: bicho-mineiro-do-cafeeiro, cafeicultura, controle biológico natural,<br />

monitoramento, predador


SIMULÍ<strong>DE</strong>OS (DIPTERA-SIMULIIDAE) NO RIO GRAN<strong>DE</strong> DO SUL – CONTROLE<br />

BIOLÓGICO, DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES E AMBIENTE DOS CRIADOUROS<br />

Mardini Lucia BLF 1 , Costa Inajara A 2 , Menezes Valter JV 1, Estima, Carmem Lúcia W 1<br />

1 Centro Estadual de Vigilância em Saúde, SES/RS.<br />

2 Instituto de Pesquisas Biológicas-Laboratório Central, FEEPS/RS.<br />

No Rio Grande do Sul, insetos hematófagos da família Simuliidae são alvo de controle<br />

biológico com a utilização de biolarvicidas a base de Bacillus thuringiensis var israelensis<br />

desde 1982. Ao longo dos 26 anos desta forma de controle, a utilização de biolarvidas foi<br />

consagrada pela sua eficiência como larvicida. O conhecimento da distribuição das espécies<br />

antropofílicas e sua associação com as condições do ambiente podem contribuir com a<br />

efetividade dos Programas municipais, indicando a estratégia a ser associada ao controle<br />

biológico para potencializar seus resultados.Objetivo: Avaliar a distribuição geográfica das<br />

espécies antropofílicas e as condições ambientais associadas aos criadouros como fator de<br />

contribuição ao planejamento das ações de controle biológico. Material e Métodos: Coletas de<br />

pupas de simulídeos nos municípios em municípios que realizam controle biológico ou onde há<br />

notificação de ataque. Medidas físico-químicas da água e informações sobre o ambiente foram<br />

registradas em fichas. O material coletado foi identificado pelo IPB-LACEN/RS. Resultados:<br />

De 2006 a 2008 foram realizadas 241 coletas de pupas de simulídeos em 166 municípios. Três<br />

espécies antropofílicas foram mais prevalentes, o grupo Simulium incrustatum (S. incrustatum,<br />

S.angrense, S. auripellitum) em 212 coletas, S. pertinax em 160 coletas e S. inaequale em 49<br />

coletas. Em 73% dos cursos de água a mata ciliar era inexistente ou pouca. Em 56% dos locais<br />

de coleta havia residências e em 57% as plantações estavam próximas aos cursos de água.<br />

Palavras chave: Simuliídeos; saúde pública; Bacillus thuringiensis var. israelensis; Rio Grande<br />

do Sul.


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> DIFERENTES FORMULAÇÕES <strong>DE</strong> ESPINOSA<strong>DE</strong> A PUPAS E<br />

ADULTOS DO PARASITÓI<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> OVOS Trichogramma pretiosum (HYM,<br />

TRICHOGRAMMATIDAE)<br />

GOBBI, A. L. 1 ; BUENO, A. F. 2 ; BUENO, R. C. O. F. 3 ; VASCO, F. R. 1 ; VIEIRA, S. S. 4 ;<br />

SIQUEIRA, J.R. 5 ; LOBO, R. S. V. 1<br />

1 Centro Universitário Uni-Anhanguera, Goiânia, GO, alyssongobbi@gmail.com ; 2 Embrapa<br />

Soja, Londrina, PR; 3 Bolsista Pós-doutorado CAPES programa PNPD, Universidade de Rio<br />

Verde, FESURV, Rio Verde, GO; 4 Universidade do Estado de Santa Catarina/U<strong>DE</strong>SC,<br />

Lages,SC; 5 Universidade Católica de Goiás Goiânia, GO.<br />

Espinosade, inseticida de origem natural oriundo da fermentação da bactéria Sacharopolyspora<br />

spinosa, é aceito na agricultura orgânica nos EUA, sendo vendido comercialmente sob a<br />

denominação Entrust ® . Entretanto, o Tracer ® , que contém o mesmo princípio ativo, não é<br />

aceito devido a existência de diferença na formulação, pois a mudança dos inertes podem<br />

conferir maior seletividade ou não do inseticida aos inimigos naturais. Assim, foi avaliada a<br />

seletividade destes produtos a pupas e adultos de Trichogramma pretiosum em laboratório,<br />

seguindo os protocolos da “International Organization for Biological Control”. As pupas foram<br />

pulverizadas, e avaliadas quanto a viabilidade do parasitismo imediato e na geração seguinte.<br />

Os tratamentos foram: 1) espinosade 6 g (Tracer 12,5 mL), 2) espinosade 12 g (Tracer 25 mL),<br />

3) espinosade 24 g (Tracer 50 mL), 4) espinosade 6 g (Entrust 7,5 g), 5) espinosade 12 g<br />

(Entrust 15g), 6) espinosade 24 g (Entrust 30 g), 7) testemunha positiva (clorpirifós 480),<br />

todas as dosagens foram diluídas em 200 litros de água, e 8) testemunha negativa (água).<br />

Quando aplicado nas pupas, os tratamentos 1, 2, 4, 5 e 6 foram classificados como levemente<br />

nocivos (classe 2) e o tratamento 3 moderadamente nocivo (classe 3). Isto comprova que<br />

Tracer ® é mais nocivo ao parasitóide em comparação com o Entrust ® . Todos os tratamentos<br />

avaliados de espinosade foram inócuos (classe 1) aos adultos de T. pretiosum. A viabilidade do<br />

parasitismo nunca foi inferior a 80%, mesmo na segunda geração dos parasitóides. O efeito<br />

nocivo do espinosade observado para pupas em relação aos adultos ocorre provavelmente<br />

devido à aplicação tópica dos inseticidas, o que não ocorreu com os adultos que entraram em<br />

contato com a película seca dos inseticidas. Assim, liberações de T. pretiosum em campo que<br />

ocorrerem após a pulverização de espinosade provavelmente não são afetadas pelo inseticida,<br />

mas, podem afetar os parasitóides presentes.<br />

Apoio financeiro: CAPES (Processo 23038.035744/2008-89) e Embrapa Soja<br />

Palavras-chave: Controle biológico, agricultura orgânica, IOBC, Manejo Integrado de Pragas


ATIVIDA<strong>DE</strong> OVICIDA <strong>DE</strong> DIFERENTES EXTRATOS <strong>DE</strong> MELIÁCEAS SOBRE A<br />

MOSCA-NEGRA-DOS-CITROS, ALEUROCANTHUS WOGLUMI ASHBY<br />

(ALEYRODIDAE) EM CONDIÇÕES <strong>DE</strong> LABORATÓRIO<br />

GONÇALVES, Maiara da Silva 1 ; PENA, Márcia Reis 1 ; BEZERRA, Gerane Cely Dias 2 ;<br />

VENDRAMIM, José Djair 2 ; SILVA, Neliton Marques da 1 ; COSTA, Igor Bahia 1 ; CASTRO,<br />

Rodrigo Seixas de 1 e CORRÊA, Raquel da Silva 1<br />

(1) Lab. Entomologia Agrícola FCA/UFAM. Av. Gen. Rodrigo Octávio, 3000. Coroado I.<br />

Manaus/AM. E-mail: m__lestrange@hotmail.com<br />

(2) Laboratório de Resistência de Plantas e Plantas Inseticidas – ESALQ/USP<br />

Av. Pádua Dias, 11. Piracicaba - SP<br />

A mosca-negra-dos-citros, A. woglumi, é uma importante praga dos citros originária da Ásia e<br />

introduzida no Brasil em 2001 no Pará e em São Paulo em 2008. A família Meliaceae é uma<br />

das mais promissoras como fonte de plantas inseticidas devido ao fato de que a maioria de suas<br />

espécies possui compostos com ação contra insetos e baixa toxicidade em relação a humanos.<br />

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes extratos de meliáceas sobre ovos de A.<br />

woglumi em condições de laboratório (27,2±1,86ºC e 80,2±8,18% de UR). Para obtenção dos<br />

ovos, mudas de Citrus latifolia foram infestadas com mosca-negra por 24 h e, após este<br />

período, os adultos foram removidos. Foram utilizados extratos (tratamentos) de ramos e<br />

folhas de Azadirachta indica (nim) em etanol; folhas de A. indica em extrato aquoso a 1, 2, 3,<br />

4 e 5%; ramos e folhas de Melia azedarach (cinamomo) em etanol; testemunhas água destilada<br />

e acetona, sendo cinco repetições por tratamento. Os extratos foram pulverizados na superfície<br />

abaxial das folhas contendo os ovos. Oito dias após aplicação dos extratos, foi avaliada a<br />

mortalidade de ovos, a mortalidade de ninfas que conseguiram eclodir e a mortalidade total<br />

(ovos e ninfas). Os percentuais de mortalidade foram transformados em<br />

arcseno[{(x+0,5)/100}) 0,5 ], submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p


ATIVIDA<strong>DE</strong> NINFICIDA <strong>DE</strong> DIFERENTES EXTRATOS <strong>DE</strong> MELIÁCEAS SOBRE A<br />

MOSCA-NEGRA-DOS-CITROS, ALEUROCANTHUS WOGLUMI ASHBY<br />

(ALEYRODIDAE) EM CONDIÇÕES <strong>DE</strong> LABORATÓRIO<br />

GONÇALVES, Maiara da Silva 1 ; PENA, Márcia Reis 1 ; BEZERRA, Gerane Cely Dias 2 ;<br />

VENDRAMIM, José Djair 2 ; SILVA, Neliton Marques da 1 ; COSTA, Igor Bahia 1 ; CASTRO,<br />

Rodrigo Seixas de 1 e CORRÊA, Raquel da Silva 1<br />

(1) Lab. Entomologia Agrícola FCA/UFAM. Av. Gen. Rodrigo Octávio, 3000. Coroado I.<br />

Manaus/AM. E-mail: m__lestrange@hotmail.com<br />

(2) Laboratório de Resistência de Plantas e Plantas Inseticidas – ESALQ/USP<br />

Av. Pádua Dias, 11. Piracicaba – SP<br />

A mosca-negra-dos-citros, A. woglumi, de origem asiática, é uma importante praga dos citros.<br />

A família Meliaceae é uma das mais promissoras como fonte de plantas inseticidas,<br />

considerando que a maioria de suas espécies possui compostos com ação contra insetos e baixa<br />

toxicidade em relação a humanos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes<br />

extratos de meliáceas sobre ninfas de A. woglumi em condições de laboratório (26,7 ±1,22°C e<br />

77,0 ±0,14% de UR). Para obtenção dos ovos e, posteriormente, das ninfas, mudas de Citrus<br />

latifolia foram infestadas com mosca-negra por 24 h e após, este período, os adultos foram<br />

removidos. Foram utilizados extratos (tratamentos) de ramos e folhas de Azadirachta indica<br />

em etanol; folhas de A. indica em extrato aquoso a 1, 2, 3, 4 e 5%; ramos e folhas de Melia<br />

azedarach em etanol; testemunhas água destilada e acetona, sendo cinco repetições por<br />

tratamento. Os extratos foram pulverizados na superfície abaxial das folhas contendo ninfas de<br />

segundo estádio. Sete dias após aplicação dos extratos foi avaliada a mortalidade de ninfas de<br />

segundo estádio (N2), de ninfas de terceiro estádio eclodidas (N3) e a mortalidade total<br />

(N2+N3). Os percentuais de mortalidade foram transformados em arcseno[{(x+0,5)/100}) 0,5 ],<br />

submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p


ATRATIVIDA<strong>DE</strong> E NÃO-PREFERÊNCIA PARA OVIPOSIÇÃO <strong>DE</strong> Bemisia tabaci<br />

(GENN.) BIÓTIPO B (HEMIPTERA, ALEYRODIDAE) POR 17 GENÓTIPOS <strong>DE</strong><br />

TOMATEIRO<br />

ORIANI, M.A.G.; VENDRAMIM, J.D.; VASCONCELOS, C.J.<br />

ESALQ/USP, Depto. de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, CP 9, CEP.<br />

13418-900 - Piracicaba, SP, Brasil, e-mail: mariaoriani@hotmail.com<br />

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de tomate, porém grande parte da produção é<br />

perdida devido ao ataque de Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B. Dentre as táticas de controle<br />

dessa praga num manejo integrado de pragas, pode-se relacionar a resistência de plantas.<br />

Foram avaliados 17 genótipos de tomateiro [Santa Clara e Fanny (Solanum lycopersicum =<br />

Lycopersicon esculentum); LA716 (S. pennellii); LA1963 (S. chilense); LA371, LA444-1 e<br />

LA462 (S. peruvianum); IAC237, LA722, LA1335, NAV1062, PI126931 e PI365928 (S.<br />

pimpinellifolium); PI134417 e PI134418 (S. habrochaites var. glabratum); IAC294 (S.<br />

habrochaites); IAC68F-22-2 (S. peruvianum x S. lycopersicon)], em ensaios de preferência<br />

para oviposição com chance de escolha. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso,<br />

com 10 repetições de uma planta (30 dias de idade) por vaso, dispostas ao acaso, em gaiolas de<br />

80 x 50 x 50 cm, cobertas com voil e infestadas com 1000 adultos de mosca-branca durante 4<br />

dias. Foram avaliados os seguintes parâmetros: número de ovos por folíolo apical, número de<br />

ovos por cm 2 e número de insetos atraídos e capturados por planta. Para a análise estatística,<br />

foram aplicados os testes F e de Tukey, a 5% de probabilidade. Verificou-se que o genótipo<br />

LA 716 (4,1 ovos/folíolo apical e 2,1 ovos/cm 2 ) foi o menos preferido para oviposição por B.<br />

tabaci biótipo B. Dentre os mais preferidos pela mosca-branca tem-se: NAV 1062, Fanny,<br />

LA1335, Santa Clara e IAC 294. Os genótipos menos atrativos foram LA716, LA 444-1 e<br />

PI134418 com menos de 16 insetos por planta, enquanto Santa Clara (67,3 insetos/planta) foi o<br />

mais atrativo. PI134417 foi o genótipo que mais capturou adultos de mosca-branca.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Insecta; mosca-branca; tomateiro; resistência de plantas; antixenose.<br />

Apoio Financeiro: CNPq.


BIOLOGIA <strong>DE</strong> Bemisia tabaci (GENN.) BIÓTIPO B (HEMIPTERA, ALEYRODIDAE)<br />

EM 18 GENÓTIPOS <strong>DE</strong> TOMATEIRO<br />

ORIANI, M.A.G.; VENDRAMIM, J.D.; VASCONCELOS, C.J.<br />

ESALQ/USP, Depto. de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, CP 9, CEP.<br />

13418-900 - Piracicaba, SP, Brasil, e-mail: mariaoriani@hotmail.com<br />

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de tomate, porém grande parte da produção é<br />

perdida devido ao ataque de Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B. Dentre as táticas de controle<br />

dessa praga num manejo integrado de pragas, pode-se relacionar a resistência de plantas.<br />

Foram avaliados 18 genótipos de tomateiro [Santa Clara e Fanny (Solanum lycopersicum =<br />

Lycopersicon esculentum); VFNA (S. lycopersicum cerasiforme); LA716 (S. pennellii);<br />

LA1963 (S. chilense); LA371, LA444-1 e LA462 (S. peruvianum); IAC237, LA722, LA1335,<br />

NAV1062, PI126931 e PI365928 (S. pimpinellifolium); PI134417 e PI134418 (S.<br />

habrochaites var. glabratum); IAC294 (S. habrochaites); IAC68F-22-2 (S. peruvianum x S.<br />

lycopersicon)]. Os ensaios foram realizados em laboratório, com temperatura de 232ºC,<br />

umidade relativa de 7010% e fotofase de 13h. As plantas foram mantidas em câmaras de<br />

crescimento vegetativo, cultivadas em copos plásticos contendo substrato agrícola e irrigadas<br />

com solução nutritiva. Plantas com 30 dias de idade foram colocadas em gaiolas plásticas e<br />

infestadas com 25 casais de moscas-brancas durante 24h. Acompanhou-se então o<br />

desenvolvimento de pelo menos 30 ovos/planta até a fase adulta dos insetos. O delineamento<br />

experimental foi inteiramente casualizado com 6 repetições por genótipo. Para a análise<br />

estatística, foram aplicados os testes F e de Tukey, a 5% de probabilidade. Os insetos criados<br />

nos genótipos LA1335, PI365928 e LA722 apresentaram prolongamento de 3 dias no período<br />

de desenvolvimento, em relação aos criados em PI134418 (20,3 dias), que foi o genótipo onde<br />

esse período foi o mais curto. As maiores taxas de mortalidade das ninfas de mosca-branca<br />

ocorreram nos genótipos PI365928, LA1335 e LA722 (63,8, 54,5 e 53,3%, respectivamente) e<br />

as menores nos genótipos IAC294 e IAC68F-22-2 (4,9 e 6,2%, respectivamente). Com base<br />

nesses resultados, pode-se inferir que os materiais LA1335, PI365928 e LA722 apresentam<br />

resistência do tipo não-preferência para alimentação e/ou antibiose a B. tabaci biótipo B.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Insecta; mosca-branca; tomateiro; resistência de plantas; biologia.


Apoio Financeiro: CNPq.


SELETIVIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> INSETICIDAS A PREDADORES <strong>DE</strong> INSETOS-PRAGA NA CULTURA DA SOJA<br />

CHERMAN, Mariana Alejandra; GUE<strong>DE</strong>S, Jerson Carús.; JUNG, Affonso Hermeto ; FILHO, Carlos Henrique 3 ;<br />

GHISLENI, Giovana Ribas 3<br />

Depto. de Defesa Fitossanitária, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Av. Roraima 1000, prédio 42. 97150-<br />

900, Santa Maria, RS. E-mail: marianabioar@gmail.com<br />

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a seletividade de inseticidas reguladores de crescimento aos inimigos naturais<br />

de insetos-praga na cultura da soja. A pesquisa foi estabelecida na safra agrícola 2007/08, em lavoura experimental do<br />

Departamento de Defesa Fitossanitária da Universidade Federal de Santa Maria, no município de Santa Maria, RS,<br />

coordenadas 29° 55' 01.54″ S e 55° 46' 13.01″ O. A cultivar de soja empregada foi CD 214, semeada em plantio direto.<br />

O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetições. As parcelas possuíam 25<br />

fileiras de soja por 15 m de extensão. As avaliações foram efetuadas numa pré-contagem e aos 2, 4 e 7 dias após a<br />

aplicação dos tratamentos. A avaliação das espécies predadoras foi pelo método do pano-de-batida. Na pré-contagem<br />

verificou-se a presença de Geocoris sobrinus, 31%; Lebia concinna, 8%; Tropiconabis capsiformis, 16%; Eriopis<br />

conexa, 6%; outros insetos, além de aranhas, 39%. Apòs da aplicação dos tratamentos evidenciou-se uma reduzida ação<br />

biocida sobre a população de insetos-predadores, que não se distinguiu estatisticamente. A partir do total de predadores<br />

coletados, obtiveram-se os seguintes dados de acordo com os produtos utilizados: OBERON, na dose de 400 ml do<br />

p.c/ha; BELT na dose de 50 ml do p.c./ha; MOVENTO PLUS com o adjuvante AUREO, na dose de 200 ml + 0,25%<br />

p.c./ha e 250 ml + 0,25% p.c./ha são seletivos, enquanto o TAMARON, na dose de 500 ml do p.c./ha não é seletivo aos<br />

predadores de insetos-praga na cultura da soja. Nesse período não foram constatados sintomas de fitotoxidade dos<br />

inseticidas sobre as plantas de soja avaliadas.<br />

Palavras-chave: inseticidas; seletividade; predadores, soja.<br />

Apoio financeiro: Bayer S/A, CNPq.<br />

PPG em Agronomia, Bolsista CNPq. (UFSM)<br />

Professor Adjunto, Dr. Bioecologia e Manejo Integrado de Pragas (UFSM). jerson.guedes@smail.ufsm.br<br />

Graduandos Agronomia (UFSM).


OCORRÊNCIA <strong>DE</strong> ÁCAROS FITOSEÍ<strong>DE</strong>OS EM POMAR <strong>DE</strong> CITROS<br />

SUBMETIDO À PODA E AO CONTROLE QUÍMICO NO <strong>MANEJO</strong> DA LEPROSE<br />

DOS CITROS<br />

ANDRA<strong>DE</strong>, Daniel Junior de; OLIVEIRA, Carlos Amadeu Leite de; MORAIS,<br />

Matheus Rovere de; PATTARO, Fernando César; SANTOS, Natali Calazança dos.<br />

Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias<br />

(FCAV/UNESP). Via de acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n – CEP: 14884-900,<br />

Jaboticabal – SP. (e-mail: matheusdemorais@yahoo.com.br)<br />

A leprose dos citros causada pelo vírus CiLV, cujo vetor é o ácaro Brevipalpus phoenicis, há<br />

várias décadas é citada como uma das mais graves doenças da citricultura. O objetivo do<br />

trabalho foi avaliar o efeito de acaricidas utilizados na citricultura convencional e orgânica<br />

sobre o B. phoenicis e sobre os ácaros predadores Iphiseiodes zuluagai e Euseius spp. em<br />

plantas de citros submetidas à poda. O experimento encontra-se instalado desde outubro de<br />

2003 em pomar de laranja “Pêra”, enxertado em tangerina “Cleópatra”, com 18 anos de idade.<br />

O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial, constituído pelos<br />

fatores; tipos de poda, acaricidas e poda de remoção de ramos com sintomas de leprose. A<br />

combinação dos fatores, com os níveis (6 x 3 x 2), resultou em 36 tratamentos, repetidos 4<br />

vezes, sendo cada parcela composta por 3 plantas. Quinzenalmente foram realizados<br />

levantamentos populacionais dos ácaros B. phoenicis, I. zuluagai e Euseius spp. Foram<br />

utilizados os acaricidas spirodiclofen (20 mL p.c./100 L de água), cyhexatin (50 mL p.c./100 L<br />

de água), e calda sulfocálcica (4000 mL p.c./100 L de água). As aplicações basearam-se no<br />

nível de controle do B. phoenicis (8,3%). As aplicações foram realizadas com pulverizador<br />

acoplado com pistola manual. Verificou-se que, independentemente do tipo de poda executada<br />

e da poda de remoção de ramos sintomáticos, o controle do B. phoenicis com spirodiclofen<br />

sobressaiu-se frente aos demais acaricidas em termos de período de controle. Nos tratamentos<br />

com calda sulfocálcica, foi necessário maior número de aplicações para manter a população do<br />

B. phoenicis abaixo do nível de controle. Na safra 2007-2008, observou-se uma maior<br />

ocorrência de ácaros predadores nas parcelas sem aplicação de acaricidas (50,4%). Os<br />

tratamentos com calda sulfocálcica, spirodiclofen e cyhexatin apresentaram, respectivamente,<br />

ocorrência de 29,7; 12,5 e 7,4% de ácaros predadores.


Palavras-chave: ácaros predadores, controle biológico, fitoseídeos, Brevipalupus phoenicis,<br />

leprose dos citros.<br />

Apoio financeiro: Fundecitrus e Fapesp.


Tolerance of citrus genotypes at Phyllocnistis citrella Stainton (Lepidoptera:<br />

Gracillariidae)<br />

Santos, Mônica Silva 1 ; Vendramim, José Djair 1 ; Pitta, Rafael Major 1 ; Lourenção, André Luiz 2 ;<br />

Carvalho, Sheila Salles 1<br />

1 Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola. Av Pádua Dias, 11 Caixa<br />

Postal 09, 13418-900, Piracicaba, SP. monicaento1@hotmail.com<br />

2 Instituto Agronômico (IAC), Caixa postal 28, 13012-970, Campinas, SP.<br />

In this study we evaluated tolerance degrees on citrus genotypes based on the damages caused<br />

by Phyllocnistis citrella in order to contribute to Integrated Pest Management of that insect.<br />

The genotypes evaluated were: tangerine ‘Sunki’ (Citrus sunki Hort. ex. Tanaka), hybrids C x<br />

R 4 (C. sunki x Poncirus trifoliata), C x R 315 (C. sunki x P. trifoliata), M x P 222 (C. sinensis x<br />

Tangor Murcott) and Trifoliata Limeira (P. trifoliata). Lemon ‘Rugoso’ (C. jambhiri) was<br />

used as susceptible control. Firstly, a preliminary test was made using the lemon “Rugoso” to<br />

determine the number of couples (0, 3, 6, 9 or 12) necessary to cause a significant damage on<br />

the plants and as well as which parameters should be used for the tolerance determination. The<br />

parameters evaluated were: length of the branches, length and width of the leaves, number of<br />

live larvae in the leaf, damage on the leaves, new sprouts per plant, as well as fresh and dry<br />

branch weight. That assay was conducted at 251 0 C temperature, 7010% relative humidity<br />

and photoperiod of 14L:10D. The results indicated that six couples and 20 larvae per plant<br />

were necessary to cause a significant damage. The parameters selected were: number of new<br />

sprouts per plant, fresh and dry branch weight and damages considering four categories (curled<br />

leaves CL, partially curled leaves PCL, attacked but not damaged leaves ANDL and total<br />

damage TD). To interpret the results, a multivariate analysis was used to generate clusters with<br />

the genotypes. Leaf damage appeared to be the best parameter to evaluate tolerance while fresh<br />

and dry branch weight was not appropriate for this evaluation. With the dendrogram, we can<br />

say that the genotypes Trifoliata Limeira and its hybrid C x R 4 had a tolerant behavior; both<br />

lemon “Rugoso” and tangerine Sunki were susceptible at damages of P. citrella.<br />

Key-words: Citrus leafminer, host plant resistance, tolerance


CAPTURA <strong>DE</strong> INIMIGOS NATURAIS EM ARMADILHAS TIPO MCPHAIL<br />

COM DIFERENTES ATRAENTES PARA A MOSCA DAS FRUTAS<br />

Raimundo Braga Sobrinho 1 braga@cnpat.embrapa.br<br />

Antônio Lindemberg M. Mesquista 1 mesquta@cnpat.embrapa.br<br />

Jorge Anderson Guimarães 2 jorge@cnpat.embrapa.br<br />

1 Embrapa Agroindústria Tropical. Av. Dra. Sara Mesquita, 2270<br />

60511-110 – Fortaleza CE. 2 Embrapa Hortaliças<br />

O monitoramento de moscas das frutas tem se constituído em uma atividade de<br />

rotina em áreas produtoras de frutas. Vários são os métodos de monitoramento de<br />

populações de moscas das frutas. O uso de armadilhas contendo atraentes<br />

alimentares ou sintéticas é largamente difundido na maioria dos países produtores<br />

de frutas. Estes atraentes capturam diferentes gêneros de moscas das frutas bem<br />

como outros artrópodes de importância no controle biológico de outras pragas.<br />

Estes inimigos naturais exercem um importante papel no controle biológico das<br />

pragas de fruteiras de importância agroindustrial e de exportação. A identificação<br />

de atraentes com esse potencial de capturar também insetos benéficos pode<br />

contribuir para reduzir este dano na entomofauna benéfica de fruteiras. Neste<br />

trabalho foram usados atraentes em armadilhas de capturas de moscas das frutas<br />

tipo McPhail à base de Nulure , Acetato de amônio, Putrescina, Propileno glicol<br />

Bicarbonato de amônio, Torula e Proteína hidrolizada de Milho. Este ensaio<br />

constou de sete tratamentos e 5 repetições em delineamento em blocos ao acaso.<br />

Cada armadilhas foi monitorada durante oito semanas. A cada semana os insetos<br />

capturados eram coletados e os atraentes substituídos por novos. Os atraentes<br />

(tratamentos) contendo Amônia Acetato + Putrescina foram os que atraíram mais<br />

insetos das famílias Chrysopidae e Formicidae. Atraentes à base de Torula<br />

capturaram insetos das famílias Tachinidae e Sirphidae e Apidae. A combinação<br />

Amônio Bicarbonato + Putrescina foi significativamente eficiente na captura de<br />

insetos da família Braconidae. Os atraentes que não capturaram insetos benéficos<br />

foram o Nulure e a Proteína Hidrilizada de Milho. Portanto o objetivo deste<br />

trabalho foi identificar os atraentes para moscas das frutas que exercem um<br />

negativo no monitoramente de moscas das frutas por eliminarem artrópodes<br />

importantes no controle biológico de pragas de fruteiras.<br />

Apoio Financeiro: Agência Internacional de Energia Atômica - IAEA


Desenvolvimento ninfal de Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae)<br />

predando lagartas de Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Plutellidae)<br />

alimentadas com folhas de couve pulverizadas com Bacillus thurigiensis<br />

GOULART, Roberto Marchi 1 ; VACARI, Alessandra Marieli 1 ; OTUKA, Alessandra Karina 1 ;<br />

VIANA, Cacia Leila Tigre Pereira 1 ; VEIGA, Ana Carolina Pires 1 ; THULER, Robson Thomaz 1 ;<br />

<strong>DE</strong> BORTOLI. Sergio Antonio 1<br />

Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias FCAV/UNESP,<br />

Jaboticabal-SP, CEP: 14884-900. E-mail: rm_goulart@yahoo.com<br />

O objetivo desse trabalho foi avaliar o desenvolvimento ninfal de Podisus nigrispinus predando<br />

lagartas de Plutella xylostella alimentadas com folhas de couve pulverizadas com Bacillus<br />

thurigiensis var. aizawai. As ninfas (60) utilizadas para o experimento foram provenientes da<br />

criação massal do Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI) do Departamento de<br />

Fitossanidade da FCAV/UNESP. Essas ninfas foram mantidas em sala climatizada a 25±1°C,<br />

fotofase de 12 horas e UR de 70±10%, sendo acondiconadas em recipientes (10 ninfas por<br />

recipiente) plásticos transparentes de 1000 mL. Foram utilizadas lagartas de P. xylostella,<br />

oriundas da criação massal do LBCI para alimentação dos predadores. Essas lagartas foram<br />

alimentadas com folhas de couve pulverizadas com a suspensão da bactéria e repostas<br />

diariamente quando também se fazia a assepsia dos recipientes. O fornecimento de água foi<br />

realizado por meio de um tubo anestésico (odontológico) fixado na tampa do recipiente. Foram<br />

avaliados os seguintes aspectos biológicos: duração e viabilidade do 2 o , 3 o , 4 o e 5 o estádios<br />

ninfais e peso das ninfas de 5 o estádio. As durações do 2 o , 3 o , 4 o e 5 o estádios ninfais foram de<br />

5,20; 4,80; 4,90 e 6,76 dias, respectivamente. As viabilidades do 2 o , 3 o , 4 o e 5 o estádios foram<br />

de 83,33; 77,30; 97,62 e 80,56%, respectivamente. O peso das ninfas de 5 o estádio foi de 18,21<br />

mg. Pelos resultados verificou-se que lagartas de P. xylostella alimentadas com folhas de couve<br />

pulverizadas com Bt influenciaram negativamente o desenvolvimento ninfal do predador P.<br />

nigrispinus. Sendo assim, novos estudos podem ser realizados para verificar a influência dessa<br />

bactéria em ninfas do predador.<br />

Apoio financeiro: Capes


INFLUÊNCIA <strong>DE</strong> FAIXAS <strong>DE</strong> VEGETAÇÃO NATIVA SOBRE Eupseudosoma aberrans (LEPIDOPTERA:<br />

ARCTIIDAE)<br />

SILVA, Robson Oliveira 1 ; PEREIRA, José Milton Milagres 1 ; ZANUNCIO, José Cola 1 ; PASTORI, Patrik Luiz 1<br />

Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Biologia Animal, BIOAGRO, Laboratório de Controle Biológico de<br />

Insetos, Campus Universitário, Viçosa, MG, Brasil, CEP: 36.570-000. E-mail: bantansg@yahoo.com.br,<br />

jmmperei@ufv.br, zanuncio@ufv.br, plpastori@yahoo.com.br<br />

A preservação e o incremento de reservas nativas contribuem para o estabelecimento de inimigos naturais e<br />

conseqüentemente a redução do ataque de insetos-praga. Este trabalho teve por objetivo estudar a influência de<br />

faixas de vegetação nativa sobre a população de Eupseudosoma aberrans (Lepidoptera: Arctiidae), em dois<br />

plantios de Eucalyptus cloeziana, um com e outro sem faixas. Os indivíduos da espécie-praga foram coletados com<br />

armadilhas luminosas em cinco pontos: ponto 1 - interior de uma área de cerrado a 100 metros da borda; 2 -<br />

borda entre o cerrado e o eucaliptal; 3 - plantio de eucalipto a 250 metros do cerrado; 4 - centro de uma faixa de<br />

cerrado a aproximadamente 500 metros da borda no sistema com faixas e na transição eucalipto/eucalipto, no<br />

sistema sem faixas; e 5 - plantio de eucalipto a 750 metros do cerrado. Este último ponto estava localizado a 450<br />

metros de outra reserva, situada fora da área da empresa. Foram coletados 554 indivíduos de E. aberrans, sendo<br />

418 no sistema com faixas e 136 no outro sistema. O maior número de indivíduos foi coletado à partir do mês de<br />

março no sistema com faixas e fevereiro no sistema sem faixas. E. aberrans foi constante em ambos os sistemas e<br />

apresentou freqüência de 2,47 e 2,61% no sistema com e sem faixas, respectivamente. Sistemas de plantios sem<br />

faixas de vegetação nativa intercalados aos talhões de eucalipto apresentam maior número de indivíduos de E.<br />

aberrans que naqueles com essas faixas. Por isso, a implantação dessas faixas é importante ferramenta para a<br />

redução populacional dessa praga em plantios de eucalipto.<br />

Apoio Financeiro. CNPq, CAPES e FAPEMIG.


EFEITO REPELENTE <strong>DE</strong> PÓS <strong>DE</strong> ORIGEM VEGETAL SOBRE SITOPHILUS<br />

ZEAMAIS (MOTS., 1855) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) EM MILHO<br />

ARMAZENADO<br />

CONCESCHI, Marcos Roberto; LOPES, Amália Torrezan; BET, Jéssica;<br />

MAZZONETTO, Fábio; VENDRAMIM, José Djair<br />

UNICASTELO, Campus de Descalvado, 13690-000, SP<br />

ESALQ, Piracicaba, 13418-900, SP<br />

Com o objetivo de avaliar o efeito repelente em relação a Sitophilus zeamais, utilizaram-se 10<br />

espécies vegetais, com diferentes estruturas previamente secas em estufa e trituradas até se<br />

obter pó fino. Os bioensaios foram conduzidos em laboratórios na Unicastelo, Campus de<br />

Descalvado, SP e Esalq, Piracicaba, SP. Utilizaram-se 10 repetições, para cada espécie vegetal,<br />

em arenas formadas por cinco caixas plásticas circulares, com interligação diagonal. Amostras<br />

contendo 10g de milho impregnado com 0,3g de pó e controles foram distribuídas em<br />

recipientes simétricos, liberando-se na caixa central 20 insetos adultos recém emergidos e não<br />

sexados. Após 24h, contou-se o número de insetos por recipiente. Para comparação dos<br />

diversos tratamentos, foi estabelecido um Índice de Preferência (I.P.), em que I.P.= (% de<br />

insetos na planta teste - % de insetos na testemunha) / (% de insetos na planta teste + % de<br />

insetos na testemunha), em que: I.P.: - 1,0 a -0,10 planta teste repelente; I.P.: - 0,10 a + 0,10<br />

planta teste neutra; I.P.: + 0,10 a + 1,0 planta teste atraente. De acordo com os dados obtidos,<br />

verificou-se que os pós de folhas de citronela (Cymbopogon winterianus) (I.P. = - 0,76), de<br />

eucalipto cheiroso (Eucalyptus citriodora) (I.P. = - 0,67), de erva cidreira (Cymbopogon<br />

citratus) (I.P. = - 0,38), de carqueja (Baccharis trimera) (I.P. = - 0,27), da parte aérea de<br />

erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides) (I.P. = - 0,22), folhas de catiguá (Trichilia<br />

pallida) (I.P. = - 0,18) e de frutos verdes de mamona (Ricinus communis) (I.P. = - 0,14)<br />

apresentaram efeito repelente sobre os adultos. Opostamente, os pós de folhas de pimenta (<br />

Capsicum baccatum) (I.P. = + 0,13), de pinhão manso (Jatropha curcas) (I.P. = + 0,46) e<br />

folhas de cinamomo (Melia azedarach) (I.P. = + 0,49), apresentaram efeito atrativo aos<br />

adultos.<br />

Palavras chave: Controle natural, Zea mays; gorgulho-do-milho.


ENTOMOFAUNA <strong>DE</strong> INIMIGOS NATURAIS PRESENTES EM SOLO CULTIVADO<br />

COM QUIABEIRO EM RIBEIRÃO PRETO, SP<br />

SANTOS-CIVIDANES, Terezinha Monteiro dos 1 ; CIVIDANES, Francisco Jorge 2 ; RAMOS,<br />

Tatiana de Oliveira 2 .<br />

1 Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Avenida Bandeirantes, 2.419, Ribeirão<br />

Preto, 14030-670, SP. E-mail: terezinha@apta.sp.gov.br 2 UNESP/FCAV, Departamento de<br />

Fitossanidade, Jaboticabal, SP. E-mail: fjcivida@fcav.unesp.br; tatiorbio@gmail.com<br />

O quiabeiro é uma malvácea cultivada principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil,<br />

cujos frutos são ricos em nutrientes e fibra. Para o manejo de pragas, o conhecimento dos<br />

inimigos naturais constitui etapa importante para o sucesso do programa. Na presente pesquisa<br />

foi efetuado um levantamento populacional de inimigos naturais presentes no solo cultivado<br />

com quiabeiro, visando-se determinar a influência da adubação orgânica e mineral e de fatores<br />

meteorológicos sobre as populações desses organismos. Os tratamentos constituíram-se na<br />

utilização de quatro genótipos (Colhe Bem Clensom Americano 80, Santa Cruz 47 e o híbrido<br />

Dardo) submetidos a dois sistemas de adubação. Aplicou-se o delineamento em blocos ao<br />

acaso no esquema experimental de parcelas subdivididas, com as parcelas compostas pelos<br />

sistemas de cultivo e sub-parcelas constituídas pelos genótipos. As amostragens foram<br />

efetuadas aos 20; 35; 50; 65; 80 e 100 dias após o plantio das mudas de quiabeiro, utilizando-se<br />

armadilhas de solo tipo alçapão que permaneceram instaladas por cinco dias no campo. Para a<br />

confecção dos gráficos relacionando número de insetos capturados, considerou-se a<br />

temperatura média e precipitação total relativos aos dias em que a armadilha permaneceu na<br />

área em estudo. Capturou-se o total de 6.622 espécimes de inimigos naturais, com 91,7%<br />

sendo representado por formigas e 8,3% constituídos pelos predadores: carabídeos,<br />

estafílinídeos, dermápteros e aranhas. Não houve influência significativa das cultivares de<br />

quiabeiro e sistema de adubação sobre a ocorrência de inimigos naturais capturados no solo. O<br />

número de carabídeos aumentou com o incremento da precipitação pluvial, enquanto formigas<br />

e aranhas não sofreram influência desse fator meteorológico.<br />

Palavras-chave: Insecta, Araneae, Abelmoschus esculentus L., predador.<br />

Apoio financeiro: FAPESP.


RENDIMENTO <strong>DE</strong> MILHO CULTIVADO COM DIFERENTES TRATAMENTOS<br />

PARA O CONTROLE <strong>DE</strong> SPODOPTERA FRUGIPERDA<br />

CAMERA, Cátia I ; PONCIO, Sônia I ; STURZA, Vinícius Soares II ; LISSNER, Rael Alfredo<br />

Duarte II ; RIBEIRO, Leandro do Prado III ; FERREIRA, Fernanda de Figueiredo IV ;<br />

<strong>DE</strong>QUECH, Sônia Thereza Bastos IV<br />

I<br />

- UFSM - PPGAgro, Santa Maria, 97105-900, RS. E-mail: catiassac@hotmail.com Autor<br />

para correspondência<br />

II<br />

- UFSM – Curso de Agronomia, Santa Maria, 97105-900, RS<br />

III<br />

- USP/ESALQ - PPG em Entomologia, Piracicaba 13418 -900, SP<br />

IV<br />

- UFSM- PPGP, Santa Maria, 97105-900, RS<br />

V<br />

- UFSM – Departamento de Defesa Fitossanitária, CCR, Santa Maria, 97105-900, RS<br />

Trabalhos de quantificação do rendimento de milho cultivado com utilização de diferentes<br />

métodos de controle de Spodoptera frugiperda (Lep.: Noctuidae), principal praga da cultura<br />

no Brasil, são necessários para viabilizar o manejo integrado dessa praga. Atualmente, o<br />

método predominante é o de controle químico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o<br />

rendimento de milho conduzido com diferentes métodos de controle de S. frugiperda. Para<br />

isso, três experimentos foram implantados, um em Santa Maria, na safra 2006/2007 e dois<br />

(safra e safrinha) em Santa Bárbara do Sul, na safra 2007/2008, onde foram cultivadas plantas<br />

de milho, cultivar Pioneer 3069. Os tratamentos utilizados foram: a) controle biológico, através<br />

da liberação de Trichogramma pretiosum; b) controle químico, com três aplicações de metomil<br />

(Lannate ® BR) e novaluron (Rimon ® 100 EC); e c) sem utilização de método de controle<br />

(testemunha). As análises foram realizadas separadamente para cada experimento. Os<br />

rendimentos foram comparados pelo teste t para amostras de variâncias equivalentes, ao nível<br />

de 5%. Os resultados demonstraram que o tratamento com controle químico não proporcionou<br />

ganhos significativos em Santa Maria e Santa Bárbara do Sul – safra e safrinha, com<br />

rendimentos de 4.144 kg/ha 1 , 4.820 kg/ha -1 e 2.371 kg/ha -1 respectivamente, que não diferiram<br />

do rendimento obtido na área testemunha. O tratamento com liberação de T. pretiosum diferiu<br />

dos demais, com rendimento de 3.274 kg/ha -1 e 3.833 kg/ha -1 Santa Maria e Santa Bárbara do<br />

Sul - safra, respectivamente, e, apesar de ser o melhor tratamento em Santa Bárbara do Sul -<br />

safrinha, com 3.229 kg/ha -1 , ficou abaixo da média do estado, que é de 3.826 kg/ha -1 .<br />

Palavras-chave: Controle biológico, Manejo integrado, Zea mays


CONTROLE ALTERNATIVO <strong>DE</strong> TETRANYCHUS URTICAE EM PRESENÇA DO<br />

PREDADOR PHYTOSEIULUS MACROPILIS<br />

1,4 SOTO GIRALDO, Alberto; 2 VENZON, Madelaine; 1 PALLINI, Angelo; 3 OLIVEIRA,<br />

Hamilton; 2 OLIVEIRA, Rafael M., 2 FADINI, Marcos A.M.<br />

1 DBA/Entomologia - UFV, 2 EPAMIG/Zona da Mata - Viçosa, MG, 3 CORPOICA- Turipana,<br />

Colômbia, 4 Universidad Caldas - Colômbia<br />

O ácaro fitófago Tetranychus urticae é considerado praga primária em morangueiro devido às<br />

altas densidades populacionais atingidas e aos danos causados às plantas. O controle biológico<br />

ainda é incipiente na cultura, mas indica que o ácaro predador Phytoseiulus macropilis<br />

apresenta potencial no controle de T. urticae. Porém, esse predador é muito sensível à<br />

aplicação de qualquer produto convencional na cultura. O objetivo do trabalho foi avaliar<br />

produtos comerciais à base de nim para o controle de T. urticae e que não interferissem com os<br />

seus predadores. Plantas de morango foram infestadas em condições de cultivo protegido com<br />

50 fêmeas adultas por planta e posteriormente receberam 2 fêmeas de P. macropilis. Doze dias<br />

após a infestação foram aplicados produtos à base de nim quando a taxa instantânea de<br />

crescimento populacional (r i) de P. macropilis era igual a 0,1, com as seguintes concentrações<br />

correspondentes de azadirachtina: NeemPro (0,10 mg i.a/L), Organic Neem (0,31 mg i.a/L) e<br />

Natuneem (1,13 mg i.a/L). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado<br />

com cinco repetições. Após 1, 5, 7 e 10 dias da aplicação dos produtos, foram feitas as<br />

avaliações populacionais dos ácaros nas plantas e as devidas análises de mortalidade. A análise<br />

de variância indicou efeitos significativos dos produtos. A aplicação dos produtos resultou em<br />

maior eficiência de controle ao longo do tempo, e esta eficiência aumentou com o período de<br />

exposição. A porcentagem de redução populacional do ácaro fitófago em plantas com a<br />

presença do predador foi superior a 97% após dez dias da aplicação, alcançando a média de<br />

14,2 predadores/planta. O manejo de T. urticae em morango foi possível de ser feito com<br />

produtos alternativos à base de nim sem interferir no controle biológico por ácaros predadores.<br />

Palavras-chave: Acari, azadirachtina, ácaros fitófagos, morangueiro<br />

Apoio financeiro: FAPEMIG, CNPq


INFESTAÇÃO NATURAL <strong>DE</strong> Alabama argillacea NA CULTIVAR NuOPAL<br />

(BOLLGARD I) E EM TRÊS CULTIVARES COMERCIAIS <strong>DE</strong> ALGODOEIRO<br />

Busoli, A.C., Funichello, M.; Costa, L.L. , Pessoa, R.<br />

UNESP - Fac. de Ciências Agrárias e Veterinárias - Departamento de Entomologia Agrícola - Via de<br />

acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n – 14884-900; acbusoli@fcav.unesp.br<br />

Dentre as pragas que atacam a cultura do algodoeiro, destaca-se o curuquerê-do-algodoeiro (<br />

Alabama argillacea), cuja infestações podem causar reduções significativas à produção,<br />

causando o desfolhamento da planta, redução da capacidade de fotossíntese e<br />

consequentemente, redução na quantidade de fibras produzidas pela planta. A utilização de<br />

cultivares de algodão geneticamente modificado com expressão da proteína Cry1AC causa a<br />

morte de larvas de lepidópteros nos primeiros ínstares, antes mesmo de causarem danos<br />

significativos à planta. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi verificar a infestação natural<br />

de ovos e de lagartas pequenas (< 10 mm), médias (10-25 mm) e grandes (>25 mm) de A.<br />

argillacea na cultivar NuOPAL e em outras três cultivares comerciais de algodoeiro. O<br />

experimento foi conduzido na área experimental da FCAV/UNESP/Jaboticabal, SP, no ano<br />

agrícola 2008/2009. O delineamento experimental foi o DBC com 4 tratamentos (NuOPAL,<br />

DeltaOPAL, FMX 993 E FMT 701) e 5 repetições (parcelas de 6 linhas de plantas espaçadas<br />

em 0,90 m) totalizando área de 1620 m 2 . Foram realizadas amostragens semanais baseadas na<br />

contagem do número de ovos e de lagartas presentes em 05 plantas ao acaso/parcela. A<br />

infestação de ovos/planta foi semelhante nas 4 cultivares e a cultivar NuOPAL apresentou o<br />

menor número médio de lagartas pequenas, diferindo estatísticamente das outras três cultivares.<br />

No geral FMT 701 apresentou maior número médio de lagartas, e nenhuma lagarta média ou<br />

grande foi encontrada em NuOPAL.<br />

Palavras chaves: Gossypium hirsutum, curuquerê-do-algodoeiro, OGM<br />

Apoio financeiro: CNPq.


RIQUEZA <strong>DE</strong> ÁCAROS EM PLANTAS ESPONTÂNEAS ASSOCIADAS A<br />

LAVOURAS <strong>DE</strong> PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) (Euphorbiaceae)<br />

Antonio Carlos Lofego 1 , José Marcos Rezende 2,3 & Ana Paula Restivo Signorini 2<br />

1. UNESP – Universidade Estadual Paulista, Laboratório de Acarologia, Depto. de Zoologia e<br />

Botânica, São José do Rio Preto, SP., aclofego@ig.com.br; 2. Programa de Iniciação Científica<br />

do Depto. de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP; 3. Programa de<br />

Pós-Graduação em Biologia Animal, UNESP, São José do Rio Preto, SP<br />

Plantas que ocorrem espontaneamente nas entrelinhas de monocultivos podem<br />

abrigar espécies de ácaros que também ocorrem nas plantas cultivadas, podendo se<br />

constituir em reservatório de ácaros para essas plantas. Dessa maneira, este<br />

trabalho teve o objetivo de determinar a acarofauna associada a plantas<br />

espontâneas em lavouras de pinhão manso, visando avaliar se estas contribuem<br />

para o incremento da riqueza de ácaros fitófagos ou predadores na área estudada.<br />

Os trabalhos foram conduzidos em quatro lavouras: duas no município de Jales-SP,<br />

e duas em Itapagipe-MG, onde foram amostradas um total de 18 espécies vegetais.<br />

As amostragens se constituíram em coletas qualitativas mensais e ocorreram no<br />

período de maio/08 a março/09. Foram encontrados ácaros pertencentes a 25<br />

gêneros e 11 famílias. A família de predadores Phytoseiidae foi a que apresentou<br />

maior a riqueza (12 espécies). Foram ainda encontradas outras 7 espécies de<br />

predadores, das famílias Ascidae, Laelapidae e Iolidae, com 2 espécies cada, e<br />

Cunaxidae com 1 espécie. Quanto aos fitófagos foram encontradas 11 espécies<br />

distribuídas nas famílias Tetranychidae (6 spp.), Tarsonemidae (1 sp.), Eriophyidae<br />

(2 spp.), Diptilomiopidae (1 sp.) e Tenuipalpidae (1 sp.). Tridax procumbens foi a planta<br />

com a maior riqueza de predadores (8 espécies), ao mesmo tempo que apresentou baixa<br />

riqueza de fitófagos, com apenas duas espécies e em populações baixas. Esses dados sugerem<br />

que essa planta pode exercer uma importante função na manutenção e incremento de<br />

predadores nas áreas onde ocorre, informação que deve ser levada em consideração em<br />

programas de manejo integrado de pragas. Outras duas plantas Brachiaria ruziziensis e<br />

Glycine wightii apresentaram também grande riqueza de predadores (7 espécies). No entanto,<br />

nessas plantas também foram registradas muitas espécies fitófagas (5 em G. wightii e 4 em B.<br />

ruziziensis), indicando que, além de predadores, podem também incrementar a riqueza de<br />

fitófagos nessas áreas.


Apoio Financeiro: FAPESP


EFEITO LETAL <strong>DE</strong> AGROTÓXICOS SOBRE O ECTOPARASITÓI<strong>DE</strong><br />

TAMARIXIA RADIATA WATERSTON (HYMENOPTERA: EULOPHIDAE)<br />

FERRARI, B.M.; OMOTO, C.; ROCHELLE, A.T.F.A.; SUMIYA, B.K.I.<br />

ESALQ/USP, PPG em Entomologia Agrícola, Piracicaba, 13418-900, SP<br />

Laboratório de Resistência de Artrópodes a Táticas de Controle, Piracicaba,SP,<br />

E-mail:bferrari@esalq.usp.br<br />

A presença do inimigo natural, o ectoparasitóide Tamarixia radiata Waterston (Hymenoptera:<br />

Eulophidae), nos pomares cítricos do Estado de São Paulo, tem favorecido o controle do<br />

psilídeo, Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Psyllidae), devido à associação do controle<br />

químico ao controle biológico. Para tanto, diferentes grupos químicos de inseticidas<br />

(organofosforados, neonicotinóides, piretróides e acaricidas) tem sido utilizados durante<br />

décadas na citricultura para o controle do inseto vetor, entretanto, poucos estudos foram<br />

realizado para avaliar o efeito desses produtos sobre o parasitóide. Desta forma, estudos em<br />

condições laboratoriais foram conduzidos para avaliar o efeito letal de agrotóxicos sobre os<br />

adultos do parasitóide T. radiata. Os produtos utilizados foram: abamectin (Vertimec 18 EC),<br />

lambda-cyhalothrin (Karate Zeon 50 CS) e imidacloprid (Provado 200 SC). Os ensaios foram<br />

realizados utilizando-se de discos de folhas de laranja-pêra pulverizados em Torre de Potter, os<br />

adultos do parasitóide permaneceram expostos ao resíduo dos produtos durante 24 h. Os<br />

resultados do teste de contato residual indicaram que o inseticida imidacloprid foi o mais tóxico<br />

quando se utilizou a concentração recomendada de campo e 50% da concentração<br />

recomendada (F = 45.95; g.l. = 3; g.l. = 20; P < 0,0001), seguido por lambda-cyhalothrin (F =<br />

4,22; g,l, = 3; g,l,= 20; P = 0,0182) e abamectin (F = 2,66; g,l, = 3; g,l, = 20; P = 0,0760).<br />

Palavras chave: agrotóxicos, citros, Tamarixia radiata, Diaphorina citri<br />

Apoio: CNPQ e FUN<strong>DE</strong>CITRUS

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